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DISCIPLINA: FILOSOFIA DA CIÊNCIA 
DOCENTE: KARLISSON 
Capitulo XII: A Ciência Antiga na Época 
Imperial 
EQUIPE DE CENTRAL: ANDRÉIA, 
AMANDA, CLÁUDIA, BERTILHA, 
JOSEMAR, LISANDRA, LORENA, 
ROBERTA E VANESSA.
1. O declínio da Ciência Helenística 
 O momento mágico da ciência helenística, foi breve, 
durou cerca de um século e meio. 
 O ano de 145 a. C. assinala a primeira grande crise do 
Museu e da Biblioteca: o Rei Ptolomeu Físcon entra em 
grave desentendimento com os intelectuais gregos por 
motivos políticos e, não podendo domar sua 
resistência, constrangeu-os a abandonar Alexandria. 
 Depois o Museu e a Biblioteca retomaram suas 
atividades, mas em tom dedicadamente menor.
O ano de 45 a. C. assinala a 
segunda etapa da crise: 
 Durante a campanha de César no Egito, a Biblioteca foi 
incendiada com um acervo de seiscentos mil livros, 
salvando-se muitos, porém com perdas irreparáveis. 
 Em 30 a. C. Otaviano conquistou Alexandria e o Egito 
tornou-se uma província do Império Romano, tendo 
Roma como centro. Outros interesses e outra têmpera 
espiritual, longe do pensamento helenística.
A conquista de Alexandria e o 
impacto para a ciência. 
 Enquanto os romanos tinham interesses práticos e 
operativos com resultados imediatos e concretos. Para 
os helenísticas a dimensão era especulativo-teorética 
baseada na grande filosofia grega e na ciência 
helenísticas. 
 Foi uma época de discípulos de segundo plano salvo 
algumas exceções, no campo da Astronomia Ptolomeu 
em Alexandria e no campo da Medicina com Galeno 
em Roma. Suas heranças tornaram uma ponte entre a 
antiguidade e o mundo moderno.
2. Ptolomeu e a síntese da 
astronomia antiga: 
 2.1 Vida e obra: Ptolomeu de Ptolemaida (alto Egito) viveu 
no século II d. C. (entre os anos de 100 e 170) contribui com: 
O Sistema Matemático (Mathematiké Syntaxis – Almagesto 
o maior tratado de astronomia) e outras obras dignas – 
Hipóteses sobre os planetas, a Geografia, a Ótica, os 
Harmônicos, Sobre o juízo e o Hegemônico e tetrabiblo. 
 2.2 O sistema ptolomaico: No Almagesto – coloca de modo 
preciso o saber traçado por Aristóteles. A ciência se divide 
em: poéticas, práticas e teoréticas (física, matemática e 
teologia = metafísica) convicto da superioridade das 
ciências teóricas, mas com prioridade a matemática.
Por que Ptolomeu preferia a 
matemática? 
 A Teologia tem um objetivo muito elevado “num 
distanciamento que está além das coisas mais elevadas do 
mundo” e “absolutamente separada das coisas sensíveis”; já 
a Física ao contrario, diz respeito aos entes arrastados nas 
mutações, dado que estuda as coisas enquanto sujeitas ao 
movimento: daí sua preferência pelaMatemática. 
 “[...] Só o gênero matemático, se o abordarmos com rigor, 
oferece ciência sólida e certa a quem o cultiva, à medida 
que a demonstração, quer aritmética, quer geométrica, é 
produzida com procedimentos incontroversos.”
Para ele... 
 As indagações da Matemática, sobre tudo, a parte que 
mira nas coisas divinas e celestes são imutáveis e 
ontologicamente estáveis, permitindo “clara e 
ordenada apreensão” e fornece auxilio as outras 
ciências: 
 Para a Física no que se refere aos estudos dos 
movimentos; e para a Teologia pois só a Matemática 
pode aproximar-se da atividade imóvel e separada (os 
céus) por serem eternas e privadas de modificações 
quanto aos deslocamentos e à ordem dos movimentos.
Segundo Ptolomeu... 
 A astronomia tem uma precisa relevância ética 
educativa, pois, no que diz respeito a nobreza das 
ações e do caráter, esta ciência nos torna inteligentes 
pela semelhança, ordem, simetria e ausência de 
vaidade que contemplamos nas coisas divinas 
tornando quem as cultiva amantes dessa divina beleza, 
de modo que, através do hábito, torna quase natural 
uma disposição de espírito afim a essa beleza.
Quadro teórico da obra Ptolomeu: 5 
conceitos fundamentais (céu/terra). 
 1) O mundo (o céu) é esferiforme e move-se ao modo 
de uma esfera; 
 2) Analogicamente, em seu conjunto a terra é esférica; 
 3) A terra está situada no centro do mundo (céu); 
 4) A terra é um ponto que tange às distancias e 
grandezas em relação às estrelas fixas (no céu); 
 5) A terra é imóvel, não realiza nenhum movimento 
local; 
Essas teses, como pontos cardeais do sistema 
geocêntrico, permaneceu até a revolução copernicana.
Os principais argumentos de 
Ptolomeu. 
 1) A experiência demonstra que o céu é esferiforme e move-se 
circularmente: há tempos que os homens chegaram a 
tais conclusões, vendo o sol, a lua e os astros deslocarem-se 
do Oriente para o Ocidente segundo círculos paralelos, 
regular e constante do alvorecer ao por do sol. 
 2) A conclusão de que a terra é redonda é provada pelo fato 
de que o Sol, a Lua e as estrelas não surge e nem se põem ao 
mesmo tempo para os que estão em diversos pontos da 
terra, mas primeiro para os que habitam os países do 
Oriente e depois para os do Ocidente. Assim como quem 
navega em direção a lugares elevados vindo de qualquer 
direção avista as montanhas como se eles estivessem 
emergindo do mar.
Continuando... 
 3) “Se a Terra não estivesse no centro, toda a ordem 
observada dos incrementos e reduções da noite e do dia 
seria completamente convulsionada. Um eclipses lunar não 
poderia ocorrer na posição diametralmente oposta ao Sol 
em relação a todas as partes do céu, separados por 
intervalos inferiores a um semi-circulo.” 
 4) A Terra é um ponto em relação as estrelas, é provada pelo 
fato de que qualquer parte da Terra em que se observa a 
grandeza dos astros e sua distância recíproca elas 
permanecem iguais. 
 5) A Terra está imóvel no centro porque é o ponto em 
direção ao qual todos os objetos pesados caem. 
Para Ptolomeu o céu é feito de éter, por natureza esferiforme 
e incorruptível.
A engenhosa reformulação e 
complemento da hipótese de 
Hiparco. 
O movimento das estrelas fixas é explicado pelo movimento 
rotatório uniforme da esfera etérea concêntrica das estrelas 
fixas. Ao contrario o movimento do Sol, da Lua e dos outros 
cinco planetas são explicados com as hipóteses já 
sustentadas sobretudo por Hiparco. Dois pontos básicos: 
 1) Leva em conta todos os “fenômenos” (as aparentes 
anomalias dos movimentos astrais); 
 2)Explicar tudo sempre e só recorrendo a “movimentos 
uniformes e circulares, dado que estes são os movimentos 
apropriados à natureza das coisas divinas”.
Os novos tipos de movimentos 
circulares são: 
 1) O das órbitas excêntricas, ou seja, que possui um centro 
não coincidente com o da terra; 
 2) Os das órbitas epicíclicas, ou seja, das órbitas que giram 
em torno de um centro colocado sobre um círculo que, por 
sua vez, também gira. Circulo rotatório ao qual o epiciclo se 
refere chama-se “deferente”. 
Com isso os epiciclos, colocados sobre deferentes excêntricos 
em relação à Terra e calculados em número e maneira 
conveniente, explicavam geometricamente todos os 
“fenômenos”, ou seja, todas as aparentes “irregularidades” 
dos planetas. Assim, Ptolomeu levava à perfeição o sistema 
de explicações exposto por Hiparco.
O sucesso de Ptolomeu na 
astronomia por catorze séculos! 
 O movimento dos planetas é causado por uma “força vital”, de 
que são dotados por natureza. Isso resolveu o tradicional 
problemas dos “motores”, bem como as complicações 
aristotélicas a esse respeito. 
 O engenho com que Ptolomeu apresentou os cálculos, jogando 
com epiciclos e círculos excêntricos, garantiu à sua teoria um 
sucesso sem precedentes no campo astronômico, fazendo-o 
tornar-se autoridade por excelência na matéria por catorze 
séculos! 
 O modo elegante com que soube conjugar este racionalismo 
geométrico de visão do cosmos com a doutrina das influências 
astrais sobre a vida dos homens tornou sua doutrina ainda mais 
aceita na tardia grecidade, que reencontrava, transcrito em 
termos de razão matemática, a sua antiga fé no destino que 
governa todas as coisas.
3. Galeno e a síntese da medicina 
antiga. 
3.1 VIDA E OBRA DE GALENO: 
 Nasceu em Pérgamo por volta de 129 a. C. Estudou na 
própria cidade natal e depois em Corinto e em 
Alexandria. 
 Além da Medicina, atuou na Gramática, Filosofia e 
Literatura. 
 Considerado o fundador da Filosofia experimental. 
 Na sua opinião o corpo é apenas instrumento da alma. 
E cada organismo se constitui segundo um plano 
lógico estabelecido por um ser supremo, arquiteto e 
guia do universo.
3.2 A nova figura do médico: o verdadeiro 
médico também deve ser filósofo. 
Galeno apresenta-se como o restaurador da antiga dignidade do médico, 
de que Hipócrates fora o mais significativo exemplo – alias, seu 
paradigma vivo. 
Segundo ele os médicos do seu tempo haviam esquecido Hipócritas, dando-lhes 
as costas, e lhes fez três gravíssimas acusações: 
 1)Não possuírem o conhecimento metódico da natureza do corpo humano e 
não saber distingui a doença segundo o gênero e a espécie, com isso a arte 
médica torna-se empírica; 
 2) Serem corruptos, pois entregam-se a indisciplina (licenciosidade), a sede 
insaciável de dinheiro e o vício da preguiça confundem suas mentes e a 
vontade. 
 3) “Divisão em sete”, já que com a ruptura da medicina depois de Erasístrato, 
apóia –se em três doutrinas médicas: Dogmáticas (a razão sobre os 
conhecimentos saudáveis e mórbidos), Empírica (a pura experiência) e 
Metódica (noções esquemáticas e muito simples da arte médica “restrição e 
fluxo” para explicar todas as doenças, distinguindo da Dogmática). 
Galeno rejeita sumariamente a Metódica pela superficialidade e denúncia as 
outras duas pela unilateralidade, mas vê uma possível mediação, pois seu 
método, com efeito, tempera o momento lógico com o experimental, 
considerando ambos como igualmente necessários.
3.3 A grande construção enciclopédica de 
Galeno e seus componentes 
 Sua imensa obra traz a construção de uma grandiosa 
enciclopédia do saber médico e dos conhecimentos 
que constituiu o seu suporte. Galeno pegou o material 
adquirido anteriormente, deu-lhe uma nova roupagem 
enriquecendo com os suas contribuições pessoais.
3.4 As doutrinas cardeais do 
pensamento médico de Galeno. 
Como complemente e coroamento das doutrinas antigas Galeno apresenta sua 
própria doutrina, das “Faculdades Naturais”, ele afirma que a alma é dotada de 
diversas faculdades. 
O corpo é um todo e cada parte desse todo é um instrumento da alma que possui 
uma utilidade. 
• Faculdade atrativa - atrai a si o que é apropriado. 
• Faculdade expulsora - que expulsa o que não é dominado pelo humor ou o que 
é estranho. 
• Segunda doutrina - Consiste na retomada platônica da alma. 
• Alma racional - Tem sede no cérebro. 
• Alma irascível - Tem sede no coração. 
• Alma concupiscível - Tem sede no fígado.
3.5 As razões do grande sucesso de 
Galeno. 
 O enorme sucesso na Idade Média e no Renascimento foi 
garantido graças a sistematização do saber médico e das 
disciplinas sobre as quais ele se apoiava, do claro esquema 
teórico (Platônico e Aristotélico) e do elevado sentido 
religioso e moral do seu pensamento. 
 Algo semelhante ao que aconteceu com Aristóteles lhe 
aconteceu, ou seja, sua doutrina passou a ser tomada com 
dogma, com isso seus erros foram transmitidos de século a 
século, um obstáculo ao progresso da medicina, é preciso 
distinguir Galeno do galenismo, assim como Aristóteles do 
aristotelismo, apesar disso continuam indiscutível. 

4. O fim das grandes instituições cientificas 
alexandrinas e o declínio da ciência no mundo antigo. 
 Crise irreversíveis da instituições cientificas que fizeram Alexandria 
grande; 
 Saque da biblioteca, pelo bispo Teófilo, provocou graves perdas; 
 Golpe de misericórdia, com a conquista de Alexandria pelos 
maometanos, que decidiram pela destruição total da Biblioteca em 
641 d. C., considerando inútil qualquer livro que não fosse o Corão 
(Alcorão). 
 Embora perdendo seu esplendor no campa da ciência, Alexandria, 
continuou um centro filosófico importantíssimo com a última 
escola grega de Amônio (séc. II e III d. C.) e a escola dos grandes 
comentadores neoplatônicos de Aristóteles (séc. V e VI d. C.). 
 Surge a primeira tentativa de fusão entre a filosofia grega e o 
pensamento bíblico com Fílon, o Hebreu, na primeira metade do 
séc. I d. C. florescendo a grande síntese entre a filosofia helênica e a 
mensagem cristã (Patrística) a qual lançou as bases do pensamento 
medieval e europeu que falamos amplamente.
Não é por acaso que Galeno e Ptolomeu devem ser citados juntos. Ambos, na mesma 
época, fizeram parte do último impulso do racionalismo helênico, que nessa época já 
convivia ao lado de um misticismo – que tentava obter por revelação divina aquilo que 
antes era obtido apenas pelas forças da razão. 
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  • 1. DISCIPLINA: FILOSOFIA DA CIÊNCIA DOCENTE: KARLISSON Capitulo XII: A Ciência Antiga na Época Imperial EQUIPE DE CENTRAL: ANDRÉIA, AMANDA, CLÁUDIA, BERTILHA, JOSEMAR, LISANDRA, LORENA, ROBERTA E VANESSA.
  • 2. 1. O declínio da Ciência Helenística  O momento mágico da ciência helenística, foi breve, durou cerca de um século e meio.  O ano de 145 a. C. assinala a primeira grande crise do Museu e da Biblioteca: o Rei Ptolomeu Físcon entra em grave desentendimento com os intelectuais gregos por motivos políticos e, não podendo domar sua resistência, constrangeu-os a abandonar Alexandria.  Depois o Museu e a Biblioteca retomaram suas atividades, mas em tom dedicadamente menor.
  • 3. O ano de 45 a. C. assinala a segunda etapa da crise:  Durante a campanha de César no Egito, a Biblioteca foi incendiada com um acervo de seiscentos mil livros, salvando-se muitos, porém com perdas irreparáveis.  Em 30 a. C. Otaviano conquistou Alexandria e o Egito tornou-se uma província do Império Romano, tendo Roma como centro. Outros interesses e outra têmpera espiritual, longe do pensamento helenística.
  • 4. A conquista de Alexandria e o impacto para a ciência.  Enquanto os romanos tinham interesses práticos e operativos com resultados imediatos e concretos. Para os helenísticas a dimensão era especulativo-teorética baseada na grande filosofia grega e na ciência helenísticas.  Foi uma época de discípulos de segundo plano salvo algumas exceções, no campo da Astronomia Ptolomeu em Alexandria e no campo da Medicina com Galeno em Roma. Suas heranças tornaram uma ponte entre a antiguidade e o mundo moderno.
  • 5. 2. Ptolomeu e a síntese da astronomia antiga:  2.1 Vida e obra: Ptolomeu de Ptolemaida (alto Egito) viveu no século II d. C. (entre os anos de 100 e 170) contribui com: O Sistema Matemático (Mathematiké Syntaxis – Almagesto o maior tratado de astronomia) e outras obras dignas – Hipóteses sobre os planetas, a Geografia, a Ótica, os Harmônicos, Sobre o juízo e o Hegemônico e tetrabiblo.  2.2 O sistema ptolomaico: No Almagesto – coloca de modo preciso o saber traçado por Aristóteles. A ciência se divide em: poéticas, práticas e teoréticas (física, matemática e teologia = metafísica) convicto da superioridade das ciências teóricas, mas com prioridade a matemática.
  • 6. Por que Ptolomeu preferia a matemática?  A Teologia tem um objetivo muito elevado “num distanciamento que está além das coisas mais elevadas do mundo” e “absolutamente separada das coisas sensíveis”; já a Física ao contrario, diz respeito aos entes arrastados nas mutações, dado que estuda as coisas enquanto sujeitas ao movimento: daí sua preferência pelaMatemática.  “[...] Só o gênero matemático, se o abordarmos com rigor, oferece ciência sólida e certa a quem o cultiva, à medida que a demonstração, quer aritmética, quer geométrica, é produzida com procedimentos incontroversos.”
  • 7. Para ele...  As indagações da Matemática, sobre tudo, a parte que mira nas coisas divinas e celestes são imutáveis e ontologicamente estáveis, permitindo “clara e ordenada apreensão” e fornece auxilio as outras ciências:  Para a Física no que se refere aos estudos dos movimentos; e para a Teologia pois só a Matemática pode aproximar-se da atividade imóvel e separada (os céus) por serem eternas e privadas de modificações quanto aos deslocamentos e à ordem dos movimentos.
  • 8. Segundo Ptolomeu...  A astronomia tem uma precisa relevância ética educativa, pois, no que diz respeito a nobreza das ações e do caráter, esta ciência nos torna inteligentes pela semelhança, ordem, simetria e ausência de vaidade que contemplamos nas coisas divinas tornando quem as cultiva amantes dessa divina beleza, de modo que, através do hábito, torna quase natural uma disposição de espírito afim a essa beleza.
  • 9. Quadro teórico da obra Ptolomeu: 5 conceitos fundamentais (céu/terra).  1) O mundo (o céu) é esferiforme e move-se ao modo de uma esfera;  2) Analogicamente, em seu conjunto a terra é esférica;  3) A terra está situada no centro do mundo (céu);  4) A terra é um ponto que tange às distancias e grandezas em relação às estrelas fixas (no céu);  5) A terra é imóvel, não realiza nenhum movimento local; Essas teses, como pontos cardeais do sistema geocêntrico, permaneceu até a revolução copernicana.
  • 10. Os principais argumentos de Ptolomeu.  1) A experiência demonstra que o céu é esferiforme e move-se circularmente: há tempos que os homens chegaram a tais conclusões, vendo o sol, a lua e os astros deslocarem-se do Oriente para o Ocidente segundo círculos paralelos, regular e constante do alvorecer ao por do sol.  2) A conclusão de que a terra é redonda é provada pelo fato de que o Sol, a Lua e as estrelas não surge e nem se põem ao mesmo tempo para os que estão em diversos pontos da terra, mas primeiro para os que habitam os países do Oriente e depois para os do Ocidente. Assim como quem navega em direção a lugares elevados vindo de qualquer direção avista as montanhas como se eles estivessem emergindo do mar.
  • 11. Continuando...  3) “Se a Terra não estivesse no centro, toda a ordem observada dos incrementos e reduções da noite e do dia seria completamente convulsionada. Um eclipses lunar não poderia ocorrer na posição diametralmente oposta ao Sol em relação a todas as partes do céu, separados por intervalos inferiores a um semi-circulo.”  4) A Terra é um ponto em relação as estrelas, é provada pelo fato de que qualquer parte da Terra em que se observa a grandeza dos astros e sua distância recíproca elas permanecem iguais.  5) A Terra está imóvel no centro porque é o ponto em direção ao qual todos os objetos pesados caem. Para Ptolomeu o céu é feito de éter, por natureza esferiforme e incorruptível.
  • 12. A engenhosa reformulação e complemento da hipótese de Hiparco. O movimento das estrelas fixas é explicado pelo movimento rotatório uniforme da esfera etérea concêntrica das estrelas fixas. Ao contrario o movimento do Sol, da Lua e dos outros cinco planetas são explicados com as hipóteses já sustentadas sobretudo por Hiparco. Dois pontos básicos:  1) Leva em conta todos os “fenômenos” (as aparentes anomalias dos movimentos astrais);  2)Explicar tudo sempre e só recorrendo a “movimentos uniformes e circulares, dado que estes são os movimentos apropriados à natureza das coisas divinas”.
  • 13. Os novos tipos de movimentos circulares são:  1) O das órbitas excêntricas, ou seja, que possui um centro não coincidente com o da terra;  2) Os das órbitas epicíclicas, ou seja, das órbitas que giram em torno de um centro colocado sobre um círculo que, por sua vez, também gira. Circulo rotatório ao qual o epiciclo se refere chama-se “deferente”. Com isso os epiciclos, colocados sobre deferentes excêntricos em relação à Terra e calculados em número e maneira conveniente, explicavam geometricamente todos os “fenômenos”, ou seja, todas as aparentes “irregularidades” dos planetas. Assim, Ptolomeu levava à perfeição o sistema de explicações exposto por Hiparco.
  • 14. O sucesso de Ptolomeu na astronomia por catorze séculos!  O movimento dos planetas é causado por uma “força vital”, de que são dotados por natureza. Isso resolveu o tradicional problemas dos “motores”, bem como as complicações aristotélicas a esse respeito.  O engenho com que Ptolomeu apresentou os cálculos, jogando com epiciclos e círculos excêntricos, garantiu à sua teoria um sucesso sem precedentes no campo astronômico, fazendo-o tornar-se autoridade por excelência na matéria por catorze séculos!  O modo elegante com que soube conjugar este racionalismo geométrico de visão do cosmos com a doutrina das influências astrais sobre a vida dos homens tornou sua doutrina ainda mais aceita na tardia grecidade, que reencontrava, transcrito em termos de razão matemática, a sua antiga fé no destino que governa todas as coisas.
  • 15. 3. Galeno e a síntese da medicina antiga. 3.1 VIDA E OBRA DE GALENO:  Nasceu em Pérgamo por volta de 129 a. C. Estudou na própria cidade natal e depois em Corinto e em Alexandria.  Além da Medicina, atuou na Gramática, Filosofia e Literatura.  Considerado o fundador da Filosofia experimental.  Na sua opinião o corpo é apenas instrumento da alma. E cada organismo se constitui segundo um plano lógico estabelecido por um ser supremo, arquiteto e guia do universo.
  • 16. 3.2 A nova figura do médico: o verdadeiro médico também deve ser filósofo. Galeno apresenta-se como o restaurador da antiga dignidade do médico, de que Hipócrates fora o mais significativo exemplo – alias, seu paradigma vivo. Segundo ele os médicos do seu tempo haviam esquecido Hipócritas, dando-lhes as costas, e lhes fez três gravíssimas acusações:  1)Não possuírem o conhecimento metódico da natureza do corpo humano e não saber distingui a doença segundo o gênero e a espécie, com isso a arte médica torna-se empírica;  2) Serem corruptos, pois entregam-se a indisciplina (licenciosidade), a sede insaciável de dinheiro e o vício da preguiça confundem suas mentes e a vontade.  3) “Divisão em sete”, já que com a ruptura da medicina depois de Erasístrato, apóia –se em três doutrinas médicas: Dogmáticas (a razão sobre os conhecimentos saudáveis e mórbidos), Empírica (a pura experiência) e Metódica (noções esquemáticas e muito simples da arte médica “restrição e fluxo” para explicar todas as doenças, distinguindo da Dogmática). Galeno rejeita sumariamente a Metódica pela superficialidade e denúncia as outras duas pela unilateralidade, mas vê uma possível mediação, pois seu método, com efeito, tempera o momento lógico com o experimental, considerando ambos como igualmente necessários.
  • 17. 3.3 A grande construção enciclopédica de Galeno e seus componentes  Sua imensa obra traz a construção de uma grandiosa enciclopédia do saber médico e dos conhecimentos que constituiu o seu suporte. Galeno pegou o material adquirido anteriormente, deu-lhe uma nova roupagem enriquecendo com os suas contribuições pessoais.
  • 18. 3.4 As doutrinas cardeais do pensamento médico de Galeno. Como complemente e coroamento das doutrinas antigas Galeno apresenta sua própria doutrina, das “Faculdades Naturais”, ele afirma que a alma é dotada de diversas faculdades. O corpo é um todo e cada parte desse todo é um instrumento da alma que possui uma utilidade. • Faculdade atrativa - atrai a si o que é apropriado. • Faculdade expulsora - que expulsa o que não é dominado pelo humor ou o que é estranho. • Segunda doutrina - Consiste na retomada platônica da alma. • Alma racional - Tem sede no cérebro. • Alma irascível - Tem sede no coração. • Alma concupiscível - Tem sede no fígado.
  • 19. 3.5 As razões do grande sucesso de Galeno.  O enorme sucesso na Idade Média e no Renascimento foi garantido graças a sistematização do saber médico e das disciplinas sobre as quais ele se apoiava, do claro esquema teórico (Platônico e Aristotélico) e do elevado sentido religioso e moral do seu pensamento.  Algo semelhante ao que aconteceu com Aristóteles lhe aconteceu, ou seja, sua doutrina passou a ser tomada com dogma, com isso seus erros foram transmitidos de século a século, um obstáculo ao progresso da medicina, é preciso distinguir Galeno do galenismo, assim como Aristóteles do aristotelismo, apesar disso continuam indiscutível. 
  • 20. 4. O fim das grandes instituições cientificas alexandrinas e o declínio da ciência no mundo antigo.  Crise irreversíveis da instituições cientificas que fizeram Alexandria grande;  Saque da biblioteca, pelo bispo Teófilo, provocou graves perdas;  Golpe de misericórdia, com a conquista de Alexandria pelos maometanos, que decidiram pela destruição total da Biblioteca em 641 d. C., considerando inútil qualquer livro que não fosse o Corão (Alcorão).  Embora perdendo seu esplendor no campa da ciência, Alexandria, continuou um centro filosófico importantíssimo com a última escola grega de Amônio (séc. II e III d. C.) e a escola dos grandes comentadores neoplatônicos de Aristóteles (séc. V e VI d. C.).  Surge a primeira tentativa de fusão entre a filosofia grega e o pensamento bíblico com Fílon, o Hebreu, na primeira metade do séc. I d. C. florescendo a grande síntese entre a filosofia helênica e a mensagem cristã (Patrística) a qual lançou as bases do pensamento medieval e europeu que falamos amplamente.
  • 21. Não é por acaso que Galeno e Ptolomeu devem ser citados juntos. Ambos, na mesma época, fizeram parte do último impulso do racionalismo helênico, que nessa época já convivia ao lado de um misticismo – que tentava obter por revelação divina aquilo que antes era obtido apenas pelas forças da razão. http://espacoastrologico.org/a-influencia-de-aristoteles-na-obra-astrologica-de-ptolomeu- i/