2. TEXTO DO DIA
“O homem que tem muitos amigos pode congratular-
se, mas há amigo mais chegado do que um irmão”
(Pv 18.24).
3. SÍNTESE
• Os amigos são dádivas de Deus. Grandes amigos
tornam-se grandes irmãos.
4. AGENDA DE LEITURA
SEGUNDA — Pv 17.17
Grandes amigos tornam-se grandes irmãos
TERÇA — Pv 18.24
Amigos mais chegados do que irmãos
QUARTA — Pv 14.20
“Amizade” obtida por meio das riquezas
QUINTA — Pv 16.28
O difamador separa os melhores amigos
SEXTA — Pv 22.11
Regras para ter amigos famosos
SÁBADO — Pv 27.10
Não se deve abandonar o amigo na adversidade
5. OBJETIVOS
• COMPREENDER os conceitos bíblicos de amigo;
• REFLETIR sobre as bases nas quais
construímos amizades;
• REPENSAR os relacionamentos virtuais.
6. TEXTO BÍBLICO
1 Samuel 18.1-4; 2 Samuel 1.25-27.
1 — E Sucedeu que, acabando ele de falar com Saul, a
alma de Jônatas se ligou com a alma de Davi; e
Jônatas o amou como à sua própria alma.
2 — Saul, naquele dia, o tomou e não lhe permitiu que
tornasse para casa de seu pai.
3 — Jônatas e Davi fizeram aliança; porque Jônatas o
amava como à sua própria alma.
4 — E Jônatas se despojou da capa que trazia sobre si
e a deu a Davi, como também as suas vestes, até a sua
espada, e o seu arco, e o seu cinto.
7. 2 Samuel 1
• 25 — Como caíram os valentes no meio da peleja!
Jônatas nos teus altos foi ferido!
• 26 — Angustiado estou por ti, meu irmão Jônatas;
quão amabilíssimo me eras! Mais maravilhoso me
era o teu amor do que o amor das mulheres.
• 27 — Como caíram os valentes, e pereceram as
armas de guerra!
8. INTRODUÇÃO
• Marcus Tullius Cicero (106 — 43 a.C.) afirmou em seu
“Diálogo sobre a Amizade” que, excetuando a sabedoria,
não há entre os homens um dom maior do que a
amizade.
• Para o filósofo, o amigo é alguém com quem se pode
conversar como se estivesse falando consigo mesmo. A
amizade, dizia ele, nunca é impertinente, jamais
molesta.
• Na amizade nada é fingido, nada dissimulado, tudo
quanto nela há é verdadeiro.
9. • Outro grande pensador da Antiguidade, Aristóteles (382
— 322 a.C.), afirmou, em “Ética a Nicômaco”, que a
amizade é extremamente necessária à vida, pois ajuda
aos jovens a evitar o erro, e ampara aos mais velhos.
• Nesta lição estudaremos o valor da amizade, o ensino
das Escrituras e os princípios que regem a verdadeira
amizade.
10. I. “AMIGOS MAIS CHEGADOS DO
QUE IRMÃOS” (1Sm 18.1-6)
1. O ensino bíblico sobre amigos (Pv 18.24).
2. Exemplos de amizade na Bíblia.
• a) Davi e Jônatas (1Sm 18.1-4; 19.1-7; 2Sm 1.25-27).
• b) Noemi e Rute (Rt 1.14-17).
• c) Paulo e Epafrodito (Fp 2.25-30).
3. Desfazendo equívocos.
11. • As Escrituras não tratam o tema de modo sistemático,
entretanto, encontramos referências ao assunto em
muitas partes da Bíblia.
• O termo hebraico mais comum é rēa, que designa desde
um amigo íntimo, companheiro, até um vizinho ou
próximo (Gn 38.12; Êx 2.13; 21.14; Lv 19.18; Jz 7.13).
• O vocábulo grego que corresponde ao anterior é
hetairos, isto é, amigo, companheiro ou camarada (Mt
11.16; 20.13).
1. O ensino bíblico sobre amigos (Pv 18.24).
12. • Deste modo, nas línguas bíblicas, refere-se a qualquer
pessoa amiga ou conhecida ao acaso.
• Mais especificamente, um amigo é uma pessoa a qual
desfrutamos de amizade, companheirismo, confiança e
afeição recíprocos (Pv 17.17; 18.24; Jó 2.11; 42.10; Ec
4.10).
• A amizade, por conseguinte, é o sentimento afetuoso
que existe entre as pessoas que se chamam de amigos
(Fp 1.7; Fm 17).
13. Entre os vários exemplos da Bíblia, destacam-se:
a) Davi e Jônatas (1Sm 18.1-4; 19.1-7; 2Sm 1.25-27).
• Ambos encontraram um no outro a confiança, amizade e
afeição que lhes faltavam no seio familiar.
• Jônatas era um amigo desinteressado, fraterno,
generoso e fiel.
• Davi, por sua vez, retribuiu a amizade de Jônatas sendo
misericordioso com seus descendentes após a morte do
amigo (1Sm 20.11-17; 2Sm 9).
2. Exemplos de amizade na Bíblia.
14. b) Noemi e Rute (Rt 1.14-17).
• Ambas passaram por muitas adversidades, tornando
Provérbios 17.17 uma realidade em suas vidas.
• Ainda hoje, o voto de Rute é uma das mais belas
pérolas da literatura. A amizade iniciou na adversidade,
acompanhou-as durante a vida, e as coroou de êxito no
fim da história (Rt 1-4).
15. c) Paulo e Epafrodito (Fp 2.25-30).
• O modo afetuoso pelo qual Paulo se refere ao amigo
traduz a profunda amizade entre eles.
• Epafrodito estava disposto, se necessário, a morrer a
favor de Paulo.
• Como ignorar tal amizade?
16. • Somente a perversidade humana (Rm 1.18-32) e a
corrupção da mente e do coração (2Co 4.4; Tt 1.15)
podem imaginar nesses exemplos de amizade sincera,
em tempos de corrupção (1Co 6.9,10; Lv 18.22; 20.13).
3. Desfazendo equívocos.
17. • Vejamos o que diz a Bíblia a respeito dessa
interpretação perversa:
a) Proibição da Escrituras.
• Com base nas várias proibições da Lei (Lv 20.13;
18.22), podemos afirmar com segurança que não havia
qualquer resquício de relacionamento homo-afetivo
entre Davi e Jônatas.
18. • Os dois pecados, de adultério e homossexualidade,
eram condenados pela Lei do Senhor (Êx 20.14; Lv
20.10; Dt 5.18; Pv 6.32). Davi foi duramente repreendido
pelo pecado de adultério, mas não há qualquer
repreensão a respeito de sua amizade pública com
Jônatas (1Sm 18.1-4).
19. • b) Termo hebraico.
• É importante observar o que a Bíblia afirma: “a alma de
Jônatas se ligou (qāshar) com a alma de Davi” (1Sm
18.1).
• O termo hebraico, que significa “atar, ligar, amarrar,
conspirar”, é o mesmo para se referir ao amor de Jacó
por Benjamim (Gn 44.30), ou a união entre pessoas
para conspirar contra outra (1Rs 16.9).
• Deste modo, no primeiro caso, a expressão denota
“amarrar-se inseparavelmente por laços de amor
fraterno” e descreve o mais puro, significativo e sincero
sentimento fraterno que alguém possa nutrir pelo seu
próximo.
20. • É uma aliança de amor semelhante aos laços fraternais
que unem um pai ao seu filho por toda vida.
• Observe que o próprio Saul demonstrou por Davi um
profundo amor e isto nunca foi considerado um
sentimento impróprio (1Sm 16.21).
21. • A mesma palavra para se referir ao amor de Saul por
Davi é empregada para falar do amor entre Jônatas e
Davi, em 2 Samuel 1.26.
• Jamais se cogitou a possibilidade de o amor-amizade
entre esses dois valentes se referir a qualquer tipo de
relacionamento condenável pela Escritura.
22. • Além dos erros de lógica, distorção do contexto e das
expressões hebraicas, tais pessoas ignoram as
amizades decantadas pela literatura:
• Frodo Bolseiro e Samwise, Sherlock Holmes e Dr.
Watson, Dom Quixote e Sancho Pança, entre outros
exemplos imortais.
23. • Amizade (do latim amicus; amigo, que possivelmente
se derivou de amore; amar, ainda que se diga
também que a palavra provém do grego) é uma
relação afetiva, a princípio, sem características
romântico-sexuais, entre duas pessoas.
24. • Em sentido amplo, é um relacionamento humano que
envolve o conhecimento mútuo e a afeição, além de
lealdade ao ponto do altruísmo.
25. • Neste aspecto, pode-se dizer que uma relação entre
pais e filhos, entre irmãos, demais familiares, cônjuges
ou namorados, pode ser também uma relação de
amizade, embora não necessariamente.
26. • Na Bíblia, cita-se no livro de 1 Samuel, a amizade entre
Davi(que depois se tornaria rei em Israel) e Jonatas
(filho do Rei Saul).
27. • Os evangelhos falam a respeito de uma declaração de
Jesus, "Nenhum amor pode ser maior que este, o de
sacrificar a própria vida por seus amigos.“ Salomão
escreveu a sabedoria da Amizade em seus Provérbios:
"Em todo o tempo ama o amigo, e na angustia se faz o
irmão" .
28. II. TIPOS E FORMAS DE AMIZADES
(Pv 17.17)
1. O que determina os tipos de amizades (Pv 17.17)?
2. Os tipos e formas de amizades (Pv 18.24; Jo 15.15).
3. Relacionamentos corretos entre amigos.
29. A Bíblia traz orientações à preservação de amigos:
1) Não ser inoportuno (Pv 25.17),
2) Não abandonar na adversidade (Pv 27.10),
3) ser conselheiro (Pv 27.5,6),
4) evitar as más companhias (Pv 13.20; 1Co 15.33),
5) Escolher as boas companhias (Pv 12.26),
6) ser fiel ao Senhor (Pv 16.7).
30. • Os exemplos destacados demonstram carisma para se
obter amigos, discernimento para escolhê-los e
honestidade para preservá-los.
• É difícil encontrar bons amigos e desfrutar de sinceras
amizades no contexto fútil das relações humanas
modernas. Todavia, não é raro achar um verdadeiro
amigo e, quando encontrá-lo, preserve-o.
31. III. ALÉM DO VIRTUAL
• 1. Quantidade e qualidade nas amizades.
• 2. Além da aparência fugaz.
• 3. Igreja como centro de amizades saudáveis
32. • Alguns têm grande quantidade de contatos no
smartphone e “amigos” no Facebook, mas continuam
sozinhos.
• Quantidade de “curtidas” e de “amigos” não significa
qualidade nas amizades. Às vezes, quando a qualidade
na amizade falha, busca-se a solução do problema com
a quantidade.
• Quando essa quantidade afeta a individualidade ou
torna-se incômoda, descarta-se com um simples
“delete”.
1. Quantidade e qualidade nas amizades.
33. • A proximidade virtual torna as interações humanas mais
rápidas, intensas e frequentes, contudo, mais banais,
descartáveis e breves.
• O indivíduo está conectado virtualmente, mas não está
engajado com o outro socialmente. Os relacionamentos
costumam ser efêmeros em vez de substantivos.
34. • As amizades devem resistir aos modismos tecnológicos
modernos, muito embora estes também possam
contribuir positivamente à manutenção dos amigos e o
encontro de outros. Amigos devem ser cultivados por
meio de relacionamentos sólidos.
2. Além da aparência fugaz.
35. • Construa relacionamentos sólidos a partir de sua
convivência na igreja.
• A igreja é uma comunidade propícia ao desenvolvimento
de amizades sadias e sólidas que perdurarão por toda
vida.
3. Igreja como centro de amizades saudáveis.
36. CONCLUSÃO
• Ainda maior e melhor é ter o Senhor como verdadeiro
Amigo. Moisés (Êx 33.11),
• Abraão (Is 41.8; Tg 2.23) destacaram-se como amigos
de Deus.
• O Senhor jamais decepciona, jamais abandona.
• Ele é verdadeiro amigo.