Este documento discute o Twitter como fonte de informação para pautas jornalísticas. O trabalho apresenta:
1) Uma breve história das redes sociais e do Twitter, incluindo o que é um microblog e como o Twitter se tornou popular.
2) Uma discussão sobre ética no jornalismo ao usar o Twitter como fonte.
3) Exemplos de casos em que postagens no Twitter viraram matérias jornalísticas, como a falsa morte de um comediante noticiada pela TV Record.
1. FACULDADE PINHEIRO GUIMARÃES
CURSO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL - JORNALISMO
O TWITTER COMO FONTE DE INFORMAÇÃO PARA PAUTAS JORNALÍSTICAS
THIAGO FERNANDES DA SILVA
RIO DE JANEIRO
2012
2. THIAGO FERNANDES DA SILVA
O TWITTER COMO FONTE DE INFORMAÇÃO PARA PAUTAS JORNALÍSTICAS
Trabalho de Conclusão de Curso (Monografia)
apresentado à Faculdade Pinheiro Guimarães para
obtenção do título de Bacharel em Comunicação
Social, habilitação em Jornalismo.
Orientador: Prof. HÉLIO MOREIRA DE ARAÚJO
RIO DE JANEIRO
2012
3. SILVA, Thiago
O Twitter como fonte de informação para pautas jornalísticas. Thiago
Silva. Rio de Janeiro, 2012
79 f.
Orientador: Hélio Moreira de Araújo.
Monografia (graduação em Comunicação Social, habilitação em
Jornalismo) – Faculdade Pinheiro Guimarães, Rio de Janeiro, RJ.
Inclui anexos e bibliografia.
1.Redes sociais 2. Microblog 3. Twitter 4. Pauta jornalística
4. THIAGO FERNANDES DA SILVA
O TWITTER COMO FONTE DE INFORMAÇÃO PARA PAUTAS JORNALÍSTICAS
Trabalho de Conclusão de Curso (Monografia)
apresentado à Faculdade Pinheiro Guimarães para
obtenção do título de Bacharel em Comunicação
Social, habilitação em Jornalismo.
Data de aprovação: ____/____/_____
Banca Examinadora:
________________________________________________
Prof. Hélio Moreira de Araújo (Orientador)
________________________________________________
Prof. André Luis Cardoso
________________________________________________
Prof. Cláudio Pimenta
RIO DE JANEIRO
2012
5. Dedico esse Trabalho de Conclusão de Curso a
todas as pessoas que me ajudaram: a todos os
professores que passaram pela minha vida,
especialmente ao Hélio Araújo, aos meus pais,
aos meus amigos e aos profissionais que
contribuíram para torná-lo possível.
6. AGRADECIMENTOS
Agradeço a todas as pessoas que contribuíram
de alguma maneira para que eu tivesse força e
paciência para que pudesse concluir esse
projeto. É para eles, os meus pais, Getulio
Fernandes da Silva e Maria José Fernandes da
Silva. Para meus amigos, que me acalmaram
quando estava nervoso, me ajudaram, deram
ideias: Alexandre Ferreira de Mattos Sardinha
e Sheila da Silva Santos, em especial, mas
todos que me ajudaram estão no meu coração.
Ao meu orientador Hélio Araújo, que me deu
dicas, ideias, e me ajudou muito na conclusão
desse projeto.
7. “As redes sociais, enquanto circuladoras de
informações, são capazes de gerar
mobilizações e conversações que podem ser de
interesse jornalístico na medida em que essas
discussões refletem anseios dos próprios
grupos sociais.”
Raquel Recuero
8. RESUMO
Esse trabalho monográfico consiste em estudar a projeção que a rede social Twitter tem no
meio jornalístico. Procura mostrar o impacto que pode causar ao veículo a apuração mal feita
– ou a não apuração - de uma notícia veiculada na rede, os tipos de constrangimentos que
pode causar e que punições podem acontecer. Na pesquisa também é estudada a questão ética
do jornalista utilizar o Twitter para se pautar e utilizar somente o microblog como fonte de
informação.
Palavras-chave: 1. Redes sociais. 2. Microblog. 3. Twitter. 4. Pauta jornalística 5. Ética.
9. ABSTRACT
This monograph is to study the projection that the social network Twitter has the journalistic
media. Seeks to show the impact that can cause the vehicle to calculate poorly made - or not
telling - a story published on the network, what types of constraints can cause and that
punishment can happen. In the survey is also given to whether the ethics of journalists use
Twitter to be guided and use only as an information source microblogging.
Keywords: 1. Social Networking. 2. Microblog. 3. Twitter 4. Tariff journalistic. 5. Ethics
10. SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ................................................................................................................. 11
1. A REDE SOCIAL E SUA HISTÓRIA ........................................................................ 12
1.1. O que é o Microblog e o Twitter........................................................................... 14
1.2. Twitter no Mundo.................................................................................................. 16
1.3. Twitter no Brasil .................................................................................................... 17
2. ÉTICA NO JORNALISMO ......................................................................................... 19
3. CASOS DO TWITTER QUE VIRARAM MATÉRIA.............................................. 24
3.1. Como os jornalistas se pautam pelo Twitter ....................................................... 32
3.2. Por que utilizam essa ferramenta......................................................................... 35
CONCLUSÃO.................................................................................................................... 38
BIBLIOGRAFIA ............................................................................................................... 40
ANEXOS ............................................................................................................................ 48
11. 11
INTRODUÇÃO
Este trabalho monográfico consiste em um estudo sobre o Twitter, rede social que é
uma ferramenta de um microblog, que possui um número considerável de usuários,
especificamente jornalistas, que utilizam essa ferramenta para se pautar e elaborar matérias a
partir de uma determinada postagem.
A apropriação de uma postagem de determinado usuário para fazer matéria jornalística
é uma questão ética? O assunto é abordado neste trabalho, onde alguns profissionais da
comunicação respondem a essa questão e também sobre o fato de utilizarem uma rede social
como fonte de informação.
Uma questão muito abordada é se o Twitter pode ser a única fonte de informação, já
que, para muitos, o jornalista acaba perdendo a essência da profissão, de ir buscar a notícia, e
acaba se acomodando. Durante a leitura da matéria algo não fica claro, o que leva o leitor a
duvidar da credibilidade não só da matéria, mas também do veículo que a está divulgando.
Ao longo da realização deste trabalho de pesquisa, encontramos vários casos de
assuntos que surgiram no Twitter e foram amplamente aproveitados pelos jornalistas, que
acabaram por divulgar a informação. Um caso que teve repercussão muito grande foi o da TV
Record, que interrompeu sua programação ao vivo para noticiar a morte de um funcionário da
casa, o comediante Amin Khader. A informação, que estava no Twitter do até então amigo da
‘vítima’, David Brazil, logo se espalhou pelo país. A emissora embarcou na ideia e acabou
por ‘cair do cavalo’, já que a suposta ‘morte’ não passara de uma brincadeira de mau gosto de
Amin. O fato causou revolta em muitos fãs do humorista e, no dia seguinte, a TV Record teve
que pedir desculpas aos seus telespectadores, e terminou por culpar o setor de apuração da
emissora sobre esse incidente.
No esporte também são os vários os exemplos encontrados, desde jogadores que estão
na concentração e conversam com torcedores até anúncios de saída de clubes de futebol, feitas
tanto por atletas quanto por dirigentes.
Tudo isso mostra que as redes sociais, e o Twitter, em especial, tem se transformado
numa ferramenta muito utilizada para divulgar notícias, muitas vezes sem nenhum critério, o
que tem colocado a credibilidade de muitos veículos de comunicação em xeque perante a
sociedade.
12. 12
1. REDE SOCIAL E SUA HISTÓRIA
O movimento de Rede Social na Internet começou em 1997, com a criação do
Sixdegrees, o primeiro site que possibilitou os usuários a criarem um perfil virtual, podendo
fazer atualizações e navegar diante dos perfis dos outros usuários. Mas, o Sixdegrees, mesmo
com uma grande quantidade de usuários, não conseguiu se manter por muito tempo. Depois
de três anos, por reclamações dos usuários, que diziam que não tinham muito que fazer, além
de adicionar amigos, e por causa de problemas financeiros, o site saiu do ar.
A partir do ano 2000 começaram a aparecer muitos sites parecidos com o Sixdegrees,
como Live Journal, Asianevenue, Blackplanet, LuinarStorm, Migente, Cyworld, Ryze e
Fotolog. Porém, nenhum deles teve muito sucesso entre os usuários, pois os serviços eram
muito limitados.
Mas, foi em 2003 que as redes sociais ganharam destaque com os inúmeros sites que
surgiram, entre eles o MySpace, criado por Tom Anderson, junto com seu companheiro Chris
DeWolfe, para divulgação de músicas das bandas, notícias, vídeos e tudo que fosse social e
interligasse as pessoas. Em um de seus posts, em sua conta no Google, Tom Anderson
explicou qual era sua idéia inicial. “Minha visão inicial para o MySpace é que tudo seria melhor o
quanto mais social fosse. Então, eu tentei colocar todas as coisas juntas, como blogs, música,
classificados, eventos e fotos”.
Porém, em 2005, o MySpace foi vendido para a NewsCorp, pelo valor de US$ 850 milhões.
Em junho de 2011, a rede social foi novamente vendida, desta vez para a Specific Media, por US$ 35
milhões.
Em cada país tinha um site com mais popularidade, como o QQ (China) [Fig. 1],
Orkut (Brasil e Índia) e o Live Spaces (México e Europa). Além de inúmeras outras redes,
como Xanga, LiveJournal, and Vox e Skyrock, nos Estados Unidos, e Mixi (Japão),
LunarStorm (Suécia), Hyves (Alemanha) [Fig. 02], Grono (Polônia), Hi5 (America Latina e
Europa) e Bebo (Inglaterra e Austrália).
Rede social é uma estrutura social composta por pessoas ou organizações, conectadas
por um ou vários tipos de relações, que dividem valores e objetivos comuns. Uma das
características fundamentais na definição das redes é a possibilidade de relacionamentos
horizontais e não hierárquicos entre os participantes.
13. 13
Tudo começa nos sites, onde as pessoas interagem e criam um víinculo, por gostar de
uma mesma música, de sair para lugares que têm em comum. Nem sempre esse convívio
virtual passa para o pessoal, pois muitas pessoas só se comunicam atrás da Internet.
Twitter, Orkut, Facebook, My Space são alguns sites de relacionamentos, onde as
pessoas criam novas amizades. E nelas acabam criando um hábito de se comunicar através da
grande rede, onde opinam e publicam algo de interessante para aquele grupo.
Em declaração ao site www.administradores.com.br, o administrador de empresas
Josicleido Nogueira disse: “As pessoas necessitam uma das outras para viverem em plenitude
e as redes sociais são apenas o reflexo desse desejo humano”.
A rede social existe desde sempre, quando os seres humanos se relacionam. É uma
chamada relação de Social, ou seja, essa interação através da Internet não deixa de ser Rede
Social. E, com a ajuda da tecnologia, muitos usuários, utilizam a Internet no celular para
acessarem a Rede Social: podem entrar no Facebook, no Twitter ou em algum site onde
possam ‘teclar’ com outra pessoa.
“Existem quatro bilhões de usuários de celulares no mundo, levando consigo
equipamentos prontos para usar o Twitter”, disse Biz Stone, co-fundador do Twitter, em
entrevista ao site inglês www.guardian.com.uk.
A importância da Rede Social nos dias atuais é muito grande. Com o ritmo
movimentado das pessoas, o usuário acaba sendo informado por diversos assuntos, podendo
conversar e entrar em grupos de debates, tudo pelas redes sociais. Além de poder ver vídeos,
postar fotos e manter contatos com os amigos, sem perder o ritmo dos dias atuais.
14. 14
1.1 - O QUE É UM MICROBLOG E TWITTER
Microblog é uma ferramenta que se pode atualizar de uma forma mais rápida e curta,
onde ela lhe permite escrever em 140 caracteres. Pode ser utilizado em celulares e em vários
lugares, pois sempre tem alguém que está utilizando um aparelho móvel para dizer o que está
fazendo, o que vê, reclamando, dando sugestões.
Os Microblogs têm esse formato de ser mais curto para ser utilizado em celulares, Ipad
e em outros dispositivos móveis. Essa é a diferença para um blog, pois tem o mesmo formato
de postagem, em ordem cronológica, inversa e com a possibilidade de ter comentários.
Uma das ferramentas do Microblog é o Twitter, que permite o envio de atualizações,
com mensagens, através de seus aplicativos. Outra ferramenta que é pouco conhecida no
Brasil é o Jaiku, que foi lançado em julho de 2006, por Jyri Engestrom e Petteri Koponen.
Mas, em outubro de 2007, essa ferramenta foi comprada pelo Google e o seu acesso passou a
ser restrito a usuários convidados.
Antes de ser comprada pela gigante Google, a Jaiku era um site de relacionamentos
onde os usuários enviavam freqüentemente mensagens sobre o que estavam fazendo ao site, e
seus amigos e as outras pessoas que estavam online podiam acompanhar seu trajeto. O site
também encaminhava essas mensagens para outros sites, blogs ou celulares dos seus contatos
no Jaiku.
O Twitter é uma ferramenta que disponibiliza um pequeno espaço de caracteres, onde
o usuário possa responder (What are you doing?) “O que você está fazendo?”. É uma
pergunta que todos os usuários vêem quando abrem a página inicial do Twitter
(https://twitter.com/), e é o objeto central dessa pesquisa monográfica. Foi o que Jack Dorsey
tentou responder em 2006, quando lançou esse Microblog na grande rede, a Internet - ele já
estava planejando esse projeto desde ano 2000. [Fig. 03] “Uma coisa que você pode dizer
com certeza sobre o Twitter é que ele causa uma péssima primeira impressão” foi a frase de
abertura do artigo sobre o Twitter, capa da revista Time em 5 de maio de 2009, escrito por
Steven Johnson. [Fig. 04]
É diferente das outras Redes Sociais, onde para se manter um vínculo com outra
pessoa era necessário que ela aceitasse seu pedido de amizade para, aí sim, poder ter um tipo
de relação. Já no Twitter não é necessário esse tipo de autorização, pois você precisa apenas
clicar em ‘Following’ e ‘Segui’ para começar a ver todas as postagens que esse usuário
colocar e não precisam se conhecer. Da mesma forma, em sua página haverá uma listagem de
15. 15
Seguidores (‘Followers’) e Seguidos (‘Following’), e o usuário vê quantas pessoas o estão
seguindo e quantas ele está seguindo.
Quando for escrever alguma mensagem para uma pessoa específica, tem de colocar
‘@’ na frente, já que todos os ‘nicks’ dos usuários têm esse símbolo na frente e depois o
nome do usuário.
Outro símbolo muito utilizado é o ‘#’, que é chamado de ‘Tags’, que serve para
direcionar um assunto. A idéia de colocar uma ‘Tag’ no assunto é que outras pessoas
encontrem e se identifiquem rapidamente com o tema que está sendo debatido. Este tipo de
comunicação vem sendo bastante utilizado para um debate de assuntos políticos. Os recentes
escândalos envolvendo o Presidente do Senado, José Sarney, por exemplo, foi um dos
assuntos mais debatidos pelos usuários do Twitter, que protestaram com a tag #forasarney, o
que a fez ser relacionada entre as mais tuitadas, entrando nos Trending Topics.
O Trending Topics contém os assuntos mais comentados do dia e fica logo abaixo do
campo de busca. Usando a Tag # e o assunto do lado, e se tiver um bom número de usuários
interessados no assunto, fica mais rápido achar o tema. Mas, já existem empresas que estão
pagando para anunciar um determinado produto, que fica no Trending Topics. Porém, aparece
diferente dos outros, pois ao lado do assunto fica um retângulo em amarelo escrito
‘Promoted’, para diferenciá-lo dos outros.
Em entrevista para a revista NY MAG, Dick Costolo comentou a utilização do
‘Promoted’ no Twitter, explicando que, com isso, as empresas e o microblog se beneficiam.
“Este é o palco de ensaio para transformar o Twitter em uma empresa
multibilionária. Um anunciante como o Starbucks ou a VW pode comprar o
seu acesso a diferentes partes da experiência do Twitter, colocando a sua
mensagem no topo nas hashtags mais twittadas, ou dentro da timeline de
pessoas que já seguem a marca, têm uma amigo que segue, ou simplesmente
twittam sobre um assunto relacionado. Logo haverá uma opção estilo self-
service, que permitirá a agências menores se cadastrarem e entrarem na roda
instantaneamente”.
Existe um modo onde as pessoas possam se comunicar, sem que ninguém mais saiba o
que elas estão falando: são as mensagens diretas, ou ‘DM’, mas, para que isso possa
acontecer, o usuário tem que estar seguindo a outra pessoa e tem que ser seguido por ela.
A diferença do Twitter para as outras Redes Sociais é que nele há uma opção de
‘Retuitar’ (ou ‘RT’) uma informação. Para isto, basta apenas clicar no botão e o Tuite aparece
na página de todos os seus seguidores.
16. 16
1.2 - TWITTER NO MUNDO
Fundado em março de 2006, por Jack Dorsey, Evan Williams e Biz Stone, o Twitter
tinha uma idéia inicial de serviço de troca de status parecido com o SMS, mensagens de texto
via celular. O primeiro nome que pensaram era o Status, porém, não era de agrado de todos.
Até que, ao olhar no dicionário, acharam a palavra Twitter, que em inglês tem dois
significados: ‘uma pequena explosão de informações inconsequentes’ e ‘pios de pássaros’.
O ‘boom’ do Twitter aconteceu em 2007, em South by Southewest, um festival de
música que estava acontecendo e havia dois telões exclusivamente para mostrar as mensagens
trocadas pelo público presente, que acompanhava o evento em tempo real. Nos dias do
festival, o número de mensagens aumentou de 20 mil para 60 mil.
O Twitter foi criando força e ganhando mais adeptos a essa Rede Social. Em 2009, na
morte do ídolo da música pop, Michael Jackson, eram 456 mensagens por segundo. Na virada
de 2010 para 2011, eram 6.939 Tweets por segundo.
Segundo o site http://twitaholic.com, a cantora Pop Lady Gaga é líder do ranking de
mais seguidores no mundo.
01 - @LadyGaga - Cantora
02 - @JustinBieber - Cantor
03 - @BritneySpears - Cantora
04 - @BarackObama - Presidente dos EUA
05 - @KimKardashian - Atriz, modelo e personalidade da televisão
06 - @aplusk (Ashton Kutcher) - Ator
07 - @KatyPerry - Cantora
08 - @TheEllenShow (Ellen DeGeneres) - Apresentadora de TV
09 - @TaylorSwift13 (Taylor Swift) - Cantora
10 - @Oprah (Oprah Winfrey) - Apresentadora da TV Americana.
17. 17
1.3 – TWITTER NO BRASIL
O Twitter chegou ao Brasil em 2008 e, assim como nos outros países, o número de
usuários aumenta a cada dia. Entre fevereiro e março de 2009, esse microblog teve um
aumento de 96,8% na participação de brasileiros, representando um crescimento de 344 mil
para 677 mil usuários.
Segundo uma pesquisa realizada pela Bullet, em 2009 o perfil dos usuários variava de
jovens que ficam muito tempo conectado na Internet à pessoas graduadas e formadores de
opiniões. Um dado muito interessante nesta pesquisa realizada pela Bullet é que os usuários
do Twitter aprovaram a ideia de empresas que estavam criando uma conta para divulgar
promoções. Entre os entrevistados que responderam a pesquisa, 54% acharam interessantes
ter ações publicitárias na ferramenta, desde com relevância. Em outra questão, 51% também
responderam que nunca participaram de ações promocionais no Twitter, porém, possuem interesse,
enquanto 33% responderam que já participaram de algum tipo de ação publicitária no Microblog.
Em pesquisa realizada em janeiro de 2011, pela empresa de consultoria comScore, o Brasil está
na segunda colocação em números de usuários do Twitter no mundo, com relação a pessoas
que tem internet dentro de casa.
No ranking, divulgado em março de 2011 pela empresa de pesquisa Twitalyzer, a
pedido do jornal The New York Times, a pessoa com mais influência no mundo era um
brasileiro, o humorista do CQC e da Liga, Rafinha Bastos, com um número incrível de
1.690.817 de seguidores. Esse número é menor do que o de outras personalidades mundiais,
mas a influência de Rafinha se torna superior porque suas postagens são algumas das mais
lidas e retuitadas por seus seguidores, o que chega a gerar um conflito de idéias entre os
usuários do Twitter.
1. Rafinha Bastos, humorista brasileiro (Seguidores: 1.690.817)
2. Chad Ochocinco, atleta americano (Seguidores: 1.651.070)
3. Conan O'Brien, apresentador americano (Seguidores: 2.367.928)
4. Stephen Fry, cineasta britânico (Seguidores: 2.188.395)
5. Ryan Seacrest, apresentador americano (Seguidores: 3.880.840)
6. Snoop Dogg, rapper americano (Seguidores: 2.536.996)
7. Barack Obama, presidente dos Estados Unidos (Seguidores: 6.531.868)
18. 18
8. Rainn Wilson, ator americano (Seguidores: 2.168.826)
9. Kim Kardashian, modelo americana (Seguidores: 6.032.559)
10. Luciano Huck, apresentador brasileiro (Seguidores: 2.663.202)
Somente no Brasil, em lista divulgada pela Tweet Rank, colocou o jogador de futebol
Kaká, do Real Madrid, da Espanha, no topo da lista com o maior número de seguidores.
Os mais seguidos do Twitter no Brasil:
• #1 @KAKA, com 6,275,017 seguidores
• #2 @ivetesangalo, com 4,022,187 seguidores
• #3 @LucianoHuck, com 3,960,717 seguidores
• #4 @programapanico, com 3,765,781 seguidores
• #5 @rafinhabastos, com 3,224,065 seguidores
• #6 @ClaudiaLeitte, com 3,147,687 seguidores
• #7 @SabrinaSatoReal, com 2,903,233 seguidores
• #8 @marcoluque, com 2,717,496 seguidores
• #9 @marcosmion, com 2,705,541 seguidores
• #10 @showdavida, com 2,514,549 seguidores
• #11 @rodrigovesgo, com 2,467,555 seguidores
• #12 @Njr92, com 2,422,142 seguidores
• #13 @ClaroRonaldo, com 2,358,983 seguidores
• #14 @oceara, com 2,200,494 seguidores
• #15 @MarceloTas, com 2,178,033 seguidores
• #16 @DaniloGentili, com 2,170,823 seguidores
• #17 @manomenezes, com 2,166,434 seguidores
• #18 @realwbonner, com 2,137,612 seguidores
• #19 @rede_globo, com 1,860,713 seguidores
• #20 @oserginho, com 1,643,609 seguidores
19. 19
2- ÉTICA NO JORNALISMO
Ser jornalista é ter a percepção de apurar uma informação, correr atrás dos fatos, ver os
dois lados da história e saber passar para o público a versão mais correta, sem direcionar o
olhar das pessoas para nenhum lado da história, e sim deixá-las ver qual é o mais correto.
Mas, tendo como base o que é publicado pela imprensa, vemos como o jornalismo
vem sendo levado nos últimos anos, com a notícia sendo tratada como mercadoria. Podemos
perceber que a veracidade das informações é cada vez menos aceita pelo leitor, pela forma
como vem sendo manejada pelos veículos de comunicação. Isso acaba ferindo o Código de
Ética dos Jornalistas, como está escrito no artigo 6º.
Art. 6º É dever do jornalista:
I – opor-se ao arbítrio, ao autoritarismo e à opressão, bem como defender os princípios
expressos na Declaração Universal dos Direitos Humanos;
V – valorizar, honrar e dignificar a profissão;
VII – combater e denunciar todas as formas de corrupção, em especial quando exercidas com
o objetivo de controlar a informação;
VIII – respeitar o direito à intimidade, à privacidade, à honra e à imagem do cidadão;
IX – respeitar o direito autoral e intelectual do jornalista em todas as suas formas;
X – defender os princípios constitucionais e legais, base do estado democrático de direito.
O jornalista tem um poder muito grande sobre as notícias e tem que ter a sensibilidade
de aprontar uma matéria sem conduzir o olhar das pessoas para um determinado lado da
história, sem pré-julgar ninguém, que, dependendo da forma de como for tratada, pode levar a
algumas pessoas a ter uma atitude extrema.
Um exemplo claro de como os jornalistas estão sendo pautados pelo Twitter foi o caso
da invasão da Polícia ao Complexo do Alemão, em novembro de 2010, quando um jovem
20. 20
morador da Comunidade, Renê Silva, narrou os fatos em tempo real no microblog e, após o
fato, deu uma entrevista ao site G1 e disse o que o motivou a fazer essas postagens:
"Sempre tive vontade de fazer alguma coisa pela minha comunidade. As
pessoas que vivem aqui são sofridas, não têm direito a nada, tudo é precário.
Pedi ajuda no colégio para fazer um jornalzinho e para reproduzir com
xerox. Me ajudaram. Depois, ganhei um laptop usado e comecei a postar
tudo no Twitter. Não pensei que ia ter tanta repercussão."
Esse foi um fato onde os jornalistas claramente foram pautados pelos usuários do
Twitter, até mesmo porque não tinham como estar perto do local onde estava acontecendo os
confrontos entre os policiais e os traficantes. Assim, uma pessoa que se encontrava
vivenciando o caso repercutiu na Internet e isso e pautou todos os veículos de comunicação.
Em entrevista ao site Portal da Imprensa (http://portalimprensa.uol.com.br), em
outubro de 2010, a jornalista Vany Laubé comenta se um jornalista deve emitir uma opinião
pelo Twitter, já que a sua imagem é ligada diretamente ao veículo de comunicação para o qual
trabalha.
“Separar sua vida real da vida virtual, literalmente, escondendo-se atrás de
um avatar (figura escolhida para representá-lo) com apelido para não ser
descoberto ou deixar de emitir opiniões. O jornalista tem que passar por
Media Training, porque o conselho é o mesmo. Uma vez representante
daquela empresa, sempre será lembrado como tal. É quase como personagem
de novela confundido na rua pelas pessoas no dia a dia. Raramente ele é
chamado pelo seu nome real, mas pelo da personagem. Se um jornalista quer
emitir opiniões, ele tem que usar outra identidade para tal, porque a mistura
entre sua figura como representante do veículo para o qual trabalha e sua
pessoa é inevitável. Por fim, a internet é para sempre. Especialmente o
Twitter; uma vez postada, a opinião ficará guardada numa biblioteca do
Congresso Nacional dos Estados Unidos... acredite!”
Na mesma entrevista, a jornalista afirma que ela é super pauteira e, sim, pode usar essa
ferramenta como ponto de partida e não ficar esperando as notícias aparecerem na Rede
Social.
“Sim, desde que ele as tome como ponto de partida e corra atrás da
confirmação. A minha timeline do Twitter, por exemplo, é superpauteira,
mas por quê? Porque entre as mais de 1800 pessoas que eu sigo, existem
aquelas jornalistas e os veículos de comunicação, além de instituições
geradores de pautas. E, obviamente, se um assunto me interessa, eu crio uma
coluna com a tag referente a ele e fico seguindo-o e pesquisando-o para
chegar onde quero... mais ou menos como numa frequência de rádio, como
as Gerais de jornais fazem”
21. 21
Quando envolve uma questão ética, o caráter do profissional é colocado à prova, a decisão
de explorar um determinado assunto. É o que acontece a todo o momento com os jornalistas,
principalmente quando o tem explorado é a violência.
"A única ética possível estrutura-se na relação do sujeito com o outro, em
que é importante ser preservado o complexo espaço para a inter-
subjetividade. [...] só nessa relação do sujeito com o outro podemos construir
os valores éticos acerca do bem e do mal. [...] Representa também a relação
do indivíduo com as instituições [...] com a sociedade". (ARICÓ, 2001)
A influência das mídias sociais no jornalismo é tanta que os jornalistas estão se
adaptando a todo estrutura tecnológica que aparece no dia a dia. Porque, se não se adequarem
ao processo atual de informação, acabam perdendo o ‘furo’ jornalístico e a credibilidade do
veículo em que trabalha acaba diminuindo. A importância dessa reciclagem serve para que os
jornalistas estejam preparados para saber usar o recurso da tecnologia, para postar um
determinado caso que presenciar na rua, com rapidez e com os jargões jornalísticos. Sem ser
importunado por um anônimo que esteja vendo o mesmo fato e, com agilidade, postar
primeiro, criar grupo de discussão e deixar o veículo de comunicação para trás.
O professor de Comunicação Rogério Christofoletti, em seu livro ‘Ética no
jornalismo’, lançado pela Editora Contexto em 2008, trata da conduta dos jornalistas. "No
exercício cotidiano da cobertura dos fatos que interessam à sociedade, a conduta ética se mistura com
a própria qualidade técnica de produção do trabalho".
Já em 1944, em declaração à revista Imprensa, o presidente do Conselho de
Administração do Grupo RBS, Jayme Sirotsky, disse que a evolução da tecnologia é uma
busca intensa do homem pela informação.
“[...] apenas aceleram um movimento internacional, mundial, em que pela
informação, pela comunicação, os homens, todos os países passam a ter
condições melhores de discernir e tomar suas decisões”. KARAM,
Francisco José Castilhos, A ética Jornalística e o interesse público: São
Paulo: Summus, 2004. (pág 225).
Com o passar dos anos, até os dias atuais, a Internet tem sido um grande aliado dos
jornalistas para desenvolver suas pesquisas e a utilização de suas fontes. E, com a grande
febre das Mídias Sociais, em especial o Twitter, alguns jornalistas ao redor do mundo
perderam seus empregos por causa de uma postagem nesse Microblog. Foi o caso da colunista
Catherine Deveny, demitida do jornal Australiano The Age após suas postagens sobre uma
artista infantil durante uma cerimônia de premiação em Melbourne ("Eu realmente isso
22. 22
espero que Bindi Irwin transe", foi um de seus tweets ofensivos). Outro caso foi o da chefe
de Redação da CNN, Octavia Nasr, que divulgou em sua página pessoal uma opinião que não
era da linha editorial da empresa. "É triste saber do falecimento de Sayyed Mohammed
Hussein Fadlallah... Um dos gigantes do Hezbollah que eu respeito muito".
Até o presidente dos EUA, Barack Obama, teve seu momento de revolta no Twitter.
Durante a apresentação do VMA, em 2009, o cantor Kanye West subiu ao palco e retirou o
microfone da apresentadora. O Presidente postou em seu Twitter críticas à atitude do cantor e
o chamou de “imbecil”. Logo que ele postou isso, o repórter da ABC News Terry Moran
apoiou a atitude do Presidente, escrevendo o seguinte: “Agora isso é que é presidencial".
Esses foram alguns casos que tiveram uma repercussão muito grande, algo que o
jornalista escreveu que não agradou a empresa e foi demitido. As demissões dos jornalistas
acontecem porque os mesmos, na condição de representantes de determinado veículo de
comunicação, não podem expressar sua opinião, e tem que seguir a linha editorial da empresa.
O caso do fotógrafo Thiago Vieira, do jornal Agora São Paulo, estava cobrindo as
eleições para presidente da Sociedade Esportiva Palmeiras, em janeiro de 2011, e postou em
sua conta no Twitter o seguinte comentário: “Enquanto os porcos não se decidem, poderiam
mandar mais lanchinhos e refrigerante pra imprensa que assiste ao jogo do timão na sala de
imprensa”. [Fig. 05] Pouco tempo depois, alguns membros da diretoria do clube foram
procurar o fotógrafo, acompanhados por seguranças, e logo o agrediram e expulsaram do
clube. Ele ainda foi demitido, mesmo apagando sua conta no Twitter. Em entrevista ao Portal
de Negócios da Comunicação, Thiago Vieira se sentiu injustiçado.
“O que aconteceu foi uma infelicidade, já que tantos outros jornalistas
presentes ou não no local postaram mensagens demasiado parecidas com as
minhas. O que publiquei nada mais foi que uma análise do ambiente de
cobertura de uma forma sarcástica, satírica, mal-interpretada pela empresa
em que eu prestava serviço na época, que sequer me perguntou o que tinha
acontecido e achou por bem entregar a cabeça de um freelancer, queimando-
o no mercado”.
Ombudsman é um profissional contratado, por um órgão, instituição ou empresa que
tem a função de receber críticas, sugestões e reclamações. Segundo revela Suzana Singer, que
desempenha essa função no jornal Folha de São Paulo, um jornalista tem que saber separar a
vida profissional da pessoal.
“Hoje o jornalista pode estar em um churrasco com os amigos e ser ofensivo
com os palmeirenses porque eles ganharam o jogo de domingo. E, na
23. 23
semana seguinte, ele tem que ir entrevistar o presidente do Palmeiras. Ou
seja, é uma situação muito desagradável que poderia ter sido evitada se o
repórter tivesse a postura adequada de não misturar as coisas. Não tem como
ter dupla personalidade, separar a vida pessoal da profissional, assim como
não dá para ter duas contas no Twitter”.
Segundo o jornalista Guilherme Amado, de 25 anos, que atualmente trabalha no setor
de Política do Correio Braziliense, em Brasília, e já trabalhou nos jornais Extra e O Globo, é
ético, sim, os jornalistas que se pautam pelo Twitter e se apropriam das postagens do
microblog.
“Acredito que sim. O Twitter é uma fonte de informação como qualquer
outra. E, como qualquer fonte, deve ser checada e rechecada até se ter
certeza daquela informação. Quando se trata de um perfil oficial de alguém,
desde que se tenha certeza disso, não vejo problema em reproduzir as aspas
encontradas ali, desde que informemos que foram retiradas do Twitter.
Quando as aspas são de anônimos, também não vejo problema em reproduzi-
las, desde que apenas os apelidos no Twitter sejam informados. Não acho
correto pegar tweets de pessoas comuns e colocar seus nomes na matéria”.
[Doc. 01]
O jornalista Ricardo Souza acredita que existe ética, mas desde que se use a informação
que for utilizar do Twitter como um gancho para preparar uma matéria, e não só postar
o que viu, sem apurar.
“A ética existe no jornalismo, quando não é acrescentado na matéria
informações pessoais e suposições. No twitter pode-se conseguir uma
informação, o chamado gancho para a matéria, que força ao verdadeiro
jornalista analisar o assunto, pesquisar e com seu próprio texto realizar a sua
matéria”. [Doc. 02]
24. 24
3 - CASOS QUE VIRARAM MATÉRIAS
No dia 6 de abril de 2011, um jogador do Botafogo do Rio de Janeiro, o zagueiro
Márcio Rosário, postou em sua conta no Twitter que não estava satisfeito com a reserva e,
pelo que já tinha feito pelo clube, merecia um pouco mais de respeito. No post seguinte, o
jogador, que estava negociando uma renovação de contrato, disse que só iria cumprir os três
meses restantes e não renovaria mais com o clube carioca. [Fig. 06]
Essas postagens no Twitter, não caíram bem aos ouvidos dos diretores do clube
alvinegro, que, logo após tomarem conhecimento do que o jogador tinha escrito, deixaram o
atleta trabalhando em separado do grupo, como punição pelo que ele havia colocado na
internet. Ao saber que tinha sido afastado do elenco, Márcio Rosário tentou contornar a
situação e, no mesmo microblog, pediu desculpas e chegou a dizer que estava mal e não
conseguia dormir. [Fig. 07]
No dia 19 de abril, no entanto, a diretoria do Botafogo resolveu rescindir o contrato
que mantinha o jogador vinculado ao clube e o liberou para negociar com outra equipe. Logo
que conseguiu a rescisão, o jogador parece não ter aprendido e, novamente, usou o microblog
para revelar com quem estava negociando e ainda dar uma cutucada na diretoria do antigo
clube. "Boa Tarde!! Rescisão na mão!!! Pronto para negociar!! Fluminense!!", [Fig. 08]
Depois de alguns minutos, o jogador apagou o recado. Porém, não apagou o recado que
colocou para a diretoria do Botafogo.
"Acabou o meu serviço no Botafogo. Obrigado a todos por tudo. Vou deixar
bem claro que nunca reclamei de nada. Sou homem!!! Não moleque!!! Fica
aqui a minha indignação, mas não posso expor meus sentimentos agora!!!”
Esse foi um caso que gerou muita polêmica e que acabou com a demissão do jogador.
Ele foi procurado para falar sobre o assunto, mas, para não criar mais enredo com o que
aconteceu, apenas se limitou a dizer as seguintes palavras: “Estou muito arrependido com o que
aconteceu. Se eu soubesse que teria essa repercussão toda, não teria postado nada. Por isso que
cancelei minha conta no Twitter”.
Outro caso que teve uma grande repercussão foi do jogador Carlos Alberto, que no
início do ano estava jogando pelo Vasco da Gama. Após alguns desentendimentos com a
Comissão Técnica e a presidência do clube, foi afastado do elenco e emprestado ao Grêmio,
de Porto Alegre.
25. 25
Porém, sem fazer muito sucesso pelo time Gaúcho, e por indisciplina, o jogador teve
seu contrato rescindido do clube. O assessor de imprensa do Grêmio, Vitor Rodriguez, em
entrevista ao site www.globoesporte.com, afirmou que, quando há uma polêmica via Twitter,
a resposta, tanto do clube quanto do jogador, tem que ser no mesmo canal de comunicação
que foi iniciado.
“Há uma grande repercussão em tudo. Demasiada. A dimensão que se dá a
esse tipo de comentário torna-se exagerada. São opiniões de meninos que
vivem um momento de exposição midiática. Tornam-se conhecidos e
reconhecidos pelo seu trabalho. As cifras acompanharam a velocidade da
internet. Tudo é grandioso. A notoriedade, inclusive”
Como está vinculado ao Vasco até meados de 2013, seu retorno ao time carioca era
previsto. O presidente do clube, Roberto Dinamite, porém, não quis polemizar e, em
entrevista ao site Super Vasco, disse que o caso estava encerrado. “Não gosto de fazer previsões.
A gente deve viver um dia de cada vez. Em minha opinião, o caso Carlos Alberto está encerrado”.
Carlos Alberto criticou Roberto Dinamite em uma postagem em sua página no
Twitter. “O Dinamite tem que se preocupar com ele mesmo! Ele não manda nem em si próprio e no
Vasco muito menos!! É para rir! Muito menos me vetar!”. [Fig. 09]
Essa atitude com o presidente do Vasco não foi a primeira e nem a única em que o
jogador criou uma confusão pelo Microblog. Um pouco depois desse acontecimento, ele se
envolveu em uma nova polêmica, desta vez com o goleiro do Flamengo, Felipe. O jogador
rubro-negro havia postado em sua página palavras de menosprezo aos adversários, Vasco e
Fluminense. No meio dessa confusão, Carlos Alberto se envolveu e criticou o goleiro do
Flamengo por não ter assumido as postagens. O desentendimento entre os dois jogadores, que
poderia ser apenas entre os dois, se não fosse divulgado pelo Twitter de ambos, acabou
levando os jornalistas a se pautarem diante dessas postagens para fazer uma matéria sobre o
caso.
Em entrevista para este trabalho de pesquisa, o jornalista Ricardo Souza, que é locutor
esportivo e administrador do site Vitrine Esportiva, desse que um profissional da
comunicação não deve se pautar pelo Twitter e, sim, usar essa ferramenta para divulgar.
“O Twitter hoje é uma febre, da mesma forma que foi o Orkut, que hoje é
esquecido. No Twitter você observa o que de fato é comentado e pesquisado
por muitos para depois realizar a sua pauta. Mas acho errado você trabalhar
desta forma apenas. Chamo isso de jornalista preguiçoso. Deve-se, na
verdade, usar o Twitter para divulgação e pouco para se criar a matéria. O
Twitter virou uma espécie de rádio de polícia da internet”. [Doc. 02]
26. 26
As inúmeras revistas de fofocas e cadernos específicos nesses assuntos se pautam pelo
Twitter das celebridades para saber, através do microblog, onde elas estão e se basearem nas
postagens para fazer uma matéria.
Segundo Josiany Fiedler Vieira e Emerson Urizzi Cervi, em Trabalho de Pesquisa
apresentado no XI Congresso de Ciências da Comunicação na Região Sul, em Novo
Hamburgo (RS), de 17 a 19 de maio de 2010, com o título ‘Twitter como Pauta no Jornalismo
Político do Paraná’, o contato que os jornalistas tinham com o seu entrevistado quase não
existe mais, pois tudo sobre a pessoa que ele quer entrevistar é postado no Twitter. Então, o
profissional da imprensa pega as palavras e usa aspas na hora da divulgação, para deixar claro
que é o entrevistado que está declarando. Tudo pela facilidade do Twitter e nem é necessário
fazer perguntas. “As redes sociais não foram usadas para gerar uma cobertura jornalística
diferente da convencional nesse caso. Foi a reprodução das práticas e rotinas de produção da
notícia, porém, agora, sem a necessidade de fazer perguntas antes de obter as respostas”
(VIEIRA & CERVI, 2010, p. 12).
Um caso que não passou de um boato, mas assustou a todos da imprensa, foi a suposta
morte do repórter Amin Khader, da TV Record. No dia 28 de junho de 2011, o promoter
David Brazil recebeu uma ligação da sobrinha de Amin Khader, Mariana, dizendo que seu tio
havia morrido. Logo depois, David Brazil postou em sua página oficial no Twitter que o seu
amigo havia falecido. "É com enorme dor no coração, que INFELIZMENTE confirmo que
meu AMIGO DE FÉ IRMÃO CAMARADA AMIN KHADER, nos deixou esta madrugada"
[Fig. 10]
Em entrevista ao site da UOL, o promoter conta como foi ao chegar à casa de Khader.
“Quando cheguei lá, os porteiros falaram que tinham recebido um comunicado da
administração do prédio, dizendo que o senhor Amin tinha falecido e seu corpo tinha sido
levado para Petrópolis”.
David Brazil recebeu alguns telefonemas, inclusive da TV Record, que interrompeu
uma reportagem para dar a notícia ao vivo, no Programa matinal ‘Hoje em Dia’. [Fig. 11]
Enquanto Celso Zucatelli e Fábio Ramalho confirmavam a informação que tinham recebido,
David Brazil retornava à sua residência para pegar um casaco e seguir para Petrópolis quando
encontrou Amin Khader correndo na praia. Foi conversar com o amigo e falou o que estava
acontecendo, mas segundo David, Amin saiu rindo do que estava ouvindo. Pouco depois, em
sua página no Twitter, David Brazil fez a seguinte postagem.
"Por causa de uma pegadinha de péssimo gosto e a loucura de aparecer com
polêmica, o Amin perdeu um grande amigo. Que viva em paz! O Amin
27. 27
Khader morreu para mim. Querer ser notícia com uma palhaçada dessa e
usando um amigo é demais, né?".
O fato causou muita revolta em alguns amigos de Amin Khader. Suzana Werner, por
exemplo, quando soube da noticia, foi até a praia para tirar uma foto com Khader para provar
que ele estava vivo e postou no Twitter. "Gente, depois ele vai ter que explicar isso, né?
Brincadeira boba de alguém, mas, para vocês ficarem tranquilos, afirmo que está vivinho ;-)
com foto" [Fig. 12]
Em outra postagem, Suzana Werner disse: "Tô megafeliz! Tirei um peso do coração
quando o vi e o esporro comeu!! Brincadeira boba".
Outros famosos também não gostaram da brincadeira e mostraram sua indignação pelo
microblog: [Fig. 13]
Mayra Cardi
"Gente eu não tô acreditando, que brincadeira de mau gosto. @dddbrazil está fugindo de
vergonha, nem me atende a bicha! Mas isso é coisa do Amin".
Dany Bananinha
"Muito idiota uma pessoa que brinca com a morte! Não posso acreditar... Isso não se faz
mesmo! Imagino como o @dddbrazil ficou triste à toa.. Mt sem noção!".
Bárbara Evans
"Nossa, pra que inventar que MORREU ?? Quem foi que fez essa piada?".
Geisy Arruda
"Se o Amin não morreu, foi uma brincadeira de mau gosto!
Thierry Figueira
"Que brincadeira sem graça ... Sem comentários ... Tô aqui com coração na boca."
Perlla
"Esse AMIM me pagaaa... @amimkhader quem vai te matar agora sou eu, seu bobo".
28. 28
Mirella Santos
"Gente, agora estou indignada q a morte do Amim não passava de uma brincadeira, com isso
não se brinca. Q brincadeira de mau gosto!!!".
No programa Cidade Alerta, do mesmo o dia, apresentado por Jose Luiz Datena, o
próprio Amin Khader deu uma entrevista para o apresentador esclarecendo os boatos
ocorridos. O promoter disse que não sabe de onde surgiu essa brincadeira, mas que foi de
muito mau gosto. “Se foi uma brincadeira, foi de muito mau gosto. Meu irmão quase
enfartou. Fiquei surpreso com a notícia tanto quanto as pessoas. Eu fiquei assustado, porque
falaram em rede nacional. Vou aproveitar esse espaço para falar que estou vivo”.
Amin Khader declarou que não tem nenhum perfil no Twitter, que o que existe no
microblog é falso e não vai procurar saber quem ‘plantou’ essa informação. “Prefiro relevar.
Só quero que as pessoas saibam que eu estou vivo. Não tenho Twitter. O que tem lá é falso.
Foi uma coisa desagradável. Sei que muita gente vai rir ainda, vai perguntar se sou um
fantasma. Só sei que vou tocar minha vida e ser feliz”.
No dia seguinte, o programa Hoje em Dia, da TV Record, com o apresentador Celso
Zucatelli, pediu desculpas ao telespectador, informando que houve um erro de apuração no
caso e o erro não iria acontecer novamente. [Fig. 14]
O caso mais recente foi a ocupação da Favela da Rocinha, localizada na Zona Sul do
estado do Rio de Janeiro, no dia 13 de novembro de 2011. No período em que os policiais
trabalharam na inserção da UPP na favela, houve uma enorme repercussão pelo Twitter
@faveladarocinha. O responsável pela conta, o então estudante de Jornalismo e morador da
favela, Leandro Lima, de 29 anos, já trabalhava há três anos no site de notícias Favela da
Rocinha com outros sete companheiros.
A equipe liderada por Leandro Lima resolveu, por conta própria, no dia da ocupação,
passar a madrugada postando no Twitter tudo o que estava acontecendo. [Fig. 15] Em
entrevista ao site de O Globo, no dia 17 de novembro, ele evelou como foi a estratégia de
atualizar tudo o que acontecia. "Nos dividimos em diferentes locais da favela para ter
informações mais precisas de tudo. Isso nos ajudou a atualizar o Twitter".
Leandro Lima e seus colegas fizeram a cobertura da ocupação em tempo real pelo
Twitter. Através do trabalho exercido no microblog, muita repercussão foi obtida e, com isso,
a ocupação teve o apoio de personalidades e artistas, como o apresentador Bruno de Luca, a
cantora Preta Gil, e as atrizes Fernanda Paes Leme, Carol Castro e Betty Lago.
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Bruno De Luca - “Muito feliz com a ação da polícia na Rocinha. Paz no Rio!! Amo muito
minha cidade. Parabéns pro Beltrame!”
Preta Gil - “Já orando pelos meus amigos moradores da Rocinha e Vidigal”
Betty Lago - “Vai ser fincada a bandeira do Brasil na Rocinha! #emoçoesfortes #liberdade
#paznorio”
Carol Castro - "Eu vou torcer pela PAZ! Pela ALEGRIA, pelo AMOR...pelas coisas bonitas,
eu vou torcer, eu vou!" #PAZnoRIO #PAZnoMUNDO”
Fernanda Paes Leme “#PaznoRio”
Em entrevista para este trabalho de pesquisa, Leandro Lima afirma que muitas
pessoas começaram a seguir o @FavelaDaRocinha, aumentando significativamente o número
de seguidores.
“Antes da ocupação, tínhamos aproximadamente 40 seguidores. O número
foi crescendo no momento da operação enquanto passávamos as informações
e hoje já temos quase 5 mil seguidores. Artistas, políticos e moradores,
inclusive, de outros países começaram a fazer perguntas sobre o que estava
acontecendo na Rocinha. Nós fizemos pequenos flashes dos acontecimentos
e também respondíamos todos. Ao menos, tentávamos, pois era muita gente
ao mesmo tempo”. [ Doc 03]
Durante a semana em que acontecia a ocupação, muitos twitters foram postados na
página inicial do blog e, com isso, todas as pessoas seguidoras, inclusive os jornalistas que
estavam sendo seguidores, tinham acesso a esse material, que se tornou um ponto de partida
para que pudessem preparar matérias para publicar em seu veículo de comunicação.
Tal procedimento foi mencionado por Josiany Vieira e Emerson Cervi em seu
Trabalho de Pesquisa apresentado no XI Congresso de Ciências da Comunicação na Região
Sul. “Assim, um jornalista pode acessar não apenas as micromensagens deixadas pelas
‘potenciais fontes’ de novas notícias, mas também comparar os perfis de distintas
personalidades públicas a partir de suas listas de seguidos e de seguidores” (VIEIRA &
CERVI, 2010, p.03).
30. 30
O Twitter criou uma ferramenta, chamada Twitcam, onde as pessoas podem conversar
e se ver pela webcam. No dia 5 de abril de 2011, antes da partida contra o Nacional do
Uruguai, pela Taça Libertadores da América, os jogadores do Fluminense, Emerson, Souza,
Rafael Moura, Valencia e Diguinho conversaram com os torcedores por cerca de 40 minutos,
até que, em uma dessas interações com os fãs, um deles questionou o conhecimento do meio
campo Souza, com relação aos seus conhecimentos de informática. O jogador se irritou e
respondeu: “Tenho dinheiro para comprar todos os computadores de vocês”. Para não criar
mais polêmica, o atacante Rafael Moura repreendeu o companheiro, dizendo: “Vai fazer igual
aos caras do Santos?”
Após esse comentário, os jogadores decidiram encerrar a brincadeira e logo a revolta
de Souza foi respondida pela assessoria de imprensa do clube, que revelou que o jogador
apenas entrou na brincadeira e não estava chateado. [Fig. 16]
O caso citado pelo atacante do Fluminense, Rafael Moura, envolvendo atletas do
Santos, aconteceu no dia 1º de agosto de 2010, quando os jogadores do Santos, Madson, Zé
Eduardo e o goleiro Felipe, em apenas 12 minutos de conversa com os fãs na Twitcam,
arrumaram muita confusão. O primeiro foi Felipe, que não gostou de ser chamado de ‘mão de
alface’ por um dos torcdores. “Aí fera… o que eu gasto com o meu cachorro de ração é o teu
salário por mês. Entao não f…”. [Fig. 17]
Nesse mesmo momento, a câmera chegou a flagrar Zé Eduardo discutindo com
Robinho, que estava em Santos, e ligou para pedir que os jogadores desligassem a câmera, já
que havia quase duas mil pessoas assistindo. [Fig. 18] Mas, Zé Eduardo, pelo Twitter,
respondeu ao atacante Robinho assim: “Depois do último jogo, ninguém vai sentir a sua falta
aqui no Santos”. A atitude dos jogadores deixou a Diretoria do Santos muito irritada, que
proibiu o uso da transmissão, feita pela Twitcam, por todos os jogadores.
No dia seguinte, os envolvidos voltaram a usar essa ferramenta, mas para pedir
desculpas. Robinho, em tom de brincadeira, disse: “Foi esse bando de juvenil que fez merda.
Tem mais é que tomar uma pá de porrada". Dos que estavam na frente da câmera, Zé
Eduardo afirmou que estava brincando com Robinho. "Eu estava no celular brincando com o
Robinho e a moçada levou a sério". Único a ofender com palavrões os torcedores, o goleiro
Felipe pediu desculpas oficialmente. "Quero pedir desculpas a todos. Eu estava brincando
com o Marquinhos. Os moleques me chamaram e depois os caras (torcedores) me
ofenderam".
O último a falar foi o polêmico Madson, que disse que tudo não passou de uma
brincadeira e que eles estavam comemorando a vitória sobre o Grêmio Prudente. "A gente
31. 31
estava em um momento feliz, comemorando a vitória do time. Mas tem alguns caras que não
entendem, ficam xingando a gente e acabam tumultuando. De repente, nem são santistas.".
A cantora Rita Lee, em agosto de 2010, publicou que iria deixar o Twitter, após dois
meses depois de criar sua conta no microblog. Tudo isso por ter se recusado a participar de
um quadro do programa ‘Repórter por um dia’, do programa Fantástico, da Rede Globo de
Televisão. Para seu lugar foi convidado o até então jogador do Corinthians, Dentinho, que foi
visitar o local onde está sendo construído o estádio do time Paulista, em Itaquera. Na semana
anterior, Rita Lee havia postado em sua página no Twitter a seguinte frase sobre o estádio.
"Algo me diz que o estádio do Curintia será um presente de grego. Para quem não conhece,
Itaquera é o c* de onde sai a bosta do cavalo do bandido". Essas palavras revoltaram os
torcedores Corintianos e ela chegou a ser ameaçada. Para evitar alguma algo mais sério e até
uma tragédia, a cantora resolveu cancelar sua conta. "O medo de acontecer algo comigo e
com minha família é real", afirmou.
Mas, antes de cancelar sua conta, Rita Lee, fez duras críticas a emissora carioca.
"Me convidaram para gravar "Repórter por um dia" e eu recusei. Ninguém
recusa nada da Globo, ela tem o poder de um Cesar, que decide jogar
escravos numa arena com leões. Diante das ameaças sérias que tenho
recebido, digo ao povo que me retiro do Twitter após dois meses de
divertimento. Meu amor a todos vocês que entenderam minhas loucuras e
pau no cú dos babacas" [Fig. 19]
Outro jogador que teve problema com o microblog foi o atacante Leandrão, do ABC
de Natal, do Rio Grande do Norte, No dia 7 de abril de 2011, o confronto entre Vasco e ABC,
pela segunda fase da Copa do Brasil, foi polêmico, pois a primeira partida terminou em 0 a 0.
No segundo jogo, no Rio de Janeiro, com um empate em 1 a 1, o time de Natal estava se
classificando até que, nos minutos finais, um pênalti duvidoso deu a vitória para o Vasco da
Gama. Depois que a partida acabou, o atacante Leandrão disparou contra a arbitragem, mas
acabou fazendo uma piada de mau gosto. “Passei a noite pensando no jogo e cheguei a uma
conclusão: qual turista vem ao RIO e não é roubado?”, postou o jogador em sua página no
Twitter. [Fig. 20] “Chegando no aeroporto!!! Time todo chateado, Não porque perdemos
mais sim pela maneira q perdemos...” completou.
Por causa dessas declarações, o jogador foi punido, em decisão inédita, pelo Superior
Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), que suspendeu o atleta por quatro partidas e ainda teve
que pagar uma multa de R$ 1 mil. O Tribunal alegou que o comentário foi considerado
ofensivo e enquadrou o jogador no artigo 43-F do Código Brasileiro de Justiça Desportiva,
que prevê pena para quem ofender alguém em sua honra, por fato relacionado diretamente.
32. 32
Mas, esta punição desagradou aos torcedores do time Potiguar, que no próprio microblog
responderam ironicamente com a hashtag “#STJDvergonha”. [Fig. 21]
3.1 – COMO OS JORNALISTAS SE PAUTAM PELO TWITTER
A nova mídia, a Internet, tem muita força e o Twitter não é diferente. Com a forma
mais prática e dinâmica de escrever em 140 caracteres, não é difícil de encontrar alguém
divulgando algum site, expressando algo que esteja sentindo ou até mesmo informando uma
noticia. Como o ritmo da notícia é muito rápido, o jornalista que não tem Twitter acaba
ficando para trás e, quando ele poderia ser o primeiro a divulgar uma notícia em seu veículo,
não consegue. Esse é um dos motivos para que os jornalistas acompanhem um determinado
artista ou uma pessoa famosa, a fim de acompanhar o que ela faz sem sair da sua cadeira.
Em entrevista a Nieman Reports, o repórter político John Dickerson observa que as
empresas estão usando o Twitter, e os próprios jornalistas estão usando o microblog, para
escrever alguma coisa que não cabe no seu veículo.
"Enquanto passo quase todo o meu tempo na estrada, atualmente, cobrindo
as campanhas presidenciais, o Twitter é o lugar perfeito para todas aquelas
observações que escrevi nas centenas de bloquinhos que tenho guardados na
minha garagem de coberturas de campanhas e outras reportagens ao longo
dos anos. Dentro desses blocos estão pequenos pedaços de vida que captei ao
longo do caminho. Às vezes, eles fogem demais do assunto ou são
inconseqüentes demais para colocar numa reportagem. Às vezes, são
pequenas noções ou pensamentos paralelos que se tornam o lead de uma
reportagem. Todos eles encontraram seu lar no Twitter."
A tendência é que os jornalistas usem cada vez mais o Twitter para informar e até
mesmo acompanhar um determinado usuário, para que esteja informado sobre o mesmo. Até
mesmo porque os jornalistas abriram um canal direto com o leitor pelo ReporTwitters - a ideia
é tuitar todas as postagens de relevância nesse site.
Seguir muitas pessoas de diversos estilos, classes, regiões e profissões pode ser bom
para conseguir uma boa pauta. Tendo essa diversidade no microblog, o jornalista deve saber
diferenciar uma boa fonte daquela que só quer atrapalhar. Só que, com a utilização do Twitter
como uma fonte de informação, de certa forma acaba acomodando o jornalista, que coloca em
segundo plano checar o conteúdo, para ter mais informação sobre a fonte que postou no
microblog.
33. 33
O jornalista Guilherme Amado, do Correio Braziliense, não acredita que o Twitter
possa atrapalhar o trabalho do profissional da imprensa.
“Ajuda ao oferecer numa lista uma quantidade grande de informação,
facilitando o trabalho do jornalista em gerir uma grande quantidade de
informação. Esse é um desafio grande da carreira, especialmente hoje em
dia, quando somos atingidos por uma overdose de informação em todos os
lugares possíveis e imagináveis, como elevadores. Gerir - e filtrar,
principalmente - tudo isso é um desafio”. [Doc 01]
Para ele, um grande risco de quem utiliza somente o Twitter como fonte é achar que
tudo o que é divulgado no microblog, virtualmente, pode substituir a vida real.
Acho que é uma ferramenta que, em si, não atrapalha em nada o trabalho
jornalístico. Mas, se o jornalista não for além daqueles 140 caracteres, corre-
se o risco de ficar só na superfície, sem se aprofundar em nada. Outro risco é
achar que aquilo substitui a vida real, o contato cara a cara. Já viu muitas
matérias, principalmente no jornalismo de celebridades em sites, feitas à
base de tweets. Sequer ligaram para o famoso para ouvir o outro lado.
Podem inventar mil tweets, mas nada substitui gastar sola de sapato”.
[Doc 01]
Já o jornalista Gabriel Torres, da Rádio Nacional, acredita que esse microblog tem um
fator favorável e outro contra. “Ajuda porque é mais uma fonte de informação, mas também
atrapalha, já que a fonte muitas vezes não é confiável, por se tratar de um site aberto, onde
qualquer um cria um perfil”. [Doc 04]
Segundo um estudo feito pela PR Oriella Network, uma rede internacional de agências
de comunicação, e na América Latina representada pela ViaNews, os jornalistas brasileiros
buscam informações nas redes sociais como Twitter, Facebook e Blogs. O estudo aponta que
o Twitter é utilizado como fonte por 66,67% dos jornalistas; depois vem o Facebook, com
58,33%, e, em terceiro lugar, os blogs, com 57,14%. É um índice maior do que o atribuído às
Agências de Assessoria de Imprensa, que, segundo o estudo, são usadas como fontes por 50%
dos jornalistas entrevistados.
A pesquisa revela que os jornalistas usam as redes sociais para apuração, mas checam
nas fontes oficiais. Neste caso, os números se alteram, já que as Agências de Comunicação
são procuradas por 61% dos jornalistas.
O jornalista Ricardo Souza afirma que o Twitter não é uma fonte 100% confiável e
não se pode ficar apenas esperando uma boa pauta aparecer pelo microblog. “Depende. Deve-
se tomar cuidado com o twitter, pois não se sabe se o twiteiro é, de fato, a verdadeira pessoa
que está escrevendo. Pode muito bem ser errado, como se fosse um trote virtual”.
34. 34
Todos os jornalistas devem saber filtrar e ter o instinto de saber se utilizar daquela
informação que está aparecendo no Twitter e apurar se é verdade ou não. No modelo
tradicional, a função de filtro foi uma das atribuídas ao jornalismo. Essa função foi bastante
discutida sob a perspectiva do chamado gatekeeping, que focaria “o processo através do qual
as seleções são realizadas no trabalho da mídia, especialmente decisões a respeito do quanto
permitir que uma determinada história passe pelos ‘portões’ no meio para os canais de
notícia” (McQuail, 1994, p.21)15.
Segundo a jornalista, Raquel Recuero, as redes sociais, não só o Twitter, são um
atrativo para os jornalistas, já que são uma grande fonte de informação. “As redes sociais,
enquanto circuladoras de informações, são capazes de gerar mobilizações e conversações que
podem ser de interesse jornalístico na medida em que essas discussões refletem anseios dos
próprios grupos sociais” (RECUERO, 2009, p. 47).
A facilidade de utilizar as redes sociais por dispositivos móveis, como celular, acaba
promovendo que os jornalistas postem suas notícias nessas redes e que outros acabem se
pautando, ou uma pessoa que tirou foto de algum acontecimento e postou na Internet, pauta o
jornalista.
35. 35
3.2 – POR QUE OS JORNALISTAS UTILIZAM ESSA FERRAMENTA
O site da Universia dá dicas de como um usuário do Twitter tem que fazer para atrair
um jornalista.
Veja aqui 14 maneiras de usar a ferramenta para atrair jornalistas:
1. Encontre os repórteres por meio da busca "Muckrack";
2. Examine as páginas de "fale conosco" dos seus meios de comunicação locais para rastrear
o nome dos repórteres do Twitter. Seja útil, especialmente quando isso não vai lhe ajudar
diretamente;
3. Preste atenção aos tweets com pedidos de ajuda, especialmente sobre os prazos. Esse é o
caminho mais rápido para iniciar uma relação;
4. Monitore e poste hashtags sobre cidades ou tópicos em que seu cliente esteja envolvido.
Mesmo que os repórteres não tweetem, eles provavelmente estarão monitorando para histórias
interessantes;
5. Diga alguma coisa agradável sobre uma história escrita ou publicada por um repórter, sem
se esquecer de adicionar sua arroba no Twitter. Quando for possível, dê o link para a matéria;
6. Retweet os links que eles postam. Especialmente quando eles divulgam links sobre as suas
matérias;
7. Se ofereça para ajudá-los e colocá-los em contato com especialistas que você acredita
serem capazes de resolverem suas dúvidas;
8. Agradeça-os via Twitter por cobrirem um evento que você assistiu, especialmente se você
conseguiu conversar com o repórter. Isso ajuda a solidificar um novo contato;
9. Procure ideias de novas histórias para eles. Não sugira apenas histórias grandes, mas faça
um follow-up em pequenas histórias que eles já fizeram;
36. 36
10. Agradeça-os. Especialmente quando publicam uma história sugerida por você;
11. Tome nota sobre alguma informação da "bio" do repórter no Twitter quando for enviar um
tweet inicial. Isso mostra para o jornalista que você se preocupou em aprender sobre ele;
12. Estenda a relação para outras redes sociais em que o jornalista em questão seja mais ativo,
ou fique em contato via e-mail;
13. Parabenize os repórteres em seu aniversário ou quando saem outras notícias a respeito
deles no Twitter;
14. Dê destaque a eles em seu blog.
Para Jair Heuert, engenheiro e especialista em Marketing Politico, em declaração ao
seu próprio site, os jornalistas se utilizam das redes sociais, especialmente o Twitter, pelo fato
de ter infinitas fontes de informações, de diversos assuntos para poder se pautar.
“Profissionais da comunicação estão inseridos nas redes sociais buscando
fontes jornalísticas. O Twitter tem o seu destaque devido sua praticidade e
rapidez de circulação da informação. Facilita muito para o jornalista que faz
cobertura politica acompanhar o perfil do politico, igual para aquele que
escreve sobre celebridades segui-las no seu Twitter. Através das redes
sociais na Internet, o jornalista tem acesso a um número infinito de fontes
especificas, além de acesso a diversas informações que podem gerar
matérias. Essa característica pode auxiliar na busca por um especialista mais
apropriado para comentar uma matéria ou mesmo receber informação em
primeira mão, de alguém que está presente ou próximo a um
acontecimento”.
Um dos motivos que fazem os jornalistas se pautarem pelo Twitter é a diversidade de
informações. A busca por furo de reportagem é muito intensa, então, o uso das redes sociais é
muito frequente entre os jornalistas. No caso do Twitter, os seguidos e os seguidores acabam
vendo o post daquela pessoa que pretende saber o que está fazendo.
O presidente do Atlético Mineiro, Alexandre Kalil, é conhecido por divulgar suas
contratações primeiramente no Twitter, para, depois, divulgá-las para a imprensa. Cabe aos
jornalistas seguirem o perfil do dirigente para que possam ver as negociações que ele está
fazendo para o Atlético Mineiro. [Fig. 22]
37. 37
Mas não é confiável apenas ver a postagem e ficar sem apurar essa informação. Foi o
que aconteceu no dia 8 de novembro de 2011, quando um hacker invadiu a página oficial do
Cruzeiro e colocou um post informando que o goleiro Fábio seria negociado com o Barcelona
no início de 2012. [Fig. 23] Informação que rapidamente circulou entre os veículos de
comunicação, mas logo foi desmentida pela Diretoria do clube mineiro.
O site da Media Helping Media, traduzido pela IJNET, publicou um artigo de como os
jornalistas devem agir quando vêem uma postagem que lhes interessa.
“Enviar uma resposta '@reply'. Comece a segui-lo e tente enviar uma
mensagem direta. Inicie uma conversa. Solicite mais informações e construa
um relacionamento da melhor maneira possível. Isso ajudará você a criar um
perfil desta pessoa e entender a sua ligação com a notícia. Estas são maneiras
que o 'Breaking Tweets' se utiliza para verificar um tuíte. Tudo tem a ver
com o contexto, realmente -- os tuites passados da pessoa, outros tuites que
confirma o seu tuite, buscar mais informações sobre ele especificamente, e
buscar mais informações sobre o tema. E, obviamente, o momento do seu
tuite também é fundamental. Se você ficar em cima dos tuites e seguir esses
tipos de medidas, estará bem no caminho de encontrar dicas para reportagem
e as últimas notícias bem antes dos métodos tradicionais”.
É uma medida para prevenir que os jornalistas veiculem uma informação sem
fundamento, e que estejam apenas caindo em alguma armadilha, de algum hacker ou de uma
pessoa que queira simplesmente aparecer.
38. 38
CONCLUSÃO
Com a presente monografia, concluímos que a ferramenta Twitter é muito importante
neste novo momento pelo qual passa a Comunicação, onde a internet acaba sendo o início de
uma pesquisa sobre qualquer assunto. Nesta nova onda, o Twitter ganhou uma proporção
muito grande, já que os jornalistas vislumbraram uma ‘brecha’ para se pautar, utilizando esta
ferramenta como fonte de informação.
Porém, o que ficou claro é que, sim, o Twitter pode ser um início de uma matéria,
pautada por uma postagem, mas o jornalista não pode acreditar e parar apenas naquela
postagem para veicular/divulgar uma notícia. Ele precisa apurar mais detalhadamente e, se for
o caso, ouvir as duas partes envolvidas na questão – como determina o mandamento do bom
jornalismo -, e não apenas ver um determinado ‘tuite’ e publicar uma matéria baseado
inteiramente nele.
Uma questão importantíssima levantada durante nossa pesquisa foi quanto à ética, que
não pode, em hipótese alguma, ser deixada de lado pelos jornalistas quando estes decidem
publicar algo baseado em postagens no Twitter. Os profissionais entrevistados deixaram claro
que não consideram falta de ética se pautar por esta ferramenta da internet, que se
transformou em uma nova fonte de informações. Mas, eles também foram taxativos em
afirmar que o jornalista não pode utilizar apenas fonte única de uma determinada postagem
para, futuramente, virar uma matéria.
Para não ter mais casos como o que aconteceu com a Record, que noticiou a morte de
um funcionário da emissora em um programa ao vivo de grande audiência, os jornalistas
devem se preocupar em apurar melhor as fontes de onde estão tirando a informação. Saber da
veracidade da daquele ‘post’ é algo que o jornalista tem que apurar, investigando todas as
partes para que não acabe errando na notícia e, dessa forma, o veículo que a divulgou fique
com a desconfiança de telespectadores, leitores e usuários.
Concluímos, então, que nos dias atuais o jornalista tem que ter a sensibilidade de saber
o que pode ou o eu não pode ser veiculado levando em conta o que é postado no Twitter. Ele
tem que ter o faro jornalístico para saber diferenciar o que é noticia verdadeira de uma falsa
postagem. O cuidado na hora da apuração pode significar o sucesso – ou insucesso – de sua
matéria e, consequentemente, do veículo para o qual trabalha, que pode ter a credibilidade
abalada pela notícia que será veiculada. Muitas vezes, a pressa do jornalista em divulgar algo,
com o objetivo de ‘dar um furo de reportagem’, pode ser um tiro que irá sair pela culatra se
ele não tiver todo o cuidado que deve ser tomado quando for se pautar pela internet. O
39. 39
jornalista deve confirmar se a fonte é confiável, ouvir os dois lados da história para, aí sim,
escrever a matéria sem medo de errar e sem se preocupar se a noticia será falsa, pois, com
esses cuidados, ele terá a certeza que está fazendo o correto.
40. 40
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54. 54
Doc. 01
ENTREVISTA 01- GUILHERME AMADO
Meu nome é Guilherme Amado, tenho 25 anos, sou repórter de Política no Correio
Braziliense, em Brasília, há dois meses. Trabalhei durante três anos nos jornais O Globo e
Extra, no Rio de Janeiro, cobrindo Cidade.
Existe ética no Jornalismo, quando se acompanham informações pelo Twitter e se
apropriam dela para fazerem uma matéria?
Acredito que sim. O Twitter é uma fonte de informação como qualquer outra. E, como
qualquer fonte, deve ser checada e rechecada até se ter certeza daquela informação. Quando
se trata de um perfil oficial de alguém, desde que se tenha certeza disso, não vejo problema
em reproduzir as aspas encontradas ali, desde que informemos que foram retiradas do Twitter.
Quando as aspas são de anônimos, também não vejo problema em reproduzi-las, desde que
apenas os apelidos no Twitter sejam informados. Não acho correto pegar tweets de pessoas
comuns e colocar seus nomes na matéria.
Por que os Jornalistas se pautam pelo Twitter?
Os jornalistas não se pautam apenas no Twitter, é bom dizer. Mas o Twitter é uma fonte como
outra qualquer e pode ajudar a se pautarem.
Como o Twiter ajuda e atrapalha um jornalista?
Ajuda ao oferecer numa lista uma quantidade grande de informação, facilitando o trabalho do
jornalista em gerir uma grande quantidade de informação. Esse é um desafio grande da
carreira, especialmente hoje em dia, quando somos atingidos por uma overdose de informação
em todos os lugares possíveis e imagináveis, como elevadores. Gerir - e filtrar, principalmente
- tudo isso é um desafio.
Acho que é uma ferramenta que, em si, não atrapalha em nada o trabalho jornalístico. Mas, se
o jornalista não for além daqueles 140 caracteres, corre-se o risco de ficar só na superfície,
sem se aprofundar em nada. Outro risco é achar que aquilo substitui a vida real, o contato cara
a cara. Já viu muitas matérias, principalmente no jornalismo de celebridades em sites, feitas à
base de tweets. Sequer ligaram para o famoso para ouvir o outro lado. Podem inventar mil
tweets, mas nada substitui gastar sola de sapato.
Essa ferramenta é um meio de informação confiável?
Sim, desde que se tenha o cuidado de checar as informações ali contidas. Em tese, não existe
meio de informação confiável.
O que você recomenda para os usuários e os jornalistas que utilizam essa ferramenta?
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Que usem o Twitter apenas como ponto de partida para uma matéria, em vez de se basearem
nele como única fonte da matéria.
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Doc. 02
ENTREVISTA 02 – RICARDO SOUZA
Sou jornalista, escritor, locutor esportivo e administrador. Sou formado em Comunicação
Social em 2002, lancei dois livros no mercado. Tenho 34 anos e sou criador e administrador
do portal Vitrine Esportiva
Existe ética no Jornalismo, quando se acompanham informações pelo Twitter e se
apropriam dela para fazerem uma matéria?
A ética existe no jornalismo, quando não é acrescentado na matéria informações pessoais e
suposições. No twitter pode-se conseguir uma informação, o chamado gancho para a matéria,
que força ao verdadeiro jornalista analisar o assunto, pesquisar e com seu próprio texto
realizar a sua matéria.
Porque os Jornalistas se pautam pelo Twitter?
O Twitter hoje é uma febre, da mesma forma que foi o tal Orkut, que hoje é esquecido. No
twitter você observa o que de fato é comentado e pesquisado por muitos para depois realizar a
sua pauta. Mas acho errado você trabalhar desta forma apenas. Chamo isso de jornalista
preguiçoso. Deve-se na verdade usar o twitter para divulgação e pouco para se criar a matéria.
O twitter virou uma espécie de rádio de polícia da internet.
Como o Twiter ajuda e atrapalha um jornalista?
Ajuda sendo o rádio de polícia, onde pessoas jogam tudo no ventilador para muitas vezes
divulgar, ajudar ou até mesmo prejudicar uma pessoa, algumas vezes, o jornalista sendo
burro, prejudica até mesmo ele. Como aconteceu com caio Barbosa do Jornal Lance que
divulgou besteiras contra o jogador Fred do Fluminense. O twitter só atrapalha se o tal que se
acha ou se diz jornalista agir de forma estulta*.
Melhorou a divulgação de noticias ou informações com o Twitter?
Melhorou e muito, pois todos jogam tudo no twitter e com isso facilita o trabalho de
jornalistas, advogados e administradores sobre os dizeres da pessoa que lá escreveu.
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Essa ferramenta é um meio de informação confiável?
Depende. Deve-se tomar cuidado com o twitter pois não se sabe se o twiteiro é de fato a
verdadeira pessoa que está escrevendo. Pode-se muito bem ser errado, como se fosse um trote
virtual.
O que você recomenda para os usuários e os jornalistas que utilizam essa ferramenta?
Cuidado e uma boa pesquisa antes de realizar a sua matéria. Pode servir como um link para
uma boa pesquisa.
* imbecil