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MÉTODOS DE TREINAMENTO AERÓBICO *
                                                                        Marlos Rodrigues Domingues

Qualidades físicas – divididas fisiologicamente e pedagogicamente em:

               -   Orgânicas: as principais são as resistências aeróbica,
                   anaeróbica lática e anaeróbica alática.
               -   Neuro-musculares: flexibilidade, resistência muscular localizada,
                   e as forças pura (dinâmica), explosiva (potência) e estática.
               -   Perceptivo-cinéticas:     coordenação,      velocidade     (reação,
                   membros e de deslocamento), equilíbrio, descontração, ritmo e
                   agilidade.

Fatores de influência nos treinos:

               -   Nível inicial dos atletas
               -   Intensidade dos treinos
               -   Volume de treinamento
               -   Freqüência semanal do treino
               -   Forma de trabalho (contínuo, intervalado, terrestres, aquáticos ou
                   aéreos)

           Sempre no início de um treinamento é preciso avaliar as condições
específicas do atleta para fazer uma prescrição com base na individualidade
biológica.

          O princípio da adaptação diz que existe um limiar mínimo para a
produção de benefício, assim como um máximo que pode causar danos se for
ultrapassado.

               -   Limite inferior: 50% do VO2 máximo

               -   Limite superior: 85% do VO2 máximo

         Se trabalharmos com menos de 1/6 da massa muscular, não se
consegue resultado generalizado, apenas no local que trabalha.

           O pico de lactato acontece entre 6 e 8 minutos após o encerramento
do exercício.

Estímulos de treino:
                               ESTÍMULO                          RESPOSTA
                                 Débeis                           Nenhum
                                 Fracos                           Excitação
                                Médios                           Adaptação
                                 Fortes                          Adaptação
                               Muito fortes                        Danos



*
    Artigo disponível on line via: http://www.vetorial.net/~coriolis/renancur.html
O volume de treino depende da qualidade física trabalhada e do
método de treino, e segue esse esquema: sempre que aumentamos o volume,
devemos diminuir a intensidade, e vice-versa. É o princípio da
interdependência volume/intensidade. Sempre que um está alto, o outro está
baixo, do contrário se chegará ao overtraining.

          Atletas de alto nível devem treinar 6 vezes por semana, 2 vezes ao
dia, com treinos físicos, técnico s e táticos. Velocidade e resistência
anaeróbica: 3 vezes por semana, resistência aeróbica: de 3 a 5 vezes por
semana.

          Se no treino de fundo se trabalha aumentos de intensidade, não se
perde capacidade anaeróbica. Só se perde essa capacidade se o trabalho for
muito longo e sem um aumento de intensidade.


MÉTODOS DE TREINO AERÓBICOS


Métodos Contínuos

           São aqueles que envolvem cargas de longa duração, sem
interrupções no seu desenvolvimento, cujo fator preponderante é a quantidade
de trabalho (volume) e não intensidade (qualidade).

          Existem um número bastante ponderável de métodos de treinamento
contínuo dentre os quais devem ser conhecidos os seguintes:

          -   Cerutty: corridas de fundo e meio-fundo, longe das pistas,
              contato com a natureza. Grande volume e intensidade. Volume:
              40 a 120 minutos. Na semana básica: 150 Km e na específica:
              100 Km. 3 sessões diárias, divididas em: fortalecimento: subir em
              dunas de areia. Condicionamento: máximo possível por semana.
              30 Km/sessão. Ritmo: piques de 800-1500 m à nível submáximo.
              Intensidade: maior possível. Sobrecarga: faz a distância e o
              tempo sempre baixa, quando parar de baixar, aumenta a
              distância e fica nela até estacionar de novo.

          -   Marathon-training: fundistas e maratonistas, subidas após
              trabalhos aeróbicos. De 60-150 minutos todos os dias, dividido
              em 6 etapas: cross-country (12 semanas), longas distâncias (14
              semanas), terreno ondulado (8 semanas), aumento de
              velocidade (4 semanas), trabalho intervalado (12 semanas),
              competição e pós-competição (2-4 semanas).

          -   Cross-promenade: quebra de rotina usado em períodos de
              transição ou recuperação da fase básica. Exercícios de
              alongamento, R. M. L. e explosão, com deslocamentos em
              bosques, praias, etc. mínimo de 3 Km com duração de 40 a 90
              minutos, várias voltas no percurso. 4 tipos de atividade:
aquecimento (20 minutos com alongamento, trote, saltos, etc) /
              desenvolvimento muscular (15 minutos de trabalho localizado) /
              trabalho contínuo variado (30 minutos, trabalho contínuo com
              corridas, piques, subidas e saltos, com ou sem obstáculos
              naturais) / trabalho intervalado (30 minutos, com tiros de 100 ou
              200 metros com velocidade e número de repetições
              proporcionais a cada atleta).

          -   Fartleck: fundistas e meio-fundistas de qualquer esporte de
              capacidade aeróbica. Duração de 40 a 120 minutos. Distâncias e
              velocidades variadas. Sem controle fisiológico rígido, o próprio
              atleta estipula a intensidade. Utilizado em combinação com
              outros pra quebrar a rotina.

          -   Método aeróbico de Cooper: treinamento cárdio-pulmonar para
              atletas e não atletas de desportos terrestres e coletivos VO2
              Máx.: = D – 504.1 / 44.9 D = distância percorrida. Na natação
              divide-se a velocidade por 2.9 para se obter valores na água.
              Teste dos 12 minutos – para estabelecer categorias e prescrever
              atividades. Esquema de trabalho: corridas, natação, ciclismo,
              caminhada, marcha, usando como complementares o vôlei,
              basquete, tênis, futebol, etc.


Categorias (classificação até 20 anos – homens)

                      Categoria             Consumo de O2/Kg
                      Muito fraco                28 ou -
                        Fraco                   28.1 – 34
                       Aceitável               34.1 – 42.0
                         Boa                   42.1 – 52.0
                      Excelente                 52.1 ou +



Parâmetros comuns: ETRIA


         -    Estímulo: tiros, arrancadas, e outros gestos esportivos;
         -    Tempo: indo de poucos segundos até 5 minutos. A duração é
              vinculada ao sistema energético trabalhado;
         -    Repetições: dependerá da qualidade física trabalhada, indo de
              10 a 60 repetições;
         -    Intervalo: permitir recuperação incompleta, estar vinculado ao
              metabolismo trabalhado. Descanso fixo: fase preparatória – nadar
              dentro do intervalo: fase específica.
         -    Ação no intervalo: ativa, recuperadora ou ativadora
         -    Recuperadora: anaeróbica alática e oxidativa
         -    Ativa: anaeróbica lática
         -    Passiva: repouso total – velocidade
Métodos Intervalados


Interval Traning Lento

          15 a 30 repetições com intensidades entre 60 e 80%. Deve ser
usado no período básico como primeiro método intervalado.
      Estímulo                                     40" – 5’
      Tempo                           60% - 80% da velocidade máxima
      Repetições                                   15 – 30
      Intervalo                                    Ativador
      objetivo                        Resistência anaeróbica e aeróbica




Interval Traning Rápido

            Esforços anaeróbicos láticos (entre 40" e 2’). Atletas que têm base
fisiológica de resistência anaeróbica lática (400 m).

* O limiar anaeróbico fica por volta de 75 – 78% do VO2 Máximo.
      Estímulo                                    40" – 2’
      Tempo                           80% - 95 % da velocidade máxima
      Repetições                                  30 – 45
      Intervalo                                 Recuperador
      objetivo                          Resistência anaeróbica lática


Interval Sprint

          Desenvolvimento de resistência anaeróbica alática e velocidade.
Fadiga rápida, diminuição da velocidade.

      Estímulo                                     Até 40"
      Tempo                            95 –100% da velocidade máxima
      Repetições                                   30 – 60
      Intervalo                                   Soltando
      objetivo                    Resistência anaeróbica alática e velocidade


Aceleration Sprint

          Desenvolvimento de velocidade pura. Aumento                   gradual   na
velocidade. Auxilia a evitar lesões e pode ser realizado indoor.
      Estímulo                                     Até 20"
      Tempo                           95 – 100% da velocidade máxima
      Repetições                                   30 – 60
      Intervalo                      Velocidade normal, lenta, acelerando
      objetivo                                Velocidade pura
Existem células musculares satélite que são inativas e que com o
trabalho específico se desenvolvem. É por isso que às vezes parece que um
tipo de fibra aumentou em relação a outro.


Hollow Sprint

           Dois tiros e um intervalo. No intervalo deve-se percorrer a mesma
distância dos tiros.

       Estímulo                       50 corre / 50 caminha / 50 corre / 150 caminha
       Tempo                                   95 – 100% no primeiro sprint
       Repetições                      Até que o tempo do 2º sprint seja 80% do 1º
       Intervalo                                       Recuperador
       objetivo                                       Velocidade pura

MATVEIEV (1982)
   CAPACIDADE             CARGA          REPETIÇÕES              VELOCIDADE
FORÇA PURA               90 – 100%          1–3                       --
FORÇA EXPLOSIVA          60 – 85%           6 – 20                 MÁXIMA
R. M. L.                  ATÉ 40%          MUITAS            MODERADA E CONSTANTE


Métodos Fracionados

           Aplicação de um segundo estímulo após a recuperação quase total
dos efeitos do primeiro. 2 tipos básicos: sprints repetidos e corridas repetidas.
ANAERÓBICO            Restauração ATP - CP            ATÉ 10"                  2’- 5’
ALÁTICO                   Débito Alático                                      3’ – 5’
                       Glicogênio muscular                                12 – 48 horas
                                                                        exercício contínuo
ANAERÓBICO
                                                                           7 – 24 horas
LÁTICO                                                                       exercício

                                                                           intervalado
                       Glicogênio hepático                                12 – 24 horas
                       Lactato (remoção)          1 H 30 MINUTOS           30’- 1 hora

                                                                         (repouso ativo)

                                                                           1 – 2 horas

                                                                        (repouso estático)
                    Pagamento do débito de O2                              30’ - 1 hora

           O débito alático é a fase rápida do EPOC, quando o organismo só
quer recuperar os níveis de ATP – CP, e não começou ainda a remoção de
lactato. A fase lenta é o débito lático, momento em que aparece o pico de
lactato.
Nos sprints repetidos utiliza-se 90% anaeróbico alático, 6% do
anaeróbico lático e 4% do oxidativo. Nas corridas repetidas, utiliza-se 10%
anaeróbico alático, 50% anaeróbico lático e 40% aeróbico.


Sprints Repetidos

          Corridas de 100 – 400 metros com intervalo de 4X superior ao tempo
de corrida (1 : 4), 12 – 24 repetições de acordo com o volume de treino.
Intensidade em função da velocidade dos tiros e distância alvo.

O atleta de alto nível recupera 70% após um tiro em 30".



Corridas Repetidas

          Corridas de 800 – 3000 m, com recuperação 3 vezes superior ao
tempo de estímulo (1 : 3), 3 – 10 repetições de acordo com a distância alvo.
Intensidade calculada pela velocidade da corrida.


Métodos em Circuito

           Método misto usado para o desenvolvimento neuromuscular,
cardiorrespiratório e psicocinético. Pode ser usado para qualquer um dos
sistemas energéticos, dependendo dos estímulos e intervalos.

Exercícios que permitam várias pessoas ao mesmo tempo, inclusive com
atletas em repouso ativo. Cada estação é precedida de um tempo de
recuperação ativa.

O circuit-training pode ser:

          -   Anaeróbico: estações de alta intensidade e curta duração, com
              recuperação que permita a remoção de lactato. Como o repouso
              é bem menor que a atividade, não pode ter atletas
              simultaneamente em repouso e atividade.

          -   Aeróbico: estações menos intensas, maior duração e esforços
              mais homogêneos.

          -   Misto (anaeróbico/aeróbico): mistura das cargas e intervalos dos
              anteriores.

            Específico a uma qualidade física (flexibilidade, velocidade,
agilidade...): desenvolvem uma qualidade específica, ou mais de uma, uma
estação para cada qualidade.
Técnico-tático (gestos desportivos ou situações de jogo): podem ter
situações especiais de jogo com mais de um jogador – situações táticas. Usado
com crianças e iniciantes ou atletas de nível intermediário.



Métodos Adaptativos

           Buscam além dos efeitos fisiológicos normais, uma adaptação a
estresses específicos, como ausência de O2 (hypoxic-training), treino em
altitude. A hipóxia produz aumentos na difusão de O2 tecidual (capacidade
aeróbica), e aumenta os níveis de CO2 (capacidade anaeróbica). Apnéias
menores que 10 segundos.

           A altitude desenvolve resistência aeróbica e anaeróbica. O O2
disponível em altitude é o mesmo que ao nível do mar, as moléculas é que
estão mais afastadas. Esse treino aumenta o número de globinas carregando
CO2, diminuindo a quantidade de O2 sangue arterial. A adaptação do
organismo é aumentar a hemoglobina. A altitude vai atuar como uma carga. As
altitudes devem ser maiores que 1500 metros.


Prescrição de treinamento


Aeróbico: pode ser feito pela FCM (mais indicado para pacientes), ou pela FC
de reserva – freqüência cardíaca cronotrópica (mais para atletas), pelo
consumo máximo de oxigênio, pela velocidade de corrida do limiar de lactato,
pela distância alvo.

* A freqüência de reserva é a freqüência de repouso menos a máxima teórica.

A FCM pode ser teórica ou de teste. Se medirmos a freqüência em 6", temos
muitos erros, e se medirmos em 60" pega-se no início uma freqüência diferente
do que no final, pois no início do minuto ao final, o batimento cai.


Tabela aproximada de erros:
                            Segundos     Erro (bpm)
                                6            20
                               10            12
                               15             8
                               30             4
                               60             2

Freqüência cronotrópica: FCTM = 200 FCRep = 60


FC Reserva = 200 – 60 = 140

60 % = 140 X 0.6 = 84 + 60 = 144
85% = 140 X 0.85 = 122 + 60 = 182




Pelo consumo de Oxigênio.

Ex.: VO2 máx = 56 ml.Kg-1 . min-1


MET MAX = 56/3.5 = 16 METS

FT = (MET MAX + 60) / 100

FT = (16 + 60) / 100 = 0.76

IT = MET MAX X FT = 16 X 0.76

IT = 12.16 MET TREINO = 12160 M/H


FT = fração do treino

IT = intensidade do treino


O MET é a capacidade em multiplicar o metabolismo. Uma pessoa que consiga
multiplicar 10 X, tem um consumo de O2 máximo de 35 ml.Kg-1. Min-1 .


Pela velocidade de corrida do limiar de lactato.


Equação de TANAKA


Teste de 40" em metros

Teste de 5’ em metros


VCL = 124 – (40" X 0.831 + 5’ X 0.223)


O limiar aeróbico de lactato ocorre ainda em trabalho aeróbico. O limiar
anaeróbico é diferente do de lactato e ocorre quando se ultrapassa o 100% do
VO2 máximo. Essa equação é validade para jovens de 14 – 20 anos. Entre o
teste de 40" e o de 5" deve ter um tempo mínimo de 30’.
Prescrição pela distância alvo.


Ex.: distância alvo = 6000 m – Quando o tempo estabiliza, aumenta-se 10% a
distância e reinicia-se.

Dia 1 = 6000 em 24’

Dia 2 = 6000 em 23’

Dia 3 = 6000 em 22’

Dia 4 = 6000 em 21’


Prescrição do treino anaeróbico.


Pelo VO2 máximo:


Ex.: VO2 máx = 56 ml.Kg-1. Min-1 .

IT = VO2 MÁX = 56 ml.Kg-1. Min-1 .

IT = VO2 MÁX X 1.10

IT = 56 X 1.10 = 61.6

VC = 61.6 / 0.2 = 308 M/MIN


Prescrição / Determinação de Ideais


Ex.: força explosiva


Teste de impulsão vertical:


Resultados: foram obtidos 10 resultados, sendo que o pior pulou 33 cm e o
melhor 65 cm. O ideal é obtido através da soma do melhor com uma
porcentagem média de 20 % de melhora. Esse grupo portanto tem um ideal de
78 cm.

Ideal: M X 1.20 = 65 X 1.20 = 78 cm
O pior atleta (33 cm) está 100% longe do ideal.
Índice
MÉTODOS DE TREINO AERÓBICOS         2
 Métodos Contínuos                  2
 Métodos Intervalados               4
   Interval Traning Lento           4
   Interval Traning Rápido          4
   Interval Sprint                  4
   Aceleration Sprint               4
   Hollow Sprint                    5
 Métodos Fracionados                5
   Sprints Repetidos                6
   Corridas Repetidas               6
 Métodos em Circuito                6
 Métodos Adaptativos                7

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Metodos de treinamento_aerobico

  • 1. MÉTODOS DE TREINAMENTO AERÓBICO * Marlos Rodrigues Domingues Qualidades físicas – divididas fisiologicamente e pedagogicamente em: - Orgânicas: as principais são as resistências aeróbica, anaeróbica lática e anaeróbica alática. - Neuro-musculares: flexibilidade, resistência muscular localizada, e as forças pura (dinâmica), explosiva (potência) e estática. - Perceptivo-cinéticas: coordenação, velocidade (reação, membros e de deslocamento), equilíbrio, descontração, ritmo e agilidade. Fatores de influência nos treinos: - Nível inicial dos atletas - Intensidade dos treinos - Volume de treinamento - Freqüência semanal do treino - Forma de trabalho (contínuo, intervalado, terrestres, aquáticos ou aéreos) Sempre no início de um treinamento é preciso avaliar as condições específicas do atleta para fazer uma prescrição com base na individualidade biológica. O princípio da adaptação diz que existe um limiar mínimo para a produção de benefício, assim como um máximo que pode causar danos se for ultrapassado. - Limite inferior: 50% do VO2 máximo - Limite superior: 85% do VO2 máximo Se trabalharmos com menos de 1/6 da massa muscular, não se consegue resultado generalizado, apenas no local que trabalha. O pico de lactato acontece entre 6 e 8 minutos após o encerramento do exercício. Estímulos de treino: ESTÍMULO RESPOSTA Débeis Nenhum Fracos Excitação Médios Adaptação Fortes Adaptação Muito fortes Danos * Artigo disponível on line via: http://www.vetorial.net/~coriolis/renancur.html
  • 2. O volume de treino depende da qualidade física trabalhada e do método de treino, e segue esse esquema: sempre que aumentamos o volume, devemos diminuir a intensidade, e vice-versa. É o princípio da interdependência volume/intensidade. Sempre que um está alto, o outro está baixo, do contrário se chegará ao overtraining. Atletas de alto nível devem treinar 6 vezes por semana, 2 vezes ao dia, com treinos físicos, técnico s e táticos. Velocidade e resistência anaeróbica: 3 vezes por semana, resistência aeróbica: de 3 a 5 vezes por semana. Se no treino de fundo se trabalha aumentos de intensidade, não se perde capacidade anaeróbica. Só se perde essa capacidade se o trabalho for muito longo e sem um aumento de intensidade. MÉTODOS DE TREINO AERÓBICOS Métodos Contínuos São aqueles que envolvem cargas de longa duração, sem interrupções no seu desenvolvimento, cujo fator preponderante é a quantidade de trabalho (volume) e não intensidade (qualidade). Existem um número bastante ponderável de métodos de treinamento contínuo dentre os quais devem ser conhecidos os seguintes: - Cerutty: corridas de fundo e meio-fundo, longe das pistas, contato com a natureza. Grande volume e intensidade. Volume: 40 a 120 minutos. Na semana básica: 150 Km e na específica: 100 Km. 3 sessões diárias, divididas em: fortalecimento: subir em dunas de areia. Condicionamento: máximo possível por semana. 30 Km/sessão. Ritmo: piques de 800-1500 m à nível submáximo. Intensidade: maior possível. Sobrecarga: faz a distância e o tempo sempre baixa, quando parar de baixar, aumenta a distância e fica nela até estacionar de novo. - Marathon-training: fundistas e maratonistas, subidas após trabalhos aeróbicos. De 60-150 minutos todos os dias, dividido em 6 etapas: cross-country (12 semanas), longas distâncias (14 semanas), terreno ondulado (8 semanas), aumento de velocidade (4 semanas), trabalho intervalado (12 semanas), competição e pós-competição (2-4 semanas). - Cross-promenade: quebra de rotina usado em períodos de transição ou recuperação da fase básica. Exercícios de alongamento, R. M. L. e explosão, com deslocamentos em bosques, praias, etc. mínimo de 3 Km com duração de 40 a 90 minutos, várias voltas no percurso. 4 tipos de atividade:
  • 3. aquecimento (20 minutos com alongamento, trote, saltos, etc) / desenvolvimento muscular (15 minutos de trabalho localizado) / trabalho contínuo variado (30 minutos, trabalho contínuo com corridas, piques, subidas e saltos, com ou sem obstáculos naturais) / trabalho intervalado (30 minutos, com tiros de 100 ou 200 metros com velocidade e número de repetições proporcionais a cada atleta). - Fartleck: fundistas e meio-fundistas de qualquer esporte de capacidade aeróbica. Duração de 40 a 120 minutos. Distâncias e velocidades variadas. Sem controle fisiológico rígido, o próprio atleta estipula a intensidade. Utilizado em combinação com outros pra quebrar a rotina. - Método aeróbico de Cooper: treinamento cárdio-pulmonar para atletas e não atletas de desportos terrestres e coletivos VO2 Máx.: = D – 504.1 / 44.9 D = distância percorrida. Na natação divide-se a velocidade por 2.9 para se obter valores na água. Teste dos 12 minutos – para estabelecer categorias e prescrever atividades. Esquema de trabalho: corridas, natação, ciclismo, caminhada, marcha, usando como complementares o vôlei, basquete, tênis, futebol, etc. Categorias (classificação até 20 anos – homens) Categoria Consumo de O2/Kg Muito fraco 28 ou - Fraco 28.1 – 34 Aceitável 34.1 – 42.0 Boa 42.1 – 52.0 Excelente 52.1 ou + Parâmetros comuns: ETRIA - Estímulo: tiros, arrancadas, e outros gestos esportivos; - Tempo: indo de poucos segundos até 5 minutos. A duração é vinculada ao sistema energético trabalhado; - Repetições: dependerá da qualidade física trabalhada, indo de 10 a 60 repetições; - Intervalo: permitir recuperação incompleta, estar vinculado ao metabolismo trabalhado. Descanso fixo: fase preparatória – nadar dentro do intervalo: fase específica. - Ação no intervalo: ativa, recuperadora ou ativadora - Recuperadora: anaeróbica alática e oxidativa - Ativa: anaeróbica lática - Passiva: repouso total – velocidade
  • 4. Métodos Intervalados Interval Traning Lento 15 a 30 repetições com intensidades entre 60 e 80%. Deve ser usado no período básico como primeiro método intervalado. Estímulo 40" – 5’ Tempo 60% - 80% da velocidade máxima Repetições 15 – 30 Intervalo Ativador objetivo Resistência anaeróbica e aeróbica Interval Traning Rápido Esforços anaeróbicos láticos (entre 40" e 2’). Atletas que têm base fisiológica de resistência anaeróbica lática (400 m). * O limiar anaeróbico fica por volta de 75 – 78% do VO2 Máximo. Estímulo 40" – 2’ Tempo 80% - 95 % da velocidade máxima Repetições 30 – 45 Intervalo Recuperador objetivo Resistência anaeróbica lática Interval Sprint Desenvolvimento de resistência anaeróbica alática e velocidade. Fadiga rápida, diminuição da velocidade. Estímulo Até 40" Tempo 95 –100% da velocidade máxima Repetições 30 – 60 Intervalo Soltando objetivo Resistência anaeróbica alática e velocidade Aceleration Sprint Desenvolvimento de velocidade pura. Aumento gradual na velocidade. Auxilia a evitar lesões e pode ser realizado indoor. Estímulo Até 20" Tempo 95 – 100% da velocidade máxima Repetições 30 – 60 Intervalo Velocidade normal, lenta, acelerando objetivo Velocidade pura
  • 5. Existem células musculares satélite que são inativas e que com o trabalho específico se desenvolvem. É por isso que às vezes parece que um tipo de fibra aumentou em relação a outro. Hollow Sprint Dois tiros e um intervalo. No intervalo deve-se percorrer a mesma distância dos tiros. Estímulo 50 corre / 50 caminha / 50 corre / 150 caminha Tempo 95 – 100% no primeiro sprint Repetições Até que o tempo do 2º sprint seja 80% do 1º Intervalo Recuperador objetivo Velocidade pura MATVEIEV (1982) CAPACIDADE CARGA REPETIÇÕES VELOCIDADE FORÇA PURA 90 – 100% 1–3 -- FORÇA EXPLOSIVA 60 – 85% 6 – 20 MÁXIMA R. M. L. ATÉ 40% MUITAS MODERADA E CONSTANTE Métodos Fracionados Aplicação de um segundo estímulo após a recuperação quase total dos efeitos do primeiro. 2 tipos básicos: sprints repetidos e corridas repetidas. ANAERÓBICO Restauração ATP - CP ATÉ 10" 2’- 5’ ALÁTICO Débito Alático 3’ – 5’ Glicogênio muscular 12 – 48 horas exercício contínuo ANAERÓBICO 7 – 24 horas LÁTICO exercício intervalado Glicogênio hepático 12 – 24 horas Lactato (remoção) 1 H 30 MINUTOS 30’- 1 hora (repouso ativo) 1 – 2 horas (repouso estático) Pagamento do débito de O2 30’ - 1 hora O débito alático é a fase rápida do EPOC, quando o organismo só quer recuperar os níveis de ATP – CP, e não começou ainda a remoção de lactato. A fase lenta é o débito lático, momento em que aparece o pico de lactato.
  • 6. Nos sprints repetidos utiliza-se 90% anaeróbico alático, 6% do anaeróbico lático e 4% do oxidativo. Nas corridas repetidas, utiliza-se 10% anaeróbico alático, 50% anaeróbico lático e 40% aeróbico. Sprints Repetidos Corridas de 100 – 400 metros com intervalo de 4X superior ao tempo de corrida (1 : 4), 12 – 24 repetições de acordo com o volume de treino. Intensidade em função da velocidade dos tiros e distância alvo. O atleta de alto nível recupera 70% após um tiro em 30". Corridas Repetidas Corridas de 800 – 3000 m, com recuperação 3 vezes superior ao tempo de estímulo (1 : 3), 3 – 10 repetições de acordo com a distância alvo. Intensidade calculada pela velocidade da corrida. Métodos em Circuito Método misto usado para o desenvolvimento neuromuscular, cardiorrespiratório e psicocinético. Pode ser usado para qualquer um dos sistemas energéticos, dependendo dos estímulos e intervalos. Exercícios que permitam várias pessoas ao mesmo tempo, inclusive com atletas em repouso ativo. Cada estação é precedida de um tempo de recuperação ativa. O circuit-training pode ser: - Anaeróbico: estações de alta intensidade e curta duração, com recuperação que permita a remoção de lactato. Como o repouso é bem menor que a atividade, não pode ter atletas simultaneamente em repouso e atividade. - Aeróbico: estações menos intensas, maior duração e esforços mais homogêneos. - Misto (anaeróbico/aeróbico): mistura das cargas e intervalos dos anteriores. Específico a uma qualidade física (flexibilidade, velocidade, agilidade...): desenvolvem uma qualidade específica, ou mais de uma, uma estação para cada qualidade.
  • 7. Técnico-tático (gestos desportivos ou situações de jogo): podem ter situações especiais de jogo com mais de um jogador – situações táticas. Usado com crianças e iniciantes ou atletas de nível intermediário. Métodos Adaptativos Buscam além dos efeitos fisiológicos normais, uma adaptação a estresses específicos, como ausência de O2 (hypoxic-training), treino em altitude. A hipóxia produz aumentos na difusão de O2 tecidual (capacidade aeróbica), e aumenta os níveis de CO2 (capacidade anaeróbica). Apnéias menores que 10 segundos. A altitude desenvolve resistência aeróbica e anaeróbica. O O2 disponível em altitude é o mesmo que ao nível do mar, as moléculas é que estão mais afastadas. Esse treino aumenta o número de globinas carregando CO2, diminuindo a quantidade de O2 sangue arterial. A adaptação do organismo é aumentar a hemoglobina. A altitude vai atuar como uma carga. As altitudes devem ser maiores que 1500 metros. Prescrição de treinamento Aeróbico: pode ser feito pela FCM (mais indicado para pacientes), ou pela FC de reserva – freqüência cardíaca cronotrópica (mais para atletas), pelo consumo máximo de oxigênio, pela velocidade de corrida do limiar de lactato, pela distância alvo. * A freqüência de reserva é a freqüência de repouso menos a máxima teórica. A FCM pode ser teórica ou de teste. Se medirmos a freqüência em 6", temos muitos erros, e se medirmos em 60" pega-se no início uma freqüência diferente do que no final, pois no início do minuto ao final, o batimento cai. Tabela aproximada de erros: Segundos Erro (bpm) 6 20 10 12 15 8 30 4 60 2 Freqüência cronotrópica: FCTM = 200 FCRep = 60 FC Reserva = 200 – 60 = 140 60 % = 140 X 0.6 = 84 + 60 = 144
  • 8. 85% = 140 X 0.85 = 122 + 60 = 182 Pelo consumo de Oxigênio. Ex.: VO2 máx = 56 ml.Kg-1 . min-1 MET MAX = 56/3.5 = 16 METS FT = (MET MAX + 60) / 100 FT = (16 + 60) / 100 = 0.76 IT = MET MAX X FT = 16 X 0.76 IT = 12.16 MET TREINO = 12160 M/H FT = fração do treino IT = intensidade do treino O MET é a capacidade em multiplicar o metabolismo. Uma pessoa que consiga multiplicar 10 X, tem um consumo de O2 máximo de 35 ml.Kg-1. Min-1 . Pela velocidade de corrida do limiar de lactato. Equação de TANAKA Teste de 40" em metros Teste de 5’ em metros VCL = 124 – (40" X 0.831 + 5’ X 0.223) O limiar aeróbico de lactato ocorre ainda em trabalho aeróbico. O limiar anaeróbico é diferente do de lactato e ocorre quando se ultrapassa o 100% do VO2 máximo. Essa equação é validade para jovens de 14 – 20 anos. Entre o teste de 40" e o de 5" deve ter um tempo mínimo de 30’.
  • 9. Prescrição pela distância alvo. Ex.: distância alvo = 6000 m – Quando o tempo estabiliza, aumenta-se 10% a distância e reinicia-se. Dia 1 = 6000 em 24’ Dia 2 = 6000 em 23’ Dia 3 = 6000 em 22’ Dia 4 = 6000 em 21’ Prescrição do treino anaeróbico. Pelo VO2 máximo: Ex.: VO2 máx = 56 ml.Kg-1. Min-1 . IT = VO2 MÁX = 56 ml.Kg-1. Min-1 . IT = VO2 MÁX X 1.10 IT = 56 X 1.10 = 61.6 VC = 61.6 / 0.2 = 308 M/MIN Prescrição / Determinação de Ideais Ex.: força explosiva Teste de impulsão vertical: Resultados: foram obtidos 10 resultados, sendo que o pior pulou 33 cm e o melhor 65 cm. O ideal é obtido através da soma do melhor com uma porcentagem média de 20 % de melhora. Esse grupo portanto tem um ideal de 78 cm. Ideal: M X 1.20 = 65 X 1.20 = 78 cm O pior atleta (33 cm) está 100% longe do ideal.
  • 10. Índice MÉTODOS DE TREINO AERÓBICOS 2 Métodos Contínuos 2 Métodos Intervalados 4 Interval Traning Lento 4 Interval Traning Rápido 4 Interval Sprint 4 Aceleration Sprint 4 Hollow Sprint 5 Métodos Fracionados 5 Sprints Repetidos 6 Corridas Repetidas 6 Métodos em Circuito 6 Métodos Adaptativos 7