2. MAMOGRAFIA
A Mamografia é um exame de diagnóstico por
imagem, que tem como finalidade estudar o
tecido mamário.
3. Esse tipo de exame pode detectar um
nódulo de até 2mm, mesmo que este ainda
não seja palpável.
4. Na mamografia
radiografamos estruturas de
densidades muito próximas
e muito pequenas. Por isso
quanto maior contraste,
maior será a resolução,
melhor o resultado final da
imagem e por seguinte, o
poder de diagnostico do
exame.
MEDIO
LATERAL
OBLIQUA
CRÂNIO
CAUDAL
5. ANATOMIA DA MAMA
As mamas são glândulas secretoras e estão
situadas diante dos músculos peitorais que,
por sua vez, cobrem as costelas.
6.
7. A mama feminina é
constituída por lóbulos,
ductos e estroma.
Cada mama encontra-
se dividida em 15 a 20
secções, os chamados
lobos.
8.
9. Por sua vez, os lobos são constituídos por muitos
lóbulos, mais pequenos; é aqui que se encontram as
células que produzem o leite. O leite flui dos lóbulos, até
ao mamilo, através de uns canais finos, os ductos –
galactóforos. Entre os lóbulos e separando a glândula da
pele e da parede torácica está o estroma, constituído por
tecido adiposo (gordura) e tecido conjuntivo que
rodeia e suporta os ductos, lóbulos, vasos
sanguíneos e linfáticos. O mamilo situa-se no
centro da aréola (habitualmente mais escura
que o resto da pele da mama).
10. Linfonodos, ou
gânglios linfáticos,
são estruturas do
sistema linfático cuja
função é manter o
equilíbrio de fluidos,
com a produção da
linfa e o sistema
imunológico,
mantendo o corpo
saudável.
11.
12.
13. DIVISÃO DA MAMA -
QUADRANTES
Para facilitar a localização das
alterações observadas na mama é
frequente utilizada a divisão em quatro
partes (quadrantes); Pode, ainda, ser
utilizada a analogia com as horas, ou
seja, “recorrendo aos ponteiros do
relógio” para identificar um tumor. As
mamas, por sistematização, são divididas
em cinco quadrantes:
14. 4- Quadrante inferior interno.
5- Quadrante central ou retro areolar.
6- Cauda axilar
1- Quadrante superior externo.
2- Quadrante superior interno.
3- Quadrante inferior externo.
15. Há dois métodos utilizados para registrar os
achados na mama: a divisão dos quadrantes e
o método do relógio, esse ultimo muito
utilizado na ultrassonografia mamária,
portanto estudaremos o método dos
quadrantes utilizado para registrar achados na
radiografia.
16. MAMOGRAFIA VS. CÂNCER
A mamografia é um exame de diagnóstico por
imagem, realizado periodicamente em
mulheres a partir de 35 anos de idade. O
exame é realizado em um aparelho de raio X
apropriado chamado de mamógrafo. Homens
e mulheres podem desenvolver câncer de
mama. A mamografia de rotina é a melhor
oportunidade de detectar precocemente
qualquer alteração nas mamas antes até que o
paciente ou médico possam notá-las ou
apalpá-las.
17. De acordo com o FDA, órgão americano
de vigilância sanitária, a mamografia
pode detectar um câncer de mama até
dois anos antes de ele ser palpável. A
mamografia é, ainda, o mais eficaz
método de diagnóstico para a detecção
de câncer de mama, quanto mais precoce
a remoção do tumor na fase inicial, a
estratégia é mais eficiente na redução da
taxa de mortalidade das pacientes e
melhor qualidade de vida.
18.
19. As lesões cancerígenas na mama podem
irromper em qualquer uma de suas
estruturas: epiderme, mesênquima e epitélio
glandular. Curiosamente, o câncer de mama
é mais frequentemente encontrado na mama
esquerda do que na direita, e
aproximadamente 4% dos canceres são
bilaterais ou sequencias na mesma mama.
Cerca de 50% surgem no quadrante superior
externo da mama, por que a maior parte do
parênquima mamário está localizada nesta
região 10% em cada outro quadrante e 20% na
região central.
20.
21. MAMÓGRAFO
Os mamógrafos são os equipamentos
destinados a fazer o exame da mama,
e esses equipamentos possuem
características próprias que os
deferem de uma equipamento usado
para radiologia convencional.
22.
23. Braço em forma de “C”, fazendo
que a ampola e bucky girem em
conjunto.
Alvos e filtros específicos, sendo os
filtros molibdênio (Mo), que é
usado para mamas de pacientes
idosas, e o filtro de Rodium (Rh),
que é usado para exames de
pacientes jovens, pois permite
uma maior penetração no tecido
mamário
24. Ponto focal pequeno, em torno de 0,3
mm para a rotina e de 0,1 mm para a
magnificação.
KV e MAS específicos, com o uso de um
KV baixo em 24 a 29 KV, e o MAS alto,
podendo chegar a 200 MAS dependendo
do equipamento.
O tudo de RX do mamógrafo está
disposto de forma que o catodo coincide
com a região da mama mais próxima da
caixa torácica, beneficiando-se do efeito
anódico.
25. Acessórios para a magnificação, feito
de placa de acrílico, para aumentar a
distancia entre mama-filme.
Compressores de diversos tamanhos,
na rotina usa-se compressores de
18X24cm ou 24X30cm, sempre do
tamanho correspondente ao bucky, e
para a magnificação ou compressão
seletiva, usam-se compressores
pequenos, de diâmetro entre 10cm e
20cm.
33. FATOR DE COMBINAÇÃO
KV E MAS
Como na mamografia é
importante a obtenção do maior
contraste possível, o uso do KV
em torno de 25 a 28 e um alto
MAS, variando conforme o
tamanho e a densidade da
mama, para não se obter uma
imagem de alto contraste, e
evitando ultrapassar de 30 KV.
34. CONTROLE DE EXPOSIÇÃO
AUTOMÁTICA- AEC
O Mamógrafo dispõe de um dispositivo de
Controle Automático da Exposição, que
através de um detector de cerca de 1 a 2
cm, chamado de célula fotoelétrica, faz a
leitura da densidade e da espessura da
estrutura que será radiografada, define
parâmetros técnicos (KV, MAS e filtro), ou
somente o MAS e o filtro devem ser
escolhidos pelo Técnico sucesso no uso do
AEC, alguns cuidados devem ser tomados:
35. Calibrar o equipamento levando
em conta a combinação com o
filme.
Atentar para o tamanho do
detector.
36. PREPARO DO PACIENTE
Devem ser retirados os adornos para não
comprometer o estudo na região.
Oferecer ao paciente vestimenta
adequada para a realização do exame,
recobrindo-se com um avental coma
abertura anterior, para facilitar o exame
sem expô-la.
O estudo da mama é sempre um estudo
bilateral. A orientação para o exame
segue a indicação das incidências e o
enquadramento nas regiões da mama.
37. COMPRESSÃO
A compressão é de extrema importância,
sendo necessária uma compressão rigorosa,
para tornar a espessura da mama mais
uniforme possível, evitando que a base fique
subposta a radiografia dos tecidos anteriores.
38. Pouca Compressão Compressão Adequada
Além de tornar a espessura da mama uniforme,
a compressão aumenta a resolução da imagem.
39. É importante para a coleta de informações
e a realização do exame, nele
encontramos perguntas importantes para
realizar o exame:
Idade
Paridade
Amamentação
Data da ultima
menstruação
Histórico familiar
Motivo do exame
Cirurgia, Biopsias,
radioterapia...
ANAMNESE EM MAMOGRAFIA
40. Toda alteração
encontrada na
mama precisa ser
relatada no
questionário,
desenhada no
esquema, e se
necessário usar
uma marcador
metálico durante
a realização do
exame.
41. POSICIONAMENTOS E INCIDÊNCIAS
PARA MAMOGRAFIA
A rotina mínima para o estudo
radiográfico das mamas deve ser de duas
incidências, geralmente uma Cranio-
Caudal (CC) e outra Médio-Lateral-
Oblíqua (ML), para entendimento das
imagens superpostas que poderiam causar
dúvidas. A rotina para a mamografia pede
a utilização do filme que consiga toda
região anatômica em estudo.
42.
43. TIPOS DE INCIDÊNCIAS
Craniocaudal (CC)
Médio-Lateral-Oblíqua (ML)
CC Exagerada Lateralmente
CC Exagerada (Unilateral)
CC Exagerada Medialmente Bilateral
Perfil Médio-Lateral
Perfil Latero-Medial
Axilar
CC Rolada
44. IDENTIFICAÇÃO
RADIOGRÁFICA
A identificação deve estar legível sem
superpor estruturas anatômicas nas
radiografias:
O nome (iniciais) da incidência efetuada.
O marcador de lado, sendo “D” direito e
“E” esquerdo.
Na incidência MLO: no lado da porção axilar
superior da mama
Na incidência CC junto ao lado axilar da
mama.
45.
46. INCIDÊNCIAS DE ROTINA
São realizadas quatro incidências de
rotina:
Crânio-caudal direita;
Crânio-caudal esquerda;
Médio lateral obliqua direita;
Médio lateral obliqua esquerda.
47.
48. CRÂNIO CAUDAL
O Paciente deve estar de frente para o
mamógrafo, com a cabeça virada para o
lado oposto ao exame; tubo vertical,
feixe perpendicular à mama.
Centralizar a mama com o mamilo
paralelo ao filme; a parte inferior sobre o
bucky.
Tracionar a mama o máximo possível
antes de aplicar a compressão.
49.
50.
51. MÉDIO LATERAL OBLIQUA
Angular o mamógrafo de 35 à 45 graus, a
angulação depende do biótipo da paciente.
O feixe de raio será da região medial para
a lateral em obliqua.
A paciente deverá estar de frente para o
aparelho.
Elevar o braço para que o canto do bucky
esteja na região axilar, para que assim seja
visualizado o músculo peitoral.
52.
53.
54. MAMOGRAFIA COM IMPLANTE
DE SILICONE (PRÓTESE)
Deve ser usado o ajuste manual de
exposição. No sistema automático a alta
densidade do silicone pode determinar uma
superexposição.
Formas de avaliação da mama com prótese
Tracionando todo o conjunto (mama +
prótese)
A mamografia tracionando todo o conjunto
tem por finalidade estudar a mama e,
principalmente, a parede da prótese.
55. MANOBRA DE EKLUND
É realizada durante a compressão com
o(a) operador(a) tracionando a mama da
paciente com uma mão, e com a outra
massageando a prótese, para que ela
saia do campo da radiografia. Tem por
finalidade visualizar somente a mama. As
restrições para manobra de Eklund são
próteses endurecidas, aderidas ao
parênquima mamário e com paredes
abauladas, onduladas ou com áreas
irregulares.
56.
57.
58. MAGNIFICAÇÃO
Estuda áreas suspeitas, como densidade
assimétrica, nódulos ou microcalcificações.
Aumentar a distância da mama para o filme,
usando acessório de magnificação.
Usar um compressor pequeno para
“espelhar” as estruturas.
Diminuir o ponto focal para compensar a
perda de resolução (usar Foco-Fino)
Trabalhar o fator de ampliação, dependendo
do equipamento.
63. EXAME CONTRASTADO
Pode ser realizado exame
contrastado dos ductos mamários
DUCTOGRAFIA. Esse exame é
realizado e orientado por
médicos e consiste na
cateterização e injeção de Meio
de Contraste Iodado no ducto
mamário.
64.
65. Câncer de mama:
Entenda a
classificação
BIRADS
Método é utilizado
mundialmente para
diagnóstico e
acompanhamento do tumor
66. O termo BIRADS significa Breast Imaging
Reporting and Data System, é uma
sistematização internacional para a
avaliação mamária, interpretação do exame
e confecção dos laudos de exames de
imagem especificamente da mama. Esta
classificação deve ser aplicada nos laudo de
Mamografia, Ultrassonografia Mamária e
Ressonância das mamas e assegura maior
confiabilidade ao exame. É uma
padronização mundial, qualquer médico
especialista nesta área entenderia uma
classificação BIRADS 5, por exemplo.
67.
68.
69.
70.
71. Exercícios:
1. Na Incidência: Médio
lateral obliqua, coloca-se
o chassi no terço posterior
da axila para:
2. Qual a manobra utilizada
em mamas com implante
de silicone para retira-lo
do campo de visão.
3. O que é Mamografia?
4. De acordo com cada
quadrante da mama, Qual
a porcentagem de
possibilidade de encontrar
nódulos císticos?
5. Porque a mamografia
é o mais eficaz
método de diagnóstico
de câncer de mama?
6. O que é estroma?
7. Quais os tipos de
tecido formam a
mama?
8. Porque se deve fazer
compressão e Cite os
tipos de compressores:
9. Cite 6 características
de um mamógrafo:
10.Quais são os tamanhos
de filme usados em
mamografia?