4. Relatório Saeb (Aneb e Anresc) 2005-2015:
panorama da década
Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep)
É permitida a reprodução total ou parcial desta publicação, desde que citada a fonte.
DIRETORIA DE AVALIAÇÃO DA EDUCAÇÃO BÁSICA (DAEB)
EQUIPE DAEB/CGSNAEB
Alessandro Borges Tatagiba
Aline Mara Fernandes
Candice Aparecida Rodrigues Assunção
Carlos Eduardo Sousa Costa
Cátia Maria Machado da Costa Pereira
Clara Machado da Silva Alarcão
Danielle de Oliveira Costa
Débora Torquato de Almeida
Elzahra Mohamed Radwan Omar Osman
Ester Pereira Neves de Macedo
Flavia Viana Basso
Gabriela Freitas de Almeida
Guilherme Veiga Rios
Gustavo Freitas Amora
João Galvão Bacchetto
João Luiz Horta Neto
José Roberto de Souza Santos
Apoio Administrativo:
Andréia Tavares da Silva
Aline de Assis Santos Oliveira
Janine Campos Gualberto
Rosa Maria da Conceição Gervásio
COORDENAÇÃO DE EDITORAÇÃO E PUBLICAÇÕES
REVISÃO
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NORMALIZAÇÃO BIBLIOGRÁFICA E CATALOGAÇÃO
Aline do Nascimento Pereira
Elisângela Dourado Arisawa
DIAGRAMAÇÃO E ARTE-FINAL
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EDITORIA
Inep/MEC – Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira
SIG Quadra 4, Lote 327, Edifício Villa Lobos, Térreo – Brasília-DF – CEP: 70610-908
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Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
Relatório SAEB (ANEB e ANRESC) 2005-2015: panorama da década. –
Brasília : Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira, 2018.
154 p. : il.
ISBN 978-85-7863-059-1
1. Educação básica- Brasil. 2. Avaliação Nacional da Educação Básica. 3. Avaliação
Nacional do Rendimento Escolar. I. Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas
Educacionais Anísio Teixeira.
CDU 373.5(81)
Lenice Medeiros
Lorena Pimenta de Andrada
Luana Bergmann Soares
Marco César Araújo Pereira
Marcos de Carvalho Mazzoni Filho
Maria Vilma Valente de Aguiar
Marina Ribeiro Gonçalves Barbosa
Patrícia Andréa Queiroz Pereira
Raissa Barros Ortega
Rita Lemos Rocha
Robert Lassance Carvalho Braga
Suellen Mary Koch Fachinetto
Taise Pereira Liocádio
Ticiane Bombassaro Marassi
Viviane Fernandes Faria Pinto
Waleska Karinne Soares Coutinho Souto
Wallace Nascimento Pinto Junior
5. Relatório Saeb (Aneb e Anresc) 2005-2015:
panorama da década
Apresentação..........................................................................................................................5
Capítulo 1 Marco normativo do SAEB - 2005-2015...................................................7
Capítulo 2 Questionários.............................................................................................15
2.1 Matrizes de referência..................................................................................................18
2.2 Instrumentos................................................................................................................18
2.3 Usos e aplicações dos questionários............................................................................21
Capítulo 3 Testes de Desempenho..............................................................................23
3.1 Matrizes de referência..................................................................................................25
3.2 Instrumentos................................................................................................................37
Capítulo 4 Correção e Resultados dos Testes...................................................... 43
4.1 Escalas de proficiência.................................................................................................45
4.2 Exemplos de itens comentados...................................................................................64
Capítulo 5 Divulgação dos resultados...................................................................81
5.1 Divulgação dos resultados antes da Prova Brasil (1990-2005).................................... 83
5.2 Divulgação dos resultados a partir da Prova Brasil (2005-2015)................................. 84
SUMÁRIO
6. Relatório Saeb (Aneb e Anresc) 2005-2015:
panorama da década
Capítulo 6 Evolução dos resultados do Saeb (2005-2015)................................. 87
6.1 Panorama do ensino fundamental e médio no Brasil (2005-2015)............................ 89
6.2 Médias de proficiência (2005-2015)..........................................................................106
rEFERÊNCIAS.........................................................................................................................123
Anexo I – Questionários 2015........................................................................................127
Anexo II – Boletins de Divulgação dos Resultados do Saeb.............................141
7. 55
Relatório Saeb (Aneb e Anresc) 2005-2015:
panorama da década
O presente Relatório tem por objetivo apresentar aos gestores educacionais e demais
públicosdeinteresseumpanoramadaúltimadécadasobreoSistemadeAvaliaçãodaEducação
Básica (Saeb). O SAEB, instituído na década de 1990, ao longo dos mais de 25 anos de sua
existência passou por diversos aprimoramentos, adaptações e alterações metodológicas. Nos
anos2000,umadasmaissignificativasmudançasfoiaampliaçãodapopulação-alvodaavaliação,
com a criação, no ano de 2005, de um estrato censitário para aplicação de instrumentos em
escolas publicas de 5º ano e no 9º ano do Ensino Fundamental. Esse aprimoramento permitiu
a geração de resultados de desempenho por escolas e municípios.
O texto está dividido em seis capítulos. O primeiro capítulo apresenta o marco
normativo do Saeb no período, descrevendo as alterações legais ocorridas ao longo dos anos
até a configuração atual da avaliação. O segundo, terceiro e quarto capítulos versam sobre
aspectos metodológicos da avaliação, apresentando as matrizes de referência, os instrumentos
aplicados e as escalas de proficiência que subsidiam a interpretação dos resultados. O quinto
capítulo aborda o processo de divulgação dos resultados desde o primeiro ano de realização
do Saeb até a presente edição. Por fim, o sexto capítulo apresenta um panorama das etapas da
educação básica avaliadas pelo Saeb no Brasil no período considerado, relativo ao quantitativo
de escolas, matrículas nos diferentes estratos, docentes e outros indicadores, tais como média
de alunos por turma, taxa de aprovação, reprovação e abandono. Apresenta ainda a evolução
das médias de proficiência dos estudantes nos testes de desempenho do Saeb entre 2005 e
2015, com recortes por etapa, dependência administrativa, região e unidade da Federação.
MARIA INÊS FINI
Presidente do Inep
APRESENTAÇÃO
11. 99
Relatório Saeb (Aneb e Anresc) 2005-2015:
panorama da década
2005
A Portaria MEC n° 931, de 21 de março de 2005, trouxe novidades para o Sistema
de Avaliação da Educação Básica (Saeb), criado em 1990, que passou a ser constituído pela
Avaliação Nacional da Educação Básica (Aneb) e a Avaliação Nacional do Rendimento Escolar
(Anresc), conhecida comumente como Prova Brasil.
Na referida portaria, a Aneb e seus objetivos, características e procedimentos,
realizados por meio de amostras, foram mantidos. São eles: avaliação da qualidade,
equidade e eficiência dos sistemas e redes de ensino brasileiros; avaliação por amos-
tragem em larga escala, por meio de testes de desempenho em Língua Portuguesa – foco
em leitura – e Matemática – foco em resolução de problemas; utilização de metodologias
formais e científicas para a coleta, sistematização de dados e produção de informações
sobre o desempenho dos alunos do ensino fundamental e médio, bem como sobre as
condições escolares e extraescolares que incidem sobre o processo ensino-aprendizagem.
Dessa forma, a avaliação da qualidade, equidade e eficiência dos sistemas e redes de
ensino brasileiros a que se propõe a Aneb é feita por meio destes dois instrumentos: testes
de desempenho e questionários. A aplicação dos testes de desempenho na Aneb inclui
uma amostra representativa de alunos de 4a
série/5° ano e 8a
série/9° ano do ensino fun
damental e de 3a
série do ensino médio das escolas das redes pública e privada, localizadas
nas zonas rural e urbana, distribuídas nas 27 unidades da Federação. Já os questionários
são aplicados para estudantes, docentes e gestores escolares. Além disso, a informação
produzida viabiliza a comparação entre os resultados das edições para as séries ou anos
12. 10
Relatório Saeb (Aneb e Anresc) 2005-2015:
panorama da década
escolares, mantendo a construção de séries históricas, a fim de subsidiar a formulação de
políticas públicas educacionais e contribuir para a melhoria da qualidade da educação.
A Anresc (Prova Brasil), por sua vez, é um instrumento de avaliação censitária das
escolas, também por meio de questionários e testes de desempenho em Língua Portuguesa
e Matemática. A ela foram atribuídos os seguintes objetivos gerais: 1) avaliar a qualidade do
ensino ministrado nas escolas, de forma que cada unidade escolar receba o resultado global;
2) contribuir para o desenvolvimento, em todos os níveis educativos, de uma cultura avalia-
tiva que estimule a melhoria dos padrões de qualidade e equidade da educação brasileira e
adequados controles sociais de seus resultados; 3) concorrer para a melhoria da qualidade de
ensino, redução das desigualdades e a democratização da gestão do ensino público nos esta-
belecimentos oficiais, em consonância com as metas e políticas estabelecidas pelas diretrizes
da educação nacional; e 4) oportunizar informações sistemáticas sobre as unidades escolares.
A Prova Brasil de 2005 foi aplicada em escolas públicas localizadas em zona urbana,
que possuíam pelo menos 30 alunos matriculados em cada uma das séries ou anos. Os testes
de desempenho foram aplicados a alunos das 4a
e 8a
séries do ensino fundamental regular
de 8 anos e dos 5° e 9° anos nas escolas já organizadas no regime de 9 anos para o ensino
fundamental.
A Portaria MEC n° 931 estabeleceu que o planejamento e a operacionalização tanto
da Anresc como da Aneb seriam de competência do Inep, por meio da Diretoria de Avaliação
da Educação Básica (Daeb), com as seguintes tarefas: 1) definir os objetivos específicos de
cada pesquisa a ser realizada, os instrumentos a serem utilizados, as séries e disciplinas, bem
como as competências e habilidades a serem avaliadas; 2) definir abrangência, mecanismo e
procedimentos de execução da pesquisa; 3) implementar a pesquisa em campo; 4) definir as
estratégias para disseminação dos resultados.
2007
A segunda edição da Prova Brasil foi regulamentada pela Portaria Inep n° 47, de 3 de
maio de 2007, na qual o critério anterior de número mínimo de alunos para a aplicação foi
alterado de 30 alunos matriculados em cada uma das séries ou anos para 20 alunos matricu-
lados em cada uma das turmas de cada escola. Essa portaria, pela primeira vez, determinou
objetivos específicos para a Prova Brasil: 1) aplicar os instrumentos (provas e questionários) em
escolas da rede pública de ensino, localizadas na zona urbana, que possuíssem pelo menos 20
alunos matriculados em cada uma das turmas de 4a
e 8a
séries do ensino fundamental regular
de 8 anos e em cada uma das turmas de 5° e 9° ano do ensino fundamental regular de 9 anos;
2)aplicartestesdeMatemáticaedeLínguaPortuguesa,comfocoemresoluçãodeproblemaseem
13. 1111
Relatório Saeb (Aneb e Anresc) 2005-2015:
panorama da década
leitura,respectivamente,definidosnasMatrizesdeReferênciadoSistemadeAvaliaçãodaEducação
Básica; 3) fornecer informações sobre as unidades escolares, úteis aos gestores da rede à qual
pertencessem as escolas avaliadas. A edição da Aneb de 2007 não teve alterações.
Em 24 de abril de 2007, foi publicado o Decreto n° 6.094, que, entre outras providências,
criou o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb). O indicador reúne dois con-
ceitos importantes para avaliação educacional: fluxo escolar (taxa de aprovação, reprovação
e abandono) e aprendizado, com base nas médias de desempenho nos testes. A partir desse
ano, o Ideb passou a ser calculado e divulgado com os dados do Saeb, incluindo os referentes
à edição de 2005.
2009
Em 2009, a Portaria Inep n° 87, de 7 de maio de 2009, estabeleceu objetivos gerais para
o Saeb: 1) oferecer subsídios à formulação, à reformulação e ao monitoramento de políticas
públicas e programas de intervenção ajustados às necessidades diagnosticadas; 2) identificar
os problemas e as diferenças regionais do ensino; 3) produzir informações sobre os fatores do
contexto socioeconômico, cultural e escolar que influenciam o desempenho dos alunos; 4)
proporcionar aos agentes educacionais e à sociedade uma visão dos resultados dos processos
de ensino e aprendizagem e das condições em que são desenvolvidos; 5) desenvolver com-
petência técnica e científica na área de avaliação educacional, ativando o intercâmbio entre
instituições educacionais de ensino e pesquisa.
Na portaria, mencionou-se o uso das informações produzidas pela Prova Brasil e Aneb
para calcular o Ideb de cada unidade escolar, município, unidade da Federação e País, e para
subsidiar a formulação e o monitoramento de políticas educacionais, com vistas à melhoria da
qualidade da educação. O critério de quantitativo de alunos para aplicação da Prova Brasil foi
novamente alterado: de pelo menos 20 alunos matriculados em cada uma das turmas de cada
escola para 20 alunos matriculados nas escolas em cada série ou ano escolares, de forma a
possibilitar o cálculo do Ideb para um número maior de escolas.
Os objetivos específicos para a Prova Brasil foram mantidos em relação às edições ante-
riores, com o acréscimo dos seguintes: 1) produzir informações sobre o desempenho dos alunos,
assim como sobre as condições intra e extraescolares que incidem sobre o processo de ensino
e aprendizagem, no âmbito das redes de ensino e unidades escolares; 2) fornecer dados para o
cálculo do Ideb. O objeto e a agregação dos resultados permaneceram os mesmos (médias de de-
sempenho das unidades escolares, dos municípios e das unidades da Federação, por rede pública).
Com relação à Aneb, os objetivos específicos foram mantidos como nas portarias
anteriores, bem como o objeto e a representatividade dos resultados (médias de desempenho
14. 12
Relatório Saeb (Aneb e Anresc) 2005-2015:
panorama da década
e estratos da amostra). Houve apenas o acréscimo do objetivo de fornecer dados para cálculo
do Ideb. A portaria especificou como seria constituída a amostra representativa de todo o
sistema de ensino da educação básica, com escolas que tivessem 10 alunos ou mais matri-
culados na série ou ano do ensino fundamental e médio regular das redes federal, estadual,
municipal e particular de localização urbana.
Dessa forma, parte da amostra da Aneb em 2009 foi extraída da população da Prova Brasil
e o restante foi complementado por estratos amostrais, exclusivos da Aneb, representativos do
universo de referência do sistema de ensino da educação básica: 1) turmas de 4a
série ou 5° ano
e 8a
série ou 9° ano do ensino fundamental, matriculadas em escolas públicas urbanas e rurais
com número de matrículas entre 10 e 19 alunos nessas séries ou anos; 2) turmas de 4a
série ou
5° ano e 8a
série ou 9° ano do ensino fundamental, matriculadas em escolas particulares urbanas
e rurais com número de matrículas de 10 alunos ou mais nessas séries ou anos; 3) turmas de 3a
série do ensino médio, matriculadas em escolas públicas e particulares, de localização urbana,
com número de matrículas de 10 alunos ou mais.
2011
A edição do Saeb de 2011 foi regulamentada pela Portaria Inep n° 149, de 16 de junho de
2011, na qual basicamente foram mantidos os dispositivos da portaria de 2009. A novidade foi a
mençãodequeopúblico-alvoparticipanteseriaconsideradocombasenosdadosdoCensoEscolar
informados até o dia 14 de agosto de 2011. Também foi definido o critério de participação mínima
para a divulgação dos resultados de desempenho na Prova Brasil e do Ideb: 50% de participantes
em relação ao número de matrículas declaradas ao Censo Escolar.
Ainda em 2011, foi publicada a Portaria Inep n° 403, de 31 de outubro de 2011, a
respeito da realização de uma edição especial da Prova Brasil para os municípios que não pos-
suíam escolas com quantidade mínima de 20 estudantes. A edição seria realizada em parceria
com a União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime) e municípios, e sua
finalidade seria o cálculo das médias da Prova Brasil para a obtenção do Ideb do município.
Assim, estabeleceu-se o quantitativo mínimo de participação de 10 estudantes matriculados
em turmas de 4a
série ou 5° ano, em escolas localizadas em zona urbana e rural, por muni-
cípio. A portaria estabeleceu que para esses municípios com aplicação especial não haveria
divulgação de resultados por escola, e sim por município, desde que respeitado o critério de
participação mínima de 50% de estudantes matriculados na 4a
série/5° ano em relação ao total
de matrículas do município.
Em 2012, foi criado, por meio da Portaria Inep n° 152, de 31 de maio de 2012, um protocolo
de divulgação dos resultados para gestores, em caráter preliminar, a fim de abrir a possibilidade de
15. 1313
Relatório Saeb (Aneb e Anresc) 2005-2015:
panorama da década
interposição de recurso sobre o resultado das escolas e redes de ensino. Tal dispositivo passou a
constar em todas as portarias subsequentes.
2013
Em 2013 surgiram outras novidades com a Portaria n° 482, de 7 de junho de 2013, que
revogou a Portaria MEC n° 931, de 21 de março de 2005. A Avaliação Nacional da Alfabetização
(ANA) integrou-se ao Saeb, que passou a ser composto por três avaliações: a Aneb, a Anresc
(Prova Brasil) e a ANA. Quanto à Aneb e à Anresc (Prova Brasil), foram mantidos seus objetivos,
características e procedimentos até então realizados.
À ANA foram atribuídas as seguintes características: 1) avaliação censitária, de larga
escala, externa aos sistemas de ensino público, aplicada no ciclo de alfabetização; 2) utilização
de procedimentos metodológicos formais e científicos para coletar e sistematizar dados e pro-
duzir índices sobre o nível de alfabetização e letramento dos alunos do ciclo de alfabetização
do ensino fundamental, conforme disposto no art. 30 da Resolução da Câmara de Educação
Básica (CEB)/do Conselho Nacional de Educação (CNE) n° 7, de 14 de dezembro de 2010, e
sobre as condições escolares que incidam sobre o processo de ensino e aprendizagem; 3)
contribuição para o desenvolvimento, em todos os níveis educativos, de uma cultura avaliativa
que estimule a melhoria dos padrões de qualidade e equidade da educação brasileira e ade-
quados controles sociais de seus resultados; 4) promoção da melhoria da qualidade do ensino,
da redução das desigualdades e da democratização da gestão do ensino público nos estabe-
lecimentos oficiais, em consonância com as metas e políticas estabelecidas pelas diretrizes
da educação nacional; e 5) disponibilização de informações sistemáticas sobre as unidades
escolares.
Em consonância ao disposto pela Portaria n° 304/2013, a Prova Brasil e a ANA foram
restritas às escolas públicas do ensino básico, e o planejamento e a operacionalização da
Anresc, da Aneb e da ANA ficaram a cargo do Inep, especificamente da Diretoria de Avaliação
da Educação Básica (Daeb), com as seguintes tarefas: 1) definir os objetivos específicos de cada
pesquisa a ser realizada – alinhados às diretrizes definidas pelo MEC e o CNE –, os instrumentos
a serem utilizados, as séries e as disciplinas, bem como as competências e as habilidades a serem
avaliadas; 2) definir abrangência, mecanismos e procedimentos de execução da pesquisa; 3) im-
plementar a pesquisa em campo; 4) definir as estratégias para disseminação dos resultados. No
parágrafo único, afirma-se que os parâmetros básicos inerentes às aplicações seriam definidos
no planejamento das pesquisas e publicados em portaria específica do Inep.
Dessa forma, em 21 de junho de 2013, foi publicada pelo Inep a Portaria n° 304, que
regulamentava as aplicações do Saeb no referido ano, incorporando, além da ANA, as áreas
16. 14
Relatório Saeb (Aneb e Anresc) 2005-2015:
panorama da década
de ciências no Saeb, “em caráter experimental para efeito de validação de matrizes e escalas”.
Para essa aplicação-piloto, fizeram parte dos cadernos do 9° ano itens de Ciências da Natureza
e Ciências Humanas, conforme matrizes propostas pelo Inep. Ainda estão em curso as análises
dos resultados dessa aplicação.
A portaria Inep n° 304/2013 também transferiu às secretarias estaduais e municipais a
responsabilidade de informar ao Inep a relação das escolas indígenas que, devido à caracterís-
tica de seus projetos político-pedagógicos, optam por abster-se da Prova Brasil.
Seguindo o modelo de 2011, a referida portaria trouxe ainda a possibilidade de interposição,
pelos gestores das escolas e das redes de ensino, de recurso fundamentado sobre os resultados, a
ser solicitado dentro do prazo de dez dias da divulgação preliminar, para eventuais correções nas
médias de desempenho.
2015
A edição de 2015 do Saeb foi regulamentada pela Portaria Inep n° 174, de 13 de maio
de 2015. Os objetivos, as metodologias e as características foram mantidas em relação à por-
taria anterior. As alterações propostas foram: 1) não avaliação das turmas de ensino médio
integrado declaradas no Censo Escolar; 2) menção aos resultados de desempenho da Prova
Brasil e da Aneb, à distribuição dos estudantes por nível de proficiência, além de indicadores
sobre o contexto escolar, tais como a formação docente, o nível socioeconômico e outros pro-
duzidos pelo Inep; 3) elevação da participação mínima de estudantes para 80% – em relação
ao número de matrículas declaradas ao Censo Escolar de 2015 –, para a divulgação dos re-
sultados de desempenho na Prova Brasil – medida que, no entanto, à época da divulgação de
resultados, foi revista, retornando o mínimo de 50%; 4) ampliação do prazo para interposição
de recursos de 10 para 15 dias consecutivos da divulgação dos resultados preliminares, tendo
o Inep 30 dias para respondê-los após o término do prazo.
19. 1717
Relatório Saeb (Aneb e Anresc) 2005-2015:
panorama da década
A conjunção dos fatores sociais que conformam o ambiente no qual os alunos vivem com o que
lhes é oferecido nas escolas é essencial para a construção do nível de proficiência de cada um ou
de cada grupo. Ou seja, a competência pessoal em apreender o conhecimento tem nítida relação
com as condições físicas e psicológicas que a estrutura social permite, considerando-se convívio
familiar, renda, alimentação, saúde e, ainda, as influências do grupo social comunitário a que
pertencem. (Brasil. Inep, 2006, p. 171).
Os questionários da Aneb e Anresc (Prova Brasil) servem como instrumentos de coleta
de informações sobre aspectos da vida escolar, do nível socioeconômico, do capital social e cul-
tural dos alunos. Professores de Língua Portuguesa e de Matemática e diretores das escolas
também são convidados a responder questionários que possibilitam conhecer formação profis-
sional, práticas pedagógicas, nível socioeconômico e cultural, estilos de liderança e formas de
gestão. O aplicador externo preenche também um questionário que visa a coletar informações
sobre a infraestrutura, segurança e condições dos recursos pedagógicos disponíveis nas escolas
participantes.
Esse levantamento permite a realização de estudos para identificar fatores que podem
estar associados ao desempenho dos alunos, de forma a subsidiar tanto o trabalho do professor
quanto o dos gestores na formulação de ações e políticas com vistas à melhoria da qualidade do
ensino e da aprendizagem dos alunos.
Neste capítulo, será apresentada breve descrição das matrizes de referência dos
questionários e dos instrumentos utilizados, bem como dos indicadores contextuais, baseados
nos dados coletados, atualmente disponibilizados pelo Inep.
20. 18
Relatório Saeb (Aneb e Anresc) 2005-2015:
panorama da década
2.1 Matrizes de referência
Tanto os testes de desempenho quanto os questionários do Saeb seguem matrizes
estabelecidasem2001.Apartirdereferencialteórico,1
quetinhacomoprioridadeascaracterísticas
escolares,2
foram definidos três grupos de construtos a serem medidos: a) construtos relacionados
ao aluno; b) construtos relacionados à sala de aula; e c) construtos relacionados à escola.
O propósito da definição do Referencial Teórico para os instrumentos contextuais do Saeb é a
definição, explicitação e justificação dos constructos que se pretende captar pela aplicação dos
instrumentos contextuais. A publicação deste Referencial Teórico objetiva não só fornecer uma base
para a continuidade do debate sobre a pertinência do próprio quadro de referência aqui delineado,
mas também estimular avaliações acerca de até que ponto os questionários do Saeb 2001 explicitam
adequadamenteosconstructosprivilegiadosnoReferencialTeórico.Porestemeio,espera-seviabilizar
um processo de contínuo aprimoramento dos questionários contextuais. (Brasil. Inep, 2001, p. 45).
Dando continuidade a esse processo de aprimoramento, em 2003 os questionários do
Saeb de 1995 a 2001 foram revistos à luz da matriz de 2001 e registrados no relatório de 2003.3
Desde então, as mudanças sofridas nos questionários têm sido pontuais. Na próxima seção,
serão descritos os instrumentos em sua versão mais recente (2015).
2.2 Instrumentos
Os questionários dos alunos são entregues e preenchidos junto com os testes de de-
sempenho. Os questionários destinados aos professores e diretores são entregues pelos apli-
cadores antes da realização do teste e recolhidos ao final da aplicação. O questionário da
escola é preenchido pelo aplicador ao término da realização da avaliação. No anexo I são apre-
sentados os questionários completos aplicados na edição de 2015.
1
“Com o propósito de apontar os constructos a serem priorizados pelos Questionários Saeb 2001, seis trabalhos de revisão de
literatura foram utilizados. Quatro deles são revisões produzidas nos EUA (Lee, Bryk, Smith, 1993; NCES, 2000), no Canadá
(Willms, 1992) e na Inglaterra (Sammons, Hillman e Mortimore, 1995), enquanto duas das revisões foram produzidas por
autores brasileiros (Mello, 1994; Brasil, 1998). Foi incluída, também, uma síntese da literatura que aborda o tema do efeito-
escola, a partir de dados das pesquisas contemporâneas de avaliação da educação” (Brasil. Inep, 2001, p. 46).
2
“A definição dos constructos a serem priorizados deve se beneficiar de teorias e de resultados de pesquisas educacionais. Resultados
de outras pesquisas que focalizam o efeito-escola são bastante importantes e, por isso, foram incorporados à reflexão sobre os
Questionários Saeb 2001 estudos acerca de fatores associados ao desempenho escolar e à escola eficaz” (Brasil. Inep, 2001, p. 46).
3
“A estrutura dos questionários do Saeb em 2001 priorizou a construção de variáveis que operacionalizassem indicadores do perfil
socioeconômico e demográfico dos alunos, bem como das condições em que a escolarização acontece, mais especificamente
naqueles aspectos que, segundo a literatura aponta, afetam significativamente a aprendizagem. Já a revisão desses instrumentos
surgiu da identificação de uma série de questionamentos acerca da validade dos dados coletados e ainda do grau de adequação
de cada um dos questionários à realidade brasileira” (Brasil. Inep, 2006, p. 172).
21. 1919
Relatório Saeb (Aneb e Anresc) 2005-2015:
panorama da década
Alunos
Os questionários dos alunos consistem em uma folha frente e verso de leitura ótica,
com 51 itens para o 5° ano do ensino fundamental, 57 itens para o 9° ano do ensino funda-
mental e 60 itens para a 3a
série do ensino médio. Todos os itens são de múltipla escolha (com
entre duas e oito opções de resposta). Embora não haja seções explícitas, os itens podem ser
divididos em oito blocos, seguindo o construto firmado na matriz de 2001:
1) Caracterização sociodemográfica – Itens sobre sexo, cor/raça e idade (4 itens).
2) Informações socioeconômicas – Itens sobre capital econômico (13 itens).
3) Capital social – Itens sobre convívio, formação e atitude dos pais ou responsáveis na
educação do aluno (14 itens).
4) Capital cultural – (7 a 14 itens) – Itens sobre hábitos de leitura e gestão do tempo.
5) Trajetória escolar (4 a 5 itens) – Itens sobre tempo de permanência na escola,
reprovação e abandono.
6) Atitudesemrelaçãoaestudosespecíficos–Itenssobreatitudesdoalunoedoprofessor
em relação ao estudo de Língua Portuguesa (2 a 8 itens) e Matemática (2 a 8 itens),
somados a um item sobre uso da biblioteca ou sala de leitura.
7) Perspectiva de futuro (1 item, somente para o 9° ano).
Professor
O questionário do professor consiste em oito páginas e cartão-resposta de leitura ótica
contendo 125 itens, divididos em 11 seções:
1) Informações básicas – Itens sobre características demográficas, socioeconômicas,
formação, experiência profissional e características funcionais (18 itens).
2) Desenvolvimento profissional – Itens sobre atividades que têm por objetivo
desenvolver habilidades, conhecimento, experiência e outras características do
professor (5 itens).
3) Hábitos de leitura/culturais – Itens sobre uso do tempo livre (6 itens).
4) Utilização de recursos audiovisuais e didáticos – Itens sobre o uso de recursos para
fins pedagógicos pelo professor (7 itens).
5) Integração da equipe escolar – Itens sobre a integração da equipe escolar (19
itens).
22. 20
Relatório Saeb (Aneb e Anresc) 2005-2015:
panorama da década
6) Problemas de aprendizagem – Itens sobre a percepção do professor acerca das
causas dos possíveis problemas de aprendizagem nas turmas da escola em que
leciona (13 itens).
7) Violência na escola – Itens sobre incidência de violência na escola (10 itens).
8) Expectativas–Itenssobreaexpectativadoprofessorquantoàtrajetóriaeducacional
futura de seus alunos (4 itens).
9) Livro didático – Itens sobre o uso do livro didático (5 itens).
10) O uso do tempo – Itens sobre a forma como o professor utiliza o tempo em sala de
aula (3 itens).
11) Práticas pedagógicas – Itens sobre as estratégias pedagógicas que o professor
utiliza com os alunos da turma avaliada (2 itens):
a. Bloco geral – Itens sobre práticas pedagógicas dos professores (7 itens).
b. Blocosespecíficos–Itenssobrepráticaspedagógicasdosprofessoresespecíficas
ao ensino de Língua Portuguesa (6 itens) ou de Matemática (6 itens).
Diretor
O questionário do diretor consiste em oito páginas e cartão-resposta de leitura ótica
contendo 111 itens, divididos em sete seções:
1) Informações básicas – Itens sobre características demográficas, socioeconômicas,
formação, experiência profissional e características funcionais (27 itens).
2) Características da equipe escolar – Itens sobre atividades e composição da equipe
escolar (5 itens).
3) Políticas, ações e programas escolares – Itens sobre as políticas utilizadas para ad-
missão e alocação de alunos, entre outras (29 itens).
4) Visão sobre a merenda escolar – Itens sobre a opinião do diretor sobre a merenda
oferecida na escola (5 itens).
5) Visão sobre a escola e a gestão – Itens sobre os principais problemas da escola e as
dificuldades na gestão escolar (14 itens).
6) Recursos financeiros e livros didáticos – Itens sobre as fontes de recursos e os livros
didáticos utilizados na escola (9 itens).
7) Violência na escola – Itens sobre fatos que afetam a segurança da escola (20 itens).
8) Ensino religioso – Itens sobre atividades de ensino religioso na escola (3 itens).
23. 2121
Relatório Saeb (Aneb e Anresc) 2005-2015:
panorama da década
Escola
O questionário da escola consiste em uma folha frente e verso de leitura ótica contendo
74 itens, divididos em nove blocos:
1) Indicação de não aplicação (6 itens).
2) Estado de conservação dos itens e equipamentos do prédio (13 itens).
3) Iluminação e ventilação das salas de aula (2 itens).
4) Segurança da escola e dos alunos (14 itens).
5) Existência e condições de uso dos recursos eletroeletrônicos (20 itens).
6) Existência e condições de uso de ambientes escolares específicos (8 itens).
7) Existência e uso da biblioteca ou sala de leitura (10 itens).
2.3 Usos e aplicações DOS QUESTIONÁRIOS
O preenchimento do questionário oferece informações para contextualizar o resultado
dos testes em termos dos desafios enfrentados pela escola. A partir de 2013, o boletim da
Anresc (Prova Brasil) passou a apresentar algumas dessas informações na página 1, na parte de
indicadores contextuais, e nas páginas 4 e 5, na comparação com o perfil de “escolas similares”.
• Indicador de Nível Socioeconômico (Inse): o Indicador de Nível Socioeconômico
possibilita, de modo geral, situar o público atendido pela escola em um estrato
ou nível social, apontando o padrão de vida referente a cada um desses estratos.
Esse indicador é calculado com base na escolaridade dos pais e na posse de bens e
contratação de serviços pela família dos alunos. As escolas foram classificadas em
sete grupos, de modo que, no Grupo 1, estão as escolas com nível socioeconômico
mais baixo e, no Grupo 7, as com nível socioeconômico mais alto. Informações
detalhadas sobre o Inse são apresentadas na “Nota Técnica: Indicador de Nível
Socioeconômico (Inse) das escolas” (Brasil. Inep, 2014e).
• Perfil de “Escolas Similares”: cada escola poderá analisar seus resultados tendo
como referência um perfil chamado de “escolas similares”, que sintetiza os
resultados de um grupo de escolas com características semelhantes, ou seja, que
pertencem à mesma microrregião geográfica e à mesma localização (urbana e
rural) e cujos valores absolutos do Inse se aproximam. Esses três critérios permitem
definir o grupo de escolas que estão em condições semelhantes e, com base nele,
fazer o cálculo de perfil de duas maneiras: utilizando a distribuição percentual
24. 22
Relatório Saeb (Aneb e Anresc) 2005-2015:
panorama da década
dos alunos da escola pelos níveis de proficiência e utilizando a média aritmética
ponderada pela quantidade de alunos das proficiências médias das escolas do
grupo. Informações detalhadas sobre a construção do perfil de “escolas similares”
são apresentadas na nota técnica “Perfil de ‘Escolas Similares’”.
Os dados coletados pelos questionários também são disponibilizados no site do Inep na
forma de microdados, o que permite que gestores, pesquisadores, instituições e interessados
na área da educação possam realizar diagnósticos, estudos e pesquisas que subsidiem o pla-
nejamento e a proposição de ações no âmbito das escolas e das redes de ensino. Em levanta-
mento de teses e dissertações, redigidas entre 2005 e 2015, tendo como tema o Saeb, foram
identificados 5 trabalhos com foco em aspectos socioeconômicos do Saeb, além de outros
18 trabalhos que relacionam proficiência e nível socioeconômico (Freitas; Siqueira; Alavarse,
2016, p. 158).
27. 2525
Relatório Saeb (Aneb e Anresc) 2005-2015:
panorama da década
As avaliações em larga escala são elaboradas por um órgão externo às escolas, com a
finalidade de fazer juízos de valor e propor alternativas em âmbito mais amplo que o da insti-
tuição de ensino. Esses juízos são possíveis por meio da aplicação de instrumentos de medida
e de análise de seus resultados. No caso do Saeb, o instrumento de medida utilizado é o teste
desenhado para aferir o desempenho dos participantes, com o objetivo de realizar inferências
sobre o processo educacional em desenvolvimento (Brasil. Inep, 2010).
Os itens que compõem os testes da Aneb e Anresc (Prova Brasil) são provenientes do
Banco Nacional de Itens (BNI) do Inep, que conta com professores colaboradores selecionados
por chamada pública, capacitados e convidados a participar de oficinas para elaboração de
itens, considerando que a experiência docente é de fundamental importância para que se
possam elaborar itens em consonância com o contexto educacional. A elaboração baseia-se
nas matrizes de referência construídas para cada avaliação do Inep.
3.1 Matrizes de referência
A Aneb e Anresc (Prova Brasil) contêm testes de desempenho de Língua Portuguesa
e Matemática elaborados baseados nas matrizes de referência. A matriz reúne os conheci-
mentos e processos cognitivos a serem aferidos em cada disciplina e série/ano, conferindo
maior transparência ao processo de avaliação.
As matrizes atuais de Língua Portuguesa e Matemática da Aneb e Anresc foram
estabelecidas em 2001, em substituição a matrizes anteriores, e, por sua vez, devem ser
28. 26
Relatório Saeb (Aneb e Anresc) 2005-2015:
panorama da década
revistas em decorrência do estabelecimento da Base Nacional Comum Curricular prevista no
Plano Nacional de Educação (Lei n° 13.005/2014). Matrizes não englobam todo o currículo es-
colar e não podem ser confundidas com procedimentos, estratégias de ensino ou orientações
metodológicas, pois consistem em um recorte dos conteúdos curriculares estabelecidos para
determinada etapa ou ciclo escolar.
Língua Portuguesa
Os testes de Língua Portuguesa da Aneb e Anresc (Prova Brasil) têm como foco a leitura
e seu objetivo é verificar se os alunos são capazes de apreender o texto como construção de
conhecimento em diferentes níveis de compreensão, análise e interpretação. A alternativa por
esse foco parte da proposição de que ser competente no uso da língua significa saber interagir,
por meio de textos, nas mais diferentes situações de comunicação. É uma atividade complexa,
que exige do leitor demonstrar habilidades, como reconhecer, identificar, agrupar, associar,
relacionar, generalizar, abstrair, comparar, deduzir, inferir, hierarquizar.
Os conhecimentos e as competências linguísticas esperados para cada etapa estão indi-
cados nos descritores da matriz de referência de Língua Portuguesa, dividida em 5° e 9° ano do
ensino fundamental e 3a
série do ensino médio (Quadros 1, 2 e 3, respectivamente). A matriz
de Língua Portuguesa é composta por seis tópicos, relacionados a habilidades desenvolvidas
pelos estudantes. Dentro de cada tópico há um conjunto de descritores ligados às competên-
cias desenvolvidas.
Podem ser observados, nessa matriz, descritores comuns às três etapas de ensino ava-
liadas. Há, entretanto, diferenças no que diz respeito ao grau de complexidade com que esses
descritores são tratados pelos avaliadores. Por isso, de um mesmo descritor derivam itens
de graus de complexidade distintos, tanto do ponto de vista do objeto analisado – o texto –
quanto do ponto de vista da tarefa. O grau de complexidade do texto resulta, entre outros,
da temática desenvolvida, das estratégias textuais utilizadas em sua composição, da escolha
de um vocabulário mais ou menos incomum, dos recursos sintático-semânticos empregados,
bem como das determinações específicas do gênero e da época em que foi produzido. O grau
de complexidade da tarefa resulta de aspectos relativos aos diversos saberes que o sujeito terá
que mobilizar para resolver o problema proposto.
29. 2727
Relatório Saeb (Aneb e Anresc) 2005-2015:
panorama da década
Quadro 1 Matriz de Língua Portuguesa do 5° ano do ensino fundamental
5° ano – Língua Portuguesa
Tópico Habilidades/Descritores
I. Procedimentos de leitura
D1 – Localizar informações explícitas em um texto.
D3 – Inferir o sentido de uma palavra ou expressão.
D4 – Inferir uma informação implícita em um texto.
D6 – Identificar o tema de um texto.
D11 – Distinguir um fato da opinião relativa a esse fato.
II. Implicações do suporte, do
gênero e/ou do enunciador
na compreensão do texto
D5 – Interpretar texto com auxílio de material gráfico diverso
(propagandas, quadrinhos, foto etc.).
D9 – Identificar a finalidade de textos de diferentes gêneros.
III. Relação entre textos
D15 – Reconhecer diferentes formas de tratar uma informação
na comparação de textos que tratam do mesmo tema, em
função das condições em que ele foi produzido e daquelas em
que será recebido.
IV. Coerência e coesão no
processamento do texto
D2 – Estabelecer relações entre partes de um texto, identificando
repetições ou substituições que contribuem para a continuidade
de um texto.
D7 – Identificar o conflito gerador do enredo e os elementos que
constroem a narrativa.
D8 – Estabelecer relação causa/consequência entre partes e
elementos do texto.
D12 – Estabelecer relações lógico-discursivas presentes no texto,
marcadas por conjunções, advérbios etc.
V. Relações entre recursos
expressivos e efeitos de
sentido
D13 – Identificar efeitos de ironia ou humor em textos variados.
D14 –Identificar o efeito de sentido decorrente do uso da
pontuação e de outras notações.
VI. Variação linguística
D10 – Identificar as marcas linguísticas que evidenciam o locutor
e o interlocutor de um texto.
Fonte: Brasil. Inep, 2002b.
Quadro 2 Matriz de Língua Portuguesa do 9° ano do ensino fundamental
(continua)
9° ano – Língua Portuguesa
Tópico Habilidades/Descritores
I. Procedimentos de leitura
D1 – Localizar informações explícitas em um texto.
D3 – Inferir o sentido de uma palavra ou expressão.
D4 – Inferir uma informação implícita em um texto.
D6 – Identificar o tema de um texto.
D14 – Distinguir um fato da opinião relativa a esse fato.
II. Implicações do suporte, do
gênero e/ou do enunciador
na compreensão do texto
D5 – Interpretar texto com auxílio de material gráfico diverso
(propagandas, quadrinhos, foto etc.).
D12 – Identificar a finalidade de textos de diferentes gêneros.
30. 28
Relatório Saeb (Aneb e Anresc) 2005-2015:
panorama da década
9° ano – Língua Portuguesa
Tópico Habilidades/Descritores
III. Relação entre textos
D20 – Reconhecer diferentes formas de tratar uma informação
na comparação de textos que tratam do mesmo tema, em
função das condições em que ele foi produzido e daquelas em
que será recebido.
D21 – Reconhecer posições distintas entre duas ou mais opiniões
relativas ao mesmo fato ou ao mesmo tema.
IV. Coerência e coesão no
processamento do texto
D2 – Estabelecer relações entre partes de um texto, identificando
repetições ou substituições que contribuem para a continuidade
de um texto.
D7 – Identificar a tese de um texto.
D8 – Estabelecer relação entre a tese e os argumentos oferecidos
para sustentá-la.
D9 – Diferenciar as partes principais das secundárias em um
texto.
D10 – Identificar o conflito gerador do enredo e os elementos
que constroem a narrativa.
D11 – Estabelecer relação causa/consequência entre partes e
elementos do texto.
D15 – Estabelecer relações lógico-discursivas presentes no texto,
marcadas por conjunções, advérbios etc.
V. Relações entre recursos
expressivos e efeitos de
sentido
D16 – Identificar efeitos de ironia ou humor em textos variados.
D17 – Reconhecer o efeito de sentido decorrente do uso da
pontuação e de outras notações.
D18 – Reconhecer o efeito de sentido decorrente da escolha de
uma determinada palavra ou expressão.
D19 – Reconhecer o efeito de sentido decorrente da exploração
de recursos ortográficos e/ou morfossintáticos.
VI. Variação linguística
D13 – Identificar as marcas linguísticas que evidenciam o locutor
e o interlocutor de um texto.
Fonte: Brasil. Inep, 2002b.
Quadro 3 Matriz de Língua Portuguesa da 3a
série do ensino médio
(continua)
3a
série – Língua Portuguesa
Tópico Habilidades/Descritores
I. Procedimentos de leitura
D1 – Localizar informações explícitas em um texto.
D3 – Inferir o sentido de uma palavra ou expressão.
D4 – Inferir uma informação implícita em um texto.
D6 – Identificar o tema de um texto.
D14 – Distinguir um fato da opinião relativa a esse fato.
II. Implicações do suporte, do
gênero e/ou do enunciador
na compreensão do texto
D5 – Interpretar texto com auxílio de material gráfico diverso
(propagandas, quadrinhos, foto etc.).
D12 – Identificar a finalidade de textos de diferentes gêneros.
Quadro 2 Matriz de Língua Portuguesa do 9° ano do ensino fundamental
(conclusão)
31. 2929
Relatório Saeb (Aneb e Anresc) 2005-2015:
panorama da década
3a
série – Língua Portuguesa
Tópico Habilidades/Descritores
III. Relação entre textos
D20 – Reconhecer diferentes formas de tratar uma informação
na comparação de textos que tratam do mesmo tema, em
função das condições em que ele foi produzido e daquelas em
que será recebido.
D21 – Reconhecer posições distintas entre duas ou mais opiniões
relativas ao mesmo fato ou ao mesmo tema.
IV. Coerência e coesão no
processamento do texto
D2 – Estabelecer relações entre partes de um texto, identificando
repetições ou substituições que contribuem para a continuidade
de um texto.
D7 – Identificar a tese de um texto.
D8 – Estabelecer relação entre a tese e os argumentos oferecidos
para sustentá-la.
D9 – Diferenciar as partes principais das secundárias em um
texto.
D10 – Identificar o conflito gerador do enredo e os elementos
que constroem a narrativa.
D11 – Estabelecer relação causa/consequência entre partes e
elementos do texto.
D15 – Estabelecer relações lógico-discursivas presentes no texto,
marcadas por conjunções, advérbios etc.
V. Relações entre recursos
expressivos e efeitos de
sentido
D16 – Identificar efeitos de ironia ou humor em textos variados.
D17 – Reconhecer o efeito de sentido decorrente do uso da
pontuação e de outras notações.
D18 – Reconhecer o efeito de sentido decorrente da escolha de
uma determinada palavra ou expressão.
D19 – Reconhecer o efeito de sentido decorrente da exploração
de recursos ortográficos e/ou morfossintáticos.
VI. Variação linguística
D13 – Identificar as marcas linguísticas que evidenciam o locutor e
o interlocutor de um texto.
Fonte: Brasil. Inep, 2002b.
Matemática
O conhecimento de Matemática na Aneb e na Anresc (Prova Brasil) é demonstrado por
meio da resolução de problemas. São consideradas capacidades, como observação, estabele-
cimento de relações, comunicação (diferentes linguagens), argumentação e validação de pro-
cessos, estimulando formas de raciocínio, como intuição, indução, dedução e estimativa. A ma-
triz de Matemática foi estabelecida a partir do pressuposto de que o conhecimento matemático
ganha significado quando os alunos têm situações desafiadoras para resolver e trabalham para
desenvolver estratégias de resolução, o que não exclui totalmente a possibilidade da proposição
de alguns itens com o objetivo de avaliar se o aluno tem domínio de determinadas técnicas.
Quadro 3 Matriz de Língua Portuguesa da 3a
série do ensino médio
(conclusão)
32. 30
Relatório Saeb (Aneb e Anresc) 2005-2015:
panorama da década
A matriz de referência de Matemática é composta por quatro temas, relacionados a
habilidades desenvolvidas pelos estudantes. Dentro de cada tema há um conjunto de descri-
tores ligados às competências desenvolvidas. Cabe destacar que os descritores da matriz de
Matemática do 5° ano geralmente estão contemplados de forma mais abrangente nos descri-
tores do 9° ano, da mesma forma que esses estão incluídos nos descritores da 3ª série do en-
sino médio (Quadros 4, 5 e 6, respectivamente), supondo-se que apresentam, evidentemente,
graus de complexidade diferenciados.
Quadro 4 Matriz de Matemática do 5° ano do ensino fundamental
(continua)
5° ano – Matemática
Tópico Habilidades/Descritores
I. Espaço e forma
D1 – Identificar a localização/movimentação de objeto em mapas, croquis
e outras representações gráficas.
D2 – Identificar propriedades comuns e diferenças entre poliedros
e corpos redondos, relacionando figuras tridimensionais com suas
planificações.
D3 – Identificar propriedades comuns e diferenças entre figuras
bidimensionais pelo número de lados, pelos tipos de ângulos.
D4 – Identificar quadriláteros observando as posições relativas entre seus
lados (paralelos, concorrentes, perpendiculares).
D5 – Reconhecer a conservação ou modificação de medidas dos lados,
do perímetro, da área em ampliação e/ou redução de figuras poligonais
usando malhas quadriculadas.
II. Grandezas e
medidas
D6 – Estimar a medida de grandezas utilizando unidades de medida
convencionais ou não.
D7 – Resolver problemas significativos utilizando unidades de medida
padronizadas como km/m/cm/mm, kg/g/mg, l/ml.
D8 – Estabelecer relações entre unidades de medida de tempo.
D9 – Estabelecer relações entre o horário de início e término e/ou o
intervalo da duração de um evento ou acontecimento.
D10 – Num problema, estabelecer trocas entre cédulas e moedas do
sistema monetário brasileiro, em função de seus valores.
D11 – Resolver problema envolvendo o cálculo do perímetro de figuras
planas, desenhadas em malhas quadriculadas.
D12 – Resolver problema envolvendo o cálculo ou a estimativa de áreas
de figuras planas, desenhadas em malhas quadriculadas.
III. Números e
operações/
álgebra e funções
D13 – Reconhecer e utilizar características do sistema de numeração
decimal, tais como agrupamentos e trocas na base 10 e princípio do valor
posicional.
D14 – Identificar a localização de números naturais na reta numérica.
D15 – Reconhecer a decomposição de números naturais nas suas diversas
ordens.
33. 3131
Relatório Saeb (Aneb e Anresc) 2005-2015:
panorama da década
5° ano – Matemática
Tópico Habilidades/Descritores
III. Números e
operações/
álgebra e funções
D16 – Reconhecer a composição e a decomposição de números naturais
em sua forma polinomial.
D17 – Calcular o resultado de uma adição ou subtração de números
naturais.
D18 – Calcular o resultado de uma multiplicação ou divisão de números
naturais.
D19 –Resolver problema com números naturais, envolvendo diferentes
significados da adição ou subtração: juntar, alteração de um estado inicial
(positiva ou negativa), comparação e mais de uma transformação (positiva
ou negativa).
20 – Resolver problema com números naturais, envolvendo diferentes
significados da multiplicação ou divisão: multiplicação comparativa, ideia
de proporcionalidade, configuração retangular e combinatória.
D21 – Identificar diferentes representações de um mesmo número
racional.
D22 – Identificar a localização de números racionais representados na
forma decimal na reta numérica.
D23 – Resolver problema utilizando a escrita decimal de cédulas e moedas
do sistema monetário brasileiro.
D24 – Identificar fração como representação que pode estar associada a
diferentes significados.
D25 – Resolver problema com números racionais expressos na forma
decimal envolvendo diferentes significados da adição ou subtração.
D26 – Resolver problema envolvendo noções de porcentagem (25%, 50%,
100%).
IV. Tratamento da
informação
D27 – Ler informações e dados apresentados em tabelas.
D28 – Ler informações e dados apresentados em gráficos (particularmente
em gráficos de colunas).
Fonte: Brasil. Inep, 2002b.
Quadro 4 Matriz de Matemática do 5° ano do ensino fundamental
(conclusão)
34. 32
Relatório Saeb (Aneb e Anresc) 2005-2015:
panorama da década
Quadro 5 Matriz de Matemática do 9° ano do ensino fundamental
(continua)
9° ano – Matemática
Tópico Habilidades/Descritores
I. Espaço e forma
D1 – Identificar a localização/movimentação de objeto, em mapas,
croquis e outras representações gráficas.
D2 – Identificar propriedades comuns e diferenças entre figuras
bidimensionais e tridimensionais, relacionando-as com suas
planificações.
D3 – Identificar propriedades de triângulos pela comparação de
medidas de lados e ângulos.
D4 – Identificar relação entre quadriláteros, por meio de suas
propriedades.
D5 – Reconhecer a conservação ou modificação de medidas dos
lados, do perímetro, da área em ampliação e/ou redução de figuras
poligonais usando malhas quadriculadas.
D6 – Reconhecer ângulos como mudança de direção ou giros,
identificando ângulos retos e não retos.
D7 – Reconhecer que as imagens de uma figura construída por
uma transformação homotética são semelhantes, identificando
propriedades e/ou medidas que se modificam ou não se alteram.
D8 – Resolver problema utilizando a propriedade dos polígonos (soma
de seus ângulos internos, número de diagonais, cálculo da medida de
cada ângulo interno nos polígonos regulares).
D9 – Interpretar informações apresentadas por meio de coordenadas
cartesianas.
D10 – Utilizar relações métricas do triângulo retângulo para resolver
problemas significativos.
D11 – Reconhecer círculo/circunferência, seus elementos e algumas
de suas relações.
II. Grandezas e medidas
D12 – Resolver problema envolvendo o cálculo de perímetro de figuras
planas.
D13 – Resolver problema envolvendo o cálculo de área de figuras
planas.
D14 – Resolver problema envolvendo noções de volume.
D15 – Resolver problema envolvendo relações entre diferentes
unidades de medida.
III. Números e
operações/
álgebra e funções
D16 – Identificar a localização de números inteiros na reta numérica.
D17 – Identificar a localização de números racionais na reta numérica.
D18 – Efetuar cálculos com números inteiros envolvendo as operações
(adição, subtração, multiplicação, divisão e potenciação).
D19 – Resolver problema com números naturais envolvendo diferentes
significados das operações (adição, subtração, multiplicação, divisão e
potenciação).
D20 – Resolver problema com números inteiros envolvendo as
operações (adição, subtração, multiplicação, divisão e potenciação).
35. 3333
Relatório Saeb (Aneb e Anresc) 2005-2015:
panorama da década
9° ano – Matemática
Tópico Habilidades/Descritores
III. Números e
operações/
álgebra e funções
D21 – Reconhecer as diferentes representações de um número racional.
D22 – Identificar fração como representação que pode estar associada a
diferentes significados.
D23 – Identificar frações equivalentes.
D24 – Reconhecer as representações decimais dos números racionais
como uma extensão do sistema de numeração decimal, identificando a
existência de “ordens”, como décimos, centésimos e milésimos.
D25 – Efetuar cálculos que envolvam operações com números racionais
(adição, subtração, multiplicação, divisão, potenciação).
D26 – Resolver problema com números racionais que envolvam as
operações (adição, subtração, multiplicação, divisão, potenciação).
D27 – Efetuar cálculos simples com valores aproximados de radicais.
D28 – Resolver problema que envolva porcentagem.
D29 – Resolver problema que envolva variação proporcional, direta ou
inversa, entre grandezas.
D30 – Calcular o valor numérico de uma expressão algébrica.
D31 – Resolver problema que envolva equação do 2° grau.
D32 – Identificar a expressão algébrica que expressa uma regularidade
observada em sequências de números ou figuras (padrões).
D33 – Identificar uma equação ou uma inequação do 1° grau que
expressa um problema.
D34 – Identificar um sistema de equações do 1° grau que expressa um
problema.
D35 – Identificar a relação entre as representações algébrica e
geométrica de um sistema de equações do 1° grau.
IV. Tratamento da
informação
D36 – Resolver problema envolvendo informações apresentadas em
tabelas e/ou gráficos.
D37 – Associar informações apresentadas em listas e/ou tabelas simples
aos gráficos que as representam e vice-versa.
Fonte: Brasil. Inep, 2002b.
Quadro 5 Matriz de Matemática do 9° ano do ensino fundamental
(conclusão)
36. 34
Relatório Saeb (Aneb e Anresc) 2005-2015:
panorama da década
Quadro 6 Matrizes de Matemática da 3a
série do ensino médio
(continua)
3a
série – Matemática
Tópico Habilidades/Descritores
I. Espaço e forma
D1 – Identificar figuras semelhantes mediante o reconhecimento de
relações de proporcionalidade.
D2 – Reconhecer aplicações das relações métricas do triângulo
retângulo em um problema que envolva figuras planas ou espaciais.
D3 – Relacionar diferentes poliedros ou corpos redondos com suas
planificações ou vistas.
D4 – Identificar a relação entre o número de vértices, faces e/ou
arestas de poliedros expressa em um problema.
D5 – Resolver problema que envolva razões trigonométricas no
triângulo retângulo (seno, cosseno, tangente).
D6 – Identificar a localização de pontos no plano cartesiano.
D7 – Interpretar geometricamente os coeficientes da equação de uma
reta.
D8 – Identificar a equação de uma reta apresentada a partir de dois
pontos dados ou de um ponto e sua inclinação.
D9 – Relacionar a determinação do ponto de interseção de duas ou
mais retas com a resolução de um sistema de equações com duas
incógnitas.
D10 – Reconhecer, entre as equações do 2° grau com duas incógnitas,
as que representam circunferências.
II. Grandezas e medidas
D11 – Resolver problema envolvendo o cálculo de perímetro de
figuras planas.
D12 – Resolver problema envolvendo o cálculo de área de figuras
planas.
D13 – Resolver problema envolvendo a área total e/ou volume de um
sólido (prisma, pirâmide, cilindro, cone, esfera).
III. Números e operações/
álgebra e funções
D14 – Identificar a localização de números reais na reta numérica.
D15 – Resolver problema que envolva variação proporcional, direta ou
inversa, entre grandezas.
D16 – Resolver problema que envolva porcentagem.
D17 – Resolver problema que envolva equação do 2° grau.
D18 – Reconhecer expressão algébrica que representa uma função a
partir de uma tabela.
D19 – Resolver problema envolvendo uma função do 1° grau.
D20 – Analisar crescimento/decrescimento, zeros de funções reais
apresentadas em gráficos.
D21 – Identificar o gráfico que representa uma situação descrita em
um texto.
D22 – Resolver problema envolvendo P.A./P.G. dada a fórmula do
termo geral.
D23 – Reconhecer o gráfico de uma função polinomial do 1° grau por
meio de seus coeficientes.
D24 – Reconhecer a representação algébrica de uma função do 1°
grau, dado o seu gráfico.
37. 3535
Relatório Saeb (Aneb e Anresc) 2005-2015:
panorama da década
3a
série – Matemática
Tópico Habilidades/Descritores
III. Números e operações/
álgebra e funções
D25 – Resolver problemas que envolvam os pontos de máximo ou de
mínimo no gráfico de uma função polinomial do 2° grau.
D26 – Relacionar as raízes de um polinômio com sua decomposição
em fatores do 1° grau.
D27 – Identificar a representação algébrica e/ou gráfica de uma
função exponencial.
D28 – Identificar a representação algébrica e/ou gráfica de uma função
logarítmica, reconhecendo-a como inversa da função exponencial.
D29 – Resolver problema que envolva função exponencial.
D30 – Identificar gráficos de funções trigonométricas (seno, cosseno,
tangente), reconhecendo suas propriedades.
D31 – Determinar a solução de um sistema linear, associando-o a uma
matriz.
D32 – Resolver problema de contagem utilizando o princípio
multiplicativo ou noções de permutação simples, arranjo simples e/ou
combinação simples.
D33 – Calcular a probabilidade de um evento.
IV. Tratamento da
informação
D34 – Resolver problema envolvendo informações apresentadas em
tabelas e/ou gráficos.
D35 – Associar informações apresentadas em listas e/ou tabelas
simples aos gráficos que as representam e vice-versa.
Fonte: Brasil. Inep, 2002b.
Estudo exploratório de Ciências (Saeb 2013)
A Portaria Inep n° 304, de 24 de junho de 2013, que regulamentou a edição de 2013 do
Saeb, incluiu a aplicação de testes de Ciências, em caráter experimental, para efeito de vali-
dação de matrizes e escalas. Estabeleceu-se que essa primeira avaliação deveria tornar-se um
diagnóstico inicial, uma avaliação piloto para o 9° ano do ensino fundamental, a qual poderia
contribuir para a implementação das políticas previstas no Saeb.
Dessa forma, foram propostas pelo Inep matrizes de Ciências da Natureza e Ciências
Humanas, contendo três dimensões ou eixos estruturantes. Essas dimensões podem ser
resumidamente descritas como: as diferentes situações/contextos que envolvem ciência,
tecnologia e vida em sociedade (contexto); as possíveis ações/operações que devem ser
efetivadas pelos aprendizes nessas situações (operações cognitivas); e os diferentes conheci-
mentos mobilizados para tal (objetos de conhecimento ou eixos temáticos).
Para a materialização de itens para testes, há a estrutura da matriz, que orienta a
medição composta dessas três dimensões, entre as quais a dimensão Contexto, que deve ser
visualizada transversalmente para todos os itens.
Quadro 6 Matrizes de Matemática da 3a
série do ensino médio
(conclusão)
38. 36
Relatório Saeb (Aneb e Anresc) 2005-2015:
panorama da década
Em relação ao eixo Operações Cognitivas, sugeriu-se como possibilidades de composição
tanto para Ciências da Natureza quanto para Ciências Humanas a utilização de três níveis de
competências: A) reconhecer conceitos, B) compreender conceitos e C) aplicar conceitos, com
os seguintes desdobramentos:
A) Reconhecimento de conceitos em situações/contextos: identificar, reconhecer,
nomear, distinguir, caracterizar, listar, citar, classificar, comparar, associar, ordenar,
selecionar, decodificar, relacionar.
B) Compreensão de processos: caracterizar, analisar, interpretar, explicar, confrontar.
C) Uso de conceitos em situações-problema: sintetizar, extrapolar, julgar, inferir.
Em relação aos eixos estruturantes, para a área de Ciências da Natureza foi sugerida a
utilização dos grandes temas definidos no PCN’s das séries finais do ensino fundamental: Terra
e Universo, Vida e Ambientes, Ser Humano e Saúde, Tecnologia e Sociedade e seus desdobra-
mentos, em termos de conceitos e contextos, resultando na matriz apresentada no Quadro 7.
Quadro 7 Estrutura da matriz de Ciências da Natureza para avaliação do 9° ano do ensino
fundamental no Saeb 2013
Operações
cognitivas
Eixos
estruturantes
A. Reconhecer
conceitos, ideias,
fenômenos e/ou
sistemas
B. Compreender
conceitos, ideias,
fenômenos e/ou
sistemas
C. Aplicar conceitos,
ideias, fenômenos
e/ou sistemas
1. Terra e Universo A1 B1 C1
2. Vida e Ambientes A2 B2 C2
3. Ser Humano e Saúde A3 B3 C3
4. Materiais: Propriedades e
Transformações
A4 B4 C4
5. Energia: Conservação e
Transformação
A5 B5 C5
Fonte: Brasil. Inep, 2013.
No caso de Ciências Humanas, também com base nos documentos curriculares dispo-
níveis, foram definidos sete eixos estruturantes, que se associaram aos três eixos cognitivos,
resultando na matriz de referência apresentada no Quadro 8.
39. 3737
Relatório Saeb (Aneb e Anresc) 2005-2015:
panorama da década
Quadro 8 Estrutura da matriz de referência de Ciências Humanas (História e Geografia) para
avaliação do 9° ano do ensino fundamental no Saeb 2013
Operações
Cognitivas
Eixos
Estruturantes
A. Reconhecer
conceitos, ideias,
fenômenos e/ou
sistemas
B. Compreender
conceitos, ideias,
fenômenos e/ou
sistemas
C. Aplicar conceitos,
ideias, fenômenos
e/ou sistemas
1. Terra , Espaço,
Fontes Históricas
e Representações
Cartográficas
A1 B1 C1
2. Natureza-Sociedade:
Questões Ambientais
A2 B2 C2
3. Identidade, Diversidades e
Direitos Humanos
A3 B3 C3
4. Poder, Estado e Instituições A4 B4 C4
5. Cidadania e Movimentos
Sociais
A5 B5 C5
6. Materiais: Propriedades e
Transformações
A6 B6 C6
7. Energia: Conservação e
Transformação
A7 B7 C7
Fonte: Brasil. Inep, 2013.
3.2 Instrumentos
Itens
A elaboração dos itens para testes de desempenho em avaliações em larga escala re-
quer que o elaborador tenha domínio tanto da área de conhecimento a ser avaliada quanto
dos procedimentos técnicos que envolvem sua construção (Brasil. Inep, 2010).
O item de múltipla escolha utilizado nos testes do Inep divide-se em três partes: texto-
-base, enunciado e alternativas.
1) Texto-base: representa o elemento motivador da situação-problema colocada no
item e pode se constituir de um ou mais textos-base verbais ou não verbais (por
ex.: imagens, figuras, tabelas, gráficos ou infográficos, esquemas, quadros, experi-
mentos, entre outros).
2) Enunciado: instrução clara e objetiva da tarefa a ser realizada pelo participante do
teste.
40. 38
Relatório Saeb (Aneb e Anresc) 2005-2015:
panorama da década
3) Alternativas: possibilidades de respostas para a situação-problema apresentada,
dividindo-se em gabarito e distratores. O gabarito indica, inquestionavelmente, a
única alternativa correta que responde à situação-problema proposta, enquanto
os distratores indicam as alternativas incorretas à resolução da situação-problema
proposta. No Saeb, os itens para o 5° e o 9° ano do ensino fundamental apre-
sentam quatro alternativas de resposta, enquanto os itens para a 3ª série do en-
sino médio apresentam cinco alternativas.
Após a elaboração dos itens para os testes há várias etapas de validação, tais como re-
visão técnico-pedagógica, revisão linguística e pré-testagem, a qual consiste na aplicação dos
itens a uma amostra representativa da população de estudantes que fará o teste. O objetivo
nessa fase é obter informações sobre as características estatísticas dos novos itens. Com os
itens pré-testados, procede-se à montagem dos blocos e cadernos.
Blocos e cadernos
Para montar os cadernos de prova, o Inep utiliza uma metodologia denominada Blocos
Incompletos Balanceados (BIB) (Montgomery, 1984), que permite que um grande número de
itens seja aplicado ao conjunto de alunos avaliados, sem que cada aluno precise responder a
todos eles.
A seleção e distribuição de itens para a composição dos blocos orientam-se por critérios
pedagógicos que levam em consideração a habilidade a ser aferida, o nível de dificuldade do
item, os temas, o tamanho dos textos e o gabarito. Montados os blocos, passa-se ao arranjo
dos cadernos, cada um a ser composto por quatro blocos diferentes, sendo dois de Língua
Portuguesa e dois de Matemática, garantindo-se que cada bloco esteja presente em pelo
menos dois cadernos de teste distintos. Essa técnica permite a mensuração de uma mesma
habilidade por mais de um item, cada qual aplicado em diferentes posições do caderno de
prova, para diferentes respondentes de uma mesma turma ou escola, de modo a tornar a
informação produzida mais confiável.
Por meio do uso da Teoria da Resposta ao Item (TRI), pode-se obter a comparação entre
as diferentes edições da prova, cujos resultados vão compor uma mesma escala de medição.
Para permitir a aplicação da TRI, bem como a comparabilidade e a equalização dos resultados
em uma mesma escala, deve-se utilizar itens comuns entre provas de diferentes edições e
também itens comuns entre séries.
Na avaliação do 5° ano, para cada uma das áreas do conhecimento, são montados 7
blocos contendo 11 itens cada, totalizando 77 itens, sendo 21 comuns com a edição anterior.
41. 3939
Relatório Saeb (Aneb e Anresc) 2005-2015:
panorama da década
Nas avaliações do 9° ano e da 3ª série, para cada uma das áreas do conhecimento, são mon-
tados 7 blocos contendo 13 itens cada, totalizando 91 itens, sendo 21 comuns com a edição
anterior e outros 21 comuns entre as séries. Ao todo, são confeccionados 21 tipos diferentes
de cadernos de prova para cada série, e cada aluno responde a apenas um caderno de prova.
O Quadro 9 apresenta o BIB que vem sendo utilizado para a Aneb e a Anresc (Prova
Brasil) desde 2005.
Quadro 9 Rotação de blocos utilizada para composição dos cadernos de teste do Saeb
– 2005-2015
Caderno Disciplina 1
Blocos
Disciplina 2
Blocos
Posição 1 Posição 2 Posição 1 Posição 2
1 Língua Portuguesa LP1 LP2 Matemática M1 M2
2 Matemática M2 M3 Língua Portuguesa LP2 LP3
3 Língua Portuguesa LP3 LP4 Matemática M3 M4
4 Matemática M4 M5 Língua Portuguesa LP4 LP5
5 Língua Portuguesa LP5 LP6 Matemática M5 M6
6 Matemática M6 7 Língua Portuguesa LP6 LP7
7 Língua Portuguesa LP7 LP1 Matemática M7 M1
8 Matemática M1 M3 Língua Portuguesa LP1 LP3
9 Língua Portuguesa LP2 LP4 Matemática M2 M4
10 Matemática M3 M5 Língua Portuguesa LP3 LP5
11 Língua Portuguesa LP4 LP6 Matemática M4 M6
12 Matemática M5 M7 Língua Portuguesa LP5 LP7
13 Língua Portuguesa LP6 LP1 Matemática M6 M1
14 Matemática M7 M2 Língua Portuguesa LP7 LP2
15 Língua Portuguesa LP1 LP4 Matemática M1 M4
16 Matemática M2 M5 Língua Portuguesa LP2 LP5
17 Língua Portuguesa LP3 LP6 Matemática M3 M6
18 Matemática M4 M7 Língua Portuguesa LP4 LP7
19 Língua Portuguesa LP5 LP1 Matemática M5 M1
20 Matemática M6 M2 Língua Portuguesa LP6 LP2
21 Língua Portuguesa LP7 LP3 Matemática M7 M3
Fonte: Daeb/Inep. Banco Nacional de Itens.
Os alunos do 5° ano respondem a 22 itens de Língua Portuguesa e a 22 itens de
Matemática. Já os estudantes de 9° ano e da 3ª série do ensino médio respondem a 26 itens
de português e a 26 de matemática. O tempo total estipulado para a realização dos testes é
de 2 horas e 30 minutos.
42. 40
Relatório Saeb (Aneb e Anresc) 2005-2015:
panorama da década
Para a aplicação-piloto de Ciências em 2013, utilizou-se um dia adicional de prova,
para o qual foram elaborados 10 cadernos compostos de quatro blocos: dois de Ciências da
Natureza e dois de Ciências Humanas. Cada bloco continha 13 itens de múltipla escolha com
quatro alternativas, de modo que cada aluno participante respondeu a 26 itens de Ciências da
Natureza e a 26 de História e Geografia, totalizando 52 itens.
Atendimento especializado
Em suas avaliações, o Inep, em parceria com os sistemas de ensino, tem se empenhado
em oferecer atendimento especializado aos participantes com deficiência, transtorno global
do desenvolvimento ou outra condição especial. Desse modo, todos os alunos devem parti-
cipar das avaliações sempre que possível. A orientação é que, durante a aplicação dos testes,
as escolas ofereçam aos estudantes com deficiência os apoios e os recursos de acessibilidade
que lhes são disponibilizados no dia a dia da sala de aula, tais como: sala de fácil acesso,
mobiliário acessível, ledores, transcritores, intérpretes, guias-intérpretes, entre outros. Caso
o aluno com deficiência ou outra condição não tenha condições de permanecer em sala jun-
tamente com os demais alunos e responder a prova com autonomia, existe a possibilidade
de fazê-lo em sala reservada, de modo a garantir que receba os apoios e recursos dos quais
necessita. Nessa situação é alocado um aplicador adicional para acompanhar a aplicação da
prova em sala reservada pelos profissionais da escola.
Desde o ano de 2013, com base nas informações fornecidas pelas escolas no preenchi-
mento de campos específicos do Censo Escolar, foi possível identificar onde estão os partici-
pantes com deficiência, transtorno global do desenvolvimento ou outra condição especial e
quais são os recursos de que necessitam para participar das avaliações. De posse das informa-
ções do Censo, na edição do Saeb de 2013 foi adotado um conjunto de medidas com o objetivo
de aprimorar as condições de acessibilidade. Além da prova comum, foram disponibilizadas
provas adaptadas, foi concedido tempo adicional para realização da prova e foi determinada a
presença de um aplicador adicional nas escolas que já contavam com o apoio de profissionais
para o atendimento educacional especializado dos seus alunos.
Na edição do Saeb do ano de 2015, por sua vez, com base nos dados informados no
Censo Escolar, foi concedido tempo adicional para os alunos com deficiência, foi disponibili-
zado o recurso da prova ampliada (macrotipo 18) e foi determinada a presença de um apli-
cador adicional nas escolas que já contavam com o apoio de profissionais para o atendimento
educacional especializado dos seus alunos.
O Inep estuda, de modo contínuo, os melhores meios para garantir acessibilidade aos
participantes com deficiência, transtorno global do desenvolvimento, ou outra condição, em
43. 4141
Relatório Saeb (Aneb e Anresc) 2005-2015:
panorama da década
todas as suas avaliações. Por isso, permanece empenhado no aprimoramento de seus indi-
cadores, instrumentos e processos de avaliação da educação básica. Segue a descrição dos
recursos oferecidos, do público a que se destinam esses recursos e outras observações:
• Provas ampliadas (macrotipo): caderno de prova impresso em folha de papel
tamanho A3, com textos de fonte tamanho 16, 18, 20 ou 24 e com imagens
ampliadas. Adaptação destinada a pessoas com baixa visão.
• Prova ledor: prova com auxílio de leitura oferecido por profissional ao participante
com deficiência visual (cegueira ou baixa visão). Quando necessário, a prova
contém textos adaptados e descrição dos recursos visuais, não textuais, presentes
na prova convencional (ilustrações, imagens, mapas, tabelas, gráficos, esquemas,
fotografias, desenhos e símbolos). Cabe pontuar que, no caso de participantes com
outras deficiências, transtornos globais do desenvolvimento, transtornos funcionais
específicos ou outras condições que necessitam de auxílio para leitura, é utilizada a
prova comum, sem adaptação, e não a prova ledor.
• Língua Portuguesa como segunda língua para surdos (L2): caderno de prova
especial impresso para alunos do 5º ano/4ª série do ensino fundamental, usuários
da Língua Brasileira de Sinais (Libras) e que têm a Língua Portuguesa como segunda
língua (L2). Nesse caderno de prova, as questões de língua portuguesa foram
adaptadas para L2. (Disponibilizado em caráter experimental na edição de 2013).
• Matemática em Libras: vídeoprova em Libras, acompanhada de caderno de prova
regular impresso para alunos do 5° ano/4a
série do ensino fundamental. (Esse
recurso foi disponibilizado em caráter experimental na edição de 2013).
• Tempo adicional: concedido aos alunos com deficiência que fizeram a prova em sala
reservada, para a realização da prova, independentemente de solicitação prévia,
podendo ser utilizado ou não, a critério do aluno. Foi concedido tempo adicional de
10 minutos para resolução de cada bloco de questões (40 minutos no total), de 20
minutos para preenchimento do cartão-resposta e de 10 minutos para resposta do
questionário, totalizando 1 hora e 10 minutos de tempo adicional.
• Aplicador adicional: disponibilizado para acompanhamento da aplicação da prova,
em sala reservada, a alunos com deficiência nas escolas que já apresentavam
professores especializados para atendimento das suas necessidades, tais como:
ledor, transcritor, tradutor-intérprete de Libras, leitura labial, guia-intérprete.
47. 4545
Relatório Saeb (Aneb e Anresc) 2005-2015:
panorama da década
4.1 Escalas de proficiência
Os resultados dos testes de desempenho das avaliações de larga escala desenvolvidas
pelo Inep são produzidos mediante análises estatísticas baseadas nas respostas dos partici-
pantes aos itens do teste. Nas primeiras edições da avaliação, eram divulgados resultados em
termos de número e percentual de acertos dos estudantes, mediante análises e cálculos ba-
seados na Teoria Clássica dos Testes (TCT).
Na TCT, a proficiência do aluno é função de seu escore, ou seja, do seu número total
de acertos no teste. Com base nessa teoria, são geradas informações sobre determinados
atributos relativos aos itens que compõem um teste específico, a partir da análise do de-
sempenho do conjunto de participantes. Esse tipo de análise, entretanto, não permite que
se façam comparações entre participantes de testes realizados em diferentes locais e ciclos,
embora as informações produzidas ajudem a compreender as dificuldades dos participantes
em relação aos itens do teste.
Na edição de 1995, as análises começaram a se pautar na Teoria de Resposta ao Item
(TRI), a qual permite comparar os resultados ao longo das edições, mesmo quando os alunos
respondem a conjuntos de itens distintos. A TRI se baseia em modelos matemáticos que pres-
supõem que a probabilidade de resposta de um participante do teste é função da sua profi-
ciência e dos parâmetros dos itens. Uma escala de proficiência construída com base na TRI
atribui a cada item do teste uma posição que reflete o seu grau empírico de dificuldade, ou
seja, o grau de dificuldade observado de acordo com o comportamento do item quando apre-
sentado a participantes de diversos níveis de proficiência. A proficiência de cada participante
48. 46
Relatório Saeb (Aneb e Anresc) 2005-2015:
panorama da década
do teste, estimada a partir de suas respostas aos itens, é posicionada nessa mesma escala,
permitindo a comparação entre estudantes e entre ciclos da avaliação.
Os resultados de desempenho nos testes da Aneb e Anresc são expressos por números
na escala de proficiência, que variam de 0 a 500 pontos, com média de 250 e desvio-padrão
de 50. A escala pode ser visualizada como uma régua construída com base nos parâmetros es-
tabelecidos para os itens aplicados nas edições do teste. Em cada ciclo da avaliação, o conjunto
de itens aplicados nos testes de desempenho é posicionado na escala de proficiência com
base nos parâmetros calculados por intermédio da TRI. Assim, o fato de um item estar alocado,
por exemplo, no ponto 250 da escala do Saeb independe do teste do qual ele fez parte, pois se
trata de uma característica própria de cada item. A ordenação dos itens na escala é feita com
base no valor do parâmetro de dificuldade observada. Quanto maior o valor desse parâmetro,
mais difícil considera-se o item.
A análise segundo o modelo da TRI permite alocar a proficiência de cada participante
do teste na mesma régua. A posição ocupada por determinado item na escala indica uma
possível linha divisora: os participantes com proficiência acima dessa posição possuem maior
probabilidade de respondê-lo corretamente e aqueles com proficiência abaixo dessa posição
têm menor probabilidade de respondê-lo corretamente (Figura 1).
Figura 1 Representação de uma escala de proficiência hipotética, mostrando as relações entre a
posição dos itens e das proficiências dos estudantes.
Fonte: Adaptado de OCDE (2016).
49. 4747
Relatório Saeb (Aneb e Anresc) 2005-2015:
panorama da década
A informação numérica da proficiência média obtida é importante para o acompanha-
mento do progresso dos sistemas educacionais, por meio do qual é possível, por exemplo, ava-
liar os efeitos de determinadas políticas públicas. Entretanto, para a escola e seus professores,
por exemplo, essa informação tem seu potencial inexplorado, se não estiver associada a infor-
mações de caráter pedagógico. Assim, a interpretação pedagógica das escalas de proficiência
é fundamental para fornecer um sentido qualitativo e pedagógico às estimativas quantitativas,
possibilitando ampliar a compreensão do significado das proficiências e dos parâmetros de
dificuldade dos itens. Para dar sentido aos resultados alcançados pelos participantes do teste,
é necessário que a escala seja interpretada, de modo a informar o que os estudantes são ca-
pazes de fazer em termos de conhecimentos e habilidades quando posicionados em pontos
distintos da escala.
Considerando que é praticamente impossível obter informações sobre todos os pontos
da escala, adota-se a divisão em intervalos, chamados níveis de proficiência, agrupando-se em
cada nível itens cujos parâmetros de dificuldade possam ser incluídos naquele intervalo. Nas
escalas do Saeb, o intervalo que define cada nível é de 25 pontos (correspondente a um desvio-
-padrão da média de 250 pontos). Assim, com base no conjunto de itens descritos em cada
intervalo, é consolidada a descrição das habilidades desenvolvidas pelos estudantes cuja profi-
ciência está alocada naquele nível. O modelo pressupõe que os participantes posicionados em
certo nível, além de, provavelmente, terem desenvolvido as habilidades descritas nesse nível,
também desenvolveram habilidades descritas nos níveis anteriores. Isso, porém, não significa
que um estudante posicionado em determinado nível não possa ter desenvolvido alguma ha-
bilidade do nível subsequente, dado que o modelo da TRI trabalha com probabilidades.
A interpretação pedagógica das escalas é um trabalho contínuo, considerando que, a
cada edição do teste, novos itens acompanhados por sua descrição podem ser agregados.
Em 2014, foi realizada no Inep uma atividade de interpretação das escalas, complementando
a interpretação realizada em 2002 (Brasil. Inep, 2002) com informações pedagógicas de itens
utilizados nos testes e pré-testes das edições de 2007, 2009 e 2011 (Brasil. Inep, 2014d).
Na metodologia adotada pelo Inep para construção da escala interpretada, os itens são
descritos pedagogicamente de acordo com três elementos estruturais:
1) Operação cognitiva: traduz as ações requeridas ao participante do teste para re-
solver a situação-problema proposta pelo item.
2) Objeto do conhecimento: refere-se aos conhecimentos escolares solicitados ou
mobilizados no item para que o respondente execute a operação cognitiva visando
à resolução do item.
3) Contexto: considera as situações envolvidas no problema construído pelo item.
50. 48
Relatório Saeb (Aneb e Anresc) 2005-2015:
panorama da década
Para cada área avaliada nos testes do Saeb, há uma escala de proficiência interpretada,
comum entre os anos escolares, que, para fins de facilidade de consulta, são apresentadas
separadamente para cada um dos anos escolares testados (5° e 9° ano do ensino fundamental
e 3ª série do ensino médio). A seguir, são apresentadas as escalas interpretadas de Língua
Portuguesa e de Matemática com as respectivas descrições de nível.
Escalas de Língua Portuguesa
QUADRO 10 Escala de Língua Portuguesa – 5° ano do ensino fundamental
(continua)
5° ANO
Nível Descrição das habilidades desenvolvidas
Nível 0
Desempenho
menor que 125
A Prova Brasil não utilizou itens que avaliam as habilidades desse nível.
Os estudantes localizados abaixo do nível 125 requerem atenção especial, pois
não demonstram sequer habilidades muito elementares.
Nível 1
Desempenho
maior ou igual
a 125 e menor
que 150
Os estudantes provavelmente são capazes de: localizar informações explícitas em
textos narrativos curtos, informativos e anúncios. Identificar o tema de um texto.
Localizar elementos, como o personagem principal. Estabelecer relação entre
partes do texto: personagem e ação; ação e tempo; ação e lugar.
Nível 2
Desempenho
maior ou igual
a 150 e menor
que 175
Além das habilidades anteriormente citadas, os estudantes provavelmente são
capazes de: localizar informações explícitas em contos. Identificar o assunto
principal e a personagem principal em reportagem e em fábulas. Reconhecer
a finalidade de receitas, manuais e regulamentos. Inferir características de
personagens em fábulas. Interpretar linguagem verbal e não verbal em tirinhas.
Nível 3
Desempenho
maior ou igual
a 175 e menor
que 200
Além das habilidades anteriormente citadas, os estudantes provavelmente são
capazes de: localizar informação explícita em contos e reportagens. Localizar
informação explícita em propagandas com ou sem apoio de recursos gráficos.
Reconhecer relação de causa e consequência em poemas, contos e tirinhas. Inferir
o sentido de palavra, o sentido de expressão ou o assunto em cartas, contos,
tirinhas e histórias em quadrinhos, com o apoio de linguagem verbal e não verbal.
Nível 4
Desempenho
maior ou igual
a 200 e menor
que 225
Além das habilidades anteriormente citadas, os estudantes provavelmente são
capazes de: identificar informação explícita em sinopses e receitas culinárias.
Identificar assunto principale personagem em contos e letras de música. Identificar
formasderepresentaçãodemedidadetempoemreportagens.Identificarassuntos
comuns a duas reportagens. Identificar o efeito de humor em piadas. Reconhecer
sentido de expressão, elementos da narrativa e opinião em reportagens, contos e
poemas. Reconhecer relação de causa e consequência e relação entre pronomes
e seus referentes em fábulas, poemas, contos e tirinhas. Inferir sentido decorrente
da utilização de sinais de pontuação e sentido de expressões em poemas, fábulas
e contos. Inferir efeito de humor em tirinhas e histórias em quadrinhos.
51. 4949
Relatório Saeb (Aneb e Anresc) 2005-2015:
panorama da década
5° ANO
Nível Descrição das habilidades desenvolvidas
Nível 5
Desempenho
maior ou igual
a 225 e menor
que 250
Além das habilidades anteriormente citadas, os estudantes provavelmente são
capazes de: identificar assunto e opinião em reportagens e contos. Identificar
assunto comum a cartas e poemas. Identificar informação explícita em letras de
música e contos. Reconhecer assunto em poemas e tirinhas. Reconhecer sentido
de conjunções e de locuções adverbiais em verbetes, lendas e contos. Reconhecer
finalidade de reportagens e cartazes. Reconhecer relação de causa e consequência
e relação entre pronome e seu referente em tirinhas, contos e reportagens. Inferir
elementos da narrativa em fábulas, contos e cartas. Inferir finalidade e efeito de
sentido decorrente do uso de pontuação e assunto em fábulas. Inferir informação
em poemas, reportagens e cartas. Diferenciar opinião de fato em reportagens.
Interpretar efeito de humor e sentido de palavra em piadas e tirinhas.
Nível 6
Desempenho
maior ou igual
a 250 e menor
que 275
Além das habilidades anteriormente citadas, os estudantes provavelmente são
capazes de: identificar opinião e informação explícita em fábulas, contos, crônicas
e reportagens. Identificar informação explícita em reportagens com ou sem o
auxílio de recursos gráficos. Reconhecer a finalidade de verbetes, fábulas, charges
e reportagens. Reconhecer relação de causa e consequência e relação entre
pronomes e seus referentes em poemas, fábulas e contos. Inferir assunto principal
e sentido de expressão em poemas, fábulas, contos, crônicas, reportagens e
tirinhas. Inferir informação em contos e reportagens. Inferir efeito de humor e
moral em piadas e fábulas.
Nível 7
Desempenho
maior ou igual
a 275 e menor
que 300
Além das habilidades anteriormente citadas, os estudantes provavelmente são
capazesde:identificarassuntoprincipaleinformaçõesexplícitasempoemas,fábulas
e letras de música. Identificar opinião em poemas e crônicas. Reconhecer o gênero
textual a partir da comparação entre textos e assunto comum a duas reportagens.
Reconhecer elementos da narrativa em fábulas. Reconhecer relação de causa e
consequência e relação entre pronomes e seus referentes em fábulas, contos e
crônicas. Inferir informação e efeito de sentido decorrente do uso de sinais gráficos
em reportagens e em letras de música. Interpretar efeito de humor em piadas e
contos. Interpretar linguagem verbal e não verbal em histórias em quadrinhos.
Nível 8
Desempenho
maior ou igual
a 300 e menor
que 325
Além das habilidades anteriormente citadas, os estudantes provavelmente são
capazes de: identificar assunto principal e opinião em contos e cartas do leitor.
Reconhecer sentido de locução adverbial e elementos da narrativa em fábulas e
contos. Reconhecer relação de causa e consequência e relação entre pronomes
e seus referentes em fábulas e reportagens. Reconhecer assunto comum entre
textos de gêneros diferentes. Inferir informações e efeito de sentido decorrente
do uso de pontuação em fábulas e piadas.
Nível 9
Desempenho
maior ou igual
a 325
Além das habilidades anteriormente citadas, os estudantes provavelmente são
capazes de: identificar opinião em fábulas e reconhecer sentido de advérbios em
cartas do leitor.
Fonte: Daeb/inep.
QUADRO 10 Escala de Língua Portuguesa – 5° ano do ensino fundamental
(conclusão)
52. 50
Relatório Saeb (Aneb e Anresc) 2005-2015:
panorama da década
QUADRO 11 Escala de Língua Portuguesa – 9° ano do ensino fundamental
(continua)
9° ANO
Nível Descrição das habilidades desenvolvidas
Nível 1*
Desempenho
maior ou igual
a 200 e menor
que 225
Os estudantes provavelmente são capazes de:
reconhecer expressões características da linguagem (científica, jornalística etc.)
e a relação entre expressão e seu referente em reportagens e artigos de opinião.
Inferir o efeito de sentido de expressão e opinião em crônicas e reportagens.
Nível 2
Desempenho
maior ou igual
a 225 e menor
que 250
Além das habilidades anteriormente citadas, os estudantes provavelmente
são capazes de: localizar informações explícitas em fragmentos de romances e
crônicas. Identificar tema e assunto em poemas e charges, relacionando elementos
verbais e não verbais. Reconhecer o sentido estabelecido pelo uso de expressões,
de pontuação, de conjunções em poemas, charges e fragmentos de romances.
Reconhecer relações de causa e consequência e características de personagens
em lendas e fábulas. Reconhecer recurso argumentativo em artigos de opinião.
Inferir efeito de sentido de repetição de expressões em crônicas.
Nível 3
Desempenho
maior ou igual
a 250 e menor
que 275
Além das habilidades anteriormente citadas, os estudantes provavelmente são
capazes de: localizar informações explícitas em crônicas e fábulas. Identificar os
elementos da narrativa em letras de música e fábulas. Reconhecer a finalidade
de abaixo-assinado e verbetes. Reconhecer relação entre pronomes e seus
referentes e relações de causa e consequência em fragmentos de romances,
diários, crônicas, reportagens e máximas (provérbios). Interpretar o sentido de
conjunções, de advérbios, e as relações entre elementos verbais e não verbais em
tirinhas, fragmentos de romances, reportagens e crônicas. Comparar textos de
gêneros diferentes que abordem o mesmo tema. Inferir tema e ideia principal em
notícias, crônicas e poemas. Inferir o sentido de palavra ou expressão em história
em quadrinhos, poemas e fragmentos de romances.
Nível 4
Desempenho
maior ou igual
a 275 e menor
que 300
Além das habilidades anteriormente citadas, os estudantes provavelmente são
capazes de: localizar informações explícitas em artigos de opinião e crônicas.
Identificar finalidade e elementos da narrativa em fábulas e contos. Reconhecer
opiniões distintas sobre o mesmo assunto em reportagens, contos e enquetes.
Reconhecer relações de causa e consequência e relações entre pronomes e seus
referentes em fragmentos de romances, fábulas, crônicas, artigos de opinião e
reportagens. Reconhecer o sentido de expressão e de variantes linguísticas em
letras de música, tirinhas, poemas e fragmentos de romances. Inferir tema, tese
e ideia principal em contos, letras de música, editoriais, reportagens, crônicas e
artigos. Inferir o efeito de sentido de linguagem verbal e não verbal em charges
e história em quadrinhos. Inferir informações em fragmentos de romance. Inferir
o efeito de sentido da pontuação e da polissemia como recurso para estabelecer
humor ou ironia em tirinhas, anedotas e contos.
53. 5151
Relatório Saeb (Aneb e Anresc) 2005-2015:
panorama da década
9° ANO
Nível Descrição das habilidades desenvolvidas
Nível 5
Desempenho
maior ou igual
a 300 e menor
que 325
Além das habilidades anteriormente citadas, os estudantes provavelmente
são capazes de: localizar a informação principal em reportagens. Identificar
ideia principal e finalidade em notícias, reportagens e resenhas. Reconhecer
características da linguagem (científica, jornalística etc.) em reportagens.
Reconhecer elementos da narrativa em crônicas. Reconhecer argumentos e
opiniões em notícias, artigos de opinião e fragmentos de romances. Diferenciar
abordagem do mesmo tema em textos de gêneros distintos. Inferir informação
em contos, crônicas, notícias e charges. Inferir sentido de palavras, da repetição
de palavras, de expressões, de linguagem verbal e não verbal e de pontuação em
charges, tirinhas, contos, crônicas e fragmentos de romances.
Nível 6
Desempenho
maior ou igual
a 325 e menor
que 350
Além das habilidades anteriormente citadas, os estudantes provavelmente são
capazes de: Identificar ideia principal e elementos da narrativa em reportagens e
crônicas. Identificar argumento em reportagens e crônicas. Reconhecer o efeito de
sentido da repetição de expressões e palavras, do uso de pontuação, de variantes
linguísticasedefigurasdelinguagemempoemas,contosefragmentosderomances.
Reconhecer a relação de causa e consequência em contos. Reconhecer diferentes
opiniões entre cartas de leitor que abordam o mesmo tema. Reconhecer a relação
de sentido estabelecida por conjunções em crônicas, contos e cordéis. Reconhecer
o tema comum entre textos de gêneros distintos. Reconhecer o efeito de sentido
decorrente do uso de figuras de linguagem e de recursos gráficos em poemas e
fragmentos de romances. Diferenciar fato de opinião em artigos e reportagens.
Inferir o efeito de sentido de linguagem verbal e não verbal em tirinhas.
Nível 7
Desempenho
maior ou igual
a 350 e menor
que 375
Além das habilidades anteriormente citadas, os estudantes provavelmente são
capazes de: localizar informações explícitas, ideia principal e expressão que causa
humor em contos, crônicas e artigos de opinião. Identificar variantes linguísticas
em letras de música. Reconhecer a finalidade e a relação de sentido estabelecida
por conjunções em lendas e crônicas.
Nível 8
Desempenho
maior ou igual
a 375
Alémdashabilidadesanteriormentecitadas,osestudantesprovavelmentesãocapazes
de: localizar ideia principal em manuais, reportagens, artigos e teses. Identificar os
elementos da narrativa em contos e crônicas. Diferenciar fatos de opiniões e opiniões
diferentes em artigos e notícias. Inferir o sentido de palavras em poemas.
Fonte: Daeb/Inep.
* A descrição da escala do 9° ano se inicia no Nível 1, pois a Prova Brasil não utilizou itens do 9° ano que avaliam as habilidades
do Nível 0.
QUADRO 12 Escala de Língua Portuguesa – 3a
série do ensino médio
(continua)
3a
SÉRIE
Nível Descrição das habilidades desenvolvidas
Nível 1
Desempenho
maior ou igual
a 225 e menor
que 250
Os estudantes provavelmente são capazes de: identificar elementos da narrativa
em história em quadrinhos; reconhecer a finalidade de recurso gráfico em artigos;
reconhecer a relação de causa e consequência em lendas; inferir o sentido de
palavra em letras de música e reportagens.
QUADRO 11 Escala de Língua Portuguesa – 5° ano do ensino fundamental
(conclusão)
54. 52
Relatório Saeb (Aneb e Anresc) 2005-2015:
panorama da década
3a
SÉRIE
Nível Descrição das habilidades desenvolvidas
Nível 2
Desempenho
maior ou igual
a 220 e menor
que 275
Além das habilidades anteriormente citadas, os estudantes provavelmente são
capazes de: reconhecer a ideia comum entre textos de gêneros diferentes e a
ironia em tirinhas; reconhecer relações de sentido estabelecidas por conjunções
ou locuções conjuntivas em letras de música e crônicas; reconhecer o uso de
expressões características da linguagem (científica, profissional etc.) e a relação
entre pronome e seu referente em artigos e reportagens; inferir o efeito de sentido
da linguagem verbal e não verbal em notícias e charges.
Nível 3
Desempenho
maior ou igual
a 275 e menor
que 300
Além das habilidades anteriormente citadas, os estudantes provavelmente são
capazes de: localizar informação explícita em artigos de opinião; identificar a
finalidade de relatórios científicos; reconhecer relações de sentido marcadas
por conjunções, relação de causa e consequência e relação entre o pronome e
seu referente em fragmentos de romances; reconhecer o tema de uma crônica;
reconhecer variantes linguísticas em artigos; reconhecer o sentido e o efeito de
sentido produzido pelo uso de recursos morfossintáticos em contos, artigos e
crônicas; reconhecer opiniões divergentes sobre o mesmo tema em diferentes
textos; inferir informação, sentido e efeito de sentido produzido por expressão
em reportagens e tirinhas.
Nível 4
Desempenho
maior ou igual
a 300 e menor
que 325
Além das habilidades anteriormente citadas, os estudantes provavelmente
são capazes de: localizar informações explícitas em infográficos, reportagens,
crônicas e artigos; identificar o argumento em contos; identificar a finalidade e a
informação principal em notícias; reconhecer a relação entre os pronomes e seus
referentes em contos; reconhecer elementos da narrativa em contos; reconhecer
variantes linguísticas em contos, notícias e reportagens; reconhecer o efeito de
sentido produzido pelo uso de recursos morfossintáticos em poemas; reconhecer
ideia comum e opiniões divergentes sobre o mesmo tema na comparação entre
diferentes textos; reconhecer ironia e efeito de humor em crônicas e entrevistas;
reconhecer a relação de causa e consequência em piadas e fragmentos de
romance; comparar poemas que abordem o mesmo tema; diferenciar fato de
opinião em contos, artigos e reportagens; diferenciar tese de argumentos em
artigos, entrevistas e crônicas; inferir informação, sentido de expressão e efeito
de sentido decorrente do uso de recursos morfossintáticos em crônicas; inferir
o sentido decorrente do uso de recursos gráficos em poemas; inferir o efeito de
sentido da linguagem verbal e não verbal e o efeito de humor em tirinhas.
Nível 5
Desempenho
maior ou igual
a 325 e menor
que 350
Além das habilidades anteriormente citadas, os estudantes provavelmente são
capazes de: localizar informação explícita em resenhas; identificar a informação
principal em reportagens; identificar elementos da narrativa e a relação entre
argumento e ideia central em crônicas; reconhecer a finalidade de propagandas;
reconhecer variantes linguísticas e o efeito de sentido de recursos gráficos em
crônicas e artigos; reconhecer a relação de causa e consequência e relações de
sentido marcadas por conjunções em reportagens, artigos e ensaios; reconhecer
o tema em poemas; diferenciar fato de opinião em resenhas; inferir o sentido de
palavras e expressões em piadas e letras de música; inferir informação em artigos;
inferir o sentido de expressão em fragmentos de romances.
QUADRO 12 Escala de Língua Portuguesa – 3a
série do ensino médio
(continuação)