O manejo do solo é pautado em um conjunto de práticas de cultivo, cuja finalidade é não só não degradar, mas melhorar as características químicas, físicas e biológicas do solo e, deste modo, ser viável uma produção que seja sustentável (Melo, 2021). Logo, é fundamental para o plantio e posterior desenvolvimento da sojicultura. Nesse contexto, surge o sistema de plantio direto (SPD), uma estratégia de agricultura conservacionista e sustentável, amplamente implantada em nosso País. Diante disso, também pode receber o nome de semeadura direta, de maneira que inovou a agricultura com o seu surgimento, sendo enquadrado como uma estratégia de agricultura conservacionista e sustentável, visto que há revolvimento do solo apenas na linha de semeadura (Lopes; Guimarães, 2016). Além disso, é essencial destacar a proteção que é dada ao solo contra efeitos prejudiciais de chuvas, ou falta delas, mediante a presença da palhada (Volk et al., 2004). Os níveis de severidade de erosividade das chuvas e da erodibilidade do solo são significativamente reduzidos, além de as plantas conseguirem resistir aos efeitos negativos de fenômenos naturais como o El Ñino que afetou o plantio de soja por grande parte do Brasil, o que levou a muitos produtores rurais terem que fazer o replantio da cultura. Por fim, a semeadura de soja e o sucesso produtivo estão intrínsecos a mais um fator: a plantabilidade ou semeabilidade. Torna-se evidente, portanto, que a obtenção do estande de plantas desejado vai muito além da regulagem do mecanismo dosador de sementes da semeadora, mas de uma soma de fatores relacionados com a qualidade de distribuição vertical e horizontal de sementes, reduzindo competição intraespecífica em casos de sementes duplas e que as plantas não tenham que compensar falhas no estande, pois nunca será de 100% (Martin et al., 2022).