Palestra sobre Cristologia e os desafios do ecumenismo e do diálogo inter-religioso realizada para os ministros do Santuário de Nossa Senhora Aparecida aqui na diocese de Uberlândia - MG.
4. Atitudes
filosóficasPerfect Liberty (Tokuharu Miki), Japão Zen Budismo, Seicho-No-Iê (base Budismo),
Yôga, Ananda Marga, Hare Krishna, Commune do Osho Rajneesh, Sai Baba, Sociedade
Teosófica (base Hinduísmo), Rosa Cruz, Maçonaria, Nova Era, etc.
6. Ambas nasceram no oriente médio;
Ambas acreditam em um só Deus
(monoteísta);
Duas delas se expandiram para o mundo e se
tornaram as duas maiores religiões do
mundo.
Ambas influenciaram o
mediterrâneo;
Ambas possuem sua fé no pai Abraão (1800
a.C);
7. Abraão dos judeus
“Olhai para Abraão, vosso pai, e para Sara, aquela que vos deu à luz.
Ele estava só quando o chamei, mas eu o abençoei e o multipliquei”.
Isaías 51, 2
8. Abraão dos
cristãos“Responderam-lhe: “Nosso pai é Abraão”. Disse-lhes Jesus: “Se sois
filhos de Abraão, praticais as obras de Abraão.
Vós, porém, procurais matar-me, a mim, que vos falei a verdade que ouvi
de Deus. Isso, Abraão não fez”.
João 9, 39-40
9. Abraão dos muçulmanos
“Eles dizem: “Aceita a fé judaica ou cristã e terás a orientação correta”.
Dizei então: “De maneira nenhuma!
Nós cremos na fé de Abraão, o correto. Ele não era idólatra”.
Alcorão, 2:29
12. Breve
contextualização
judaísmo“Ouve, ó Israel, o Senhor teu Deus é único”. (Dt 6, 4).
• Crença em um só Deus (YHWH);
• Religião revelada;
• Líder: Moisés;
• Livro: Torá, Nebi´im (profetas), Ketuvim (escritos) e Talmude
(rabínicos);
13. Breve
contextualização
judaísmo“Deixa teu país, tua parentela e a casa de teu pai; e vai para o país que te
mostrarei. Eu farei de ti um grande povo, eu te abençoarei,
engrandecerei teu nome, de modo que se torne uma benção”. (Gn 12, 1-
2).
• Um povo eleito;
• Uma terra prometida;
14. Breve
contextualização
judaísmo• Linha patriarcal: Abraão – Isaac – Jacó/Israel;
• Moisés: Escravidão do Egito (1250 a.C), libertação, travessia do mar e
conquista de Canaã (40 anos);
• Nova aliança;
• Instauração dos 10 mandamentos (reforço da fidelidade a YHWH);
• Cultura Tribal: 12 tribos (filhos de Jacó/Israel).
15. A espiritualidade
judaica• Com o nascimento há o ritual da circuncisão com rito de passagem;
• Aos 12 anos menino/menina possui o seu Bar Mitsvah simbolizando a
aliança de Abraão e lê e reflete alguma passagem da Torá;
• O casamento além de uma grande festa é o dia especial para os
noivos (Yom Kipur): jejum, oração, atos de bondade (tsedacá) e
reflexão;
• A morte é encarada como algo natural (YHWH é Senhor da Vida e da
16. A espiritualidade
judaica• Ora-se 3 vezes ao dia (manhã, tarde e noite) particular ou pública;
• O Shabat (sábado) é o dia reservado para YHWH, deve-se jejuar, se
dedicar aos estudos dos textos sagrados e ensinamentos (653
prescrições);
• A (Pessach) é a principal festa do judeu, possui duração de 8 dias;
• O Pentecostes (Shavuoth) celegra o dia em que os 10 mandamentos
foram entregues a Moisés no Monte Sinai;
17. A espiritualidade
judaica• Ano Novo (Rosh Hashaná) se dá no outono, entre setembro/outubro,
comemora-se a criação do mundo (ano 5778 equivale ao ano de 2017);
• Dia da expiação (Yom Kipur) 10 dias após o ano novo, reservado a
confissão dos pecados, as súplicas para obter a misericórdia de
YHWH;
• Festas das luzes (Chanuká) em novembro ou dezembro coloca-se oito
dos nove braços do candelabro (8 dias de feriado) e o nono braço,
18. Shemá Israel
“Ouve, ó Israel: O Senhor, teu Deus, é o único Senhor ! Portanto, amarás o
Senhor teu Deus com todo teu coração, com toda a tua alma e com toda
a tua força. Que está palavras que hoje te ordeno estejam em teu
coração ! Tu as inculcarás aos teus filhos, e delas falarás sentado em
tua casa, andando em teu caminho, deitado e de pé. Tu as atarás
também à tua mão como um sinal, e serão como um frontal entre os teus
olhos. Tu as escreverás nos umbrais da tua casa, e nas tuas portas”. (Dt
20. Jesus de Nazaré
“O ladrão não vem senão a roubar, a matar, e a destruir; eu vim para que
tenham vida, e a tenham com abundância.”
Contexto histórico: A vinda do Messias prometido, que restauraria o
reino de Israel, era a grande esperança o povo Judeu e isso pregava
João Batista. A ideia de um Deus único e justo, já enfatizada no antigo
testamento e anunciada por Joao Batista, Jesus não messias
21. Jesus de Nazaré
Figura de Jesus: Construção da esperança messiânica. Certo cansaço
com os colonizadores. Precisava de alguém vir libertar.
• 3 momentos na vida de Jesus:
• até 12 anos de idade (poucos relatos nos evangelhos canônicos);
• 12-29 anos de idade (fase oculta, preparação, contato João
Batista);
• 30-33 anos de idade (a vida pública de Jesus, batismo, pregações,
22. Jesus revelador do
Mistério• Jesus como revelador do mistério teve a experiência pessoal que
mais tarde o chamou como Aba-Pai (contato direto com o Pai);
• Jesus encurtou a distância entre esse segredo e nós, ele se torna o
símbolo do mistério (ninguém vai ao Pai se não por mim);
• Para participar do mistério de Deus é preciso passar por uma
experiência marcante de transformação pessoal e deixar-se
envolver pela ação do Espírito (mudança de vida, de hábitos e
23. Jesus o homem do
desertoSignificado do deserto na visão antropológica: Liminaridade ou estar
separado da sociedade em que está inserido, para enxergá-la como ela
é. Em vários momentos da vida de Jesus, ele se retira para o deserto em
um processo de distanciamento para a partir do contato com o povo ao
se compadecer de suas dores, retira-se para internalizá-las e conversar
com o Pai. Deserto é a pura imagem de sofrimento, portanto, ninguém
quer ficar lá.
24. Tradições desérticas
• Vida cotidiana dura;
• Falta de vegetação e há escassez de comida e água;
• Medo de ataque do inimigo (região ampla);
• Animais perigosos (cobra e escorpião);
• Cultura nômade em busca de estabilidade (terra prometida);
• Deus como transcendente, distante, exigente de fidelidade, fiéis
submissos, divindade que tudo vê acompanha seu povo por todo
25. Tradições desérticas
• Céu (tranquilidade) como morada de Deus;
• Lua elemento masculino;
• Sol elemento feminino;
• Vida após a morte é sustentada pela crença na ressurreição, pois
não há vontade de retorno para um cotidiano sofrido e sem
perspectivas de crescimento, diferente das regiões de terra boa
(terra fértil, montanhas e litoral) onde a vida pós a morte é
26. Tradições desérticas
• A cosmovisão do deserto, por sua vez, firmou-se mais na palavra e na
poesia, pois o deserto não oferece variedade de imagens, por isso
toda a esperança de vida é investida no céu, seja ele azul ou
estrelado;
• O ser divino é considerado como Palavra, transcendente e distante,
portanto o desenvolvimento da espiritualidade dessas tradições
religiosas parte do ato de ouvir a palavra, pregar a palavra, escrever
27. Jesus dinâmica de
transição• O processo de preparação, vem como o processo de conversão é
lento;
• No Evangelho percebemos que ele chama e a iniciação aconteceu a
partir da convivência com os seus.
“No dia seguinte, estava lá João outra vez com dois dos seus discípulos. E,
avistando Jesus que ia passando, disse: Eis o cordeiro de Deus. Os dois discípulos
ouviram-no falar e seguiram Jesus. Voltando-se Jesus e vendo que o seguiam,
perguntou-lhes: Que procurais? Disseram-lhe: Rabi (mestre) onde moras? Vinde e
29. (R)Encontro pessoal com
Jesus
Os primeiros discípulos
(Jo 1,35-51)
Zaqueu
(Lc 19,1-10)
A Samaritana
(Jo 4,5-42)
A vocação de Levi
(Mc 2,13-17)
Maria Madalena
(Jo 20,1-18)
Bartimeu
(Mc 10,46-52)
Os discípulos de Emaús
( Lc 24,13-35).
31. Jesus Cristo, Deus feito homem
• Jesus filho de Deus feito homem, por isso, sua palavra não é apenas
uma palavra de um mestre religioso, mas é a palavra suprema e
definitiva de Deus, ele é revela o Pai por meio de um contato íntimo
(Aba Pai);
• Jesus era um judeu da tribo de Judá e queria reformular as leis;
• Sua vida, morte e ressureição tem eficácia redentora e salvífica
para toda a humanidade (amplitude da salvação não só para
32. Jesus cumpriu as profecias
(Cristo)• Nasceria em Belém de Judá (Miquéias 5,2)
• de uma virgem (gr. phanteros) (Isaías 7,14)
• por intermédio de Deus (Salmos 2,7)
• descendente de Jacó (Números 24,17)
• da tribo de Judá (Gênesis 49,10)
• iria para o Egito (Oséias 11,1)
• surgiria da Galileia (Isaías 9,1)
33. Jesus cumpriu as profecias
(Cristo)• um mensageiro prepararia o seu caminho (Malaquias 3,1)
clamando no deserto (Isaías 40,3)
• o Espírito de Deus iria repousar sobre Ele (Isaías 11,2)
• faria profecias (Deuteronômio 18,18)
• abriria os olhos dos cegos e os ouvidos dos surdos (Isaías 35,5)
• curaria os coxos e os mudos (Isaías 35,6)
• falaria em parábolas (Salmos 78,2)
34. Jesus cumpriu as profecias
(Cristo)• mesmo sendo pobre, seria aclamado rei, em um jumento (Zacarias
9:9)
• seria rejeitado (Salmos 118,22)
• traído por um amigo (Salmos 41,9)
• por trinta moedas de prata (Zacarias 11,12)
• moedas essas que seriam dadas a um oleiro (Zacarias 11,13)
• seria ferido, e depois abandonado por seus discípulos (Zacarias
35. Jesus cumpriu as profecias
(Cristo)• seria ferido pelas nossas transgressões (Isaías 53,5)
• não responderia aos seus acusadores (Isaías 53,7)
• seria cuspido e esbofeteado (Isaías 50,6)
• seria zombado depois de preso (Salmos 22,7-8)
• teria os pés e mãos transpassados (Salmos 22,16)
• na terra dos seus amigos (Zacarias 13,6)
• junto com transgressores (Isaías 53,12)
36. Jesus cumpriu as profecias
(Cristo)• oraria pelos seus inimigos (Salmos 109,4)
• seria rejeitado e ferido por nossas iniquidades (Isaías 53, 3-5)
• lançariam sortes para repartir as suas vestes (Salmos 22,18)
• o fariam beber vinagre (Salmos 69,21)
• clamaria a Deus no seu desamparo (Salmos 22,1)
• entregaria seu espírito a Deus (Salmos 31,5)
• não teria os ossos quebrados (Salmos 34,20)
37. Jesus cumpriu as profecias
(Cristo)• a Terra se escureceria, mesmo sendo dia claro (Amós 8, 9-10)
• um rico o sepultaria (Isaías 53,9)
• assim como Jonas ficou três dias dentro do grande peixe (Jonas
1,17);
• Ele ressuscitaria (Salmos 30,3)
• no terceiro dia (Oséias 6,2)
• subindo também aos céus (Salmos 68,18; Atos 1,11)
39. Anúncio da Salvação e
Ressurreição• O Cristianismo anuncia a salvação e ressureição. A adesão da
pessoa à fé cristã e a mensagem do Cristo é condição para alcançar
a vida plena.
“Quem vive e crê em mim jamais morrerá”. (Jo 11, 26).
“Se cremos que Jesus morreu e ressuscitou, assim também devemos
40. Anúncio da Salvação e
Ressurreição• O Cristianismo mais do que qualquer religião revelada apresenta
uma profunda convicção sobre a ressureição (a partir da
ressurreição de Cristo), é Ele que cumpre toda a promessa da vida
eterna e do céu.
“O Espírito que ressuscitou Jesus Cristo dos mortos, também dará a
vida aos vossos corpos mortais, pelo seu Espírito que habita em vós”.
42. Jesus o horizonte do sentido
• Jesus é o horizonte do sentido na medida que nos abre uma grande
perspectiva de esperança após a sua vida, paixão, morte e
ressurreição.
“[Todos os seguidores de Jesus] encontraram na convivência com
Jesus horizonte de sentido para consolidar a identidade social e
suscitar sonhos norteadores dos passos pelas estradas da vida [...]
Após a morte brutal de Jesus fizeram a experiência da ressurreição e
44. Anúncio do Reino do Pai e de
Deus• Jesus constantemente anunciou o reino de Deus. O reino de Deus é
o projeto do amor do Pai: Fazer do mundo uma família de filhos e
irmãos, um lugar para que todos viver em comunidade (comum
unidade);
• O reino do Pai começa-se a realizar na história por meio dos
encontros de Jesus com as pessoas transformando suas vidas;
• O reino de Deus não é limitado a um lugar geográfico e nem a um
45. Jesus processo de pregação
• Depois de um pequeno período do discipulado na comunidade
penitencial de João Batista, Jesus inicia sua missão na Galileia como
peregrino e pregador, em sinagogas e praças públicas, nas estradas
e em casas, sem manter relações estáveis com sua família, profissão
e moradia. Em sua mensagem central Ele rejeita o papel de
restaurador do Reino de Israel, esperado pelo povo e pelos próprios
discípulos. Não é o Reino de Israel que Ele anuncia, mas o Reino de
46. Jesus processo de pregação
• Diante da expectativa do povo, o próprio Jesus passou por um
processo de discernimento, que Lucas descreve as tentações no
deserto (Lc 4,1-13):
• "Está escrito: Não só de pão vive o homem, mas de toda a palavra de Deus" (Dt
8,3).
• "Está escrito: Adorarás o Senhor teu Deus, e a ele só servirás" (Dt 6,13).
• "Foi dito: Não tentarás o Senhor teu Deus" (Dt 6,16).
• Jesus então, cheio da força do Espírito, voltou para a Galileia. E a sua
47. Anúncio do Reino de Deus
• O reino anunciado, se caracteriza pela abundancia de vida : “Eu vim
para que todos tenham vida, e a tenham em abundancia”. Jo 10,10.
• O reino não é uma simples doutrina ou ideologia, e nem pode ser
reduzida a um lugar, a um conceito, ou modelo político;
• O reino é a aceitação da pessoa de Jesus que leva a uma atitude,
uma pratica, uma vida. É justiça, vida plena, esperança e amor ao
próximo;
48. Disposição para o Reino de Deus
• A promessa do reino de Deus está ligada a disposição do fiel a:
• Converter-se. (Mc 1, 15);
• Nascer de novo através do batismo. (Jo 3, 3-8);
• Amar a Deus e aos irmãos. (Mc 12, 28-34);
• Reconhecer que ninguém pode marginalizar o outro. (Mt 5, 45).
• Sem essa adesão é impossível entender a mensagem de Jesus. É
impossível ser cristão sem ser um outro Cristo. (Imitação de Cristo).
50. A Trindade (Pai, Filho e ES)
• A Trindade ou Santíssima Trindade é a doutrina acolhida pela
maioria das igrejas cristãs que professa a Deus único preconizado
em três pessoas distintas;
• É um dos dogmas centrais da fé cristã, e considerado um mistério (O
Pai (CRIADOR), O Filho (REDENTOR) e o Espírito Santo (CONSOLADOR));
• O Judaísmo e o Islamismo, bem como algumas denominações
cristãs, não aceitam a doutrina trinitária, tendo somente o Pai como
51. O Pai (Criador)
• Criador do Céu e da Terra;
• Modelo de Perfeição que os discípulos devem procurar alcançar:
• “Sede perfeitos, como vosso Pai celeste é perfeito”; (Mt 5, 48).
• O caminho para o Pai é Jesus:
• “Ninguém vai ao Pai senão por mim”. (Jo 14, 6).
• O Pai e o Filho são UM:
• “Eu e o Pai somos um”. (Jo 10, 30).
52. O Filho (Redentor)
• Nasceu da virgem Maria;
• Se fez homem e habitou entre nós;
• Recebeu o nome de Jesus (Deus Salva), chamado de Cristo
(Messias);
• O envio do Cristo foi fruto do Amor Radical de Deus.
“Deus amou de tal maneira o mundo, que lhe deu seu Filho único, para
53. O ES (Consolador)
• Enviado a nós pelo Pai e o Filho;
“Descerá sobre vós o Espírito Santo. Ele vos dará força e sereis minhas
testemunhas em Jerusalém, em toda a Judéia e Samaria, até os confins
do mundo”. (At 1, 8).
• Sua promessa cumpre no dia de pentecostes. E com a vinda do
Espírito Santo que os discípulos tornaram-se corajosos e
responsáveis pelo anúncio da Boa Nova ao mundo inteiro.
54. Deus é Amor
• A expressão “Deus é Amor!” (1 Jo 4, 16) serve para afirmar a perfeição
da Trindade, que só por um Amor Total que Deus (Criador) envia seu
Filho (Redentor) no meio de nós para apresentar suas palavras de
Salvação e Ressureição e Este, O Filho (Redentor) quando ascende
aos céus nos deixa o Seu Espírito Santo (Consolador) para nos dar
força e coragem.
“Por isso, Ele (Deus) é Trindade! porque o amor supõe alguém que ama,
56. A mensagem universal (Paulo)
• Católico do grego καθολικος ("geral" ou "universal");
• O cristianismo se expandiu com Paulo, soube adaptar-se as mais
diversas culturas, suma importância para o cristianismo:
“Soube fazer tudo para ganhar a todos, pondo-se a serviço de gregos e
romanos”. Paulo de Társio.
• Paulo é o grande responsável por difundir o grande ideal do Amor
Total do Cristo, uma ideia nova, universal e radical (Hino do Amor)
57. O Amor fraterno (João)
• As epístolas de são João também enfatizam a correlação entre o
amor de Deus pelo homem e o amor dos homens uns pelos outros, o
amor fraterno.
“Quanto a nós, amemos, porque ele nos amou primeiro. Se alguém
disser: “Amo a Deus”, mas odeia o seu irmão, é um mentiroso: pois
quem não ama seu irmão, a quem vê, a Deus, a quem não vê, não poderá
amar. É este o mandamento que dele recebemos: aquele que ama a
58. A missão dos Apóstolos
• O Espírito Santo que dá toda a força para que os Apóstolos e
Discípulos de Cristo passe a ressoar por todo o mundo as
promessas do Cristo, sobretudo a de Salvação e Ressureição a
TODOS.
“Ide, portanto, e fazei que todas as nações se tornem discípulos,
batizando-as em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo e ensinando-
as a observar tudo quanto vos ordenei. E eis que estou convosco todos
68. Virtude:
Disposição habitual e firme para fazer o bem;
Praticar atos de bondade;
Da tudo de si e é feliz ao praticar o bem;
Tendência a praticar livremente o bem;
Proporciona a levar uma vida moralmente boa
Nos aproxima de Deus;
Tornamos semelhantes a Deus.
69. Virtudes cardeais:
Prudência: discernir, razão prática, escolha;
Justiça: dar a Deus e ao próximo o que é devido
Fortaleza: segurança, firmeza e constância;
Temperança: equilíbrio, moderação, domínio.
Ocupai-vos com tudo o que é verdadeiro, nobre, justo, puro,
amável, tudo o que há de louvável, honroso, virtuoso ou de
qualquer modo que mereça louvor". (Fl 4, 8).
70. Virtudes teologais:
Fé: crença naquilo que não se vê, entrega tota
Esperança: espera de algo melhor;
Caridade: amor incondicional.
“Permanecem a fé, esperança, caridade, estas
Três coisas. A maior delas é a caridade”. 1Cor 13, 13
72. Ecumenismo
• Ecumenismo é o processo de busca da unidade. O termo provém da
palavra grega οἰκουμένη (oikouméne), designando "toda a terra
habitada". Num sentido mais restrito, emprega-se o termo para os
esforços em favor da unidade entre igrejas cristãs; num sentido lato,
pode designar a busca da unidade entre as religiões, sobretudo o
termo é aplicado na unificação de igrejas cristãs, o ecumenismo
busca o diálogo e cooperação comum, buscando superar as
divergências históricas e culturais, a partir de uma reconciliação
73. Objetivo do decreto
• O Decreto Unitatis Redintegratio ou Sobre o Ecumenismo é um Decreto
do Concílio Vaticano II promulgado pelo Papa Paulo VI e tem como
objetivo central “a reintegração da unidade entre todos os cristãos é
um dos objetivos principais do Sagrado Sínodo Ecumênico Vaticano
Segundo”, simplesmente por uma razão, isto é, de que o Cristo fundou
uma só e única Igreja”.
74. Problemática
• “...as muitas igrejas que compõe hoje o cristianismo se apresentam
como sendo a herança verdadeira de Jesus Cristo, têm visões
diferentes e andam por caminhos diversos, “como se o próprio Cristo
estivesse dividido”. Porém, segundo o Decreto isso é um escândalo
para o mundo e atrapalha a evangelização uma vez que o Cristo passa
a ser apresentado segundo a visão da igreja e não da sua revelação.
75. Motivador
• “Quase todos, se bem que de modo diverso, aspiram a uma Igreja de
Deus una e visível, que seja verdadeiramente universal e enviada ao
mundo inteiro, a fim de que o mundo se converta ao Evangelho e assim
seja salvo, para glória de Deus”.
76. Princípios católicos do
ecumenismo• Unidade da Igreja: “Para que todos sejam um, como tu, Pai, em mim e
eu em ti; para que sejam um em nós, a fim de que o mundo creia que tu
me enviaste” (Jo. 17,21).
• Unidade a partir da Unidade da Trindade: A unidade vem de Deus,
primeiramente em Deus Pai que enviou Seu Filho, Jesus Cristo e a sua
perpetuidade permaneceria com o envio do Seu Espírito Santo. Ora a
Unidade da Igreja tem seu fundamento na Trindade Santa (Una e Trina).
77. Princípios católicos do
ecumenismo• A Tradição como fundamento de Unidade: “Jesus Cristo quer que o Seu
Povo cresça mediante a fiel pregação do Evangelho, administração
dos sacramentos e governo amoroso dos Apóstolos e dos seus
sucessores os Bispos, com a sua cabeça, o sucessor de Pedro, sob a
ação do Espírito Santo; e vai aperfeiçoando a sua comunhão na
unidade: na confissão duma só fé, na comum celebração do culto
divino e na fraterna concórdia da família de Deus”.
78. Princípios católicos do
ecumenismo• Ruptura presente desde o início do cristianismo: “Nesta una e única
Igreja de Deus já desde os primórdios surgiram algumas cisões, que o
Apóstolo censura asperamente como condenáveis. Nos séculos
posteriores, porém, originaram-se dissensões mais amplas.
Comunidades não pequenas separaram-se da plena comunhão da
Igreja católica, algumas vezes não sem culpa dos homens dum e
doutro lado“.
79. Princípios católicos do
ecumenismo• Movimento ecumênico: Visa a superar os obstáculos, quer em
questões doutrinais e às vezes também disciplinares, quer acerca da
estrutura da Igreja, que são por vezes muito graves, à plena comunhão
eclesiástica;
• Salvação nas igrejas separadas: “...embora creiamos que tenham
defeitos, de forma alguma estão despojadas de sentido e de
significação no mistério da salvação. Pois o Espírito de Cristo não
80. Princípios católicos do
ecumenismo• Atividades ecumênicas: Iniciativas que favorecem a unidade dos
cristãos;
• Diálogo: Reuniões de cristãos de diversas igrejas em que cada uma
apresenta profundamente a sua doutrina e características;
• Oração: Necessidade de orar juntos de forma unânime por problemas
comuns a todos, sejam do ponto de vista da união ou de problemas
mundiais, como por exemplo, a paz, o problema da fome, da má
81. Prática do ecumenismo
• Trabalho de toda a Igreja: Essa solicitude vale tanto para os fiéis
(leigos) como para os pastores, cada um de maneira particular e sua
capacidade, dando um passo a união fraterna, que irá conduzir a
unidade plena e perfeita, segundo a benevolência de Deus.
• A renovação da Igreja: sua importância e necessidade: O que consiste
está renovação: numa maior fidelidade à própria vocação, e sem
dúvida, a razão do movimento para a unidade.
82. Prática do ecumenismo
• A renovação da Igreja: Renovação, pois a Igreja peregrina é chamada
por Cristo a essa reforma perene. Sendo instituição humana e terrena,
a Igreja necessita perpetuamente desta reforma. Sua importância e
necessidade prognosticam os futuros progresso do ecumenismo.
• A conversão do coração: Não há verdadeiro ecumenismo sem
conversão interior. É que os anseios de unidade nascem e
amadurecem a partir da renovação da mente, da abnegação de si
83. Prática do ecumenismo
• A oração pela unidade: Está conversão do coração e esta santidade de
vida, juntamente com as orações particulares e públicas pela unidade
dos cristãos, devem ser como a alma de todo o movimento ecumênico,
e com razão podem ser chamadas ecumenismo espiritual. Podemos
lembrar quando os católicos reúnem para uma oração pela unidade da
Igreja que o próprio Salvador pediu ardentemente ao Pai, na vigília de
sua morte: “Que todos sejam um” (Jo 17,21).
84. Prática do ecumenismo
• O conhecimento dos irmãos separados: A busca constante de
conhecimento requer necessariamente um estudo aprofundado, o
qual deve ser feito segundo a verdade e com bom ânimo. Católicos
bem preparados adquirirem um melhor conhecimento da sua doutrina
e da história de sua Igreja, além de uma vida espiritual e litúrgica bem
vivenciada, podemos perceber valores que nos unem e não se prender
a tantos outros pontos que tende a nos separar deles.
85. Prática do ecumenismo
• A exposição clara e fiel da fé: É absolutamente necessário que toda
doutrina seja exposta com clareza. Ao mesmo tempo, a fé católica deve
ser explicada mais profunda e corretamente, de tal modo e com tais
termos que possa ser de fato compreendida também pelos irmãos
separados e os divinos mistérios, devem ser apresentados com amor
pela verdade, com caridade e humildade. Assim se abre o caminho
pelo qual, mediante esta fraterna emulação, todos se sintam
86. Prática do ecumenismo
• A colaboração com os irmão separados: Todos os cristãos professem
diante do mundo inteiro a fé em Deus uno e trino, no filho de Deus
encarnado, nosso Redentor e salvador. Nossos tempos largamente se
estabelece a cooperação no campo social, todos os homens são
chamados a uma obra comum, mas com maior razão os que creem em
Deus, sobretudo todos os cristãos assinalados com o nome de Cristo. A
cooperação de todos os cristão exprime vivamente o rosto de Cristo
87. Desafios do ecumenismo
7,4 bilhões de habitantes no mundo;
2 bilhões nunca ouviram falar de Jesus Cristo;
2,7 bilhões ouviram falar raras vezes de Jesus
Cristo;
A religião que mais cresce no mundo é o
islamismo;
Mesmo com um formato diferente de missão,
todos os dias temos 35 mil novos católicos no
mundo.
91. Desafios do ecumenismo
No fim de 1999 havia 1600 denominações cristãs;
No fim de 2011 há 42000 denominações cristãs;
Somos 1,2 bilhões de católicos;
Tem 1,1 bilhão de protestantes (600 mil carismáticos e
400 mil tradicionais);
Há 270 milhões de anglicanos;
Há 35 milhões de cristãos “marginais” (ex:
testemunhas de Jeová)
Crescemos 35 mil fiéis a cada dia, os protestantes
carismáticos 37 mil e os tradicionais 20 mil, os
anglicanos crescem apenas 5 mil e os “cristãos
marginais“ apenas 2 mil.
92. Desafios do ecumenismo
• CONIC: O Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil é uma
associação fraterna de Igrejas que confessam o Senhor Jesus Cristo
como Deus e Salvador, segundo as Escrituras e, por isso, procuram
cumprir sua vocação comum para a glória de Deus Uno e Trino, Pai,
Filho e Espírito Santo, em cujo nome administram o Santo Batismo.
93. Desafios do ecumenismo
• Missão do CONIC: Servir às igrejas cristãs no Brasil no fortalecimento
do ecumenismo e do diálogo, na vivência da comunhão em Cristo, na
defesa da integridade da criação, promovendo a justiça e a paz para a
glória de Deus.
• Seus objetivos centrais são:
• Colocar-se a serviço pela Unidade da Igreja;
• Estudar e refletir questões teológicas para a Unidade da Igreja;
• Propiciar reflexão e tomada de posição cristã perante a realidade
94. Desafios do ecumenismo
• Criado em 1982 (34 anos de missão) possui sua sede em Brasília;
• Igrejas Membros:
• Igreja Católica Apostólica Romana;
• Igreja Episcopal Anglicana do Brasil;
• Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil;
• Igreja Sirian Ortodoxa de Antioquia;
• Igreja Presbiteriana Unida.
• Principal evento: A Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos.
95. Nostra Aetat - A relação da Igreja
com as religiões não-cristãs
96. Contextualização teológica
• Desencanto com a paz frágil;
• Existencialismo ateu;
• Antissemitismo em voga;
• Criação e reinvindicação do Estado de Israel;
• Movimentos de criação de um Estado Islâmico;
• As reivindicações de árabes e palestinos em Jesuralém;
• Lembrança da violência anti-judaica em países cristãos.
97. Contextualização do texto
• Promulgado por Paulo VI em 28 Outubro de 1965;
• Não se trata de um programa de ações, mas de intenções : A Igreja
deseja aproximar-se das religiões, para promover o diálogo e a mútua
colaboração
• O texto considera sobretudo o que é comum aos homens e os move a
viver juntos o seu destino;
• Apresenta certos valores das religiões como elementos de santidade
98. Todos em um só caminho
• “Com efeito, os homens constituem todos uma só comunidade; todos
têm a mesma origem, pois foi Deus quem fez habitar em toda a terra o
inteiro género humano ; têm também todos um só fim último, Deus, que
a todos estende a sua providência, seus testemunhos de bondade e
seus desígnios de salvação até que os eleitos se reúnam na cidade
santa, iluminada pela glória de Deus e onde todos os povos
caminharão na sua luz”.
99. A busca dos homens na religião
• O que é o homem?
• Qual o sentido e finalidade da vida?
• Donde provém o sofrimento?
• Qual o caminho para alcançar a felicidade verdadeira?
• O que é a morte, o juízo e a retribuição depois da morte?
• Que mistério último e inefável envolve a nossa existência, do qual
vimos e para onde vamos?
100. A busca dos homens na religião
• “Desde a antiguidade até a época atual, encontra-se em diversos
povos certa percepção daquela força misteriosa que preside o
desenrolar das coisas e acontecimentos da vida humana, chegando
mesmo às vezes ao conhecimento duma Suprema Divindade ou até do
Pai. Esta noção e conhecimento penetram-lhes a vida dum profundo
sentido religioso.”
101. Unidade na Verdade
“A Igreja católica nada rejeita do que nessas religiões existe de verdadeiro e
santo. Olha com sincero respeito esses modos de agir e viver, esses preceitos
e doutrinas que, embora se afastem em muitos pontos daqueles que ela
própria segue e propõe, todavia, refletem não raramente um raio da Verdade
que ilumina todos os homens. No entanto, ela anuncia, e tem mesmo
obrigação de anunciar incessantemente Cristo, «caminho, Verdade e vida» (Jo.
14,6), em quem os homens encontram a plenitude da vida religiosa e no qual
Deus reconciliou consigo todas as coisas”
102. Diretrizes práticas
• Estabelecimento do diálogo inter-religioso e com a ciência;
• Colaboração mútua em projetos de cunho humanitário;
• Testemunho efetivo de vida e fé cristã através de ações práticas/
• Desenvolvimento de todos “os bens morais e espirituais, como também
dos valores socioculturais próprios dos não-cristãos ;
• Diálogo aberto para falar de si e para ouvir o outro;
• Reconhecer a diferença do outro e a beleza desta diferença;
• Foco naquilo que mais nos une do que no que nos difere.
103. Redenção Universal em Cristo
• “De resto, a Igreja sempre teve e tem por bem ensinar que Cristo, por
causa dos pecados de todos os homens, sofreu voluntariamente e por
imenso amor se sujeitou à morte, para que todos conseguissem a
salvação. Cabe pois à Igreja pregadora, anunciar a cruz de Cristo como
sinal do amor universal de Deus e fonte de toda a graça.”
104. Fraternidade Universal em Cristo
• “Não podemos, porém, invocar Deus como Pai comum de todos, se nos
recusamos a tratar como irmãos alguns homens, criados à Sua imagem.
De tal maneira estão ligadas a relação do homem a Deus Pai e a sua
relação aos outros homens seus irmãos, que a Escritura afirma: «quem
não ama, não conhece a Deus» (1 Jo. 4,8).”
105. Elementos positivos nas religiões
• Função antropológica de acolhida do mistério e resposta aos enigmas;
• O sentimento de sacralidade que as religiões cultivam;
• O conhecimento de Deus em suas mais diversas formas;
• O empenho ascético e orante para ser cada dia melhor;
• o abandono confiante ao amor de Deus e nos seus mistérios;
• a busca da libertação das opressões por meio de um Deus que nos quer
bem;
• Tudo o que se manifesta como verdadeiro e santo nestas religiões é
106. Discriminação racial ou religiosa
• “A Igreja reprova, por isso, como contrária ao espírito de Cristo, toda e
qualquer discriminação ou violência praticada por motivos de raça ou
cor, condição ou religião. Consequentemente, o sagrado Concílio,
seguindo os exemplos dos santos Apóstolos Pedro e Paulo, pede
ardentemente aos cristãos que, «observando uma boa conduta no meio
dos homens. (1 Ped. 2,12), se ‚ possível, tenham paz com todos os homens
, quanto deles depende, de modo que sejam na verdade filhos do Pai que
está nos céus .”