1. Preparo Cavitário –
É o tratamento biomecânico da cárie e de outras lesões dos tecidos duros do dente, afim de
que as estruturas remanescentes possam receber uma restauração que as proteja, seja resistente e
previna a
reincidência de cárie, devolvendo a forma, função e estética.
Tempos Operatório (Princípios do Preparo Cavitário)
1.
Forma de abertura da cavidade (Acesso) -
visa a remoção do esmalte sem apoio dentinário, com a
finalidade de expor a
lesão de cárie, facilitando sua visualização e, desta forma, permitir a instrumentação das
fases subsequentes do preparo cavitário:
o
Instrumentos manuais – curetas, cortantes e recortadores.
Cureta
Cinzel
Recortador de Margem Gengival
o
Instrumentos Rotatórios – Pontas diamantadas (agem por desgaste), brocas e fresas (agem por
corte), em alta ou baixa rotação.
o
Remoção de Esmalte – Alta rotação com ponta diamantada
o
Alta Rotação (150.000 a 400.000 RPM) – montada no conector do meio (40 PSI)
Turbina movida a ar comprimido;
Lubrificar seguindo instrução do fabricante, antes e depois da utilização;
2. Uso do “Push Button (Dabi)”, “Press Button (Kavo)” ou saca broca para inserir e remover a
ponta;
Refrigeração abundante com água – usar o pedal no máximo;
Segurar como caneta.
2.
Remoção da Dentina Cariada -
consiste na remoção de toda dentina que se encontra desmineralizada e
infectada, pela lesão de cárie, de modo irreversível:
o
Instrumentos manuais – curetas.
o
Instrumentos Rotatórios – brocas e fresas (agem por corte), em baixa rotação.
o
Baixa Rotação (500 a 30.000 RPM) – montada no conector da ponta (80 PSI)
Micromotor movida a ar comprimido e acoplamento (contra ângulo ou peça reta)
Ponta Diamantada
Esférica
Entrada de Água
Entrada de Ar
Broca
Esférica
Fluxo de Ar
Controle do sentido de rotação e velocidade – feito no micromotor;
Usar mandril para adaptar broca de alta no baixa.
o
Remoção da Cárie ou Dentina – Baixa rotação (sentido horário - direita) com Boca
3.
3. Forma de Contorno –
visa delimitar a área da superfície do dente que deverá ser incluída no preparo
cavitário:
o
Próximo ao limites da lesão de cárie;
o
Não deixar esmalte sem suporte – remoção ou preenchimento com “dentina artificial”;
o
As margens do preparo (ângulo cavo-
superficial) devem estar localizadas em áreas que possibilitem
um correto acabamento das margens da restauração – não localizada em contato.
o
Preservar estruturas de reforço do dente – Cristas marginais, pontes de esmalte, cúspides;
4.
Forma de Resistência – consiste em se dar forma à cavidade para que a estrutura
dental e material
restaurador possam resistir aos esforços mastigatórios, variação volumétrica
dos materiais restauradores,
diferenças no coeficiente de expansão térmica do dente e do material restaurador:
o
Princípios mecânicos de Black
Todo esmalte deverá estar suportado por dentina
sadia;
Paredes circundantes planas e paralelas
entre si e perpendiculares a parede pulpar;
Remoção de Cárie com Broca
Remoção de Cárie com Cureta
5. 9
Parede gengival plana e paralela à parede pulpar e
ambas perpendiculares ao longo eixo do dente;
Ângulos diedros e triedros definidos;
Ângulo Áxio-pulpar arredondado;
5.
Forma de Retenção –
consiste em se dar forma à cavidade com a finalidade de evitar o deslocamento da
restauração:
o
Forma de Retenção = imbricamento mecânico entre o material restaurador e paredes cavitárias:
Preparo Cavitário;
Sistema Adesivo – Formação da Camada Híbrida;
Retenção Adicional – Pins, Canaletas, Pinos (intradentinários ou intracanais).
6.
Forma de Conveniência – consiste em manobras para facilitar o acesso, a conformação e a
instrumentação
da cavidade:
o
Afastamento temporário dos dentes;
o
Isolamento absoluto do campo operatório;
o
6. Proteção do dente vizinho (preparos cavitário Classe II e III);
7.
Limpeza da Cavidade –
consiste em remover os resíduos do preparo cavitário antes da inserção do material
protetor e/ou restaurador através de diferentes agentes considerados de limpeza dentinária:
o
Agentes não desmineralizantes –
Germicidas (Clorexidina), Detergentes (Tergentol), Anticariogênicos
(Flúor) e Alcalinizantes (água de Cal);
Flúor e água de Cal não devem ser usados antes de sistemas adesivos pois interferem no
condicionamento ácido.
o
Agentes desmineralizantes – ácidos (fosfórico, poliacrílico, EDTA).
8. 10
ODONTOLOGIA
Clínica Odontológica II
Módulo de Dentística
AULA PRÁTICA DE ISOLAMENTO DO CAMPO OPERATÓRIO
Exercícios –
Isolamento Absoluto do arco superior para restaurar dente 16; Isolamento Absoluto do arco infe
rior
para restaurar dente 36..
Isolamento Relativo –
Controla a umidade do campo operatório por meio da absorção e eliminação dos fluídos
salivares.
1.
Indicações:
o
Intervenções de curta duração;
o
Aplicação tópica de flúor e selante;
o
Alguns tipos de moldagens;
o
Restaurações provisórias;
o
Colagem de braquetes ortodônticos;
o
Cimentação de peças protéticas;
o
Erupção parcial de dentes;
o
Pacientes alérgicos a borracha e derivados;
o
9. Pacientes com dificuldade respiratória.
2.
Materiais e instrumental:
o
Rolos de algodão ou gaze;
o
Pinça, sonda, espelho bucal;
o
Suctores de saliva;
o
Mantenedores de rolos de algodão.
3.
Técnica:
o
Montar a bandeja com o instrumental;
o
Confecção de rolos de algodão com cabo do espelho;
o
Posicionar 1 rolo de algodão na saída de cada glândula salivar maior (parótidas,
sublinguais/submandibulares);
o
Posicionar rolos de algodão próximo à área de trabalho.
Isolamento Absoluto –
É o único meio de se conseguir um campo operatório totalmente livre de umidade – saliva,
fluido gengival e respiração.
4.
Vantagens:
o
Retração e proteção dos tecidos moles;
o
Melhor acesso e visibilidade;
o
10. Condições adequadas para inserção dos materiais;
o
Auxilia no controle de infecção;
o
Redução do tempo de trabalho;
o
Trabalho em condições assépticas;
o
Proteção para o paciente e profissional.
5.
Materiais e instrumental:
o
Lençol de borracha;
o
Porta dique de borracha – Arco de Young;
o
Perfurador de dique de borracha;
o
Grampos;
o
Pinça porta-grampo;
o
Caneta hidrocor na cor preta;
o
Sugador de saliva;
o
Fio dental;
o
Lubrificante – creme de barbear;
o