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EXPERIÊNCIA COM A UTILIZAÇÃO DOS RECURSOS
DIDÁTICOS NAS AULAS DE CIÊNCIAS DO 7º ANO NA ESCOLA
ESTADUAL PROFº ARÍCIO FORTES
Luzia Cristina de Melo Santos1
EIXO 4 : Formação de Professores Memória e Narrativas
Resumo
As aulas expositivas é a técnica mais difundida nas escolas. Contudo, estudos revelam
que essa técnica pode ser aprimorada com o uso de recursos didáticos diferentes
daqueles que são mais utilizados, por serem instrumentos de baixo custo: o quadro e o
giz. Esse projeto foi desenvolvido com alunos do 7º ano do Colégio Professor Arício
Fortes, onde foram desenvolvidas aulas utilizando recursos didáticos tais como: jogos,
recursos audiovisuais e construção de recursos em sala de aula. A iniciativa de
desenvolver tal projeto se deu graças ao PIBID (Programa de Iniciação a Docência),
onde o mesmo visa o desenvolvimento de aulas mais dinâmicas. Dessa forma, esse
trabalho teve como objetivo verificar a importância da utilização dos recursos em sala
de aula, identificando o grau de influência de alguns recursos didáticos (jogos, recursos
audiovisuais, e fabricação de recursos em sala de aula) na aprendizagem dos alunos.
Palavras-chaves: Alunos, Ciências, Recursos didáticos.
Abstrat
The classes expository are the most widespread technique in schools. However, studies
show that this technique can be improved with the use of different didactic resources
from those most used for being low-cost tools: the table and chalk. This project has
been developed with students of the 7th
grade of the School Teacher Arício Fortes. The
classes were developed using didactic resources such as games, audiovisual resources
and built resources in the classroom. The initiative to develop such a project was thanks
to PIBID (Initiation to Teaching Program), where it aims to develop more dynamic
classes. Thus, this project aimed to verify the importance of resource use in the
classroom, identifying the degree of influence of some didactic resources (games,
1
Graduada em Ciências Biológicas Licenciatura e Mestranda em Ensino de Ciências e
Matemática - luzia_bio87@hotmail.com
2
audiovisual resources, and manufacturing resources in the classroom) on student
learning.
Keywords: Students, Science, Didactic resources.
Introdução
Ensinar ciências nas séries iniciais não é uma tarefa difícil. Ao contrário, pode ser
simples e a chave está na mão do professor, aproveitando aquilo que já é natural dos
alunos: o desejo de conhecer, de agir, de dialogar, de interagir, de experimentar e
também de teorizar.
A técnica mais difundida para esse ensino é a aula expositiva. Uma das possíveis
razões pode estar relacionada ao seu baixo custo. Nessas aulas os principais recursos
utilizados são o quadro e o giz.
Duas das dificuldades enfrentadas com a utilização de aulas expositivas não
participativas estão relacionadas à falta de feedback que geralmente acompanha esse
método e a passividade do aluno. Para a maioria das pessoas, o aprender é facilitado
através do desenvolvimento de algum tipo de atividade.
Além do mais, os conteúdos passados por esse tipo de aula tendem a ser
esquecidos mais rapidamente, uma vez que a audição passiva é um veículo de
aprendizagem menos eficiente, correndo o risco de ocorrer um pequeno aprendizado.
Uma aula expositiva pode ser aprimorada por meio da utilização dos recursos
didáticos. Uma vez que o aluno sairá da sua situação passiva se tornando um agente
ativo da situação, podendo dessa forma absorver mais os conteúdos expostos pelos
professores.
Isso é colocado em discussão por autores como Trivelato (2006), Moreno (2006),
Maratori (2003), dentre outros que mostram a eficácia da utilização dos recursos
didáticos no processo de ensino-aprendizagem.
O interesse de elaborar tal projeto se deu graças ao PIBID (Programa de Bolsa de
Iniciação à Decência). Esse projeto foi criado visto à necessidade de inovar o ensino em
sala de aula, tendo como objetivo levar o licenciado para a vida escolar, para que o
mesmo possa entrar em contato com os alunos, transmitindo o conhecimento de uma
forma mais dinâmica utilizando recursos didáticos.
3
Dessa forma, o referido trabalho tem como objetivo verificar a importância da
utilização dos recursos em sala de aula, identificando o grau de influência de alguns
recursos didáticos (jogos, recursos audiovisuais, e fabricação de recursos em sala de
aula) na aprendizagem dos alunos.
Recursos Didáticos e Aprendizagem
Os recursos didáticos são considerados todos os tipos de componente de
aprendizagem que estimulam o aluno em sala de aula, sendo considerados instrumentos
complementares que ajudam a transformar as idéias e fatos em realidade. Esses tipos de
matérias auxiliam na transferência de situações, experiências, demonstrações, sons,
imagens e fatos para o campo da consciência.
Os recursos didáticos envolvem uma diversidade de elementos utilizados como
suporte experimental na organização do processo de ensino e de aprendizagem. Sua
finalidade é servir de interface mediadora para facilitar a relação entre professor-aluno.
De acordo com Costode et al (2009, p. 2) “os recursos didáticos são de
fundamental importância no processo de desenvolvimento cognitivo do aluno” uma vez
que proporciona uma maior oportunidade de aprendê-lo de forma mais efetiva, onde o
aluno poderá aproveitar esse conhecimento por toda a vida.
No momento que o professor utiliza um recurso didático dentro da sala de aula, ele
transfere os conhecimentos que estão expressos no livro para a realidade do aluno.
Dessa forma, o professor pode usar o recurso didático para preparar, melhorar ou
aprimorar a aula que será dada. São exemplos de recursos didáticos: artigos, apostilas,
livros, softwares, sumários de livros, trabalhos acadêmicos, apresentações, filmes,
atividades, exercícios, ilustrações, CDs, DVDs. ( FERREIRA, 2007, p. 3)
Dessa forma, os professores podem utilizar esses instrumentos didático-
pedagógicos para desenvolver um tipo diferente de aula, de forma mais dinâmica e
proveitosa.
Não se sabe ao certo quando esses recursos começaram a ser utilizados em sala
de aula, contudo essa técnica é desenvolvida por professores por muito tempo, geração a
geração, tendo alcançado bons resultados deste então (BRAGA et al, 2007, p. 4).
4
Um dos motivos que pode ter levado tal sucesso é pelo fato de ser mais fácil para
o aluno lidar com o conteúdo dado de forma dinâmica que de forma somente textual,
uma vez que ele se torna mais envolvido pelo conteúdo dado, absorvendo mais
informações.
É fato que os professores sempre utilizam um tipo de recurso em sala, uma vez
que o quadro e o giz também são considerados recursos didáticos, contudo esses não
são ditos como os mais eficazes no processo de aprendizagem do aluno.
Trivelato (2006, p.2) diz que “a utilização dos recursos didáticos pedagógicos
diferentes dos utilizados pela maioria dos professores (quadro e giz), deixam os alunos
mais interessados em aprender”, pois ao utilizar um jogo, um filme ou uma dinâmica
em grupo, por exemplo, faz os alunos expressarem suas opiniões, entrando em contato
com os conhecimentos de todos na turma.
Isso revela outro ponto importante na utilização dos recursos didáticos. No
momento que se cria na turma uma discussão, ocorre um envolvimento de todos em
sala, socializando a informação apontada por cada um.
Dessa forma, no momento em que se utiliza um recurso didático, está mobilizando
no aluno uma série de fatores, como: motivação para a participação, desenvolvimento
da capacidade de observação, aproximação para a realidade e permite a fixação da
aprendizagem (BRAGA et al, 2007, p.5).
No momento que se desenvolve uma atividade em grupo, ou um simples jogo, os
alunos têm a oportunidade de se comunicarem mais, trabalhar em grupo e dividir seus
conhecimentos para toda a turma, caso esse que poderia não ocorrer se o professor
desenvolvesse com os alunos uma simples aula expositiva não participativa.
Por esse motivo, torna-se necessário a utilização de novas técnicas para auxiliar
no processo de ensino-aprendizagem do aluno. E os recursos didáticos suprem essa
expectativa, uma vez que todas as experiências apontam bons resultados na utilização
dos mesmos. (MARATORI, 2003, p.6)
Bravim diz que
Ao serem usados no trabalho com os conteúdos escolares, os recursos
didáticos servem de mediadores entre estes conteúdos e os alunos. Os
alunos se apropriam dos conteúdos e do papel social de determinado
recurso didático. (BRAVIN, 2005, p.3)
Dessa forma, ao participar de uma aula prática, por exemplo, o aluno pode utilizar
o que foi aprendido naquele momento em outras situações do seu cotidiano.
5
Contudo, Costoldi et al diz que
Os recursos didático-pedagógicos surtem maior efeito nas aulas
apresentadas aos alunos do ensino fundamental (séries iniciais), por
serem ainda crianças e se interessarem muito mais por aulas diferentes
torna-se mais fácil para uma criança se envolver mais durante a aula
com recurso pelo “espírito de brincadeira” que ela ainda possui.
(COSTOLDI et al, 2009, p.4)
Os alunos do Ensino Fundamental se sentem mais interessados ao lidar com aulas
com recursos didáticos por possuírem ainda um espírito de criança. Contudo, não
significa dizer que os recursos não possam ser aproveitados por alunos de maior faixa
etária, uma vez que é obrigação do professor adequar aquele determinado recurso de
acordo com a série que se deseja trabalhar.
Leite et al (1998, p. 12) mostra que “o papel do professor é de fundamental
importância para que o uso de tais recursos alcance o objetivo” o professor deve ter
formação e competência para elaborar e desenvolver um recurso didático, vindo até
mesmo a construir com os seus alunos, uma vez que dessa forma possibilitará ao aluno
assimilar melhor o conteúdo.
Por essa razão, torna-se necessário que os recursos utilizados em sala de aula
sejam bem elaborados e escolhidos tendo em vista a realidade do aluno, uma vez que
ajudará no desenvolvimento das capacidades de aprender do mesmo, como também
auxiliando na resolução de certas situações que, por ventura possam surgir no seu dia-a-
dia.
Dessa forma, segundo Souza2
O professor deve ter formação e competência para utilizar os recursos
didáticos que estão ao seu alcance e muita criatividade, ou ate mesmo
construir junto com seus alunos, pois, ao manipular esses objetos a
criança tem possibilidade de aprender melhor esses conteúdos. Os
recursos didáticos não devem ser utilizados de qualquer jeito, deve
haver um planejamento por parte do professor, que deverá saber como
utilizá-lo para alcançar o objetivo proposto por sua disciplina
(SOUZA, 2007, apud COSTOLDI, 2009).
Com isso, o professor deve saber qual recurso didático irá se adequar mais para
sua turma e levar em consideração como tal atividade é utilizada em sala de aula, tendo
o intuito de não gerar nenhum transtorno para o aluno.
2
SOUZA, S. E. O uso de recursos didáticos no ensino escolar. 2007. COSTODI, Rafael;
POLINARSKI, Celso Aparecido. Utilização de recursos didático-pedagogicos na motivação da
aprendizagem. I simpósio Internacional de Ensino e Tecnologia. 2009.
6
O Processo de aprendizagem
São muitas as pesquisas envolvendo o processo de aprendizagem. Esse termo
emergiu das investigações baseadas na experiência em Psicologia, ou seja, investigações
levadas a termo com base na pressuposição de que todo conhecimento decorre das
experiências vividas por cada indivíduo. (NEVES, 2006, p.5)
O processo de aprendizagem é desencadeado a partir da motivação. Esse processo
se dá no interior do sujeito, estando intimamente ligado às relações de troca que o
mesmo estabelece com o meio, principalmente entre professor e o aluno.
É o que mostra Palagana (2001, p.6) quando diz que “toda estrutura educacional
está organizada com a finalidade de promover o aprendizado e o desenvolvimento do
ser humano”, vindo essa aprendizagem ocorrer através de uma relação entre o sujeito e
o objeto de conhecimento, ou seja, numa relação professor – aluno - conteúdo.
Torna-se necessário observar que os seres humanos nascem com capacidade para
o aprendizado, necessitando apenas de um estímulo externo e interno, ou seja, uma
motivação.
Há aprendizados que podem ser considerados natos, como o ato de aprender a
falar e a andar, necessitando que ele passe pelo processo de maturação física,
psicológica e social. Na maioria dos casos a aprendizagem se dá no meio social e
temporal em que o indivíduo convive; sua conduta muda, normalmente, por esses
fatores, e por predisposições genéticas.
Para Pittengr & Gooding
A questão de saber quando uma pessoa aprende é vital para avaliar se
você ou o aluno deverão trabalhar mais ou menos quando um, ou
outro, ou ambos deverão agir, e para estabelecer um ritmo adequado
nas experiências de avaliação (1977, p. 64).
Nas situações escolares, o interesse é indispensável para que o aluno tenha
motivos de ação no sentido de apropriar-se do conhecimento, uma vez que a
aprendizagem é um fenômeno extremamente complexo, envolvendo aspectos
cognitivos, emocionais, psicossociais e culturais.
A utilização dos recursos audiovisuais no Ensino Fundamental
7
Segundo pesquisas, os recursos audiovisuais são os mais utilizados, porque
envolvem os sentidos de captação mais forte na aquisição de conhecimento e apreensão
de informações (a audição e a visão).
É por envolver esses sentidos que os recursos audiovisuais são bastante usados no
âmbito do ensino, principalmente no Ensino Fundamental, principalmente, de filmes
relacionados com temas referentes aos assuntos que se desejam expor em sala de aula.
Segundo Rutz, os recursos audiovisuais
São todos e quaisquer recursos utilizados no contexto de um
procedimento visando estimular o aluno e objetivando o
aprimoramento do processo de ensino aprendizagem [...] onde
podemos destacar folhetos, vídeos, sistema de áudio e projeto de
slides (RUTZ, 2008, p. 13).
Por dispor de tantas opções de recursos audiovisuais, deve-se evitar o ensino
puramente verbalizado, uma vez que a aprendizagem é mais eficaz quanto mais se possa
realizar uma experiência direta, vista e ouvida.
Os recursos audiovisuais são utilizados em sala de aula de diferentes maneiras de
acordo com o objetivo da aula dada, cabendo ao professor selecionar os recursos que
deseja abordar em sala de aula (VIDAL, 2009, p.5).
Dessa forma, os recursos audiovisuais devem ser usados de forma criteriosa para
que sejam eficientes e úteis, ou seja, esses recursos não devem ser usados somente
quando o professor não tenha preparado a sua aula. (ROSA, 2007, p. 41).
São através dos recursos audiovisuais que o professor expõe aos alunos textos
ilustrativos com sons e vídeos, tendo como objetivo tornar a aula mais dinâmica. Rosa
(2007, p.41) diz que “[...] o uso de um filme ou de uma simulação multimídia deve ter
uma função definida no plano de Ensino elaborado pelo Professor para um dado
conteúdo”.
O professor não deve adotar um vídeo ou um filme só para “mascarar” uma aula
que não foi planejada, ele deve utilizar tal recurso tendo em mente a contextualização
com um conteúdo já abordado ou que ainda irá abordar.
A importância do jogo no Ensino Fundamental
Segundo Braga et al (2007, p.5) “Nos dias atuais [.....] os jogos podem ser
utilizados como um ótimo recurso para a aprendizagem dos alunos”, sendo um recurso
8
que pode ser utilizado em qualquer série e faixa etária, uma vez que está envolvido tanto
no desenvolvimento da criança quanto motivam a manifestação de suas criatividades e
imaginação, uma vez que o brincar estimula a criatividade, a imaginação, aprofundando,
para a criança, a compreensão da realidade.
Contudo, torna-se necessário que o educador utilize um determinado tipo de jogo
de acordo com a faixa etária do aluno, como também imponha regras para que o mesmo
possa ser desenvolvido com mais aproveitamento (BRAGA et al, 2007, p. 5).
É como mostra Vigotski3
, quando o mesmo diz que
O tipo de jogo praticado pelo indivíduo depende da sua idade e das
habilidades que necessita construir em cada fase do seu
desenvolvimento visando dessa forma à idade média da turma antes
do desenvolvimento do jogo. (VIGOTSKI, 2003, apud BORGES et al,
2005)
Deve-se antes de dar início a qualquer tipo de jogo deixar claro para o aluno o
objetivo do mesmo e o que ele deve alcançar no fim da atividade, para que tal atividade
não fuja do controle da professora e se transforme numa “zona total”.
Segundo Braga et al
A maneira que se realiza o jogo, envolve varias ações que geram
múltiplos sentimentos, como exaltação, tensão, alegria, frustrações
[....] também através do jogo a criança manifesta sua criatividade,
espontaneidade, iniciativa e imaginação ( BRAGA et al, 2007, p. 3).
Por influenciar tanto a criança, o professor deve ter em mente o papel e o impacto
que o jogo pode vir a causar nos seus alunos, por essa razão o docente deve ter em
mente o poder de tal atividade na aprendizagem do aluno, não deixando passar a
oportunidade de utilizá-lo.
Monteiro (2007, p. 25) diz que “O ato de brincar comporta dois elementos
importantes: a imaginação e as regras [.....] Ao passo que a criança vai crescendo, as
regras vão mudando” para que o jogo possa se adaptar ao aluno e dessa forma possa ir
além do seu nível de desenvolvimento atual.
3
VIGOTSKI, L. S. psicologia pedagógica. 2003. BORGES, Regina Maria Rabello; SCHWARZ, Vera. O
papel dos jogos educativos no processo de qualificação de professores de Ciências. Rio de Janeiro.
2005.
9
No mundo do brinquedo e dos jogos, no qual o educando aprende a
ditar as regras, a brincadeira não é uma atividade inata, mas sim
atividade social e humana que supõe contextos sociais, a partir dos
quais o aprendiz comanda uma nova realidade e estabelece suas
normas. (KAHL, 2006, p. 2).
O professor pode utilizar um jogo já existente e conhecido pela turma e adaptá-lo
para o assunto que deseja abordar. Por exemplo, o mesmo pode utilizar as regras de um
jogo de cartas para criar um jogo de cartas didático com o assunto do reino monera, por
exemplo.
Outro ponto relevante na utilização do jogo como recurso didático-pedagógico diz
respeito ao fato que as vantagens da utilização dos jogos didáticos não estão
relacionadas somente para os alunos, uma vez que os educadores também se
beneficiam.
Quando um professor utiliza em sala de aula um jogo ele necessita de um
objetivo central e muita pesquisa para desenvolver tal atividade. Dessa forma, o docente
irá obter mais conhecimento e irá desenvolver suas diretrizes pedagógicas para a
realização da atividade. (FONTOURA, 2009, p.3).
O professor não deve preparar um jogo de qualquer maneira, ele deve levar em
consideração ao impacto que esse recurso irá ter na aprendizagem do aluno, tendo dessa
forma a necessidade de fazer um estudo mais amplo sobre o assunto a ser levantado
durante um jogo
Para Grubel (2006, p.5) “através de jogos se desenvolvem muitas habilidades e
conhecimento e ainda, aprender de forma lúdica é muito mais prazeroso e encantador”,
dessa forma, os jogos possibilitam para o educador alcançar os objetivos educacionais
com mais facilidade que na sua ausência.
A utilização do lúdico na vida escolar é caracterizada por ser um recurso
pedagógico muito rico, uma vez que essa atividade explora a criatividade, o
desenvolvimento cultural e, sobretudo, a incorporação de novos valores. (KAHL, 2006,
p. 2).
Metodologia
A referida pesquisa foi realizada com 33 alunos (entre 13 e 15 anos) do 7º ano do
Colégio Professor Arício Fortes. A escolha do referido colégio se deu pelo convívio
com o mesmo por outros projetos desenvolvidos.
10
Posteriormente foram ministradas aulas utilizando diferentes recursos didáticos. O
assunto escolhido para as aulas foi o Reino Monera, sendo esse um assunto meio
abstrato para os alunos uma vez que os mesmo não têm a oportunidade de vê no seu dia
a dia esses seres, só por ilustrações do livro didático.
As aulas foram discutidas obedecendo à seguinte ordem: Na primeira aula os
alunos conheceram quem são os representantes do Reino Monera, onde habitam como
são as estruturas e fisiologia das bactérias e cianobácterias, tendo o cuidado de
classificar quanto aos tipos morfológicos.
Para ajudar quanto ao entendimento em relação ao aspecto morfológico, os alunos
assistiram aos seguintes vídeos: Introdução ao Reino Monera e bactéria feliz.
Posteriormente, os alunos conheceram os diferentes ambientes que as bactérias podem
estar presentes, como também os benefícios e os malefícios que esses organismos
podem trazer para os seres humanos. Para isso, eles assistiram a dois vídeos do Doutor
Bactéria, onde foram expostos os ambientes onde as bactérias se encontram e o que
deve ser feito para que os alimentos não sejam contaminados por esses organismos.
Ao final das citadas aulas, os alunos foram entrevistados, tendo o objetivo de
verificar a opinião dos mesmos em relação aos vídeos assistidos, tal como o impacto
dos mesmos na aprendizagem.
Após a exposição do conteúdo, os alunos responderam um questionário, onde os
mesmos poderiam estudar, para na aula posterior, utilizar um jogo da memória, tal jogo
consistiu da seguinte forma:
O jogo era formado por 26 cartas, sendo 13 perguntas (em cartolina amarela) e 13
respectivas respostas (em cartolina azul), os alunos virariam primeiro a carta
correspondente a cor amarela e posteriormente a carta de cor azul, tendo que verificar se
a resposta condizia com a pergunta referida. Se ambas (perguntas e respostas) tivesse
relação, eles poderiam ficar com as cartas, caso contrário, eles tinham que passar a vez
para outro colega.
No final do jogo os alunos foram entrevistados com a seguinte pergunta “Qual foi
a contribuição do jogo para sua aprendizagem?”, com o objetivo de saber o
aproveitamento do mesmo durante seu desenvolvimento.
Na aula posterior, utilizando os conhecimentos referentes às formas morfológicas
das bactérias, os alunos confeccionaram, juntamente com a professora, os diferentes
11
tipos de bactérias, utilizando material, tais como: isopor, massinha de modelar e cola .
Os alunos foram divididos em quatro grupos, sendo que cada grupo ficou responsável
por uma forma de bactéria (cocos, bacilos, esperilos e vibriões) O objetivo dessa
dinâmica foi fazer com que os alunos representassem esses organismos por meio de um
recurso onde eles mesmos estavam fabricando. Posteriormente, os alunos foram
entrevistados com a seguinte pergunta: “Qual foi a contribuição dessa atividade para sua
aprendizagem?”
Por fim, os alunos responderam um último questionário referente a todas as
atividades desenvolvidas em toda execução do projeto, com intuito de saber qual dos
recursos utilizados em sala de aula os alunos se identificaram mais.
Os resultados foram colocados em gráficos onde pode ser observado o
desempenho da pesquisa.
Resultados e Discussões
O estudo do Reino Monera, para Beneti (2009, p. 3), torna-se difícil, pois os
conteúdos referentes a esses seres vêm muito resumido nos livros, o que é preocupante,
uma vez que, por os alunos não terem conhecimento podem não darem a atenção
necessária a tal conteúdo.
Dessa forma, deve-se tentar retirar do livro esse conhecimento para que os alunos
possam perceber, de forma lúdica, a importância e como esses seres não vistos pelos
mesmos vivem no ambiente. Para isso foi desenvolvida aulas utilizando diferentes
recursos didáticos em sala de aula, como será expostas posteriormente.
Experiência com a utilização de vídeos
Logo após o desenvolvimento das primeiras aulas, foi passado para os alunos
vídeos, no qual mostrava alguns conceitos, curiosidades e imagens reais desses
organismos. Através da observação, pode-se notar que de início os alunos ficaram
surpresos pela imagem, demorando a acreditar que existem seres tão pequenos a ponto
de não se poder ver a olho nu. Essa surpresa pela imagem é posta por Costoldi et al
(2009, p. 6) como uma das reações que ocorrer quando o aluno, nessa idade, se depara
com imagens por meios de vídeos e slides.
12
Para vefificar se a utilização desses vídeos surtiu efeito, os alunos foram
entrevistado com a seguinte pergunta: Qual foi a contribuição dos vídeos apresentados
para sua aprendizagem?
Gráfico 1: contribuição dos vídeos para a aprendizagem do aluno
Fonte: Colegio Prof° Arício fortes
Autoria: SANTOS, L.C.N.
Pode-se observar que os alunos gostaram muito da experiência dos vídeos em sala
de aula, pois os mesmo poderão visualizar imagens reais desses seres que nunca tiveram
a oportunidade de verem por serem seres exclusivamente microscópios. Como mostra
Rosa ( 2007, p. 35) os vídeos, assim como os slides ( que também foi utilizados durante
a pesquisa) apresentam-se como representações bidimensionais de um mundo
tridimensional. Dessa forma, atráves dos vídeos e das imagens apresentados os alunos
puderam visualizar aquilo que não tem oportunidade de verem no seu cotidiano, como
é o caso das bactérias e das cianobactérias.
Algo observado durante os vídeos foi a concentração e a atenção que os alunos
apresentaram no decorrer da execução. Isso está relacionado, segundo Rosa ( 2007,
p.36), ao poder que as imagens e cores despertam nas pessoas.
Experiência com a utilização do jogo
O próximo recurso utilizado nas aulas foi um jogo da memória. Nos dias atuais,
sabe-se que os jogos são uma ótima forma de aprendizagem para os alunos, seja a idade
que for ( BRAGA, 2007, p. 2).
Segundo Vigotsky4
4
VIGOTSKI, L.S. Linguagem, Desenvolvimento e Aprendizagem, 1979. In. MOTEIRO, Juliana Lima.
Jogo, interatividade e tecnologia: uma analise pedagógica. Universidade Federal de São Carlos. São
Paulo. 2007.
13
O lúdico influência enormemente a criança. É através do jogo que a
criança pode aprender a agir, sua curiosidade é estimulada, adquire
iniciativa e autoconfiança, proporciona o desenvolvimento da
linguagem do conhecimento e da concentração (VIGOTSKY, 1979
apud MONTEIRO, 2007).
Para o desenvolvimento do jogo da memória a sala foi dividida em quatro grupos,
visando a organização no decorrer da atividade, sendo que a professora estava presente
no decorrer do jogo.
Deve-se considerar que durante o desenvolvimento de qualquer tipo de atividade é
indispensável que o professor ou orientador esteja presente para que aquele ambiente
seja estimulador, organizado e capaz de atingir os objetivos propostos pelo jogo, uma
vez que a mesma atividade pode atuar como um instrumento de avaliação. ( BRAGA,
2007, p. 4)
Para verificar a influência do jogo da memória na aprendizagem do aluno, os
mesmos foram entrevistados com a seguinte pergunta: Qual foi a contribuição do jogo
para sua aprendizagem?
Gráfico 2: contribuição do jogo para a aprendizagem do aluno
Fonte: Colegio Prof° Arício fortes
Autoria: SANTOS, L.C.N.
Esse resultado pode ser explicado segundo Grubel (2006, p. 10) quando o mesmo
mostra que “no momento que a criança está brincando ela explora o mundo, constroi o
seu saber, aprende a respeitar o outro, desenvolve o sentimento de grupo, ativa a
imaginação e se auto-realiza”, uma vez que o jogo desenvolvido não deixa de ser uma
bricandeira de cunho educativo.
Dessa forma, no momento em que se trabalham os jogos em sala de aula, ocorre a
fixação de conteúdos já aprendidos, requer a participação ativa dos alunos favorecendo
14
a socialização entre eles e possibilita ao professor identificar algumas dificuldades antes
não vistas pelo mesmo. ( MONTEIRO, 2007, p. 11).
Assim como no desenvolvimento dos vídeos, no início da atividade os alunos se
mostraram um pouco dispersos e sem muito interesse para o desenvolvimento do jogo.
Mas, com o insentivo da professora os alunos começaram a se envolver mais no jogo,
sendo mais participativos.
Construção do recurso didático
Essa atividade foi interessante pois teve a participação tanto dos alunos como da
professora, mostrando a importância da participação do docente na construção de
atividades, uma vez que as crianças tem mais possibilidades de assimilar o conteúdo e
mais segurança no que faz ( COSTOLDI et al, 2009, p.12).
No final da construção do recurso, os alunos foram entrevistados com a seguinte
pergunta: Qual foi a contribuição dessa atividade para sua aprendizagem?
Gráfico 3: contribuição da construção do recurso para a aprendizagem do aluno
Fonte: Colegio Prof° Arício fortes
Autoria: SANTOS, L.C.N.
Com base nos resultados das entrevistas com os alunos, a forma como tal
atividade foi realizada acabou despertando a atenção dos mesmos, tendo uma grande
aceitação e participação de todos da turma na confecção do recurso, sendo que no final
todos tiveram a oportunidade de expor seus trabalhos
Análise de todos os recursos utilizados na pesquisa
Depois que todos os recursos selecionados foram desenvolvidos com os alunos
(vídeos, jogos, confecção de recursos) os mesmos responderam um último questionário,
tendo como objetivo verificar qual dos recursos utilizados em sala de aula eles gostaram
mais. Os resultados foram expostos no grafico abaixo:
15
Gráfico 4: análise do desempenho de todos os recursos utilizados em sala.
Fonte: Colegio Prof° Arício fortes
Autoria: SANTOS, L.C.N.
Através dos resultados podemos observar que dentre os recursos utilizados em
sala de aula, o momento da confecção das formas das bactérias foi o mais falado pelos
alunos. Pode-se observar também o descontentamento dos alunos a cerca das aulas onde
se utiliza somente quadro e giz. Maratori (2003, p.6) mostra que é visível o
descontentamento dos alunos frente a uma aula onde o professor utiliza o quadro e o giz
como únicos recursos.
Os recursos podem ser utilizados de diferentes maneiras, seja pela utilização de
filmes, como também de matérias palpáveis, levados para a sala de aula, ou até mesmo
confeccionados na presença dos alunos, no intuito de despertar a curiosidade dos
mesmos.
Segundo Maratori (2003, p.8) “os alunos necessitam dominar o processo de
aprendizagem para o desenvolvimento de suas competências”, dessa forma através da
utilização de jogos educativos, dinâmicas e aulas práticas os alunos desenvolvem
melhor as habilidades educativas absorvendo com mais facilidade as informações.
Conclusão
Constatou-se, através dos resultados expostos, que a utilização de recursos em
sala de aula auxilia no processo de aprendizagem do aluno.
Porém, cada recurso tem um resultado diferente nessa aprendizagem. A pesquisa
nos revelou que a construção de recurso em sala de aula é a mais apontada pelo aluno
como a melhor atividade para ser desenvolvida com os próprios. Entretanto, os outros
16
recursos pedagógicos, como jogos e filmes, também são vistos com bons olhos pelos
mesmos.
De acordo com os resultados os únicos recursos que os alunos não acham bem
apropriada para serem utilizadas em sala de aula são o quadro e o giz. Esteve evidente o
descontentamento dos alunos a cerca das aulas com utilização desses dois recursos
somente.
Dessa forma, o uso de recursos pedagógicos é um método que os professores
podem utilizar para melhorar o processo de ensino-aprendizagem, uma vez que
contribui e enriquece o desenvolvimento cognitivo do aluno.
Com os dados obtidos, confirmou-se que os alunos sentem-se mais motivados e
demonstram um maior desempenho quando neles é despertado o interesse de aprender,
sendo que esse resultado é proveniente da motivação que o professor realiza nos alunos,
estando extremamente associado com a utilização dos recursos didáticos.
Referencial Bibliográfico
• BORGES, Regina Maria Rabello; SCHWARZ, Vera. O papel dos jogos
educativos no processo de qualificação de professores de Ciências. Rio de
Janeiro. 2005.
• BRAGA, Andréa Jovane. Usos dos jogos didáticos em sala de aula. 2007.
• COSTODI, Rafael; POLINARSKI, Celso Aparecido. Utilização de recursos
didáticos-pedagogicos na motivação da aprendizagem. I simpósio
Internacional de Ensino e Tecnologia. 2009.
• FERREIRA, Sheila Margarete Moreno. Os Recursos Didáticos no Processo
ensino-aprendizagem. Cabo Verde. 2007.
• FONTORA, Monique T. Schulz. Aplicabilidade de jogos educativos com
alunos do segundo segmento do ensino fundamental do instituto de
aplicação Fernando Rodrigues da Silveira. Rio de Janeiro. 2009.
• GRUBEL, Joceline Mausolff et al. Jogos Educativos. São Paulo, 2006.
17
• KAHL, Karoline et al. Alfabetização: construindo alternativas com jogos
pedagogicos. Revistas eletrônica de extensão da UFSC. 2006.
• LEITE, Adriana Cristina Souza; SILVA, Pollyana Alves Borges; VAZ, Ana
Cristina Ribeiro. A importância das aulas práticas para alunos e adultos:
uma abordagem investigativa sobre a percepção do PROEF II. Minas
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  • 1. 1 EXPERIÊNCIA COM A UTILIZAÇÃO DOS RECURSOS DIDÁTICOS NAS AULAS DE CIÊNCIAS DO 7º ANO NA ESCOLA ESTADUAL PROFº ARÍCIO FORTES Luzia Cristina de Melo Santos1 EIXO 4 : Formação de Professores Memória e Narrativas Resumo As aulas expositivas é a técnica mais difundida nas escolas. Contudo, estudos revelam que essa técnica pode ser aprimorada com o uso de recursos didáticos diferentes daqueles que são mais utilizados, por serem instrumentos de baixo custo: o quadro e o giz. Esse projeto foi desenvolvido com alunos do 7º ano do Colégio Professor Arício Fortes, onde foram desenvolvidas aulas utilizando recursos didáticos tais como: jogos, recursos audiovisuais e construção de recursos em sala de aula. A iniciativa de desenvolver tal projeto se deu graças ao PIBID (Programa de Iniciação a Docência), onde o mesmo visa o desenvolvimento de aulas mais dinâmicas. Dessa forma, esse trabalho teve como objetivo verificar a importância da utilização dos recursos em sala de aula, identificando o grau de influência de alguns recursos didáticos (jogos, recursos audiovisuais, e fabricação de recursos em sala de aula) na aprendizagem dos alunos. Palavras-chaves: Alunos, Ciências, Recursos didáticos. Abstrat The classes expository are the most widespread technique in schools. However, studies show that this technique can be improved with the use of different didactic resources from those most used for being low-cost tools: the table and chalk. This project has been developed with students of the 7th grade of the School Teacher Arício Fortes. The classes were developed using didactic resources such as games, audiovisual resources and built resources in the classroom. The initiative to develop such a project was thanks to PIBID (Initiation to Teaching Program), where it aims to develop more dynamic classes. Thus, this project aimed to verify the importance of resource use in the classroom, identifying the degree of influence of some didactic resources (games, 1 Graduada em Ciências Biológicas Licenciatura e Mestranda em Ensino de Ciências e Matemática - luzia_bio87@hotmail.com
  • 2. 2 audiovisual resources, and manufacturing resources in the classroom) on student learning. Keywords: Students, Science, Didactic resources. Introdução Ensinar ciências nas séries iniciais não é uma tarefa difícil. Ao contrário, pode ser simples e a chave está na mão do professor, aproveitando aquilo que já é natural dos alunos: o desejo de conhecer, de agir, de dialogar, de interagir, de experimentar e também de teorizar. A técnica mais difundida para esse ensino é a aula expositiva. Uma das possíveis razões pode estar relacionada ao seu baixo custo. Nessas aulas os principais recursos utilizados são o quadro e o giz. Duas das dificuldades enfrentadas com a utilização de aulas expositivas não participativas estão relacionadas à falta de feedback que geralmente acompanha esse método e a passividade do aluno. Para a maioria das pessoas, o aprender é facilitado através do desenvolvimento de algum tipo de atividade. Além do mais, os conteúdos passados por esse tipo de aula tendem a ser esquecidos mais rapidamente, uma vez que a audição passiva é um veículo de aprendizagem menos eficiente, correndo o risco de ocorrer um pequeno aprendizado. Uma aula expositiva pode ser aprimorada por meio da utilização dos recursos didáticos. Uma vez que o aluno sairá da sua situação passiva se tornando um agente ativo da situação, podendo dessa forma absorver mais os conteúdos expostos pelos professores. Isso é colocado em discussão por autores como Trivelato (2006), Moreno (2006), Maratori (2003), dentre outros que mostram a eficácia da utilização dos recursos didáticos no processo de ensino-aprendizagem. O interesse de elaborar tal projeto se deu graças ao PIBID (Programa de Bolsa de Iniciação à Decência). Esse projeto foi criado visto à necessidade de inovar o ensino em sala de aula, tendo como objetivo levar o licenciado para a vida escolar, para que o mesmo possa entrar em contato com os alunos, transmitindo o conhecimento de uma forma mais dinâmica utilizando recursos didáticos.
  • 3. 3 Dessa forma, o referido trabalho tem como objetivo verificar a importância da utilização dos recursos em sala de aula, identificando o grau de influência de alguns recursos didáticos (jogos, recursos audiovisuais, e fabricação de recursos em sala de aula) na aprendizagem dos alunos. Recursos Didáticos e Aprendizagem Os recursos didáticos são considerados todos os tipos de componente de aprendizagem que estimulam o aluno em sala de aula, sendo considerados instrumentos complementares que ajudam a transformar as idéias e fatos em realidade. Esses tipos de matérias auxiliam na transferência de situações, experiências, demonstrações, sons, imagens e fatos para o campo da consciência. Os recursos didáticos envolvem uma diversidade de elementos utilizados como suporte experimental na organização do processo de ensino e de aprendizagem. Sua finalidade é servir de interface mediadora para facilitar a relação entre professor-aluno. De acordo com Costode et al (2009, p. 2) “os recursos didáticos são de fundamental importância no processo de desenvolvimento cognitivo do aluno” uma vez que proporciona uma maior oportunidade de aprendê-lo de forma mais efetiva, onde o aluno poderá aproveitar esse conhecimento por toda a vida. No momento que o professor utiliza um recurso didático dentro da sala de aula, ele transfere os conhecimentos que estão expressos no livro para a realidade do aluno. Dessa forma, o professor pode usar o recurso didático para preparar, melhorar ou aprimorar a aula que será dada. São exemplos de recursos didáticos: artigos, apostilas, livros, softwares, sumários de livros, trabalhos acadêmicos, apresentações, filmes, atividades, exercícios, ilustrações, CDs, DVDs. ( FERREIRA, 2007, p. 3) Dessa forma, os professores podem utilizar esses instrumentos didático- pedagógicos para desenvolver um tipo diferente de aula, de forma mais dinâmica e proveitosa. Não se sabe ao certo quando esses recursos começaram a ser utilizados em sala de aula, contudo essa técnica é desenvolvida por professores por muito tempo, geração a geração, tendo alcançado bons resultados deste então (BRAGA et al, 2007, p. 4).
  • 4. 4 Um dos motivos que pode ter levado tal sucesso é pelo fato de ser mais fácil para o aluno lidar com o conteúdo dado de forma dinâmica que de forma somente textual, uma vez que ele se torna mais envolvido pelo conteúdo dado, absorvendo mais informações. É fato que os professores sempre utilizam um tipo de recurso em sala, uma vez que o quadro e o giz também são considerados recursos didáticos, contudo esses não são ditos como os mais eficazes no processo de aprendizagem do aluno. Trivelato (2006, p.2) diz que “a utilização dos recursos didáticos pedagógicos diferentes dos utilizados pela maioria dos professores (quadro e giz), deixam os alunos mais interessados em aprender”, pois ao utilizar um jogo, um filme ou uma dinâmica em grupo, por exemplo, faz os alunos expressarem suas opiniões, entrando em contato com os conhecimentos de todos na turma. Isso revela outro ponto importante na utilização dos recursos didáticos. No momento que se cria na turma uma discussão, ocorre um envolvimento de todos em sala, socializando a informação apontada por cada um. Dessa forma, no momento em que se utiliza um recurso didático, está mobilizando no aluno uma série de fatores, como: motivação para a participação, desenvolvimento da capacidade de observação, aproximação para a realidade e permite a fixação da aprendizagem (BRAGA et al, 2007, p.5). No momento que se desenvolve uma atividade em grupo, ou um simples jogo, os alunos têm a oportunidade de se comunicarem mais, trabalhar em grupo e dividir seus conhecimentos para toda a turma, caso esse que poderia não ocorrer se o professor desenvolvesse com os alunos uma simples aula expositiva não participativa. Por esse motivo, torna-se necessário a utilização de novas técnicas para auxiliar no processo de ensino-aprendizagem do aluno. E os recursos didáticos suprem essa expectativa, uma vez que todas as experiências apontam bons resultados na utilização dos mesmos. (MARATORI, 2003, p.6) Bravim diz que Ao serem usados no trabalho com os conteúdos escolares, os recursos didáticos servem de mediadores entre estes conteúdos e os alunos. Os alunos se apropriam dos conteúdos e do papel social de determinado recurso didático. (BRAVIN, 2005, p.3) Dessa forma, ao participar de uma aula prática, por exemplo, o aluno pode utilizar o que foi aprendido naquele momento em outras situações do seu cotidiano.
  • 5. 5 Contudo, Costoldi et al diz que Os recursos didático-pedagógicos surtem maior efeito nas aulas apresentadas aos alunos do ensino fundamental (séries iniciais), por serem ainda crianças e se interessarem muito mais por aulas diferentes torna-se mais fácil para uma criança se envolver mais durante a aula com recurso pelo “espírito de brincadeira” que ela ainda possui. (COSTOLDI et al, 2009, p.4) Os alunos do Ensino Fundamental se sentem mais interessados ao lidar com aulas com recursos didáticos por possuírem ainda um espírito de criança. Contudo, não significa dizer que os recursos não possam ser aproveitados por alunos de maior faixa etária, uma vez que é obrigação do professor adequar aquele determinado recurso de acordo com a série que se deseja trabalhar. Leite et al (1998, p. 12) mostra que “o papel do professor é de fundamental importância para que o uso de tais recursos alcance o objetivo” o professor deve ter formação e competência para elaborar e desenvolver um recurso didático, vindo até mesmo a construir com os seus alunos, uma vez que dessa forma possibilitará ao aluno assimilar melhor o conteúdo. Por essa razão, torna-se necessário que os recursos utilizados em sala de aula sejam bem elaborados e escolhidos tendo em vista a realidade do aluno, uma vez que ajudará no desenvolvimento das capacidades de aprender do mesmo, como também auxiliando na resolução de certas situações que, por ventura possam surgir no seu dia-a- dia. Dessa forma, segundo Souza2 O professor deve ter formação e competência para utilizar os recursos didáticos que estão ao seu alcance e muita criatividade, ou ate mesmo construir junto com seus alunos, pois, ao manipular esses objetos a criança tem possibilidade de aprender melhor esses conteúdos. Os recursos didáticos não devem ser utilizados de qualquer jeito, deve haver um planejamento por parte do professor, que deverá saber como utilizá-lo para alcançar o objetivo proposto por sua disciplina (SOUZA, 2007, apud COSTOLDI, 2009). Com isso, o professor deve saber qual recurso didático irá se adequar mais para sua turma e levar em consideração como tal atividade é utilizada em sala de aula, tendo o intuito de não gerar nenhum transtorno para o aluno. 2 SOUZA, S. E. O uso de recursos didáticos no ensino escolar. 2007. COSTODI, Rafael; POLINARSKI, Celso Aparecido. Utilização de recursos didático-pedagogicos na motivação da aprendizagem. I simpósio Internacional de Ensino e Tecnologia. 2009.
  • 6. 6 O Processo de aprendizagem São muitas as pesquisas envolvendo o processo de aprendizagem. Esse termo emergiu das investigações baseadas na experiência em Psicologia, ou seja, investigações levadas a termo com base na pressuposição de que todo conhecimento decorre das experiências vividas por cada indivíduo. (NEVES, 2006, p.5) O processo de aprendizagem é desencadeado a partir da motivação. Esse processo se dá no interior do sujeito, estando intimamente ligado às relações de troca que o mesmo estabelece com o meio, principalmente entre professor e o aluno. É o que mostra Palagana (2001, p.6) quando diz que “toda estrutura educacional está organizada com a finalidade de promover o aprendizado e o desenvolvimento do ser humano”, vindo essa aprendizagem ocorrer através de uma relação entre o sujeito e o objeto de conhecimento, ou seja, numa relação professor – aluno - conteúdo. Torna-se necessário observar que os seres humanos nascem com capacidade para o aprendizado, necessitando apenas de um estímulo externo e interno, ou seja, uma motivação. Há aprendizados que podem ser considerados natos, como o ato de aprender a falar e a andar, necessitando que ele passe pelo processo de maturação física, psicológica e social. Na maioria dos casos a aprendizagem se dá no meio social e temporal em que o indivíduo convive; sua conduta muda, normalmente, por esses fatores, e por predisposições genéticas. Para Pittengr & Gooding A questão de saber quando uma pessoa aprende é vital para avaliar se você ou o aluno deverão trabalhar mais ou menos quando um, ou outro, ou ambos deverão agir, e para estabelecer um ritmo adequado nas experiências de avaliação (1977, p. 64). Nas situações escolares, o interesse é indispensável para que o aluno tenha motivos de ação no sentido de apropriar-se do conhecimento, uma vez que a aprendizagem é um fenômeno extremamente complexo, envolvendo aspectos cognitivos, emocionais, psicossociais e culturais. A utilização dos recursos audiovisuais no Ensino Fundamental
  • 7. 7 Segundo pesquisas, os recursos audiovisuais são os mais utilizados, porque envolvem os sentidos de captação mais forte na aquisição de conhecimento e apreensão de informações (a audição e a visão). É por envolver esses sentidos que os recursos audiovisuais são bastante usados no âmbito do ensino, principalmente no Ensino Fundamental, principalmente, de filmes relacionados com temas referentes aos assuntos que se desejam expor em sala de aula. Segundo Rutz, os recursos audiovisuais São todos e quaisquer recursos utilizados no contexto de um procedimento visando estimular o aluno e objetivando o aprimoramento do processo de ensino aprendizagem [...] onde podemos destacar folhetos, vídeos, sistema de áudio e projeto de slides (RUTZ, 2008, p. 13). Por dispor de tantas opções de recursos audiovisuais, deve-se evitar o ensino puramente verbalizado, uma vez que a aprendizagem é mais eficaz quanto mais se possa realizar uma experiência direta, vista e ouvida. Os recursos audiovisuais são utilizados em sala de aula de diferentes maneiras de acordo com o objetivo da aula dada, cabendo ao professor selecionar os recursos que deseja abordar em sala de aula (VIDAL, 2009, p.5). Dessa forma, os recursos audiovisuais devem ser usados de forma criteriosa para que sejam eficientes e úteis, ou seja, esses recursos não devem ser usados somente quando o professor não tenha preparado a sua aula. (ROSA, 2007, p. 41). São através dos recursos audiovisuais que o professor expõe aos alunos textos ilustrativos com sons e vídeos, tendo como objetivo tornar a aula mais dinâmica. Rosa (2007, p.41) diz que “[...] o uso de um filme ou de uma simulação multimídia deve ter uma função definida no plano de Ensino elaborado pelo Professor para um dado conteúdo”. O professor não deve adotar um vídeo ou um filme só para “mascarar” uma aula que não foi planejada, ele deve utilizar tal recurso tendo em mente a contextualização com um conteúdo já abordado ou que ainda irá abordar. A importância do jogo no Ensino Fundamental Segundo Braga et al (2007, p.5) “Nos dias atuais [.....] os jogos podem ser utilizados como um ótimo recurso para a aprendizagem dos alunos”, sendo um recurso
  • 8. 8 que pode ser utilizado em qualquer série e faixa etária, uma vez que está envolvido tanto no desenvolvimento da criança quanto motivam a manifestação de suas criatividades e imaginação, uma vez que o brincar estimula a criatividade, a imaginação, aprofundando, para a criança, a compreensão da realidade. Contudo, torna-se necessário que o educador utilize um determinado tipo de jogo de acordo com a faixa etária do aluno, como também imponha regras para que o mesmo possa ser desenvolvido com mais aproveitamento (BRAGA et al, 2007, p. 5). É como mostra Vigotski3 , quando o mesmo diz que O tipo de jogo praticado pelo indivíduo depende da sua idade e das habilidades que necessita construir em cada fase do seu desenvolvimento visando dessa forma à idade média da turma antes do desenvolvimento do jogo. (VIGOTSKI, 2003, apud BORGES et al, 2005) Deve-se antes de dar início a qualquer tipo de jogo deixar claro para o aluno o objetivo do mesmo e o que ele deve alcançar no fim da atividade, para que tal atividade não fuja do controle da professora e se transforme numa “zona total”. Segundo Braga et al A maneira que se realiza o jogo, envolve varias ações que geram múltiplos sentimentos, como exaltação, tensão, alegria, frustrações [....] também através do jogo a criança manifesta sua criatividade, espontaneidade, iniciativa e imaginação ( BRAGA et al, 2007, p. 3). Por influenciar tanto a criança, o professor deve ter em mente o papel e o impacto que o jogo pode vir a causar nos seus alunos, por essa razão o docente deve ter em mente o poder de tal atividade na aprendizagem do aluno, não deixando passar a oportunidade de utilizá-lo. Monteiro (2007, p. 25) diz que “O ato de brincar comporta dois elementos importantes: a imaginação e as regras [.....] Ao passo que a criança vai crescendo, as regras vão mudando” para que o jogo possa se adaptar ao aluno e dessa forma possa ir além do seu nível de desenvolvimento atual. 3 VIGOTSKI, L. S. psicologia pedagógica. 2003. BORGES, Regina Maria Rabello; SCHWARZ, Vera. O papel dos jogos educativos no processo de qualificação de professores de Ciências. Rio de Janeiro. 2005.
  • 9. 9 No mundo do brinquedo e dos jogos, no qual o educando aprende a ditar as regras, a brincadeira não é uma atividade inata, mas sim atividade social e humana que supõe contextos sociais, a partir dos quais o aprendiz comanda uma nova realidade e estabelece suas normas. (KAHL, 2006, p. 2). O professor pode utilizar um jogo já existente e conhecido pela turma e adaptá-lo para o assunto que deseja abordar. Por exemplo, o mesmo pode utilizar as regras de um jogo de cartas para criar um jogo de cartas didático com o assunto do reino monera, por exemplo. Outro ponto relevante na utilização do jogo como recurso didático-pedagógico diz respeito ao fato que as vantagens da utilização dos jogos didáticos não estão relacionadas somente para os alunos, uma vez que os educadores também se beneficiam. Quando um professor utiliza em sala de aula um jogo ele necessita de um objetivo central e muita pesquisa para desenvolver tal atividade. Dessa forma, o docente irá obter mais conhecimento e irá desenvolver suas diretrizes pedagógicas para a realização da atividade. (FONTOURA, 2009, p.3). O professor não deve preparar um jogo de qualquer maneira, ele deve levar em consideração ao impacto que esse recurso irá ter na aprendizagem do aluno, tendo dessa forma a necessidade de fazer um estudo mais amplo sobre o assunto a ser levantado durante um jogo Para Grubel (2006, p.5) “através de jogos se desenvolvem muitas habilidades e conhecimento e ainda, aprender de forma lúdica é muito mais prazeroso e encantador”, dessa forma, os jogos possibilitam para o educador alcançar os objetivos educacionais com mais facilidade que na sua ausência. A utilização do lúdico na vida escolar é caracterizada por ser um recurso pedagógico muito rico, uma vez que essa atividade explora a criatividade, o desenvolvimento cultural e, sobretudo, a incorporação de novos valores. (KAHL, 2006, p. 2). Metodologia A referida pesquisa foi realizada com 33 alunos (entre 13 e 15 anos) do 7º ano do Colégio Professor Arício Fortes. A escolha do referido colégio se deu pelo convívio com o mesmo por outros projetos desenvolvidos.
  • 10. 10 Posteriormente foram ministradas aulas utilizando diferentes recursos didáticos. O assunto escolhido para as aulas foi o Reino Monera, sendo esse um assunto meio abstrato para os alunos uma vez que os mesmo não têm a oportunidade de vê no seu dia a dia esses seres, só por ilustrações do livro didático. As aulas foram discutidas obedecendo à seguinte ordem: Na primeira aula os alunos conheceram quem são os representantes do Reino Monera, onde habitam como são as estruturas e fisiologia das bactérias e cianobácterias, tendo o cuidado de classificar quanto aos tipos morfológicos. Para ajudar quanto ao entendimento em relação ao aspecto morfológico, os alunos assistiram aos seguintes vídeos: Introdução ao Reino Monera e bactéria feliz. Posteriormente, os alunos conheceram os diferentes ambientes que as bactérias podem estar presentes, como também os benefícios e os malefícios que esses organismos podem trazer para os seres humanos. Para isso, eles assistiram a dois vídeos do Doutor Bactéria, onde foram expostos os ambientes onde as bactérias se encontram e o que deve ser feito para que os alimentos não sejam contaminados por esses organismos. Ao final das citadas aulas, os alunos foram entrevistados, tendo o objetivo de verificar a opinião dos mesmos em relação aos vídeos assistidos, tal como o impacto dos mesmos na aprendizagem. Após a exposição do conteúdo, os alunos responderam um questionário, onde os mesmos poderiam estudar, para na aula posterior, utilizar um jogo da memória, tal jogo consistiu da seguinte forma: O jogo era formado por 26 cartas, sendo 13 perguntas (em cartolina amarela) e 13 respectivas respostas (em cartolina azul), os alunos virariam primeiro a carta correspondente a cor amarela e posteriormente a carta de cor azul, tendo que verificar se a resposta condizia com a pergunta referida. Se ambas (perguntas e respostas) tivesse relação, eles poderiam ficar com as cartas, caso contrário, eles tinham que passar a vez para outro colega. No final do jogo os alunos foram entrevistados com a seguinte pergunta “Qual foi a contribuição do jogo para sua aprendizagem?”, com o objetivo de saber o aproveitamento do mesmo durante seu desenvolvimento. Na aula posterior, utilizando os conhecimentos referentes às formas morfológicas das bactérias, os alunos confeccionaram, juntamente com a professora, os diferentes
  • 11. 11 tipos de bactérias, utilizando material, tais como: isopor, massinha de modelar e cola . Os alunos foram divididos em quatro grupos, sendo que cada grupo ficou responsável por uma forma de bactéria (cocos, bacilos, esperilos e vibriões) O objetivo dessa dinâmica foi fazer com que os alunos representassem esses organismos por meio de um recurso onde eles mesmos estavam fabricando. Posteriormente, os alunos foram entrevistados com a seguinte pergunta: “Qual foi a contribuição dessa atividade para sua aprendizagem?” Por fim, os alunos responderam um último questionário referente a todas as atividades desenvolvidas em toda execução do projeto, com intuito de saber qual dos recursos utilizados em sala de aula os alunos se identificaram mais. Os resultados foram colocados em gráficos onde pode ser observado o desempenho da pesquisa. Resultados e Discussões O estudo do Reino Monera, para Beneti (2009, p. 3), torna-se difícil, pois os conteúdos referentes a esses seres vêm muito resumido nos livros, o que é preocupante, uma vez que, por os alunos não terem conhecimento podem não darem a atenção necessária a tal conteúdo. Dessa forma, deve-se tentar retirar do livro esse conhecimento para que os alunos possam perceber, de forma lúdica, a importância e como esses seres não vistos pelos mesmos vivem no ambiente. Para isso foi desenvolvida aulas utilizando diferentes recursos didáticos em sala de aula, como será expostas posteriormente. Experiência com a utilização de vídeos Logo após o desenvolvimento das primeiras aulas, foi passado para os alunos vídeos, no qual mostrava alguns conceitos, curiosidades e imagens reais desses organismos. Através da observação, pode-se notar que de início os alunos ficaram surpresos pela imagem, demorando a acreditar que existem seres tão pequenos a ponto de não se poder ver a olho nu. Essa surpresa pela imagem é posta por Costoldi et al (2009, p. 6) como uma das reações que ocorrer quando o aluno, nessa idade, se depara com imagens por meios de vídeos e slides.
  • 12. 12 Para vefificar se a utilização desses vídeos surtiu efeito, os alunos foram entrevistado com a seguinte pergunta: Qual foi a contribuição dos vídeos apresentados para sua aprendizagem? Gráfico 1: contribuição dos vídeos para a aprendizagem do aluno Fonte: Colegio Prof° Arício fortes Autoria: SANTOS, L.C.N. Pode-se observar que os alunos gostaram muito da experiência dos vídeos em sala de aula, pois os mesmo poderão visualizar imagens reais desses seres que nunca tiveram a oportunidade de verem por serem seres exclusivamente microscópios. Como mostra Rosa ( 2007, p. 35) os vídeos, assim como os slides ( que também foi utilizados durante a pesquisa) apresentam-se como representações bidimensionais de um mundo tridimensional. Dessa forma, atráves dos vídeos e das imagens apresentados os alunos puderam visualizar aquilo que não tem oportunidade de verem no seu cotidiano, como é o caso das bactérias e das cianobactérias. Algo observado durante os vídeos foi a concentração e a atenção que os alunos apresentaram no decorrer da execução. Isso está relacionado, segundo Rosa ( 2007, p.36), ao poder que as imagens e cores despertam nas pessoas. Experiência com a utilização do jogo O próximo recurso utilizado nas aulas foi um jogo da memória. Nos dias atuais, sabe-se que os jogos são uma ótima forma de aprendizagem para os alunos, seja a idade que for ( BRAGA, 2007, p. 2). Segundo Vigotsky4 4 VIGOTSKI, L.S. Linguagem, Desenvolvimento e Aprendizagem, 1979. In. MOTEIRO, Juliana Lima. Jogo, interatividade e tecnologia: uma analise pedagógica. Universidade Federal de São Carlos. São Paulo. 2007.
  • 13. 13 O lúdico influência enormemente a criança. É através do jogo que a criança pode aprender a agir, sua curiosidade é estimulada, adquire iniciativa e autoconfiança, proporciona o desenvolvimento da linguagem do conhecimento e da concentração (VIGOTSKY, 1979 apud MONTEIRO, 2007). Para o desenvolvimento do jogo da memória a sala foi dividida em quatro grupos, visando a organização no decorrer da atividade, sendo que a professora estava presente no decorrer do jogo. Deve-se considerar que durante o desenvolvimento de qualquer tipo de atividade é indispensável que o professor ou orientador esteja presente para que aquele ambiente seja estimulador, organizado e capaz de atingir os objetivos propostos pelo jogo, uma vez que a mesma atividade pode atuar como um instrumento de avaliação. ( BRAGA, 2007, p. 4) Para verificar a influência do jogo da memória na aprendizagem do aluno, os mesmos foram entrevistados com a seguinte pergunta: Qual foi a contribuição do jogo para sua aprendizagem? Gráfico 2: contribuição do jogo para a aprendizagem do aluno Fonte: Colegio Prof° Arício fortes Autoria: SANTOS, L.C.N. Esse resultado pode ser explicado segundo Grubel (2006, p. 10) quando o mesmo mostra que “no momento que a criança está brincando ela explora o mundo, constroi o seu saber, aprende a respeitar o outro, desenvolve o sentimento de grupo, ativa a imaginação e se auto-realiza”, uma vez que o jogo desenvolvido não deixa de ser uma bricandeira de cunho educativo. Dessa forma, no momento em que se trabalham os jogos em sala de aula, ocorre a fixação de conteúdos já aprendidos, requer a participação ativa dos alunos favorecendo
  • 14. 14 a socialização entre eles e possibilita ao professor identificar algumas dificuldades antes não vistas pelo mesmo. ( MONTEIRO, 2007, p. 11). Assim como no desenvolvimento dos vídeos, no início da atividade os alunos se mostraram um pouco dispersos e sem muito interesse para o desenvolvimento do jogo. Mas, com o insentivo da professora os alunos começaram a se envolver mais no jogo, sendo mais participativos. Construção do recurso didático Essa atividade foi interessante pois teve a participação tanto dos alunos como da professora, mostrando a importância da participação do docente na construção de atividades, uma vez que as crianças tem mais possibilidades de assimilar o conteúdo e mais segurança no que faz ( COSTOLDI et al, 2009, p.12). No final da construção do recurso, os alunos foram entrevistados com a seguinte pergunta: Qual foi a contribuição dessa atividade para sua aprendizagem? Gráfico 3: contribuição da construção do recurso para a aprendizagem do aluno Fonte: Colegio Prof° Arício fortes Autoria: SANTOS, L.C.N. Com base nos resultados das entrevistas com os alunos, a forma como tal atividade foi realizada acabou despertando a atenção dos mesmos, tendo uma grande aceitação e participação de todos da turma na confecção do recurso, sendo que no final todos tiveram a oportunidade de expor seus trabalhos Análise de todos os recursos utilizados na pesquisa Depois que todos os recursos selecionados foram desenvolvidos com os alunos (vídeos, jogos, confecção de recursos) os mesmos responderam um último questionário, tendo como objetivo verificar qual dos recursos utilizados em sala de aula eles gostaram mais. Os resultados foram expostos no grafico abaixo:
  • 15. 15 Gráfico 4: análise do desempenho de todos os recursos utilizados em sala. Fonte: Colegio Prof° Arício fortes Autoria: SANTOS, L.C.N. Através dos resultados podemos observar que dentre os recursos utilizados em sala de aula, o momento da confecção das formas das bactérias foi o mais falado pelos alunos. Pode-se observar também o descontentamento dos alunos a cerca das aulas onde se utiliza somente quadro e giz. Maratori (2003, p.6) mostra que é visível o descontentamento dos alunos frente a uma aula onde o professor utiliza o quadro e o giz como únicos recursos. Os recursos podem ser utilizados de diferentes maneiras, seja pela utilização de filmes, como também de matérias palpáveis, levados para a sala de aula, ou até mesmo confeccionados na presença dos alunos, no intuito de despertar a curiosidade dos mesmos. Segundo Maratori (2003, p.8) “os alunos necessitam dominar o processo de aprendizagem para o desenvolvimento de suas competências”, dessa forma através da utilização de jogos educativos, dinâmicas e aulas práticas os alunos desenvolvem melhor as habilidades educativas absorvendo com mais facilidade as informações. Conclusão Constatou-se, através dos resultados expostos, que a utilização de recursos em sala de aula auxilia no processo de aprendizagem do aluno. Porém, cada recurso tem um resultado diferente nessa aprendizagem. A pesquisa nos revelou que a construção de recurso em sala de aula é a mais apontada pelo aluno como a melhor atividade para ser desenvolvida com os próprios. Entretanto, os outros
  • 16. 16 recursos pedagógicos, como jogos e filmes, também são vistos com bons olhos pelos mesmos. De acordo com os resultados os únicos recursos que os alunos não acham bem apropriada para serem utilizadas em sala de aula são o quadro e o giz. Esteve evidente o descontentamento dos alunos a cerca das aulas com utilização desses dois recursos somente. Dessa forma, o uso de recursos pedagógicos é um método que os professores podem utilizar para melhorar o processo de ensino-aprendizagem, uma vez que contribui e enriquece o desenvolvimento cognitivo do aluno. Com os dados obtidos, confirmou-se que os alunos sentem-se mais motivados e demonstram um maior desempenho quando neles é despertado o interesse de aprender, sendo que esse resultado é proveniente da motivação que o professor realiza nos alunos, estando extremamente associado com a utilização dos recursos didáticos. Referencial Bibliográfico • BORGES, Regina Maria Rabello; SCHWARZ, Vera. O papel dos jogos educativos no processo de qualificação de professores de Ciências. Rio de Janeiro. 2005. • BRAGA, Andréa Jovane. Usos dos jogos didáticos em sala de aula. 2007. • COSTODI, Rafael; POLINARSKI, Celso Aparecido. Utilização de recursos didáticos-pedagogicos na motivação da aprendizagem. I simpósio Internacional de Ensino e Tecnologia. 2009. • FERREIRA, Sheila Margarete Moreno. Os Recursos Didáticos no Processo ensino-aprendizagem. Cabo Verde. 2007. • FONTORA, Monique T. Schulz. Aplicabilidade de jogos educativos com alunos do segundo segmento do ensino fundamental do instituto de aplicação Fernando Rodrigues da Silveira. Rio de Janeiro. 2009. • GRUBEL, Joceline Mausolff et al. Jogos Educativos. São Paulo, 2006.
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