SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 1
Baixar para ler offline
E-mail para contato com os autores: Ricardo Nunes Freire (ricardofreire@alu.uern.br); Maria Marlinda de Almeida (mariamarlinda@alu.uern.br); José Gildcarlos de Freitas Monteiro
(josemoteiro@alu.uern.br).
MONILÍASE
O QUE É MONILÍASE?
É o nome que se dá a uma infecção fúngica (micose) causada pelas espécies de Candida. A
Candida albicans é um fungo presente naturalmente no organismo sem causar infecção ou
sintomas. A candidíase, também conhecida como candidose ou Monilíase (SILVA, 2003).
Normalmente a Candida Albicans pode ser encontrada em várias partes do corpo. Os tipos de
Monilíase mais comuns são: Monilíase Oral; Monilíase Vulvovaginal ou Perineal; Monilíase
Cutânea e Disseminada.
MONILÍASE ORAL
A candidíase oral ou orofaríngea pode se manifestar como placas brancas “sapinho”, erosões
(áreas vermelhas) ou ulcerações (lesões semelhantes a aftas) (SANTOS, 1973). Clinicamente
pode ser dividida em primaria e secundaria, a depender dos sítios e sintomas do paciente. A
candidíase primaria tem resumidamente 3 subdivisões candidíase pseudomembranosa, candidíase
hiperplásica, candidíase eritematosa. A candidíase oral secundaria as lesões estão localizadas nos
tecidos orais e periorais, bem como em outras partes do corpo (RIBEIRO, 2015).
TRATAMENTO E CUIDADOS DA MONILÍASE ORAL
• Os primeiros passam para o tratamento da monilíase é determinar as causas e combatê-las
para evitar recidivas exemplo: falta de higiene da cavidade bucal do bebê;
• As lesões da cavidade bucal podem ser limpas com uma gaze embebida em solução de
Bicarbonato de Sódio a 2%;
• Em casos mais severos são utilizados antifúngicos líquidos (prescritos por médico ou
farmacêutico), que devem ser passados delicadamente com uma gaze ou algodão na área
afetada, ou esguichados com conta-gotas na cavidade oral.
MONILÍASE VULVOVAGINAL OU PERINEAL (DERMATITE DAS FRALDAS)
A expressão dermatite da área das fraldas abarca um conjunto de dermatoses inflamatórias que
atingem a região do corpo coberta pela fralda: períneo, nádegas, abdômen inferior e coxas
(ZIARRUSTA, 2002). A dermatite da área da fralda irritativa primária é a mais prevalente desse
tipo, sendo provavelmente a afecção cutânea mais frequente na primeira infância. O uso da fralda
ocasiona aumento da temperatura e da umidade. Há consequente maceração da pele, que se torna
mais susceptível à irritação causada pelo contato prolongado da urina e das fezes.
Frequentemente surge infecção secundária por Cândida albicans ou por bactérias como Bacillos
faecallis, Proteus, Pseudomonas, Staphylococcus e Streptococcus. Constitui fonte significativa de
desconforto para a criança.
TRATAMENTO E CUIDADOS DA MONILÍASE DA FRAUDA
O tratamento é geralmente feito com antifúngico em forma de cremes e pomadas aplicadas no
local. Os médicos também podem recomendar higiene com água bicabornatada. Em casos de
candidíase sistêmica, pode ser necessária a internação e tomar antifúngicos na veia.
MONILÍASE CUTÂNEA E DISSEMINADA
É uma infecção fúngica invasiva da epiderme e da derme que afeta principalmente bebês
prematuros (COUTO, 2011). Na Monilíase Cutânea pode abranger áreas úmidas do corpo e na
Monilíase Disseminada é rara e ocorre em pacientes terminais com doenças debilitantes, doenças
imunossupressoras e após transplantes de órgãos, podendo atingir pulmões, meninges, rins,
bexiga, articulações, fígado coração e olhos.
DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO DA MONILÍASE
Através de Exames Clínico e Laboratoriais pode-se chegar ao diagnóstico de uma candidíase, pois
é preciso pesquisar o agente causador. Assim que confirmado a infecção, deve-se dar início
imediato ao tratamento (KONEMAN, 2008).
Para o tratamento pode ser recomendado o uso de medicamentos orais ou locais. Os antibióticos e
pomadas antifúngicas para o uso local são eficientes (GROSSI, 2009).
A QUEM DEVO PROCURAR EM CASO DE MONILÍASE?
Aos primeiros sintomas, deve-se procurar a Unidade Básica de Saúde mais próxima para
avaliação. Confirmando o diagnóstico, o tratamento é feito com uso de medicamentos específicos
e eficazes.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Por terem a imunidade baixa típica dos primeiros anos de vida quando o sistema imunológico
ainda não se consolidou forte o suficiente para evitar infecções torna-se um dos fatores que ajuda
o quadro monilíase a se manifestar. Situações como permanecer com fraldas úmidas por muito
tempo, suor e umidade nas dobrinhas típicas de crianças pequenas podem contribuir para a
reprodução dos fungos. Por isso a importância da educação em saúde para os pais/responsáveis
pela criança. Vale ressalta a importância do acompanhamento da gestação pelo profissional de
saúde (enfermeiro, médico), pois diminui as chances da transmissão da candidíase para o bebê,
como também a realização do tratando da genitora.
REFERÊNCIAS
COUTO, Evanice Maria Pereira; CARLOS, Daniela; MACHADO, Eleuza Rodrigues. Candidíase
em neonatos: uma revisão epidemiológica. Ensaios e Ciência C Biológicas Agrárias e da Saúde,
v. 15, n. 4, 2011.
GROSSI, Paolo Antonio. Aspectos clínicos da candidíase invasiva em receptores de transplante de
órgãos sólidos. Drogas, v. 69, n. 1, p. 15-20, 2009.
KONEMAN, Elmer W.; ALLEN, Stephen. O Koneman. Diagnóstico
microbiológico/microbiológico: Texto e Atlas Em Cor/Texto e Atlas de Cores. Pan American
Medical Ed., 2008.
RIBEIRO, Camila Maria Beder. CANDIDIASE PSEUDOMEMBRANOSA EM NEONATO DE
12 DIAS: RELATO DE CASO. Revista Incelências, v. 5, n. 1, 2015.
SANTOS, María Lúcia Cardoso dos. Nota Prévia: ESTUDO DA MONILÍASE NO RECÉM-
NASCIDO. Revista Brasileira de Enfermagem, v. 26, p. 79-80, 1973.
SILVA, Neiliana Paixão da. Freqüência de cândida na cavidade bucal de usuários de prótese
dentária. 2013. http://famamportal.com.br:8082/jspui/handle/123456789/1071.
ZIARRUSTA, Gorka Barrenetxea. Candidíase vulvovaginite. Rev Iberoam Micol,v. 19, n. 1, p.
22-4, 2002.
UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE - UERN
CAMPUS AVANÇADO DE PAU DOS FERROS - CAPF
DEPARTAMENTO DE ENFERMAGEM - DEM
ENFERMAGEM NO PROCESSO SAÚDE/DOENÇA DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE
Tipo clínico Aparência e sintomas
Localizações
comuns
Fatores associados
Pseudomembranosa
“Sapinho”
Placas brancas, cremosas,
destacáveis; sensação de
queimação, hálito fétido
Mucosa jugal,
língua, palato.
Antibioticoterapia,
imunossupressão
Atrófica aguda
Eritematosa
Maculas vermelhas,
sensação de queimação.
Região posterior
do palato duro,
mucosa jugal,
dorso da língua
Antibioticoterapia,
imunossupressão,
xerostomia, idiopática
Multifocal crônica
Áreas vermelhas,
frequentemente com
placas brancas
removíveis, sensação de
queimação,
assintomáticas
Região posterior
do palato, região
posterior do dorso
da língua, ângulos
da boca.
Idiopática,
imunossupressão
Quilite angular
“Boqueira”
Lesões vermelhas
fissuras; irritadas,
sensação de ferimento.
Ângulos da boca
Idiopática,
imunossupressão, preda
da diminuição vertical
https://localodonto.com.br/wp-
content/uploads/2017/02/candid%C3%ADase-oral.jpg
https://www.tupi.fm/wp-content/uploads/WhatsApp-Image-2020-
12-01-at-10.36.10-1-1280x720.jpeg
https://blog.odontocompany.com/wp-
content/uploads/2019/07/stomatit_na_yazyke.jpg
data:image/jpeg;base64,/9j
content/uploads/2016/05/Candid%C3
%C3%A7o.png
https://i.pinimg.com/originals/6d/5c/97/6d5c974b3
019efdc79db97ecfa95f085.jpg
https://melhorcomsaude.com.br/wp-
content/uploads/2018/09/erupcao-cutanea-
em-bebes-como-combate-las-377x252.jpg
https://pediatriavirtual.files.wordpress.com/2013/11/1b381-moniliase.jpgccc

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados (20)

SOCIOLOGIA DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSIVEIS
SOCIOLOGIA DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSIVEISSOCIOLOGIA DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSIVEIS
SOCIOLOGIA DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSIVEIS
 
Dst 8º ano
Dst   8º anoDst   8º ano
Dst 8º ano
 
Dst
DstDst
Dst
 
Ist
IstIst
Ist
 
Ist's e aids
Ist's e aidsIst's e aids
Ist's e aids
 
DoençAs Sexualmente..
DoençAs Sexualmente..DoençAs Sexualmente..
DoençAs Sexualmente..
 
Dst/aids
Dst/aidsDst/aids
Dst/aids
 
Gonorreia
GonorreiaGonorreia
Gonorreia
 
Saúde coletiva - Caxumba (Parotidite infecciosa)
Saúde coletiva - Caxumba (Parotidite infecciosa)Saúde coletiva - Caxumba (Parotidite infecciosa)
Saúde coletiva - Caxumba (Parotidite infecciosa)
 
Apresentaotrabalho 120526001155-phpapp01
Apresentaotrabalho 120526001155-phpapp01Apresentaotrabalho 120526001155-phpapp01
Apresentaotrabalho 120526001155-phpapp01
 
Caxumba
CaxumbaCaxumba
Caxumba
 
Doenassexualmentetransmissiveis 140825231936-phpapp01
Doenassexualmentetransmissiveis 140825231936-phpapp01Doenassexualmentetransmissiveis 140825231936-phpapp01
Doenassexualmentetransmissiveis 140825231936-phpapp01
 
Gonorreia
GonorreiaGonorreia
Gonorreia
 
Gonorreia
GonorreiaGonorreia
Gonorreia
 
Trabalho De A P G5 Inc
Trabalho De A P G5 IncTrabalho De A P G5 Inc
Trabalho De A P G5 Inc
 
Gonorréia
GonorréiaGonorréia
Gonorréia
 
Trabalho de gonorreia
Trabalho de gonorreiaTrabalho de gonorreia
Trabalho de gonorreia
 
Trabalho sobre a doenças sexualmente transmissiveis
Trabalho sobre a doenças sexualmente transmissiveisTrabalho sobre a doenças sexualmente transmissiveis
Trabalho sobre a doenças sexualmente transmissiveis
 
Doenças Sexualmente Transmissíveis
Doenças Sexualmente TransmissíveisDoenças Sexualmente Transmissíveis
Doenças Sexualmente Transmissíveis
 
DST
DSTDST
DST
 

Semelhante a Causas, sintomas e tratamentos da Monilíase

Semelhante a Causas, sintomas e tratamentos da Monilíase (20)

Candidíase.pdf
Candidíase.pdfCandidíase.pdf
Candidíase.pdf
 
Candidíase 1.1
Candidíase 1.1Candidíase 1.1
Candidíase 1.1
 
Trabalhos de biologia dsts (2)
Trabalhos de biologia   dsts (2)Trabalhos de biologia   dsts (2)
Trabalhos de biologia dsts (2)
 
Catapora
CataporaCatapora
Catapora
 
Apresentação micose
Apresentação micoseApresentação micose
Apresentação micose
 
Micose
MicoseMicose
Micose
 
Apresentação micose
Apresentação micoseApresentação micose
Apresentação micose
 
DST
DSTDST
DST
 
DoençAs Sexualmente..
DoençAs Sexualmente..DoençAs Sexualmente..
DoençAs Sexualmente..
 
DoençAs Sexualmente..
DoençAs Sexualmente..DoençAs Sexualmente..
DoençAs Sexualmente..
 
Micoses oportunistas
Micoses oportunistasMicoses oportunistas
Micoses oportunistas
 
Aula 11 - Prevenção e Controle da Hanseníase e Tuberculose - Parte I.pdf
Aula 11 - Prevenção e Controle da Hanseníase e Tuberculose - Parte I.pdfAula 11 - Prevenção e Controle da Hanseníase e Tuberculose - Parte I.pdf
Aula 11 - Prevenção e Controle da Hanseníase e Tuberculose - Parte I.pdf
 
Cuidados basicos de higiene
Cuidados basicos de higieneCuidados basicos de higiene
Cuidados basicos de higiene
 
DoençAs Sexualmente..
DoençAs Sexualmente..DoençAs Sexualmente..
DoençAs Sexualmente..
 
Epidemiologia das doenças infecciosas
Epidemiologia das doenças infecciosasEpidemiologia das doenças infecciosas
Epidemiologia das doenças infecciosas
 
Candidíase
CandidíaseCandidíase
Candidíase
 
Meni sobre
Meni sobreMeni sobre
Meni sobre
 
Meningite
MeningiteMeningite
Meningite
 
Doenças-Biologia-COTUCA
Doenças-Biologia-COTUCADoenças-Biologia-COTUCA
Doenças-Biologia-COTUCA
 
Trabalho pronto
Trabalho prontoTrabalho pronto
Trabalho pronto
 

Último

Aula 5- Biologia Celular - Célula Eucarionte Vegetal.pdf
Aula 5- Biologia Celular - Célula Eucarionte Vegetal.pdfAula 5- Biologia Celular - Célula Eucarionte Vegetal.pdf
Aula 5- Biologia Celular - Célula Eucarionte Vegetal.pdfGiza Carla Nitz
 
Aula 5 - Sistema Muscular- Anatomia Humana.pdf
Aula 5 - Sistema Muscular- Anatomia Humana.pdfAula 5 - Sistema Muscular- Anatomia Humana.pdf
Aula 5 - Sistema Muscular- Anatomia Humana.pdfGiza Carla Nitz
 
Aula 7 - Sistema Linfático - Anatomia humana.pdf
Aula 7 - Sistema Linfático - Anatomia humana.pdfAula 7 - Sistema Linfático - Anatomia humana.pdf
Aula 7 - Sistema Linfático - Anatomia humana.pdfGiza Carla Nitz
 
Aula 7 - Tempos Cirurgicos - A Cirurgia Passo A Passo - PARTE 2.pdf
Aula 7 - Tempos Cirurgicos - A Cirurgia Passo A Passo -  PARTE 2.pdfAula 7 - Tempos Cirurgicos - A Cirurgia Passo A Passo -  PARTE 2.pdf
Aula 7 - Tempos Cirurgicos - A Cirurgia Passo A Passo - PARTE 2.pdfGiza Carla Nitz
 
Aula 02 -Biologia Celular - Células Procariontes e Eucariontes .pdf
Aula 02 -Biologia Celular -  Células Procariontes e  Eucariontes .pdfAula 02 -Biologia Celular -  Células Procariontes e  Eucariontes .pdf
Aula 02 -Biologia Celular - Células Procariontes e Eucariontes .pdfGiza Carla Nitz
 
Aula 3- CME - Tipos de Instrumentais - Pacotes -.pdf
Aula 3- CME - Tipos de Instrumentais -  Pacotes -.pdfAula 3- CME - Tipos de Instrumentais -  Pacotes -.pdf
Aula 3- CME - Tipos de Instrumentais - Pacotes -.pdfGiza Carla Nitz
 
Aula 7 - Tempos Cirurgicos - A Cirurgia Passo A Passo - PARTE 1.pdf
Aula 7 - Tempos Cirurgicos - A Cirurgia Passo A Passo - PARTE 1.pdfAula 7 - Tempos Cirurgicos - A Cirurgia Passo A Passo - PARTE 1.pdf
Aula 7 - Tempos Cirurgicos - A Cirurgia Passo A Passo - PARTE 1.pdfGiza Carla Nitz
 
Aula 6 - Sistema Circulatório cardiovascular - Anatomia humana.pdf
Aula 6 - Sistema Circulatório cardiovascular - Anatomia humana.pdfAula 6 - Sistema Circulatório cardiovascular - Anatomia humana.pdf
Aula 6 - Sistema Circulatório cardiovascular - Anatomia humana.pdfGiza Carla Nitz
 
Aula 3 - Epidemiologia - Conceito e História.pdf
Aula 3 - Epidemiologia - Conceito e História.pdfAula 3 - Epidemiologia - Conceito e História.pdf
Aula 3 - Epidemiologia - Conceito e História.pdfGiza Carla Nitz
 
Aula 9 - Doenças Transmitidas Por Vetores.pdf
Aula 9 - Doenças Transmitidas Por Vetores.pdfAula 9 - Doenças Transmitidas Por Vetores.pdf
Aula 9 - Doenças Transmitidas Por Vetores.pdfGiza Carla Nitz
 
NR32 - Treinamento Perfurocortantes - 2023.pptx
NR32 - Treinamento Perfurocortantes - 2023.pptxNR32 - Treinamento Perfurocortantes - 2023.pptx
NR32 - Treinamento Perfurocortantes - 2023.pptxWilliamPratesMoreira
 
Aula de Anatomia e fisiologia socorrista .pptx
Aula de Anatomia e fisiologia socorrista .pptxAula de Anatomia e fisiologia socorrista .pptx
Aula de Anatomia e fisiologia socorrista .pptxAndersonMoreira538200
 
Aula 4 - Sistema Articular- Anatomia Humana.pdf
Aula 4 - Sistema Articular- Anatomia Humana.pdfAula 4 - Sistema Articular- Anatomia Humana.pdf
Aula 4 - Sistema Articular- Anatomia Humana.pdfGiza Carla Nitz
 
Aula 4- Biologia Celular - Membrana Plasmática. pptx.pdf
Aula 4- Biologia Celular - Membrana Plasmática. pptx.pdfAula 4- Biologia Celular - Membrana Plasmática. pptx.pdf
Aula 4- Biologia Celular - Membrana Plasmática. pptx.pdfGiza Carla Nitz
 
Aula 1 - Clínica Médica -Organização, Estrutura, Funcionamento.pdf
Aula 1 - Clínica Médica -Organização, Estrutura, Funcionamento.pdfAula 1 - Clínica Médica -Organização, Estrutura, Funcionamento.pdf
Aula 1 - Clínica Médica -Organização, Estrutura, Funcionamento.pdfGiza Carla Nitz
 
dispneia NA sala emergência E URGENCIA HOSPITALAR
dispneia NA sala emergência E URGENCIA HOSPITALARdispneia NA sala emergência E URGENCIA HOSPITALAR
dispneia NA sala emergência E URGENCIA HOSPITALARBelinha Donatti
 
Slide sobre Estruturalismo - Disponível para Download
Slide sobre Estruturalismo - Disponível para DownloadSlide sobre Estruturalismo - Disponível para Download
Slide sobre Estruturalismo - Disponível para DownloadJordanPrazeresFreita1
 
Nutrição Enteral e parenteral para enfermagem .pdf
Nutrição Enteral e parenteral para enfermagem .pdfNutrição Enteral e parenteral para enfermagem .pdf
Nutrição Enteral e parenteral para enfermagem .pdfThiagoAlmeida458596
 
Aula 1 - Clínica Cirurgica -organização, estrutura, funcionamento.pdf
Aula 1 - Clínica Cirurgica -organização, estrutura, funcionamento.pdfAula 1 - Clínica Cirurgica -organização, estrutura, funcionamento.pdf
Aula 1 - Clínica Cirurgica -organização, estrutura, funcionamento.pdfGiza Carla Nitz
 
AULA NUTRIÇÃO EM ENFERMAGEM.2024 PROF GABRIELLA
AULA NUTRIÇÃO EM ENFERMAGEM.2024 PROF GABRIELLAAULA NUTRIÇÃO EM ENFERMAGEM.2024 PROF GABRIELLA
AULA NUTRIÇÃO EM ENFERMAGEM.2024 PROF GABRIELLAgabriella462340
 

Último (20)

Aula 5- Biologia Celular - Célula Eucarionte Vegetal.pdf
Aula 5- Biologia Celular - Célula Eucarionte Vegetal.pdfAula 5- Biologia Celular - Célula Eucarionte Vegetal.pdf
Aula 5- Biologia Celular - Célula Eucarionte Vegetal.pdf
 
Aula 5 - Sistema Muscular- Anatomia Humana.pdf
Aula 5 - Sistema Muscular- Anatomia Humana.pdfAula 5 - Sistema Muscular- Anatomia Humana.pdf
Aula 5 - Sistema Muscular- Anatomia Humana.pdf
 
Aula 7 - Sistema Linfático - Anatomia humana.pdf
Aula 7 - Sistema Linfático - Anatomia humana.pdfAula 7 - Sistema Linfático - Anatomia humana.pdf
Aula 7 - Sistema Linfático - Anatomia humana.pdf
 
Aula 7 - Tempos Cirurgicos - A Cirurgia Passo A Passo - PARTE 2.pdf
Aula 7 - Tempos Cirurgicos - A Cirurgia Passo A Passo -  PARTE 2.pdfAula 7 - Tempos Cirurgicos - A Cirurgia Passo A Passo -  PARTE 2.pdf
Aula 7 - Tempos Cirurgicos - A Cirurgia Passo A Passo - PARTE 2.pdf
 
Aula 02 -Biologia Celular - Células Procariontes e Eucariontes .pdf
Aula 02 -Biologia Celular -  Células Procariontes e  Eucariontes .pdfAula 02 -Biologia Celular -  Células Procariontes e  Eucariontes .pdf
Aula 02 -Biologia Celular - Células Procariontes e Eucariontes .pdf
 
Aula 3- CME - Tipos de Instrumentais - Pacotes -.pdf
Aula 3- CME - Tipos de Instrumentais -  Pacotes -.pdfAula 3- CME - Tipos de Instrumentais -  Pacotes -.pdf
Aula 3- CME - Tipos de Instrumentais - Pacotes -.pdf
 
Aula 7 - Tempos Cirurgicos - A Cirurgia Passo A Passo - PARTE 1.pdf
Aula 7 - Tempos Cirurgicos - A Cirurgia Passo A Passo - PARTE 1.pdfAula 7 - Tempos Cirurgicos - A Cirurgia Passo A Passo - PARTE 1.pdf
Aula 7 - Tempos Cirurgicos - A Cirurgia Passo A Passo - PARTE 1.pdf
 
Aula 6 - Sistema Circulatório cardiovascular - Anatomia humana.pdf
Aula 6 - Sistema Circulatório cardiovascular - Anatomia humana.pdfAula 6 - Sistema Circulatório cardiovascular - Anatomia humana.pdf
Aula 6 - Sistema Circulatório cardiovascular - Anatomia humana.pdf
 
Aula 3 - Epidemiologia - Conceito e História.pdf
Aula 3 - Epidemiologia - Conceito e História.pdfAula 3 - Epidemiologia - Conceito e História.pdf
Aula 3 - Epidemiologia - Conceito e História.pdf
 
Aula 9 - Doenças Transmitidas Por Vetores.pdf
Aula 9 - Doenças Transmitidas Por Vetores.pdfAula 9 - Doenças Transmitidas Por Vetores.pdf
Aula 9 - Doenças Transmitidas Por Vetores.pdf
 
NR32 - Treinamento Perfurocortantes - 2023.pptx
NR32 - Treinamento Perfurocortantes - 2023.pptxNR32 - Treinamento Perfurocortantes - 2023.pptx
NR32 - Treinamento Perfurocortantes - 2023.pptx
 
Aula de Anatomia e fisiologia socorrista .pptx
Aula de Anatomia e fisiologia socorrista .pptxAula de Anatomia e fisiologia socorrista .pptx
Aula de Anatomia e fisiologia socorrista .pptx
 
Aula 4 - Sistema Articular- Anatomia Humana.pdf
Aula 4 - Sistema Articular- Anatomia Humana.pdfAula 4 - Sistema Articular- Anatomia Humana.pdf
Aula 4 - Sistema Articular- Anatomia Humana.pdf
 
Aula 4- Biologia Celular - Membrana Plasmática. pptx.pdf
Aula 4- Biologia Celular - Membrana Plasmática. pptx.pdfAula 4- Biologia Celular - Membrana Plasmática. pptx.pdf
Aula 4- Biologia Celular - Membrana Plasmática. pptx.pdf
 
Aula 1 - Clínica Médica -Organização, Estrutura, Funcionamento.pdf
Aula 1 - Clínica Médica -Organização, Estrutura, Funcionamento.pdfAula 1 - Clínica Médica -Organização, Estrutura, Funcionamento.pdf
Aula 1 - Clínica Médica -Organização, Estrutura, Funcionamento.pdf
 
dispneia NA sala emergência E URGENCIA HOSPITALAR
dispneia NA sala emergência E URGENCIA HOSPITALARdispneia NA sala emergência E URGENCIA HOSPITALAR
dispneia NA sala emergência E URGENCIA HOSPITALAR
 
Slide sobre Estruturalismo - Disponível para Download
Slide sobre Estruturalismo - Disponível para DownloadSlide sobre Estruturalismo - Disponível para Download
Slide sobre Estruturalismo - Disponível para Download
 
Nutrição Enteral e parenteral para enfermagem .pdf
Nutrição Enteral e parenteral para enfermagem .pdfNutrição Enteral e parenteral para enfermagem .pdf
Nutrição Enteral e parenteral para enfermagem .pdf
 
Aula 1 - Clínica Cirurgica -organização, estrutura, funcionamento.pdf
Aula 1 - Clínica Cirurgica -organização, estrutura, funcionamento.pdfAula 1 - Clínica Cirurgica -organização, estrutura, funcionamento.pdf
Aula 1 - Clínica Cirurgica -organização, estrutura, funcionamento.pdf
 
AULA NUTRIÇÃO EM ENFERMAGEM.2024 PROF GABRIELLA
AULA NUTRIÇÃO EM ENFERMAGEM.2024 PROF GABRIELLAAULA NUTRIÇÃO EM ENFERMAGEM.2024 PROF GABRIELLA
AULA NUTRIÇÃO EM ENFERMAGEM.2024 PROF GABRIELLA
 

Causas, sintomas e tratamentos da Monilíase

  • 1. E-mail para contato com os autores: Ricardo Nunes Freire (ricardofreire@alu.uern.br); Maria Marlinda de Almeida (mariamarlinda@alu.uern.br); José Gildcarlos de Freitas Monteiro (josemoteiro@alu.uern.br). MONILÍASE O QUE É MONILÍASE? É o nome que se dá a uma infecção fúngica (micose) causada pelas espécies de Candida. A Candida albicans é um fungo presente naturalmente no organismo sem causar infecção ou sintomas. A candidíase, também conhecida como candidose ou Monilíase (SILVA, 2003). Normalmente a Candida Albicans pode ser encontrada em várias partes do corpo. Os tipos de Monilíase mais comuns são: Monilíase Oral; Monilíase Vulvovaginal ou Perineal; Monilíase Cutânea e Disseminada. MONILÍASE ORAL A candidíase oral ou orofaríngea pode se manifestar como placas brancas “sapinho”, erosões (áreas vermelhas) ou ulcerações (lesões semelhantes a aftas) (SANTOS, 1973). Clinicamente pode ser dividida em primaria e secundaria, a depender dos sítios e sintomas do paciente. A candidíase primaria tem resumidamente 3 subdivisões candidíase pseudomembranosa, candidíase hiperplásica, candidíase eritematosa. A candidíase oral secundaria as lesões estão localizadas nos tecidos orais e periorais, bem como em outras partes do corpo (RIBEIRO, 2015). TRATAMENTO E CUIDADOS DA MONILÍASE ORAL • Os primeiros passam para o tratamento da monilíase é determinar as causas e combatê-las para evitar recidivas exemplo: falta de higiene da cavidade bucal do bebê; • As lesões da cavidade bucal podem ser limpas com uma gaze embebida em solução de Bicarbonato de Sódio a 2%; • Em casos mais severos são utilizados antifúngicos líquidos (prescritos por médico ou farmacêutico), que devem ser passados delicadamente com uma gaze ou algodão na área afetada, ou esguichados com conta-gotas na cavidade oral. MONILÍASE VULVOVAGINAL OU PERINEAL (DERMATITE DAS FRALDAS) A expressão dermatite da área das fraldas abarca um conjunto de dermatoses inflamatórias que atingem a região do corpo coberta pela fralda: períneo, nádegas, abdômen inferior e coxas (ZIARRUSTA, 2002). A dermatite da área da fralda irritativa primária é a mais prevalente desse tipo, sendo provavelmente a afecção cutânea mais frequente na primeira infância. O uso da fralda ocasiona aumento da temperatura e da umidade. Há consequente maceração da pele, que se torna mais susceptível à irritação causada pelo contato prolongado da urina e das fezes. Frequentemente surge infecção secundária por Cândida albicans ou por bactérias como Bacillos faecallis, Proteus, Pseudomonas, Staphylococcus e Streptococcus. Constitui fonte significativa de desconforto para a criança. TRATAMENTO E CUIDADOS DA MONILÍASE DA FRAUDA O tratamento é geralmente feito com antifúngico em forma de cremes e pomadas aplicadas no local. Os médicos também podem recomendar higiene com água bicabornatada. Em casos de candidíase sistêmica, pode ser necessária a internação e tomar antifúngicos na veia. MONILÍASE CUTÂNEA E DISSEMINADA É uma infecção fúngica invasiva da epiderme e da derme que afeta principalmente bebês prematuros (COUTO, 2011). Na Monilíase Cutânea pode abranger áreas úmidas do corpo e na Monilíase Disseminada é rara e ocorre em pacientes terminais com doenças debilitantes, doenças imunossupressoras e após transplantes de órgãos, podendo atingir pulmões, meninges, rins, bexiga, articulações, fígado coração e olhos. DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO DA MONILÍASE Através de Exames Clínico e Laboratoriais pode-se chegar ao diagnóstico de uma candidíase, pois é preciso pesquisar o agente causador. Assim que confirmado a infecção, deve-se dar início imediato ao tratamento (KONEMAN, 2008). Para o tratamento pode ser recomendado o uso de medicamentos orais ou locais. Os antibióticos e pomadas antifúngicas para o uso local são eficientes (GROSSI, 2009). A QUEM DEVO PROCURAR EM CASO DE MONILÍASE? Aos primeiros sintomas, deve-se procurar a Unidade Básica de Saúde mais próxima para avaliação. Confirmando o diagnóstico, o tratamento é feito com uso de medicamentos específicos e eficazes. CONSIDERAÇÕES FINAIS Por terem a imunidade baixa típica dos primeiros anos de vida quando o sistema imunológico ainda não se consolidou forte o suficiente para evitar infecções torna-se um dos fatores que ajuda o quadro monilíase a se manifestar. Situações como permanecer com fraldas úmidas por muito tempo, suor e umidade nas dobrinhas típicas de crianças pequenas podem contribuir para a reprodução dos fungos. Por isso a importância da educação em saúde para os pais/responsáveis pela criança. Vale ressalta a importância do acompanhamento da gestação pelo profissional de saúde (enfermeiro, médico), pois diminui as chances da transmissão da candidíase para o bebê, como também a realização do tratando da genitora. REFERÊNCIAS COUTO, Evanice Maria Pereira; CARLOS, Daniela; MACHADO, Eleuza Rodrigues. Candidíase em neonatos: uma revisão epidemiológica. Ensaios e Ciência C Biológicas Agrárias e da Saúde, v. 15, n. 4, 2011. GROSSI, Paolo Antonio. Aspectos clínicos da candidíase invasiva em receptores de transplante de órgãos sólidos. Drogas, v. 69, n. 1, p. 15-20, 2009. KONEMAN, Elmer W.; ALLEN, Stephen. O Koneman. Diagnóstico microbiológico/microbiológico: Texto e Atlas Em Cor/Texto e Atlas de Cores. Pan American Medical Ed., 2008. RIBEIRO, Camila Maria Beder. CANDIDIASE PSEUDOMEMBRANOSA EM NEONATO DE 12 DIAS: RELATO DE CASO. Revista Incelências, v. 5, n. 1, 2015. SANTOS, María Lúcia Cardoso dos. Nota Prévia: ESTUDO DA MONILÍASE NO RECÉM- NASCIDO. Revista Brasileira de Enfermagem, v. 26, p. 79-80, 1973. SILVA, Neiliana Paixão da. Freqüência de cândida na cavidade bucal de usuários de prótese dentária. 2013. http://famamportal.com.br:8082/jspui/handle/123456789/1071. ZIARRUSTA, Gorka Barrenetxea. Candidíase vulvovaginite. Rev Iberoam Micol,v. 19, n. 1, p. 22-4, 2002. UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE - UERN CAMPUS AVANÇADO DE PAU DOS FERROS - CAPF DEPARTAMENTO DE ENFERMAGEM - DEM ENFERMAGEM NO PROCESSO SAÚDE/DOENÇA DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE Tipo clínico Aparência e sintomas Localizações comuns Fatores associados Pseudomembranosa “Sapinho” Placas brancas, cremosas, destacáveis; sensação de queimação, hálito fétido Mucosa jugal, língua, palato. Antibioticoterapia, imunossupressão Atrófica aguda Eritematosa Maculas vermelhas, sensação de queimação. Região posterior do palato duro, mucosa jugal, dorso da língua Antibioticoterapia, imunossupressão, xerostomia, idiopática Multifocal crônica Áreas vermelhas, frequentemente com placas brancas removíveis, sensação de queimação, assintomáticas Região posterior do palato, região posterior do dorso da língua, ângulos da boca. Idiopática, imunossupressão Quilite angular “Boqueira” Lesões vermelhas fissuras; irritadas, sensação de ferimento. Ângulos da boca Idiopática, imunossupressão, preda da diminuição vertical https://localodonto.com.br/wp- content/uploads/2017/02/candid%C3%ADase-oral.jpg https://www.tupi.fm/wp-content/uploads/WhatsApp-Image-2020- 12-01-at-10.36.10-1-1280x720.jpeg https://blog.odontocompany.com/wp- content/uploads/2019/07/stomatit_na_yazyke.jpg data:image/jpeg;base64,/9j content/uploads/2016/05/Candid%C3 %C3%A7o.png https://i.pinimg.com/originals/6d/5c/97/6d5c974b3 019efdc79db97ecfa95f085.jpg https://melhorcomsaude.com.br/wp- content/uploads/2018/09/erupcao-cutanea- em-bebes-como-combate-las-377x252.jpg https://pediatriavirtual.files.wordpress.com/2013/11/1b381-moniliase.jpgccc