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Produção de Suportes Midiáticos para a Educação
Meios Audiovisuais e Educação no
Brasil: o cinema
CCA0296 - Prof. Richard Romancini
Contexto da chegada e desenvolvimento
do cinema no Brasil
• O cinema chega ao Brasil bastante cedo; em
1896 houve uma exibição no Rio, e dois anos
depois em São Paulo.
• Logo o cinema firmou-se como uma diversão
popular: a primeira sala de exibição (RJ, 1897), p.
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automáticos.
• Particularmente na capital, o cinema é beneficiado pela modernização
urbana (eletricidade, etc.). Em 1907, o Rio possui 20 cinematógrafos.
• A ocasional exibição de filmes com “assuntos instrutivos” (paisagens,
microbiologia, astronomia, costumes nacionais, etc.) para estudantes
é feita pelo menos desde 1910.
Fonte: imagem - Cinemateca Brasileira
Anos 1920/1930: o debate sobre o
cinema educativo - I
• Antecedente (1910): criação da filmoteca científica do Museu
Nacional (RP).
• O “cinema educativo” é debatido por intelectuais e pedagogos do
Rio e SP (entre outros, Lourenço Filho, Fernando de Azevedo e
Roquette Pinto). Outros grupos (Igreja, anarquistas, p. ex.) também
preocupam-se com o tema.
• Emergência da Escola Nova estimula o debate.
• A dimensão “moral” do cinema era destacada e o cinema educativo
era defendido contra o “mau” cinema. Por isso, a defesa da censura
como “recurso de educação”.
• A perspectiva, de maneira geral, é intelectualista, moralizante,
positivista (preferência pelos “naturais”) e modernizante – filmes
“falantes e ensinantes” poderiam ser auxiliares do professor,
colaborando na formação dos alunos.
Anos 1920/1930: o debate sobre o
cinema educativo - II
• Educadores buscam influenciar e fomentar
políticas.
• Criada, em 1927, a Comissão de Cinema
Educativo, que organiza uma Exposição de
Cinematografia Educativa, em 1929.
• Fernando Azevedo, diretor da Instrução Pública no
antigo DF, p. ex., assina decreto, em 1928, em que
se diz que o cinema:
“será utilizado exclusivamente como instrumento de educação e como
auxiliar do ensino que facilite a ação do mestre sem substituí-lo”.
• Publicação de Cinema contra Cinema, de Joaquim Canuto Mendes de
Almeida e Cinema e Educação, de Jonathas Serrano e Francisco Venâncio
Filho, ambos de 1931.
Fonte: imagem - Mercado Livre
Instituto Nacional de Cinema Educativo
• Esforços resultam na criação do INCE
(1936/37), tendo Roquette Pinto como
primeiro (e até 1948) diretor.
• O cineasta Humberto Mauro é contratado e
junto com Roquette dá o direcionamento
estético/educativo aos filmes do INCE.
• Reconhece-se a tensão entre “cinema
educativo” e “cinema instrutivo”. Porém,
produção do INCE tende ao segundo.
• Há influência da discussão e práticas de
vários países (Inglaterra: Grierson, EUA,
países autoritários, etc.) que relacionavam o
cinema com a educação.
Fonte: imagem - TV Escola
INCE: filmes
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O descobrimento do Brasil (1936)
No início, não era um projeto do INCE.
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• O INCE beneficiou basicamente uma
pequena elite escolarizada urbana da capital.
• “Professores desinteressados, falta de
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culturais são alguns dos limites concretos e
palpáveis às expectativas transformadoras”
(Schvarzman, 2007, p. 10) do INCE.
• “O cinema era, com certeza, um recurso
sofisticado demais para fazer parte de uma
reforma educacional que precisava, antes de
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INCE: limites, dificuldades e legado
• Outros pontos críticos do projeto do INCE foram:
• Caráter unidirecional: “processo de mão única, onde aqueles
que sabem determinam os saberes necessários aos incultos”
(Schvarzman, 2007, p. 10).
• Descolamento disciplinar: “não se observa nos filmes a
preocupação em se coadunar aos programas escolares” (Idem,
p. 11).
• Certo elitismo: “filmes constroem assim um Brasil organizado,
hierárquico, onde e a imagem e a expressão popular inexistem
ou são apropriadas a partir de um viés erudito” (Ibidem, p. 15).
• Daí, a avaliação que as ações do INCE: “Não marcaram
significativamente a história da educação nacional e também
não repercutiram nas práticas educativas na escola pública”
(Bruzzo, 2004, p. 172).
O fim do INCE
• Em 1966, o INCE foi incorporado pelo então fundado Instituto
Nacional de Cinema (INC), ficando sob a jurisdição do
Departamento de Filme Educativo (DFE), subordinado ao
Ministério da Educação e Cultura (MEC).
• Posteriormente esse setor migra para a Embrafilme,
integrando o Departamento de Filme Cultural (DFC).
• A despeito das preocupações propagandísticas/educativas do
regime militar, e da produção de mais filmes, a ideia de um
cinema com intuito didático perde força.
• O que marca mais os anos 70, em termos da relação entre
audiovisual e educação, é um perfilamento tecnicista, de
apoio ao uso do cinema como “recurso audiovisual para o
ensino”.
O cinema por meio do vídeo na escola
• No início da década de 1980 há a
introdução dos videocassetes no país,
que se popularizam ao longo da década.
• Esta tecnologia favoreceu a veiculação
do cinema na escola e motivou nova
emergência da discussão sobre o
cinema/educação.
• Projetos governamentais também são
realizados, e uma entidade que teve
iniciativas na área foi a Fundação para
o Desenvolvimento da Educação - FDE, do governo do Estado de
São Paulo. De 1988 a 1997, a FDE realizou projetos como a
série Apontamentos e os Cadernos Lições com Cinema.
Fonte: imagem - Lições com Cinema
Formação docente
• Abandono progressivo da ideia do “cinema
educativo”, corresponde ao fortalecimento da
proposta de que qualquer filme pode ter uso
escolar.
• Isto coloca ênfase na mediação do professor
e, por isso, na formação deste para que seja
capaz de “propor leituras mais ambiciosas,
além do puro prazer, fazendo a ponte entre
emoção e razão de forma mais direcionado, incentivando o aluno a se
tornar um espectador mais exigente e crítico” (Napolitano, 2011, p. 15).
• Assim, os professores são o público privilegiado por projetos de
formação para o uso pedagogicamente orientado do cinema, como o
recente projeto O cinema vai à escola - o uso da linguagem
cinematográfica na educação, dentro do programa Cultura é Currículo,
da FDE para a SEE-SP.
https://www.youtube.com/watch?v=3PM
EWU_OV2A
A hipótese-cinema
Fonte: imagem - Nova Escola
• À escola cabe promover o encontro do estudante com a forma
artística do cinema, e o professor tem o papel de “passador”, que
auxilia o aluno a estabelecer conexões entre as obras, o conhecimento
da linguagem das mesmas e a sua contextualização.
• A proposta de Bergala envolve ainda a “passagem ao ato”, no qual os
alunos experimentam o fazer cinematográfico.
• Proposta estrangeira sobre cinema e educação
que tem tido alguma ressonância nos meios
locais é a do francês Alain Bergala.
• Em síntese, defende a inserção escolar do
cinema não a partir das lógicas disciplinares,
mas do cinema como arte, exigindo, para a
formação do gosto, a fruição de obras com
maior elaboração.
Projetos em cinema e educação
• A Universidade parece reunir o maior número de iniciativas, porém,
empresas privadas e ONGs também desenvolvem projetos, como
o Tela Brasil, o Mnemocine, a Brazucah, o Cine Favela, o Kinoforum e
outros (por vezes, mais culturais ou em termos da formação para a
produção do que educativos).
• A difusão/circulação, e também a criação e
troca de experiências, envolvendo o
cinema têm sido estimuladas pelo DVD e,
principalmente, pelo universo digital.
• Assim, p. ex., um projeto como o Porta
Curtas (do início dos anos 2000) favorece a
exibição de filmes brasileiros nesse
formato, possuindo área própria para
professores e sugestões pedagógicas para o uso de filmes.
Fonte: imagem - Rede Kino
Referências
Bergala, Alain. (2008) A hipótese-cinema: pequeno tratado de transmissão do cinema
dentro e fora da escola. Rio de Janeiro: Booklink; CINEAD-LISE -FE/UFRJ.
Bruzzo, Cristina. (2004) Filme “Ensinante”: o interesse pelo cinema educativo no
Brasil. Pro-Posições, v. 15, n. I (43) - jan./abr., p. 159-173. Disponível em link.
Catelli, Rosana. (2004) O Instituto Nacional de Cinema Educativo: o cinema como meio
de comunicação e educação. XXVII Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação,
Porto Alegre. Disponível em link.
Franco, Marília. (2004) Você sabe o que foi o I.N.C.E.? In: Setton, Maria da Graça
Jacintho (org.). A cultura da mídia na escola: ensaios sobre cinema e educação. São
Paulo: Annablume/USP, p. 21-35.
Napolitano, Marcos. (2011) Como usar o cinema na sala de aula. 5ª ed. (1ª ed.:2003),
São Paulo: Contexto.
Schvarzman, Sheila. (2007) Salvando o cinema do cinema - Edgard Roquette Pinto e o
cinema educativo. XXX Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação, Santos.
Disponível em link.

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Cinema Educativo Brasileiro

  • 1. Produção de Suportes Midiáticos para a Educação Meios Audiovisuais e Educação no Brasil: o cinema CCA0296 - Prof. Richard Romancini
  • 2. Contexto da chegada e desenvolvimento do cinema no Brasil • O cinema chega ao Brasil bastante cedo; em 1896 houve uma exibição no Rio, e dois anos depois em São Paulo. • Logo o cinema firmou-se como uma diversão popular: a primeira sala de exibição (RJ, 1897), p. ex., ficava ao lado de caça-níqueis e bonecos automáticos. • Particularmente na capital, o cinema é beneficiado pela modernização urbana (eletricidade, etc.). Em 1907, o Rio possui 20 cinematógrafos. • A ocasional exibição de filmes com “assuntos instrutivos” (paisagens, microbiologia, astronomia, costumes nacionais, etc.) para estudantes é feita pelo menos desde 1910. Fonte: imagem - Cinemateca Brasileira
  • 3. Anos 1920/1930: o debate sobre o cinema educativo - I • Antecedente (1910): criação da filmoteca científica do Museu Nacional (RP). • O “cinema educativo” é debatido por intelectuais e pedagogos do Rio e SP (entre outros, Lourenço Filho, Fernando de Azevedo e Roquette Pinto). Outros grupos (Igreja, anarquistas, p. ex.) também preocupam-se com o tema. • Emergência da Escola Nova estimula o debate. • A dimensão “moral” do cinema era destacada e o cinema educativo era defendido contra o “mau” cinema. Por isso, a defesa da censura como “recurso de educação”. • A perspectiva, de maneira geral, é intelectualista, moralizante, positivista (preferência pelos “naturais”) e modernizante – filmes “falantes e ensinantes” poderiam ser auxiliares do professor, colaborando na formação dos alunos.
  • 4. Anos 1920/1930: o debate sobre o cinema educativo - II • Educadores buscam influenciar e fomentar políticas. • Criada, em 1927, a Comissão de Cinema Educativo, que organiza uma Exposição de Cinematografia Educativa, em 1929. • Fernando Azevedo, diretor da Instrução Pública no antigo DF, p. ex., assina decreto, em 1928, em que se diz que o cinema: “será utilizado exclusivamente como instrumento de educação e como auxiliar do ensino que facilite a ação do mestre sem substituí-lo”. • Publicação de Cinema contra Cinema, de Joaquim Canuto Mendes de Almeida e Cinema e Educação, de Jonathas Serrano e Francisco Venâncio Filho, ambos de 1931. Fonte: imagem - Mercado Livre
  • 5. Instituto Nacional de Cinema Educativo • Esforços resultam na criação do INCE (1936/37), tendo Roquette Pinto como primeiro (e até 1948) diretor. • O cineasta Humberto Mauro é contratado e junto com Roquette dá o direcionamento estético/educativo aos filmes do INCE. • Reconhece-se a tensão entre “cinema educativo” e “cinema instrutivo”. Porém, produção do INCE tende ao segundo. • Há influência da discussão e práticas de vários países (Inglaterra: Grierson, EUA, países autoritários, etc.) que relacionavam o cinema com a educação. Fonte: imagem - TV Escola
  • 6. INCE: filmes https://www.youtube.com/watch?v=MnPOr R_ctMg O descobrimento do Brasil (1936) No início, não era um projeto do INCE. https://www.youtube.com/watch?v=OzSWGp HIfIk Um Apólogo (1939) Adaptação do conto de Machado de Assis. https://www.youtube.com/watch?v=8Odxydx OUw8 Lagoa Santa (1942) Filme de HM, com Roquette Pinto. https://www.youtube.com/watch?v=JzCMGI7 VCv8 A velha a fiar (1964) Um dos últimos filmes da série Brasilianas (1945-1964). https://www.youtube.com/watch?v=iEzQbA2 oFgU Carro de boi (1974) Último filme de Mauro, já no Departamento do Filme Educativo. https://www.youtube.com/watch?v=kTb4eW ZsB2U Humberto Mauro, cinema, história Entrevista, de 2013, do pesquisador Eduardo Morettin sobre HM.
  • 7. INCE: limites e dificuldades Fonte: imagem - Cinemateca Brasileira • O INCE beneficiou basicamente uma pequena elite escolarizada urbana da capital. • “Professores desinteressados, falta de equipamentos, distâncias geográficas e culturais são alguns dos limites concretos e palpáveis às expectativas transformadoras” (Schvarzman, 2007, p. 10) do INCE. • “O cinema era, com certeza, um recurso sofisticado demais para fazer parte de uma reforma educacional que precisava, antes de tudo, construir escolas e colocar alunos dentro delas” (Franco, 2004, p. 32).
  • 8. INCE: limites, dificuldades e legado • Outros pontos críticos do projeto do INCE foram: • Caráter unidirecional: “processo de mão única, onde aqueles que sabem determinam os saberes necessários aos incultos” (Schvarzman, 2007, p. 10). • Descolamento disciplinar: “não se observa nos filmes a preocupação em se coadunar aos programas escolares” (Idem, p. 11). • Certo elitismo: “filmes constroem assim um Brasil organizado, hierárquico, onde e a imagem e a expressão popular inexistem ou são apropriadas a partir de um viés erudito” (Ibidem, p. 15). • Daí, a avaliação que as ações do INCE: “Não marcaram significativamente a história da educação nacional e também não repercutiram nas práticas educativas na escola pública” (Bruzzo, 2004, p. 172).
  • 9. O fim do INCE • Em 1966, o INCE foi incorporado pelo então fundado Instituto Nacional de Cinema (INC), ficando sob a jurisdição do Departamento de Filme Educativo (DFE), subordinado ao Ministério da Educação e Cultura (MEC). • Posteriormente esse setor migra para a Embrafilme, integrando o Departamento de Filme Cultural (DFC). • A despeito das preocupações propagandísticas/educativas do regime militar, e da produção de mais filmes, a ideia de um cinema com intuito didático perde força. • O que marca mais os anos 70, em termos da relação entre audiovisual e educação, é um perfilamento tecnicista, de apoio ao uso do cinema como “recurso audiovisual para o ensino”.
  • 10. O cinema por meio do vídeo na escola • No início da década de 1980 há a introdução dos videocassetes no país, que se popularizam ao longo da década. • Esta tecnologia favoreceu a veiculação do cinema na escola e motivou nova emergência da discussão sobre o cinema/educação. • Projetos governamentais também são realizados, e uma entidade que teve iniciativas na área foi a Fundação para o Desenvolvimento da Educação - FDE, do governo do Estado de São Paulo. De 1988 a 1997, a FDE realizou projetos como a série Apontamentos e os Cadernos Lições com Cinema. Fonte: imagem - Lições com Cinema
  • 11. Formação docente • Abandono progressivo da ideia do “cinema educativo”, corresponde ao fortalecimento da proposta de que qualquer filme pode ter uso escolar. • Isto coloca ênfase na mediação do professor e, por isso, na formação deste para que seja capaz de “propor leituras mais ambiciosas, além do puro prazer, fazendo a ponte entre emoção e razão de forma mais direcionado, incentivando o aluno a se tornar um espectador mais exigente e crítico” (Napolitano, 2011, p. 15). • Assim, os professores são o público privilegiado por projetos de formação para o uso pedagogicamente orientado do cinema, como o recente projeto O cinema vai à escola - o uso da linguagem cinematográfica na educação, dentro do programa Cultura é Currículo, da FDE para a SEE-SP. https://www.youtube.com/watch?v=3PM EWU_OV2A
  • 12. A hipótese-cinema Fonte: imagem - Nova Escola • À escola cabe promover o encontro do estudante com a forma artística do cinema, e o professor tem o papel de “passador”, que auxilia o aluno a estabelecer conexões entre as obras, o conhecimento da linguagem das mesmas e a sua contextualização. • A proposta de Bergala envolve ainda a “passagem ao ato”, no qual os alunos experimentam o fazer cinematográfico. • Proposta estrangeira sobre cinema e educação que tem tido alguma ressonância nos meios locais é a do francês Alain Bergala. • Em síntese, defende a inserção escolar do cinema não a partir das lógicas disciplinares, mas do cinema como arte, exigindo, para a formação do gosto, a fruição de obras com maior elaboração.
  • 13. Projetos em cinema e educação • A Universidade parece reunir o maior número de iniciativas, porém, empresas privadas e ONGs também desenvolvem projetos, como o Tela Brasil, o Mnemocine, a Brazucah, o Cine Favela, o Kinoforum e outros (por vezes, mais culturais ou em termos da formação para a produção do que educativos). • A difusão/circulação, e também a criação e troca de experiências, envolvendo o cinema têm sido estimuladas pelo DVD e, principalmente, pelo universo digital. • Assim, p. ex., um projeto como o Porta Curtas (do início dos anos 2000) favorece a exibição de filmes brasileiros nesse formato, possuindo área própria para professores e sugestões pedagógicas para o uso de filmes. Fonte: imagem - Rede Kino
  • 14. Referências Bergala, Alain. (2008) A hipótese-cinema: pequeno tratado de transmissão do cinema dentro e fora da escola. Rio de Janeiro: Booklink; CINEAD-LISE -FE/UFRJ. Bruzzo, Cristina. (2004) Filme “Ensinante”: o interesse pelo cinema educativo no Brasil. Pro-Posições, v. 15, n. I (43) - jan./abr., p. 159-173. Disponível em link. Catelli, Rosana. (2004) O Instituto Nacional de Cinema Educativo: o cinema como meio de comunicação e educação. XXVII Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação, Porto Alegre. Disponível em link. Franco, Marília. (2004) Você sabe o que foi o I.N.C.E.? In: Setton, Maria da Graça Jacintho (org.). A cultura da mídia na escola: ensaios sobre cinema e educação. São Paulo: Annablume/USP, p. 21-35. Napolitano, Marcos. (2011) Como usar o cinema na sala de aula. 5ª ed. (1ª ed.:2003), São Paulo: Contexto. Schvarzman, Sheila. (2007) Salvando o cinema do cinema - Edgard Roquette Pinto e o cinema educativo. XXX Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação, Santos. Disponível em link.