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Miopatias
Profa. Dra. Carla Bargi Belli
FMVZ-USP
Miosite
 Nomenclaturas: miopatia pós-exercício,
rabdomiólise, azotúria, mioglobinúria paralítica,
doença da segunda-feira
 Causas:
 Exercício além do suportado para o momento
 Outras
 Fatores predisponentes:
 falta de treinamento
 condições ambientais
 dieta
 desidratação/alterações eletrolíticas
 lesões prévias
Fisiopatogenia – Lesão
muscular
 Na fisiopatogenia há envolvimento de:
 produção de ácido lático
 produção de radicais livres
 alterações eletrolíticas
 menor aporte sanguíneo
Manifestações Clínicas
 Dependem da gravidade:
 dificuldade para caminhar/claudicação
 dor à palpação muscular (principalmente MPs)
 tremores musculares
 sudorese
 ansiedade
 taquicardia/taquipneia/hipertermia
 relutância em se mover
 decúbito
 oligúria/anúria /poliúria
 mioglobinúria
Fisiopatogenia – Lesão
renal
 Desidratação
 Mioglobina:
 necrose tubular aguda (peroxidação lipídica da
membrana das células tubulares)
 isquemia
Complicações
 insuficiência renal
 laminite
 lesão do músculo cardíaco
 tecido fibroso
Diagnóstico
 Histórico
 Manifestações
 Exames laboratoriais:
 Ht e Pt
 CK e AST
 U e Cr
 urinálise
 gasometria
Tratamento
 Finalidades: interromper os danos musculares;
corrigir alterações hídricas e eletrolíticas; aliviar a
dor; manter a função renal
 caminhadas ? (em casos leves) / repouso
 evitar decúbito
 fluidoterapia
 glicose
 AINEs (dor  perfusão muscular)
 tranquilizantes ?
 DMSO (como AI e diurético)
Tratamento
 relaxantes musculares
 Coltrax
 metocarbamol
 massagem
 monitorização da urina e função renal
 prevenção da laminite
 Para aumentar diurese:
 furosemida? (age em alça) – 1-2 mg/kg IV,
 dopamina (5g/kg/min),
 manitol – 1g/kg IV ( demanda de O2 pelos túbulos e
pode  injúria isquêmica; evitar em anúria com
hiperhidratação – edema pulmonar)
 bicarbonato? (diminui a peroxidação lipídica pela
mioglobina)
Prevenção
 Treinamento adequado
 Alimentação
 Vit. E e Se ?
 Prognóstico
Miopatia por Estocagem de
Polissacarídeos
 PSSM1 e 2
 há mutação no gene da glicogênio sintase 1,
autossômico dominante
 há síntese desregulada de glicogênio e há
comprometimento do metabolismo aeróbico do
glicogênio
 há acúmulo (vacúolos) subsarcolemal de
polissacarídeos resistente à amilase
 Foi identificada em QM, mas já foi reconhecida em
outras raças
 As manifestações em geral começam com 2-3 anos
de idade
 Há episódios repetidos de miosite
 Há músculos firmes e doloridos, rigidez, espasmos da
pele, tremores musculares, sudorese, fraqueza e
relutância em se mover com exercícios leves,
Biopsia do músculo semimembranoso. Observar numerosas
fibras com acúmulo anormal de polissacarídeos após
remoção do glicogênio normal pela amilase e coloração com
ácido periódico de Schiff
Finno et al. (2009)
Characteristic skeletal
muscle histopathology in
type 1 PSSM compared
with muscle from a
matched control stained
with
a)haematoxylin and eosin
showing sub-
sarcolemmal vacuolation
(arrow) and marked
variation in fibre size
b) periodic acid schiff
(PAS) showing increased
glycogen accumulation
(arrow)
c) periodic acid schiff
following predigestion
with diastase revealing
abnormal diastase-
resistant polysaccharide.
Naylor (2015)
Miopatia por Estocagem de
Polissacarídeos
 Tratamento: repouso e tratar miosite
 Prevenção:
 mudança alimentar: menos carboidratos e mais
lipídeos como fonte de energia
 incrementos muito graduais de exercício
 para aumentar a capacidade do músculo em oxidar gordura
e glicogênio. Começar após duas semanas do início da
dieta
HYPP
 Paralisia Periódica Hipercalêmica
 Em QM, raças relacionadas e cruzamentos
 Descendentes do “Impressive”.
 Mutação no canal de sódio, autossômica
dominante
 Como resultado, há um fluxo excessivo de
entrada de sódio e de saída de potássio das
células, resultando em despolarização
persistente de células musculares seguido de
fraqueza temporária
HYPP
 As manifestações em geral começam com 2-3 anos
de idade
 Vai de assintomático a episódios de tremores
musculares e fraqueza. Os homozigotos podem ter
disfagia e dispneia. Estimulação pode aumentar os
tremores
 Nos intervalos das crises os animais parecem
normais
 Os episódios estão ligados a dietas com alto potássio
mas são imprevisíveis
 Podem acorrer episódios ligados a jejum, sedação
pesada, transporte, estresse mas não ao exercício.
Em geral a CK está normal
 Há teste genético. Nas crises pode ocorrer aumento
HYPP
 Tratamento:
 casos leves: exercício leve + fonte de carboidrato
(aveia, xarope de milho – estimula aumento de insulina
que diminui K sérico)
 casos severos: glicose 5% (6 mL/kg) sozinha ou
combinada com bicarbonato de sódio (1–2 mEq/kg, com ou
sem insulina) e gluconato de cálcio (0.2–0.4 mL/kg da
solução a 23% diluída em glicose 5%)
 Prevenção:
 evitar muito K (ex. não usar alfafa), exercícios regulares
 A dieta deve conter 0.6% a 1.1–1.5% de K, com total de
<33 g
 se não adianta, usar medicamentos que diminuem
postássio

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  • 1. Miopatias Profa. Dra. Carla Bargi Belli FMVZ-USP
  • 2. Miosite  Nomenclaturas: miopatia pós-exercício, rabdomiólise, azotúria, mioglobinúria paralítica, doença da segunda-feira  Causas:  Exercício além do suportado para o momento  Outras  Fatores predisponentes:  falta de treinamento  condições ambientais  dieta  desidratação/alterações eletrolíticas  lesões prévias
  • 3. Fisiopatogenia – Lesão muscular  Na fisiopatogenia há envolvimento de:  produção de ácido lático  produção de radicais livres  alterações eletrolíticas  menor aporte sanguíneo
  • 4. Manifestações Clínicas  Dependem da gravidade:  dificuldade para caminhar/claudicação  dor à palpação muscular (principalmente MPs)  tremores musculares  sudorese  ansiedade  taquicardia/taquipneia/hipertermia  relutância em se mover  decúbito  oligúria/anúria /poliúria  mioglobinúria
  • 5. Fisiopatogenia – Lesão renal  Desidratação  Mioglobina:  necrose tubular aguda (peroxidação lipídica da membrana das células tubulares)  isquemia
  • 6. Complicações  insuficiência renal  laminite  lesão do músculo cardíaco  tecido fibroso
  • 7. Diagnóstico  Histórico  Manifestações  Exames laboratoriais:  Ht e Pt  CK e AST  U e Cr  urinálise  gasometria
  • 8. Tratamento  Finalidades: interromper os danos musculares; corrigir alterações hídricas e eletrolíticas; aliviar a dor; manter a função renal  caminhadas ? (em casos leves) / repouso  evitar decúbito  fluidoterapia  glicose  AINEs (dor  perfusão muscular)  tranquilizantes ?  DMSO (como AI e diurético)
  • 9. Tratamento  relaxantes musculares  Coltrax  metocarbamol  massagem  monitorização da urina e função renal  prevenção da laminite  Para aumentar diurese:  furosemida? (age em alça) – 1-2 mg/kg IV,  dopamina (5g/kg/min),  manitol – 1g/kg IV ( demanda de O2 pelos túbulos e pode  injúria isquêmica; evitar em anúria com hiperhidratação – edema pulmonar)  bicarbonato? (diminui a peroxidação lipídica pela mioglobina)
  • 10. Prevenção  Treinamento adequado  Alimentação  Vit. E e Se ?  Prognóstico
  • 11. Miopatia por Estocagem de Polissacarídeos  PSSM1 e 2  há mutação no gene da glicogênio sintase 1, autossômico dominante  há síntese desregulada de glicogênio e há comprometimento do metabolismo aeróbico do glicogênio  há acúmulo (vacúolos) subsarcolemal de polissacarídeos resistente à amilase  Foi identificada em QM, mas já foi reconhecida em outras raças  As manifestações em geral começam com 2-3 anos de idade  Há episódios repetidos de miosite  Há músculos firmes e doloridos, rigidez, espasmos da pele, tremores musculares, sudorese, fraqueza e relutância em se mover com exercícios leves,
  • 12. Biopsia do músculo semimembranoso. Observar numerosas fibras com acúmulo anormal de polissacarídeos após remoção do glicogênio normal pela amilase e coloração com ácido periódico de Schiff Finno et al. (2009)
  • 13. Characteristic skeletal muscle histopathology in type 1 PSSM compared with muscle from a matched control stained with a)haematoxylin and eosin showing sub- sarcolemmal vacuolation (arrow) and marked variation in fibre size b) periodic acid schiff (PAS) showing increased glycogen accumulation (arrow) c) periodic acid schiff following predigestion with diastase revealing abnormal diastase- resistant polysaccharide. Naylor (2015)
  • 14. Miopatia por Estocagem de Polissacarídeos  Tratamento: repouso e tratar miosite  Prevenção:  mudança alimentar: menos carboidratos e mais lipídeos como fonte de energia  incrementos muito graduais de exercício  para aumentar a capacidade do músculo em oxidar gordura e glicogênio. Começar após duas semanas do início da dieta
  • 15. HYPP  Paralisia Periódica Hipercalêmica  Em QM, raças relacionadas e cruzamentos  Descendentes do “Impressive”.  Mutação no canal de sódio, autossômica dominante  Como resultado, há um fluxo excessivo de entrada de sódio e de saída de potássio das células, resultando em despolarização persistente de células musculares seguido de fraqueza temporária
  • 16. HYPP  As manifestações em geral começam com 2-3 anos de idade  Vai de assintomático a episódios de tremores musculares e fraqueza. Os homozigotos podem ter disfagia e dispneia. Estimulação pode aumentar os tremores  Nos intervalos das crises os animais parecem normais  Os episódios estão ligados a dietas com alto potássio mas são imprevisíveis  Podem acorrer episódios ligados a jejum, sedação pesada, transporte, estresse mas não ao exercício. Em geral a CK está normal  Há teste genético. Nas crises pode ocorrer aumento
  • 17. HYPP  Tratamento:  casos leves: exercício leve + fonte de carboidrato (aveia, xarope de milho – estimula aumento de insulina que diminui K sérico)  casos severos: glicose 5% (6 mL/kg) sozinha ou combinada com bicarbonato de sódio (1–2 mEq/kg, com ou sem insulina) e gluconato de cálcio (0.2–0.4 mL/kg da solução a 23% diluída em glicose 5%)  Prevenção:  evitar muito K (ex. não usar alfafa), exercícios regulares  A dieta deve conter 0.6% a 1.1–1.5% de K, com total de <33 g  se não adianta, usar medicamentos que diminuem postássio