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SUBSÍDIOS PARA A LEITURA DOS RESULTADOS DA PROVA BRASIL/SAEB E IDEB
Apresentação
A Secretaria de Estado da Educação – SEED/Diretoria de Políticas e Programas
Educacionais – DPPE/Coordenação de Planejamento e Avaliação – CPA, entendendo a
importância das avaliações em larga escala para a evolução na qualidade da educação
em todos os níveis de ensino, vem mobilizando os professores na expectativa de
repensar, retomar ações e gerar mudanças paradigmáticas em cada uma de suas
escolas. Esta mobilização vem acontecendo por meio de atividades sobre avaliação
educacional, tais como o curso online sobre Análise e Construção de Itens de Avaliação e
a Semana Pedagógica com foco na avaliação educacional, pois, a proposta para 2012 é a
organização de um Sistema de Avaliação do Paraná.
Para tanto, preocupados em possibilitar melhor aproveitamento dos resultados da
Prova Brasil/SAEB e do IDEB e, tendo em vista a divulgação dos resultados de 2011 este
ano, buscou-se elaborar este documento, que indica caminhos para melhor leitura dos
dados e para maior compreensão e interpretação dos índices obtidos pelo Paraná. A
perspectiva deste documento é que os professores se apropriem das informações para
gerarem novos encaminhamentos pedagógicos e, que os gestores educacionais
consigam acompanhar os resultados, favorecendo a releitura curricular do espaço escolar.
Tomando posse dos dados, a comunidade escolar conseguirá transformá-los em
informações e, quando os contextualizar, isto é, promover amarras com a realidade em
que a escola está inserida, conseguirá construir novos conhecimentos sobre a vida
curricular do seu espaço pedagógico. Para tal acontecimento, deverá iniciar o trabalho
com questionamentos do tipo:
 Na sua escola, como os resultados das avaliações são recebidos?
 Os resultados geram ações pedagógicas que impulsionam a revisão dos Projetos
Político-Pedagógicos?
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2. Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica – SAEB
O Sistema de Avaliação da Educação Básica é composto por duas avaliações
complementares.
A primeira, denominada ANEB – Avaliação Nacional da Educação Básica, abrange
de maneira amostral os estudantes das redes públicas e privadas do país, localizados na
área rural e urbana e matriculados no 5º e 9º anos do ensino fundamental e também no 3º
ano do ensino médio. Nesses estratos, os resultados são apresentados para cada
Unidade da Federação, Região e para o Brasil como um todo. Por manter as mesmas
características, a ANEB recebe o nome de SAEB em suas divulgações
A segunda, denominada ANRESC - Avaliação Nacional do Rendimento Escolar, é
aplicada censitariamente alunos de 5º e 9º anos do ensino fundamental público, nas redes
estaduais, municipais e federais, de área rural e urbana, em escolas que tenham no
mínimo 20 alunos matriculados na série avaliada. Nesse estrato, a prova recebe o nome
de Prova Brasil e oferece resultados por escola, município, Unidade da Federação e país
que também são utilizados no cálculo do Ideb.
As avaliações que compõem o SAEB são realizadas a cada dois anos, quando são
aplicadas provas de Língua Portuguesa (foco: Leitura) e Matemática (foco: resolução de
problemas), além de questionários socioeconômicos aos alunos participantes.
Professores e diretores das turmas e escolas avaliadas também respondem a
questionários que coletam dados demográficos, perfil profissional e de condições de
trabalho.
2.3 Metodologia utilizada
Diferentemente das provas que o professor aplica em sala de aula, a metodologia
adotada na construção e aplicação dos testes do SAEB e Prova Brasil é adequada para
avaliar redes ou sistemas de ensino, e não alunos individualmente.
A Prova Brasil e o SAEB são avaliações elaboradas a partir de Matrizes de
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Referência, um documento onde estão descritas as habilidades a serem avaliadas e as
orientações para a elaboração das questões. Essas matrizes reúnem o conteúdo a ser
avaliado em cada disciplina e série. As matrizes de referência não podem ser confundidas
com as matrizes curriculares, pois não englobam todo o currículo escolar. Também não
podem ser confundidas com procedimentos ou estratégias de ensino.
É possível a comparação do desempenho das redes e escolas ao longo do tempo
pois utilizam recursos metodológicos para garantir a comparabilidade dos seus resultados,
como por exemplo, a utilização da Teoria de Resposta ao Item1
(TRI) e a manutenção de
itens âncoras ao longo da história da avaliação.
Uma vez que a metodologia das duas avaliações acima é a mesma, passaram
então a ser operacionalizadas em conjunto, desde 2007. Como são avaliações
complementares, uma não implicará na extinção da outra.
2.4 As provas
A Prova Brasil e o SAEB avaliam determinantes do processo ensino-aprendizagem,
que são tratadas pelo MEC/INEP como habilidades e competências, em Língua
Portuguesa e Matemática, dispostas nas Matrizes de Referência do SAEB
(http://portal.inep.gov.br/web/prova-brasil-e-SAEB/downloads). As matrizes constituem um
conjunto de descritores com representação dos conteúdos mais relevantes, passíveis de
serem medidos em avaliações em larga escala.
1
A TRI é uma modelagem estatística criada para mensurar características a partir de respostas apresentadas a um conjunto
de itens, elaborados de modo a formar um instrumento de medida que possa permitir a sua quantificação de modo fidedigno. As
questões são calibradas em pré-teste, para que a prova seja tecnicamente sólida.
Esta metodologia não faz escore (a soma das pontuações atribuídas às questões, considerando acertos ou erros do aluno), e
sim possibilita a criação de uma medida (escala) para medir o conhecimento do indivíduo. Ela pressupõe que um candidato com um
certo nível de proficiência tende a acertar os itens de nível de dificuldade menor que o de sua proficiência e errar aqueles com nível de
dificuldade maior. Ou seja, o padrão de resposta do participante é considerado no cálculo do desempenho. Tomando como exemplo
uma prova de 45 questões: se duas pessoas acertarem 20 questões (não sendo as mesmas 20 questões), dificilmente elas terão a
mesma nota. Não porque uma questão tenha peso maior que a outra, mas porque o sistema está montado de forma que quem acertou
itens dentro de um padrão de coerência terá notas melhores.
Uma das grandes vantagens da TRI é que ela permite a comparação entre populações, desde que submetidas a provas que
tenham alguns itens comuns, ou ainda, a comparação entre indivíduos da mesma população que tenham sido submetidos a provas
totalmente diferentes.
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2.4.1 Organização das provas
Ao todo, são confeccionados 21 tipos diferentes de cadernos de prova para cada
série, sendo que cada aluno responde a apenas um caderno de prova. Desta forma, dois
alunos não respondem necessariamente às mesmas questões.
Cada caderno de prova é constituído por quatro blocos, sendo que dois são
destinados a respostas de Língua Portuguesa e os outros dois abordam questões de
Matemática. Os testes são de múltipla escolha, com quatro ou cinco alternativas de
resposta para cada questão, sendo que apenas uma está correta.
Os alunos de 5° ano responderão a 22 itens de português e a 22 itens de
matemática. Já os estudantes de 9° ano e do 3º ano do ensino médio responderão a 26
itens de português e a 26 de matemática. O tempo total estipulado para a realização das
provas é de 2 horas e 30 minutos
Existem, no total, 77 itens de cada disciplina na 5º ano e 91 itens de cada disciplina
no 9º ano do Ensino Fundamental e no 3º ano do Ensino Médio distribuídos pelos 21
cadernos de prova.
2.5 Os resultados
As médias do SAEB e da Prova Brasil não vão de zero a dez, como as avaliações
tradicionais cujas notas refletem o volume de conteúdo que o estudante acerta.
Para entender o que significam as notas dessas duas avaliações em larga escala
deve-se partir do pressuposto que, diferente de uma prova clássica como a que o
professor aplica a seus alunos em sala de aula, os testes da Prova Brasil e do SAEB são
construídos metodologicamente para avaliar sistemas de ensino, e não alunos.
As médias são apresentadas em uma escala de desempenho, expressa por
numerais, capaz de descrever, em cada nível, as competências e as habilidades que os
estudantes desses sistemas demonstram ter desenvolvido (Anexos 1 a 4). Há uma escala
descrita para as habilidades em Língua Portuguesa e outra para Matemática.
Como os números indicam apenas uma posição, faz-se uma interpretação
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pedagógica por meio da descrição, em cada nível, do grupo de habilidades que os alunos
demonstraram ter desenvolvido, ao responderem as provas para que os números passem
a ter significado.
Na Prova Brasil, são dez níveis que explicam o desempenho em Língua
Portuguesa: 0, 1, 2 e assim sucessivamente, até o nível 9. Em Matemática, a escala é
composta por treze níveis que vão do 0 ao 12. Os pontos nas escalas das duas áreas
variam de 25 em 25 pontos, conforme quadro abaixo.
Quadro 1 - Nível da escala por intervalo
Nível Intervalo
0 125 ou menos
1 125 a 150
2 150 a 175
3 175 a 200
4 200 a 225
5 225 a 250
6 250 a 275
7 275 a 300
8 300 a 325
9 325 a 350
10 350 a 375
11 375 a 400
12 Maior do que 400
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A escala de proficiência é única para as séries avaliadas, em cada disciplina. Ela
apresenta os resultados de desempenho dos estudantes de cada uma dessas séries, em
uma mesma métrica.
Os níveis das escalas são interpretados em termos de competências e habilidades
dos estudantes, contendo uma descrição do desenvolvimento demonstrado pelos alunos
nas respostas aos itens da prova. O desempenho é apresentado em ordem crescente e
cumulativa. Estudantes posicionados em nível mais alto da escala já desenvolveram as
competências e habilidades deste nível, bem como os dos níveis anteriores.
Sendo assim, é esperado que alunos da 5° ano alcancem médias numéricas
menores que os de 9° ano e estes alcancem médias menores que as alcançadas pelos
alunos de 3º ano do ensino médio.
Como cada nível da escala apresenta as habilidades que os alunos
desenvolveram, com base na média de desempenho e na distribuição dos alunos de cada
rede ou escola nesta escala e sua interpretação pedagógica. A rede ou a escola pode
comparar seus resultados com seus próprios objetivos, observando, por exemplo, até que
ponto as habilidades que foram planejadas para os anos trabalhados com seus alunos
foram alcançados.
2.6. Leitura dos resultados da escola
Para exemplificar, seguem os resultados de uma escola pertencente à Rede
Estadual do Paraná. O nome do estabelecimento foi preservado com o objetivo de evitar
possíveis comparações.
Em 2011, o Inep disponibilizou o Boletim da Escola2
unindo as informações do
2
Para obtê-lo, acesse: http://portal.inep.gov.br/web/prova-brasil-e-SAEB/prova-brasil-e-SAEB e clique em “Prova Brasil 2009 Consulte
aqui os boletins de da escola” e selecione a escola de interesse. Esse Boletim foi disponibilizado em outras edições da Prova Brasil
(2005 e 2007), porém com outro formato que está detalhado no caderno “Orientações para a Leitura dos resultados da Prova
Brasil/SAEB e IDEB”, 2010. Nesse texto, utilizaremos o formato da apresentação dos resultados da Prova Brasil 2009, o que não altera
a leitura e interpretação dos anos anteriores.
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estabelecimento de ensino em um documento contendo três páginas.
Na página 1, a escola coleta informações sobre a participação dos alunos na Prova
Brasil, bem como são apresentados o desempenho da escola, do município, do estado e
do Brasil na 4ª série/5º ano e/ou na 8ª série/9º ano em Língua Portuguesa e Matemática.
A Figura 1 apresenta um exemplo do que está descrito na página 1 do Boletim.
Figura 1 – Participação e proficiências médias em 2009 de uma escola fictícia
Fonte: MEC/Inep, 2011
As proficiências médias em Língua Portuguesa e Matemática, na 8ª série, no
exemplo, foram respectivamente, 250,55 e 258,74. Observe que ambas estão próximas
às médias das escolas estaduais do estado e do município em que se encontra e
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superiores as médias estaduais brasileiras. Associando as médias da escola às escalas
de proficiência, observamos que, em média, os alunos encontram-se no Nível 6, tanto em
Língua Portuguesa, quanto em Matemática.
Na página 2, o boletim apresenta o resultado do IDEB 2009, bem como as metas
estabelecidas para 2007, 2009 e 2011 e alguns Indicadores Educacionais do Censo
Escolar, quais sejam: taxas de aprovação, média de horas-aula diária e docentes com
curso superior.
Por fim, na última página, é apresentada a distribuição percentual dos alunos na
escala de proficiência em Língua Portuguesa e em Matemática para as séries/anos
avaliadas. A partir dessa distribuição, é possível localizar a proficiência média na escala
de desempenho e o percentual de seus alunos em cada nível da referida escala. A escola
pode associar os percentuais ao nível correspondente e obter a descrição do nível em
cada disciplina (anexos 1 e 2), verificando qual o percentual de alunos que já construíram
os conhecimentos requeridos para as séries. Além de que pode analisar, a partir da
proficiência média, quais conhecimentos que (em média) adquiriram ao término da etapa
de ensino, entre outras análises.
Como ilustração, a distribuição percentual dos níveis na escala de proficiência para
a escola do exemplo é apresentada na Figura 2.
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Figura 2 – Distribuição percentual dos alunos, em 2009, na escala de proficiência
Fonte: MEC/Inep, 2011
Nesse exemplo, o percentual de alunos de 8ª série que se encontram abaixo do
Nível 7 (menor ou igual a 275), na escala de desempenho em Matemática, é 59,2%
(0,0% + 0,5% + 3,5% + 8,4% + 11,4% + 13,2% + 22,2%). Assim, associando o percentual
de alunos com desempenho menor ou igual a 275 à descrição na escala de desempenho
de Matemática, tem-se a seguinte análise:
 22,2% (maior percentual entre os níveis da escala) dos alunos já
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desenvolveram todos os conhecimentos descritos no Nível 6 e nos
níveis anteriores (0, 1, 2, 3, 4 e 5) a este da escala de matemática, o
que significa:
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e não construíram os conhecimentos descritos nos níveis 7 a 12 (Anexo 2).
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No exemplo apresentado (Figura 2), é possível observar que os percentuais de
alunos estão distribuídos entre os níveis 1 a 10 da escala, que configura um resultado
heterogêneo, sinalizando a necessidade de uma ação pedagógica diferenciada.
Destaca-se, também, a ausência de alunos nos níveis mais altos da escala (níveis
11 e 12).
Para analisar os resultados de Língua Portuguesa na 8ª série/9º ano e resultados
de Língua Portuguesa e de Matemática na 4ª série/5º ano, seguem o mesmo raciocínio.
Como os resultados da Prova Brasil e do SAEB são comparáveis ao longo do
tempo, o estabelecimento de ensino, com o objetivo de observar a evolução do
desempenho, deve analisar suas médias nos anos anteriores, bem como a distribuição
percentual dos seus alunos nos níveis, caso tenha participado da avaliação.
Finalizando, é importante ressaltar que as médias apresentadas na divulgação do
MEC/Inep são resultados de uma avaliação realizada em um único momento e o gestor,
juntamente com o coletivo escolar, deve ter cautela ao fazer comparações entre
resultados de uma escola para outra. Esses resultados provêm de escolas, municípios,
estados com realidades (socioeconômica e cultural) diversas.
3. Índice de Desenvolvimento da Educação Básica - IDEB
O Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) foi criado pelo Inep em
2007 e reúne dois conceitos igualmente importantes para a qualidade da educação em
um só indicador: fluxo escolar e médias de desempenho nas avaliações. Agrega ao
enfoque pedagógico das avaliações do Inep a possibilidade de resultados sintéticos,
facilmente assimiláveis, e que permitem traçar metas de qualidade educacional para os
sistemas.
O IDEB é calculado a partir de dois componentes: taxa de aprovação obtida a partir
do Censo Escolar e médias de desempenho nos exames padronizados, aplicados pelo
Inep (Prova Brasil e SAEB). A Prova Brasil é usada para calcular o IDEB de municípios e
escolas, enquanto o SAEB subsidia o cálculo do IDEB dos estados e do Brasil. Sendo
assim, caso o estado, município ou escola não tenha participado da Prova Brasil/SAEB,
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ou não tenha enviado os seus dados do Censo Escolar, no prazo estabelecido pelo Inep,
não terão IDEB.
Para compreender o cálculo do IDEB, a seguir apresentamos um exemplo passo a
passo do cálculo do IDEB – Anos Finais, de uma escola fictícia.
Escola Modelo
N = = 4,88
Considere a fórmula geral do IDEB é dada por:
IDEB = N x P
N é a média da proficiência em Língua Portuguesa e Matemática, padronizada para um
indicador entre 0 e 10.
P é o indicador de rendimento baseado na taxa de aprovação da etapa de ensino.
Em que:
Cálculo do N :
250,07 242,35
Unidade
Proficiência Média na Prova Brasil
Matemática Língua Portuguesa
0,5
100400
10007,250
=
−
−
=matn 0,5
100400
10007,250
=
−
−
=matn 75,4
100400
10035,242
=
−
−
=lpn 75,4
100400
10035,242
=
−
−
=lpn
2
lpmat nn +
2
lpmat nn +
Observações:
- Na fórmula da variável nmat os valores 100 e 400 correspondem, respectivamente,
ao limite3
inferior e superior, obtidos a partir da média e desvio padrão4
das proficiências
em Matemática, da 8.ª série, no SAEB 1997, ano em que foi definida a escala.
3
O limite inferior é dado por 3 desvios-padrão abaixo da média e o limite superior é dado por 3 desvios-padrão acima
da média, de forma a englobar o desempenho de praticamente todos os alunos na série avaliada.
4
A média e o desvio padrão das proficiências, tanto em Língua Portuguesa quanto em Matemática, da 8ª série no SAEB
1997 foram, respectivamente 250 e 50. Sendo assim, para essa série e disciplinas, o limite inferior é 100 e o limite
superior é 400.
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- Na fórmula da variável nlp, os valores 100 e 400 correspondem, respectivamente,
ao limite inferior e superior, obtidos a partir da média e desvio padrão das proficiências em
Língua Portuguesa, da 8.ª série, no SAEB 1997, ano em que foi definida a escala.
5.ª série 6.ª série 7.ª série 8.ª série
Escola Modelo 93,7 78,3 95,2 79,8
IDEB da Escola Modelo = N x P = 4,88 x 0,86 = 4,20
Unidade
Taxas de Aprovação
P = = 0,86
* Média(T) = Tempo médio (em anos) para conclusão de uma série.
Cálculo do P :
⇒
sériena
aprovaçãodetaxa
100
⇒
sériena
aprovaçãodetaxa
100
07,1
7,93
100
= 07,1
7,93
100
= 28,1
3,78
100
= 28,1
3,78
100
= 05,1
2,95
100
= 05,1
2,95
100
= 25,1
8,79
100
= 25,1
8,79
100
=
16,1
4
25,105,128,107,1
*)( =
+++
=TMédia 16,1
4
25,105,128,107,1
*)( =
+++
=TMédia
16,1
1
)(
1
=
TMédia 16,1
1
)(
1
=
TMédia
O sistema educacional brasileiro como um todo apresenta um IDEB 2009 de 4,6
para a primeira fase do ensino fundamental, em uma escala que vai de 0 a 10.
Algumas redes estão acima desse valor e outras, abaixo. Entretanto, todas as
redes deverão melhorar seus indicadores, observando as metas a seguir.
3.1 Metas do IDEB
O IDEB é uma ferramenta de acompanhamento das metas de qualidade da
educação básica, no âmbito do Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE), do MEC.
O PDE estabelece, como meta, que em 2022 o IDEB do Brasil seja 6, média que
corresponde a um sistema educacional de qualidade comparável a dos países
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16
desenvolvidos.
No Paraná, o IDEB da Rede Estadual 2009 é:
- 5,2 para os anos iniciais do Ensino Fundamental, não atingindo a projeção de 2009
que é 5,4;
- 4,1 para os anos finais do Ensino Fundamental, superando a meta de 2009 que é 3,5;
- 3,9 para o Ensino Médio (meta para a rede estadual do Paraná é 3,4).
As metas são o caminho traçado de evolução individual dos índices, para que o
Brasil atinja o patamar educacional apresentado hoje pela média dos países da
Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico – OCDE. Em termos
numéricos, isso significa evoluir da média nacional 3,8, registrada em 2005, para um IDEB
igual a 6,0, na primeira fase do ensino fundamental, em 2021.
Foi o Inep quem estabeleceu os parâmetros técnicos de comparação entre a
qualidade dos sistemas de ensino do Brasil e os de países da OCDE. Ou seja, a
referência à OCDE é parâmetro técnico em busca da qualidade e não um critério externo
às políticas públicas educacionais desenvolvidas pelo MEC.
As metas são diferenciadas para todos e são apresentadas bienalmente de 2007 a
2021. Estados, municípios e escolas deverão melhorar seus índices e contribuir, para que
o Brasil chegue à meta 6,0, nos anos iniciais, em 2022, ano do bicentenário da
Independência. Mesmo quem já tem um bom índice deve continuar a evoluir. No caso das
redes e escolas com maior dificuldade, as metas preveem um esforço mais concentrado,
para que melhorem mais rapidamente, diminuindo assim a desigualdade entre esferas
Federal, Municipal e Estadual. O Ministério da Educação prevê apoio específico para
reduzir essa desigualdade.
As metas intermediárias de cada município e estado são diferentes. Aqueles com
IDEB mais baixo terão que fazer maior esforço para chegar mais próximo da meta
nacional. Aqueles com IDEB mais alto deverão superar a meta para o Brasil. Nesse
quadro, cada município e estado deverá ter um desempenho que, em conjunto, leve o
Brasil a atingir a meta nacional proposta e a reduzir a desigualdade entre as redes.
O gráfico a seguir, exemplifica a trajetória das metas intermediárias do IDEB
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considerando os Anos Iniciais do ensino fundamental. Observa-se que, em 2021, a meta
de 6,0 é atingida, e, quanto maior o tempo, maior o valor do IDEB, até que, em 2096, esse
valor seja igual a 9,9.
Gráfico 1. Trajetória do IDEB para o Brasil e Estados: 2005 – 2096
Anos Iniciais do Ensino Fundamental
Fonte: MEC/Inep
É possível observar que em 2021, ano em que o Brasil atinge a meta de 6,0, o
Estado 1 apresenta IDEB de 5 e o Estado 2 o IDEB é 6,8. Cada município e Estado
despenderá um esforço diferente para que em 2096 (após 91 anos) a desigualdade
apresentada pelo IDEB desapareça.
3.2 Análise dos resultados
Como já informado, o IDEB expressa os resultados mais importantes da educação:
aprendizagem e fluxo.
Acompanhar cada um dos indicadores, separadamente, é de grande importância
para que os gestores e professores reconheçam as fragilidades e definam
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encaminhamentos na busca pela qualidade da aprendizagem.
A principal vantagem do índice está em sinalizar à sociedade, aos gestores e
professores que evoluir em um dos indicadores em detrimento do outro não significa
melhorar a qualidade da Educação. É preciso preocupar-se com ambos para se obter a
melhoria do IDEB, já que este capta conjuntamente os dois efeitos.
Se um sistema de ensino retiver seus alunos para obter melhores resultados na
Prova Brasil, o fator fluxo será alterado, indicando a necessidade da melhoria do sistema.
Se, ao contrário, o sistema apressar a aprovação do aluno sem qualidade, o resultado da
Prova Brasil indicará igualmente a necessidade de melhoria do sistema.
O quadro abaixo ilustra tais apontamentos.
Quadro 4 – Indicador de rendimento, Prova Brasil e IDEB 2007
Anos Finais do Ensino Fundamental
Podemos observar que nas escolas 1 e 2 as proficiências médias na Prova Brasil,
tanto em Língua Portuguesa quanto em Matemática são muito próximas, o que não
acontece com os indicadores de rendimento. Desta forma, a taxa de aprovação é o
indicador que contribuiu para que a Escola 2 tivesse maior IDEB do que a Escola 1.
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Com a análise dos resultados dos estabelecimentos de ensino 3 e 4, observamos
um mesmo indicador de rendimento, porém o estabelecimento 4 tem desempenhos em
Língua Portuguesa e Matemática na Prova Brasil maiores, o que determina um IDEB
maior nessa escola.
É importante destacar que o aumento nas taxas de aprovação tem um limite (100%
de alunos aprovados) e deve ser acompanhado por uma melhora na aprendizagem, caso
contrário, o IDEB poderá cair nas próximas edições.
Para maiores informações quanto ao IDEB, acesse
http://portal.inep.gov.br/web/portal-ideb/metodologias.
4. Considerações Finais
O Estado do Paraná está na rota para a construção do seu Sistema de Avaliação
Educacional com a meta de melhorar o desempenho escolar. Diante disso, a SEED está
propondo a revisão de alguns aspectos que considera de grande relevância para o
exercício do processo avaliativo pelos professores e gestores educacionais, na
perspectiva de tomada de decisões que gerem mudanças para o progresso do sistema de
ensino como um todo, mas principalmente na sala de aula, e na escola.
Para tanto, propõe o estudo deste documento organizado a partir das informações
disponibilizadas pelo MEC/Inep, com o propósito principal de fornecer subsídios para a
leitura dos resultados da Prova Brasil/SAEB e do IDEB, os quais são referência de grande
importância para o planejamento das ações no processo ensino-aprendizagem em sala
de aula e para as atividades de gestão.
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SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO
COORDENAÇÃO DE PLANEJAMENTO E AVALIAÇÃO – CPA
20
5. Referências Bibliográficas
Brasil. Ministério da Educação. Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais
Anísio Teixeira. Prova Brasil e SAEB. Disponível em: <http://provabrasil.inep.gov.br>.
Acesso em: 07/05/2012.
Brasil. Ministério da Educação. Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais
Anísio Teixeira. IDEB. Disponível em: <http://portalIDEB.inep.gov.br>. Acesso em:
15/05/2012.
Brasil. Ministério da Educação. Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais
Anísio Teixeira. Na Medida: Boletim de Estudos Educacionais do Inep. Ano 1, Nº 1,
ano 2009. Disponível em: <www.inep.gov.br/namedida> Acesso em: 17/05/2012.
PARANÁ, SEED/CGE. Semana pedagógica 2010: as necessidades da escola a partir
de seus limites e avanços. Curitiba: SEED, 2010, p.7.
PARANÁ, SEED/CPA. Orientações para a Leitura dos Resultados da Prova
Brasil/SAEB e IDEB. Curitiba: SEED, 2010.
GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO
COORDENAÇÃO DE PLANEJAMENTO E AVALIAÇÃO – CPA
21
6. Anexos
• ANEXO 1
GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO
COORDENAÇÃO DE PLANEJAMENTO E AVALIAÇÃO – CPA
22
GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ
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SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO
COORDENAÇÃO DE PLANEJAMENTO E AVALIAÇÃO – CPA
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SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO
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ANEXO 2
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GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ
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GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ
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SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO
COORDENAÇÃO DE PLANEJAMENTO E AVALIAÇÃO – CPA
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SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO
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GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ
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SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO
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ANEXO 3
GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ
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COORDENAÇÃO DE PLANEJAMENTO E AVALIAÇÃO – CPA
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GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ
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SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO
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GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ
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SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO
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ANEXO 4
GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ
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  • 1. GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO COORDENAÇÃO DE PLANEJAMENTO E AVALIAÇÃO – CPA 1 SUBSÍDIOS PARA A LEITURA DOS RESULTADOS DA PROVA BRASIL/SAEB E IDEB Apresentação A Secretaria de Estado da Educação – SEED/Diretoria de Políticas e Programas Educacionais – DPPE/Coordenação de Planejamento e Avaliação – CPA, entendendo a importância das avaliações em larga escala para a evolução na qualidade da educação em todos os níveis de ensino, vem mobilizando os professores na expectativa de repensar, retomar ações e gerar mudanças paradigmáticas em cada uma de suas escolas. Esta mobilização vem acontecendo por meio de atividades sobre avaliação educacional, tais como o curso online sobre Análise e Construção de Itens de Avaliação e a Semana Pedagógica com foco na avaliação educacional, pois, a proposta para 2012 é a organização de um Sistema de Avaliação do Paraná. Para tanto, preocupados em possibilitar melhor aproveitamento dos resultados da Prova Brasil/SAEB e do IDEB e, tendo em vista a divulgação dos resultados de 2011 este ano, buscou-se elaborar este documento, que indica caminhos para melhor leitura dos dados e para maior compreensão e interpretação dos índices obtidos pelo Paraná. A perspectiva deste documento é que os professores se apropriem das informações para gerarem novos encaminhamentos pedagógicos e, que os gestores educacionais consigam acompanhar os resultados, favorecendo a releitura curricular do espaço escolar. Tomando posse dos dados, a comunidade escolar conseguirá transformá-los em informações e, quando os contextualizar, isto é, promover amarras com a realidade em que a escola está inserida, conseguirá construir novos conhecimentos sobre a vida curricular do seu espaço pedagógico. Para tal acontecimento, deverá iniciar o trabalho com questionamentos do tipo:  Na sua escola, como os resultados das avaliações são recebidos?  Os resultados geram ações pedagógicas que impulsionam a revisão dos Projetos Político-Pedagógicos?
  • 2. GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO COORDENAÇÃO DE PLANEJAMENTO E AVALIAÇÃO – CPA 2 2. Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica – SAEB O Sistema de Avaliação da Educação Básica é composto por duas avaliações complementares. A primeira, denominada ANEB – Avaliação Nacional da Educação Básica, abrange de maneira amostral os estudantes das redes públicas e privadas do país, localizados na área rural e urbana e matriculados no 5º e 9º anos do ensino fundamental e também no 3º ano do ensino médio. Nesses estratos, os resultados são apresentados para cada Unidade da Federação, Região e para o Brasil como um todo. Por manter as mesmas características, a ANEB recebe o nome de SAEB em suas divulgações A segunda, denominada ANRESC - Avaliação Nacional do Rendimento Escolar, é aplicada censitariamente alunos de 5º e 9º anos do ensino fundamental público, nas redes estaduais, municipais e federais, de área rural e urbana, em escolas que tenham no mínimo 20 alunos matriculados na série avaliada. Nesse estrato, a prova recebe o nome de Prova Brasil e oferece resultados por escola, município, Unidade da Federação e país que também são utilizados no cálculo do Ideb. As avaliações que compõem o SAEB são realizadas a cada dois anos, quando são aplicadas provas de Língua Portuguesa (foco: Leitura) e Matemática (foco: resolução de problemas), além de questionários socioeconômicos aos alunos participantes. Professores e diretores das turmas e escolas avaliadas também respondem a questionários que coletam dados demográficos, perfil profissional e de condições de trabalho. 2.3 Metodologia utilizada Diferentemente das provas que o professor aplica em sala de aula, a metodologia adotada na construção e aplicação dos testes do SAEB e Prova Brasil é adequada para avaliar redes ou sistemas de ensino, e não alunos individualmente. A Prova Brasil e o SAEB são avaliações elaboradas a partir de Matrizes de
  • 3. GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO COORDENAÇÃO DE PLANEJAMENTO E AVALIAÇÃO – CPA 3 Referência, um documento onde estão descritas as habilidades a serem avaliadas e as orientações para a elaboração das questões. Essas matrizes reúnem o conteúdo a ser avaliado em cada disciplina e série. As matrizes de referência não podem ser confundidas com as matrizes curriculares, pois não englobam todo o currículo escolar. Também não podem ser confundidas com procedimentos ou estratégias de ensino. É possível a comparação do desempenho das redes e escolas ao longo do tempo pois utilizam recursos metodológicos para garantir a comparabilidade dos seus resultados, como por exemplo, a utilização da Teoria de Resposta ao Item1 (TRI) e a manutenção de itens âncoras ao longo da história da avaliação. Uma vez que a metodologia das duas avaliações acima é a mesma, passaram então a ser operacionalizadas em conjunto, desde 2007. Como são avaliações complementares, uma não implicará na extinção da outra. 2.4 As provas A Prova Brasil e o SAEB avaliam determinantes do processo ensino-aprendizagem, que são tratadas pelo MEC/INEP como habilidades e competências, em Língua Portuguesa e Matemática, dispostas nas Matrizes de Referência do SAEB (http://portal.inep.gov.br/web/prova-brasil-e-SAEB/downloads). As matrizes constituem um conjunto de descritores com representação dos conteúdos mais relevantes, passíveis de serem medidos em avaliações em larga escala. 1 A TRI é uma modelagem estatística criada para mensurar características a partir de respostas apresentadas a um conjunto de itens, elaborados de modo a formar um instrumento de medida que possa permitir a sua quantificação de modo fidedigno. As questões são calibradas em pré-teste, para que a prova seja tecnicamente sólida. Esta metodologia não faz escore (a soma das pontuações atribuídas às questões, considerando acertos ou erros do aluno), e sim possibilita a criação de uma medida (escala) para medir o conhecimento do indivíduo. Ela pressupõe que um candidato com um certo nível de proficiência tende a acertar os itens de nível de dificuldade menor que o de sua proficiência e errar aqueles com nível de dificuldade maior. Ou seja, o padrão de resposta do participante é considerado no cálculo do desempenho. Tomando como exemplo uma prova de 45 questões: se duas pessoas acertarem 20 questões (não sendo as mesmas 20 questões), dificilmente elas terão a mesma nota. Não porque uma questão tenha peso maior que a outra, mas porque o sistema está montado de forma que quem acertou itens dentro de um padrão de coerência terá notas melhores. Uma das grandes vantagens da TRI é que ela permite a comparação entre populações, desde que submetidas a provas que tenham alguns itens comuns, ou ainda, a comparação entre indivíduos da mesma população que tenham sido submetidos a provas totalmente diferentes.
  • 4. GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO COORDENAÇÃO DE PLANEJAMENTO E AVALIAÇÃO – CPA 4 2.4.1 Organização das provas Ao todo, são confeccionados 21 tipos diferentes de cadernos de prova para cada série, sendo que cada aluno responde a apenas um caderno de prova. Desta forma, dois alunos não respondem necessariamente às mesmas questões. Cada caderno de prova é constituído por quatro blocos, sendo que dois são destinados a respostas de Língua Portuguesa e os outros dois abordam questões de Matemática. Os testes são de múltipla escolha, com quatro ou cinco alternativas de resposta para cada questão, sendo que apenas uma está correta. Os alunos de 5° ano responderão a 22 itens de português e a 22 itens de matemática. Já os estudantes de 9° ano e do 3º ano do ensino médio responderão a 26 itens de português e a 26 de matemática. O tempo total estipulado para a realização das provas é de 2 horas e 30 minutos Existem, no total, 77 itens de cada disciplina na 5º ano e 91 itens de cada disciplina no 9º ano do Ensino Fundamental e no 3º ano do Ensino Médio distribuídos pelos 21 cadernos de prova. 2.5 Os resultados As médias do SAEB e da Prova Brasil não vão de zero a dez, como as avaliações tradicionais cujas notas refletem o volume de conteúdo que o estudante acerta. Para entender o que significam as notas dessas duas avaliações em larga escala deve-se partir do pressuposto que, diferente de uma prova clássica como a que o professor aplica a seus alunos em sala de aula, os testes da Prova Brasil e do SAEB são construídos metodologicamente para avaliar sistemas de ensino, e não alunos. As médias são apresentadas em uma escala de desempenho, expressa por numerais, capaz de descrever, em cada nível, as competências e as habilidades que os estudantes desses sistemas demonstram ter desenvolvido (Anexos 1 a 4). Há uma escala descrita para as habilidades em Língua Portuguesa e outra para Matemática. Como os números indicam apenas uma posição, faz-se uma interpretação
  • 5. GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO COORDENAÇÃO DE PLANEJAMENTO E AVALIAÇÃO – CPA 5 pedagógica por meio da descrição, em cada nível, do grupo de habilidades que os alunos demonstraram ter desenvolvido, ao responderem as provas para que os números passem a ter significado. Na Prova Brasil, são dez níveis que explicam o desempenho em Língua Portuguesa: 0, 1, 2 e assim sucessivamente, até o nível 9. Em Matemática, a escala é composta por treze níveis que vão do 0 ao 12. Os pontos nas escalas das duas áreas variam de 25 em 25 pontos, conforme quadro abaixo. Quadro 1 - Nível da escala por intervalo Nível Intervalo 0 125 ou menos 1 125 a 150 2 150 a 175 3 175 a 200 4 200 a 225 5 225 a 250 6 250 a 275 7 275 a 300 8 300 a 325 9 325 a 350 10 350 a 375 11 375 a 400 12 Maior do que 400
  • 6. GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO COORDENAÇÃO DE PLANEJAMENTO E AVALIAÇÃO – CPA 6 A escala de proficiência é única para as séries avaliadas, em cada disciplina. Ela apresenta os resultados de desempenho dos estudantes de cada uma dessas séries, em uma mesma métrica. Os níveis das escalas são interpretados em termos de competências e habilidades dos estudantes, contendo uma descrição do desenvolvimento demonstrado pelos alunos nas respostas aos itens da prova. O desempenho é apresentado em ordem crescente e cumulativa. Estudantes posicionados em nível mais alto da escala já desenvolveram as competências e habilidades deste nível, bem como os dos níveis anteriores. Sendo assim, é esperado que alunos da 5° ano alcancem médias numéricas menores que os de 9° ano e estes alcancem médias menores que as alcançadas pelos alunos de 3º ano do ensino médio. Como cada nível da escala apresenta as habilidades que os alunos desenvolveram, com base na média de desempenho e na distribuição dos alunos de cada rede ou escola nesta escala e sua interpretação pedagógica. A rede ou a escola pode comparar seus resultados com seus próprios objetivos, observando, por exemplo, até que ponto as habilidades que foram planejadas para os anos trabalhados com seus alunos foram alcançados. 2.6. Leitura dos resultados da escola Para exemplificar, seguem os resultados de uma escola pertencente à Rede Estadual do Paraná. O nome do estabelecimento foi preservado com o objetivo de evitar possíveis comparações. Em 2011, o Inep disponibilizou o Boletim da Escola2 unindo as informações do 2 Para obtê-lo, acesse: http://portal.inep.gov.br/web/prova-brasil-e-SAEB/prova-brasil-e-SAEB e clique em “Prova Brasil 2009 Consulte aqui os boletins de da escola” e selecione a escola de interesse. Esse Boletim foi disponibilizado em outras edições da Prova Brasil (2005 e 2007), porém com outro formato que está detalhado no caderno “Orientações para a Leitura dos resultados da Prova Brasil/SAEB e IDEB”, 2010. Nesse texto, utilizaremos o formato da apresentação dos resultados da Prova Brasil 2009, o que não altera a leitura e interpretação dos anos anteriores.
  • 7. GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO COORDENAÇÃO DE PLANEJAMENTO E AVALIAÇÃO – CPA 7 estabelecimento de ensino em um documento contendo três páginas. Na página 1, a escola coleta informações sobre a participação dos alunos na Prova Brasil, bem como são apresentados o desempenho da escola, do município, do estado e do Brasil na 4ª série/5º ano e/ou na 8ª série/9º ano em Língua Portuguesa e Matemática. A Figura 1 apresenta um exemplo do que está descrito na página 1 do Boletim. Figura 1 – Participação e proficiências médias em 2009 de uma escola fictícia Fonte: MEC/Inep, 2011 As proficiências médias em Língua Portuguesa e Matemática, na 8ª série, no exemplo, foram respectivamente, 250,55 e 258,74. Observe que ambas estão próximas às médias das escolas estaduais do estado e do município em que se encontra e
  • 8. GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO COORDENAÇÃO DE PLANEJAMENTO E AVALIAÇÃO – CPA 8 superiores as médias estaduais brasileiras. Associando as médias da escola às escalas de proficiência, observamos que, em média, os alunos encontram-se no Nível 6, tanto em Língua Portuguesa, quanto em Matemática. Na página 2, o boletim apresenta o resultado do IDEB 2009, bem como as metas estabelecidas para 2007, 2009 e 2011 e alguns Indicadores Educacionais do Censo Escolar, quais sejam: taxas de aprovação, média de horas-aula diária e docentes com curso superior. Por fim, na última página, é apresentada a distribuição percentual dos alunos na escala de proficiência em Língua Portuguesa e em Matemática para as séries/anos avaliadas. A partir dessa distribuição, é possível localizar a proficiência média na escala de desempenho e o percentual de seus alunos em cada nível da referida escala. A escola pode associar os percentuais ao nível correspondente e obter a descrição do nível em cada disciplina (anexos 1 e 2), verificando qual o percentual de alunos que já construíram os conhecimentos requeridos para as séries. Além de que pode analisar, a partir da proficiência média, quais conhecimentos que (em média) adquiriram ao término da etapa de ensino, entre outras análises. Como ilustração, a distribuição percentual dos níveis na escala de proficiência para a escola do exemplo é apresentada na Figura 2.
  • 9. GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO COORDENAÇÃO DE PLANEJAMENTO E AVALIAÇÃO – CPA 9 Figura 2 – Distribuição percentual dos alunos, em 2009, na escala de proficiência Fonte: MEC/Inep, 2011 Nesse exemplo, o percentual de alunos de 8ª série que se encontram abaixo do Nível 7 (menor ou igual a 275), na escala de desempenho em Matemática, é 59,2% (0,0% + 0,5% + 3,5% + 8,4% + 11,4% + 13,2% + 22,2%). Assim, associando o percentual de alunos com desempenho menor ou igual a 275 à descrição na escala de desempenho de Matemática, tem-se a seguinte análise:  22,2% (maior percentual entre os níveis da escala) dos alunos já
  • 10. GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO COORDENAÇÃO DE PLANEJAMENTO E AVALIAÇÃO – CPA 10 desenvolveram todos os conhecimentos descritos no Nível 6 e nos níveis anteriores (0, 1, 2, 3, 4 e 5) a este da escala de matemática, o que significa:
  • 11. GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO COORDENAÇÃO DE PLANEJAMENTO E AVALIAÇÃO – CPA 11
  • 12. GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO COORDENAÇÃO DE PLANEJAMENTO E AVALIAÇÃO – CPA 12 e não construíram os conhecimentos descritos nos níveis 7 a 12 (Anexo 2).
  • 13. GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO COORDENAÇÃO DE PLANEJAMENTO E AVALIAÇÃO – CPA 13 No exemplo apresentado (Figura 2), é possível observar que os percentuais de alunos estão distribuídos entre os níveis 1 a 10 da escala, que configura um resultado heterogêneo, sinalizando a necessidade de uma ação pedagógica diferenciada. Destaca-se, também, a ausência de alunos nos níveis mais altos da escala (níveis 11 e 12). Para analisar os resultados de Língua Portuguesa na 8ª série/9º ano e resultados de Língua Portuguesa e de Matemática na 4ª série/5º ano, seguem o mesmo raciocínio. Como os resultados da Prova Brasil e do SAEB são comparáveis ao longo do tempo, o estabelecimento de ensino, com o objetivo de observar a evolução do desempenho, deve analisar suas médias nos anos anteriores, bem como a distribuição percentual dos seus alunos nos níveis, caso tenha participado da avaliação. Finalizando, é importante ressaltar que as médias apresentadas na divulgação do MEC/Inep são resultados de uma avaliação realizada em um único momento e o gestor, juntamente com o coletivo escolar, deve ter cautela ao fazer comparações entre resultados de uma escola para outra. Esses resultados provêm de escolas, municípios, estados com realidades (socioeconômica e cultural) diversas. 3. Índice de Desenvolvimento da Educação Básica - IDEB O Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) foi criado pelo Inep em 2007 e reúne dois conceitos igualmente importantes para a qualidade da educação em um só indicador: fluxo escolar e médias de desempenho nas avaliações. Agrega ao enfoque pedagógico das avaliações do Inep a possibilidade de resultados sintéticos, facilmente assimiláveis, e que permitem traçar metas de qualidade educacional para os sistemas. O IDEB é calculado a partir de dois componentes: taxa de aprovação obtida a partir do Censo Escolar e médias de desempenho nos exames padronizados, aplicados pelo Inep (Prova Brasil e SAEB). A Prova Brasil é usada para calcular o IDEB de municípios e escolas, enquanto o SAEB subsidia o cálculo do IDEB dos estados e do Brasil. Sendo assim, caso o estado, município ou escola não tenha participado da Prova Brasil/SAEB,
  • 14. GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO COORDENAÇÃO DE PLANEJAMENTO E AVALIAÇÃO – CPA 14 ou não tenha enviado os seus dados do Censo Escolar, no prazo estabelecido pelo Inep, não terão IDEB. Para compreender o cálculo do IDEB, a seguir apresentamos um exemplo passo a passo do cálculo do IDEB – Anos Finais, de uma escola fictícia. Escola Modelo N = = 4,88 Considere a fórmula geral do IDEB é dada por: IDEB = N x P N é a média da proficiência em Língua Portuguesa e Matemática, padronizada para um indicador entre 0 e 10. P é o indicador de rendimento baseado na taxa de aprovação da etapa de ensino. Em que: Cálculo do N : 250,07 242,35 Unidade Proficiência Média na Prova Brasil Matemática Língua Portuguesa 0,5 100400 10007,250 = − − =matn 0,5 100400 10007,250 = − − =matn 75,4 100400 10035,242 = − − =lpn 75,4 100400 10035,242 = − − =lpn 2 lpmat nn + 2 lpmat nn + Observações: - Na fórmula da variável nmat os valores 100 e 400 correspondem, respectivamente, ao limite3 inferior e superior, obtidos a partir da média e desvio padrão4 das proficiências em Matemática, da 8.ª série, no SAEB 1997, ano em que foi definida a escala. 3 O limite inferior é dado por 3 desvios-padrão abaixo da média e o limite superior é dado por 3 desvios-padrão acima da média, de forma a englobar o desempenho de praticamente todos os alunos na série avaliada. 4 A média e o desvio padrão das proficiências, tanto em Língua Portuguesa quanto em Matemática, da 8ª série no SAEB 1997 foram, respectivamente 250 e 50. Sendo assim, para essa série e disciplinas, o limite inferior é 100 e o limite superior é 400.
  • 15. GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO COORDENAÇÃO DE PLANEJAMENTO E AVALIAÇÃO – CPA 15 - Na fórmula da variável nlp, os valores 100 e 400 correspondem, respectivamente, ao limite inferior e superior, obtidos a partir da média e desvio padrão das proficiências em Língua Portuguesa, da 8.ª série, no SAEB 1997, ano em que foi definida a escala. 5.ª série 6.ª série 7.ª série 8.ª série Escola Modelo 93,7 78,3 95,2 79,8 IDEB da Escola Modelo = N x P = 4,88 x 0,86 = 4,20 Unidade Taxas de Aprovação P = = 0,86 * Média(T) = Tempo médio (em anos) para conclusão de uma série. Cálculo do P : ⇒ sériena aprovaçãodetaxa 100 ⇒ sériena aprovaçãodetaxa 100 07,1 7,93 100 = 07,1 7,93 100 = 28,1 3,78 100 = 28,1 3,78 100 = 05,1 2,95 100 = 05,1 2,95 100 = 25,1 8,79 100 = 25,1 8,79 100 = 16,1 4 25,105,128,107,1 *)( = +++ =TMédia 16,1 4 25,105,128,107,1 *)( = +++ =TMédia 16,1 1 )( 1 = TMédia 16,1 1 )( 1 = TMédia O sistema educacional brasileiro como um todo apresenta um IDEB 2009 de 4,6 para a primeira fase do ensino fundamental, em uma escala que vai de 0 a 10. Algumas redes estão acima desse valor e outras, abaixo. Entretanto, todas as redes deverão melhorar seus indicadores, observando as metas a seguir. 3.1 Metas do IDEB O IDEB é uma ferramenta de acompanhamento das metas de qualidade da educação básica, no âmbito do Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE), do MEC. O PDE estabelece, como meta, que em 2022 o IDEB do Brasil seja 6, média que corresponde a um sistema educacional de qualidade comparável a dos países
  • 16. GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO COORDENAÇÃO DE PLANEJAMENTO E AVALIAÇÃO – CPA 16 desenvolvidos. No Paraná, o IDEB da Rede Estadual 2009 é: - 5,2 para os anos iniciais do Ensino Fundamental, não atingindo a projeção de 2009 que é 5,4; - 4,1 para os anos finais do Ensino Fundamental, superando a meta de 2009 que é 3,5; - 3,9 para o Ensino Médio (meta para a rede estadual do Paraná é 3,4). As metas são o caminho traçado de evolução individual dos índices, para que o Brasil atinja o patamar educacional apresentado hoje pela média dos países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico – OCDE. Em termos numéricos, isso significa evoluir da média nacional 3,8, registrada em 2005, para um IDEB igual a 6,0, na primeira fase do ensino fundamental, em 2021. Foi o Inep quem estabeleceu os parâmetros técnicos de comparação entre a qualidade dos sistemas de ensino do Brasil e os de países da OCDE. Ou seja, a referência à OCDE é parâmetro técnico em busca da qualidade e não um critério externo às políticas públicas educacionais desenvolvidas pelo MEC. As metas são diferenciadas para todos e são apresentadas bienalmente de 2007 a 2021. Estados, municípios e escolas deverão melhorar seus índices e contribuir, para que o Brasil chegue à meta 6,0, nos anos iniciais, em 2022, ano do bicentenário da Independência. Mesmo quem já tem um bom índice deve continuar a evoluir. No caso das redes e escolas com maior dificuldade, as metas preveem um esforço mais concentrado, para que melhorem mais rapidamente, diminuindo assim a desigualdade entre esferas Federal, Municipal e Estadual. O Ministério da Educação prevê apoio específico para reduzir essa desigualdade. As metas intermediárias de cada município e estado são diferentes. Aqueles com IDEB mais baixo terão que fazer maior esforço para chegar mais próximo da meta nacional. Aqueles com IDEB mais alto deverão superar a meta para o Brasil. Nesse quadro, cada município e estado deverá ter um desempenho que, em conjunto, leve o Brasil a atingir a meta nacional proposta e a reduzir a desigualdade entre as redes. O gráfico a seguir, exemplifica a trajetória das metas intermediárias do IDEB
  • 17. GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO COORDENAÇÃO DE PLANEJAMENTO E AVALIAÇÃO – CPA 17 considerando os Anos Iniciais do ensino fundamental. Observa-se que, em 2021, a meta de 6,0 é atingida, e, quanto maior o tempo, maior o valor do IDEB, até que, em 2096, esse valor seja igual a 9,9. Gráfico 1. Trajetória do IDEB para o Brasil e Estados: 2005 – 2096 Anos Iniciais do Ensino Fundamental Fonte: MEC/Inep É possível observar que em 2021, ano em que o Brasil atinge a meta de 6,0, o Estado 1 apresenta IDEB de 5 e o Estado 2 o IDEB é 6,8. Cada município e Estado despenderá um esforço diferente para que em 2096 (após 91 anos) a desigualdade apresentada pelo IDEB desapareça. 3.2 Análise dos resultados Como já informado, o IDEB expressa os resultados mais importantes da educação: aprendizagem e fluxo. Acompanhar cada um dos indicadores, separadamente, é de grande importância para que os gestores e professores reconheçam as fragilidades e definam
  • 18. GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO COORDENAÇÃO DE PLANEJAMENTO E AVALIAÇÃO – CPA 18 encaminhamentos na busca pela qualidade da aprendizagem. A principal vantagem do índice está em sinalizar à sociedade, aos gestores e professores que evoluir em um dos indicadores em detrimento do outro não significa melhorar a qualidade da Educação. É preciso preocupar-se com ambos para se obter a melhoria do IDEB, já que este capta conjuntamente os dois efeitos. Se um sistema de ensino retiver seus alunos para obter melhores resultados na Prova Brasil, o fator fluxo será alterado, indicando a necessidade da melhoria do sistema. Se, ao contrário, o sistema apressar a aprovação do aluno sem qualidade, o resultado da Prova Brasil indicará igualmente a necessidade de melhoria do sistema. O quadro abaixo ilustra tais apontamentos. Quadro 4 – Indicador de rendimento, Prova Brasil e IDEB 2007 Anos Finais do Ensino Fundamental Podemos observar que nas escolas 1 e 2 as proficiências médias na Prova Brasil, tanto em Língua Portuguesa quanto em Matemática são muito próximas, o que não acontece com os indicadores de rendimento. Desta forma, a taxa de aprovação é o indicador que contribuiu para que a Escola 2 tivesse maior IDEB do que a Escola 1.
  • 19. GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO COORDENAÇÃO DE PLANEJAMENTO E AVALIAÇÃO – CPA 19 Com a análise dos resultados dos estabelecimentos de ensino 3 e 4, observamos um mesmo indicador de rendimento, porém o estabelecimento 4 tem desempenhos em Língua Portuguesa e Matemática na Prova Brasil maiores, o que determina um IDEB maior nessa escola. É importante destacar que o aumento nas taxas de aprovação tem um limite (100% de alunos aprovados) e deve ser acompanhado por uma melhora na aprendizagem, caso contrário, o IDEB poderá cair nas próximas edições. Para maiores informações quanto ao IDEB, acesse http://portal.inep.gov.br/web/portal-ideb/metodologias. 4. Considerações Finais O Estado do Paraná está na rota para a construção do seu Sistema de Avaliação Educacional com a meta de melhorar o desempenho escolar. Diante disso, a SEED está propondo a revisão de alguns aspectos que considera de grande relevância para o exercício do processo avaliativo pelos professores e gestores educacionais, na perspectiva de tomada de decisões que gerem mudanças para o progresso do sistema de ensino como um todo, mas principalmente na sala de aula, e na escola. Para tanto, propõe o estudo deste documento organizado a partir das informações disponibilizadas pelo MEC/Inep, com o propósito principal de fornecer subsídios para a leitura dos resultados da Prova Brasil/SAEB e do IDEB, os quais são referência de grande importância para o planejamento das ações no processo ensino-aprendizagem em sala de aula e para as atividades de gestão.
  • 20. GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO COORDENAÇÃO DE PLANEJAMENTO E AVALIAÇÃO – CPA 20 5. Referências Bibliográficas Brasil. Ministério da Educação. Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira. Prova Brasil e SAEB. Disponível em: <http://provabrasil.inep.gov.br>. Acesso em: 07/05/2012. Brasil. Ministério da Educação. Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira. IDEB. Disponível em: <http://portalIDEB.inep.gov.br>. Acesso em: 15/05/2012. Brasil. Ministério da Educação. Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira. Na Medida: Boletim de Estudos Educacionais do Inep. Ano 1, Nº 1, ano 2009. Disponível em: <www.inep.gov.br/namedida> Acesso em: 17/05/2012. PARANÁ, SEED/CGE. Semana pedagógica 2010: as necessidades da escola a partir de seus limites e avanços. Curitiba: SEED, 2010, p.7. PARANÁ, SEED/CPA. Orientações para a Leitura dos Resultados da Prova Brasil/SAEB e IDEB. Curitiba: SEED, 2010.
  • 21. GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO COORDENAÇÃO DE PLANEJAMENTO E AVALIAÇÃO – CPA 21 6. Anexos • ANEXO 1
  • 22. GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO COORDENAÇÃO DE PLANEJAMENTO E AVALIAÇÃO – CPA 22
  • 23. GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO COORDENAÇÃO DE PLANEJAMENTO E AVALIAÇÃO – CPA 23
  • 24. GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO COORDENAÇÃO DE PLANEJAMENTO E AVALIAÇÃO – CPA 24
  • 25. GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO COORDENAÇÃO DE PLANEJAMENTO E AVALIAÇÃO – CPA 25
  • 26. GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO COORDENAÇÃO DE PLANEJAMENTO E AVALIAÇÃO – CPA 26
  • 27. GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO COORDENAÇÃO DE PLANEJAMENTO E AVALIAÇÃO – CPA 27 ANEXO 2
  • 28. GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO COORDENAÇÃO DE PLANEJAMENTO E AVALIAÇÃO – CPA 28
  • 29. GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO COORDENAÇÃO DE PLANEJAMENTO E AVALIAÇÃO – CPA 29
  • 30. GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO COORDENAÇÃO DE PLANEJAMENTO E AVALIAÇÃO – CPA 30
  • 31. GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO COORDENAÇÃO DE PLANEJAMENTO E AVALIAÇÃO – CPA 31
  • 32. GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO COORDENAÇÃO DE PLANEJAMENTO E AVALIAÇÃO – CPA 32
  • 33. GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO COORDENAÇÃO DE PLANEJAMENTO E AVALIAÇÃO – CPA 33
  • 34. GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO COORDENAÇÃO DE PLANEJAMENTO E AVALIAÇÃO – CPA 34
  • 35. GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO COORDENAÇÃO DE PLANEJAMENTO E AVALIAÇÃO – CPA 35 ANEXO 3
  • 36. GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO COORDENAÇÃO DE PLANEJAMENTO E AVALIAÇÃO – CPA 36
  • 37. GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO COORDENAÇÃO DE PLANEJAMENTO E AVALIAÇÃO – CPA 37
  • 38. GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO COORDENAÇÃO DE PLANEJAMENTO E AVALIAÇÃO – CPA 38 ANEXO 4
  • 39. GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO COORDENAÇÃO DE PLANEJAMENTO E AVALIAÇÃO – CPA 39
  • 40. GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO COORDENAÇÃO DE PLANEJAMENTO E AVALIAÇÃO – CPA 40