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O Branquinho

       Era uma vez um jovem baixinho e gordinho, com a forma de uma pequena
batata-doce, muito aventureiro e descobridor, o Branquinho. Gostava de brincar, jogar
e saltar com o irmão mais velho, o Cinzentinho. Este era mais tímido e pouco falador,
nada tinha a ver com o irmão.
       Numa das muitas noites frias na Flocolândia, os dois irmãos dormiam
tranquilamente nos seus cogumelos grandes, vermelhos e recheados de pequenas
pintas brancas e, nisto, o Branquinho acorda agitado com o sonho que teve, e , com a
sua voz fininha, chama apressadamente o seu mano para lhe contar o terrível pesadelo
que o assombrou naquela noite. Cinzentinho, que acordara sobressaltado com a
perturbação do irmão, nem tempo teve para se recompor do susto.
       - Então Branquinho, o que foi? – pergunta ainda com o sono a espreitar.
       - Nem imaginas, tive um sonho horrível! –exclama o irmão alterado.
       - Conta maninho, estou aqui para te ouvir. – encoraja o Cinzentinho enquanto
esfregava os olhos.
       Branquinho descreve ao irmão o seu sonho. Ele conta que, ao passar a ponte
que dividia a cidade em duas partes (a parte do bem e a do mal), entra na parte má e
vê-se perdido numa floresta da qual não conseguia sair. Sentiu-se aflito na noite escura
daquele lado da ponte, então tentou encontrar uma saída de modo a poder voltar para
casa. No meio de tanta confusão, apercebeu-se de que não tinha feito a escolha certa
e tentou rapidamente encontrar um sítio para ficar, pois sabia que, naquela escuridão,
não iria achar a saída que o levaria de volta a casa. Passado um certo tempo, descobre
um lugar onde se podia abrigar daquele silêncio e escuridão que o perturbava e onde
arriscaria passar o resto da noite. Pouco depois, acorda meio assustado, sem saber se
seria ou não verdade aquilo que se estava a passar, e decide levantar-se na esperança
de encontrar o caminho que o levasse a casa. Mas logo percebe que ainda era um
pouco difícil pois aquela escuridão não tinha passado.
       É que aquele lado bastante sombrio era e seria sempre caracterizado pela
paisagem escura que se mantinha presente, e cedo ele compreende que nada havia a
fazer contra isso e que, para atingir o que queria, teria de lutar e esquecer o receio que
tudo aquilo lhe causava.
Branquinho lá ia caminhando no meio do nada, umas vezes depressa, outras
mais devagar, e, sempre meio receoso, tentava encontrar algo que o levasse a sair
daquele lugar que o atormentava cada vez mais. Desesperado e no limite da fadiga
por tanto caminho já percorrido, decide sentar-se para descansar e encostar-se um
pouco ao pé daquilo que lhe parecera, ao primeiro toque, ser um tronco de uma
árvore. Entretanto, algo o chamou à atenção, algo que se ia aproximando dele muito
devagarinho e que Branquinho conseguia ver perfeitamente, mesmo estando ainda
um pouco longe do local onde ele se encontrava a repousar. Aquilo seria sem dúvida a
única coisa que naquele momento brilhava intensamente, como uma luz meio azul
meio branca, e que captaria, naquele instante, toda a atenção de qualquer um que ali
estivesse. Perguntava-se a si próprio “Mas o que será aquilo que brilha tanto? Um
pirilampo? Um enxame de pirilampos? Brilha mesmo muito, e além disso, essas luzes
movem-se desesperadamente, como que à procura de um caminho para se libertar…
Será mesmo um candeeiro de pirilampos? Isso significa que existe alguém que me
possa ajudar! Boa!”.
       - Então, e eram mesmo pirilampos? – pergunta o irmão, empolgado para ouvir
o resto da história.
       - Sim! Fiquei tão feliz por saber que não estava sozinho naquela terra, que até
metia medo de tão escura que era… Eram pequenos bichinhos que se movimentavam
dentro de um pequeno pote de vidro, para conseguirem iluminar toda a casa do velho
que me ajudou a encontrar o caminho de volta a casa.
       - Mas explica lá isso, encontraste um velho que, assim do nada, te levou de
volta a casa? Não percebi.
       - Também não percebes nada! Quando encontrei esses tais pirilampos, segui a
luz que eles emitiam e fui dar a uma entrada num tronco de uma árvore bem grande,
como aquelas dos contos de fadas. Entrei e encontrei finalmente luz, uma luz quente
mas ao mesmo tempo fraca. Gritei “Está alguém em casa? Preciso de ajuda!” e, de
repente, sem mais nem menos, aparece um duende. À primeira vista, parecia um tipo
de palhaço anão, com roupas coloridas e divertidas, uma espécie de Batatoon ali
mesmo à minha frente. E aí perguntei-lhe se não havia ninguém mais sábio que ele,
não querendo de alguma forma insultá-lo. Respondeu-me que o seu dono, o feiticeiro
mais conhecido das redondezas, estava naquele momento ocupado na casa de banho.
Ri-me e esperei que ele saísse e, enquanto isso, o pequeno duende pediu-me que lhe
transmitisse o que queria do feiticeiro. Eu respondi:
       - Estou perdido e não sei como voltar para casa. Tenho fome, sono e só quero
abraçar o meu irmão porque estou a morrer de saudades dele. Acho que, se esse tal
feiticeiro inventasse qualquer coisa que fosse para me poder levar de volta a casa, eu
aceitaria com todo o prazer.
       - Acho que tenho a solução perfeita para ti! – retorquiu o duende ao mesmo
tempo que se deslocava até a um armário. - Acho que está por aqui a pequena poção
que te pode ajudar com esse teu pequeno problema, vou-te dar um chá e quando a
encontrar, dar-ta-ei e só precisas de engoli-la para poderes voltar a casa são e salvo.
       - E é só isso que tenho de fazer? Engolir uma poção para este pesadelo acabar?
Não acredito! É demasiado fácil, pensava que para problemas complicados existiam
soluções complicadas, mas aqui parece ser tudo ao contrário. Quando o sol deve
aparecer, só a lua me pode iluminar, quando preciso de um feiticeiro, ele está ocupado
a fazer sabe-se lá o quê, quando penso que estou longe de casa e que vai ser difícil
encontrar o caminho, surge um duende com uma poção milagrosa que me pode levar
onde quero... Não percebo esta terra, prefiro esperar pelo feiticeiro. – resmungou ele.
       Entretanto o feiticeiro chegou e indicou-me uma espécie de esconderijo. Disse
para me esconder, fechar os olhos e pensar que está tudo bem, que esse pensamento
me iria levar onde eu queria estar, em casa. Fiz tudo o que ele disse e, quando abri os
olhos, reparei que era só um sonho. Só mais um pesadelo para me relembrar o quão
importante és maninho, e o quanto eu te amo pois, sem ti, acho que a minha vida seria
assim, escura e sombria, sem luz, sem nada. Obrigado irmão.


                                                                         Alexandra n.º 2 ,
                                                                           Ana Rita n.º 3 ,
                                                                           Caroliny n.º 10
                                                                                  10.º C 4

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  • 1. O Branquinho Era uma vez um jovem baixinho e gordinho, com a forma de uma pequena batata-doce, muito aventureiro e descobridor, o Branquinho. Gostava de brincar, jogar e saltar com o irmão mais velho, o Cinzentinho. Este era mais tímido e pouco falador, nada tinha a ver com o irmão. Numa das muitas noites frias na Flocolândia, os dois irmãos dormiam tranquilamente nos seus cogumelos grandes, vermelhos e recheados de pequenas pintas brancas e, nisto, o Branquinho acorda agitado com o sonho que teve, e , com a sua voz fininha, chama apressadamente o seu mano para lhe contar o terrível pesadelo que o assombrou naquela noite. Cinzentinho, que acordara sobressaltado com a perturbação do irmão, nem tempo teve para se recompor do susto. - Então Branquinho, o que foi? – pergunta ainda com o sono a espreitar. - Nem imaginas, tive um sonho horrível! –exclama o irmão alterado. - Conta maninho, estou aqui para te ouvir. – encoraja o Cinzentinho enquanto esfregava os olhos. Branquinho descreve ao irmão o seu sonho. Ele conta que, ao passar a ponte que dividia a cidade em duas partes (a parte do bem e a do mal), entra na parte má e vê-se perdido numa floresta da qual não conseguia sair. Sentiu-se aflito na noite escura daquele lado da ponte, então tentou encontrar uma saída de modo a poder voltar para casa. No meio de tanta confusão, apercebeu-se de que não tinha feito a escolha certa e tentou rapidamente encontrar um sítio para ficar, pois sabia que, naquela escuridão, não iria achar a saída que o levaria de volta a casa. Passado um certo tempo, descobre um lugar onde se podia abrigar daquele silêncio e escuridão que o perturbava e onde arriscaria passar o resto da noite. Pouco depois, acorda meio assustado, sem saber se seria ou não verdade aquilo que se estava a passar, e decide levantar-se na esperança de encontrar o caminho que o levasse a casa. Mas logo percebe que ainda era um pouco difícil pois aquela escuridão não tinha passado. É que aquele lado bastante sombrio era e seria sempre caracterizado pela paisagem escura que se mantinha presente, e cedo ele compreende que nada havia a fazer contra isso e que, para atingir o que queria, teria de lutar e esquecer o receio que tudo aquilo lhe causava.
  • 2. Branquinho lá ia caminhando no meio do nada, umas vezes depressa, outras mais devagar, e, sempre meio receoso, tentava encontrar algo que o levasse a sair daquele lugar que o atormentava cada vez mais. Desesperado e no limite da fadiga por tanto caminho já percorrido, decide sentar-se para descansar e encostar-se um pouco ao pé daquilo que lhe parecera, ao primeiro toque, ser um tronco de uma árvore. Entretanto, algo o chamou à atenção, algo que se ia aproximando dele muito devagarinho e que Branquinho conseguia ver perfeitamente, mesmo estando ainda um pouco longe do local onde ele se encontrava a repousar. Aquilo seria sem dúvida a única coisa que naquele momento brilhava intensamente, como uma luz meio azul meio branca, e que captaria, naquele instante, toda a atenção de qualquer um que ali estivesse. Perguntava-se a si próprio “Mas o que será aquilo que brilha tanto? Um pirilampo? Um enxame de pirilampos? Brilha mesmo muito, e além disso, essas luzes movem-se desesperadamente, como que à procura de um caminho para se libertar… Será mesmo um candeeiro de pirilampos? Isso significa que existe alguém que me possa ajudar! Boa!”. - Então, e eram mesmo pirilampos? – pergunta o irmão, empolgado para ouvir o resto da história. - Sim! Fiquei tão feliz por saber que não estava sozinho naquela terra, que até metia medo de tão escura que era… Eram pequenos bichinhos que se movimentavam dentro de um pequeno pote de vidro, para conseguirem iluminar toda a casa do velho que me ajudou a encontrar o caminho de volta a casa. - Mas explica lá isso, encontraste um velho que, assim do nada, te levou de volta a casa? Não percebi. - Também não percebes nada! Quando encontrei esses tais pirilampos, segui a luz que eles emitiam e fui dar a uma entrada num tronco de uma árvore bem grande, como aquelas dos contos de fadas. Entrei e encontrei finalmente luz, uma luz quente mas ao mesmo tempo fraca. Gritei “Está alguém em casa? Preciso de ajuda!” e, de repente, sem mais nem menos, aparece um duende. À primeira vista, parecia um tipo de palhaço anão, com roupas coloridas e divertidas, uma espécie de Batatoon ali mesmo à minha frente. E aí perguntei-lhe se não havia ninguém mais sábio que ele, não querendo de alguma forma insultá-lo. Respondeu-me que o seu dono, o feiticeiro mais conhecido das redondezas, estava naquele momento ocupado na casa de banho.
  • 3. Ri-me e esperei que ele saísse e, enquanto isso, o pequeno duende pediu-me que lhe transmitisse o que queria do feiticeiro. Eu respondi: - Estou perdido e não sei como voltar para casa. Tenho fome, sono e só quero abraçar o meu irmão porque estou a morrer de saudades dele. Acho que, se esse tal feiticeiro inventasse qualquer coisa que fosse para me poder levar de volta a casa, eu aceitaria com todo o prazer. - Acho que tenho a solução perfeita para ti! – retorquiu o duende ao mesmo tempo que se deslocava até a um armário. - Acho que está por aqui a pequena poção que te pode ajudar com esse teu pequeno problema, vou-te dar um chá e quando a encontrar, dar-ta-ei e só precisas de engoli-la para poderes voltar a casa são e salvo. - E é só isso que tenho de fazer? Engolir uma poção para este pesadelo acabar? Não acredito! É demasiado fácil, pensava que para problemas complicados existiam soluções complicadas, mas aqui parece ser tudo ao contrário. Quando o sol deve aparecer, só a lua me pode iluminar, quando preciso de um feiticeiro, ele está ocupado a fazer sabe-se lá o quê, quando penso que estou longe de casa e que vai ser difícil encontrar o caminho, surge um duende com uma poção milagrosa que me pode levar onde quero... Não percebo esta terra, prefiro esperar pelo feiticeiro. – resmungou ele. Entretanto o feiticeiro chegou e indicou-me uma espécie de esconderijo. Disse para me esconder, fechar os olhos e pensar que está tudo bem, que esse pensamento me iria levar onde eu queria estar, em casa. Fiz tudo o que ele disse e, quando abri os olhos, reparei que era só um sonho. Só mais um pesadelo para me relembrar o quão importante és maninho, e o quanto eu te amo pois, sem ti, acho que a minha vida seria assim, escura e sombria, sem luz, sem nada. Obrigado irmão. Alexandra n.º 2 , Ana Rita n.º 3 , Caroliny n.º 10 10.º C 4