Personalidade relevante, com um carácter antidinástico a todos os títulos notável, Manuel de Arriaga procurou esforçadamente, logo após o 5 de Outubro de 1910, a conciliação de todos os portugueses com o novo regime acabado de implantar. A República era encarada, na época, como a «cura de todos os males de que enfermava a Nação», e esse era o ideal, e a esperança, do velho tribuno republicano. «Tendo passado toda a vida a procurar a República foi procurado por ela para seu Procurador», no Verão de 1911, sendo então eleito como primeiro Presidente da República Portuguesa. Era a justa homenagem prestada ao mais ancião dos republicanos. Todavia, a incompreensão dos políticos e o clima de desordem partidária, que se fez sentir com o desmembramento do Partido Republicano Português (PRP), ditaram o seu afastamento da presidência da Nação, depois de ter sido considerado traidor e fora-da-lei por destacados vultos da vida política nacional.
Manuel José de Arriaga foi o primeiro presidente da República Portuguesa, tendo ocupado o cargo entre 1911 e 1917. Nasceu nos Açores em 1840 e formou-se em direito pela Universidade de Coimbra. Foi um importante político republicano e orador, tendo sido eleito deputado várias vezes. Seu mandato como presidente foi turbulento devido a revoltas monárquicas.
Manuel de Arriaga nasceu em 1840 nos Açores e foi o primeiro presidente da República Portuguesa de 1911 a 1915. Foi um destacado político republicano, deputado e advogado, conhecido pelo seu talento como orador. Seu mandato como presidente foi turbulento devido a investidas monárquicas.
Manuel de Arriaga foi o primeiro Presidente da República Portuguesa. Nascido nos Açores, mudou-se para Coimbra onde estudou Direito e aderiu ao republicanismo, o que o levou a ter que sustentar os próprios estudos. Tornou-se uma figura de destaque do Partido Republicano Português, foi deputado e defensor da soberania popular. Foi eleito o primeiro Presidente da República em 1911.
Manuel de Arriaga foi o primeiro presidente da República Portuguesa, tendo nascido em 1840 nos Açores. Estudou direito e foi um proeminente advogado e republicano, defendendo a causa republicana em discursos e como deputado. Foi eleito o primeiro presidente da República em 1911, mas teve um mandato conturbado devido a investidas monárquicas e foi substituído por Teófilo Braga em 1915, falecendo dois anos depois.
Teófilo Braga nasceu em 1843 nos Açores. Foi um político e escritor português importante no estabelecimento da República Portuguesa em 1910, servindo como o primeiro Presidente do Governo Provisório e também como Presidente da República entre 1915-1916. Ele teve uma carreira como jornalista, professor universitário e autor prolífico antes de se envolver na política republicana.
Este documento descreve a queda da monarquia em Portugal em 1910 e a implantação da república. Detalha como a república foi proclamada em 5 de outubro na cidade de Lisboa, levando a mudanças na bandeira, hino e moeda do país. Explica também que uma república é uma forma de governo onde um presidente é eleito pelo povo para liderar o país.
O documento descreve vários aspectos da história de Portugal durante a 1a República, incluindo a proclamação da República em 1910, as expedições portuguesas na África no século XIX, a Conferência de Berlim que dividiu o continente africano, os presidentes da República entre 1911 e 1926, e as reformas educativas e sociais implementadas durante este período.
Manuel José de Arriaga foi o primeiro presidente da República Portuguesa, tendo ocupado o cargo entre 1911 e 1917. Nasceu nos Açores em 1840 e formou-se em direito pela Universidade de Coimbra. Foi um importante político republicano e orador, tendo sido eleito deputado várias vezes. Seu mandato como presidente foi turbulento devido a revoltas monárquicas.
Manuel de Arriaga nasceu em 1840 nos Açores e foi o primeiro presidente da República Portuguesa de 1911 a 1915. Foi um destacado político republicano, deputado e advogado, conhecido pelo seu talento como orador. Seu mandato como presidente foi turbulento devido a investidas monárquicas.
Manuel de Arriaga foi o primeiro Presidente da República Portuguesa. Nascido nos Açores, mudou-se para Coimbra onde estudou Direito e aderiu ao republicanismo, o que o levou a ter que sustentar os próprios estudos. Tornou-se uma figura de destaque do Partido Republicano Português, foi deputado e defensor da soberania popular. Foi eleito o primeiro Presidente da República em 1911.
Manuel de Arriaga foi o primeiro presidente da República Portuguesa, tendo nascido em 1840 nos Açores. Estudou direito e foi um proeminente advogado e republicano, defendendo a causa republicana em discursos e como deputado. Foi eleito o primeiro presidente da República em 1911, mas teve um mandato conturbado devido a investidas monárquicas e foi substituído por Teófilo Braga em 1915, falecendo dois anos depois.
Teófilo Braga nasceu em 1843 nos Açores. Foi um político e escritor português importante no estabelecimento da República Portuguesa em 1910, servindo como o primeiro Presidente do Governo Provisório e também como Presidente da República entre 1915-1916. Ele teve uma carreira como jornalista, professor universitário e autor prolífico antes de se envolver na política republicana.
Este documento descreve a queda da monarquia em Portugal em 1910 e a implantação da república. Detalha como a república foi proclamada em 5 de outubro na cidade de Lisboa, levando a mudanças na bandeira, hino e moeda do país. Explica também que uma república é uma forma de governo onde um presidente é eleito pelo povo para liderar o país.
O documento descreve vários aspectos da história de Portugal durante a 1a República, incluindo a proclamação da República em 1910, as expedições portuguesas na África no século XIX, a Conferência de Berlim que dividiu o continente africano, os presidentes da República entre 1911 e 1926, e as reformas educativas e sociais implementadas durante este período.
O documento fornece resumos biográficos de vários Presidentes da Primeira República Portuguesa, incluindo suas datas de nascimento e morte, origens familiares, educação e carreiras políticas.
Portugal era governado por uma monarquia até 1910, com D. Carlos como rei. Seu reinado foi abalado por vários eventos como o Ultimato Inglês e a revolução republicana de 31 de janeiro de 1908 que levou à proclamação da República em 5 de outubro de 1910, forçando a família real ao exílio e inaugurando uma nova era republicana sob a liderança do primeiro presidente Dr. Manuel de Arriaga.
A 1a República Portuguesa durou de 1910 a 1926 e teve oito presidentes. O primeiro foi Manuel de Arriaga de 1911 a 1915, seguido por Teófilo Braga em 1915 e Bernardino Machado de 1915 a 1917. Sidónio Pais foi presidente de 1917 a 1918. A 1a República terminou com a revolta militar de 28 de Maio de 1926 que instituiu uma ditadura militar.
O documento fornece informações biográficas sobre os presidentes da República Portuguesa desde Teófilo Braga até Cavaco Silva. Detalha as carreiras políticas e profissionais de cada presidente, incluindo seus estudos, cargos ocupados e períodos como chefe de Estado.
Este documento lista os presidentes de Portugal desde 1910, com as suas datas de mandato. Também fornece informações sobre os requisitos para ser presidente e sobre a linha de sucessão presidencial. Finalmente, resume a carreira política de Aníbal Cavaco Silva como primeiro-ministro e atual presidente.
Este documento descreve a história da Primeira República Portuguesa entre 1910 e 1926, incluindo:
- A cronologia de eventos importantes durante este período;
- Os presidentes e primeiros-ministros da República;
- Algumas das principais conquistas e ideais da República, como os direitos das mulheres;
- Os símbolos nacionais da República, como a bandeira e o hino.
1) O documento descreve a história do município de Oeiras, incluindo sua criação, extinção e recriação após a implantação da República Portuguesa.
2) Detalha as figuras importantes associadas ao período republicano em Portugal, como políticos, militares e artistas.
3) Fornece informações biográficas sobre estas figuras e seus papéis na Revolução de 1910 e no desenvolvimento da Primeira República Portuguesa.
Manuel de Arriaga foi o primeiro presidente eleito da República Portuguesa, exercendo o cargo de 1911 a 1915. Foi um republicano convicto que participou nos movimentos que derrubaram a monarquia e estabeleceram a república em Portugal. Teve de se demitir do cargo em 1915 devido a instabilidade política e social no país.
Este documento descreve os presidentes da República Portuguesa desde a implantação da república em 1910 até os dias atuais. Começa com o governo provisório e passa pelas diferentes fases da Primeira, Segunda e Terceira Repúblicas, Estado Novo e democracia atual, fornecendo detalhes sobre cada presidente como seu partido político e período de mandato.
Este documento discute como Portugal está comemorando o centenário da República em 2010, relembrando datas importantes como 5 de Outubro de 1910. Também menciona figuras históricas como Teófilo Braga e Manuel de Arriaga. Finalmente, descreve a história de Ilda Pulga, uma mulher do Alentejo que serviu de modelo para o busto da República criado por Simões de Almeida em 1910.
António Oliveira Salazar nasceu em 1889 em Portugal. Estudou economia na Universidade de Coimbra, onde se tornou professor. Iniciou sua carreira política como deputado católico em 1921. Foi nomeado Ministro das Finanças em 1932, mas exigiu poderes completos que não recebeu. Governou Portugal como ditador de 1932 a 1968 através do Estado Novo.
Portugal é uma república democrática fundada em 1143 com Lisboa como capital. O documento descreve a história de Portugal desde a fundação da nacionalidade até a atualidade, incluindo a implantação da república em 1910 e o período do Estado Novo sob Salazar entre 1933 e 1974.
1) O documento descreve os presidentes da Primeira República Portuguesa e do Estado Novo, desde 1911 até 2006. 2) Manuel de Arriaga foi o primeiro presidente da República, eleito em 1911, mas teve que renunciar em 1915 devido à instabilidade política. 3) Teófilo Braga foi presidente interino entre 1915-1915. Bernardino Machado foi presidente de 1915 a 1917, também enfrentando um período turbulento.
António de Oliveira Salazar foi um político português que governou Portugal como ditador entre 1932 e 1968. Nasceu em 1889 e foi primeiro-ministro e fundador do regime autoritário do Estado Novo. Manteve Portugal neutro durante a Segunda Guerra Mundial e equilibrou as finanças públicas, mas seu governo também foi marcado por censura e falta de liberdades democráticas. Faleceu em 1970 após anos dedicados a governar Portugal como líder autoritário.
Cópia (2) de centenario da republicao versao para dvd impbibliomag
Este documento apresenta resumos biográficos de seis figuras republicanas portuguesas: António José de Almeida, José Falcão, Bernardino Machado, Teófilo Braga, Pinheiro Chagas e Afonso Costa. Todos desempenharam papéis importantes na implantação e consolidação da República Portuguesa no início do século XX.
Este documento resume as biografias de dois Presidentes de Portugal: Teófilo de Braga, que governou por três meses em 1915, e Óscar Carmona, o primeiro Presidente do Estado Novo que governou de 1926 a 1951.
O documento descreve o significado da bandeira portuguesa, incluindo suas cores e símbolos, e fornece breves biografias dos três primeiros Presidentes da República Portuguesa: Manuel de Arriaga, Teófilo Braga e Bernardino Machado.
Teófilo Braga foi o primeiro presidente da República Portuguesa após a implantação da República em 1910. Manuel de Arriaga foi o segundo presidente, sucedendo a Braga. Bernardino Machado foi o terceiro presidente e também ocupou novamente o cargo como oitavo presidente.
D. Manuel II foi o último rei de Portugal. Ele residiu principalmente no Palácio das Necessidades em Lisboa e no Palácio de Vila Viçosa. Seus pais foram D. Carlos I e D. Amélia de Orleães, e seus irmãos foram D. Luís Filipe e D. Manuel.
Este documento resume as principais personalidades políticas e militares associadas à Primeira República Portuguesa como o Marquês de Soveral, João Franco, Manuel de Arriaga e Sidónio Pais. Também discute figuras como Afonso Costa, Gomes da Costa e António José de Almeida. Além disso, menciona outras personalidades notáveis durante este período como Sacadura Cabral, Gago Coutinho e Aquilino Ribeiro.
Teófilo Braga foi o primeiro presidente da República Portuguesa após a implantação da República em 1910. Manuel de Arriaga foi o segundo presidente, sucedendo a Braga. Bernardino Machado foi o terceiro presidente e também ocupou novamente o cargo como oitavo presidente.
O documento fornece resumos biográficos de vários Presidentes da Primeira República Portuguesa, incluindo suas datas de nascimento e morte, origens familiares, educação e carreiras políticas.
Portugal era governado por uma monarquia até 1910, com D. Carlos como rei. Seu reinado foi abalado por vários eventos como o Ultimato Inglês e a revolução republicana de 31 de janeiro de 1908 que levou à proclamação da República em 5 de outubro de 1910, forçando a família real ao exílio e inaugurando uma nova era republicana sob a liderança do primeiro presidente Dr. Manuel de Arriaga.
A 1a República Portuguesa durou de 1910 a 1926 e teve oito presidentes. O primeiro foi Manuel de Arriaga de 1911 a 1915, seguido por Teófilo Braga em 1915 e Bernardino Machado de 1915 a 1917. Sidónio Pais foi presidente de 1917 a 1918. A 1a República terminou com a revolta militar de 28 de Maio de 1926 que instituiu uma ditadura militar.
O documento fornece informações biográficas sobre os presidentes da República Portuguesa desde Teófilo Braga até Cavaco Silva. Detalha as carreiras políticas e profissionais de cada presidente, incluindo seus estudos, cargos ocupados e períodos como chefe de Estado.
Este documento lista os presidentes de Portugal desde 1910, com as suas datas de mandato. Também fornece informações sobre os requisitos para ser presidente e sobre a linha de sucessão presidencial. Finalmente, resume a carreira política de Aníbal Cavaco Silva como primeiro-ministro e atual presidente.
Este documento descreve a história da Primeira República Portuguesa entre 1910 e 1926, incluindo:
- A cronologia de eventos importantes durante este período;
- Os presidentes e primeiros-ministros da República;
- Algumas das principais conquistas e ideais da República, como os direitos das mulheres;
- Os símbolos nacionais da República, como a bandeira e o hino.
1) O documento descreve a história do município de Oeiras, incluindo sua criação, extinção e recriação após a implantação da República Portuguesa.
2) Detalha as figuras importantes associadas ao período republicano em Portugal, como políticos, militares e artistas.
3) Fornece informações biográficas sobre estas figuras e seus papéis na Revolução de 1910 e no desenvolvimento da Primeira República Portuguesa.
Manuel de Arriaga foi o primeiro presidente eleito da República Portuguesa, exercendo o cargo de 1911 a 1915. Foi um republicano convicto que participou nos movimentos que derrubaram a monarquia e estabeleceram a república em Portugal. Teve de se demitir do cargo em 1915 devido a instabilidade política e social no país.
Este documento descreve os presidentes da República Portuguesa desde a implantação da república em 1910 até os dias atuais. Começa com o governo provisório e passa pelas diferentes fases da Primeira, Segunda e Terceira Repúblicas, Estado Novo e democracia atual, fornecendo detalhes sobre cada presidente como seu partido político e período de mandato.
Este documento discute como Portugal está comemorando o centenário da República em 2010, relembrando datas importantes como 5 de Outubro de 1910. Também menciona figuras históricas como Teófilo Braga e Manuel de Arriaga. Finalmente, descreve a história de Ilda Pulga, uma mulher do Alentejo que serviu de modelo para o busto da República criado por Simões de Almeida em 1910.
António Oliveira Salazar nasceu em 1889 em Portugal. Estudou economia na Universidade de Coimbra, onde se tornou professor. Iniciou sua carreira política como deputado católico em 1921. Foi nomeado Ministro das Finanças em 1932, mas exigiu poderes completos que não recebeu. Governou Portugal como ditador de 1932 a 1968 através do Estado Novo.
Portugal é uma república democrática fundada em 1143 com Lisboa como capital. O documento descreve a história de Portugal desde a fundação da nacionalidade até a atualidade, incluindo a implantação da república em 1910 e o período do Estado Novo sob Salazar entre 1933 e 1974.
1) O documento descreve os presidentes da Primeira República Portuguesa e do Estado Novo, desde 1911 até 2006. 2) Manuel de Arriaga foi o primeiro presidente da República, eleito em 1911, mas teve que renunciar em 1915 devido à instabilidade política. 3) Teófilo Braga foi presidente interino entre 1915-1915. Bernardino Machado foi presidente de 1915 a 1917, também enfrentando um período turbulento.
António de Oliveira Salazar foi um político português que governou Portugal como ditador entre 1932 e 1968. Nasceu em 1889 e foi primeiro-ministro e fundador do regime autoritário do Estado Novo. Manteve Portugal neutro durante a Segunda Guerra Mundial e equilibrou as finanças públicas, mas seu governo também foi marcado por censura e falta de liberdades democráticas. Faleceu em 1970 após anos dedicados a governar Portugal como líder autoritário.
Cópia (2) de centenario da republicao versao para dvd impbibliomag
Este documento apresenta resumos biográficos de seis figuras republicanas portuguesas: António José de Almeida, José Falcão, Bernardino Machado, Teófilo Braga, Pinheiro Chagas e Afonso Costa. Todos desempenharam papéis importantes na implantação e consolidação da República Portuguesa no início do século XX.
Este documento resume as biografias de dois Presidentes de Portugal: Teófilo de Braga, que governou por três meses em 1915, e Óscar Carmona, o primeiro Presidente do Estado Novo que governou de 1926 a 1951.
O documento descreve o significado da bandeira portuguesa, incluindo suas cores e símbolos, e fornece breves biografias dos três primeiros Presidentes da República Portuguesa: Manuel de Arriaga, Teófilo Braga e Bernardino Machado.
Teófilo Braga foi o primeiro presidente da República Portuguesa após a implantação da República em 1910. Manuel de Arriaga foi o segundo presidente, sucedendo a Braga. Bernardino Machado foi o terceiro presidente e também ocupou novamente o cargo como oitavo presidente.
D. Manuel II foi o último rei de Portugal. Ele residiu principalmente no Palácio das Necessidades em Lisboa e no Palácio de Vila Viçosa. Seus pais foram D. Carlos I e D. Amélia de Orleães, e seus irmãos foram D. Luís Filipe e D. Manuel.
Este documento resume as principais personalidades políticas e militares associadas à Primeira República Portuguesa como o Marquês de Soveral, João Franco, Manuel de Arriaga e Sidónio Pais. Também discute figuras como Afonso Costa, Gomes da Costa e António José de Almeida. Além disso, menciona outras personalidades notáveis durante este período como Sacadura Cabral, Gago Coutinho e Aquilino Ribeiro.
Teófilo Braga foi o primeiro presidente da República Portuguesa após a implantação da República em 1910. Manuel de Arriaga foi o segundo presidente, sucedendo a Braga. Bernardino Machado foi o terceiro presidente e também ocupou novamente o cargo como oitavo presidente.
Caricaturas são desenhos que exageram características de pessoas reais de forma humorística. O documento descreve caricaturas de políticos da Primeira República Portuguesa, incluindo os presidentes Manuel de Arriaga, Teófilo Braga, Bernardino Machado, António José de Almeida, Sidónio Pais e Manuel Teixeira Gomes. O caricaturista português mais famoso da época foi Rafael Bordalo Pinheiro, criador do personagem Zé Povinho.
Da Queda Da Monarquia à ImplantaçãO Da RepúBlicaMinokitas 1
Portugal no final do século XIX sofria com uma grave crise econômica e social. A monarquia estava descontente e o Partido Republicano ganhava força. Em 1910, uma revolução implantou a República, trazendo novas leis, símbolos e divisão de poderes. No entanto, a crise continuou e a instabilidade levou ao fim da Primeira República em 1926.
Nelson Mandela (1918-2013) fue un político y activista sudafricano que lideró la lucha contra el apartheid. Tras 27 años en prisión, presidió el primer gobierno post-apartheid en 1994. Renunció a su estatus como jefe de una tribu xhosa para convertirse en abogado y defender los derechos de los negros sudafricanos. Lideró la Liga de la Juventud del Congreso Nacional Africano en su campaña de desobediencia civil contra las leyes segregacionistas.
Van Gogh acreditava que a arte é a expressão da natureza pelo homem. Ele era um pintor holandês rebelde e solitário que encontrou sua verdadeira vocação na pintura após tentar outros trabalhos. Muitas de suas obras mais famosas, como "Girassóis" e "Noite Estrelada", foram pintadas durante seu período em Arles.
Este documento descreve um trabalho escolar sobre a história de Portugal da Primeira República à ditadura militar. Aborda o fim da monarquia, a implantação da república, as principais realizações republicanas e as causas da queda da Primeira República. Também fornece detalhes sobre personagens importantes da época e sobre o hino e a bandeira nacionais portugueses.
Este documento descreve a vida e carreira política de Manuel da Silva Passos, um influente político liberal português do século XIX. Ele nasceu em uma família de classe média e estudou na Universidade de Coimbra, onde se tornou um ardente defensor da Revolução Liberal de 1820. Passos publicou panfletos políticos enquanto esteve exilado na França após a vitória do absolutismo em Portugal. Ele foi eleito para o parlamento em 1834 e estabeleceu-se como um líder da oposição radical. Passos def
1. O documento apresenta uma pesquisa sobre o Movimento Literário Realismo português no século XIX.
2. Aborda as origens do Realismo e seu contexto em Portugal, destacando os autores Teófilo Braga e Eça de Queiroz como principais representantes.
3. Analisa a vida e obras de Braga e Eça, incluindo suas críticas à sociedade portuguesa da época através de uma visão mais realista da realidade.
Este documento descreve a história da Rua da Constituição no Porto, Portugal. Originalmente chamada de Rua de 27 de Janeiro em homenagem ao restabelecimento da Carta Constitucional de 1826, seu nome foi alterado para Rua da Constituição após a queda do regime de Costa Cabral. A rua se desenvolveu lentamente entre 1840-1845 e hoje é um importante centro comercial e de serviços, onde ficava o primeiro campo de jogos do Futebol Clube do Porto.
O documento descreve a implantação da República em Portugal e em Amarante em particular. Resume os principais valores republicanos e figuras importantes como Almirante Cândido dos Reis, Dr. Miguel Bombarda e Tenente Machado dos Santos. Também detalha as mudanças de nomes de ruas em Amarante após a proclamação da República em 1910, incluindo a homenagem a figuras como Lago Cerqueira.
O ódio nacionalista ao rei D. Pedro IV.pdfJosé Mesquita
O documento discute a oposição nacionalista ao rei D. Pedro IV no início do liberalismo português. Detalha como o país se dividiu entre partidários de D. Pedro e D. Miguel durante esta época turbulenta. Também descreve um dos maiores inimigos de D. Pedro, Joaquim António da Silva, conhecido como "Silva das Barbas", que distribuía panfletos difamatórios contra o rei.
O documento lista as alterações de nomes de ruas em Oeiras após a implantação da República em 1910, substituindo nomes da monarquia por heróis e datas da República. Algumas ruas foram renomeadas para homenagear importantes figuras republicanas como Henrique Lopes de Mendonça, co-autor do hino nacional, e Teófilo Braga, primeiro Presidente da República. A Câmara Municipal esclareceu que a mudança visava glorificar os heróis da República, não humilhar os antigos n
Este documento descreve como a cidade de Faro apoiou e deu cobertura ao movimento futurista liderado por Fernando Pessoa, Mário Sá-Carneiro e Almada Negreiros no início do século XX. O semanário "O Heraldo", dirigido pelo pintor Lyster Franco, publicou colaborações destes futuristas e ajudou a divulgar o movimento na região. O último sobrevivente deste movimento futurista português foi o próprio Lyster Franco.
A implantação da república- 5 de OutubroAndré Santos
A revolução republicana de 1910 no Portugal levou à queda da monarquia e à implantação da Primeira República Portuguesa. A revolta começou em 5 de outubro de 1910 em Lisboa e foi liderada por militares e membros da classe média e operários apoiados pelo Partido Republicano Português. Após a vitória, foi proclamada a república no País.
1) No final do século XIX, Portugal enfrentava grandes dificuldades econômicas e sociais, levando à formação do Partido Republicano em oposição à monarquia. 2) Após o ultimato britânico de 1890, que forçou Portugal a recuar em suas reivindicações territoriais na África, o descontentamento com a monarquia aumentou. 3) A revolução republicana de 1910 derrubou a monarquia e estabeleceu a República, com um governo provisório liderado por Teófilo
Este documento descreve brevemente as biografias e mandatos presidenciais de vários presidentes portugueses, desde o início da Primeira República em 1911 até 1918. Detalha os desafios políticos e sociais que enfrentaram, incluindo divisões partidárias, greves, e a participação de Portugal na Primeira Guerra Mundial.
O documento descreve a queda da monarquia em Portugal no início do século XX. O rei D. Carlos e seu filho foram assassinados em 1908 por membros do Partido Republicano, que se opunha à monarquia. Isto levou à proclamação da república em Portugal no ano seguinte, encerrando o período da monarquia no país.
1) O documento discute a Revolução Constitucionalista de 1932 em São Paulo, quando o estado se rebelou contra o governo federal ditatorial de Getúlio Vargas. 2) Poetas e oradores como Ibrahim Nobre ajudaram a mobilizar o povo paulista para a causa da revolução através de discursos e poemas patrióticos. 3) O povo de São Paulo doou grande parte de suas posses de ouro e prata para financiar as tropas que lutaram contra as forças federais muito maiores.
A Primeira República Portuguesa (1910-1926) derrubou a monarquia de 750 anos após revoltas populares contra o rei e a elite. Os republicanos, compostos principalmente por classe média educada, lideraram um golpe de estado bem-sucedido em 1910 e estabeleceram um novo regime político através de uma constituição. No entanto, divergências internas levaram a muita instabilidade política nos 16 anos seguintes, com 7 parlamentos, 8 presidentes e 45 governos, dificultando o progresso do país.
O documento apresenta informações sobre os primeiros presidentes da 1a República Portuguesa, incluindo Manuel de Arriaga, o primeiro presidente, Teófilo Braga que assumiu interinamente após Arriaga, e Bernardino Machado que foi presidente por duas vezes.
José Carlos Vilhena Mesquita, As minhas memórias académicas e cívicas com o P...José Mesquita
Depoimento memorialista sobre o convívio, a amizade e a vida académica desenvolvida ao longo de anos com o Prof. Doutor Joaquim Antero Romero Magalhães, eminente historiador, docente da universidade de Coimbra, deputado da 1ª Assembleia Constituinte após o 25 de Abril, e figura de relevo na sociedade portuguesa, no último quartel do século XX.
Este documento descreve o fim da monarquia em Portugal no início do século XX. O rei D. Carlos I e o príncipe herdeiro foram assassinados em 1908, levando à queda da monarquia e ao estabelecimento da República Portuguesa. O povo português estava insatisfeito com a pobreza, as dificuldades econômicas e a influência estrangeira sobre o país, levando ao crescimento do Partido Republicano, que desejava estabelecer uma república.
A Historia Da Imprensa No Brasil ColonialFabio Santos
O documento resume o livro "História da Imprensa no Brasil" de Nelson Werneck Sodré, que analisa as condições da imprensa no Brasil colonial. A imprensa só surgiu no Brasil com a chegada da família real portuguesa em 1808, sob controle oficial. Dois jornais foram criados, um deles, a Gazeta do Rio de Janeiro, era um jornal português que não criticava o governo. O outro, o Correio Braziliense, foi impresso em Londres e criticava a administração portug
O documento descreve a proclamação da República Portuguesa em 5 de outubro de 1910, que pôs fim à monarquia constitucional. Detalha as ideias do Partido Republicano, incluindo seu anticlericalismo e nacionalismo, e como isso levou à revolução. Também descreve os eventos que levaram à revolta de 5 de outubro, incluindo confrontos entre forças monárquicas e republicanas, resultando no fim do regime monárquico em Portugal.
O documento descreve os protestos populares ocorridos no Rio de Janeiro em janeiro de 1880 contra o aumento do imposto sobre as passagens de bonde. Manifestantes se reuniram para entregar uma petição ao Imperador, mas foram reprimidos pela polícia, levando a confrontos violentos no dia 1o de janeiro que resultaram em mortes. Lideranças políticas e uma Comissão de Paz se posicionaram contra a violência policial. Muitos ativistas do levante posteriormente defenderam a abolição da escravatura.
Semelhante a Manuel de Arriaga, a República e o «Movimento das Espadas» (20)
As instituições reguladoras da Fazenda Pública no Algarve nos primórdios do l...José Mesquita
O documento descreve as principais instituições reguladoras da fazenda pública no Algarve no início do período liberal em Portugal. Estas incluíam a Provedoria da Fazenda Pública, a Superintendência Geral dos Tabacos, o Corregedor e os Juízes de Fora, que supervisionavam a cobrança de impostos e a gestão financeira dos municípios. O documento também discute outros tributos como a sisa.
O Terror Miguelista no Algarve - perseguição e devassaJosé Mesquita
O Algarve, pelo evoluir dos acontecimentos políticos, que marcaram a primeira metade do séc. XIX, constituiu-se numa espécie de enclave revolucionário, liberal-constitucionalista, de
apoio e em consonância com a Junta Governativa do Porto. Se tivesse havido melhor coordenação de meios, e sobretudo mais apoio no efectivo castrense, a revolta cartista do eixo Porto-Algarve não teria desembocado no triste episódio da “belfastada”. O fracasso da “Revolta de Maio”, em 1828 no Algarve, contribuiu decisivamente para a usurpação miguelista e para a restauração do absolutismo, cujo clima persecutório acabaria por desencadear a guerra civil.
Na verdade, a prepotência miguelista deixou-se resvalar para os limites da insanidade política, num quotidiano excessivamente repressivo, vedando à nação os seus mais elementares direitos de cidadania. O autismo político do regime absolutista dividiu o país em dois projectos distintos – o do passado tradicionalista,
apostólico e legitimista; e o do futuro, liberal, constitucional e parlamentar. A grande diferença entre os dois projectos políticos incidia na concepção e cedência da liberdade, para transformar os vassalos em cidadãos.
O primeiro relógio público de Lagoa, adquirido em 1828José Mesquita
Artigo de investigação sobre o primeiro relógio público comprado pela Câmara Municipal de Lagoa em 1828, através de uma colecta subscrita integralmente pelos moradores daquela vila algarvia. Todavia, a autarquia não tinha meios financeiros para pagar regularmente um salário a alguém que se responsabilizasse pela manutenção desse grande símbolo do progresso e da modernidade, ao som de cujas badaladas passou a regular-se a vida quotidiana dos lagoenses. Esse relógio ainda hoje figura na torre da Igreja Matriz daquela bela e tradicional vila algarvia.
Loulé no contexto político e socioeconómico das Lutas LiberaisJosé Mesquita
Durante as lutas liberais no século XIX, Loulé e o Algarve apoiaram amplamente as forças liberais devido à sua mentalidade cosmopolita moldada pelo comércio e à sua proximidade com o Porto, centro do movimento liberal. Embora não tenha participado ativamente nas revoluções iniciais, o Algarve expressou apoio à Constituição de 1826. Nas disputas entre absolutistas e liberais, os algarvios ficaram do lado dos liberais e de Pedro IV, apesar das questões de legitimidade de ambos os l
Felipa de Sousa, algarvia condenada na Inquisição pelo "pecado nefando da sod...José Mesquita
O documento descreve o caso de Felipa de Sousa, uma mulher de Tavira, Portugal condenada pela Inquisição no Brasil colonial no século XVI pelo "pecado nefando da sodomia". Ela foi acusada junto com outra mulher após interrogatório forçado. Este foi o primeiro caso registrado de condenação por lesbianismo pela Inquisição nas Américas. O documento também fornece contexto histórico sobre a Inquisição e a sociedade colonial brasileira na época.
A Banha da Cobra - uma patranha com históriaJosé Mesquita
Entende-se por “Banha da Cobra” tudo aquilo que sendo um simples placebo, isto é, inócuo e inútil, se difunde e propaga publicamente como algo comprovadamente eficaz, seguro, poderoso e miraculosamente infalível. Para os lexicólogos significa algo que se publicita ou anuncia para endrominar incautos; um palavreado com o velado propósito de enganar os outros; uma proposta ou promessa de que não existe intenção de cumprir. Em suma, uma mentira, uma trapaça, um ludíbrio, uma vigarice. Hoje a expressão “banha da cobra” é usualmente empregue de modo pejorativo. E o "vendedor de banha da cobra" identifica alguém que é mentiroso, charlatão e de falsa índole. A banha da cobra é sempre a mesma, porque o prazer psicótico da fraude não se refreia perante a ganância de lucros tão arrebatadores. O que muda é a embalagem, isto é, o design e o marketing, porque a finalidade é sempre a mesma, sendo inclusivamente comum à mensagem hipocrática: submeter a dor e o sofrimento, vencer a doença. A diferença é que os charlatães visam apenas o lucro pelo embuste, enquanto os médicos e a medicina validam a ciência no confronto com a doença e o padecimento, na quimérica ilusão de triunfarem sobre a morte.
Para a História da Saúde no Algarve. As epidemias do cólera-mórbus no século XIXJosé Mesquita
1. O documento discute as epidemias ao longo da história, incluindo a Peste Negra que matou metade da população européia no século XIV.
2. Ele define os termos infecção, epidemia e peste, explicando como as doenças se espalham.
3. O foco é nas epidemias de cólera no século XIX no Algarve, Portugal.
Cenótáfio do bispo D. António Pereira da Silva na Sé de FaroJosé Mesquita
Trata-se de um breve apontamento sobre o significado histórico do Cenotáfio, enquanto túmulo simbólico ou memorial em homenagem aos heróis caídos em defesa da pátria, da religião, da liberdade ou de supremos ideais humanitários.
Sagres um lugar na história e no património universalJosé Mesquita
A insignificante aldeia, que de Sagres usufrui o nome, despertou para a luz da ribalta histórica pela mão do Infante D. Henrique. À partida e no regresso da expedição a Ceuta se ficou a dever o seu primeiro contacto com o Algarve e no preço das surtidas pescarescas dos seus marinheiros, que arpoavam as baleias no mar alto e se defendiam bravamente dos corsários marroquinos, parece residir a sua escolha e o seu encanto por estas recônditas paragens. Concentrado no desafio dos mares e na expansão da Fé, o Infante lança ferro na baía de Lagos, o seu "grande porto de armamento". Daí até à fundação daquela que ficou conhecida como a "vila do Infante" será um pequeno passo no tempo.
Artigo científico, cujo texto constitui a comunicação apresentada às VI Jornadas Regionais sobre Monumentos Militares, realizadas em Vila do Bispo, Lagos Silves, Loulé e Faro, de 28 de Novembro a 1 de Dezembro de 1986, sob a égide da APAC - Associação Portuguesa dos Amigos dos Castelos.
Este documento é um projeto de 1825 para construir um canal no rio Séqua em Tavira, desviando seu curso diretamente para o mar. Isso abriria uma nova barra e evitaria assoreamento, revitalizando o porto da cidade. O projeto parece simples e eficiente, aproveitando a topografia para poupar custos e preservar o meio ambiente. Infelizmente, sem o orçamento completo, não se pode avaliar sua viabilidade.
Breve ensaio geo-económico sobre o Algarve na primeira metade do séc. XIXJosé Mesquita
O documento descreve a economia do Algarve na primeira metade do século XX. A economia era baseada principalmente na agricultura, pesca e indústria conserveira. A região litoral era mais próspera do que o interior serrano, devido à fertilidade dos solos e culturas de regadio. A pesca e indústria conserveira eram importantes fontes de renda, apesar de dependerem de investimento estrangeiro.
Salazar e Duarte Pacheco não ouviam a mesma músicaJosé Mesquita
Apesar de Salazar ser um ultraconservador, antidemocrata e antipartidário, de espírito rural, atreito a modernismos e inovações reformistas, teve no seio do seu primeiro governo uma figura de marcante iniciativa, contagiante ativismo, destacado empreendedorismo e de fulgurante reputação, que foi o Eng.º Duarte Pacheco. Não foi um convicto partidário do corporativismo salazarista, ate porque nas manifestações oficiais e públicas, em que intervinha, não fazia a saudação fascista nem evidenciava o júbilo esfuziante, quase fanático, dos outros ministros e acólitos do «Estado Novo». Inclino-me a aceitar que Duarte Pacheco nunca foi um fascista, na verdadeira asserção do termo, mas já não tenha duvidas quanto as suas convicções nacionalistas.
O documento descreve a história da pesca na cidade de Tavira no século XIX. Resume que a pesca sempre foi uma indústria importante para a economia de Tavira, com várias espécies de peixe sendo capturadas, como sardinha e atum. Também discute como os pescadores se organizavam em grupos e como pagavam impostos sobre sua captura de peixe.
O Remexido e a resistência miguelista no AlgarveJosé Mesquita
Desenvolvida análise do trajecto de vida de José Joaquim de Sousa Reis, vulgo o Remexido, não só como heróico guerrilheiro miguelista, mas também como cidadão, como político local e como militar. O trabalho está estribado em documentação inédita e em credíveis fontes bibliográficas. A sua leitura pode ser muito proveitosa até mesmo àqueles que se sentem menos familiarizados com a temático das Lutas Liberais no nosso país.
Artigo científico sobre a acção político-militar de José Joaquim de Sousa Reis, depois transformado no herói popular que o vulgo designava por Remexido, famoso guerrilheiro que sustentou a causa miguelista até ao fim do período histórico conhecido por Setembrimo. Foi, e ainda é, uma das mais carismáticas figuras da história regional algarvia, retratado em diversas obras da literatura portuguesa, desde o séc. XIX até à actualidade.
Da extinção à restauração do concelho de AljezurJosé Mesquita
O antigo ordenamento administrativo português tornara-se, no decurso dos séculos, numa imbricada confusão de concelhos, vilas coutos e honras, a que ninguém ousava pôr cobro. Era uma herança da História que só uma revolução das mentalidades, como aquela que resultaria da vitória liberal em 1834, poderia alterar. Esse foi um princípio de honra e compromisso político do novo regime. Teorizada por José Henriques Nogueira, esboçado por Mouzinho da Silveira mas levada à prática por Manuel da Silva Passos, a Reforma Administrativa exarada no decreto de 6-11-1836 exterminou os coutos da Igreja, as vilas e honras da Nobreza, e reduziu a menos de metade os concelhos então existentes. Não vamos agora dissecar o assunto. Em todo o caso, para se fazer uma ideia do seu profundo alcance, bastará dizer que dos 816 concelhos então existentes apenas se mantiveram 351, dos quais o Algarve foi uma pseudo-vítima.
Na verdade, dos 17 concelhos que o Algarve possuía apenas se extinguiram quatro, a saber: Alvor, Sagres, Aljezur e Castro Marim. Das suas 68 freguesias reduziram-se-lhe duas: N.ª S.ª do Verde, em Monchique, e S. João da Venda, em Faro, a qual se restabeleceria em 1842, mas no concelho de Loulé. Com Aljezur passou-se algo inusitado, pois que estando previsto fundir-se no concelho de Lagos acabaria por ser anexado a Monchique, o que causava grandes transtornos aos seus moradores.
O problema da reforma administrativa nunca foi pacífico e, de certo modo, agudizou-se com a publicação do Código, uma espécie de bandeira do novo regime liberal. Se no Código Administrativo de Passos Manuel, de 1836, os concelhos, como vimos, foram reduzidos para 351, no Código de Costa Cabral, de 1842, cresceram para 381; mas com Rodrigues Sampaio, em 1878, reduziram-se para 290, em 1880 Luciano de Castro não mexeu nos municípios e com João Franco, em 1895, apenas se acrescentou um concelho. Como se constata pela análise dos diversos códigos administrativos, não foi o Algarve objecto de grandes mudanças, pois que desde 1836 se manteve nos 15 concelhos e cerca de 70 freguesias. Porém, não podemos deixar de afirmar que os concelhos algarvios que mais sofreram com as bolandas da reforma administrativa foram Castro Marim, Vila do Bispo e Aljezur. A sua justificação era sempre a mesma: escassez populacional, isolamento geográfico e falta de letrados para a execução do poder autárquico.
Silvio Pellico, ao longo da sua penosa existência, metamorfoseou a sua personalidade política em diferentes opções e sucessivas etapas, hesitando sempre no caminho a escolher. Por isso, começou por ser um fervoroso nacionalista, passou ligeiramente pelas fileiras clandestinas da carbonária, apodreceu durante dez anos nas masmorras austríacas e acabou por se converter definitivamente à causa religiosa, regressando à paz católica em que nascera.
Este último gesto, talvez o de um desiludido, fará de Silvio Pellico uma espécie de desilusão pública do revolucionarismo político, o que lhe granjeará sérios dissabores, entre os quais o escárnio da traição. Para a maioria dos nacionalistas italianos, As Minhas Prisões de Silvio Pellico, são um “bluff”, espécie de literatura de seminário, que ninguém aproveita a não ser os inimigos da própria Itália. Por conseguinte, Silvio Pellico é um traidor à causa independentista italiana, um reles pacifista a quem não cabem as honras de perfilar ao lado de Garibaldi, de Cavour ou de Mazzini.
Este documento discute a origem e autoria do órgão da Sé de Faro. Apresenta três teorias principais: 1) Que foi construído pelo mestre organeiro alemão Arp Schnitger em 1701; 2) Que foi encomendado em 1715 ao organeiro João Henriques de Lisboa; 3) Que sua origem permanece incerta devido à falta de evidências conclusivas sobre seu construtor. O autor analisa cada teoria e argumenta que, embora possa ter influência alemã, a autoria de Schnitger não é definitivamente comprovada
Este documento descreve as tradições de Natal portuguesas. Apresenta as principais tradições como a queima do madeiro, a consoada, a missa do galo, o presépio, as janeiras e reis, e os cortejos dos reis magos. Explora as variações regionais destas tradições, especialmente no que diz respeito à gastronomia de Natal, e discute a origem e significado destas celebrações.
A Juventude e a Educação - da política da cigarra ao sacrifício da formigaJosé Mesquita
Urge proceder à “alfabetização cultural” da nação portuguesa, não só através duma educação auto-sustentada, como principalmente dum programa nacional de instrução das massas laborais, urbanas e rurais. O processo educativo deve contemplar não só os jovens estudantes, como também as classes etárias intermédias ou produtivas. Aos desempregados deverá ser dada prioridade num programa de formação intelectual e de reaprendizagem da vida produtiva. Aos idosos deverá ser franqueada a entrada nas universidades para obterem cursos reais e efectivos, e não apenas a simples ocupação dos tempos livres, como acontece nas designadas Universidades para a Terceira Idade.
Convém incutir não só nos jovens como nas classes adultas uma educação autodidáctica, estribada na observação e na análise empírica, a qual poderá vir a ser consolidada por um acompanhamento de leituras educativas a preços controlados e acessíveis. O Estado precisa de optar urgentemente por uma política do Livro, que facilite a edição a baixo custo e proporcione o consumo e a popularização da leitura. Daqui resultará uma política de defesa e valorização da língua portuguesa, uma divulgação e fomento da leitura pelo prazer da descoberta autodidáctica dos grandes valores da literatura nacional.
Na esperança de encontrarmos as genuínas manifestações culturais do Natal, fomos até à serra algarvia, cujos lugarejos percorremos ao sabor e à aventura de seculares caminhos. Conversámos com anciãos de provecta idade, em diferentes “montes” e em esconsos sítios, mas também falámos com pessoas instruídas e alguns jovens, que nesta quadra retornam às suas origens familiares para passarem as suas férias natalícias. Depressa concluímos que as tradições antigas se perderam, e são já irrecuperáveis; que a juventude pouco se interessa com o passado e que despreza as tradições etnográficas; que a televisão, pela sua massificação telenovelesca, faz reter as pessoas em casa e retira o convívio social, perdendo-se também o diálogo familiar em torno da lareira, durante o qual se transmitiam aos jovens as estórias do romanceiro popular; que a carestia de vida exterminou quase por completo as visitas aos lares para estreitar relações… Consensual entre as diferentes gerações é a ideia de o Natal ser a época em que se recebem presentes, sendo, enfim, a consoada uma noite especialmente feliz, mas muito menos alegre do que a noite da Passagem de Ano.
Permanece ainda desse passado a Ceia de Natal, assim como a gastronomia tradicional, a reunião da família, o presépio e os grupos de cantadores populares, a que chamam «charolas», que animam as noites frias das janeiras e das reisadas.
Sistema de Bibliotecas UCS - Chronica do emperador Clarimundo, donde os reis ...Biblioteca UCS
A biblioteca abriga, em seu acervo de coleções especiais o terceiro volume da obra editada em Lisboa, em 1843. Sua exibe
detalhes dourados e vermelhos. A obra narra um romance de cavalaria, relatando a
vida e façanhas do cavaleiro Clarimundo,
que se torna Rei da Hungria e Imperador
de Constantinopla.
LIVRO MPARADIDATICO SOBRE BULLYING PARA TRABALHAR COM ALUNOS EM SALA DE AULA OU LEITURA EXTRA CLASSE, COM FOCO NUM PROBLEMA CRUCIAL E QUE ESTÁ TÃO PRESENTE NAS ESCOLAS BRASILEIRAS. OS ALUNOS PODEM LER EM SALA DE AULA. MATERIAL EXCELENTE PARA SER ADOTADO NAS ESCOLAS
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Folheto | Centro de Informação Europeia Jacques Delors (junho/2024)Centro Jacques Delors
Estrutura de apresentação:
- Apresentação do Centro de Informação Europeia Jacques Delors (CIEJD);
- Documentação;
- Informação;
- Atividade editorial;
- Atividades pedagógicas, formativas e conteúdos;
- O CIEJD Digital;
- Contactos.
Para mais informações, consulte o portal Eurocid:
- https://eurocid.mne.gov.pt/quem-somos
Autor: Centro de Informação Europeia Jacques Delors
Fonte: https://infoeuropa.mne.gov.pt/Nyron/Library/Catalog/winlibimg.aspx?doc=48197&img=9267
Versão em inglês [EN] também disponível em:
https://infoeuropa.mne.gov.pt/Nyron/Library/Catalog/winlibimg.aspx?doc=48197&img=9266
Data de conceção: setembro/2019.
Data de atualização: maio-junho 2024.
O Que é Um Ménage à Trois?
A sociedade contemporânea está passando por grandes mudanças comportamentais no âmbito da sexualidade humana, tendo inversão de valores indescritíveis, que assusta as famílias tradicionais instituídas na Palavra de Deus.
Atividade letra da música - Espalhe Amor, Anavitória.Mary Alvarenga
A música 'Espalhe Amor', interpretada pela cantora Anavitória é uma celebração do amor e de sua capacidade de transformar e conectar as pessoas. A letra sugere uma reflexão sobre como o amor, quando verdadeiramente compartilhado, pode ultrapassar barreiras alcançando outros corações e provocando mudanças positivas.
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( h istó ria)
Publicação mensal
N.° 42 A bril de 1982
Sumário
A crise académica de 1962
D an iel R i c a r d o .............................. 2
O 25 de Abril na Imprensa estrangeira
C esário B o r g a ................................ 30
Quem matou Heydrich?
Lucien C orosi ................................ 4 0
A era das pontes metálicas
Jo rg e Custódio .............................. 4 8
Manuel de Arriaga e a República
Jo sé C . V ilh en a M e s q u it a .............. 77
O Amor na Idade Média
O rlando C a rd o s o ........................... 83
L iv ro s........................................................ 88
Jogos de Guerra
V icto r A m o r im .............................. 91
Noticias .................................................. 9 4
1
3. Manuel de Arriaga
eo
«Movimento das Espadas»
José Carlos Vilhena Mesquita
Personalidade relevante, com um carácter antidinástico a todos os títulos notável,
Manuel de Arriaga procurou esforçadamente, logo após o 5 de Outubro de
1910, a conciliação de todos os portugueses com o novo regime acabado de implantar.
A República era encarada, na época, como a «cura de todos os males de que enfermava
a Nação», e esse era o ideal, e a esperança, do velho tribuno republicano.
«Tendo passado toda a vida a procurar a República foi procurado por ela para
seu Procurador», no Verão de 1911, sendo então eleito como primeiro Presidente
da República Portuguesa. Era a justa homenagem prestada ao mais ancião dos republicanos.
Todavia, a incompreensão dos políticos e o clima de desordem partidária,
que se fez sentir com o desmembramento do Partido Republicano Português
(PRP), ditaram o seu afastamento da presidência da Nação, depois de ter sido considerado
traidor e fora-da-lei por destacados vultos da vida política nacional. Veremos
porquê.
Manuel José de Arriaga Brum da Silvei- formatura em Direito, em cuja carreira al-ra
era natural da cidade da Horta, (Açores), cançaria elevado êxito. A dignidade de sen-onde,
a 8 de Julho de 1 8 4 0 , viu pela pri- timentos e o talento jurídico outorgava-lhe a
meira vez a luz do dia. Era filho de Sebastião admiração e amizade dos seus colegas de
de Arriaga e D. Maria Antónia Pardal Ra- profissão, companheiros esses que o levamos
Caldeira de Arriaga. ram a filiar-se no Partido Republicano, que,
Descendia duma família faialense de naquela época, se encontrava ainda em fase
grandes pergaminhos históricos e de nobre- embrionária.
za de sangue. Porém, esses títulos eram in- Continuava a leccionar a cadeira de Insuficientes
para garantir a estabilidade eco- glês pelos liceus de Lisboa, quando em
nómica da prole, que, em boa verdade, era 1 8 6 6 deliberou candidatar se ao lugar de as-numerosíssima.
Daí que Manuel de Arria- sistente à décima cadeira da Escola Politéc-ga,
quando se encontrava no continente a nica, a cujo concurso apresentou a tese:
estudar advocacia, tenha sentido a necessi- «Sobre a Verdade da Família Humana De-dade
de trabalhar no ensino, para poder ga- baixo do Ponto de Vista Económico». Em-nhar
a vida e pagar as dívidas contraídas pe- hora se lhe reconhecesse certo valor, acabou
los seus afazeres académicos. por ser preterido, obtendo igual sorte no seu
Assim, mercê do seu esforço, adquiriu a concurso à cadeira de História do Curso Su-
José Carlos Vilhena Mesquita. Licenciado em História. Professor do ensino secundário
77
4. M anuel de Arriaga e os ideais republicanos
Manuel de Arriaga fo i o primeiro Presidente da Republica Por
tuguesa,funções que exerceu entre 1911 e 1915
perior de Letras. Frustrada a sua ambição de
professor no Ensino Superior, nem por isso
deixou de se notabilizar no ensino médio,
para cuja reforma programática foi convidado
a trabalhar em 1876.
A febre política começou então a esquen-tar-
lhe o cérebro, tornando-se, doravante,
um afanoso defensor do ideário republicano.
O seu génio e a sua capacidade oratória valeram-
lhe a nomeação a tribuno do povo da
Madeira, sob cuja representação se apresentou
ao Parlamento.
Os seus ataques à Monarquia proferidos
na sala parlamentar, onde permaneceu ao
longo de quatro mandatos, levaram-no a
ocupar, em 1891, as funções de membro do
Directório Político do Partido Republicano,
enfileirando ao lado de Jacinto Nunes, Azevedo
e Silva, Bemardino Pinheiro, Teófilo
Braga e Francisco Homem Cristo.
Como esgrimista da palavra republicana,
notabilizou-se ao proferir nesse ano, e perante
os seus colegas deputados, um discurso
intitulado «A Questão de Lunda». Um
ano depois, profere o escandaloso ataque
contra o dr. Mariano de Carvalho, ao qual
deu o profético título de «Começo de Liquidação
Final». Efectivamente, Arriaga havia
proposto ao Parlamento que se acusasse o
ex ministro da Fazenda da responsabilidade
económica sobre os empréstimos de dinhei-ros
do Estado, por ele cedidos a sociedades
particulares, cujo montante seria suficiente
para reduzir a dívida flutante do Estado para
cerca de metade.
Acontece que essas cedências de capitais
nacionais haviam sido feitas sem prévio conhecimento
do Governo, o que constitui
uma afronta à Nação portuguesa. Assim,
lançava Manuel de Arriaga mais um escândalo
económico, demonstrando ao País o
quanto a Monarquia era um regime corrupto.
Aliás, o avolumar da impopularidade do
sistema, tinha já sido posta à prova em 31
de Janeiro de 1 8 9 1 , quando, no Porto, se
fazia a primeira tentativa para a implantação
da República.
Quando a República, finalmente, o surpreendeu
na pacatez do seu trabalho literário,
poético e filosófico, achou que os seus
70 anos de idade eram demasiado pesados
para lhe possibilitarem a defesa de um cargo
público à altura do seu prestígio político.
Todavia, o povo não entendeu assim e ao
vê-lo passar no Terreiro do Paço, numa altura
em que a Revolução era já um facto
consumado, lembraram-se que aquele velho,
cansado de tanto batalhar contra a dinastia
dos Braganças, merecia agora o seu
justo prémio. Daí, a razão do seu triunfo aos
ombros do povo, que, no maior júbilo, exigiu
a nomeação do velho democrata para o
cargo de Procurador da República.
A Presidência da República
aos 70 anos
Assim, quando em 1911 se procedia aos
preparativos das eleições presidenciais,
ocorreu a António José de Almeida a ideia
de solicitar ao ancião republicano a permissão
de apresentar a sua candidatura para a
presidência da República. Por lhe ter sido
solicitado pelos mais altos signatários do
78
5. programa republicano, Manuel de Arriaga,
aceitou o convite, que se veio a transformar
em realidade devido à sua grande popularidade
entre as camadas mais idóneas e até
mais humildes da Nação. D e facto, o povo
não se tinha aiiuja esquecido da sua tomada
de posição frente ao corrupto Mariano de
Carvalho.
Apesar de, ao longo do período eleitoral,
se esperar que o dr. Bemardino Machado alcançasse
a vitória no sufrágio, devido ao
apoio político que o Partido Democrático
lhe garantia, o certo é que o triunfo pertenceu
ao seu opositor, que a 24 de Agosto de
1911 foi declarado, perante a Nação, como
o 1.° Presidente da República Portuguesa.
O dr. Manuel de Arriaga, no acto solene de
posse da presidência da República, proferiu
um improviso, cujas linhas programáticas
ficaram na história: «Hão-de vir para nós os
que de nós fugiram. Em nome da Pátria e da
liberdade, aqui estamos para os receber».
E então chamado a constituir governo o
notável escritor e revolucionário republicano
João Chagas,-cuja administração duraria
muito pouco tempo, sendo logo substituído
por Augusto de Vasconcelos, que por sua
vez acabaria por ceder o lugar ao historiador
e geógrafo Duarte Leite. Por aqui já se vê a
instabilidade política existente na época e
que, aliás, seria proveitosamente criticada
pelos inimigos do regime, cujo conservadorismo
e afecto à Monaquia deposta haveria
de gerar a guerra civil comandada por Paiva
Couceiro.
Mas, apesar desse clima de insegurança
política, Manuel de Arriaga ainda tentou
uma solução governativa á margem dos partidos,
porém, não teve sucesso. Com um
Parlamento onde existia uma oposição
maioritária, era bastante difícil formar um
elenco administrativo que não estivesse de
antemão votado ao fracasso. Portanto, era
praticamente impossível encontrar uma solução
que agradasse «a gregos e a troianos»,
e a verdade é que, tanto António José de
Almeida (líder do Partido Evolucionista),
como Afonso Costa (chefe do Partido Democrático),
não foram bem sucedidos durante
as suas experiências governativas.
Como reflexo desta desequilibrada vivência
política, Manuel de Arriaga propôs ao
Parlamento um acordo partidário, a fim de
se criar uma maioria capaz de gerar um governo
estável e coerente. Porém, as suas desinteressadas
intenções políticas não soaram
bem aos ouvidos dos chefes partidários, que,
ao referido apelo, fizeram orelhas moucas,
Apercebendo-se de que os agrupamentos
partidários colocavam acima dos interesses
da Nação as suas dissenções políticas e as
suas diferenças ideológicas ou programáticas,
o Presidente da República, redigiu uma
carta da qual respigamos a seguinte afirma
ção: «Desde que eu tenha a certeza de que a
minha substituição não traz prejuízos à nossa
República e á Pátria que estremecemos,
deporei, reconhecido, nas mãos do Congres
so, o Poder com que muito me distinguiu e
honrou».
Apesar da «partidarite endémica» de que
enfermava a Primeira República, sempre se
conseguiu que Bemardino Machado voltasse
a assumir o poder, a 10 de Fevereiro de
1914. Contudo, a 11 de Dezembro ioi preterido
em favor do oficial da armada Vítor
Hugo de Azevedo Coutinho. As trocas de
governo eram constantes e a elas já o povo
se havia acostumado. Porém, surgiu sobre a
Europa o espectro da Guerra, cujo início tivera
lugar em Agosto de 1 9 1 4 , facto esse
que, doravante, passava a concentrar as
atenções, não só do «comum povo» como,
especialmente, das cúpulas partidárias.
O desenrolar dos acontecimentos levaram
o presidente Arriaga a procurar saber,
objectivamente, qual a posição a defender
perante o conflito armado. Deliberou, então,
convocar todas as comissões políticas
dos mais destacados partidos a fim de, con-juntamente,
se chegar a vias de facto. Toda
via, mais uma vez, a concórdia política não
surgiu, pois as opiniões convergiam para
dois pólos diametralmente opostos: 1.° —
permanecer na paz, reivindicando um estatuto
de neutralidade perante as hostilidades;
2.° — declarar guerra à Alemanha, à sombra
da aliança luso-britânica.
Politicamente, a segunda proposta era a
mais vantajosa, pois levaria aos países da
79
6. M anuel d e A rriaga e os ideais republicanos
M n u eld e Anrnga, um dos patriarcas dn regime republicam,. implantado cm Portuga! cm 1910. forn ece*, «a sua / « to da rida
familiar, mais dn que uma vez pretexto a reportagens
Europa e do mundo inteiro a imagem de um
povo que se batia em defesa da liberdade alcançada
com a implantação do novo regime
— A República. Na verdade, grande parte
das países monárquicos espalhados pelo globo
estavam convictos de que a Republica
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7. Portuguesa era «um mal passageiro» e de
que, com o decorrer dos tempos, a realeza
voltaria a ocupar o seu posto à frente da Nação.
Daí que alguns deles se recusassem a
reconhecer o novo regime instaurado na
pátria lusitana. Portanto, a entrada na guer-ra
demonstraria o vigor do novo sistema
político. Efectivamente, assim veio a acontecer
.E
m Angola as hostilidades germano-lusas,
mesmo antes de ser declarada a guerra
na Europa, haviam já sido iniciadas nas
fronteiras ao sul do rio Cunene, onde se batia
o 1.° Esquadrão dos Dragões do Planalto,
chefiado pelo tenente Francisco Xavier
da Cunha Aragão. A fim de conter a situação,
o governo português enviou um forte
corpo expedicionário, comandado pelo te-nente-
coronel Alves Roçadas, que, ao lado
dos Dragões de Francisco Aragão, lutaram
na sangrenta batalha de Naulila.
O fim dos combates ficou assinalado pe
Ias inúmeras baixas sofridas de parte a parte
e pelo aprisionamento de várias dezenas de
oficiais e praças, entre os quais o próprio
Francisco Aragão, ferido pelas balas inimigas.
A Guerra Mundial
e o «Movimento
das Espadas»
Como se pode constatar, a agitação militar
nas colónias era evidente e embora o governo
português não tivesse ainda realizado
a declaração formal da guerra à Alemanha,
o certo é que os germânicos não gozavam de
grande popularidade, não só nas colónias co
mo na metrópole. E daí que surge o polémico
«Movimento das Espadas», encabeçado
pelo capitão Martins de Lima, oficial que
igualmente se tinha distinguido nos acontecimentos
de África.
Efectivamente, tudo se desenrolou quando
os oficiais do exército resolveram depor
as suas espadas nas mãos do chefe de Esta
do, como penhor de fidelidade. Acontece,
porém, que as intrigas palacianas provocaram
a destituição de alguns oficiais e, inclusivamente,
a prisão de várias patentes da
quela arma da soberania nacional. Congemi
nava-se, assim, uma tentativa de golpe de
Estado. No entanto, os restantes graduados,
indignados com a actuação dos governantes,
acorreram ao campo de Santa Clara, onde
aclamaram o decano do exército, general Pimenta
de Castro, conhecido militar que já
havia sobraçado uma pasta, ao desempenhar
as funções de ministro da Guerra no governo
de João Chagas.
Na verdade, Pimenta de Castro, era um
militar de carreira, afecto ao regime mas
hostil à desordem social e política que os
seus compatriotas tinham lançado sobre o
país. Sendo assim, e agindo segundo a sua
mentalidade de militar, tomou imediatamente
a resolução de publicamente decretar
a ditadura em Portugal. De facto, a oportunidade
havia surgido com o «Movimento
das Espadas», cujo desfecho culminou com
a resolução do Presidente Arriagp de entregar
nas mãos deste militar o futuro da Na
ção. Convidado a formar governo no dia 23
de Janeiro de 1 9 1 5 , a sua primeira determi
nação foi mandar encerrar as câmaras do Senado
e do Parlamento, que, realmente, ha
viam terminado as suas funções no dia 11
de Janeiro, aguardando-se, contudo, que a
efectivação das eleições gerais permitisse a
sua reabertura a 4 de M arço do mesmo ano.
Respondendo às imposições arbitrárias
do novo chefe do Governo, o presidente do
Senado, general Correia Barreto, e o seu ho
mónimo da Câmara dos Deputados, dr. M anuel
Monteiro, expressaram ao Presidente
Arriaga o seu mais vivo repúdio pela atitude
tomada, exigindo ainda a reabertura das câmaras
citadas. Foi-lhe ainda expressado que
no caso deste se recusar a prosseguir na execução
das normas democráticas, então poderia
estar ciente de que, doravante, passaria a
ser considerado como «um presidente nominal
que ninguém será obrigado a reconhecer
». Todavia, a impotência do presi
dente era notória, pelo que Pimenta de Cas
tro mandou encerrar sine die o Parlamen
to. E, acto contínuo, declarou a Constituição
postergada.
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8. Manuel de Arriaga e os ideais republicanos
As simpatias pdo ideário monárquico
nào foram dissimuladas pelo primeiro-ministro,
que a 25 de Abril publica uma
amnistia sobre o capitão Paiva Couceiro e
seus soldadas, implicadas na revolta armada,
instigada por aquele oficial em vários
pontos do País. Perante a afronta de verem
legalizadas várias sedes do movimento monárquico
e de ser encerrado o Parlamento,
os senadores e deputados da República, reuniram
se clandestinamente na quinta da
Mitra, em Santo António do Tojal, onde
após terem analisado a situação política de
clararam existir em Portugal uma ditadura
chefiada pelo general Pimenta de Castro,
com a conivência do Presidente da Repúbli
ca. Portanto, o dr. Manuel de Arriaga, passou
a ser considerado como fora da lei.
Como reflexo deste movimento oposicionista
á ditadura de Pimenta de Castro, surgiu
a ideia de um golpe de estado (prática
que se tornou corrente durante a Primeira
República) orientado pelo Partido Democrático
de Bemardino Machado e Afonso Cos
ta. Os preparativos começaram a ser estuda
dos e os aliciamentos no seio das Forças A rmadas
sucediam-se dia após dia. E assim que
surgem como cabecilhas do movimento revolucionário
os oficiais da Armada Leote do
Rego e José de Freitas Ribeiro, cuja função
seria o aprisionamento dos navios de guerra.
Parte do Exército estava também do lado
dos revoltosos, que, no dia 13 de Maio, usavam
a senha: «Constituição-Liberdade». No
dia seguinte, o golpe anticastrista era saudado
pelo povo republicano devido ao êxito alcançado
na reposição das liberdades democráticas.
Depois de se ter mandado prender o general
Pimenta de Castro, assim como o herói
da Rotunda, Machado Santos, a Junta
Revolucionária entregou nas mãos de João
Chagas a missão de formar governo. Infelizmente,
aquele tribuno da República foi impossibilitado
de o fazer, pois junto da estação
de caminho-de-ferro do Entroncamento
o deputado João de Freitas disparou sobre
ele vários tiros de pistola ferindo-o com certa
gravidade. Mas, a ira do povo era tal que
o fanático deputado foi ali mesmo justiçado
pelas mãos das populares.
Assim, em sua substituição foi nomeado
o dr. José de Castro, que convidou para o
seu ministério as seguintes individualidades:
Paulo Falcão, Teixeira de Queirós, Magalhães
Lima, Fernandes Costa, Jorge José Pereira,
Manuel Monteiro e Barros Queiroz.
A 26 de Maio de 191 5 , o dr. Manuel de
Arriaga abandonava definitivamente o Palácio
de Belém, pagando caro a sua determinação
de instaurar a ordem e o sossego na
organização política do País. Apenas pecou
na escolha de um militar da estirpe de Pi
menta de Castro, homem duro e hostil à
mensagem democrática do «5 de Outubro».
Terá sido esse o seu maior erro, ao longo de
uma vida dolorosamente extensa e sempre
ao serviço do republicanismo português.
Na presidência da República instalou-se
então o dèlebre historiador açoriano Teófilo
Braga, espírito notável das letras e da cultura
portuguesa.
Decorridos dois anos após a sua exoneração,
Manuel de Arriaga deixava o mundo
dos vivos a 5 de Março de 1 9 1 7 ; contava
77 anos de idade.
Entre a sua obra literária destacam-se os
géneros poético, contista e em geral obras
de carácter sociopolítico. Assim, publicou
em 1887 o seu primeiro livro intitulado
«Canto do Pico», seguindo-se depois livros
como «Contos Sagrados» (1 8 9 9 ), «Irradiações
» (1901), «Harmonias Sociais», este
considerado pela crítica como o seu mais consagrado
escrito. Mas outros livros foram dados
à estampa, tais como «Renovações Históricas
», «O Sistema Penitenciário», e por
fim «Na Primeira Presidência da República
», onde se encontram compilados os seus
discursos e alocuções de maior vulto.
Presentemente, a figura política de M anuel
de Arriaga parece ter sido enjeitada pelos
nossos historiadores mais directamente
ligados à reelaboração da história contemporânea
de Portugal. Penso que ainda hoje não
se perdoou a este homem a grave fraqueza
de consentir que o general Pimenta de Castro,
ditatorialmente, interrompesse o livre
desenvolvimento da vida democrática alcançada
em 5 de Outubro de 1 910.
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