O documento discute o amor incondicional, definido como amar alguém sem expectativas ou julgamentos, aceitando suas imperfeições. Para amar dessa forma, é necessário perdoar a si mesmo e aos outros, reconhecendo as próprias falhas sem projetá-las nos outros. Jesus exemplificou esse amor ao perdoar aqueles que o crucificaram. A família deveria ser onde encontramos esse amor, mas infelizmente vemos membros se machucando.
2. Conhecer um ser humano que consiga amar incondicionalmente é difícil, mas não impossível.
3. É difícil porque não basta querer amar incondicionalmente, para isso é necessário destituir-se completamente do ego e de suas projeções, expectativas, julgamentos de valor, simpatias e antipatias, desejo de poder sobre o outro, mágoas, rancores, isto é, de todos aqueles sentimentos que obstruem o coração e impedem de reconhecermos o nosso semelhante como parte de nós mesmos e, por isso, de aceitá-lo como é, e perdoá-lo por suas imperfeições.
4. O ato do perdão é salutar para que o amor flua para nós e a partir de nós: O perdão é o próprio amor incondicional em ação. As palavras de Jesus: "Pai, perdoai-vos, pois, não sabem o que estão fazendo", demonstram nitidamente a extensão desse amor profundo do Cristo pela humanidade. Amar é, primeiramente, perdoar.
5. Por outro lado, quem não ama a si mesmo incondicionalmente não é capaz de amar alguém da mesma forma, pois não podemos dar aquilo que não temos. Também não adianta perdoar o outro se também não reconhecemos e aceitamos nossas próprias imperfeições, nem nos perdoamos por elas, acabando por projetá-las e reconhecê-las nos outros, de forma inconsciente.
6. Uma vez que reconhecemos o semelhante como parte de nós, e se nos amamos incondicionalmente, então o ato de amar o outro será a extensão desse auto-amor; mas se amamos o próximo mais do que a nós mesmos, então o que temos é uma relação de dependência emocional e não um relacionamento saudável e equilibrado.
7. Jesus também disse: Ame ao próximo, como a ti mesmo. Seja no primeiro ou no segundo sentido, Jesus fala da necessidade do amor-próprio. A família é o núcleo onde é possível encontrar esse amor incondicional. O amor dos pais pelos filhos e, por extensão, dos avós pelos netos e vice-versa, nos parece palpável; mas, infelizmente, assistimos em nosso mundo indivíduos de uma mesma família maltratando-se e matando-se uns aos outros, incluindo pais e filhos.
8. Será que é possível a completa auto-realização na medida em que nos conformamos que o jardim do lado seja um deserto, enquanto o nosso é um oásis? Os Grandes Seres Despertos abrem mão do Nirvana a que têm direito para continuarem na sua missão de acordar almas, e não descansarão na felicidade eterna do Éden enquanto houver uma alma sequer em sofrimento. Isso é amor incondicional.
9. Ainda poderíamos falar sobre muitos aspectos desse amor incondicional, mas deixo para vocês, uma pergunta que pode ser um exercício que os ajudará a detectar os aspectos de suas vidas onde precisam ser mais amorosos, mais compreensivos e compassivos para que o amor possa voltar a fluir, lembrando sempre que o amor que projetamos é o amor que recebemos.
10. Qual o aspecto de minha vida que preciso colocar mais amor? Família, relacionamentos, trabalho, amigos, vida espiritual, saúde, eu mesmo? Aliviem seu coração! Perdoem e liberem sentimentos, situações, recordações e pessoas para que mais luz possa ocupar os seus espaços internos e externos.
11. “ O amor fraternal, sublime e puro, representando o objetivo supremo do esforço de compreensão, é a luz imperecível que sobreviverá no caminho eterno.” Dú Fique com Deus!!!