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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA
CURSO DE ESPECIALIZAÇÃEO EM MÍDIAS E EDUCAÇÃO
MARTA CRISTINA DANTAS DURÃO NUNES
CONTRIBUIÇÕES DAS REDES SOCIAIS – BLOG - PARA A PRÁTICA
PEDAGÓGICA NO ENSINO MÉDIO
ORIENTADORA:
Prof.ª M.S. SIRLÂNDIA SANTANA
SALVADOR - BA
2012
2
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA
CURSO MÍDIAS NA EDUCAÇÃO
CONTRIBUIÇÕES DAS REDES SOCIAIS – BLOG - PARA A PRÁTICA
PEDAGÓGICA DO ENSINO MÉDIO
MARTA CRISTINA DANTAS DURÃO NUNES
Monografia apresentada à Universidade Estadual
do Sudoeste da Bahia - UESB como requisito
para obtenção do título de Especialista em
Mídias na Educação.
BANCA EXAMINADORA
PROFª. M. S. SIRLÂNDIA SOUZA SANTANA - Orientadora
PROF. M.S. DANILO DUARTE OLIVEIRA
PROF.M.S. MARCO ANTONIO ASSIS LIMA
SALVADOR - BA
2012
3
Agradeço a todos que, direta e indiretamente,
contribuíram para execução deste trabalho. As colegas e
companheiras de jornada Maria Helena e Raimunda Crispina
que sempre me encorajaram a prosseguir nesta caminhada e
a meus alunos do Curso Técnico de informática que foram à
fonte de inspiração para esta pesquisa.
4
RESUMO
O presente trabalho trata das possibilidades de uso das redes sociais,
especialmente os blogs, como recurso didático-pedagógico ao alcance de alunos
e professores. Para tanto, foi realizado um trabalho de sensibilização de alunos,
do Curso Técnico em Informática e dos professores da área de Ciências Exatas,
do Colégio Estadual Bolívar Santana, levando-os a construir blogs, com temas de
seu interesse, mas ligados a possíveis ramos de atuação profissional. Os
professores construíram blogs associados a suas respectivas disciplinas.
Precedendo a construção desses blogs, aplicou-se um questionário, que
levantasse as percepções e conhecimentos dos alunos a respeito de redes sociais
e blogs. Os resultados comprovaram o interesse, a capacidade e a motivação dos
alunos no uso dos blogs e revelaram a riqueza das interações que ocorreram
entre eles.
Palavras-chave: Cibercultura. Blog. Interatividade. Hipertexto. Redes Sociais.
Ciberespaço. Twitter. Comunidades virtuais. Transformações tecnológicas. Redes
sociais e uso da tecnologia na educação.
5
ABSTRACT
This work deals with the possibilities of the use of social networks, especially the
blogs, as didactic resource-pegagogic within reach of students and teachers. For
both, work was carried out to increase awareness of students, the Technical
Course in Computer Science and the professors in the area of Exact Sciences, the
State College Bolívar Santana, leading them to build blogs, with themes of interest,
but linked to possible branches of professional performance. Teachers have built
blogs associated with their respective disciplines. Prior to the construction of these
blogs, a questionnaire was administered, which raise the perceptions and
knowledge of the students in respect of social networks and blogs. The results
confirmed the interest, ability and the motivation of the students in the use of blogs
and revealed the richness of the interactions that occurred between them.
Keywords: Cyberculture. Blog. Interactivity. Hypertext. Social Networks.
Cyberspace. Twitter. Virtual Communities. Technological transformations. Social
Networks and technology use in education.
6
LISTA DE FIGURAS
Figura 1. Exemplo de grafo de uma rede social (neste caso, do LinkedIn da
autora), gerado através da ferramenta disponível em:
http://inmaps.linkedinlabs.com. Cada nó é um contato e as linhas são as
interligações entre eles......................................................................................20
7
LISTA DE GRÁFICOS
Gráfico 1. Percentuais dos locais onde mais acessam a Internet......................... 36
Gráfico 2. Percentual de freqüência de acesso à Internet .................................... 37
Gráfico 3. Percentuais da principal atividade desenvolvida ao acessar a Internet 38
Gráfico 4. Percentuais de uso das principais redes sociais online ....................... 39
8
LISTA DE TABELAS
Tabela 1. Local onde mais freqüentemente acessa a Internet ............................. 36
Tabela 2. Frequência com que acessa a Internet................................................. 37
Tabela 3. Principal atividade desenvolvida ao acessar ........................................ 38
Tabela 4. Principal programa de relacionamento de usos de cada aluno............. 39
Tabela 5. Opiniões a respeito das redes sociais de Internet ................................ 40
Tabela 6. Opiniões sobre questões éticas de uso da Internet .............................. 41
9
SUMÁRIO
RESUMO............................................................................................................ 4
ABSTRACT ........................................................................................................ 5
LISTA DE FIGURAS........................................................................................... 6
LISTA DE GRÁFICOS ........................................................................................ 7
LISTA DE TABELAS........................................................................................... 8
SUMÁRIO........................................................................................................... 9
CONTRIBUIÇÕES DAS REDES SOCIAIS – BLOG - PARA A PRÁTICA
PEDAGÓGICA NO ENSINO MÉDIO ................................................................... 10
1. INTRODUÇÃO .............................................................................................. 10
1.1. METODOLOGIA .................................................................................... 13
2. REDES SOCIAIS E BLOG: CONCEITOS, CARACTERÍSTICAS E HISTÓRIA.
............................. ...............................................................................................15
2.1. Um Pouco da História das Redes Sociais.............................................. 15
2.2. Rede Social: Conceito e Características ................................................ 17
2.3. Redes Sociais: Exemplos, Funcionamento e Finalidades ...................... 19
2.4. As Mensagens Instantâneas.................................................................. 21
3. REDES SOCIAIS NA EDUCAÇÃO................................................................ 23
3.1. O Atrativo das Relações Sociais ............................................................ 26
3.2. As Redes Sociais: Uso do Blog como Instrumento Pedagógico............. 28
3.3. Blog na Educação.................................................................................. 30
4. OS ALUNOS E O BLOG: RESULTADOS...................................................... 33
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS........................................................................... 44
REFERENCIAS ................................................................................................... 48
ANEXOS........................................................................................................... 51
CONTRIBUIÇÕES DAS REDES SOCIAIS – BLOG - PARA A
PRÁTICA PEDAGÓGICA NO ENSINO MÉDIO
1. INTRODUÇÃO
Em um planeta onde a sociedade está voltada cada vez mais para o
desenvolvimento e a universalização das técnicas, percebe-se que o uso das novas
tecnologias, especialmente na escola pública, vem evoluindo de maneira lenta.
Porém, as redes sociais de Internet — que serão definidas mais adiante — estão
presentes entre os alunos e chegam trazendo milhares de informações com enorme
rapidez. O acesso a uma comunicação veloz e, muitas vezes, em tempo real vem se
destacando em nossa sociedade tais como: E-mail, Orkut, Blogs, Fotoblogs,
Sistemas, Ambientes de Estudos, etc. Como afirma Aguiar (2006) as Redes Sociais
estão mudando o cenário das relações do mundo moderno.
A crescente complexidade dos sistemas sociais
tem impulsionado a chamada atuação em redes de indivíduos e sociedades
e, neste cenário, as redes sociais têm assumido relevante papel nas
relações sociais do mundo moderno (AGUIAR, 2006).
De todos os desafios, talvez o mais difícil seja levar essa velocidade da
comunicação para o ambiente escolar, especialmente para o ambiente do Ensino
Público, comunicando os conteúdos de forma rápida e atraente e obtendo respostas,
igualmente velozes. Assim deve ser o ensino em rede, algo que tem possibilidade de
ser realmente eficaz e, mais que isso, acessível às diversas camadas da sociedade,
desde que um conjunto de diferentes fatores, discutidos adiante se realizem.
O que motivou a realização deste estudo foi à constatação de que quando se
buscam informações sobre a aplicação das redes sociais em educação é a quase
absoluta a falta delas como ferramenta pedagógica. E, mais do que informação a
respeito das possibilidades e potencialidades do ensino em rede é o fato de que
muitos professores estão presentes nas redes sociais, mas são quase inexistentes
os que as levaram para a sala de aula.
O Brasil começou a adotar as redes sociais no ensino com, pelo menos, cinco
anos de atraso em relação aos países da OCDE (Organização para a Cooperação e
Desenvolvimento Econômico). As experiências brasileiras, até agora, parecem
11
apontar para a direção certa, mas requerem muitos avanços. Com o rápido aumento
do número de pessoas que têm acesso à Internet, no Brasil, alguns professores,
tanto do Ensino Fundamental quanto do Médio, passaram a postar nessas redes
virtuais. O certo é que elas constituem excelente instrumento para contextualizar os
conteúdos ministrados, de forma a tornar o aprendizado atraente e empolgante para
uma geração que respira tecnologia.
Entre as redes sociais que mais crescem em número de usuários estão os
blogs — adiante definidos —, estes oferecem excelentes oportunidades para o
aprendizado construtivista, por promover discussões sobre diferentes temas, via de
fóruns de discussão, o que permite a participação de todos. Desse modo a
possibilidade de participação dos alunos torna esse processo ainda mais
interessante.
Além dos blogs, outras redes sociais podem ser utilizadas para fins didáticos
cada uma apresentando diferentes peculiaridades. É preciso, no mundo de hoje,
proporcionar aos alunos a oportunidade de desenvolver habilidades tecnológicas
básicas, fazendo com que o aprendizado ocorra no contexto desta influente cultura
digital. Contudo, não se pode esquecer que nem todos os conteúdos podem ser
ensinados com o auxílio da tecnologia da informação.
A tecnologia da informação, mais do que nunca, passou a ser vista como uma
facilitadora do aprendizado. Embora o percentual de escolas com salas de
informática tenha aumentado consideravelmente, muitos professores, pelos mais
diversos motivos, ainda relutam em utilizar os atuais recursos tecnológicos em suas
aulas. Construir o conhecimento de forma colaborativa se constitui em uma
excelente oportunidade de, justamente, facilitar o processo de aprendizado. Vale
lembrar que tais recursos permitem que o professor seja, efetivamente, um mediador
do aprendizado, seguindo as doutrinas de Piaget (1970) e Vygotsky (1998).
Com a utilização dos computadores podemos nos comunicar muitas vezes
em tempo real com pessoas de todo o planeta. Uma nova forma da comunicação,
esta sendo oferecidos pelas redes sociais, os ambientes virtuais estão se tornando
cada vez mais dinâmicos e criativos, por meio de uma comunicação virtual, como diz
Moran,
“eu permaneço aqui, na minha casa ou escritório navego sem mover-me,
trago dados que já estão prontos, converso com pessoas que não conheço e
talvez nunca verei ou encontrarei de novo.” (MORAN, 1998, p. 68)
12
O presente trabalho pretende explorar as potencialidades do uso de Weblogs
na educação, com os seguintes objetivos.
Objetivos Gerais.
Responder ao problema de como colocar em prática ações que possam relatar a
possibilidade de contribuição das Redes Sociais, especialmente dos blogs, no
processo de ensino-aprendizagem.
Objetivos específicos.
a) Compreender as noções básicas de funcionamento das Redes Sociais, com
foco nos blogs, de modo a participar da produção do conhecimento de modo
colaborativo.
b) Conhecer e utilizar as ferramentas de comunicação, interação e produção do
conhecimento disponível nas Redes Sociais.
c) Analisar a relação entre a comunicação e a educação vivenciando o
funcionamento tecnológico (interatividade, simulação, conhecimento em rede
e rede de conhecimentos).
d) Identificar fatores culturais, técnicos, profissionais, psicológicos, dentre outros,
que prejudicam ou auxiliam a adoção bem sucedida da ferramenta Blog,
apontando estratégias didáticas que podem ser aplicadas para um bom
aproveitamento dessa ferramenta colaborativa.
e) Conhecer e utilizar as ferramentas de comunicação, interação e produção do
conhecimento, disponível nas Redes Sociais, analisando a relação entre a
comunicação e a educação, vivenciando o funcionamento tecnológico
(interatividade, simulação, conhecimento em rede e rede de conhecimentos).
f) Investigar como as Redes Sociais — mais diretamente o Blog —, podem ser
utilizadas como recurso pedagógico por professores, especialmente do
Ensino Fundamental e Médio, no apoio ao ensino presencial.
g) Levantar as experiências de uso das Redes Sociais na educação, através de
pesquisa bibliográfica e virtual.
Assim, começa-se por indicar as possibilidades de uso dos weblogs quer
como ferramenta, quer como estratégia de ensino, à disposição dos professores,
buscando conciliar esta prática com algumas teorias de aprendizagem e responder
aos seguintes questionamentos:
a) Como a utilização da ferramenta Blog pode contribuir no processo de ensino-
aprendizagem, especialmente na colaboração entre alunos e entre
professores?
b) Quais os fatores culturais, técnicos, profissionais, psicológicos, dentre outros,
que prejudicam ou auxiliam em uma adoção bem sucedida da ferramenta
Blog?
13
c) Que estratégias didáticas podem ser aplicadas para um bom aproveitamento
da ferramenta colaborativa Blog?
1.1.METODOLOGIA
A metodologia se baseia em pesquisa bibliográfica, documental e virtual para
dar suporte à pesquisa empírica e sua análise, explorando temas específicos sobre
as Redes Sociais e aplicação de Blogs na aprendizagem. A metodologia aplicada
busca fazer uma conexão entre a ciência, produção do conhecimento e os
questionamentos levantados.
Baseando-se nos objetivos traçados por esta pesquisa e aplicação da
metodologia descrita poderemos verificar a importância da pesquisa na produção do
conhecimento científico e a necessidade da preparação do individuo para interagir
com as diversas ferramentas oferecidas pelas Redes Sociais.
Para a pesquisa empírica — com análise qualitativa e quantitativa das
informações levantadas — foi feita uma coleta de dados através de questionários
(Anexos III e IV) respondidos por 20 alunos, do 3º ano, do Curso Técnico em
Informática do Colégio Estadual Bolívar Santana.
Paralelamente, se fez um trabalho de motivação e preparação dos
professores da área das Ciências Exatas, bem como dos alunos acima citados, de
modo a fazê-los entender as possibilidades do uso de blogs, como ferramenta de
ensino, de construção do conhecimento e de facilitador da aprendizagem (Anexo V).
O trabalho envolve, portanto, uma ação — a implantação de blogs — e uma
intenção: solucionar cooperativamente os problemas de falta de colaboração mútua
e necessidade de adequação aos novos modos de produção e difusão de
conhecimento.
O trabalho com os alunos foi levado a efeito durante as aulas normais com a
autora. Já o trabalho de motivação junto aos professores, foi feito durante os
períodos de AC (atividades de coordenação), apenas com o pessoal — 12 pessoas,
ao todo — de Ciências exatas.
Os resultados obtidos, ou seja, quantos professores e alunos construíram
blogs e suas repercussões são também objeto deste trabalho.
As categorias teóricas que sustentam esta pesquisa são: Cibercultura,
interatividade, hipertexto, redes sócias e uso da tecnologia da informação na
educação.
14
Espera-se que os resultados apresentem um conjunto de informações cuja
interpretação possibilite encontrar caminhos que conduzam ao uso das Redes
Sociais e, mais especificamente dos blogs, como ferramenta didático-pedagógica de
excelência no processo ensino aprendizagem.
15
2. REDES SOCIAIS E BLOG: CONCEITOS, CARACTERÍSTICAS E
HISTÓRIA
Busca-se, neste capítulo, definir os principais conceitos utilizados neste
estudo — especialmente redes sociais e blogs — de modo a construir uma base de
compreensão junto aos possíveis leitores. Isso significa, inclusive, indicar o modo de
uso desses conceitos — sua amplitude e limitações nos escopo deste trabalho. Os
principais termos de tais conceitos, embora já bastante difundidos em nossa
sociedade, não integram o cotidiano de 100% das pessoas. Com isso, vê-se que
não é difícil encontrar quem pouco saiba — ou mesmo que tenha alguma noção — a
respeito do que seja um blog, ou uma rede social.
Pretende-se, ainda, apresentar, de modo sintético – e largamente baseada
em fontes virtuais — um pouco da história do surgimento das Redes Sociais, no
âmbito da Internet e, por essa via, dos blogs.
2.1.Um Pouco da História das Redes Sociais
De modo muito sucinto, apresenta-se, aqui, a história da Internet, para a partir
dela se poder compreender seu desenvolvimento posterior e o surgimento das
chamadas redes, suas variedades e entre elas o blog.
Segundo uma variedade de informações da Internet, mas especialmente as
da Wikipédia (http://pt.wikipedia.org/wiki/Hist%C3%B3ria_da_Internet) e do Brasil
Escola (http://www.brasilescola.com/curiosidades/como-surgiu-a-internet.htm), a
Internet surgiu nos Estados Unidos da América, nos anos 1960, durante o período
conhecido como Guerra Fria. O alto grau de tensão existente à época entre aquele
país e a antiga União Soviética — hoje Rússia —, fazia os americanos temerem que
um ataque, a seus centros de informação e defesa, pudesse danificá-los parcial ou
totalmente, lançando o país num caos. Assim, criaram uma rede de
compartilhamento de informações, no âmbito de suas organizações militares.
O temido ataque nunca aconteceu e, com o fim da Guerra Fria, foi permitido o
acesso a pesquisadores universitários, de início, isoladamente e, através deles às
instituições universitárias. Depois dessas foi permitido o acesso de seus alunos e, a
seguir, aos amigos dos alunos. A demanda cresceu e, com ela, a rede que se
espraiou e se internacionalizou. Muito sinteticamente, assim surgiu a Internet.
16
Devido ao crescente desenvolvimento das ferramentas tecnológicas, com
destaque para as relacionadas com a Internet, possibilitaram o surgimento na
sociedade atual de novas formas de socialização. A nova sociedade em rede é
analisada por Pierre Lévy (1999), criador da expressão “cibercultura”, termo
associado às comunidades virtuais, no espaço eletrônico e suas formas de
interação.
Acredita que a Internet é um agente democratizador da informação, por
permitir que as pessoas conectadas construírem, coletivamente e partilharem a
inteligência coletiva — portanto, em rede — esse mundo virtual, “é um espaço não
físico ou territorial, que se compõe de um conjunto de redes de computadores
através das quais todas as informações (...) circulam”. Para Lévy a rede de
computadores através da Internet atua na sociedade democratizando a informação,
merecendo destaque as redes sociais virtuais que se popularizaram entre os
usuários da Internet na última década. O futuro dos sistemas da educação está
diretamente ligado à sua formação na cibercultura e a mudança contemporânea na
relação com o saber.
Essa nova fase da rede transformou um internauta comum num produtor e
colaborador do conteúdo. “Na era da computação social, os conteúdos são
criados e organizados pelos próprios utilizadores”. (LEMOS e LEVY, 2010,
p.11)
Para Silva (2004) o ciberespaço é uma região abstrata invisível que permite a
circulação de informações na forma de imagens, sons, textos etc. Este espaço
virtual está em vias de globalização planetária e já constitui um espaço social de
trocas simbólicas entre pessoas dos mais diversos locais do planeta.
Segundo a Wikipédia, a ideia de rede social surgiu muito antes da invenção
dos computadores em da Internet, [...] designar um conjunto complexo de relações
entre membros de um sistema social a diferentes dimensões, desde a interpessoal à
internacional [...] (pt.wikipedia.org/wiki/Rede_social)
Uma das primeiras redes virtuais foi o Sixdegrees que, segundo o site
vocacional.blogspot.com, surgiu em 1997. Ainda segundo a mesma fonte, o
Sixdegrees foi o primeiro a possibilitar a criação de um perfil virtual combinado com
o registro do usuário, viabilizando, assim, a navegação pelas redes sociais. Contudo,
seus serviços foram interrompidos após apenas três anos de funcionamento, por
falta de recursos financeiros.
17
(http://vocacionalnj.blogspot.com/2011/07/adolescencia-e-redes-sociais.html)
Vários outros serviços semelhantes, de acordo com o
vocacional.blogspot.com, surgiram a partir do ano 2000 a exemplo do Asianevenue,
Blackplanet, Cyworld, Fotoblog, Live Journal, LuinarStorm, Migente e Ryze. O
Friendster, segundo a mesma fonte, foi o site que mais se assemelhava às redes
sociais como as conhecemos hoje. Todavia, o site se viu obrigado a limitar as
funcionalidades de seus serviços, em função do subdimensionamento de sua
capacidade de atendimento à demanda de seus usuários, frustrando-os
(http://vocacionalnj.blogspot.com/2011/07/adolescencia-e-redes-sociais.html).
É quase impossível estabelecer a quantidade de usuários de redes sociais no
mundo. Contudo, é interessante observar que uma grande variedade de sites — a
exemplo dos http://www.dihitt.com.br/n/internet/2009/05/31/redes-sociais-1;
http://turma7e20092.bligoo.com/content/view/646612/Um-pouco-da-historia-das-
redes-sociais.html; https://sites.google.com/a/in.cscm-lx.pt/redes-sociais-no-
8e/historia-das-redes-sociais e mesmo a Wikipédia, provável fonte, mas, muitas
vezes não citada pelos demais — estima que...
[...] as maiores redes sociais apresentam números impressionantes como
250 milhões de usuários no MySpace, 200 milhões no Facebook, 120
milhões no Windows Live Spaces, 117 milhões no Habbo, 90 milhões no
Friendster, 67 milhões no Orkut, entre inúmeros outros (sites acima).
Mesmo em termos de estimativa, pode-se dizer que o número de usuários de
redes sociais é realmente muito grande, mas tais números não podem ser tomados
de modo estrito, nem dão ideia da proporção de usuários frente aos não usuários, já
que muitas são as pessoas que participam de duas ou mais dessas redes.
2.2.Rede Social: Conceito e Características
Qualquer pessoa tem noção do que seja uma rede, ou seja, um ponto ou nó, ligado a um
ou mais pontos ou nós. A ideia de rede social parte dessa imagem, na qual as pessoas ou
organizações se associam a outras pessoas ou organizações em função de objetivos
comuns. Exemplo disso são as redes de bairros, as beneficentes — tipo Lyons — e mesmo
as redes online. Segundo Marteleto (2001, p.72), as redes sociais podem ser
definidas como um “conjunto de participantes autônomos, unindo ideias e recursos
em torno de valores e interesses compartilhados”.
18
De modo geral, pode-se afirmar que as redes sociais são formadas por
relações complexas que podem ocorrer entre indivíduos, grupos ou
organizações, os quais se organizam em torno de interesses, valores ou
crenças comuns (MARTELETO, 2001).
As Redes Sociais têm adquirido importância crescente na sociedade
moderna, a Wikipédia em sua página sobre Redes Sociais, publicou que [...] Uma
das características fundamentais na definição das redes é sua abertura e
porosidade, possibilitando relacionamentos horizontais e não hierárquicos entre os
participantes (http://pt.wikipedia.org/wiki/Rede_social). Essa abertura e porosidade
significam que a identidade entre as pessoas é que estabelece as conexões
fundamentais da rede. E significam igualmente a possibilidade de perda da
identidade fazendo com que pessoa se desligue ao ponto de a rede deixar de existir.
Plataformas como wikis (permitem a construção coletiva), blogs, mídias
sociais e as diversas redes sociais que se forma a inteligência coletiva, como
defende Lévy, a inteligência coletiva faz uso das redes sociais para alcançar cada
vez mais pessoas.
“As redes sociais on-line tornam-se cada vez mais ‘tácteis’, no sentido em
que é doravante possível sentir continuamente o pulso de um conjunto de
relações” (LEMOS e LEVY, 2010, p. 12).
Ainda segundo a Wikipédia, as Redes Sociais, tipo online, podem operar e,
efetivamente o fazem, em diferentes níveis, como, por exemplo, redes de
relacionamentos como o facebook, o orkut, myspace, twitter, etc. ou redes
profissionais como LinkedIn, entre outras. Elas se caracterizam, ainda segundo a
mesma fonte, pela horizontalidade, descentralização e autogeração de sua
organização. E, nesse processo, o aumento do movimento de formação de Redes
Sociais, provoca um processo de fortalecimento da sociedade, levando à maior
participação democrática e com maiores possibilidades de mobilização social. As
Redes Sociais costumam reunir uma motivação comum, porém podem se manifestar
de diferentes formas. As principais são:
Redes comunitárias: estabelecidas em bairros ou cidades, em geral tendo a
finalidade de reunir os interesses comuns dos habitantes, melhorar a
situação do local, ou prover outros benefícios.
Redes profissionais: prática conhecida como networking, que procura
fortalecer a rede de contatos de um indivíduo, visando futuros ganhos
pessoais ou profissionais.
19
Redes sociais online: tais como facebook, orkut, myspace, twitter, que são
um serviço online, plataforma ou site que foca em construir e refletir RSs ou
relações A análise de RSs (relacionada com as redes complexas) surgiu
como uma técnica chave na sociologia moderna
(http://pt.wikipedia.org/wiki/Rede_social).
As Redes Sociais na Internet vêm ganhando destaque nos últimos anos, pois
no início da segunda década do século XXI, a Internet faz parte do dia-a-dia da boa
parte da população mundial, especialmente, no mundo ocidental1
e entre as pessoas
de maior renda. Os e-mails —ou correio eletrônico — apareceram, por volta dos
anos 1990, como a primeira forma de relacionamento de comunicação e troca de
arquivos na internet. Essa forma de contato e de interação entre usuários de redes
online é mantida até os dias de hoje (www.natanaeloliveira.com.br/a-historia-das-
redes-sociais/).
2.3.Redes Sociais: Exemplos, Funcionamento e Finalidades
Além do Sixdegrees, citado acima, outras Redes Sociais, foram criadas com
diversas finalidades e formatos. Uma das que mais se aproxima do formato atual é a
Friendster, que registrou mais de três milhões de cadastros. A Friendster, com o
conceito de circulo de amizades, também permitia a criação e divulgação de perfis e
um de seus objetivos era criar relacionamentos entre pessoas com os mesmos
interesses (www.natanaeloliveira.com.br/a-historia-das-redes-sociais/).
Já o My Space, de acordo com o www.natanaeloliveira.com.br/a-historia-das-
redes-sociais/, surgiu em 2003, logo após o Friendster, destacando-se, ao longo do
tempo, por ser uma rede completamente interativa, podendo-se, nela, incluir fotos,
músicas e até blogs. Segundo a mesma fonte, o My Space se tornou uma das redes
mais populares dos Estados Unidos.
Também em 2003 surgiu uma nova proposta de rede social online: a Linkedin.
Sua proposta era voltada para interesses de empresários e profissionais. A respeito
dessa rede o mesmo site www.natanaeloliveira.com.br/a-historia-das-redes-sociais/,
informa que [...] a Linkedin trata a ligação entre os usuários com o termo ‘conexões’
e não ‘contatos’ como nas demais redes.
A figura abaixo representa a estrutura do Linkedin, mas oferece claramente a
noção do que seja uma rede social online.
1
No Oriente, os governantes de muitos países simplesmente não permitem o acesso à Internet ao conjunto de sua população
— ou a uma parte dela, como as mulheres —, temerosos da infiltração de ideais e costumes que consideram política ou
socialmente danosos / perigosos.
20
Figura 1. Exemplo de grafo de uma rede social (neste caso, do LinkedIn da autora), gerado
através da ferramenta disponível em: http://inmaps.linkedinlabs.com. Cada nó é um contato e
as linhas são as interligações entre eles.
Em 2004, desenvolveu-se a Web 2.0, uma espécie de evolução da web criada
nos anos 90. Para o site www.natanaeloliveira.com.br/a-historia-das-redes-sociais/
Essa evolução não estava ligada a atualizações técnicas, mas a uma nova
forma de utilizá-las e encará-las, tanto por seus usuários como também por
seus próprios desenvolvedores. Apesar de muitos identificarem essa nova
terminologia como apenas uma estratégia de marketing, o fato é que,
exatamente no ano de 2004 seria lançada a rede social que surgiria como
um grande fenômeno no Brasil e no mundo.
Essa rede, sem dúvida alguma foi o Orkut.
Desenvolvido pelo engenheiro turco e funcionário do Google, Orkut
Büyükkokten, com a proposta de possibilitar aos usuários a criação de novas
amizades — para se tornar usuário era necessário ser convidado por um usuário —,
seu alvo era o público norte-americano. Entretanto, seu sucesso maior se deu na
Índia e no Brasil. No Brasil, ele cresceu tanto e conquistou tantos usuários, que as
comunicações em Português quase passaram a ser a regra.
21
Ainda em 2004 surgiria outra rede: Facebook, que inicialmente funcionou de
forma restrita, voltado apenas para os alunos da Universidade de Harvard, origem
de seus criadores. Posteriormente alcançou outros campi universitários, expandindo-
se, em 2006 para quaisquer usuários, acima de 13 anos
(www.natanaeloliveira.com.br/a-historia-das-redes-sociais/).
2.4.As Mensagens Instantâneas
Com o rápido e considerável aumento do número de internautas, sentiu-se
necessidade de uma ferramenta de comunicação que permitisse uma ampliação nas
redes de contatos. Desse modo, por volta de 1997, ocorreu um dos
desenvolvimentos mais importantes e significativos, posteriores ao e-mail, que foram
as mensagens instantâneas.
De acordo com o site (www.natanaeloliveira.com.br/a-historia-das-redes-sociais/)
América Online (AOL) foi um dos primeiros provedores de Internet a trabalhar com o
serviço de bate-papo (chat em Inglês), limitado, claro, a seus assinantes. Isso não
impediu a popularização das mensagens instantâneas, que rapidamente, ganharam
muitos adeptos.
Rapidamente surgiram novos programas de mensagens instantâneas, a
exemplo do ICQ — originalmente do site Mirabilis —; do SMS, da Microsoft; o Instant
messenger, do Hotmail e vários outros
O Twitter — cuja denominação deriva do nome de um pássaro que gorjeia
para informar sua localização e atividade — é considerado o que há de mais
inovador em termos de rede social online. Criado em 2006, pela Obvios Corp, se
caracteriza pela velocidade da informação, já que apenas informações com até 140
caracteres podem ser publicadas por vez. Desde 2009 essa rede vem crescendo e
se tornando uma das mais importantes do mundo — e, muito especialmente no
Brasil, onde vem suplantando o Orkut —, em função de seu formato, propício às
informações jornalísticas (www.natanaeloliveira.com.br/a-historia-das-redes-
sociais/).
As Redes Sociais são utilizadas, nesta primeira década do século XXI por
internautas de todas as idades e praticamente, no mundo todo. Não apenas
indivíduos, mas também empresas, de todos os segmentos econômicos, fazem
parte das redes sociais e aproveitam sua velocidade de comunicação e o acesso a
22
milhares de internautas para divulgar seus produtos e serviços
(www.natanaeloliveira.com.br/a-historia-das-redes-sociais/).
Segundo Lévy (1999), o futuro dos sistemas da educação está diretamente
ligado a sua formação na cibercultura e sua mutação contemporânea na relação
com o saber. Essa nova fase da rede transformou internautas comuns em
produtores e colaboradores de conteúdo. “Na era da computação social, os
conteúdos são criados e organizados pelos próprios utilizadores” (LEMOS e LEVY,
2010, p.11).
As redes sociais juntamente com muitas outras aplicações fazem parte da
chamada Web 2.0. Web 2.0 é a mudança para uma Internet como
plataforma, e um entendimento das regras para obter sucesso nesta nova
plataforma. Entre outras, a regra mais importante é desenvolver aplicativos
que aproveitem os efeitos da rede para se tornarem melhores quanto mais
são usados pelas pessoas, aproveitando a inteligência colectiva. (O’Reilly
2005, s. p.).
Informações divulgadas pelo jornal Folha de São Paulo
(http://www1.folha.uol.com.br/tec/789215-brasil-e-o-quinto-pais-que-mais-usa-redes-
sociais-diz-pesquisa.shtml), o Brasil é o 5º país, em número de visitas às Redes
Sociais no mundo. A mesma fonte informa que em julho de 2009, 23,9 milhões de
brasileiros acessaram alguma rede, enquanto, no mesmo mês de 2010, o número
subiu para 35,2 milhões de visitantes, um aumento de 47%. O Orkut, ainda segundo
a Folha, já teria ultrapassado o Orkut em número de usuários, com um crescimento
de 179% em um ano.
23
3. REDES SOCIAIS NA EDUCAÇÃO
A utilização das Redes Sociais como instrumento didático no ensino médio,
trouxe a possibilidade de explorar suas várias potencialidades enquanto espaço de
interação, indo ao encontro dos interesses dos alunos, como também promove a
aprendizagem colaborativa. As Redes Sociais atingiram pela forma como podem ser
utilizadas, uma importância surpreendente, que dificilmente seria previsível quando
surgiu. Suas características sociais, de utilização e fácil controle tornaram-se
atrativas para todas as faixas etárias, principalmente, para os jovens. A escola pode
e deve aproveitar este interesse e direcioná-lo para a aprendizagem e integração
social entre alunos e professores, colaborando e desenvolvendo as competências
previstas pelos programas das disciplinas.
A questão é como o educador e o educando devem lidar com as novas
ferramentas disponíveis na atualidade. A tecnologia não subestima, nem o
educador, nem o educando; apenas modifica as relações entre os mesmos
criando um novo ambiente de compartilhamento de conhecimento em que o
domínio sobre a máquina e sobre o ciberespaço se faz imprescindível.
(UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE,
http://www.wezen.com.br/site/2010/11/as-midias-sociais-estao-renovando-a-
educacao/)
Segundo Nepomuceno (2009) professores e alunos precisam começar a criar
mecanismos de colaboração, para em conjunto criar conteúdos e interpretá-los.
Desse modo, os alunos saem da escola com os conceitos fundamentais
apreendidos e com capacidade para entender o encadeamento das informações.
Uma estrutura social que pode ser representada sob diversas formas de
gráficos, nos quais, os pontos representam os indivíduos — às vezes chamados de
atores —, sendo as relações entre eles os traços que os unem, é o que chamamos
de Rede Social.
Muitos são os tipos de relações que podemos encontrar nas Redes Sociais,
tais como operações financeiras, amizade, diversão, sexo ou relações profissionais.
É um meio de interação entre pessoas distintas e distantes no espaço, dedicadas a
atividades como nos jogos on-line, chats, fóruns, etc.
A estrutura social da educação se adequa de forma perfeita a esse formato. A
primeira característica das Redes Sociais — e, nesse caso, talvez a melhor —, que
pode ser utilizada na educação é a facilidade e a rapidez para manter contato com
um grande grupo de pessoas. Redes Sociais compostas por professores e
24
estudantes poderiam explorar várias relações educacionais como cursos, monitorias,
consultorias, grupos de trabalho interdisciplinares, etc. A sala de aula seria uma
pequena comunidade formada pelo professor e seus alunos, tornando-se
efetivamente em lugar para colaboração e trabalho conjunto. Um detalhe que
surpreende quando se buscam informações sobre a aplicação das Redes Sociais
em educação é quase absoluta falta delas. Muitos professores estão em Redes
Sociais, mas são quase inexistentes os que as levaram para a sala de aula.
Segundo LÉVY (1988), O professor deve desenvolver o papel de “animador” do
aprendizado, utilizando de forma dinâmica a criatividade e utilizando o máximo
possível as ferramentas que o computador e as redes sociais podem oferecer como
ferramenta de aprendizado.
Antes mesmo de influir sobre o aluno, o uso dos computadores obriga os
Professores a repensar o ensino de sua disciplina. [...] A transmissão de
informações e a notação dos exercícios deixam de ser a principal função do
professor. Guiando a procura do aluno por informações nos programas, nos
banco de dados e nos livros, ajudando-o a formular seus problemas, torna-
se um animador do aprendizado. (LÉVY, 1998, p. 27)
Desse modo Levy evidencia as transformações na execução do papel do
professor da primeira década do século XXI. O professor passa a exercer o papel de
orientador, levando o aluno a pensar, buscar informações, produzindo e exercendo a
sua criatividade.
Uma característica importante das redes sociais é sua capacidade de
valorizar a individualidade dos usuários e isso é importante quando se trata de
adolescentes que estão firmando sua personalidade. Não seria, por exemplo,
recomendável ou didático, que um professor, trabalhando com Redes Sociais,
restringisse a possibilidade de os alunos personalizarem suas páginas pessoais,
seja alterando cores, inserindo fotos, vídeos, músicas, etc. Os usuários de redes
sociais têm mecanismos para criar seus próprios objetos, que podem ter a forma só
de texto — mensagens, comentários sobre outros objetos, fóruns de discussão —,
imagens, sons, blogs, objetos incorporados (documentos, apresentações), anexos,
etc. Embora os produtos digitais da rede possam ser limitados, a capacidade de
incorporar objetos externos faz com que, na prática, sua versatilidade e o leque de
possibilidades e alternativas seja muito elevada.
(http://www.educacaopublica.rj.gov.br/biblioteca/tecnologia/0034.html)
25
O papel do professor, então, além de trabalhar os conceitos, deve orientar
seus alunos a navegar no rumo certo para encontrar o que interessa em meio ao
volume avassalador de informações disponíveis. É fundamental, nesse sentido, que
as novas gerações possam se desenvolver, dominando a máquina e o ciberespaço.
Em outras palavras, é despropositado não dar a essas novas gerações a
oportunidade de se integrarem ao mundo virtual e suas inúmeras oportunidades e
possibilidades. Portanto, permitir que os alunos possam estabelecer relações via
uma rede social, significa ainda, permitir-lhes conhecer seus limites, e os de seus
companheiros, colegas, professores, da escola, etc.
Por outro lado, a comunicação direta com os alunos se torna muito simples, e
direta, seja através do mural (mensagens que todos podem ver ao abrir uma página
pessoal), ou privado (por meio de mensagens diretas semelhantes a e-mails que
podem ser enviadas diretamente a um ou a todos os membros de um grupo).
Isso se aplica também aos alunos. Eles podem entrar em contato entre si, ou
com qualquer de seus professores de forma direta. Desta forma a rede social tem
efeito direto sobre a melhoria das comunicações pessoais aluno-professor e aluno -
aluno. (http://www.educacaopublica.rj.gov.br/biblioteca/tecnologia/0034.html)
Para Alam (2010) a importância do professor é inegável, mas, o deste século
é essencial para que as novas gerações se desenvolvam dominando a máquina, a
tecnologia e o ciberespaço. Diz ele que aprender e ensinar, no atual momento
tecnológico é fundamental para vivenciar um momento da história da humanidade
que é ímpar, pelo alargamento das fronteiras do pensamento. O educador
contemporâneo precisa manter-se constantemente atualizado para acompanhar a
evolução da tecnologia e das redes sociais, desta forma poderá sentir o pleno
domínio do ciberespaço.
Se o professor do século passado era importante, o deste século é
essencial para que estas gerações possam se desenvolver plenamente,
mas dominando a máquina, dominando o ciberespaço e conscientes de que
o ato de ensinar e aprender são fundamentais para usufruirmos desta
fantástica tecnologia e deste momento ímpar da humanidade em que as
fronteiras do pensamento inexistem. (ALAM, 2010, p.-)
26
Tais afirmações descrevem sintética e magistralmente o papel dos
professores, no período histórico que Milrton Santos (1998), importante geógrafo
brasileiro, denominou meio – técnico – científico – informacional.
3.1.O Atrativo das Relações Sociais
Para os professores, as Redes Sociais possuem características e abrem
possibilidades, ainda não inteiramente percebidas por eles. Criando uma rede é
possível o facilitar a comunicação e mais eficazmente coordenar as atividades e
interagir com os alunos. Mais ainda, pode criar laços de união com os demais
professores tanto de sua unidade, como de outras pelas afinidades disciplinares ou
interdisciplinares.
As Redes Sociais têm grande importância no aspecto pessoal e de relação
por parte dos que fazem uso delas. Por esse motivo, quanto maior o número de
participantes, mais atração gera nos alunos que estão em contato direto com seus
professores, amigos e colegas. Cria-se assim, um ambiente de trabalho saudável, o
que tem se revelado como um dos motivos diretos do sucesso dessas redes.
O Brasil ganha destaque neste contexto, pois os
brasileiros são os internautas que mais passam tempo on-line por mês,
fazendo uso de várias ferramentas da computação social, dentre as mais
usadas estão às redes sociais. “Os brasileiros são ativos produtores de
informação e participantes das redes sociais” (LEMOS e LEVY, 2010, p.23).
As Redes Sociais têm a fantástica possibilidade, se bem orientadas ou
organizadas, em seus objetivos, de aproximar a aprendizagem formal da informal.
Podem permitir que os estudantes se expressem por si mesmos, estabeleçam
relacionamentos com outras pessoas e atendam às exigências dos objetivos
educacionais traçados para si e para o conjunto dos demais usuários.
A possibilidade de criar grupos de estudantes — assim como se criam, por
exemplo, de profissionais ou de aficionados por determinados assuntos — facilita a
coordenação do grupo, seus objetivos atividades; o contato entre todos; a
colaboração na execução de tarefas; o compartilhamento de materiais e a criação de
produtos digitais.
Tanto alunos como professores podem criar grupos que podem ser abertos a
qualquer pessoa ou fechados — grupos aos quais se tem acesso via convite. Os
27
grupos podem ser criados, pelos professores, de diversas formas como: a) classe
para tutoria, onde o tutor — em geral um professor, ou alguém designado por ele —
emite avisos ou estabelece diálogos sobre temas de interesse do grupo; b)
disciplinas, nas quais o professor pode postar uma atividade, atualizar o blog, postar
notas de avaliações ou responder a dúvidas sobre temas estudados em sala.
Formado por alunos, esses estarão em contato para quando precisarem
realizar trabalhos de grupo em alguma disciplina, ou discutir as dúvidas entre si.
(http://www.educacaopublica.rj.gov.br/biblioteca/tecnologia/0034.html)
Quando a intenção é usar a rede social para determinadas atividades, pode
ser necessário usar serviços externos que podem ser acessados pela rede,
deixando-a como centro de encontro, coordenação e referência exterior.
Devido à presença das redes sociais em nossas vidas, podemos realizar
escolhas entre o real e o virtual, estamos seguindo uma tendência a escolher cada
vez mais o virtual para nossas ações rotineiras, quando a presença física não é
obrigatória, tornado a rotina mais prática, economizamos tempo que é fundamental
nos dias de hoje, assim Moran nos relata,
“O que consideramos fundamental nas nossas vidas o faremos
presencialmente. As tarefas, serviços, trabalho e a manutenção dos grupos a
que pertencemos poderemos fazê-lo virtualmente”. (MORAN, 1998, p. 76)
Devemos lembrar que interação virtual não é restrita ao computador, aos
chats, as redes sociais, etc. quando entramos em contato com histórias fictícias de
filmes, novelas, as pessoas passam a interagir com um mundo virtual. Como afirma
Moran à interação virtual e física pode variar entre as pessoas, devido a possuírem
interesses diferenciados, variações no nível de socialização, dentre outros fatores
que irão determinar como cada pessoa se comporta em relação a interações virtuais
ou físicas.
“Muitos vivem hoje mais interações virtuais do que reais, se emocionam
mais com histórias de uma telenovela do que com historias semelhantes
que acontecem ao seu redor”. (MORAN, 1998, p. 77)
Segundo matéria publicada no site Educação Pública
(http://www.educacaopublica.rj.gov.br/biblioteca/tecnologia/0034.html), pode-se
encontrar em uma rede social, inúmeros benefícios que possibilitam uma forma
diversificada para trabalhar com os alunos, entre os quais, podem ser citados:
28
a) Centralizar em um só lugar todas as atividades docentes, professores e
alunos de uma escola;
b) Um ambiente de trabalho mais saudável, permitindo ao aluno criar
objetos de interesse próprio;
c) Fluência e facilidade de comunicação entre professores e alunos;
d) Maior eficácia na utilização prática das TIC;
e) Coordenação dos trabalhos de vários grupos de aprendizagem (classe,
disciplina, grupo de estudantes de uma disciplina etc.) mediante a criação
de grupos apropriados;
f) Comportamento social básico por parte dos alunos:
g) O dizer, o fazer, onde posso chegar etc., sentimento de comunidade
educativa para alunos e professores, devido ao efeito de proximidade
que as Redes Sociais causam.
(http://www.educacaopublica.rj.gov.br/biblioteca/tecnologia/0034.html)
As redes sociais, conforme Bohn (2009) possibilitam a troca de conhecimento,
o estudo em grupo e a aprendizagem colaborativa. Os fóruns de discussão,
existentes em quase todas as redes sociais, permitem a abertura de tópicos e a
interação com outros membros para compartilhar as ideais.
Tais redes são totalmente controláveis por seus administradores, que podem
eliminar conteúdos inadequados e mesmo bloquear usuários que causem
problemas. É necessário trabalhar com redes fechadas para trabalhar com menores
de idade, de modo a protegê-los, evitando a divulgação de seus nomes ou outros
dados que permitam sua identificação.
(http://www.educacaopublica.rj.gov.br/biblioteca/tecnologia/0034.html)
3.2.As Redes Sociais: Uso do Blog como Instrumento Pedagógico
O surgimento dos blogs não tem data específica, mas o termo Weblog surgiu
em dezembro de 1997, com Jorn Barger que, em sua página pessoal Robot
Wisdom, postou pequenos comentários e alguns links. A própria origem da palavra
blog é uma mistura “[...] entre web (página na Internet) e log (diário de bordo) [...]”
(SCHITTINE, 2004, p.12).
O termo weblog é utilizado por servidores web para os acessos aos
mesmos, então com o tempo preferiu-se a utilização de uma versão mais
curta, BLOG. Peter Merholz (1999) sugeriu o termo “we blog” (em
português, nós blog), e assim surgiu o verbo blogar, e por consequência o
adjetivo blogger para aqueles que utilizam os blogs. No entanto Blogger é
um serviço de publicação de blogs e por isso Branun sugeriu o termo
bloggist (no Brasil é mais usado blogueiro que faz referência a blogger, mas
o termo bloguista também é utilizado). Robot Wisdom – Blog de Jorn Barger
(http://robotwisdom2.blogspot.com/).
29
Os Weblogs, ou simplesmente blogs, são páginas na Internet, entretanto,
possuem funcionamento simplificado, de forma que qualquer pessoa consiga postar
textos, imagens e vídeos na Internet.
Os blogs surgiram primeiramente como diários pessoais, que poderiam ser
privados ou abertos às pessoas. No entanto foi adquirindo outras funções.
Divulgação de trabalhos, páginas pessoais, educação, entretenimento, informação
etc. A popularização dos blogs se deu devido a suas características técnicas
simples, como diz Denise Schittine:
[...] o blog surgiu como um sistema de disponibilização de textos e fotos na
web menos complexo e mais rápido, o que facilitou a fabricação de páginas
por indivíduos com pouco conhecimento técnico (SCHITTINE, 2004, p.13).
Os blogs são, portanto, páginas pessoais em formato semelhante ao de
diários, que podem ser atualizadas a qualquer momento. Seus temas e possíveis
conteúdos abrangem uma infinidade de assuntos, ou seja, tudo que um autor
imaginar.
O certo é que alguns são voltados para diversão e outros utilizados em
situação de trabalho, entretanto, há também aqueles que misturam tudo. O mais
comum é enfocar um tópico ou área de interesse do autor. Até agora, expressar-se
pela web era privilégio de quem conhecia a fundo linguagem de programação, mas
os bloggers estão ampliando as possibilidades da rede. Segundo Rebecca Blood,
publicada em http://welitonshow.blogspot.com/2009/10/refletindo-sobre-blog.html, “A
Rede nasceu com a promessa de que todos poderiam publicar, milhares de vozes
poderiam florescer, comunicar, conectar”.
Em geral, os blogs trazem links para outros blogs e o conteúdo gira em torno
do tema escolhido pelo blogueiro, sob forma de comentários, em pequenos
parágrafos, apoiados, ou não, por vídeos, fotos, música. Semelhante a uma home
page, tem a vantagem de facilitar a criação e a atualização, além disso, informa em
tempo real, cronologicamente organizado — segue uma linha de tempo, com um
fato após o outro, registrando data e hora; facilita também a interação com o leitor,
que, por sua vez, pode comentar, criticar, fazer sugestões, mandar recados, etc.
(http://aquarelasdigitais.blogspot.com/2008/07/os-blogs-na-educao.html)
As pessoas criam blogs geralmente por dois motivos, “[...] para convencer e
para deixar um registro [...]” (HEWITI, 2007, p.137). Criar um blog é a maneira mais
30
fácil de tornar público algo que se escreveu, seja ou não dirigido para um público
determinado.
Um aspecto a ser abordado é que, muitos autores de blog escrevem para que
outras pessoas leiam, mas quando seus blogs “[...] passam a ser ignorados, tendo
como únicas visitas um colega de faculdade ou um cunhado... alguns ficam
cansados e desistem do esforço [...]” (HEWITI, 2007, p.137). E é aí que está um
fator fundamental, a Internet “[...] oferece uma plateia quase ilimitada... oferecer, não
significa garantir” (HEWITI, 2007, p.137). Assim, muitos autores de blogs acham que
para ter essa plateia disponível, bastará começar a escrever, para que milhares de
pessoas comecem a ler seus textos. No entanto, para pessoas que não são
conhecidas, como jornalistas famosos, atores, críticos, que já estão expostos na
mídia, à sistemática não é essa. Para os desconhecidos, ou não famosos, é preciso
um “trabalho de formiga”, é preciso, além de um bom conteúdo a ser exposto, ter
persistência no trabalho.
Os visitantes desses blogs de pequeno tráfego estão ligados a eles por
alguma razão – amigos, parentes, colegas de trabalho – o impacto do
comentário será maior do que se um estranho visitar... Esses blogs ocupam
um nicho semelhante ao do informativo da associação de pais e mestres, do
boletim da igreja e talvez do jornal local gratuito que cobre os esportes
colegiais (HEWITI, 2007, p.144).
Muitas pessoas têm necessidade de saber que seu trabalho está sendo
acompanhado e gosta de opiniões, comentários de pessoas próximas ao autor, que,
geralmente, surtem mais efeito do que os de estranhos. Todavia, frequentemente, os
comentários de desconhecidos trazem mais verdades consigo.
3.3.Blog na Educação
De que forma os educadores, podem usar esse novo suporte de informação
para alcançar os objetivos educacionais dentro do processo ensino- aprendizagem?
Como recurso de aprendizagem, o blog ainda é novidade, mas a linguagem é
bem conhecida dos adolescentes, que o utilizam para publicar páginas pessoais,
como os tradicionais diários. (http://revistaescola.abril.com.br/lingua-
portuguesa/pratica-pedagogica/blog-diario-423586.shtml)
Entre educadores e educandos um blog pode representar um salto na
capacidade de comunicação dos alunos, convidados a exercitar a
leitura, a escrita, o senso crítico, a familiaridade com a informática,
desenvolvendo a criatividade na elaboração de pesquisas e projetos
31
colaborativos (http://aquarelasdigitais.blogspot.com/2008/07/os-blogs-
na-educao.html).
É essa funcionalidade, uma de suas características mais interessantes,
para o uso com educandos.
Na sala de aula, um blog serve, ou pode servir, entre outras coisas, para
registrar os conhecimentos adquiridos pela turma, durante os projetos de estudo,
sendo possível enriquecer todo o processo, com relatos, comentários, links, fotos,
ilustrações e sons. Ocorreu à popularização dos blogs, como visto antes, num
momento, em que a Rede, aparentemente, já não trazia muitas novidades,
valorizando a criação e autoria, trazendo um novo cenário para a Web.
Os blogs trazem mais cor, expressão, identificação e individualidade à
Internet. Quem ''bloga'' uma vez, não quer parar. Os que leem um blog interessante
passam a acompanhar a atualização da página todos os dias, como o desenrolar
dos capítulos de uma novela.
A Educação pode abrir novos canais de comunicação entre alunos e
professores, incentivando o uso do blog e, respectivamente, a aprendizagem das
tecnologias envolvidas.
O educador pode convidar os alunos para criarem, juntos, um blog da
turma. Todo o processo — escolher o servidor, eleger e editar o visual,
inscrever os participantes e decidir o nome e os "objetivos" do blog — pode
ser feito coletivamente. (...) Um blog feito por várias pessoas tem a
vantagem de estar sempre mostrando novos textos, imagens, ideias. (...)
Também é possível fazer do blog um jornal com as novidades, curiosidades,
notícias e fofocas da turma. Grupos de alunos poderiam assumir cada
editoria (editorial; notícias da escola; notícias da turma; cultura; esportes;
recreio; colunas de opinião; etc.) e o jornal estaria sempre fresquinho e
sempre no ar, para quem quisesse ler (Blog na Sala de Aula – Lorenzo Aldé
http://www.via6.com/topico/37392/crie-um-blog-muito-facil-).
Fazer blogs pode ser uma forma divertida e criativa de estabelecer o hábito de
registrar e divulgar informações e iniciativas de interesse. É uma ótima estratégia
para dar a palavra aos estudantes.
E o professor? Ele também teria acesso aos blogs pessoais dos alunos,
podendo sempre comentá-los, tirar dúvidas e selecionar bons textos e
temas de discussão para levar para a sala de aula. Deixando os alunos
livres para criar, sem compromisso de resultado ou nota, o professor obtém
o que há de mais valioso nesta relação: passa a conhecer a cabeça de seus
alunos, seus sonhos, medos, desejos e interesses. Seja como for, levar o
recurso dos blogs para a escola pode representar um salto na capacidade
de comunicação dos alunos. Levar o recurso dos blogs para a escola pode
representar um salto na capacidade de comunicação dos alunos.
Convidados a se divertir, eles estarão exercitando a leitura, a escrita, o
senso crítico e a familiaridade com a informática (Blog na Sala de Aula –
Lorenzo Aldé).
32
A possibilidade de explorar todas essas possibilidades e potencialidades dos
blogs, a serviço do processo ensino-aprendizagem está, portanto, nas mãos dos
atuais educadores. Os blogs possuem características que desperta o interesse da
geração de jovens atuais que esta acostumada a dinamismo, acesso rápido,
comunicação e socialização. Pode e deve ser usado como uma nova ferramenta
para atrair alunos para um mundo novo da leitura e da escrita. Todas estas
possibilidades dependem da capacitação e criatividade do professor,
“(...) tudo depende da imaginação do educador na hora de propor as
atividades (...) É um espaço muito interessante, autoral. Os alunos se
sentem orgulhosos e querem realizar bons trabalhos, que sejam valorizados
pelos outros. Se o professor souber aproveitar, poderá ter ótimos
resultados. Não podemos mais inibir o aluno, que já está tão acostumado
com aquela caneta vermelha rabiscando o texto. O interessante do blog é
que o estudante se manifeste sem restrições, interagindo com outros alunos
e professores". (BARATO apud RAGAZZI, 2006)
Neste imenso universo digital os estudantes encontram um grande dilúvio de
informação e se utilizam de diferentes meios para filtrar e absorver o conhecimento,
é exatamente por isso que a visão do professor detentor do conhecimento não pode
mais existir, professor deverá transformar toda a informação que a rede disponibiliza
em conhecimento.
“Quanto mais informatizado for o planeta, quanto maior for o espaço
cibernético, quanto mais informações estiverem disponíveis, maior será a
necessidade e importância do professor. Um professor dos novos tempos,
atualizado, interessado e respeitado.” (ALAM, 2010, p. -).
33
4. OS ALUNOS E O BLOG: RESULTADOS
A primeira etapa do trabalho consistiu em orientar os alunos e professores
para a elaboração de um projeto para a construção de um blog. Tanto uns quanto
outros receberam materiais alusivos — Roteiro para a criação de um blog (Anexo I)
e Roteiro para avaliação dos blogs da turma (Anexo II) — e foram feitas discussões
sobre como e por que construir um blog. Paralelamente, todos foram sendo
treinados passo a passo, nessa tarefa de construção, resultando na criação dos
seguintes blogs, dos quais cinco são de professores, sendo dois da autora e 14 dos
alunos:
1- Prof.ª Marta - http://digitalbiologia.blogspot.com/
2- Prof.ª Marta - http://blogandoinfo.blospot.com/
3- Prof.ª Helena - http://digmat22.blogspot.com
4- Prof. Fred - http://fredemassuntosdiversos.blogspot.com/
5- Prof.ª Raimunda – http://matematicaativa.blogspot.com
6- Diego Silva - http://diiegotecnico.blogspot.com/
7- Elaine S. de Souza - http://lanesaude.blogspot.com/
8- Elideise D. da Costa - http://damasaude.blogspot.com/
9- Graziele S. da Silva - http://graziisenna.blogspot.com/
10- Hilcinete M. P. Silva - http://hilinforeduca.blogspot.com
11- Ionarla S. J. Moreira- http://emutchomais.blogspot.com/
12- Jadson R. S. Santana - http://jadsontecnico.blogspot.com/
13- Jessica Gabriel - http://blogandocomjessica.blogspot.com.
14- Jeu Ferreira Bezerra - http://tecmicro2012.blogspot.com/
15- Jonas S. Magalhães – http://jonasmusicas.blogspot.com/
16- Joseane S. de Araújo - http://joseanearaujo18.blogspot.com/
17- Marise Sousa Gomes - http://blogandocomMarise.blogspot.com
18- Roberta B. Oliveira - http://robertaaianabrasil.blogspot.com/
19- Samara S. Conceição – http://samaradvances.blogspot.com/
Os temas escolhidos para os Blogs foram os mais diversos. Os professores
— apenas três, de 12, todos da área das ciências exatas, que participaram das
reuniões de AC (atividades de coordenação), nas quais o assunto ‘construção de
blogs’ foi tratado — centralizaram o tema em suas respectivas disciplinas. De seu
lado, dos 20 alunos do 3º ano do Curso Técnico em Informática, 15 construíram
blogs, abordando grande diversidade de temas (saúde, estética, música, tecnologia,
34
auto-ajuda, etc.). Nesta etapa foi enfatizada a importância da pesquisa e da
produção do conhecimento, contribuindo para responder os questionamentos
estabelecidos por esta pesquisa.
Observou-se grande interação, especialmente entre os alunos, com
navegações entre os blogs e, consequentemente, valiosas trocas de informações.
Entretanto, pelo menos, entre os professores, aconteceu que por falta de
maior traquejo com o manejo dos recursos da Internet, a necessidade de a autora se
ausentar, pouco depois dos trabalhos iniciais de elaboração dos blogs, os levou
praticamente ao abandono de seus blogs.
Dando sequência à formação de Redes Sociais, foi aplicada metodologia
semelhante (o mesmo Anexo II) para a criação do Twitter, oportunizando aos
participantes da pesquisa aprender a utilizar outra ferramenta, visando facilitar a
troca de informações sobre os blogs criados. O Twitter demonstrou ser uma
ferramenta ideal para socializar a turma, com mensagens rápidas. Os Twitters
criados foram os seguintes:
1- Prof.ª Marta Cristina - http://twitter.com/mcddn3
2- Prof.ª Maria Helena – http://twitter.com/mahepaca
3- Prof.ª Raimunda Crispina - http://twitter.com/teixeiracrisp
4- Marise Sousa Gomes – http://twitter.com/mariseflor
5- Hilcinete M. Patriarca - http://twitter.com/hilciaboa
6- Jessica Clarissa Santos - http://twitter.com/yessicaclarissa
7- Elideise Damasceno – http://twitter.com/Daysebela
8- Joseane Araújo - http://twitter.com/joseane18
9- Samara S. Conceição - http://twitter.com/Samarininha
10- Jeú F. Bezerra - http://twitter.com/Jefebe13
11- Roberta Brasil - http://twitter.com/robertaaiana
12- Jonas Santos - http://twitter.com/jonassalvador
13- Graziele Senna - http://twitter.com/grazisenna
14- Luiza Borges – http://twitter.com/izaborges98
15- Diego Silva Alves - http://twitter.com/DihFlash
Observe-se que, dos Twitters criados, apenas três são de professores, sendo
um da autora. Do mesmo modo, o sucesso entre os alunos foi de 12 em 20, ou seja,
60% de sucesso. Com a utilização do Twitter, observaram-se novas e mais intensas
trocas de informações culturais com sugestões de vídeos, livros, músicas, jogos e
35
conteúdos de estudo, como também, de informações diversificadas, contribuindo
para melhor socialização entre alunos e professores.
Em um terceiro momento foi aplicados dois questionário de pesquisa com a
finalidade de coletar dados sobre o nível de conhecimento dos alunos a respeito das
Redes Sociais e sua aplicabilidade na educação (Anexo III) e outro especificamente
a respeito de blogs (Anexo IV).
Responderam aos questionários um total de 20 (vinte) alunos de ambos os
sexos, pertencentes ao 3º ano do Curso Técnico de Informática2. Através das
questões pode-se avaliar e criar um perfil dos indivíduos pesquisados, a respeito da
utilização da internet (onde, como e quanto usa) além das questões éticas e sociais,
o nível de conhecimento sobre as Redes Sociais, sua importância e influência na
educação, especialmente o Blog.
As primeiras questões (1 a 4) foram direcionadas para pesquisar sobre o fato
de possuírem computador pessoal, local em que acessa a internet, frequência que
utiliza e que atividades desenvolvem na internet (nesta última questão foi permitido
marcar mais de uma opção).
A primeira questão, sobre ter, ou não, computador com acesso à Internet, 15
alunos responderam positivamente e apenas cinco responderam não possuir tal
equipamento. Para alunos de colégio público, considerados oriundos de famílias de
baixos rendimentos, é quase surpreendente. Mas, evidencia a importância assumida
pelo computador e pela Internet no âmbito dos menos privilegiados.
Para a questão sobre o local onde mais frequentemente acessam a Internet
os resultados surpreenderam positivamente (Tabela 1 e Gráfico 1). Os 20 alunos, já
mencionados, sem exceção, acessam a Internet, mesmo aqueles que não têm
computador em casa. Isso demonstra que o acesso à Internet, no Colégio, mesmo
com as restrições de praxe, ameniza, mesmo que em pequeno grau, um problema
de inclusão digital. Mas, revela também, que é preciso investir mais profundamente
nessa questão tecnológica.
2
O Curso Técnico em Informática deve ser feito em quatro anos para se obter o certificado de conclusão. Como o referido
curso ainda está no estágio de implantação no Colégio citado, só haverá uma turma de 4º ano em 2012 que será formada
pelos atuais alunos do 3º ano de 2011.
36
Tabela 1. Local onde mais frequentemente acessa a Internet
Gráfico 1. Percentuais dos locais onde mais frequentemente acessam a Internet
Observe-se que 60% dos alunos pesquisados acessam a rede em casa como
dito acima, por causa do acesso no Colégio, nenhum respondeu que não acessa.
Tratando-se da frequência com que acessa a Internet (Tabela 2 e Gráfico 2),
verifica-se que 90% dos alunos acessam a rede diariamente, ainda que do total,
50% o faça por menos de três horas. Apenas dois alunos (10%) só têm acesso uma
vez na semana, mas ninguém leva um mês sem acessar.
Lugar Respostas %
Em casa 12 60
Casa de amigos 2 10
Na escola 3 15
Lan house 3 15
Não acessa 0 0
Total 20 100
Fonte: Pesquisa direta 2011
0
10
20
30
40
50
60
Em casa Casa de amigos Na escola Lan house Não acessa
37
Tabela 2. Frequência com que acessa a Internet.
Gráfico 2. Percentual de frequência de acesso à Internet
A questão seguinte investiga as atividades desenvolvidas na Internet (Tabela
3). Estudo, com 40% das respostas, revela novamente a importância do acesso à
Internet no âmbito do Colégio. Comunicação aparece com 30% das respostas, mas,
Lazer e Trabalho se revelaram com menor peso. No segundo caso, compreende-se
que não dá para usar a Internet para trabalhar, seja no Colégio ou em lan houses.
Além disso, como estudantes do turno diurno (vespertino), poucos têm emprego
formal, não sendo, portanto, necessário o uso para finalidades profissionais.
Frequência Respostas %
Todos os dias 18 90
- menos de 3 horas 10 50
- mais de 3 horas 8 40
Uma vez por semana 2 10
Uma vez ao mês 0 0
Total 20 100
Fonte: Pesquisa direta 2011
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
Todos os dias - menos de 3
horas
- mais de 3
horas
Uma vez por
semana
Uma vez ao
mês
38
Tabela 3. Principal atividade desenvolvida ao acessar
Gráfico 3. Percentuais da principal atividade desenvolvida ao acessar a Internet
A segunda etapa do questionário de pesquisa foi direcionada para o tema
Redes Sociais, onde foram abordadas questões técnicas, éticas e educacionais.
Assim, verificou-se que não havia nenhum dos alunos que responderam ao
questionário, que ainda não tivesse ouvido falar em redes sociais, ainda que cinco
deles não soubessem conceituá-las.
Verificou-se, a seguir, que, ainda que não soubessem conceituá-las, todos
faziam parte de alguma rede. Abaixo se apresenta o demonstrativo das redes de
relacionamento que mais utilizavam. (Tabela 4).
Atividades Respostas %
Estudo 8 40
Comunicação 6 30
Lazer 4 20
Trabalho 2 10
Total 20 100
Fonte: Pesquisa direta 2011
0
5
10
15
20
25
30
35
40
Estudo Comunicação Lazer Trabalho
39
Tabela 4. Principal programa de relacionamento de usos de cada aluno
Gráfico 4. Percentuais de uso das principais redes sociais online
O Orkut apareceu com maior peso, seguido do Facebook e comunidades
virtuais. O Twitter e os blogs não tiveram a mesma penetração entre esses alunos.
Contudo, ressalte-se que a pergunta se referia ao programa mais utilizado, portanto,
possivelmente, boa parte deles faça parte de mais de uma rede.
A seguir, foram oferecidas algumas afirmações opinativas e foi solicitado que
marcassem aquela (ou aquelas) que mais se aproximasse de seu modo de pensar.
Duas das cinco alternativas oferecidas concentraram, igualmente, mais de 26% das
opiniões dos alunos. Exatamente aquelas que, aparentemente são o principal
motivador para se fazer parte de uma rede social — virtual ou não — que foram as
que afirmam as possibilidades de compartilhar ideias e interesses comuns e a
Programa Respostas %
Facebook 5 25
Orkut 8 40
Weblogs - Fotoblogs 2 10
Twitter 2 10
Comunidades virtuais 3 15
Total 20 100
Fonte: Pesquisa direta 2011
0
5
10
15
20
25
30
35
40
Facebook Orkut Weblogs - Fotoblogs Tw itter Comunidades virtuais
40
aproximação de parentes e amigos distantes. Coerente com essa visão, a terceira
alternativa de maior peso (21,7%) foi a do favorecimento de novas amizades.
As frases que sugerem características “negativas” ou “perigosas” foram as de
menor peso relativo (Tabela 5).
É muito provável que essas opiniões, mais voltada para seus próprios
objetivos de ingresso nas redes, associadas à juventude dos respondentes, não lhes
permita uma visão mais crítica, ou menos favorável, das Redes Sociais online.
Tabela 5. Opiniões a respeito das Redes Sociais de Internet
Tais resultados foram corroborados pelos da questão seguinte, que investigou
opiniões e ou conhecimento relativos a aspectos éticos do uso da Internet.
A duas afirmações com maior peso relativo foram aquelas em que os alunos
assinalaram não compreender as restrições de uso das redes sociais no âmbito
escolar (30%) e aquela em que revelaram desconhecer os aspectos éticos
envolvidos no uso da Internet (25%) (Tabela 6).
Oito alunos (20%) assinalaram conhecer as restrições relativas às questões
de autoria. Apenas cinco (12,5%) afirmaram conhecer as regras eticamente corretas
de uso do correio eletrônico e da Internet e outros 12,5% assinalaram que
compreendem as medidas adotadas, pela escola, de restrições de uso da Internet.
Afirmação Respostas %
a) Favorecem o compartilhamento de idéias e
interesses comuns 12 26,1
b) Permitem uma exposição exagerada da
intimidade das pessoas 4 8,7
c) Favorecem a aproximação de pessoas que estão
longe de amigos e parentes 12 26,1
d) Permitem que jovens inexperientes se tornem
presas fáceis de pessoas desonestas 8 17,4
e) Favorecem o estabelecimento de novas
amizades 10 21,7
Total 46 100
Fonte: Pesquisa direta 2011
41
Tabela 6. Opiniões sobre questões éticas de uso da Internet
Os dados investigados a seguir tratam mais especificamente das redes
sociais e, mais de perto, dos blogs (Anexo IV).
Dos 20 alunos que responderam ao questionário 18 assinalaram que
acreditam que, de alguma forma, as Redes Sociais podem contribuir para a melhoria
do aprendizado. Apenas dois (10%) responderam negativamente.
Dentre esses 20 alunos, 15 (75%) afirmaram saber explicar o que é um blog,
contra apenas cinco (15%) que não o sabem.
Quanto a possuir ou participar de um blog, 13 (65%) responderam
afirmativamente, contra sete (35%) que responderam negativamente à questão.
Apenas cinco (15%) dos citados alunos responderam que têm, na turma,
algum professor que utiliza blog como facilitador da aprendizagem dos alunos. Os
demais (75%) responderam negativamente à questão.
O que não surpreende, mas que é mais do que importante e extremamente
significativo, é o fato de 100% ter respondido estar disposto a interagir, participar de,
ou colaborar com um blog.
Ratificando os dados acima, 15 alunos (75%) declararam não ter qualquer
dificuldade de navegar nessa interface — a dos blogs — em contraposição a apenas
cinco (15%) dos 20.
Afirmação Respostas %
a) Não estou ciente das questões éticas que envolvem
o uso do computador 10 25,0
b) Tenho conhecimento das questões relacionadas à
autoria 8 20,0
c) Compreendo as regras éticas de uso de correio
eletrônico e da internet 5 12,5
d) Compreendo as restrições adotadas pela Direção da
escola ao uso da internet 5 12,5
e) Não compreendo as restrições em relação ao uso
das Redes Sociais no ambiente escolar 12 30,0
Total 40 100
Fonte: Pesquisa direta 2011
42
E, coerentemente com todas as respostas acima, também em reação aos
blogs, 18 alunos (90%) assinalaram que acreditam que a utilização de blogs pode
contribuir favoravelmente com o processo ensino-aprendizagem.
Evidentemente isso mostra o quanto há um espaço produtivo, esperando o
momento tempo certo, para sua aplicação pedagógica. A partir desses resultados, é
de se esperar que a motivação para a criação de blogs de alunos e de professores
registrasse uma boa incidência.
Como se viu acima, dos professores da área de Ciências exatas, com quem
foi feito todo um trabalho de motivação e esclarecimento a respeito de blogs, seus
usos, recursos e possibilidades, apenas três — com os da autora, chegaram a cinco
— construíram um, através do qual, conseguiram interagir com os alunos, durante
certo período de tempo. Todavia, desses, por uma questão de impossibilidade de a
autora — por questões pessoais —, dar assistência permanente á atividade, desses
professores os mesmos caíram em desuso. Aparentemente, o que pesou nesse
processo, foi a falta de hábito com essas novas tecnologias e, dessa forma, não
saber, como incluir, um vídeo, música, etc. Portanto, a dificuldade que levou ao
relativo insucesso, não foi a ferramenta blog, em si, mas a falta de um pouco de
treino — um mínimo de assistência pessoal —, no uso dos recursos colocados à
disposição dos blogueiros.
Contudo, houve um fato absolutamente inovador e não esperado. A
movimentação junto aos alunos e aos professores de exatas, não passou
despercebida dos demais professores de outras áreas. Daí que, um dos professores
de Inglês, se sentiu motivado e construiu seu próprio blog, através do qual vem
interagindo com os alunos de forma bastante intensa.
Dos 20 alunos que participaram deste estudo, 14 construíram seus blogs — o
que se pode considerar um sucesso, já que essa participação se elevou a 70% do
conjunto — e se motivaram a se relacionar também via Twitter.
A construção desses blogs foi acompanhada de perto, sendo que os alunos
foram avaliados relativamente a quatro aspectos da questão. Tais aspectos são
apresentados a seguir, não necessariamente por sua importância relativa, já que, na
verdade, são praticamente indissociáveis, um dos outros.
O primeiro aspecto considerado foi o técnico e, nem poderia ser diferente,
considerando que são alunos de um curso técnico, profissionalizante, da área de
informática. Nesse sentido, embora se tenha respeitado a liberdade de escolha do
43
assunto a ser trabalhado, foi colocado certo limite. Os blogs deveriam contemplar
assuntos técnicos ou profissionais, ou seja, deveriam ser voltados,
preferencialmente, para os assuntos através do quais desejam se desenvolver
profissionalmente. Assim, surgiram os mais diferentes assuntos, desde os
relacionados à área técnica em informática, até a saúde, música, etc.
O segundo foi o conteúdo, a produção do conhecimento. Como já informado,
os assuntos sofreram certa limitação necessária. Assim, foram orientados a levantar
informações sobre seus respectivos temas e a criar, pequenos textos alusivos,
começando por apresentar o blog, seu tema, seus objetivos e suas finalidades, sem
esquecer-se de apresentar o blogueiro.
O terceiro foi à criatividade. O embelezamento e o uso de recursos de
desenho, vídeos, fotos, músicas, etc., para ilustrar o tema e tornar a página
interessante e agradável aos visitantes ou leitores eventuais ou não.
O último aspecto levado em consideração foi o da interação. Todos deveriam
buscar conhecer os blogs dos demais, visitá-los e deixar seus comentários e
considerações, tanto a respeito do tema, quanto da apresentação.
Pode-se dizer que todos os trabalhos blog foram muito bons, de excelente
qualidade mesmo, em qualquer dos aspectos mencionados. Observou-se larga troca
de informações, interações e grande envolvimento pessoal, de cada um, com seu
próprio trabalho.
Todo esse esforço foi realizado durante o segundo semestre de 2010 e
deveria prosseguir ao longo de 2011. Entretanto, como já mencionado, a
necessidade de afastamento pessoal da autora, de suas atividades didáticas, nos
primeiros meses do ano letivo de 2011, causou, infelizmente, uma repercussão
negativa, sobre o trabalho dos alunos. Entre eles, os blogs começaram a ser
abandonados. Mas a experiência, em si, demonstrou a efetiva possibilidade de uso
dos blogs, como instrumento didático à disposição dos educadores.
44
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
A proposição deste estudo se fez com o objetivo de conhecer a realidade dos
alunos e professores do Curso Técnico de Informática do Colégio Estadual Bolivar
Santana, no que se refere ao uso das tecnologias e das redes sociais e entre elas,
especificamente, os blogs. Para favorecer as reflexões acerca de inovações no
processo educativo com a utilização das Redes Sociais, foi aplicado um questionário
de pesquisa no qual se pode avaliar o grau de conhecimento dos alunos do Curso
Técnico de Informática em relação à utilização das Redes Sociais. Além disso,
aplicou-se também uma metodologia para a construção de blogs e de uso do
Twitter, com finalidades educacionais.
Observou-se que, apesar de estarem cada vez mais presentes na vida
cotidiana de alunos e professores, as redes sociais online fazem parte de um mundo
que ainda tem muito mais a ser explorado pela educação e, mais especificamente,
no Colégio Estadual Bolívar Santana. Apesar de o corpo docente ser formado por
professores com licenciatura plena e em sua maioria com especialização, existe a
carência de uma capacitação específica para uso das tecnologias na educação
como ferramenta pedagógica, causando uma certa insegurança por parte dos
professores para aplicar o conhecimento adquirido com o uso pessoal das redes
sociais em sua rotina pedagógica.
Verificou-se pela literatura citada, as enormes facilidades e potencialidades do
uso das redes sociais, propriamente ditas e, muito particularmente, do blog — por
suas características específicas —, como facilitadores do processo ensino-
aprendizagem.
Cabe ao docente, ser orientador e facilitador do aprendizado através desses
novos meios. É importante ressaltar que, assim como esse tipo de mídia pode ser
utilizado para o lazer, diversão e entretenimento — além de viabilizar as relações
sociais — também pode ser usado como um dos instrumentos de escolha dentro do
processo educacional, por conta de suas possibilidades de criação coletiva e da
comunicação horizontal, em tempo real.
A partir deste estudo pode-se inferir a grande abertura, especialmente por
parte dos educandos, para trabalhar com as ferramentas tecnológicas e a técnicas
virtuais. Logo que estimulados, os alunos lançaram-se a campo com grande afinco
e, no conjunto, observou-se um grande interesse e motivação para trabalhar
45
individualmente — em seus respectivos blogs — e, cooperativamente, colaborando
e trocando informações com os colegas. Também alguns professores se motivaram
e construíram blogs ligados a suas respectivas disciplinas, relatando grande
participação de seus alunos.
Contudo, por motivos alheios ao caráter do trabalho, a assistência a alunos e
professores foi interrompida, por força de necessário afastamento, da autora, do
ambiente de trabalho. Com isso, aos poucos, todos foram abandonando suas
páginas. Isso revelou que a prática de uso das redes sociais no meio escolar precisa
da atenção permanente do professor orientador, sem o quê, perde a consistência.
Evidenciam-se desse modo, que é preciso integrar o uso das redes sociais às
atividades cotidianas da vida escolar e à prática didática, sem isso, os efeitos serão
incomparavelmente modestos, em relação aos mestres — ou unidades escolares —
que fazem uso dessas novas formas de acesso à informação. Para resultados mais
consistentes é preciso uma aplicação constante das ferramentas que as redes
sociais disponibilizam, o professor deve se manter em constante movimento com
atualizações relacionados com o conteúdo trabalhado em sala, despertando o
interesse dos alunos e necessidades do acesso as redes sociais.
Para executar tarefa de tamanha complexidade, antes de tudo, é necessário
que as escolas disponham de uma equipe de professores razoavelmente bem
treinados, o que se constitui, neste momento, pelos mais diversos motivos, uma
séria dificuldade.
As novas tecnologias da informação e da comunicação não substituem os
professores como intermediários da produção e difusão do conhecimento. Mas o
papel dos mesmos e suas formas de atuação, apesar da mencionada falta de treino
específico, ainda assim, já foram bastante modificados, por essas tecnologias. O
professor deste novo século, não pode simplesmente deixar o tempo correr, sem
observar as mudanças que lhe estão sendo impostas. Fundamentalmente, ele
precisa se adaptar às essas novas tecnologias da informação e de ensino adaptar-
se a essa nova realidade, adaptando-a, também, por sua vez, a sua realidade
específica, de forma a não se tornar mero refém dessas tecnologias e seus usos.
Para tanto, duas coisas são essenciais: acesso aos equipamentos e tecnologias —
inclusive sob o aspecto de seu custo financeiro — e treinamento para aproveitar
todos os recursos disponíveis.
46
Embora o papel do professor tenha sofrido importantes modificações frente à
utilização de recursos tecnológicos na educação, é fato que as redes de
comunicação social ainda não têm a penetração necessária entre os docentes, mais
especificamente, no ambiente da escola pública, onde se realizou esta pesquisa.
Todavia, é interessante que o educador procure se capacitar para começar a lidar
com a enorme variedade de recursos existentes, que podem transformar o processo
ensino-aprendizagem mais interativo e dinâmico. Mais ainda, ele pode encontrar
caminhos e sugestões para utilizar as redes sociais, como os blogs a favor da
aprendizagem de seus alunos e, também, para tornar o relacionamento professor-
aluno em algo mais aprazível, além de mais proveitoso. Contudo, isso não depende
apenas da vontade expressa do professor – educador, mas, de toda uma série de
condições físicas, financeiras e políticas que podem se transformar (e, muitas vezes
o fazem, especialmente nas escolas públicas) em obstáculos à consecução de tais
objetivos.
O uso de Redes Sociais online e outros tipos de redes sociais devem ser
muito bem planejados e mensurados, mas, sempre de forma participativa, ou seja,
docentes e discentes precisam apoiar-se mutuamente nos atuais processos de
ensinar e aprender.
Mesmo a escola pública, nos dias atuais, recebe cada vez mais alunos
familiarizados com a tecnologia que vem aumentando sua participação na vida da
sociedade. Este fato torna mais fácil a utilização das tecnologias da informação na
Educação, com destaque para as Redes Sociais. Cabe, em parte, ao professor
explorar as potencialidades dessa tecnologia, procurando entender como seus
alunos a utilizam e, a partir daí, propor atividades, que sejam significativas para o
processo educacional. Cabe à Secretaria da Educação e seus diversos segmentos
construírem as políticas e processos que efetivamente promovam a inclusão digital,
oferecendo ainda os equipamentos e treinamentos adequados a cada situação.
Com certeza, a introdução de tecnologias educacionais e utilização das redes
sociais não serão a solução para todos os problemas da Educação, na atualidade.
Entretanto, tais tecnologias poderão contribuir para que, ao menos a escola pública,
não mantenha seus alunos distante da realidade técnica-informacional, que permeia
cada vez mais fortemente nosso modo de vida. Uma realidade à qual uma parte da
sociedade — aquela de maior renda — tem acesso sem maiores problemas, seja
47
em casa ou no ambiente escola. De modo geral, o aluno da escola pública, quase
não tem acesso, pois depende de poder pagar o tempo de uso de um computador
de lan-house, ou das eventuais aulas informática. O acesso aos computadores,
geralmente, é oferecido apenas aos alunos do curso técnico em informática. Não
aos demais. E esse é um problema a ser resolvido fora do âmbito escolar. É uma
questão de política educacional. Que ou qual formação se pretende dar aos
educandos.
O grande desafio é que a utilização destas inovações deve ocorrer de forma a
transformar os alunos, de simples consumidores, em produtores e difusores de
conhecimento e cultura. Para que estes fatos ocorram de forma mais consistente e
transforme-se em uma ferramenta atuante no processo de ensino aprendizagem é
necessário que ocorram algumas mudanças na politica das escolas públicas em
relação ao ensino de informática, incluindo esta disciplina na grade curricular, como
diversificada do nas séries do 2º ciclo do ensino fundamental e no ensino médio
regular. Democratizando o conhecimento tecnológico e ampliando o uso do
laboratório de informática, orientados por professores, a um maior número de
alunos.
48
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51
ANEXOS
52
ANEXO I
ROTEIRO PARA CRIAÇÃO DO BLOG
1. Tema/Título do seu blog:
2. Qual o site de hospedagem de sua preferência? Qual a provável URL do seu blog?
3. Objetivos do blog:
4. A quem se destina? A alunos? De qual nível? Fundamental, Médio ou
Superior? Para alguma comunidade?Para uso pessoal? Pesquisa? Enfim, quem
vai se interessar por seu blog?
5.Características: (aula, projeto, informativo, diário, álbum virtual, mensagens,
resenha de livros, dicas de filmes para aulas...)...
6. Descreva as atividades:
7. Cite também sites ou blogs relacionados (digite nome e endereço).
53
ANEXO II
ROTEIRO: AVALIAÇÃO DOS BLOGS DA TURMA
ATIVIDADES INCLUÍDAS NO ROTEIRO 01:
VALOR: 1,0 PONTOS
DATA DE ENTREGA: 14/09/2010
1ª ATIVIDADE:
Você deverá visitar os blogs sugeridos e escolher dois, para analisar. A análise
será feita com base nos seguintes critérios:
 Quais os blogs analisados? (Informar nome e endereço)
 Faça suas considerações sobre dois deles. (a que público se destina,
objetivos, que sugestões/mensagens você daria para o autor). Se desejar,
deixe um comentário nos blogs visitados (deve ser entregue por escrito
juntamente com o roteiro 02)
2ª ATIVIDADE:
Após as visitas e análises dos blogs, deixe seus comentários (mensagem) no
seu Twitter.
3ªATIVIDADE:
Nesta atividade você vai criar um blog, socializar o endereço no seu Twitter,
registrando também o seu processo de criação. Visite e comente no seu
Twitter também os blogs dos colegas
ATIVIDADE INCLUÍDAS NO ROTEIRO 2
VALOR: 2,0 PONTOS
DATA DE ENTREGA: 14/09/2010
ROTEIRO PARA A CRIAÇÃO DE BLOG
Preencha o roteiro, cuidadosamente, entregar até a seguinte data: 13/09/2010.
Procure tirar cópia, pois ficará retido até a conclusão dos trabalhos.
ATIVIDADE 03 – CRIAÇÃO, SOCIALIZAÇÃO E INTEGRAÇÃO – BLOG
VALOR: 1,0 PONTOS
DATA DE CONCLUSÃO DA ATIVIDADE: 21/09/2010
1. Faça as primeiras postagens em seu blog, seguindo o roteiro de elaboração
que você criou;
2. Divulgue o endereço do seu blog no seu twitter, enviando o endereço para o
e-mail da turma e para o e-mail da professora.
3. Visite os blogs todos os colegas colocando comentários no blog de cada um.
ATIVIDADE 04: POSTAGENS - DESIGNER-CONFIGURAÇÕES
VALOR: 4,0 PONTOS
DATA PARA FINALIZAR A ATIVIDADE: 27/09/2010
1- CABEÇALHO:
54
O cabeçalho deverá conter o título do Blog e por trás do título uma
imagem relacionada com o tema do blog.
Abaixo da imagem com o título uma descrição sucinta dos objetivos do
blog.
2-POSTAGENS:
 TEXTO ACOMPANHADO DE IMAGEM:
Deverá ser postado no blog, um mínimo de três postagens, todas
acompanhadas de imagens relacionadas com o tema da postagem e com
links para outra página da web.
Duas postagens pode ser de artigos pesquisados na internet, relacionados
com o tema do blog (não se esqueçam de colocar a autoria) uma deve ser
construída pelo aluno
( texto de autoria própria).
 Um vídeo relacionado com o tema do blog.
 Imagem, colocada usando o recurso HTML, relacionada com o tema do
blog.
3- DESIGN:
 Através do design modelo escolher: modelo, plano de fundo, layout,
avançado (para configurar cor, tipo e tamanho da fonte).
 Colocar os seguintes gadget (obrigatórios): logotipo do blogger, links,
relógio, buscador do google, barra de vídeo do You Tube ( relacionar
como o tema do blog), Twitter, Windows Live Messenger, seguidores,
Apresentação de slides ( com o tema do blog), perfil e seguidores.
Se quiser pode adicionar mais alguns gadget de sua escolha.
4- CONFIGURAÇÕES:
 Publicação: fazer o comentário sobre o seu blog
 Comentários: moderar comentários
 Permissão: Qualquer pessoa pode visualizar o blog.
 Formatação: Postagens, escolher forma de a data aparecer.
 Perfil
5- TRABALHANDO HTML:
 Mural de recados
 Contador de visitantes
 Imagem
 Cursor
6- RECURSOS EXTRAS (NÃO OBRIGATÓRIO)
 Música; Banner; TV; Jogos; etc..
ATIVDADE O5: APRESENTANDO SEU BLOG:
 Data da apresentação: 28/09/2010 e 30/09/2010
 Valor da apresentação: 2,0 PONTOS
 Tempo: 10 minutos para cada blog
 Apresentação de cada blog: deverá ser realizada pelo seu criador, falando
do tema, objetivos e do processo de criação (aprendizado) do seu blog.
55
 A ordem das apresentações será pela ordem do mapa de notas da
professora.
 O aluno que não comparecer só terá direito a uma segunda chance com
apresentação de atestado médico.
OBSEVAÇÃO:
Só será considerada a nota do item ATIVIDADE 04: POSTAGENS- DESIGNER-
CONFIGURAÇÕES (valor: 4,0 pontos) para os alunos que realizarem a
atividade ATIVDADE O5: APRESENTANDO O SEU BLOG.
6- SUGESTÕES PARA PESQUISA:
Para incluir imagens músicas em seu blog, utilize Sites que disponibilizam
conteúdos livres para download como os citados abaixo:
Domínio Público:
http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/PesquisaObraForm.jsp
Overmundo: http://www.overmundo.com.br/
Jamendo: http://www.jamendo.com/br/
Internet Archive: http://www.archive.org/
Portal do Paraná: http://www.diaadia.pr.gov.br
Portal do professor: http://portaldoprofessor.mec.gov.br/
Banco de imagens: http://recursostic.educacion.es/bancoimagenes/web/
Flash sound: http://www.flashsound.com/
Banco de imagem: www.dreamstime.com
Recursos para Blog:
http://materialparablogs.blogspot.com/2008/06/efeitos-em-cursores_15.html
http://www.dicasparablogs.com.br/2008/03/imagem-no-cursor-do-mouse.html
http://www.ferramentasblog.com/
http://www.apostilaz.com.br/informatica/como-criar-um-blog.html
http://www.codigofonte.net/
Bom trabalho aguardo todos com suas produções no dia da apresentação.
Lembrem-se: O bom profissional não fala que sabe fazer e sim faz bem feito
para mostrar sua competência!!!
56
ANEXO III
QUESTIONÁRIO DE PESQUISA
Questionário I – Internet e Redes Sociais
1. Possuem computador com acesso a internet?
( ) Sim ( ) Não
2. Qual o local que utiliza mais frequentemente para acessar a internet?
( ) Em casa ( ) Casa de amigos ( ) Na escola
( ) Lan house ( ) Não acessam
3.Com que frequência acessa a internet?
( ) Todos os dias – menos de três horas
( ) Todos os dias – mais de três horas
( ) Uma vez por semana
( ) Uma vez ao mês
4. Que atividades desenvolve na internet?
( ) Estudo ( ) Comunicação ( ) Lazer ( ) Trabalho
5. Já ouviu falar em redes sociais?
( ) Sim ( ) Não
6.Seria capaz de conceituar redes sociais?
( ) Sim ( ) Não
7. Qual o programa de relacionamento que mais utiliza?
( ) Face book ( ) Orkut ( ) weblogs - Fotoblogs
( ) Twitter ( ) Comunidades virtuais
8. Marque a afirmação que mais se aproxima da sua opinião sobre redes sociais na
internet?
( ) Favorecem o compartilhamento de ideias e interesses comuns.
( ) Permite um exposição exagerada na intimidades das pessoas.
57
( ) Favorece a aproximação de pessoas que estão longe: amigos e parentes.
( ) Permite que jovens inexperientes tornem-se pressas fáceis de pessoas
desonestas.
( ) Favorece o estabelecimento de novas amizades.
9. Sobre as questões éticas que envolvem o uso da internet, o que pode afirmar?
( ) Não estou ciente das questões éticas que envolve o uso de computadores
( ) Tenho conhecimento da existência de restrições relacionadas a autoria.
( ) Compreendem as regras eticamente corretas relacionadas ao uso do
correio eletrônico e da internet.
( ) Compreendem as medidas adotadas pela direção da escola em relação as
restrições ao uso da internet.
( ) Não compreendem as restrições em relação ao uso das redes sociais no
ambiente escolar.
10. Acreditam que de alguma forma a redes sócias podem contribui para uma
melhoria no aprendizado?
( ) Sim ( ) Não
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Contribuições dos blogs na educação

  • 1. UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA CURSO DE ESPECIALIZAÇÃEO EM MÍDIAS E EDUCAÇÃO MARTA CRISTINA DANTAS DURÃO NUNES CONTRIBUIÇÕES DAS REDES SOCIAIS – BLOG - PARA A PRÁTICA PEDAGÓGICA NO ENSINO MÉDIO ORIENTADORA: Prof.ª M.S. SIRLÂNDIA SANTANA SALVADOR - BA 2012
  • 2. 2 UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA CURSO MÍDIAS NA EDUCAÇÃO CONTRIBUIÇÕES DAS REDES SOCIAIS – BLOG - PARA A PRÁTICA PEDAGÓGICA DO ENSINO MÉDIO MARTA CRISTINA DANTAS DURÃO NUNES Monografia apresentada à Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia - UESB como requisito para obtenção do título de Especialista em Mídias na Educação. BANCA EXAMINADORA PROFª. M. S. SIRLÂNDIA SOUZA SANTANA - Orientadora PROF. M.S. DANILO DUARTE OLIVEIRA PROF.M.S. MARCO ANTONIO ASSIS LIMA SALVADOR - BA 2012
  • 3. 3 Agradeço a todos que, direta e indiretamente, contribuíram para execução deste trabalho. As colegas e companheiras de jornada Maria Helena e Raimunda Crispina que sempre me encorajaram a prosseguir nesta caminhada e a meus alunos do Curso Técnico de informática que foram à fonte de inspiração para esta pesquisa.
  • 4. 4 RESUMO O presente trabalho trata das possibilidades de uso das redes sociais, especialmente os blogs, como recurso didático-pedagógico ao alcance de alunos e professores. Para tanto, foi realizado um trabalho de sensibilização de alunos, do Curso Técnico em Informática e dos professores da área de Ciências Exatas, do Colégio Estadual Bolívar Santana, levando-os a construir blogs, com temas de seu interesse, mas ligados a possíveis ramos de atuação profissional. Os professores construíram blogs associados a suas respectivas disciplinas. Precedendo a construção desses blogs, aplicou-se um questionário, que levantasse as percepções e conhecimentos dos alunos a respeito de redes sociais e blogs. Os resultados comprovaram o interesse, a capacidade e a motivação dos alunos no uso dos blogs e revelaram a riqueza das interações que ocorreram entre eles. Palavras-chave: Cibercultura. Blog. Interatividade. Hipertexto. Redes Sociais. Ciberespaço. Twitter. Comunidades virtuais. Transformações tecnológicas. Redes sociais e uso da tecnologia na educação.
  • 5. 5 ABSTRACT This work deals with the possibilities of the use of social networks, especially the blogs, as didactic resource-pegagogic within reach of students and teachers. For both, work was carried out to increase awareness of students, the Technical Course in Computer Science and the professors in the area of Exact Sciences, the State College Bolívar Santana, leading them to build blogs, with themes of interest, but linked to possible branches of professional performance. Teachers have built blogs associated with their respective disciplines. Prior to the construction of these blogs, a questionnaire was administered, which raise the perceptions and knowledge of the students in respect of social networks and blogs. The results confirmed the interest, ability and the motivation of the students in the use of blogs and revealed the richness of the interactions that occurred between them. Keywords: Cyberculture. Blog. Interactivity. Hypertext. Social Networks. Cyberspace. Twitter. Virtual Communities. Technological transformations. Social Networks and technology use in education.
  • 6. 6 LISTA DE FIGURAS Figura 1. Exemplo de grafo de uma rede social (neste caso, do LinkedIn da autora), gerado através da ferramenta disponível em: http://inmaps.linkedinlabs.com. Cada nó é um contato e as linhas são as interligações entre eles......................................................................................20
  • 7. 7 LISTA DE GRÁFICOS Gráfico 1. Percentuais dos locais onde mais acessam a Internet......................... 36 Gráfico 2. Percentual de freqüência de acesso à Internet .................................... 37 Gráfico 3. Percentuais da principal atividade desenvolvida ao acessar a Internet 38 Gráfico 4. Percentuais de uso das principais redes sociais online ....................... 39
  • 8. 8 LISTA DE TABELAS Tabela 1. Local onde mais freqüentemente acessa a Internet ............................. 36 Tabela 2. Frequência com que acessa a Internet................................................. 37 Tabela 3. Principal atividade desenvolvida ao acessar ........................................ 38 Tabela 4. Principal programa de relacionamento de usos de cada aluno............. 39 Tabela 5. Opiniões a respeito das redes sociais de Internet ................................ 40 Tabela 6. Opiniões sobre questões éticas de uso da Internet .............................. 41
  • 9. 9 SUMÁRIO RESUMO............................................................................................................ 4 ABSTRACT ........................................................................................................ 5 LISTA DE FIGURAS........................................................................................... 6 LISTA DE GRÁFICOS ........................................................................................ 7 LISTA DE TABELAS........................................................................................... 8 SUMÁRIO........................................................................................................... 9 CONTRIBUIÇÕES DAS REDES SOCIAIS – BLOG - PARA A PRÁTICA PEDAGÓGICA NO ENSINO MÉDIO ................................................................... 10 1. INTRODUÇÃO .............................................................................................. 10 1.1. METODOLOGIA .................................................................................... 13 2. REDES SOCIAIS E BLOG: CONCEITOS, CARACTERÍSTICAS E HISTÓRIA. ............................. ...............................................................................................15 2.1. Um Pouco da História das Redes Sociais.............................................. 15 2.2. Rede Social: Conceito e Características ................................................ 17 2.3. Redes Sociais: Exemplos, Funcionamento e Finalidades ...................... 19 2.4. As Mensagens Instantâneas.................................................................. 21 3. REDES SOCIAIS NA EDUCAÇÃO................................................................ 23 3.1. O Atrativo das Relações Sociais ............................................................ 26 3.2. As Redes Sociais: Uso do Blog como Instrumento Pedagógico............. 28 3.3. Blog na Educação.................................................................................. 30 4. OS ALUNOS E O BLOG: RESULTADOS...................................................... 33 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS........................................................................... 44 REFERENCIAS ................................................................................................... 48 ANEXOS........................................................................................................... 51
  • 10. CONTRIBUIÇÕES DAS REDES SOCIAIS – BLOG - PARA A PRÁTICA PEDAGÓGICA NO ENSINO MÉDIO 1. INTRODUÇÃO Em um planeta onde a sociedade está voltada cada vez mais para o desenvolvimento e a universalização das técnicas, percebe-se que o uso das novas tecnologias, especialmente na escola pública, vem evoluindo de maneira lenta. Porém, as redes sociais de Internet — que serão definidas mais adiante — estão presentes entre os alunos e chegam trazendo milhares de informações com enorme rapidez. O acesso a uma comunicação veloz e, muitas vezes, em tempo real vem se destacando em nossa sociedade tais como: E-mail, Orkut, Blogs, Fotoblogs, Sistemas, Ambientes de Estudos, etc. Como afirma Aguiar (2006) as Redes Sociais estão mudando o cenário das relações do mundo moderno. A crescente complexidade dos sistemas sociais tem impulsionado a chamada atuação em redes de indivíduos e sociedades e, neste cenário, as redes sociais têm assumido relevante papel nas relações sociais do mundo moderno (AGUIAR, 2006). De todos os desafios, talvez o mais difícil seja levar essa velocidade da comunicação para o ambiente escolar, especialmente para o ambiente do Ensino Público, comunicando os conteúdos de forma rápida e atraente e obtendo respostas, igualmente velozes. Assim deve ser o ensino em rede, algo que tem possibilidade de ser realmente eficaz e, mais que isso, acessível às diversas camadas da sociedade, desde que um conjunto de diferentes fatores, discutidos adiante se realizem. O que motivou a realização deste estudo foi à constatação de que quando se buscam informações sobre a aplicação das redes sociais em educação é a quase absoluta a falta delas como ferramenta pedagógica. E, mais do que informação a respeito das possibilidades e potencialidades do ensino em rede é o fato de que muitos professores estão presentes nas redes sociais, mas são quase inexistentes os que as levaram para a sala de aula. O Brasil começou a adotar as redes sociais no ensino com, pelo menos, cinco anos de atraso em relação aos países da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico). As experiências brasileiras, até agora, parecem
  • 11. 11 apontar para a direção certa, mas requerem muitos avanços. Com o rápido aumento do número de pessoas que têm acesso à Internet, no Brasil, alguns professores, tanto do Ensino Fundamental quanto do Médio, passaram a postar nessas redes virtuais. O certo é que elas constituem excelente instrumento para contextualizar os conteúdos ministrados, de forma a tornar o aprendizado atraente e empolgante para uma geração que respira tecnologia. Entre as redes sociais que mais crescem em número de usuários estão os blogs — adiante definidos —, estes oferecem excelentes oportunidades para o aprendizado construtivista, por promover discussões sobre diferentes temas, via de fóruns de discussão, o que permite a participação de todos. Desse modo a possibilidade de participação dos alunos torna esse processo ainda mais interessante. Além dos blogs, outras redes sociais podem ser utilizadas para fins didáticos cada uma apresentando diferentes peculiaridades. É preciso, no mundo de hoje, proporcionar aos alunos a oportunidade de desenvolver habilidades tecnológicas básicas, fazendo com que o aprendizado ocorra no contexto desta influente cultura digital. Contudo, não se pode esquecer que nem todos os conteúdos podem ser ensinados com o auxílio da tecnologia da informação. A tecnologia da informação, mais do que nunca, passou a ser vista como uma facilitadora do aprendizado. Embora o percentual de escolas com salas de informática tenha aumentado consideravelmente, muitos professores, pelos mais diversos motivos, ainda relutam em utilizar os atuais recursos tecnológicos em suas aulas. Construir o conhecimento de forma colaborativa se constitui em uma excelente oportunidade de, justamente, facilitar o processo de aprendizado. Vale lembrar que tais recursos permitem que o professor seja, efetivamente, um mediador do aprendizado, seguindo as doutrinas de Piaget (1970) e Vygotsky (1998). Com a utilização dos computadores podemos nos comunicar muitas vezes em tempo real com pessoas de todo o planeta. Uma nova forma da comunicação, esta sendo oferecidos pelas redes sociais, os ambientes virtuais estão se tornando cada vez mais dinâmicos e criativos, por meio de uma comunicação virtual, como diz Moran, “eu permaneço aqui, na minha casa ou escritório navego sem mover-me, trago dados que já estão prontos, converso com pessoas que não conheço e talvez nunca verei ou encontrarei de novo.” (MORAN, 1998, p. 68)
  • 12. 12 O presente trabalho pretende explorar as potencialidades do uso de Weblogs na educação, com os seguintes objetivos. Objetivos Gerais. Responder ao problema de como colocar em prática ações que possam relatar a possibilidade de contribuição das Redes Sociais, especialmente dos blogs, no processo de ensino-aprendizagem. Objetivos específicos. a) Compreender as noções básicas de funcionamento das Redes Sociais, com foco nos blogs, de modo a participar da produção do conhecimento de modo colaborativo. b) Conhecer e utilizar as ferramentas de comunicação, interação e produção do conhecimento disponível nas Redes Sociais. c) Analisar a relação entre a comunicação e a educação vivenciando o funcionamento tecnológico (interatividade, simulação, conhecimento em rede e rede de conhecimentos). d) Identificar fatores culturais, técnicos, profissionais, psicológicos, dentre outros, que prejudicam ou auxiliam a adoção bem sucedida da ferramenta Blog, apontando estratégias didáticas que podem ser aplicadas para um bom aproveitamento dessa ferramenta colaborativa. e) Conhecer e utilizar as ferramentas de comunicação, interação e produção do conhecimento, disponível nas Redes Sociais, analisando a relação entre a comunicação e a educação, vivenciando o funcionamento tecnológico (interatividade, simulação, conhecimento em rede e rede de conhecimentos). f) Investigar como as Redes Sociais — mais diretamente o Blog —, podem ser utilizadas como recurso pedagógico por professores, especialmente do Ensino Fundamental e Médio, no apoio ao ensino presencial. g) Levantar as experiências de uso das Redes Sociais na educação, através de pesquisa bibliográfica e virtual. Assim, começa-se por indicar as possibilidades de uso dos weblogs quer como ferramenta, quer como estratégia de ensino, à disposição dos professores, buscando conciliar esta prática com algumas teorias de aprendizagem e responder aos seguintes questionamentos: a) Como a utilização da ferramenta Blog pode contribuir no processo de ensino- aprendizagem, especialmente na colaboração entre alunos e entre professores? b) Quais os fatores culturais, técnicos, profissionais, psicológicos, dentre outros, que prejudicam ou auxiliam em uma adoção bem sucedida da ferramenta Blog?
  • 13. 13 c) Que estratégias didáticas podem ser aplicadas para um bom aproveitamento da ferramenta colaborativa Blog? 1.1.METODOLOGIA A metodologia se baseia em pesquisa bibliográfica, documental e virtual para dar suporte à pesquisa empírica e sua análise, explorando temas específicos sobre as Redes Sociais e aplicação de Blogs na aprendizagem. A metodologia aplicada busca fazer uma conexão entre a ciência, produção do conhecimento e os questionamentos levantados. Baseando-se nos objetivos traçados por esta pesquisa e aplicação da metodologia descrita poderemos verificar a importância da pesquisa na produção do conhecimento científico e a necessidade da preparação do individuo para interagir com as diversas ferramentas oferecidas pelas Redes Sociais. Para a pesquisa empírica — com análise qualitativa e quantitativa das informações levantadas — foi feita uma coleta de dados através de questionários (Anexos III e IV) respondidos por 20 alunos, do 3º ano, do Curso Técnico em Informática do Colégio Estadual Bolívar Santana. Paralelamente, se fez um trabalho de motivação e preparação dos professores da área das Ciências Exatas, bem como dos alunos acima citados, de modo a fazê-los entender as possibilidades do uso de blogs, como ferramenta de ensino, de construção do conhecimento e de facilitador da aprendizagem (Anexo V). O trabalho envolve, portanto, uma ação — a implantação de blogs — e uma intenção: solucionar cooperativamente os problemas de falta de colaboração mútua e necessidade de adequação aos novos modos de produção e difusão de conhecimento. O trabalho com os alunos foi levado a efeito durante as aulas normais com a autora. Já o trabalho de motivação junto aos professores, foi feito durante os períodos de AC (atividades de coordenação), apenas com o pessoal — 12 pessoas, ao todo — de Ciências exatas. Os resultados obtidos, ou seja, quantos professores e alunos construíram blogs e suas repercussões são também objeto deste trabalho. As categorias teóricas que sustentam esta pesquisa são: Cibercultura, interatividade, hipertexto, redes sócias e uso da tecnologia da informação na educação.
  • 14. 14 Espera-se que os resultados apresentem um conjunto de informações cuja interpretação possibilite encontrar caminhos que conduzam ao uso das Redes Sociais e, mais especificamente dos blogs, como ferramenta didático-pedagógica de excelência no processo ensino aprendizagem.
  • 15. 15 2. REDES SOCIAIS E BLOG: CONCEITOS, CARACTERÍSTICAS E HISTÓRIA Busca-se, neste capítulo, definir os principais conceitos utilizados neste estudo — especialmente redes sociais e blogs — de modo a construir uma base de compreensão junto aos possíveis leitores. Isso significa, inclusive, indicar o modo de uso desses conceitos — sua amplitude e limitações nos escopo deste trabalho. Os principais termos de tais conceitos, embora já bastante difundidos em nossa sociedade, não integram o cotidiano de 100% das pessoas. Com isso, vê-se que não é difícil encontrar quem pouco saiba — ou mesmo que tenha alguma noção — a respeito do que seja um blog, ou uma rede social. Pretende-se, ainda, apresentar, de modo sintético – e largamente baseada em fontes virtuais — um pouco da história do surgimento das Redes Sociais, no âmbito da Internet e, por essa via, dos blogs. 2.1.Um Pouco da História das Redes Sociais De modo muito sucinto, apresenta-se, aqui, a história da Internet, para a partir dela se poder compreender seu desenvolvimento posterior e o surgimento das chamadas redes, suas variedades e entre elas o blog. Segundo uma variedade de informações da Internet, mas especialmente as da Wikipédia (http://pt.wikipedia.org/wiki/Hist%C3%B3ria_da_Internet) e do Brasil Escola (http://www.brasilescola.com/curiosidades/como-surgiu-a-internet.htm), a Internet surgiu nos Estados Unidos da América, nos anos 1960, durante o período conhecido como Guerra Fria. O alto grau de tensão existente à época entre aquele país e a antiga União Soviética — hoje Rússia —, fazia os americanos temerem que um ataque, a seus centros de informação e defesa, pudesse danificá-los parcial ou totalmente, lançando o país num caos. Assim, criaram uma rede de compartilhamento de informações, no âmbito de suas organizações militares. O temido ataque nunca aconteceu e, com o fim da Guerra Fria, foi permitido o acesso a pesquisadores universitários, de início, isoladamente e, através deles às instituições universitárias. Depois dessas foi permitido o acesso de seus alunos e, a seguir, aos amigos dos alunos. A demanda cresceu e, com ela, a rede que se espraiou e se internacionalizou. Muito sinteticamente, assim surgiu a Internet.
  • 16. 16 Devido ao crescente desenvolvimento das ferramentas tecnológicas, com destaque para as relacionadas com a Internet, possibilitaram o surgimento na sociedade atual de novas formas de socialização. A nova sociedade em rede é analisada por Pierre Lévy (1999), criador da expressão “cibercultura”, termo associado às comunidades virtuais, no espaço eletrônico e suas formas de interação. Acredita que a Internet é um agente democratizador da informação, por permitir que as pessoas conectadas construírem, coletivamente e partilharem a inteligência coletiva — portanto, em rede — esse mundo virtual, “é um espaço não físico ou territorial, que se compõe de um conjunto de redes de computadores através das quais todas as informações (...) circulam”. Para Lévy a rede de computadores através da Internet atua na sociedade democratizando a informação, merecendo destaque as redes sociais virtuais que se popularizaram entre os usuários da Internet na última década. O futuro dos sistemas da educação está diretamente ligado à sua formação na cibercultura e a mudança contemporânea na relação com o saber. Essa nova fase da rede transformou um internauta comum num produtor e colaborador do conteúdo. “Na era da computação social, os conteúdos são criados e organizados pelos próprios utilizadores”. (LEMOS e LEVY, 2010, p.11) Para Silva (2004) o ciberespaço é uma região abstrata invisível que permite a circulação de informações na forma de imagens, sons, textos etc. Este espaço virtual está em vias de globalização planetária e já constitui um espaço social de trocas simbólicas entre pessoas dos mais diversos locais do planeta. Segundo a Wikipédia, a ideia de rede social surgiu muito antes da invenção dos computadores em da Internet, [...] designar um conjunto complexo de relações entre membros de um sistema social a diferentes dimensões, desde a interpessoal à internacional [...] (pt.wikipedia.org/wiki/Rede_social) Uma das primeiras redes virtuais foi o Sixdegrees que, segundo o site vocacional.blogspot.com, surgiu em 1997. Ainda segundo a mesma fonte, o Sixdegrees foi o primeiro a possibilitar a criação de um perfil virtual combinado com o registro do usuário, viabilizando, assim, a navegação pelas redes sociais. Contudo, seus serviços foram interrompidos após apenas três anos de funcionamento, por falta de recursos financeiros.
  • 17. 17 (http://vocacionalnj.blogspot.com/2011/07/adolescencia-e-redes-sociais.html) Vários outros serviços semelhantes, de acordo com o vocacional.blogspot.com, surgiram a partir do ano 2000 a exemplo do Asianevenue, Blackplanet, Cyworld, Fotoblog, Live Journal, LuinarStorm, Migente e Ryze. O Friendster, segundo a mesma fonte, foi o site que mais se assemelhava às redes sociais como as conhecemos hoje. Todavia, o site se viu obrigado a limitar as funcionalidades de seus serviços, em função do subdimensionamento de sua capacidade de atendimento à demanda de seus usuários, frustrando-os (http://vocacionalnj.blogspot.com/2011/07/adolescencia-e-redes-sociais.html). É quase impossível estabelecer a quantidade de usuários de redes sociais no mundo. Contudo, é interessante observar que uma grande variedade de sites — a exemplo dos http://www.dihitt.com.br/n/internet/2009/05/31/redes-sociais-1; http://turma7e20092.bligoo.com/content/view/646612/Um-pouco-da-historia-das- redes-sociais.html; https://sites.google.com/a/in.cscm-lx.pt/redes-sociais-no- 8e/historia-das-redes-sociais e mesmo a Wikipédia, provável fonte, mas, muitas vezes não citada pelos demais — estima que... [...] as maiores redes sociais apresentam números impressionantes como 250 milhões de usuários no MySpace, 200 milhões no Facebook, 120 milhões no Windows Live Spaces, 117 milhões no Habbo, 90 milhões no Friendster, 67 milhões no Orkut, entre inúmeros outros (sites acima). Mesmo em termos de estimativa, pode-se dizer que o número de usuários de redes sociais é realmente muito grande, mas tais números não podem ser tomados de modo estrito, nem dão ideia da proporção de usuários frente aos não usuários, já que muitas são as pessoas que participam de duas ou mais dessas redes. 2.2.Rede Social: Conceito e Características Qualquer pessoa tem noção do que seja uma rede, ou seja, um ponto ou nó, ligado a um ou mais pontos ou nós. A ideia de rede social parte dessa imagem, na qual as pessoas ou organizações se associam a outras pessoas ou organizações em função de objetivos comuns. Exemplo disso são as redes de bairros, as beneficentes — tipo Lyons — e mesmo as redes online. Segundo Marteleto (2001, p.72), as redes sociais podem ser definidas como um “conjunto de participantes autônomos, unindo ideias e recursos em torno de valores e interesses compartilhados”.
  • 18. 18 De modo geral, pode-se afirmar que as redes sociais são formadas por relações complexas que podem ocorrer entre indivíduos, grupos ou organizações, os quais se organizam em torno de interesses, valores ou crenças comuns (MARTELETO, 2001). As Redes Sociais têm adquirido importância crescente na sociedade moderna, a Wikipédia em sua página sobre Redes Sociais, publicou que [...] Uma das características fundamentais na definição das redes é sua abertura e porosidade, possibilitando relacionamentos horizontais e não hierárquicos entre os participantes (http://pt.wikipedia.org/wiki/Rede_social). Essa abertura e porosidade significam que a identidade entre as pessoas é que estabelece as conexões fundamentais da rede. E significam igualmente a possibilidade de perda da identidade fazendo com que pessoa se desligue ao ponto de a rede deixar de existir. Plataformas como wikis (permitem a construção coletiva), blogs, mídias sociais e as diversas redes sociais que se forma a inteligência coletiva, como defende Lévy, a inteligência coletiva faz uso das redes sociais para alcançar cada vez mais pessoas. “As redes sociais on-line tornam-se cada vez mais ‘tácteis’, no sentido em que é doravante possível sentir continuamente o pulso de um conjunto de relações” (LEMOS e LEVY, 2010, p. 12). Ainda segundo a Wikipédia, as Redes Sociais, tipo online, podem operar e, efetivamente o fazem, em diferentes níveis, como, por exemplo, redes de relacionamentos como o facebook, o orkut, myspace, twitter, etc. ou redes profissionais como LinkedIn, entre outras. Elas se caracterizam, ainda segundo a mesma fonte, pela horizontalidade, descentralização e autogeração de sua organização. E, nesse processo, o aumento do movimento de formação de Redes Sociais, provoca um processo de fortalecimento da sociedade, levando à maior participação democrática e com maiores possibilidades de mobilização social. As Redes Sociais costumam reunir uma motivação comum, porém podem se manifestar de diferentes formas. As principais são: Redes comunitárias: estabelecidas em bairros ou cidades, em geral tendo a finalidade de reunir os interesses comuns dos habitantes, melhorar a situação do local, ou prover outros benefícios. Redes profissionais: prática conhecida como networking, que procura fortalecer a rede de contatos de um indivíduo, visando futuros ganhos pessoais ou profissionais.
  • 19. 19 Redes sociais online: tais como facebook, orkut, myspace, twitter, que são um serviço online, plataforma ou site que foca em construir e refletir RSs ou relações A análise de RSs (relacionada com as redes complexas) surgiu como uma técnica chave na sociologia moderna (http://pt.wikipedia.org/wiki/Rede_social). As Redes Sociais na Internet vêm ganhando destaque nos últimos anos, pois no início da segunda década do século XXI, a Internet faz parte do dia-a-dia da boa parte da população mundial, especialmente, no mundo ocidental1 e entre as pessoas de maior renda. Os e-mails —ou correio eletrônico — apareceram, por volta dos anos 1990, como a primeira forma de relacionamento de comunicação e troca de arquivos na internet. Essa forma de contato e de interação entre usuários de redes online é mantida até os dias de hoje (www.natanaeloliveira.com.br/a-historia-das- redes-sociais/). 2.3.Redes Sociais: Exemplos, Funcionamento e Finalidades Além do Sixdegrees, citado acima, outras Redes Sociais, foram criadas com diversas finalidades e formatos. Uma das que mais se aproxima do formato atual é a Friendster, que registrou mais de três milhões de cadastros. A Friendster, com o conceito de circulo de amizades, também permitia a criação e divulgação de perfis e um de seus objetivos era criar relacionamentos entre pessoas com os mesmos interesses (www.natanaeloliveira.com.br/a-historia-das-redes-sociais/). Já o My Space, de acordo com o www.natanaeloliveira.com.br/a-historia-das- redes-sociais/, surgiu em 2003, logo após o Friendster, destacando-se, ao longo do tempo, por ser uma rede completamente interativa, podendo-se, nela, incluir fotos, músicas e até blogs. Segundo a mesma fonte, o My Space se tornou uma das redes mais populares dos Estados Unidos. Também em 2003 surgiu uma nova proposta de rede social online: a Linkedin. Sua proposta era voltada para interesses de empresários e profissionais. A respeito dessa rede o mesmo site www.natanaeloliveira.com.br/a-historia-das-redes-sociais/, informa que [...] a Linkedin trata a ligação entre os usuários com o termo ‘conexões’ e não ‘contatos’ como nas demais redes. A figura abaixo representa a estrutura do Linkedin, mas oferece claramente a noção do que seja uma rede social online. 1 No Oriente, os governantes de muitos países simplesmente não permitem o acesso à Internet ao conjunto de sua população — ou a uma parte dela, como as mulheres —, temerosos da infiltração de ideais e costumes que consideram política ou socialmente danosos / perigosos.
  • 20. 20 Figura 1. Exemplo de grafo de uma rede social (neste caso, do LinkedIn da autora), gerado através da ferramenta disponível em: http://inmaps.linkedinlabs.com. Cada nó é um contato e as linhas são as interligações entre eles. Em 2004, desenvolveu-se a Web 2.0, uma espécie de evolução da web criada nos anos 90. Para o site www.natanaeloliveira.com.br/a-historia-das-redes-sociais/ Essa evolução não estava ligada a atualizações técnicas, mas a uma nova forma de utilizá-las e encará-las, tanto por seus usuários como também por seus próprios desenvolvedores. Apesar de muitos identificarem essa nova terminologia como apenas uma estratégia de marketing, o fato é que, exatamente no ano de 2004 seria lançada a rede social que surgiria como um grande fenômeno no Brasil e no mundo. Essa rede, sem dúvida alguma foi o Orkut. Desenvolvido pelo engenheiro turco e funcionário do Google, Orkut Büyükkokten, com a proposta de possibilitar aos usuários a criação de novas amizades — para se tornar usuário era necessário ser convidado por um usuário —, seu alvo era o público norte-americano. Entretanto, seu sucesso maior se deu na Índia e no Brasil. No Brasil, ele cresceu tanto e conquistou tantos usuários, que as comunicações em Português quase passaram a ser a regra.
  • 21. 21 Ainda em 2004 surgiria outra rede: Facebook, que inicialmente funcionou de forma restrita, voltado apenas para os alunos da Universidade de Harvard, origem de seus criadores. Posteriormente alcançou outros campi universitários, expandindo- se, em 2006 para quaisquer usuários, acima de 13 anos (www.natanaeloliveira.com.br/a-historia-das-redes-sociais/). 2.4.As Mensagens Instantâneas Com o rápido e considerável aumento do número de internautas, sentiu-se necessidade de uma ferramenta de comunicação que permitisse uma ampliação nas redes de contatos. Desse modo, por volta de 1997, ocorreu um dos desenvolvimentos mais importantes e significativos, posteriores ao e-mail, que foram as mensagens instantâneas. De acordo com o site (www.natanaeloliveira.com.br/a-historia-das-redes-sociais/) América Online (AOL) foi um dos primeiros provedores de Internet a trabalhar com o serviço de bate-papo (chat em Inglês), limitado, claro, a seus assinantes. Isso não impediu a popularização das mensagens instantâneas, que rapidamente, ganharam muitos adeptos. Rapidamente surgiram novos programas de mensagens instantâneas, a exemplo do ICQ — originalmente do site Mirabilis —; do SMS, da Microsoft; o Instant messenger, do Hotmail e vários outros O Twitter — cuja denominação deriva do nome de um pássaro que gorjeia para informar sua localização e atividade — é considerado o que há de mais inovador em termos de rede social online. Criado em 2006, pela Obvios Corp, se caracteriza pela velocidade da informação, já que apenas informações com até 140 caracteres podem ser publicadas por vez. Desde 2009 essa rede vem crescendo e se tornando uma das mais importantes do mundo — e, muito especialmente no Brasil, onde vem suplantando o Orkut —, em função de seu formato, propício às informações jornalísticas (www.natanaeloliveira.com.br/a-historia-das-redes- sociais/). As Redes Sociais são utilizadas, nesta primeira década do século XXI por internautas de todas as idades e praticamente, no mundo todo. Não apenas indivíduos, mas também empresas, de todos os segmentos econômicos, fazem parte das redes sociais e aproveitam sua velocidade de comunicação e o acesso a
  • 22. 22 milhares de internautas para divulgar seus produtos e serviços (www.natanaeloliveira.com.br/a-historia-das-redes-sociais/). Segundo Lévy (1999), o futuro dos sistemas da educação está diretamente ligado a sua formação na cibercultura e sua mutação contemporânea na relação com o saber. Essa nova fase da rede transformou internautas comuns em produtores e colaboradores de conteúdo. “Na era da computação social, os conteúdos são criados e organizados pelos próprios utilizadores” (LEMOS e LEVY, 2010, p.11). As redes sociais juntamente com muitas outras aplicações fazem parte da chamada Web 2.0. Web 2.0 é a mudança para uma Internet como plataforma, e um entendimento das regras para obter sucesso nesta nova plataforma. Entre outras, a regra mais importante é desenvolver aplicativos que aproveitem os efeitos da rede para se tornarem melhores quanto mais são usados pelas pessoas, aproveitando a inteligência colectiva. (O’Reilly 2005, s. p.). Informações divulgadas pelo jornal Folha de São Paulo (http://www1.folha.uol.com.br/tec/789215-brasil-e-o-quinto-pais-que-mais-usa-redes- sociais-diz-pesquisa.shtml), o Brasil é o 5º país, em número de visitas às Redes Sociais no mundo. A mesma fonte informa que em julho de 2009, 23,9 milhões de brasileiros acessaram alguma rede, enquanto, no mesmo mês de 2010, o número subiu para 35,2 milhões de visitantes, um aumento de 47%. O Orkut, ainda segundo a Folha, já teria ultrapassado o Orkut em número de usuários, com um crescimento de 179% em um ano.
  • 23. 23 3. REDES SOCIAIS NA EDUCAÇÃO A utilização das Redes Sociais como instrumento didático no ensino médio, trouxe a possibilidade de explorar suas várias potencialidades enquanto espaço de interação, indo ao encontro dos interesses dos alunos, como também promove a aprendizagem colaborativa. As Redes Sociais atingiram pela forma como podem ser utilizadas, uma importância surpreendente, que dificilmente seria previsível quando surgiu. Suas características sociais, de utilização e fácil controle tornaram-se atrativas para todas as faixas etárias, principalmente, para os jovens. A escola pode e deve aproveitar este interesse e direcioná-lo para a aprendizagem e integração social entre alunos e professores, colaborando e desenvolvendo as competências previstas pelos programas das disciplinas. A questão é como o educador e o educando devem lidar com as novas ferramentas disponíveis na atualidade. A tecnologia não subestima, nem o educador, nem o educando; apenas modifica as relações entre os mesmos criando um novo ambiente de compartilhamento de conhecimento em que o domínio sobre a máquina e sobre o ciberespaço se faz imprescindível. (UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE, http://www.wezen.com.br/site/2010/11/as-midias-sociais-estao-renovando-a- educacao/) Segundo Nepomuceno (2009) professores e alunos precisam começar a criar mecanismos de colaboração, para em conjunto criar conteúdos e interpretá-los. Desse modo, os alunos saem da escola com os conceitos fundamentais apreendidos e com capacidade para entender o encadeamento das informações. Uma estrutura social que pode ser representada sob diversas formas de gráficos, nos quais, os pontos representam os indivíduos — às vezes chamados de atores —, sendo as relações entre eles os traços que os unem, é o que chamamos de Rede Social. Muitos são os tipos de relações que podemos encontrar nas Redes Sociais, tais como operações financeiras, amizade, diversão, sexo ou relações profissionais. É um meio de interação entre pessoas distintas e distantes no espaço, dedicadas a atividades como nos jogos on-line, chats, fóruns, etc. A estrutura social da educação se adequa de forma perfeita a esse formato. A primeira característica das Redes Sociais — e, nesse caso, talvez a melhor —, que pode ser utilizada na educação é a facilidade e a rapidez para manter contato com um grande grupo de pessoas. Redes Sociais compostas por professores e
  • 24. 24 estudantes poderiam explorar várias relações educacionais como cursos, monitorias, consultorias, grupos de trabalho interdisciplinares, etc. A sala de aula seria uma pequena comunidade formada pelo professor e seus alunos, tornando-se efetivamente em lugar para colaboração e trabalho conjunto. Um detalhe que surpreende quando se buscam informações sobre a aplicação das Redes Sociais em educação é quase absoluta falta delas. Muitos professores estão em Redes Sociais, mas são quase inexistentes os que as levaram para a sala de aula. Segundo LÉVY (1988), O professor deve desenvolver o papel de “animador” do aprendizado, utilizando de forma dinâmica a criatividade e utilizando o máximo possível as ferramentas que o computador e as redes sociais podem oferecer como ferramenta de aprendizado. Antes mesmo de influir sobre o aluno, o uso dos computadores obriga os Professores a repensar o ensino de sua disciplina. [...] A transmissão de informações e a notação dos exercícios deixam de ser a principal função do professor. Guiando a procura do aluno por informações nos programas, nos banco de dados e nos livros, ajudando-o a formular seus problemas, torna- se um animador do aprendizado. (LÉVY, 1998, p. 27) Desse modo Levy evidencia as transformações na execução do papel do professor da primeira década do século XXI. O professor passa a exercer o papel de orientador, levando o aluno a pensar, buscar informações, produzindo e exercendo a sua criatividade. Uma característica importante das redes sociais é sua capacidade de valorizar a individualidade dos usuários e isso é importante quando se trata de adolescentes que estão firmando sua personalidade. Não seria, por exemplo, recomendável ou didático, que um professor, trabalhando com Redes Sociais, restringisse a possibilidade de os alunos personalizarem suas páginas pessoais, seja alterando cores, inserindo fotos, vídeos, músicas, etc. Os usuários de redes sociais têm mecanismos para criar seus próprios objetos, que podem ter a forma só de texto — mensagens, comentários sobre outros objetos, fóruns de discussão —, imagens, sons, blogs, objetos incorporados (documentos, apresentações), anexos, etc. Embora os produtos digitais da rede possam ser limitados, a capacidade de incorporar objetos externos faz com que, na prática, sua versatilidade e o leque de possibilidades e alternativas seja muito elevada. (http://www.educacaopublica.rj.gov.br/biblioteca/tecnologia/0034.html)
  • 25. 25 O papel do professor, então, além de trabalhar os conceitos, deve orientar seus alunos a navegar no rumo certo para encontrar o que interessa em meio ao volume avassalador de informações disponíveis. É fundamental, nesse sentido, que as novas gerações possam se desenvolver, dominando a máquina e o ciberespaço. Em outras palavras, é despropositado não dar a essas novas gerações a oportunidade de se integrarem ao mundo virtual e suas inúmeras oportunidades e possibilidades. Portanto, permitir que os alunos possam estabelecer relações via uma rede social, significa ainda, permitir-lhes conhecer seus limites, e os de seus companheiros, colegas, professores, da escola, etc. Por outro lado, a comunicação direta com os alunos se torna muito simples, e direta, seja através do mural (mensagens que todos podem ver ao abrir uma página pessoal), ou privado (por meio de mensagens diretas semelhantes a e-mails que podem ser enviadas diretamente a um ou a todos os membros de um grupo). Isso se aplica também aos alunos. Eles podem entrar em contato entre si, ou com qualquer de seus professores de forma direta. Desta forma a rede social tem efeito direto sobre a melhoria das comunicações pessoais aluno-professor e aluno - aluno. (http://www.educacaopublica.rj.gov.br/biblioteca/tecnologia/0034.html) Para Alam (2010) a importância do professor é inegável, mas, o deste século é essencial para que as novas gerações se desenvolvam dominando a máquina, a tecnologia e o ciberespaço. Diz ele que aprender e ensinar, no atual momento tecnológico é fundamental para vivenciar um momento da história da humanidade que é ímpar, pelo alargamento das fronteiras do pensamento. O educador contemporâneo precisa manter-se constantemente atualizado para acompanhar a evolução da tecnologia e das redes sociais, desta forma poderá sentir o pleno domínio do ciberespaço. Se o professor do século passado era importante, o deste século é essencial para que estas gerações possam se desenvolver plenamente, mas dominando a máquina, dominando o ciberespaço e conscientes de que o ato de ensinar e aprender são fundamentais para usufruirmos desta fantástica tecnologia e deste momento ímpar da humanidade em que as fronteiras do pensamento inexistem. (ALAM, 2010, p.-)
  • 26. 26 Tais afirmações descrevem sintética e magistralmente o papel dos professores, no período histórico que Milrton Santos (1998), importante geógrafo brasileiro, denominou meio – técnico – científico – informacional. 3.1.O Atrativo das Relações Sociais Para os professores, as Redes Sociais possuem características e abrem possibilidades, ainda não inteiramente percebidas por eles. Criando uma rede é possível o facilitar a comunicação e mais eficazmente coordenar as atividades e interagir com os alunos. Mais ainda, pode criar laços de união com os demais professores tanto de sua unidade, como de outras pelas afinidades disciplinares ou interdisciplinares. As Redes Sociais têm grande importância no aspecto pessoal e de relação por parte dos que fazem uso delas. Por esse motivo, quanto maior o número de participantes, mais atração gera nos alunos que estão em contato direto com seus professores, amigos e colegas. Cria-se assim, um ambiente de trabalho saudável, o que tem se revelado como um dos motivos diretos do sucesso dessas redes. O Brasil ganha destaque neste contexto, pois os brasileiros são os internautas que mais passam tempo on-line por mês, fazendo uso de várias ferramentas da computação social, dentre as mais usadas estão às redes sociais. “Os brasileiros são ativos produtores de informação e participantes das redes sociais” (LEMOS e LEVY, 2010, p.23). As Redes Sociais têm a fantástica possibilidade, se bem orientadas ou organizadas, em seus objetivos, de aproximar a aprendizagem formal da informal. Podem permitir que os estudantes se expressem por si mesmos, estabeleçam relacionamentos com outras pessoas e atendam às exigências dos objetivos educacionais traçados para si e para o conjunto dos demais usuários. A possibilidade de criar grupos de estudantes — assim como se criam, por exemplo, de profissionais ou de aficionados por determinados assuntos — facilita a coordenação do grupo, seus objetivos atividades; o contato entre todos; a colaboração na execução de tarefas; o compartilhamento de materiais e a criação de produtos digitais. Tanto alunos como professores podem criar grupos que podem ser abertos a qualquer pessoa ou fechados — grupos aos quais se tem acesso via convite. Os
  • 27. 27 grupos podem ser criados, pelos professores, de diversas formas como: a) classe para tutoria, onde o tutor — em geral um professor, ou alguém designado por ele — emite avisos ou estabelece diálogos sobre temas de interesse do grupo; b) disciplinas, nas quais o professor pode postar uma atividade, atualizar o blog, postar notas de avaliações ou responder a dúvidas sobre temas estudados em sala. Formado por alunos, esses estarão em contato para quando precisarem realizar trabalhos de grupo em alguma disciplina, ou discutir as dúvidas entre si. (http://www.educacaopublica.rj.gov.br/biblioteca/tecnologia/0034.html) Quando a intenção é usar a rede social para determinadas atividades, pode ser necessário usar serviços externos que podem ser acessados pela rede, deixando-a como centro de encontro, coordenação e referência exterior. Devido à presença das redes sociais em nossas vidas, podemos realizar escolhas entre o real e o virtual, estamos seguindo uma tendência a escolher cada vez mais o virtual para nossas ações rotineiras, quando a presença física não é obrigatória, tornado a rotina mais prática, economizamos tempo que é fundamental nos dias de hoje, assim Moran nos relata, “O que consideramos fundamental nas nossas vidas o faremos presencialmente. As tarefas, serviços, trabalho e a manutenção dos grupos a que pertencemos poderemos fazê-lo virtualmente”. (MORAN, 1998, p. 76) Devemos lembrar que interação virtual não é restrita ao computador, aos chats, as redes sociais, etc. quando entramos em contato com histórias fictícias de filmes, novelas, as pessoas passam a interagir com um mundo virtual. Como afirma Moran à interação virtual e física pode variar entre as pessoas, devido a possuírem interesses diferenciados, variações no nível de socialização, dentre outros fatores que irão determinar como cada pessoa se comporta em relação a interações virtuais ou físicas. “Muitos vivem hoje mais interações virtuais do que reais, se emocionam mais com histórias de uma telenovela do que com historias semelhantes que acontecem ao seu redor”. (MORAN, 1998, p. 77) Segundo matéria publicada no site Educação Pública (http://www.educacaopublica.rj.gov.br/biblioteca/tecnologia/0034.html), pode-se encontrar em uma rede social, inúmeros benefícios que possibilitam uma forma diversificada para trabalhar com os alunos, entre os quais, podem ser citados:
  • 28. 28 a) Centralizar em um só lugar todas as atividades docentes, professores e alunos de uma escola; b) Um ambiente de trabalho mais saudável, permitindo ao aluno criar objetos de interesse próprio; c) Fluência e facilidade de comunicação entre professores e alunos; d) Maior eficácia na utilização prática das TIC; e) Coordenação dos trabalhos de vários grupos de aprendizagem (classe, disciplina, grupo de estudantes de uma disciplina etc.) mediante a criação de grupos apropriados; f) Comportamento social básico por parte dos alunos: g) O dizer, o fazer, onde posso chegar etc., sentimento de comunidade educativa para alunos e professores, devido ao efeito de proximidade que as Redes Sociais causam. (http://www.educacaopublica.rj.gov.br/biblioteca/tecnologia/0034.html) As redes sociais, conforme Bohn (2009) possibilitam a troca de conhecimento, o estudo em grupo e a aprendizagem colaborativa. Os fóruns de discussão, existentes em quase todas as redes sociais, permitem a abertura de tópicos e a interação com outros membros para compartilhar as ideais. Tais redes são totalmente controláveis por seus administradores, que podem eliminar conteúdos inadequados e mesmo bloquear usuários que causem problemas. É necessário trabalhar com redes fechadas para trabalhar com menores de idade, de modo a protegê-los, evitando a divulgação de seus nomes ou outros dados que permitam sua identificação. (http://www.educacaopublica.rj.gov.br/biblioteca/tecnologia/0034.html) 3.2.As Redes Sociais: Uso do Blog como Instrumento Pedagógico O surgimento dos blogs não tem data específica, mas o termo Weblog surgiu em dezembro de 1997, com Jorn Barger que, em sua página pessoal Robot Wisdom, postou pequenos comentários e alguns links. A própria origem da palavra blog é uma mistura “[...] entre web (página na Internet) e log (diário de bordo) [...]” (SCHITTINE, 2004, p.12). O termo weblog é utilizado por servidores web para os acessos aos mesmos, então com o tempo preferiu-se a utilização de uma versão mais curta, BLOG. Peter Merholz (1999) sugeriu o termo “we blog” (em português, nós blog), e assim surgiu o verbo blogar, e por consequência o adjetivo blogger para aqueles que utilizam os blogs. No entanto Blogger é um serviço de publicação de blogs e por isso Branun sugeriu o termo bloggist (no Brasil é mais usado blogueiro que faz referência a blogger, mas o termo bloguista também é utilizado). Robot Wisdom – Blog de Jorn Barger (http://robotwisdom2.blogspot.com/).
  • 29. 29 Os Weblogs, ou simplesmente blogs, são páginas na Internet, entretanto, possuem funcionamento simplificado, de forma que qualquer pessoa consiga postar textos, imagens e vídeos na Internet. Os blogs surgiram primeiramente como diários pessoais, que poderiam ser privados ou abertos às pessoas. No entanto foi adquirindo outras funções. Divulgação de trabalhos, páginas pessoais, educação, entretenimento, informação etc. A popularização dos blogs se deu devido a suas características técnicas simples, como diz Denise Schittine: [...] o blog surgiu como um sistema de disponibilização de textos e fotos na web menos complexo e mais rápido, o que facilitou a fabricação de páginas por indivíduos com pouco conhecimento técnico (SCHITTINE, 2004, p.13). Os blogs são, portanto, páginas pessoais em formato semelhante ao de diários, que podem ser atualizadas a qualquer momento. Seus temas e possíveis conteúdos abrangem uma infinidade de assuntos, ou seja, tudo que um autor imaginar. O certo é que alguns são voltados para diversão e outros utilizados em situação de trabalho, entretanto, há também aqueles que misturam tudo. O mais comum é enfocar um tópico ou área de interesse do autor. Até agora, expressar-se pela web era privilégio de quem conhecia a fundo linguagem de programação, mas os bloggers estão ampliando as possibilidades da rede. Segundo Rebecca Blood, publicada em http://welitonshow.blogspot.com/2009/10/refletindo-sobre-blog.html, “A Rede nasceu com a promessa de que todos poderiam publicar, milhares de vozes poderiam florescer, comunicar, conectar”. Em geral, os blogs trazem links para outros blogs e o conteúdo gira em torno do tema escolhido pelo blogueiro, sob forma de comentários, em pequenos parágrafos, apoiados, ou não, por vídeos, fotos, música. Semelhante a uma home page, tem a vantagem de facilitar a criação e a atualização, além disso, informa em tempo real, cronologicamente organizado — segue uma linha de tempo, com um fato após o outro, registrando data e hora; facilita também a interação com o leitor, que, por sua vez, pode comentar, criticar, fazer sugestões, mandar recados, etc. (http://aquarelasdigitais.blogspot.com/2008/07/os-blogs-na-educao.html) As pessoas criam blogs geralmente por dois motivos, “[...] para convencer e para deixar um registro [...]” (HEWITI, 2007, p.137). Criar um blog é a maneira mais
  • 30. 30 fácil de tornar público algo que se escreveu, seja ou não dirigido para um público determinado. Um aspecto a ser abordado é que, muitos autores de blog escrevem para que outras pessoas leiam, mas quando seus blogs “[...] passam a ser ignorados, tendo como únicas visitas um colega de faculdade ou um cunhado... alguns ficam cansados e desistem do esforço [...]” (HEWITI, 2007, p.137). E é aí que está um fator fundamental, a Internet “[...] oferece uma plateia quase ilimitada... oferecer, não significa garantir” (HEWITI, 2007, p.137). Assim, muitos autores de blogs acham que para ter essa plateia disponível, bastará começar a escrever, para que milhares de pessoas comecem a ler seus textos. No entanto, para pessoas que não são conhecidas, como jornalistas famosos, atores, críticos, que já estão expostos na mídia, à sistemática não é essa. Para os desconhecidos, ou não famosos, é preciso um “trabalho de formiga”, é preciso, além de um bom conteúdo a ser exposto, ter persistência no trabalho. Os visitantes desses blogs de pequeno tráfego estão ligados a eles por alguma razão – amigos, parentes, colegas de trabalho – o impacto do comentário será maior do que se um estranho visitar... Esses blogs ocupam um nicho semelhante ao do informativo da associação de pais e mestres, do boletim da igreja e talvez do jornal local gratuito que cobre os esportes colegiais (HEWITI, 2007, p.144). Muitas pessoas têm necessidade de saber que seu trabalho está sendo acompanhado e gosta de opiniões, comentários de pessoas próximas ao autor, que, geralmente, surtem mais efeito do que os de estranhos. Todavia, frequentemente, os comentários de desconhecidos trazem mais verdades consigo. 3.3.Blog na Educação De que forma os educadores, podem usar esse novo suporte de informação para alcançar os objetivos educacionais dentro do processo ensino- aprendizagem? Como recurso de aprendizagem, o blog ainda é novidade, mas a linguagem é bem conhecida dos adolescentes, que o utilizam para publicar páginas pessoais, como os tradicionais diários. (http://revistaescola.abril.com.br/lingua- portuguesa/pratica-pedagogica/blog-diario-423586.shtml) Entre educadores e educandos um blog pode representar um salto na capacidade de comunicação dos alunos, convidados a exercitar a leitura, a escrita, o senso crítico, a familiaridade com a informática, desenvolvendo a criatividade na elaboração de pesquisas e projetos
  • 31. 31 colaborativos (http://aquarelasdigitais.blogspot.com/2008/07/os-blogs- na-educao.html). É essa funcionalidade, uma de suas características mais interessantes, para o uso com educandos. Na sala de aula, um blog serve, ou pode servir, entre outras coisas, para registrar os conhecimentos adquiridos pela turma, durante os projetos de estudo, sendo possível enriquecer todo o processo, com relatos, comentários, links, fotos, ilustrações e sons. Ocorreu à popularização dos blogs, como visto antes, num momento, em que a Rede, aparentemente, já não trazia muitas novidades, valorizando a criação e autoria, trazendo um novo cenário para a Web. Os blogs trazem mais cor, expressão, identificação e individualidade à Internet. Quem ''bloga'' uma vez, não quer parar. Os que leem um blog interessante passam a acompanhar a atualização da página todos os dias, como o desenrolar dos capítulos de uma novela. A Educação pode abrir novos canais de comunicação entre alunos e professores, incentivando o uso do blog e, respectivamente, a aprendizagem das tecnologias envolvidas. O educador pode convidar os alunos para criarem, juntos, um blog da turma. Todo o processo — escolher o servidor, eleger e editar o visual, inscrever os participantes e decidir o nome e os "objetivos" do blog — pode ser feito coletivamente. (...) Um blog feito por várias pessoas tem a vantagem de estar sempre mostrando novos textos, imagens, ideias. (...) Também é possível fazer do blog um jornal com as novidades, curiosidades, notícias e fofocas da turma. Grupos de alunos poderiam assumir cada editoria (editorial; notícias da escola; notícias da turma; cultura; esportes; recreio; colunas de opinião; etc.) e o jornal estaria sempre fresquinho e sempre no ar, para quem quisesse ler (Blog na Sala de Aula – Lorenzo Aldé http://www.via6.com/topico/37392/crie-um-blog-muito-facil-). Fazer blogs pode ser uma forma divertida e criativa de estabelecer o hábito de registrar e divulgar informações e iniciativas de interesse. É uma ótima estratégia para dar a palavra aos estudantes. E o professor? Ele também teria acesso aos blogs pessoais dos alunos, podendo sempre comentá-los, tirar dúvidas e selecionar bons textos e temas de discussão para levar para a sala de aula. Deixando os alunos livres para criar, sem compromisso de resultado ou nota, o professor obtém o que há de mais valioso nesta relação: passa a conhecer a cabeça de seus alunos, seus sonhos, medos, desejos e interesses. Seja como for, levar o recurso dos blogs para a escola pode representar um salto na capacidade de comunicação dos alunos. Levar o recurso dos blogs para a escola pode representar um salto na capacidade de comunicação dos alunos. Convidados a se divertir, eles estarão exercitando a leitura, a escrita, o senso crítico e a familiaridade com a informática (Blog na Sala de Aula – Lorenzo Aldé).
  • 32. 32 A possibilidade de explorar todas essas possibilidades e potencialidades dos blogs, a serviço do processo ensino-aprendizagem está, portanto, nas mãos dos atuais educadores. Os blogs possuem características que desperta o interesse da geração de jovens atuais que esta acostumada a dinamismo, acesso rápido, comunicação e socialização. Pode e deve ser usado como uma nova ferramenta para atrair alunos para um mundo novo da leitura e da escrita. Todas estas possibilidades dependem da capacitação e criatividade do professor, “(...) tudo depende da imaginação do educador na hora de propor as atividades (...) É um espaço muito interessante, autoral. Os alunos se sentem orgulhosos e querem realizar bons trabalhos, que sejam valorizados pelos outros. Se o professor souber aproveitar, poderá ter ótimos resultados. Não podemos mais inibir o aluno, que já está tão acostumado com aquela caneta vermelha rabiscando o texto. O interessante do blog é que o estudante se manifeste sem restrições, interagindo com outros alunos e professores". (BARATO apud RAGAZZI, 2006) Neste imenso universo digital os estudantes encontram um grande dilúvio de informação e se utilizam de diferentes meios para filtrar e absorver o conhecimento, é exatamente por isso que a visão do professor detentor do conhecimento não pode mais existir, professor deverá transformar toda a informação que a rede disponibiliza em conhecimento. “Quanto mais informatizado for o planeta, quanto maior for o espaço cibernético, quanto mais informações estiverem disponíveis, maior será a necessidade e importância do professor. Um professor dos novos tempos, atualizado, interessado e respeitado.” (ALAM, 2010, p. -).
  • 33. 33 4. OS ALUNOS E O BLOG: RESULTADOS A primeira etapa do trabalho consistiu em orientar os alunos e professores para a elaboração de um projeto para a construção de um blog. Tanto uns quanto outros receberam materiais alusivos — Roteiro para a criação de um blog (Anexo I) e Roteiro para avaliação dos blogs da turma (Anexo II) — e foram feitas discussões sobre como e por que construir um blog. Paralelamente, todos foram sendo treinados passo a passo, nessa tarefa de construção, resultando na criação dos seguintes blogs, dos quais cinco são de professores, sendo dois da autora e 14 dos alunos: 1- Prof.ª Marta - http://digitalbiologia.blogspot.com/ 2- Prof.ª Marta - http://blogandoinfo.blospot.com/ 3- Prof.ª Helena - http://digmat22.blogspot.com 4- Prof. Fred - http://fredemassuntosdiversos.blogspot.com/ 5- Prof.ª Raimunda – http://matematicaativa.blogspot.com 6- Diego Silva - http://diiegotecnico.blogspot.com/ 7- Elaine S. de Souza - http://lanesaude.blogspot.com/ 8- Elideise D. da Costa - http://damasaude.blogspot.com/ 9- Graziele S. da Silva - http://graziisenna.blogspot.com/ 10- Hilcinete M. P. Silva - http://hilinforeduca.blogspot.com 11- Ionarla S. J. Moreira- http://emutchomais.blogspot.com/ 12- Jadson R. S. Santana - http://jadsontecnico.blogspot.com/ 13- Jessica Gabriel - http://blogandocomjessica.blogspot.com. 14- Jeu Ferreira Bezerra - http://tecmicro2012.blogspot.com/ 15- Jonas S. Magalhães – http://jonasmusicas.blogspot.com/ 16- Joseane S. de Araújo - http://joseanearaujo18.blogspot.com/ 17- Marise Sousa Gomes - http://blogandocomMarise.blogspot.com 18- Roberta B. Oliveira - http://robertaaianabrasil.blogspot.com/ 19- Samara S. Conceição – http://samaradvances.blogspot.com/ Os temas escolhidos para os Blogs foram os mais diversos. Os professores — apenas três, de 12, todos da área das ciências exatas, que participaram das reuniões de AC (atividades de coordenação), nas quais o assunto ‘construção de blogs’ foi tratado — centralizaram o tema em suas respectivas disciplinas. De seu lado, dos 20 alunos do 3º ano do Curso Técnico em Informática, 15 construíram blogs, abordando grande diversidade de temas (saúde, estética, música, tecnologia,
  • 34. 34 auto-ajuda, etc.). Nesta etapa foi enfatizada a importância da pesquisa e da produção do conhecimento, contribuindo para responder os questionamentos estabelecidos por esta pesquisa. Observou-se grande interação, especialmente entre os alunos, com navegações entre os blogs e, consequentemente, valiosas trocas de informações. Entretanto, pelo menos, entre os professores, aconteceu que por falta de maior traquejo com o manejo dos recursos da Internet, a necessidade de a autora se ausentar, pouco depois dos trabalhos iniciais de elaboração dos blogs, os levou praticamente ao abandono de seus blogs. Dando sequência à formação de Redes Sociais, foi aplicada metodologia semelhante (o mesmo Anexo II) para a criação do Twitter, oportunizando aos participantes da pesquisa aprender a utilizar outra ferramenta, visando facilitar a troca de informações sobre os blogs criados. O Twitter demonstrou ser uma ferramenta ideal para socializar a turma, com mensagens rápidas. Os Twitters criados foram os seguintes: 1- Prof.ª Marta Cristina - http://twitter.com/mcddn3 2- Prof.ª Maria Helena – http://twitter.com/mahepaca 3- Prof.ª Raimunda Crispina - http://twitter.com/teixeiracrisp 4- Marise Sousa Gomes – http://twitter.com/mariseflor 5- Hilcinete M. Patriarca - http://twitter.com/hilciaboa 6- Jessica Clarissa Santos - http://twitter.com/yessicaclarissa 7- Elideise Damasceno – http://twitter.com/Daysebela 8- Joseane Araújo - http://twitter.com/joseane18 9- Samara S. Conceição - http://twitter.com/Samarininha 10- Jeú F. Bezerra - http://twitter.com/Jefebe13 11- Roberta Brasil - http://twitter.com/robertaaiana 12- Jonas Santos - http://twitter.com/jonassalvador 13- Graziele Senna - http://twitter.com/grazisenna 14- Luiza Borges – http://twitter.com/izaborges98 15- Diego Silva Alves - http://twitter.com/DihFlash Observe-se que, dos Twitters criados, apenas três são de professores, sendo um da autora. Do mesmo modo, o sucesso entre os alunos foi de 12 em 20, ou seja, 60% de sucesso. Com a utilização do Twitter, observaram-se novas e mais intensas trocas de informações culturais com sugestões de vídeos, livros, músicas, jogos e
  • 35. 35 conteúdos de estudo, como também, de informações diversificadas, contribuindo para melhor socialização entre alunos e professores. Em um terceiro momento foi aplicados dois questionário de pesquisa com a finalidade de coletar dados sobre o nível de conhecimento dos alunos a respeito das Redes Sociais e sua aplicabilidade na educação (Anexo III) e outro especificamente a respeito de blogs (Anexo IV). Responderam aos questionários um total de 20 (vinte) alunos de ambos os sexos, pertencentes ao 3º ano do Curso Técnico de Informática2. Através das questões pode-se avaliar e criar um perfil dos indivíduos pesquisados, a respeito da utilização da internet (onde, como e quanto usa) além das questões éticas e sociais, o nível de conhecimento sobre as Redes Sociais, sua importância e influência na educação, especialmente o Blog. As primeiras questões (1 a 4) foram direcionadas para pesquisar sobre o fato de possuírem computador pessoal, local em que acessa a internet, frequência que utiliza e que atividades desenvolvem na internet (nesta última questão foi permitido marcar mais de uma opção). A primeira questão, sobre ter, ou não, computador com acesso à Internet, 15 alunos responderam positivamente e apenas cinco responderam não possuir tal equipamento. Para alunos de colégio público, considerados oriundos de famílias de baixos rendimentos, é quase surpreendente. Mas, evidencia a importância assumida pelo computador e pela Internet no âmbito dos menos privilegiados. Para a questão sobre o local onde mais frequentemente acessam a Internet os resultados surpreenderam positivamente (Tabela 1 e Gráfico 1). Os 20 alunos, já mencionados, sem exceção, acessam a Internet, mesmo aqueles que não têm computador em casa. Isso demonstra que o acesso à Internet, no Colégio, mesmo com as restrições de praxe, ameniza, mesmo que em pequeno grau, um problema de inclusão digital. Mas, revela também, que é preciso investir mais profundamente nessa questão tecnológica. 2 O Curso Técnico em Informática deve ser feito em quatro anos para se obter o certificado de conclusão. Como o referido curso ainda está no estágio de implantação no Colégio citado, só haverá uma turma de 4º ano em 2012 que será formada pelos atuais alunos do 3º ano de 2011.
  • 36. 36 Tabela 1. Local onde mais frequentemente acessa a Internet Gráfico 1. Percentuais dos locais onde mais frequentemente acessam a Internet Observe-se que 60% dos alunos pesquisados acessam a rede em casa como dito acima, por causa do acesso no Colégio, nenhum respondeu que não acessa. Tratando-se da frequência com que acessa a Internet (Tabela 2 e Gráfico 2), verifica-se que 90% dos alunos acessam a rede diariamente, ainda que do total, 50% o faça por menos de três horas. Apenas dois alunos (10%) só têm acesso uma vez na semana, mas ninguém leva um mês sem acessar. Lugar Respostas % Em casa 12 60 Casa de amigos 2 10 Na escola 3 15 Lan house 3 15 Não acessa 0 0 Total 20 100 Fonte: Pesquisa direta 2011 0 10 20 30 40 50 60 Em casa Casa de amigos Na escola Lan house Não acessa
  • 37. 37 Tabela 2. Frequência com que acessa a Internet. Gráfico 2. Percentual de frequência de acesso à Internet A questão seguinte investiga as atividades desenvolvidas na Internet (Tabela 3). Estudo, com 40% das respostas, revela novamente a importância do acesso à Internet no âmbito do Colégio. Comunicação aparece com 30% das respostas, mas, Lazer e Trabalho se revelaram com menor peso. No segundo caso, compreende-se que não dá para usar a Internet para trabalhar, seja no Colégio ou em lan houses. Além disso, como estudantes do turno diurno (vespertino), poucos têm emprego formal, não sendo, portanto, necessário o uso para finalidades profissionais. Frequência Respostas % Todos os dias 18 90 - menos de 3 horas 10 50 - mais de 3 horas 8 40 Uma vez por semana 2 10 Uma vez ao mês 0 0 Total 20 100 Fonte: Pesquisa direta 2011 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 Todos os dias - menos de 3 horas - mais de 3 horas Uma vez por semana Uma vez ao mês
  • 38. 38 Tabela 3. Principal atividade desenvolvida ao acessar Gráfico 3. Percentuais da principal atividade desenvolvida ao acessar a Internet A segunda etapa do questionário de pesquisa foi direcionada para o tema Redes Sociais, onde foram abordadas questões técnicas, éticas e educacionais. Assim, verificou-se que não havia nenhum dos alunos que responderam ao questionário, que ainda não tivesse ouvido falar em redes sociais, ainda que cinco deles não soubessem conceituá-las. Verificou-se, a seguir, que, ainda que não soubessem conceituá-las, todos faziam parte de alguma rede. Abaixo se apresenta o demonstrativo das redes de relacionamento que mais utilizavam. (Tabela 4). Atividades Respostas % Estudo 8 40 Comunicação 6 30 Lazer 4 20 Trabalho 2 10 Total 20 100 Fonte: Pesquisa direta 2011 0 5 10 15 20 25 30 35 40 Estudo Comunicação Lazer Trabalho
  • 39. 39 Tabela 4. Principal programa de relacionamento de usos de cada aluno Gráfico 4. Percentuais de uso das principais redes sociais online O Orkut apareceu com maior peso, seguido do Facebook e comunidades virtuais. O Twitter e os blogs não tiveram a mesma penetração entre esses alunos. Contudo, ressalte-se que a pergunta se referia ao programa mais utilizado, portanto, possivelmente, boa parte deles faça parte de mais de uma rede. A seguir, foram oferecidas algumas afirmações opinativas e foi solicitado que marcassem aquela (ou aquelas) que mais se aproximasse de seu modo de pensar. Duas das cinco alternativas oferecidas concentraram, igualmente, mais de 26% das opiniões dos alunos. Exatamente aquelas que, aparentemente são o principal motivador para se fazer parte de uma rede social — virtual ou não — que foram as que afirmam as possibilidades de compartilhar ideias e interesses comuns e a Programa Respostas % Facebook 5 25 Orkut 8 40 Weblogs - Fotoblogs 2 10 Twitter 2 10 Comunidades virtuais 3 15 Total 20 100 Fonte: Pesquisa direta 2011 0 5 10 15 20 25 30 35 40 Facebook Orkut Weblogs - Fotoblogs Tw itter Comunidades virtuais
  • 40. 40 aproximação de parentes e amigos distantes. Coerente com essa visão, a terceira alternativa de maior peso (21,7%) foi a do favorecimento de novas amizades. As frases que sugerem características “negativas” ou “perigosas” foram as de menor peso relativo (Tabela 5). É muito provável que essas opiniões, mais voltada para seus próprios objetivos de ingresso nas redes, associadas à juventude dos respondentes, não lhes permita uma visão mais crítica, ou menos favorável, das Redes Sociais online. Tabela 5. Opiniões a respeito das Redes Sociais de Internet Tais resultados foram corroborados pelos da questão seguinte, que investigou opiniões e ou conhecimento relativos a aspectos éticos do uso da Internet. A duas afirmações com maior peso relativo foram aquelas em que os alunos assinalaram não compreender as restrições de uso das redes sociais no âmbito escolar (30%) e aquela em que revelaram desconhecer os aspectos éticos envolvidos no uso da Internet (25%) (Tabela 6). Oito alunos (20%) assinalaram conhecer as restrições relativas às questões de autoria. Apenas cinco (12,5%) afirmaram conhecer as regras eticamente corretas de uso do correio eletrônico e da Internet e outros 12,5% assinalaram que compreendem as medidas adotadas, pela escola, de restrições de uso da Internet. Afirmação Respostas % a) Favorecem o compartilhamento de idéias e interesses comuns 12 26,1 b) Permitem uma exposição exagerada da intimidade das pessoas 4 8,7 c) Favorecem a aproximação de pessoas que estão longe de amigos e parentes 12 26,1 d) Permitem que jovens inexperientes se tornem presas fáceis de pessoas desonestas 8 17,4 e) Favorecem o estabelecimento de novas amizades 10 21,7 Total 46 100 Fonte: Pesquisa direta 2011
  • 41. 41 Tabela 6. Opiniões sobre questões éticas de uso da Internet Os dados investigados a seguir tratam mais especificamente das redes sociais e, mais de perto, dos blogs (Anexo IV). Dos 20 alunos que responderam ao questionário 18 assinalaram que acreditam que, de alguma forma, as Redes Sociais podem contribuir para a melhoria do aprendizado. Apenas dois (10%) responderam negativamente. Dentre esses 20 alunos, 15 (75%) afirmaram saber explicar o que é um blog, contra apenas cinco (15%) que não o sabem. Quanto a possuir ou participar de um blog, 13 (65%) responderam afirmativamente, contra sete (35%) que responderam negativamente à questão. Apenas cinco (15%) dos citados alunos responderam que têm, na turma, algum professor que utiliza blog como facilitador da aprendizagem dos alunos. Os demais (75%) responderam negativamente à questão. O que não surpreende, mas que é mais do que importante e extremamente significativo, é o fato de 100% ter respondido estar disposto a interagir, participar de, ou colaborar com um blog. Ratificando os dados acima, 15 alunos (75%) declararam não ter qualquer dificuldade de navegar nessa interface — a dos blogs — em contraposição a apenas cinco (15%) dos 20. Afirmação Respostas % a) Não estou ciente das questões éticas que envolvem o uso do computador 10 25,0 b) Tenho conhecimento das questões relacionadas à autoria 8 20,0 c) Compreendo as regras éticas de uso de correio eletrônico e da internet 5 12,5 d) Compreendo as restrições adotadas pela Direção da escola ao uso da internet 5 12,5 e) Não compreendo as restrições em relação ao uso das Redes Sociais no ambiente escolar 12 30,0 Total 40 100 Fonte: Pesquisa direta 2011
  • 42. 42 E, coerentemente com todas as respostas acima, também em reação aos blogs, 18 alunos (90%) assinalaram que acreditam que a utilização de blogs pode contribuir favoravelmente com o processo ensino-aprendizagem. Evidentemente isso mostra o quanto há um espaço produtivo, esperando o momento tempo certo, para sua aplicação pedagógica. A partir desses resultados, é de se esperar que a motivação para a criação de blogs de alunos e de professores registrasse uma boa incidência. Como se viu acima, dos professores da área de Ciências exatas, com quem foi feito todo um trabalho de motivação e esclarecimento a respeito de blogs, seus usos, recursos e possibilidades, apenas três — com os da autora, chegaram a cinco — construíram um, através do qual, conseguiram interagir com os alunos, durante certo período de tempo. Todavia, desses, por uma questão de impossibilidade de a autora — por questões pessoais —, dar assistência permanente á atividade, desses professores os mesmos caíram em desuso. Aparentemente, o que pesou nesse processo, foi a falta de hábito com essas novas tecnologias e, dessa forma, não saber, como incluir, um vídeo, música, etc. Portanto, a dificuldade que levou ao relativo insucesso, não foi a ferramenta blog, em si, mas a falta de um pouco de treino — um mínimo de assistência pessoal —, no uso dos recursos colocados à disposição dos blogueiros. Contudo, houve um fato absolutamente inovador e não esperado. A movimentação junto aos alunos e aos professores de exatas, não passou despercebida dos demais professores de outras áreas. Daí que, um dos professores de Inglês, se sentiu motivado e construiu seu próprio blog, através do qual vem interagindo com os alunos de forma bastante intensa. Dos 20 alunos que participaram deste estudo, 14 construíram seus blogs — o que se pode considerar um sucesso, já que essa participação se elevou a 70% do conjunto — e se motivaram a se relacionar também via Twitter. A construção desses blogs foi acompanhada de perto, sendo que os alunos foram avaliados relativamente a quatro aspectos da questão. Tais aspectos são apresentados a seguir, não necessariamente por sua importância relativa, já que, na verdade, são praticamente indissociáveis, um dos outros. O primeiro aspecto considerado foi o técnico e, nem poderia ser diferente, considerando que são alunos de um curso técnico, profissionalizante, da área de informática. Nesse sentido, embora se tenha respeitado a liberdade de escolha do
  • 43. 43 assunto a ser trabalhado, foi colocado certo limite. Os blogs deveriam contemplar assuntos técnicos ou profissionais, ou seja, deveriam ser voltados, preferencialmente, para os assuntos através do quais desejam se desenvolver profissionalmente. Assim, surgiram os mais diferentes assuntos, desde os relacionados à área técnica em informática, até a saúde, música, etc. O segundo foi o conteúdo, a produção do conhecimento. Como já informado, os assuntos sofreram certa limitação necessária. Assim, foram orientados a levantar informações sobre seus respectivos temas e a criar, pequenos textos alusivos, começando por apresentar o blog, seu tema, seus objetivos e suas finalidades, sem esquecer-se de apresentar o blogueiro. O terceiro foi à criatividade. O embelezamento e o uso de recursos de desenho, vídeos, fotos, músicas, etc., para ilustrar o tema e tornar a página interessante e agradável aos visitantes ou leitores eventuais ou não. O último aspecto levado em consideração foi o da interação. Todos deveriam buscar conhecer os blogs dos demais, visitá-los e deixar seus comentários e considerações, tanto a respeito do tema, quanto da apresentação. Pode-se dizer que todos os trabalhos blog foram muito bons, de excelente qualidade mesmo, em qualquer dos aspectos mencionados. Observou-se larga troca de informações, interações e grande envolvimento pessoal, de cada um, com seu próprio trabalho. Todo esse esforço foi realizado durante o segundo semestre de 2010 e deveria prosseguir ao longo de 2011. Entretanto, como já mencionado, a necessidade de afastamento pessoal da autora, de suas atividades didáticas, nos primeiros meses do ano letivo de 2011, causou, infelizmente, uma repercussão negativa, sobre o trabalho dos alunos. Entre eles, os blogs começaram a ser abandonados. Mas a experiência, em si, demonstrou a efetiva possibilidade de uso dos blogs, como instrumento didático à disposição dos educadores.
  • 44. 44 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS A proposição deste estudo se fez com o objetivo de conhecer a realidade dos alunos e professores do Curso Técnico de Informática do Colégio Estadual Bolivar Santana, no que se refere ao uso das tecnologias e das redes sociais e entre elas, especificamente, os blogs. Para favorecer as reflexões acerca de inovações no processo educativo com a utilização das Redes Sociais, foi aplicado um questionário de pesquisa no qual se pode avaliar o grau de conhecimento dos alunos do Curso Técnico de Informática em relação à utilização das Redes Sociais. Além disso, aplicou-se também uma metodologia para a construção de blogs e de uso do Twitter, com finalidades educacionais. Observou-se que, apesar de estarem cada vez mais presentes na vida cotidiana de alunos e professores, as redes sociais online fazem parte de um mundo que ainda tem muito mais a ser explorado pela educação e, mais especificamente, no Colégio Estadual Bolívar Santana. Apesar de o corpo docente ser formado por professores com licenciatura plena e em sua maioria com especialização, existe a carência de uma capacitação específica para uso das tecnologias na educação como ferramenta pedagógica, causando uma certa insegurança por parte dos professores para aplicar o conhecimento adquirido com o uso pessoal das redes sociais em sua rotina pedagógica. Verificou-se pela literatura citada, as enormes facilidades e potencialidades do uso das redes sociais, propriamente ditas e, muito particularmente, do blog — por suas características específicas —, como facilitadores do processo ensino- aprendizagem. Cabe ao docente, ser orientador e facilitador do aprendizado através desses novos meios. É importante ressaltar que, assim como esse tipo de mídia pode ser utilizado para o lazer, diversão e entretenimento — além de viabilizar as relações sociais — também pode ser usado como um dos instrumentos de escolha dentro do processo educacional, por conta de suas possibilidades de criação coletiva e da comunicação horizontal, em tempo real. A partir deste estudo pode-se inferir a grande abertura, especialmente por parte dos educandos, para trabalhar com as ferramentas tecnológicas e a técnicas virtuais. Logo que estimulados, os alunos lançaram-se a campo com grande afinco e, no conjunto, observou-se um grande interesse e motivação para trabalhar
  • 45. 45 individualmente — em seus respectivos blogs — e, cooperativamente, colaborando e trocando informações com os colegas. Também alguns professores se motivaram e construíram blogs ligados a suas respectivas disciplinas, relatando grande participação de seus alunos. Contudo, por motivos alheios ao caráter do trabalho, a assistência a alunos e professores foi interrompida, por força de necessário afastamento, da autora, do ambiente de trabalho. Com isso, aos poucos, todos foram abandonando suas páginas. Isso revelou que a prática de uso das redes sociais no meio escolar precisa da atenção permanente do professor orientador, sem o quê, perde a consistência. Evidenciam-se desse modo, que é preciso integrar o uso das redes sociais às atividades cotidianas da vida escolar e à prática didática, sem isso, os efeitos serão incomparavelmente modestos, em relação aos mestres — ou unidades escolares — que fazem uso dessas novas formas de acesso à informação. Para resultados mais consistentes é preciso uma aplicação constante das ferramentas que as redes sociais disponibilizam, o professor deve se manter em constante movimento com atualizações relacionados com o conteúdo trabalhado em sala, despertando o interesse dos alunos e necessidades do acesso as redes sociais. Para executar tarefa de tamanha complexidade, antes de tudo, é necessário que as escolas disponham de uma equipe de professores razoavelmente bem treinados, o que se constitui, neste momento, pelos mais diversos motivos, uma séria dificuldade. As novas tecnologias da informação e da comunicação não substituem os professores como intermediários da produção e difusão do conhecimento. Mas o papel dos mesmos e suas formas de atuação, apesar da mencionada falta de treino específico, ainda assim, já foram bastante modificados, por essas tecnologias. O professor deste novo século, não pode simplesmente deixar o tempo correr, sem observar as mudanças que lhe estão sendo impostas. Fundamentalmente, ele precisa se adaptar às essas novas tecnologias da informação e de ensino adaptar- se a essa nova realidade, adaptando-a, também, por sua vez, a sua realidade específica, de forma a não se tornar mero refém dessas tecnologias e seus usos. Para tanto, duas coisas são essenciais: acesso aos equipamentos e tecnologias — inclusive sob o aspecto de seu custo financeiro — e treinamento para aproveitar todos os recursos disponíveis.
  • 46. 46 Embora o papel do professor tenha sofrido importantes modificações frente à utilização de recursos tecnológicos na educação, é fato que as redes de comunicação social ainda não têm a penetração necessária entre os docentes, mais especificamente, no ambiente da escola pública, onde se realizou esta pesquisa. Todavia, é interessante que o educador procure se capacitar para começar a lidar com a enorme variedade de recursos existentes, que podem transformar o processo ensino-aprendizagem mais interativo e dinâmico. Mais ainda, ele pode encontrar caminhos e sugestões para utilizar as redes sociais, como os blogs a favor da aprendizagem de seus alunos e, também, para tornar o relacionamento professor- aluno em algo mais aprazível, além de mais proveitoso. Contudo, isso não depende apenas da vontade expressa do professor – educador, mas, de toda uma série de condições físicas, financeiras e políticas que podem se transformar (e, muitas vezes o fazem, especialmente nas escolas públicas) em obstáculos à consecução de tais objetivos. O uso de Redes Sociais online e outros tipos de redes sociais devem ser muito bem planejados e mensurados, mas, sempre de forma participativa, ou seja, docentes e discentes precisam apoiar-se mutuamente nos atuais processos de ensinar e aprender. Mesmo a escola pública, nos dias atuais, recebe cada vez mais alunos familiarizados com a tecnologia que vem aumentando sua participação na vida da sociedade. Este fato torna mais fácil a utilização das tecnologias da informação na Educação, com destaque para as Redes Sociais. Cabe, em parte, ao professor explorar as potencialidades dessa tecnologia, procurando entender como seus alunos a utilizam e, a partir daí, propor atividades, que sejam significativas para o processo educacional. Cabe à Secretaria da Educação e seus diversos segmentos construírem as políticas e processos que efetivamente promovam a inclusão digital, oferecendo ainda os equipamentos e treinamentos adequados a cada situação. Com certeza, a introdução de tecnologias educacionais e utilização das redes sociais não serão a solução para todos os problemas da Educação, na atualidade. Entretanto, tais tecnologias poderão contribuir para que, ao menos a escola pública, não mantenha seus alunos distante da realidade técnica-informacional, que permeia cada vez mais fortemente nosso modo de vida. Uma realidade à qual uma parte da sociedade — aquela de maior renda — tem acesso sem maiores problemas, seja
  • 47. 47 em casa ou no ambiente escola. De modo geral, o aluno da escola pública, quase não tem acesso, pois depende de poder pagar o tempo de uso de um computador de lan-house, ou das eventuais aulas informática. O acesso aos computadores, geralmente, é oferecido apenas aos alunos do curso técnico em informática. Não aos demais. E esse é um problema a ser resolvido fora do âmbito escolar. É uma questão de política educacional. Que ou qual formação se pretende dar aos educandos. O grande desafio é que a utilização destas inovações deve ocorrer de forma a transformar os alunos, de simples consumidores, em produtores e difusores de conhecimento e cultura. Para que estes fatos ocorram de forma mais consistente e transforme-se em uma ferramenta atuante no processo de ensino aprendizagem é necessário que ocorram algumas mudanças na politica das escolas públicas em relação ao ensino de informática, incluindo esta disciplina na grade curricular, como diversificada do nas séries do 2º ciclo do ensino fundamental e no ensino médio regular. Democratizando o conhecimento tecnológico e ampliando o uso do laboratório de informática, orientados por professores, a um maior número de alunos.
  • 48. 48 REFERENCIAS ACIOLI, S. Redes sociais e teoria social: revendo os fundamentos do conceito. Inf. Inf., Londrina: v. 12, n. esp, 2007. AGUIAR, S. Redes sociais e tecnologias digitais de informação e comunicação no Brasil (1996-2006). Relatório final de pesquisa. NUPEF Rits - Núcleo de Pesquisas, Estudos e Formação da Rede de Informações para o Terceiro Setor, 2006, 37 p. ALAM, NEIFF SATTE. O professor e o ciberespaço. Disponível em: http://zerohora.clicrbs.com.br/zerohora/jsp/default2.jsp?uf=1&local=1&source=a2959264.xml &template=3898.dwt&edition=15017&section=1012 . Acesso em 16/09/2010. ALDÉ, Lorenzo. Blog na Sala de Aula –http://www.via6.com/topico/37392/crie-um-blog- muito-facil-. Acesso em 15/02/2011 ALMEIDA, M.E.B. DE. Educação, projeto, tecnologia e conhecimento. São Paulo: PROEM, 2002. ALMEIDA, Maria Elizabeth Bianconcini de; MORAN, José Manuel. Integração das tecnologias na educação: Salto para o futuro. Brasília: 2005. ALEJANDRO, V.; NORMAN, A. (2005) Manual introdutório à Analise de Redes Sociais.- medidas decentralidade – Disponível em: http://www.aprende.com.pt/fotos/editor2/Manual%20ARS%20%5BTrad%5D.pdf. Acesso em 23/11/2010. A SALA DE AULA SE EXPANDIU. E AGORA? Disponível em http://www.conexaoprofessor.rj.gov.br/temas-especiais-26.asp Acesso em 15/02/2011. BARGER, Jorn. http://robotwisdom2.blogspot.com/. Acesso em 17/11/2010 BARATO, JARBAS NOVELINO, Boteco Escola – acesso 12/12/2010 www.jarbas.worpress.com BLOGGER. http://blogger.globo.com/br/about.jsp. Acesso em 18/08/2010 BLOOD, Rebecca. In: http://welitonshow.blogspot.com/2009/10/refletindo-sobre-blog.html. Acesso em 17/11/2010 BRASIL ESCOLA. http://www.brasilescola.com/curiosidades/como-surgiu-a-internet.htm. Acesso em 22/08/2010 BRASIL. PCNEM+: Orientações Educacionais Complementares aos Parâmetros Curriculares Nacionais. Brasília: MEC, 2002. Disponível em http://www.mec.gov.br/semtec/ensmed/ftp/CienciasNatureza.pdf. Acesso em 16/09/2010. CROSS, R.; LIEDTKA, J; WEISS, L. Um guia prático de redes sociais. Harvard Business Review. V. 83, N. 3, Mar., 2005, p. 92-99. FOLHA DE SÃO PAULO. http://www1.folha.uol.com.br/tec/789215-brasil-e-o-quinto-pais- que-mais-usa-redes-sociais-diz-pesquisa.shtml, 26/10/2010. Acesso em 30/10/2010.
  • 49. 49 GATTI, B. Informação e Tecnologia. In: SERBINO, R. V., BERNARDO, M. C. C. (orgs.) Educadores para o século XXI: uma visão interdisciplinar. São Paulo: Unesp, 1992, p. 155-158. GOMES, M.J. (2005). Blogs: um recurso e uma estratégia pedagógica, IN ANTÓNIO MENDES, ISABEL PEREIRA E ROGÉRIO COSTA (editores), Actas do VII Simpósio Internacional de Informática educativa, Leiria: Escola Superior de Educação de Leiria, pp.311-315 GOMES, M.J. & LOPES, M. (2007). Blogues escolares: quando, como e porquê?. In CONCEIÇÃO BRITO, JOÃO TORRES E JOSÉ DUARTE (orgs); weblogs na educação, 3 experiências, 3 testemunhos, Setúbal: Centro de competências CRIE pp. 117-133. HEWITI, Hugh. Blog: entenda a revolução que vai mudar o seu mundo; tradução de Alexandre Martins Morais. – Rio de Janeiro: Thomas Nelson, 2007. http://aquarelasdigitais.blogspot.com/2008/07/os-blogs-na-educao.html Acesso em 25/01/2011 http://www.dihitt.com.br/n/internet/2009/05/31/redes-sociais-1. Acesso em 15/10/2010 http://turma7e20092.bligoo.com/content/view/646612/Um-pouco-da-historia-das-redes- sociais.html. Acesso em 13/10/2010 https://sites.google.com/a/in.cscm-lx.pt/redes-sociais-no-8e/historia-das-redes-sociais. Acesso em 21/10/2010 http://www.natanaeloliveira.com.br/a-historia-das-redes-sociais/. Acesso em 09/ 2011. http://bib.pucminas.br/teses/Educacao_SerraDT_1.pdf. Acesso em 28/11/2011 LEMOS, ANDRÉ; LÉVY, PIERRE. O futuro da internet. São Paulo: Paulus, 2010. LÉVY, PIERRE. As tecnologias da inteligência: o futuro do pensamento na era da informática. Rio de Janeiro: 34, 2001. LÉVY, PIERRE. O que é virtual. São Paulo: 34, 2003. LÉVY, PIERRE. Cibercultura. São Paulo: 34, 2008. MARTELETO, R. M. Análise de Redes Sociais – aplicação nos estudos de transferência da informação. Ci. Inf., Brasília, v. 30, n. 1, p. 71-81, jan./abr. 2001. MORAN, JOSÉ MANUEL. Mudanças na comunicação pessoal: gerenciamento integrado da comunicação pessoal, social e tecnológica. Ed. Paulinas. São Paulo: 1998. MORAN, JOSÉ MANUEL. Como utilizar as tecnologias na escola. Disponível em: http://www.eca.usp.br/prof/moran/utilizar.htm. Acesso em 23/05/2011 NOVAES, CAIO. A história dos Blogs, 2007/2008. Disponível em: http://www.brogui.com/a-historia-dos-blogs/. Acesso em 28/05/2011 O’REILLY, T. What Is Web 2.0. (2005) Disponível em: http://www.oreillynet.com/pub/a/oreilly/tim/news/2005/09/30/what-is-web-20.html. Acesso em 25/05/2011
  • 50. 50 PIAGET, Jean. Psicologia e Pedagogia. Trad. Dirceu A. Lindoso; Rosa M. R. da Silva. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1970. 182 p. PONTE, J. P.; OLIVEIRA, H.; VARANDAS, J. M. O contributo das tecnologias de informação e comunicação para o desenvolvimento do conhecimento e da identidade profissional. In: FIORENTINI, Dario (org.). Campinas, SP: Mercado das Letras, 2003, Cap.5, p. 159-192. PROINFO. Informática e formação de professores / Secretaria de Educação a Distância. Brasília: Ministério da educação, Seed, 2000. REIS, M. F. Da revisão da educação tecnológica à base conceptual para uma nova política de educação tecnológica. In: REIS, M. F. Educação Tecnológica: a montanha pariu um rato? Porto: Porto Editora, 1995, cap. 2, p. 37-57. SANTOS, Milton. Técnica Espaço Tempo Globalização e meio técnico-científico- informacional. 4º ed. São Paulo: HUCITEC Ltda. 1998. 190 p. SCHITTINE, DENISE. Blog: comunicação e escrita íntima na Internet. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2004. SEVERINO, JOAQUIM ANTÔNIO. Metodologia do trabalho científico (22ª ed.) São Paulo, Cortez, 2002. SILVA, MARCO. Um convite à interatividade e à complexidade: novas perspectivas comunicacionais para a sala de aula. In: GONÇALVES, Maria Alice Rezende (org.). Educação e cultura: pensando em cidadania. Rio de Janeiro: Quartet, 1999. p. 135-167. UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE, http://www.wezen.com.br/site/2010/11/as-midias- sociais-estao-renovando-a-educacao/ Acesso em 15/04/2011. VALENTE, JOSÉ ARMANDO. Computadores e conhecimentos: repensando a educação. (2ª ed.) Campinas, SP: UNICAMP/NIED, 1998. VALENTE, J. A. Análise dos diferentes tipos de software usados na educação. In: ____ (Org.). O computador na sociedade do conhecimento. Brasília: Mec, s.d. Disponível em http://www.proinfo.gov.br/biblioteca/publicacoes/livro02.pdf. Acesso em 23/01/2011 VIGOTSKY, LEV SEMYONOVITCH. A formação social da mente. 6ª ed. – São Paulo: Martins Fontes, 1998. WIKIPÈDIA. http://pt.wikipedia.org/wiki/Hist%C3%B3ria_da_Internet. Acesso em 13/08/2010 ZAGO, G. S. O Twitter como suporte para produção e difusão de conteúdos jornalísticos. Cyber Legenda, 2008.
  • 52. 52 ANEXO I ROTEIRO PARA CRIAÇÃO DO BLOG 1. Tema/Título do seu blog: 2. Qual o site de hospedagem de sua preferência? Qual a provável URL do seu blog? 3. Objetivos do blog: 4. A quem se destina? A alunos? De qual nível? Fundamental, Médio ou Superior? Para alguma comunidade?Para uso pessoal? Pesquisa? Enfim, quem vai se interessar por seu blog? 5.Características: (aula, projeto, informativo, diário, álbum virtual, mensagens, resenha de livros, dicas de filmes para aulas...)... 6. Descreva as atividades: 7. Cite também sites ou blogs relacionados (digite nome e endereço).
  • 53. 53 ANEXO II ROTEIRO: AVALIAÇÃO DOS BLOGS DA TURMA ATIVIDADES INCLUÍDAS NO ROTEIRO 01: VALOR: 1,0 PONTOS DATA DE ENTREGA: 14/09/2010 1ª ATIVIDADE: Você deverá visitar os blogs sugeridos e escolher dois, para analisar. A análise será feita com base nos seguintes critérios:  Quais os blogs analisados? (Informar nome e endereço)  Faça suas considerações sobre dois deles. (a que público se destina, objetivos, que sugestões/mensagens você daria para o autor). Se desejar, deixe um comentário nos blogs visitados (deve ser entregue por escrito juntamente com o roteiro 02) 2ª ATIVIDADE: Após as visitas e análises dos blogs, deixe seus comentários (mensagem) no seu Twitter. 3ªATIVIDADE: Nesta atividade você vai criar um blog, socializar o endereço no seu Twitter, registrando também o seu processo de criação. Visite e comente no seu Twitter também os blogs dos colegas ATIVIDADE INCLUÍDAS NO ROTEIRO 2 VALOR: 2,0 PONTOS DATA DE ENTREGA: 14/09/2010 ROTEIRO PARA A CRIAÇÃO DE BLOG Preencha o roteiro, cuidadosamente, entregar até a seguinte data: 13/09/2010. Procure tirar cópia, pois ficará retido até a conclusão dos trabalhos. ATIVIDADE 03 – CRIAÇÃO, SOCIALIZAÇÃO E INTEGRAÇÃO – BLOG VALOR: 1,0 PONTOS DATA DE CONCLUSÃO DA ATIVIDADE: 21/09/2010 1. Faça as primeiras postagens em seu blog, seguindo o roteiro de elaboração que você criou; 2. Divulgue o endereço do seu blog no seu twitter, enviando o endereço para o e-mail da turma e para o e-mail da professora. 3. Visite os blogs todos os colegas colocando comentários no blog de cada um. ATIVIDADE 04: POSTAGENS - DESIGNER-CONFIGURAÇÕES VALOR: 4,0 PONTOS DATA PARA FINALIZAR A ATIVIDADE: 27/09/2010 1- CABEÇALHO:
  • 54. 54 O cabeçalho deverá conter o título do Blog e por trás do título uma imagem relacionada com o tema do blog. Abaixo da imagem com o título uma descrição sucinta dos objetivos do blog. 2-POSTAGENS:  TEXTO ACOMPANHADO DE IMAGEM: Deverá ser postado no blog, um mínimo de três postagens, todas acompanhadas de imagens relacionadas com o tema da postagem e com links para outra página da web. Duas postagens pode ser de artigos pesquisados na internet, relacionados com o tema do blog (não se esqueçam de colocar a autoria) uma deve ser construída pelo aluno ( texto de autoria própria).  Um vídeo relacionado com o tema do blog.  Imagem, colocada usando o recurso HTML, relacionada com o tema do blog. 3- DESIGN:  Através do design modelo escolher: modelo, plano de fundo, layout, avançado (para configurar cor, tipo e tamanho da fonte).  Colocar os seguintes gadget (obrigatórios): logotipo do blogger, links, relógio, buscador do google, barra de vídeo do You Tube ( relacionar como o tema do blog), Twitter, Windows Live Messenger, seguidores, Apresentação de slides ( com o tema do blog), perfil e seguidores. Se quiser pode adicionar mais alguns gadget de sua escolha. 4- CONFIGURAÇÕES:  Publicação: fazer o comentário sobre o seu blog  Comentários: moderar comentários  Permissão: Qualquer pessoa pode visualizar o blog.  Formatação: Postagens, escolher forma de a data aparecer.  Perfil 5- TRABALHANDO HTML:  Mural de recados  Contador de visitantes  Imagem  Cursor 6- RECURSOS EXTRAS (NÃO OBRIGATÓRIO)  Música; Banner; TV; Jogos; etc.. ATIVDADE O5: APRESENTANDO SEU BLOG:  Data da apresentação: 28/09/2010 e 30/09/2010  Valor da apresentação: 2,0 PONTOS  Tempo: 10 minutos para cada blog  Apresentação de cada blog: deverá ser realizada pelo seu criador, falando do tema, objetivos e do processo de criação (aprendizado) do seu blog.
  • 55. 55  A ordem das apresentações será pela ordem do mapa de notas da professora.  O aluno que não comparecer só terá direito a uma segunda chance com apresentação de atestado médico. OBSEVAÇÃO: Só será considerada a nota do item ATIVIDADE 04: POSTAGENS- DESIGNER- CONFIGURAÇÕES (valor: 4,0 pontos) para os alunos que realizarem a atividade ATIVDADE O5: APRESENTANDO O SEU BLOG. 6- SUGESTÕES PARA PESQUISA: Para incluir imagens músicas em seu blog, utilize Sites que disponibilizam conteúdos livres para download como os citados abaixo: Domínio Público: http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/PesquisaObraForm.jsp Overmundo: http://www.overmundo.com.br/ Jamendo: http://www.jamendo.com/br/ Internet Archive: http://www.archive.org/ Portal do Paraná: http://www.diaadia.pr.gov.br Portal do professor: http://portaldoprofessor.mec.gov.br/ Banco de imagens: http://recursostic.educacion.es/bancoimagenes/web/ Flash sound: http://www.flashsound.com/ Banco de imagem: www.dreamstime.com Recursos para Blog: http://materialparablogs.blogspot.com/2008/06/efeitos-em-cursores_15.html http://www.dicasparablogs.com.br/2008/03/imagem-no-cursor-do-mouse.html http://www.ferramentasblog.com/ http://www.apostilaz.com.br/informatica/como-criar-um-blog.html http://www.codigofonte.net/ Bom trabalho aguardo todos com suas produções no dia da apresentação. Lembrem-se: O bom profissional não fala que sabe fazer e sim faz bem feito para mostrar sua competência!!!
  • 56. 56 ANEXO III QUESTIONÁRIO DE PESQUISA Questionário I – Internet e Redes Sociais 1. Possuem computador com acesso a internet? ( ) Sim ( ) Não 2. Qual o local que utiliza mais frequentemente para acessar a internet? ( ) Em casa ( ) Casa de amigos ( ) Na escola ( ) Lan house ( ) Não acessam 3.Com que frequência acessa a internet? ( ) Todos os dias – menos de três horas ( ) Todos os dias – mais de três horas ( ) Uma vez por semana ( ) Uma vez ao mês 4. Que atividades desenvolve na internet? ( ) Estudo ( ) Comunicação ( ) Lazer ( ) Trabalho 5. Já ouviu falar em redes sociais? ( ) Sim ( ) Não 6.Seria capaz de conceituar redes sociais? ( ) Sim ( ) Não 7. Qual o programa de relacionamento que mais utiliza? ( ) Face book ( ) Orkut ( ) weblogs - Fotoblogs ( ) Twitter ( ) Comunidades virtuais 8. Marque a afirmação que mais se aproxima da sua opinião sobre redes sociais na internet? ( ) Favorecem o compartilhamento de ideias e interesses comuns. ( ) Permite um exposição exagerada na intimidades das pessoas.
  • 57. 57 ( ) Favorece a aproximação de pessoas que estão longe: amigos e parentes. ( ) Permite que jovens inexperientes tornem-se pressas fáceis de pessoas desonestas. ( ) Favorece o estabelecimento de novas amizades. 9. Sobre as questões éticas que envolvem o uso da internet, o que pode afirmar? ( ) Não estou ciente das questões éticas que envolve o uso de computadores ( ) Tenho conhecimento da existência de restrições relacionadas a autoria. ( ) Compreendem as regras eticamente corretas relacionadas ao uso do correio eletrônico e da internet. ( ) Compreendem as medidas adotadas pela direção da escola em relação as restrições ao uso da internet. ( ) Não compreendem as restrições em relação ao uso das redes sociais no ambiente escolar. 10. Acreditam que de alguma forma a redes sócias podem contribui para uma melhoria no aprendizado? ( ) Sim ( ) Não