5. Gênesis 37.13-20.
13 — Disse, pois, Israel a José: Não apascentam os teus irmãos junto de Siquém? Vem, e enviar-
te-ei a eles. E ele lhe disse: Eis-me aqui.
14 — E ele lhe disse: Ora, vai, e vê como estão teus irmãos e como está o rebanho, e traze-me
resposta. Assim, o enviou do vale de Hebrom, e José veio a Siquém.
15 — E achou-o um varão, porque ele andava errado pelo campo, e perguntou-lhe o varão,
dizendo: Que procuras?
16 — E ele disse: Procuro meus irmãos; dize-me, peço-te, onde eles apascentam.
17 — E disse aquele varão: Foram-se daqui, porque ouvi-lhes dizer: Vamos a Dotã. José, pois,
seguiu seus irmãos e achou-os em Dotã.
18 — E viram-no de longe e, antes que chegasse a eles, conspiraram contra ele, para o matarem.
19 — E disseram uns aos outros: Eis lá vem o sonhador-mor!
20 — Vinde, pois, agora, e matemo-lo, e lancemo-lo numa destas covas, e diremos: Uma besta-
fera o comeu; e veremos que será dos seus sonhos.
8. Da sociedade da informação à de redes (Ec 1.4).
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Omundoglobalizadopassoudeumasociedadedainformação
paraumasociedadederedes.Naprimeira,ainformaçãoeraseu
produtoprincipal,nasegunda,éacomunicação(Dn12.4;Ap
1.7).Ambas,porém,temomesmoícone:ocomputadorligadoà
rede.Essaradicalmudançafezruirasfronteirasentreospaísese
trouxenovasformasderelacionamentoseidentidadesculturais.
Omundojánãoémaisomonoblocomaciçodeantigamente,
masumespaçomulticulturaleplural.Estasociedadepossui
novas,interessantesetambémperigosasformasde
relacionamentos(virtuais),quedevemserdiscernidasdeacordo
comaperspectivabíblicaecristã(1Co2.14,15).
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9. Proximidade virtual (Ec 3.14,15).
As novas tecnologias (smartphones, tablets) permitiram o acesso
aos centros de comunicação criados para relacionamentos
(facebook, chats). Esses instrumentos permitem “permanecer em
contato” com alguém ao mesmo tempo que mantém o usuário à
parte dos relacionamentos concretos: familiares e amigos
próximos. Por meios de tais redes, o indivíduo substitui um
relacionamento sério por um recreativo, concreto por um
abstrato, real por um virtual (Pv 14.21). Deste modo, são mais
descartáveis (Pv 18.19). É mais fácil e menos constrangedor
“deletar” um relacionamento virtual do que um no mundo real,
de pessoas reais (Pv 26.18,19). A “proximidade” virtual tornou as
relações humanas banais e breves, contrário ao que ensina a
Bíblia (Pv 25.21,22).
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10.
11.
12. Coisificação do sujeito (2Tm 3.1-4).
Um dos grandes males provocados pela modernidade e
que está muito presente nas redes de relacionamentos virtuais é
a coisificação da pessoa humana — o equivocado conceito de que
a pessoa é um objeto como qualquer outro. Nesta sociedade
desumana, que prioriza o espetáculo e a instrumentalização do
homem, o sujeito é desumanizado e transformado em simples
mercadoria (v.3). O valor da pessoa é tido pela sua utilidade e,
por isso, “deletada” ou descartada quando não é mais útil à
instrumentalização do outro (1Tm 4.1,2).
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13. 1 . Sabe, porém, isto: que nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos.
2. Porque haverá homens amantes de si mesmos, avarentos, presunçosos,
soberbos, blasfemos, desobedientes a pais e mães, ingratos, profanos,
3. Sem afeto natural, irreconciliáveis, caluniadores, incontinentes, cruéis, sem
amor para com os bons,
4. Traidores, obstinados, orgulhosos, mais amigos dos deleites do que amigos de
Deus,
2 Tímóteo 3:1-4
14.
15. Relacionamentos saudáveis são duradouros!
Ponto importante
Relacionamentos podem nascer
virtualmente; se maduros, levarão à
amizade sincera.
18. Relacionamentos sólidos (Ec 11.9-10).
Cada vez mais raro, mas não completamente desaparecido, estão
as interações humanas construídas com base no respeito, na
confiança e no valor intrínseco da pessoa e de seu caráter. Um
relacionamento sólido nega-se a coisificar o outro, mas valoriza-o
pelo que ele é, não pelo que tem, ou vantagens que possam ser
oferecidas (Pv 17.17; Ct 1.3). Há reciprocidade e satisfação pela
realização do outro.
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2
19. 3
Padrões morais constroem relacionamentos sólidos.
A base dos relacionamentos descartáveis é a
moralidade relativa e pecaminosa da geração pós-
moderna. Frouxidão moral resulta em interações
humanas descartáveis (Mt 5-7). Sem padrão moral nas
interações pessoais o humano se dissolve no relativismo
e a humanidade no humano desaparece. Todavia, as
interações humanas fundamentadas na virtude, ética e
moral das Sagradas Escrituras, dignificam o homem e o
insere na completa e perfeita humanidade vivida e
ensinada por Jesus (Ef 4.22-24; 2Co 3.18).
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20. Não se constrói um sólido e verdadeiro relacionamento
com as mentiras e falsidades do mundo virtual.
Ponto importante
A coisificação da pessoa humana é
responsável pela prostituição virtual e
fragilidade dos relacionamentos.
22. Uma vida, muitos amigos (Ec 3.1-22).
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A vida humana é constituída de ciclos: infância, adolescência,
juventude e velhice (Ec 1.4). Em cada uma dessas fases
construímos relacionamentos na família, igreja, escola e trabalho.
Alguns desses são laços consanguíneos (Gn 21.1-7), outros de
afinidades (Rt 1.16; Dt 34.9) e alguns apenas circunstanciais (Gn
40). Nesses períodos, relacionamentos são construídos, desfeitos
e fortalecidos. Alguns sobrevivem ao tempo e as circunstâncias,
enquanto outros são breves e frágeis. Disto todos precisam estar
conscientes.
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Uma geração vai, e outra geração vem; mas a terra para
sempre permanece. (Eclesiastes 1.4)
23. Relacionamentos duradouros (Ec 4.9-12).
Esses tipos de relacionamentos não surgem por acaso. Mesmo sem a percepção dos sujeitos
envolvidos, estão imbricados diversos elementos ligados à personalidade, psique, afinidades entre
outras características. Todavia é possível traçar as bases das interações humanas duradouras:
a) respeito — tratar com apreço e polidez (1Tm 2.2; 3.8,11; Rm 13.7);
b) confiança — certeza íntima do procedimento correto de outrem (2Ts 3.4; 1Sm 23.16; Sl 56.4);
c) reciprocidade — responder positivamente a uma outra ação positiva (1Sm 20.12-17; 2Sm 19.26-
28);
d) afinidade — sintonia com o outro (2Sm 23.14-17).
Se apenas uma dessas quatro colunas ruírem, o relacionamento entrará em crise (Pv 18.19; Ec 10.4).
Deste modo, relacionamentos duradouros são construídos ao longo do processo das interações
humanas e da maturidade afetiva dos indivíduos. Os relacionamentos humanos não são perfeitos,
no entanto, podem e devem ser estabelecidos em fundamentos sólidos como o respeito, a verdade,
a confiança, a reciprocidade, a afinidade e acima de tudo o amor fraterno. Sem essas bases, o
relacionamento não subsiste às intempéries e desafios que a própria vida e a experiência impõem
sobre ele. É necessário que cada indivíduo esteja plenamente cônscio de que relacionamentos
maduros e sólidos são construídos em conjunto. Cada uma das partes precisa contribuir para o
progresso e maturidade do relacionamento. A responsabilidade não pode ser atribuída apenas a um
indivíduo, ambos são sujeitos responsáveis pela maturidade e firmeza do relacionamento.
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24. Anjos do amor: idolatria e falsa espiritualidade (Ap 19.9,10; Hb 1.14).
Entre as pessoas místicas, encontram-se aquelas que acreditam em “anjos do amor”.
Segundo a religião do anticristo, a Nova Era, esses seres seriam os responsáveis por “curar” e “acertar”
as “turbulências” nos relacionamentos. Deve-se rezar e acender velas em nome deles, porque “adoram
ser paparicados”. Assim, um “anjo de conexão” entrará em ação a fim de harmonizar o relacionamento,
e o da “guarda” dará conselhos afetivos. Ledo engano! Leia Colossenses 2.8-23 quanto à falsa
reverência aos anjos.
Para o jovem cristão é redundante afirmar o perigo dessas práticas esotéricas. Todavia, o conselho
mostra-se oportuno nos dias atuais em que a falsa espiritualidade grassa não apenas fora da igreja mas
também dentro dela. Na sociedade existe toda uma plataforma mística e esotérica que procura
harmonizar a pessoa consigo mesma e a restabelecer relacionamentos partidos por meio de recursos
espiritualistas: jogo de búzios, tarologia, quiromancia, astrologia e energização de cristais, entre outros
infindáveis recursos místicos e bruxarias. Infelizmente, muitíssimas pessoas em todo o Brasil estão
dispostas a pagar o que for a qualquer especialista ou charlatão que garanta trazer o “seu amor” em
trinta dias ou menos. Outras procuram lugares como a “Cidade da Paz”, o “Vale do Amanhecer” e a
“Cidade Eclética”, todas situadas em Brasília, para submeterem-se a diversos procedimentos místicos a
fim de solucionarem seus problemas, entre eles, amorosos.
Entre os brasileiros estes pecados são cada vez mais comuns e difundidos nas mídias eletrônicas e
impressas. A Bíblia, entretanto, condena todas essas práticas, mesmo que seja o aparentemente
inofensivo horóscopo, e proíbe terminantemente que as pessoas procurem tais especialistas (Lv 19.26,
31; Dt 18.9-12; 2Rs 21.6; Is 47.13; Jr 27.9; Ap 22.15).
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25. Os anjos não devem ser adorados, reverenciados ou
cultuados.
Ponto importante
O respeito, a confiança, a reciprocidade
e a afinidade são os pilares dos
relacionamentos maduros.
26. Os relacionamentos devem ser construídos tendo a
Sagrada Escritura como fundamento e inspiração. Ela
instrui a respeito dos relacionamentos do homem com
Deus, consigo, com o próximo e com a criação. Atentai
para sua instrução (Sl 119.9).
27. H O R A D A R E V I S Ã O
1. Qual deve ser a atitude do jovem em relação as novas formas de relacionamentos virtuais?
Discernir de acordo com a perspectiva bíblica e cristã.
2. Qual a consequência que a proximidade virtual trouxe aos relacionamentos?
Tornou as relações humanas banais e breves.
3. Descreva o grande mal provocado pela modernidade e presente nas redes sociais.
Tornar a afetividade e as interações humanas como mais uma mercadoria de consumo.
4. Defina relação de consumo.
Relacionamentos descartáveis, quando não oferecem mais vantagens, trocáveis quando uma nova oferta de interação humana
se apresenta mais “lucrativa”.
5. Quais os pilares dos relacionamentos maduros?
Respeito, confiança, reciprocidade e afinidade.