SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 5
Baixar para ler offline
Questão 01 - ENEM PPL 2019
Prezada senhorita,
Tenho a honra de comunicar a V. S. que resolvi, de acordo com o que foi conversado com seu
ilustre progenitor, o tabelião juramentado Francisco Guedes, estabelecido à Rua da Praia,
número 632, dar por encerrados nossos entendimentos de noivado. Como passei a ser o
contabilista-chefe dos Armazéns Penalva, conceituada firma desta praça, não me restará, em
face dos novos e pesados encargos, tempo útil para deveres conjugais.
Outrossim, participo que vou continuar trabalhando no varejo da manceba, como vinha
fazendo desde que me formei em contabilidade em 17 de maio de 1932, em solenidade
presidida pelo Exmo. Sr. Presidente do Estado e outras autoridades civis e militares, bem assim
como representantes da Associação dos Varejistas e da Sociedade Cultural e Recreativa José
de Alencar.
Sem mais, creia-me de V. S. patrício e admirador,
Sabugosa de Castro.
CARVALHO, J. C. Amor de contabilista. In: Porque Lulu Bergatim não atravessou o Rubicon. Rio de Janeiro: José
Olympio, 1971.
A exploração da variação linguística é um elemento que pode provocar situações cômicas.
Neste texto, o tom de humor decorre da incompatibilidade entre
a) o objeto de informar e a escolha do gênero textual.
b) a linguagem empregada e os papéis sociais dos interlocutores.
c) o emprego de expressões antigas e a temática desenvolvida no texto.
d) as formas de tratamento utilizadas e as exigências estruturais da carta.
e) o rigor quanto aos aspectos formais do texto e a profissão do remetente.
Questão 02 - ENEM 2016 (2a aplicação)
Da corrida de submarino à festa de aniversário no trem
Leitores fazem sugestões para o Museu das Invenções Cariocas
“Falar ‘caraca!’ a cada surpresa ou acontecimento que vemos, bons ou ruins, é invenção do
carioca, como também o ‘vacilão’”.
“Cariocas inventam um vocabulário próprio”. “Dizer ‘mermão” e “é mermo” para um amigo pode
até doer um pouco no ouvido, mas é tipicamente carioca”.
“Pedir um ‘choro’ ao garçom é invenção carioca.”
“Chamar um quase desconhecido de ‘querido’ é um carinho inventado pelo carioca para tratar
bem quem ainda não se conhece direito.”
“O ‘ele é um querido’ é uma forma mais feminina de elogiar quem já é conhecido.”
SANTOS, J. F. Disponível em: www.oglobo.globo.com. Acesso em: 6 mar. 2013 (adaptado).
Entre as sugestões apresentadas para o Museu das Invenções Cariocas, destaca-se o variado
repertório linguístico empregado pelos falantes cariocas nas diferentes situações específicas de
uso social.
A respeito desse repertório, atesta-se o(a)
a) desobediência à norma-padrão, requerida em ambientes urbanos.
b) inadequação linguística das expressões cariocas às situações sociais apresentadas.
c) reconhecimento da variação linguística, segundo o grau de escolaridade dos falantes.
d) identificação de usos linguísticos próprios da tradição cultural carioca.
e) variabilidade no linguajar carioca em razão da faixa etária dos falantes.
Questão 03 - ENEM PPL 2011
Foi sempre um gaúcho quebralhão, e despilchado sempre, por ser muito de mãos abertas. Se
numa mesa de primeira ganhava uma ponchada de balastracas, reunia a gurizada da casa, fazia
pi! pi! pi! como pra galinhas e semeava as moedas, rindo-se do formigueiro que a miuçada
formava, catando as pratas no terreiro. Gostava de sentar um laçaço num cachorro, mas desses
laçaços de apanhar da palheta à virilha, e puxado a valer, tanto que o bicho o tomava, de tanto
sentir dor, e lombeando-se, depois de disparar um pouco é que gritava, num caim! caim! caim!
de desespero.
LOPES NETO, J. S. Contrabandista. In: SALES, H. (org). Antologia de contos brasileiros. Rio de Janeiro: Ediouro,
2001 (adaptado).
A língua falada no Brasil apresenta vasta diversidade, que se manifesta de acordo com o lugar, a
faixa etária, a classe social, entre outros elementos. No fragmento do texto literário, a variação
linguística destaca-se
a) por inovar na organização das estruturas sintáticas.
b) pelo uso de vocabulário marcadamente regionalista.
c) por distinguir, no diálogo, a origem social dos falantes.
d) por adotar uma grafia típica do padrão culto, na escrita.
e) pelo entrelaçamento de falas de crianças e adultos.
Questão 04 - ENEM 2011
Motivadas ou não historicamente, normas prestigiadas ou estigmatizadas pela comunidade
sobrepõem-se ao longo do território, seja numa relação de oposição, seja de
complementaridade, sem, contudo, anular a interseção de usos configuram uma norma nacional
distinta da do português eu europeu. Ao focalizar essa questão, que opõe não só as normas de
português de Portugal às novas do português brasileiro, mas também as chamadas normas
cultas locais às populares ou vernáculas, deve-se insistir na ideia de que essas normas se
consolidam em diferentes momentos da nossa história e que só a partir do século XVIII se pode
começar a pensar na bifurcação das variantes continentais, ora em consequência de mudanças
ocorridas no Brasil, ora em Portugal, ora, ainda, em ambos os territórios.
CALLOU, D. Gramática, variação e normas. In: VIEIRA, S. R.; BRANDÃO, S. (orgs). Ensino de gramática: descrição e
uso. São Paulo: Contexto, 2007 (adaptado).
O português do Brasil não é uma língua uniforme. A variação linguística é um fenômeno natural,
ao qual todas as línguas estão sujeitas. Ao considerar as variedades linguísticas, o texto mostra
que as normas podem ser aprovadas ou condenadas socialmente, chamando a atenção do leitor
para a
a) desconsideração da existência das normas populares pelos falantes da norma culta.
b) difusão do português de Portugal em todas as regiões do Brasil só a partir do século
XVIII.
c) existência de usos da língua que caracterizam uma norma nacional do Brasil, distinta da
de Portugal.
d) inexistência de normas cultas e populares ou vernáculas em um determinado país.
e) necessidade de se rejeitar a ideia de que os usos frequentes de uma língua devem ser
aceitos.
Questão 05 - ENEM 2010 (2a aplicação)
Quando vou a São Paulo, ano na rua ou vou ao mercado, apuro o ouvido; não espero só o
sotaque geral dos nordestinos, onipresentes, mas para conferir a pronúncia de cada um; os
paulistas pensam que todo nordestino fala igual; contudo as variações são mais numerosas que
as notas de uma escala musical. Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará, Piauí têm no
falar de seus nativos muito mais variedades do que se imagina. E a gente se goza uns dos outros,
imita o vizinho, e todo mundo ri, porque parece impossível que um praiano de beira-mar não
chegue sequer perto de um sertanejo de Quixeramobim. O pessoal do Cariri, então, até se
orgulha do falar deles. Têm uns tês doces, quase um the; já nós, ásperos sertanejos, fazemos um
duro au ou eu de todos os terminais em al ou el - carnavau, Raqueu… Já os paraibanos trocam o l
pelo r. José Américo só me chamava, afetuosamente, de Raquer.
Queiroz, R. O Estado de São Paulo. 9 maio 1998 (fragmento adaptado).
Raquel de Queiroz comenta, em seu texto, um tipo de variação linguística que se percebe no
falar de pessoas de diferentes regiões. As características regionais exploradas no texto
manifestam-se
a) na fonologia.
b) no uso do léxico.
c) no grau de formalidade.
d) na organização sintática.
e) na estruturação morfológica.
Gabarito
1. B
2. D
3. B
4. C
5. A

Mais conteúdo relacionado

Semelhante a Variação linguística regional no Brasil

aula_2_variedadeslinguisticascompleto.pdf
aula_2_variedadeslinguisticascompleto.pdfaula_2_variedadeslinguisticascompleto.pdf
aula_2_variedadeslinguisticascompleto.pdfJacquelineAssis3
 
Cams 10-dicionário de sinônimos da língua portuguesa-para internet
Cams 10-dicionário de sinônimos da língua portuguesa-para internetCams 10-dicionário de sinônimos da língua portuguesa-para internet
Cams 10-dicionário de sinônimos da língua portuguesa-para internetEstenio Junior
 
Dicionario de sinônimos da língua portuguesa
Dicionario de sinônimos da língua portuguesaDicionario de sinônimos da língua portuguesa
Dicionario de sinônimos da língua portuguesaJessyca Pacheco
 
O Bandeirante - n.213 - Agosto de 2010
O Bandeirante - n.213 - Agosto de 2010O Bandeirante - n.213 - Agosto de 2010
O Bandeirante - n.213 - Agosto de 2010Marcos Gimenes Salun
 
Portugues com sotaque publico 2014-11jan_ee
Portugues com sotaque publico 2014-11jan_eePortugues com sotaque publico 2014-11jan_ee
Portugues com sotaque publico 2014-11jan_eeElisio Estanque
 
A INFLUÊNCIA AFRICANA NO PORTUGUÊS DO BRASIL - MUDANÇAS CONDICIONADAS POR FAT...
A INFLUÊNCIA AFRICANA NO PORTUGUÊS DO BRASIL - MUDANÇAS CONDICIONADAS POR FAT...A INFLUÊNCIA AFRICANA NO PORTUGUÊS DO BRASIL - MUDANÇAS CONDICIONADAS POR FAT...
A INFLUÊNCIA AFRICANA NO PORTUGUÊS DO BRASIL - MUDANÇAS CONDICIONADAS POR FAT...Amanda Bento
 
O Bandeirante - n.207 - Fevereiro de 2010
O Bandeirante - n.207 - Fevereiro de 2010O Bandeirante - n.207 - Fevereiro de 2010
O Bandeirante - n.207 - Fevereiro de 2010Marcos Gimenes Salun
 
ApresentaçãO Para DéCimo Ano, Aula 61 62
ApresentaçãO Para DéCimo Ano, Aula 61 62ApresentaçãO Para DéCimo Ano, Aula 61 62
ApresentaçãO Para DéCimo Ano, Aula 61 62luisprista
 
As língua de Olavo bilac e caetano veloso
As língua de Olavo bilac e caetano velosoAs língua de Olavo bilac e caetano veloso
As língua de Olavo bilac e caetano velosoWesley Germano Otávio
 
Pnaic 7º encontro2 ano
Pnaic 7º encontro2 anoPnaic 7º encontro2 ano
Pnaic 7º encontro2 anomichelly
 
Fatores responsáveis pela variação linguística
Fatores responsáveis pela variação linguísticaFatores responsáveis pela variação linguística
Fatores responsáveis pela variação linguísticaJohnJeffersonAlves1
 
TEXTO LITERÁRIO E NÃO LITERÁRIO.ppt
TEXTO LITERÁRIO E NÃO LITERÁRIO.pptTEXTO LITERÁRIO E NÃO LITERÁRIO.ppt
TEXTO LITERÁRIO E NÃO LITERÁRIO.pptEliandaVianadaSilva1
 
Bocage 250 anos, de 1765 ao séc xxi (3)
Bocage   250 anos, de 1765 ao séc xxi (3)Bocage   250 anos, de 1765 ao séc xxi (3)
Bocage 250 anos, de 1765 ao séc xxi (3)Biblioteca Esbocage
 

Semelhante a Variação linguística regional no Brasil (20)

aula_2_variedadeslinguisticascompleto.pdf
aula_2_variedadeslinguisticascompleto.pdfaula_2_variedadeslinguisticascompleto.pdf
aula_2_variedadeslinguisticascompleto.pdf
 
Cams 10-dicionário de sinônimos da língua portuguesa-para internet
Cams 10-dicionário de sinônimos da língua portuguesa-para internetCams 10-dicionário de sinônimos da língua portuguesa-para internet
Cams 10-dicionário de sinônimos da língua portuguesa-para internet
 
Dicionario de sinônimos da língua portuguesa
Dicionario de sinônimos da língua portuguesaDicionario de sinônimos da língua portuguesa
Dicionario de sinônimos da língua portuguesa
 
O Bandeirante - n.213 - Agosto de 2010
O Bandeirante - n.213 - Agosto de 2010O Bandeirante - n.213 - Agosto de 2010
O Bandeirante - n.213 - Agosto de 2010
 
Portugues com sotaque publico 2014-11jan_ee
Portugues com sotaque publico 2014-11jan_eePortugues com sotaque publico 2014-11jan_ee
Portugues com sotaque publico 2014-11jan_ee
 
Placasefaixas
PlacasefaixasPlacasefaixas
Placasefaixas
 
A INFLUÊNCIA AFRICANA NO PORTUGUÊS DO BRASIL - MUDANÇAS CONDICIONADAS POR FAT...
A INFLUÊNCIA AFRICANA NO PORTUGUÊS DO BRASIL - MUDANÇAS CONDICIONADAS POR FAT...A INFLUÊNCIA AFRICANA NO PORTUGUÊS DO BRASIL - MUDANÇAS CONDICIONADAS POR FAT...
A INFLUÊNCIA AFRICANA NO PORTUGUÊS DO BRASIL - MUDANÇAS CONDICIONADAS POR FAT...
 
Variação linguística
Variação linguísticaVariação linguística
Variação linguística
 
O Bandeirante - n.207 - Fevereiro de 2010
O Bandeirante - n.207 - Fevereiro de 2010O Bandeirante - n.207 - Fevereiro de 2010
O Bandeirante - n.207 - Fevereiro de 2010
 
ApresentaçãO Para DéCimo Ano, Aula 61 62
ApresentaçãO Para DéCimo Ano, Aula 61 62ApresentaçãO Para DéCimo Ano, Aula 61 62
ApresentaçãO Para DéCimo Ano, Aula 61 62
 
Revisão para enem 2016
Revisão para enem 2016Revisão para enem 2016
Revisão para enem 2016
 
As língua de Olavo bilac e caetano veloso
As língua de Olavo bilac e caetano velosoAs língua de Olavo bilac e caetano veloso
As língua de Olavo bilac e caetano veloso
 
Pnaic 7º encontro2 ano
Pnaic 7º encontro2 anoPnaic 7º encontro2 ano
Pnaic 7º encontro2 ano
 
Fatores responsáveis pela variação linguística
Fatores responsáveis pela variação linguísticaFatores responsáveis pela variação linguística
Fatores responsáveis pela variação linguística
 
4775
47754775
4775
 
atividades-2018.ppt
atividades-2018.pptatividades-2018.ppt
atividades-2018.ppt
 
TEXTO LITERÁRIO E NÃO LITERÁRIO.ppt
TEXTO LITERÁRIO E NÃO LITERÁRIO.pptTEXTO LITERÁRIO E NÃO LITERÁRIO.ppt
TEXTO LITERÁRIO E NÃO LITERÁRIO.ppt
 
Bocage 250 anos, de 1765 ao séc xxi (3)
Bocage   250 anos, de 1765 ao séc xxi (3)Bocage   250 anos, de 1765 ao séc xxi (3)
Bocage 250 anos, de 1765 ao séc xxi (3)
 
Modulo versão final 2016.2
Modulo versão final 2016.2Modulo versão final 2016.2
Modulo versão final 2016.2
 
ROTEIROS DE DISCUSSÃO - SD 2016.2
ROTEIROS DE DISCUSSÃO - SD 2016.2ROTEIROS DE DISCUSSÃO - SD 2016.2
ROTEIROS DE DISCUSSÃO - SD 2016.2
 

Mais de BrunoCosta364836

Matemática - Tema 8 - Lista de questões.pdf
Matemática - Tema 8 - Lista de questões.pdfMatemática - Tema 8 - Lista de questões.pdf
Matemática - Tema 8 - Lista de questões.pdfBrunoCosta364836
 
Ciências Humanas - Tema 8 - Lista de questões.pdf
Ciências Humanas - Tema 8 - Lista de questões.pdfCiências Humanas - Tema 8 - Lista de questões.pdf
Ciências Humanas - Tema 8 - Lista de questões.pdfBrunoCosta364836
 
Linguagens - Tema 8 - Lista de questões.pdf
Linguagens - Tema 8 - Lista de questões.pdfLinguagens - Tema 8 - Lista de questões.pdf
Linguagens - Tema 8 - Lista de questões.pdfBrunoCosta364836
 
[NITRO] FAQ - DIRH08F01 - Direito e Humanidades.pdf
[NITRO] FAQ -  DIRH08F01 - Direito e Humanidades.pdf[NITRO] FAQ -  DIRH08F01 - Direito e Humanidades.pdf
[NITRO] FAQ - DIRH08F01 - Direito e Humanidades.pdfBrunoCosta364836
 
Ciências Humanas - Tema 7 - Lista de questões.pdf
Ciências Humanas - Tema 7 - Lista de questões.pdfCiências Humanas - Tema 7 - Lista de questões.pdf
Ciências Humanas - Tema 7 - Lista de questões.pdfBrunoCosta364836
 
Linguagens - Tema 7 - Lista de questões.pdf
Linguagens - Tema 7 - Lista de questões.pdfLinguagens - Tema 7 - Lista de questões.pdf
Linguagens - Tema 7 - Lista de questões.pdfBrunoCosta364836
 
Ciências Humanas - Tema 7 - Lista de questões - cópia.pdf
Ciências Humanas - Tema 7 - Lista de questões - cópia.pdfCiências Humanas - Tema 7 - Lista de questões - cópia.pdf
Ciências Humanas - Tema 7 - Lista de questões - cópia.pdfBrunoCosta364836
 
Linguagens - Tema 7 - Lista de questões - cópia.pdf
Linguagens - Tema 7 - Lista de questões - cópia.pdfLinguagens - Tema 7 - Lista de questões - cópia.pdf
Linguagens - Tema 7 - Lista de questões - cópia.pdfBrunoCosta364836
 
[NITRO] FAQ - COML07F01 -Comunicação e Múltiplas Linguagens.pdf
[NITRO] FAQ -  COML07F01 -Comunicação e Múltiplas Linguagens.pdf[NITRO] FAQ -  COML07F01 -Comunicação e Múltiplas Linguagens.pdf
[NITRO] FAQ - COML07F01 -Comunicação e Múltiplas Linguagens.pdfBrunoCosta364836
 
Ciências Humanas - Tema 6 - Lista de questões.pdf
Ciências Humanas - Tema 6 - Lista de questões.pdfCiências Humanas - Tema 6 - Lista de questões.pdf
Ciências Humanas - Tema 6 - Lista de questões.pdfBrunoCosta364836
 
Linguagens - Tema 6 - Lista de questões.pdf
Linguagens - Tema 6 - Lista de questões.pdfLinguagens - Tema 6 - Lista de questões.pdf
Linguagens - Tema 6 - Lista de questões.pdfBrunoCosta364836
 
Ciências da Natureza - Tema 6 - Lista de questões.pdf
Ciências da Natureza - Tema 6 - Lista de questões.pdfCiências da Natureza - Tema 6 - Lista de questões.pdf
Ciências da Natureza - Tema 6 - Lista de questões.pdfBrunoCosta364836
 

Mais de BrunoCosta364836 (20)

Matemática - Tema 8 - Lista de questões.pdf
Matemática - Tema 8 - Lista de questões.pdfMatemática - Tema 8 - Lista de questões.pdf
Matemática - Tema 8 - Lista de questões.pdf
 
Ciências Humanas - Tema 8 - Lista de questões.pdf
Ciências Humanas - Tema 8 - Lista de questões.pdfCiências Humanas - Tema 8 - Lista de questões.pdf
Ciências Humanas - Tema 8 - Lista de questões.pdf
 
Linguagens - Tema 8 - Lista de questões.pdf
Linguagens - Tema 8 - Lista de questões.pdfLinguagens - Tema 8 - Lista de questões.pdf
Linguagens - Tema 8 - Lista de questões.pdf
 
COML8MM01.pdf
COML8MM01.pdfCOML8MM01.pdf
COML8MM01.pdf
 
DIRH8MM01.pdf
DIRH8MM01.pdfDIRH8MM01.pdf
DIRH8MM01.pdf
 
ENMA8MM01.pdf
ENMA8MM01.pdfENMA8MM01.pdf
ENMA8MM01.pdf
 
MSMA8MM01.pdf
MSMA8MM01.pdfMSMA8MM01.pdf
MSMA8MM01.pdf
 
[NITRO] FAQ - DIRH08F01 - Direito e Humanidades.pdf
[NITRO] FAQ -  DIRH08F01 - Direito e Humanidades.pdf[NITRO] FAQ -  DIRH08F01 - Direito e Humanidades.pdf
[NITRO] FAQ - DIRH08F01 - Direito e Humanidades.pdf
 
Ciências Humanas - Tema 7 - Lista de questões.pdf
Ciências Humanas - Tema 7 - Lista de questões.pdfCiências Humanas - Tema 7 - Lista de questões.pdf
Ciências Humanas - Tema 7 - Lista de questões.pdf
 
Linguagens - Tema 7 - Lista de questões.pdf
Linguagens - Tema 7 - Lista de questões.pdfLinguagens - Tema 7 - Lista de questões.pdf
Linguagens - Tema 7 - Lista de questões.pdf
 
COML7MM01.pdf
COML7MM01.pdfCOML7MM01.pdf
COML7MM01.pdf
 
DIRH7MM01.pdf
DIRH7MM01.pdfDIRH7MM01.pdf
DIRH7MM01.pdf
 
ENMA7MM01.pdf
ENMA7MM01.pdfENMA7MM01.pdf
ENMA7MM01.pdf
 
MSMA7MM01.pdf
MSMA7MM01.pdfMSMA7MM01.pdf
MSMA7MM01.pdf
 
Ciências Humanas - Tema 7 - Lista de questões - cópia.pdf
Ciências Humanas - Tema 7 - Lista de questões - cópia.pdfCiências Humanas - Tema 7 - Lista de questões - cópia.pdf
Ciências Humanas - Tema 7 - Lista de questões - cópia.pdf
 
Linguagens - Tema 7 - Lista de questões - cópia.pdf
Linguagens - Tema 7 - Lista de questões - cópia.pdfLinguagens - Tema 7 - Lista de questões - cópia.pdf
Linguagens - Tema 7 - Lista de questões - cópia.pdf
 
[NITRO] FAQ - COML07F01 -Comunicação e Múltiplas Linguagens.pdf
[NITRO] FAQ -  COML07F01 -Comunicação e Múltiplas Linguagens.pdf[NITRO] FAQ -  COML07F01 -Comunicação e Múltiplas Linguagens.pdf
[NITRO] FAQ - COML07F01 -Comunicação e Múltiplas Linguagens.pdf
 
Ciências Humanas - Tema 6 - Lista de questões.pdf
Ciências Humanas - Tema 6 - Lista de questões.pdfCiências Humanas - Tema 6 - Lista de questões.pdf
Ciências Humanas - Tema 6 - Lista de questões.pdf
 
Linguagens - Tema 6 - Lista de questões.pdf
Linguagens - Tema 6 - Lista de questões.pdfLinguagens - Tema 6 - Lista de questões.pdf
Linguagens - Tema 6 - Lista de questões.pdf
 
Ciências da Natureza - Tema 6 - Lista de questões.pdf
Ciências da Natureza - Tema 6 - Lista de questões.pdfCiências da Natureza - Tema 6 - Lista de questões.pdf
Ciências da Natureza - Tema 6 - Lista de questões.pdf
 

Último

DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...IsabelPereira2010
 
A QUATRO MÃOS - MARILDA CASTANHA . pdf
A QUATRO MÃOS  -  MARILDA CASTANHA . pdfA QUATRO MÃOS  -  MARILDA CASTANHA . pdf
A QUATRO MÃOS - MARILDA CASTANHA . pdfAna Lemos
 
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...licinioBorges
 
2° ano_PLANO_DE_CURSO em PDF referente ao 2° ano do Ensino fundamental
2° ano_PLANO_DE_CURSO em PDF referente ao 2° ano do Ensino fundamental2° ano_PLANO_DE_CURSO em PDF referente ao 2° ano do Ensino fundamental
2° ano_PLANO_DE_CURSO em PDF referente ao 2° ano do Ensino fundamentalAntônia marta Silvestre da Silva
 
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdfENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdfLeloIurk1
 
Ficha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdf
Ficha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdfFicha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdf
Ficha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdfFtimaMoreira35
 
análise de redação completa - Dissertação
análise de redação completa - Dissertaçãoanálise de redação completa - Dissertação
análise de redação completa - DissertaçãoMaiteFerreira4
 
ATIVIDADE PARA ENTENDER -Pizzaria dos Descritores
ATIVIDADE PARA ENTENDER -Pizzaria dos DescritoresATIVIDADE PARA ENTENDER -Pizzaria dos Descritores
ATIVIDADE PARA ENTENDER -Pizzaria dos DescritoresAnaCarinaKucharski1
 
GEOGRAFIA - ENSINO FUNDAMENTAL ANOS FINAIS.pdf
GEOGRAFIA - ENSINO FUNDAMENTAL ANOS FINAIS.pdfGEOGRAFIA - ENSINO FUNDAMENTAL ANOS FINAIS.pdf
GEOGRAFIA - ENSINO FUNDAMENTAL ANOS FINAIS.pdfElianeElika
 
CIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestre
CIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestreCIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestre
CIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestreElianeElika
 
Literatura Brasileira - escolas literárias.ppt
Literatura Brasileira - escolas literárias.pptLiteratura Brasileira - escolas literárias.ppt
Literatura Brasileira - escolas literárias.pptMaiteFerreira4
 
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envioManual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envioManuais Formação
 
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdfPRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdfprofesfrancleite
 
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcanteCOMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcanteVanessaCavalcante37
 
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?AnabelaGuerreiro7
 
Revista-Palavra-Viva-Profetas-Menores (1).pdf
Revista-Palavra-Viva-Profetas-Menores (1).pdfRevista-Palavra-Viva-Profetas-Menores (1).pdf
Revista-Palavra-Viva-Profetas-Menores (1).pdfMárcio Azevedo
 
CRUZADINHA - Leitura e escrita dos números
CRUZADINHA   -   Leitura e escrita dos números CRUZADINHA   -   Leitura e escrita dos números
CRUZADINHA - Leitura e escrita dos números Mary Alvarenga
 
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptxDiscurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptxferreirapriscilla84
 
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdfo ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdfCamillaBrito19
 
Aula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdf
Aula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdfAula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdf
Aula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdfFernandaMota99
 

Último (20)

DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
 
A QUATRO MÃOS - MARILDA CASTANHA . pdf
A QUATRO MÃOS  -  MARILDA CASTANHA . pdfA QUATRO MÃOS  -  MARILDA CASTANHA . pdf
A QUATRO MÃOS - MARILDA CASTANHA . pdf
 
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
 
2° ano_PLANO_DE_CURSO em PDF referente ao 2° ano do Ensino fundamental
2° ano_PLANO_DE_CURSO em PDF referente ao 2° ano do Ensino fundamental2° ano_PLANO_DE_CURSO em PDF referente ao 2° ano do Ensino fundamental
2° ano_PLANO_DE_CURSO em PDF referente ao 2° ano do Ensino fundamental
 
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdfENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
 
Ficha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdf
Ficha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdfFicha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdf
Ficha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdf
 
análise de redação completa - Dissertação
análise de redação completa - Dissertaçãoanálise de redação completa - Dissertação
análise de redação completa - Dissertação
 
ATIVIDADE PARA ENTENDER -Pizzaria dos Descritores
ATIVIDADE PARA ENTENDER -Pizzaria dos DescritoresATIVIDADE PARA ENTENDER -Pizzaria dos Descritores
ATIVIDADE PARA ENTENDER -Pizzaria dos Descritores
 
GEOGRAFIA - ENSINO FUNDAMENTAL ANOS FINAIS.pdf
GEOGRAFIA - ENSINO FUNDAMENTAL ANOS FINAIS.pdfGEOGRAFIA - ENSINO FUNDAMENTAL ANOS FINAIS.pdf
GEOGRAFIA - ENSINO FUNDAMENTAL ANOS FINAIS.pdf
 
CIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestre
CIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestreCIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestre
CIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestre
 
Literatura Brasileira - escolas literárias.ppt
Literatura Brasileira - escolas literárias.pptLiteratura Brasileira - escolas literárias.ppt
Literatura Brasileira - escolas literárias.ppt
 
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envioManual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
 
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdfPRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
 
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcanteCOMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
 
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?
 
Revista-Palavra-Viva-Profetas-Menores (1).pdf
Revista-Palavra-Viva-Profetas-Menores (1).pdfRevista-Palavra-Viva-Profetas-Menores (1).pdf
Revista-Palavra-Viva-Profetas-Menores (1).pdf
 
CRUZADINHA - Leitura e escrita dos números
CRUZADINHA   -   Leitura e escrita dos números CRUZADINHA   -   Leitura e escrita dos números
CRUZADINHA - Leitura e escrita dos números
 
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptxDiscurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
 
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdfo ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
 
Aula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdf
Aula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdfAula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdf
Aula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdf
 

Variação linguística regional no Brasil

  • 1.
  • 2. Questão 01 - ENEM PPL 2019 Prezada senhorita, Tenho a honra de comunicar a V. S. que resolvi, de acordo com o que foi conversado com seu ilustre progenitor, o tabelião juramentado Francisco Guedes, estabelecido à Rua da Praia, número 632, dar por encerrados nossos entendimentos de noivado. Como passei a ser o contabilista-chefe dos Armazéns Penalva, conceituada firma desta praça, não me restará, em face dos novos e pesados encargos, tempo útil para deveres conjugais. Outrossim, participo que vou continuar trabalhando no varejo da manceba, como vinha fazendo desde que me formei em contabilidade em 17 de maio de 1932, em solenidade presidida pelo Exmo. Sr. Presidente do Estado e outras autoridades civis e militares, bem assim como representantes da Associação dos Varejistas e da Sociedade Cultural e Recreativa José de Alencar. Sem mais, creia-me de V. S. patrício e admirador, Sabugosa de Castro. CARVALHO, J. C. Amor de contabilista. In: Porque Lulu Bergatim não atravessou o Rubicon. Rio de Janeiro: José Olympio, 1971. A exploração da variação linguística é um elemento que pode provocar situações cômicas. Neste texto, o tom de humor decorre da incompatibilidade entre a) o objeto de informar e a escolha do gênero textual. b) a linguagem empregada e os papéis sociais dos interlocutores. c) o emprego de expressões antigas e a temática desenvolvida no texto. d) as formas de tratamento utilizadas e as exigências estruturais da carta. e) o rigor quanto aos aspectos formais do texto e a profissão do remetente. Questão 02 - ENEM 2016 (2a aplicação) Da corrida de submarino à festa de aniversário no trem Leitores fazem sugestões para o Museu das Invenções Cariocas “Falar ‘caraca!’ a cada surpresa ou acontecimento que vemos, bons ou ruins, é invenção do carioca, como também o ‘vacilão’”. “Cariocas inventam um vocabulário próprio”. “Dizer ‘mermão” e “é mermo” para um amigo pode até doer um pouco no ouvido, mas é tipicamente carioca”. “Pedir um ‘choro’ ao garçom é invenção carioca.” “Chamar um quase desconhecido de ‘querido’ é um carinho inventado pelo carioca para tratar bem quem ainda não se conhece direito.” “O ‘ele é um querido’ é uma forma mais feminina de elogiar quem já é conhecido.” SANTOS, J. F. Disponível em: www.oglobo.globo.com. Acesso em: 6 mar. 2013 (adaptado).
  • 3. Entre as sugestões apresentadas para o Museu das Invenções Cariocas, destaca-se o variado repertório linguístico empregado pelos falantes cariocas nas diferentes situações específicas de uso social. A respeito desse repertório, atesta-se o(a) a) desobediência à norma-padrão, requerida em ambientes urbanos. b) inadequação linguística das expressões cariocas às situações sociais apresentadas. c) reconhecimento da variação linguística, segundo o grau de escolaridade dos falantes. d) identificação de usos linguísticos próprios da tradição cultural carioca. e) variabilidade no linguajar carioca em razão da faixa etária dos falantes. Questão 03 - ENEM PPL 2011 Foi sempre um gaúcho quebralhão, e despilchado sempre, por ser muito de mãos abertas. Se numa mesa de primeira ganhava uma ponchada de balastracas, reunia a gurizada da casa, fazia pi! pi! pi! como pra galinhas e semeava as moedas, rindo-se do formigueiro que a miuçada formava, catando as pratas no terreiro. Gostava de sentar um laçaço num cachorro, mas desses laçaços de apanhar da palheta à virilha, e puxado a valer, tanto que o bicho o tomava, de tanto sentir dor, e lombeando-se, depois de disparar um pouco é que gritava, num caim! caim! caim! de desespero. LOPES NETO, J. S. Contrabandista. In: SALES, H. (org). Antologia de contos brasileiros. Rio de Janeiro: Ediouro, 2001 (adaptado). A língua falada no Brasil apresenta vasta diversidade, que se manifesta de acordo com o lugar, a faixa etária, a classe social, entre outros elementos. No fragmento do texto literário, a variação linguística destaca-se a) por inovar na organização das estruturas sintáticas. b) pelo uso de vocabulário marcadamente regionalista. c) por distinguir, no diálogo, a origem social dos falantes. d) por adotar uma grafia típica do padrão culto, na escrita. e) pelo entrelaçamento de falas de crianças e adultos.
  • 4. Questão 04 - ENEM 2011 Motivadas ou não historicamente, normas prestigiadas ou estigmatizadas pela comunidade sobrepõem-se ao longo do território, seja numa relação de oposição, seja de complementaridade, sem, contudo, anular a interseção de usos configuram uma norma nacional distinta da do português eu europeu. Ao focalizar essa questão, que opõe não só as normas de português de Portugal às novas do português brasileiro, mas também as chamadas normas cultas locais às populares ou vernáculas, deve-se insistir na ideia de que essas normas se consolidam em diferentes momentos da nossa história e que só a partir do século XVIII se pode começar a pensar na bifurcação das variantes continentais, ora em consequência de mudanças ocorridas no Brasil, ora em Portugal, ora, ainda, em ambos os territórios. CALLOU, D. Gramática, variação e normas. In: VIEIRA, S. R.; BRANDÃO, S. (orgs). Ensino de gramática: descrição e uso. São Paulo: Contexto, 2007 (adaptado). O português do Brasil não é uma língua uniforme. A variação linguística é um fenômeno natural, ao qual todas as línguas estão sujeitas. Ao considerar as variedades linguísticas, o texto mostra que as normas podem ser aprovadas ou condenadas socialmente, chamando a atenção do leitor para a a) desconsideração da existência das normas populares pelos falantes da norma culta. b) difusão do português de Portugal em todas as regiões do Brasil só a partir do século XVIII. c) existência de usos da língua que caracterizam uma norma nacional do Brasil, distinta da de Portugal. d) inexistência de normas cultas e populares ou vernáculas em um determinado país. e) necessidade de se rejeitar a ideia de que os usos frequentes de uma língua devem ser aceitos. Questão 05 - ENEM 2010 (2a aplicação) Quando vou a São Paulo, ano na rua ou vou ao mercado, apuro o ouvido; não espero só o sotaque geral dos nordestinos, onipresentes, mas para conferir a pronúncia de cada um; os paulistas pensam que todo nordestino fala igual; contudo as variações são mais numerosas que as notas de uma escala musical. Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará, Piauí têm no falar de seus nativos muito mais variedades do que se imagina. E a gente se goza uns dos outros, imita o vizinho, e todo mundo ri, porque parece impossível que um praiano de beira-mar não chegue sequer perto de um sertanejo de Quixeramobim. O pessoal do Cariri, então, até se orgulha do falar deles. Têm uns tês doces, quase um the; já nós, ásperos sertanejos, fazemos um duro au ou eu de todos os terminais em al ou el - carnavau, Raqueu… Já os paraibanos trocam o l pelo r. José Américo só me chamava, afetuosamente, de Raquer. Queiroz, R. O Estado de São Paulo. 9 maio 1998 (fragmento adaptado).
  • 5. Raquel de Queiroz comenta, em seu texto, um tipo de variação linguística que se percebe no falar de pessoas de diferentes regiões. As características regionais exploradas no texto manifestam-se a) na fonologia. b) no uso do léxico. c) no grau de formalidade. d) na organização sintática. e) na estruturação morfológica. Gabarito 1. B 2. D 3. B 4. C 5. A