7. Atitudes filosóficas
Perfect Liberty (Tokuharu Miki), Japão Zen Budismo, Seicho-No-Iê (base Budismo), Yôga,
Ananda Marga, Hare Krishna, Commune do Osho Rajneesh, Sai Baba, Sociedade Teosófica
(base Hinduísmo), Rosa Cruz, Maçonaria, Nova Era, etc.
9. Ambas nasceram no oriente médio;
Ambas acreditam em um só Deus (monoteísta);
Duas delas se expandiram para o mundo e se
tornaram as duas maiores religiões do mundo.
Ambas influenciaram o mediterrâneo;
Ambas possuem sua fé no pai Abraão (1800 a.C);
10. Abraão dos judeus
“Olhai para Abraão, vosso pai, e para Sara, aquela que vos deu à luz.
Ele estava só quando o chamei, mas eu o abençoei e o multipliquei”.
Isaías 51, 2
11. Abraão dos cristãos
“Responderam-lhe: “Nosso pai é Abraão”. Disse-lhes Jesus: “Se sois filhos de
Abraão, praticais as obras de Abraão.
Vós, porém, procurais matar-me, a mim, que vos falei a verdade que ouvi de
Deus. Isso, Abraão não fez”.
João 9, 39-40
12. Abraão dos muçulmanos
“Eles dizem: “Aceita a fé judaica ou cristã e terás a orientação correta”.
Dizei então: “De maneira nenhuma!
Nós cremos na fé de Abraão, o correto. Ele não era idólatra”.
Alcorão, 2:29
15. Breve contextualização
judaísmo
“Ouve, ó Israel, o Senhor teu Deus é único”. (Dt 6, 4).
• Crença em um só Deus (YHWH);
• Religião revelada;
• Líder: Moisés;
• Livro: Torá, Nebi´im (profetas), Ketuvim (escritos) e Talmude (rabínicos);
• Povo chamado de: Hebreus, Judeus, Semitas ou Israelitas.
16. Breve contextualização
judaísmo
“Deixa teu país, tua parentela e a casa de teu pai; e vai para o país que te
mostrarei. Eu farei de ti um grande povo, eu te abençoarei, engrandecerei teu
nome, de modo que se torne uma benção”. (Gn 12, 1-2).
• Um povo eleito;
• Uma terra prometida;
• Um pai na fé (Abraão) e um libertador (Moisés).
17. Breve contextualização
judaísmo
• Linha patriarcal: Abraão – Isaac – Jacó/Israel;
• Moisés: Escravidão do Egito (1250 a.C), libertação, travessia do mar e
conquista de Canaã (40 anos);
• Nova aliança;
• Instauração dos 10 mandamentos (reforço da fidelidade a YHWH);
• Cultura Tribal: 12 tribos (filhos de Jacó/Israel).
18. Breve contextualização
judaísmo
• Localização das 12 Tribos de Israel:
• Norte: Aser, Neftali, Zabulon;
• Centro: Issacar, Efraim, Dã e Benjamin;
• Sul: Judá e Simeão
• Transjordânia: Gad e Ruben
• Nos dois lados do Rio Jordão: Manasses.
19. Breve contextualização
judaísmo
• Juízes (a história de sobrevivência e evolução das 12 tribos);
• Dispersão das tribos e depois reintegração das tribos (XI a.C);
• Separação do reino do norte (desaparecimentos das 10 tribos) e reino sul
(fortalecimento em Jerusalém);
• Grandes líderes: Saul, Davi e Salomão (960 a.C 1º Templo é construído);
• Grandes profetas: Elias, Amós, Isaías, Jeremias e Ezequiel.
20. Breve contextualização
judaísmo
• 1ª destruição do templo: Nobucodonosor (rei da Babilônia em VI a.C),
saqueou o templo e deportou o povo hebreu (diáspora);
• Sem terra, sem templo, nasce um modo de se viver e uma espiritualidade
única capaz de observar a lei, meditar os textos e orar onde for;
• Reconstrução do tempo: Ciro conquista a Babilônia (515 a.C) e trás o povo
hebreu novamente de volta a Jerusalém, período (536-142 a.C).
21. Breve contextualização
judaísmo
• Conquista da Palestina por Alexandre (O Grande) em 330 a.C;
• Helenização da Judéia (II a.C);
• Novos líderes: Matatias (sacerdote – guerrilha), Macabeu e Jonatas
(independência da Palestina);
• Dinastia dos Asmonéus (165 a.C);
• Intervenção de Roma (65 a.C).
22. Breve contextualização
judaísmo
• 2ª destruição do templo: 70 d.C;
• Nova liderança: Simão Bar Kochba – Cidade de Betar;
• Intervenção forçada do imperador Adriano, proíbe os preceitos básicos do
Judaísmo;
• Organização dos rabinos para a elaboração da Talmud (II a VII d.C) para
ajudar o povo disperso que lia e meditava os textos sagrados (Torá).
24. Breve contextualização
judaísmo
• Na idade média foram acusados pela peste negra (europa);
• Perseguidos durante as cruzadas tendo suas sinagogas e novamente
expulsos de seus lares e países;
• Domínio Britânico (1918-1948 d.C)
• Massacre dos judeus de Hebron por militantes árabes (1929 d.C)
• Perseguidos e quase aniquilados na 2ª Guerra Mundial (6 milhões (1/3)).
25. Breve contextualização
judaísmo
• Divisão da Palestina em 1947 (Palestina (lado árabe)) e outro lado judeu;
• Criação do Estado de Israel (lado judeu) em 1948 (retorno de muitos
judeus a sua terra (1950));
• Guerra dos seis dias em 1967 com mais aniquilação do seu povo;
• Conflitos constantes na região da faixa de Gaza (região demarcada) entre
os dois estados criados pela ONU (1947) dividir terras. Não resolveu!
26. A espiritualidade judaica
• Com o nascimento há o ritual da circuncisão com rito de passagem;
• Aos 12 anos menino/menina possui o seu Bar Mitsvah simbolizando a
aliança de Abraão e lê e reflete alguma passagem da Torá;
• O casamento além de uma grande festa é o dia especial para os noivos
(Yom Kipur): jejum, oração, atos de bondade (tsedacá) e reflexão;
• A morte é encadara como algo natural (YHWH é Senhor da Vida e da Morte
(Kaddish) e o luto dura 7 dias, acredita-se na Ressurreição (Sala YHWH).
27. A espiritualidade judaica
• Ora-se 3 vezes ao dia (manhã, tarde e noite) particular ou pública;
• O Shabat (sábado) é o dia reservado para YHWH, deve-se jejuar, se dedicar
aos estudos dos textos sagrados e ensinamentos (653 prescrições);
• A (Pessach) é a principal festa do judeu, possui duração de 8 dias;
• O Pentecostes (Shavuoth) celegra o dia em que os 10 mandamentos foram
entregues a Moisés no Monte Sinai;
• A Festa das Tendas (Sukkoth) celebra 40 anos de peregrinação no deserto;
28. A espiritualidade judaica
• Ano Novo (Rosh Hashaná) se dá no outono, entre setembro/outubro,
comemora-se a criação do mundo (ano 5777 equivale ao ano de 2016);
• Dia da expiação (Yom Kipur) 10 dias após o ano novo, reservado a
confissão dos pecados, as súplicas para obter a misericórdia de YHWH;
• Festas das luzes (Chanuká) em novembro ou dezembro coloca-se oito dos
nove braços do candelabro (8 dias de feriado) e o nono braço, coloca-se o
shamash, uma vela auxiliar com a qual se acendem as outras.
29. Shemá Israel
“Ouve, ó Israel: O Senhor, teu Deus, é o único Senhor ! Portanto, amarás o
Senhor teu Deus com todo teu coração, com toda a tua alma e com toda a tua
força. Que está palavras que hoje te ordeno estejam em teu coração ! Tu as
inculcarás aos teus filhos, e delas falarás sentado em tua casa, andando em
teu caminho, deitado e de pé. Tu as atarás também à tua mão como um sinal,
e serão como um frontal entre os teus olhos. Tu as escreverás nos umbrais da
tua casa, e nas tuas portas”. (Dt 6, 4-9).
31. Jesus de Nazaré
“O ladrão não vem senão a roubar, a matar, e a destruir; eu vim para que
tenham vida, e a tenham com abundância.”
Contexto histórico: A vinda do Messias prometido, que restauraria o reino de
Israel, era a grande esperança o povo Judeu e isso pregava João Batista. A
ideia de um Deus único e justo, já enfatizada no antigo testamento e
anunciada por Joao Batista, Jesus não messias libertador/político.
32. Jesus de Nazaré
Figura de Jesus: Construção da esperança messiânica. Certo cansaço com os
colonizadores. Precisava de alguém vir libertar.
• 3 momentos na vida de Jesus:
• até 12 anos de idade (poucos relatos nos evangelhos canônicos);
• 12-29 anos de idade (fase oculta, preparação, contato João Batista);
• 30-33 anos de idade (a vida pública de Jesus, batismo, pregações,
milagres, paixão, morte e ressurreição).
33. Jesus revelador do Mistério
• Jesus como revelador do mistério teve a experiência pessoal que mais
tarde o chamou como Aba-Pai (contato direto com o Pai);
• Jesus encurtou a distância entre esse segredo e nós, ele se torna o
símbolo do mistério (ninguém vai ao Pai se não por mim);
• Para participar do mistério de Deus é preciso passar por uma experiência
marcante de transformação pessoal e deixar-se envolver pela ação do
Espírito (mudança de vida, de hábitos e entrega total de vida).
34. Jesus o homem do deserto
Significado do deserto na visão antropológica: Liminaridade ou estar
separado da sociedade em que está inserido, para enxergá-la como ela é. Em
vários momentos da vida de Jesus, ele se retira para o deserto em um
processo de distanciamento para a partir do contato com o povo ao se
compadecer de suas dores, retira-se para internalizá-las e conversar com o
Pai. Deserto é a pura imagem de sofrimento, portanto, ninguém quer ficar lá.
O mistério está na libertação de estruturas pessoais e sociais.
35. Tradições desérticas
• Vida cotidiana dura;
• Falta de vegetação e há escassez de comida e água;
• Medo de ataque do inimigo (região ampla);
• Animais perigosos (cobra e escorpião);
• Cultura nômade em busca de estabilidade;
• Deus como transcendente, distante, exigente de fidelidade, fiéis
submissos, divindade que tudo vê acompanha seu povo por todo lugar.
36. Tradições desérticas
• Céu (tranquilidade) como morada de Deus;
• Lua elemento masculino;
• Sol elemento feminino;
• Vida após a morte é sustentada pela crença na ressurreição, pois não há
vontade de retorno para um cotidiano sofrido e sem perspectivas de
crescimento, diferente das regiões de terra boa (terra fértil, montanhas e
litoral) onde a vida pós a morte é sustentada pela crença na reencarnação.
37. Tradições desérticas
• A cosmovisão do deserto, por sua vez, firmou-se mais na palavra e na
poesia, pois o deserto não oferece variedade de imagens, por isso toda a
esperança de vida é investida no céu, seja ele azul ou estrelado;
• O ser divino é considerado como Palavra, transcendente e distante,
portanto o desenvolvimento da espiritualidade dessas tradições religiosas
parte do ato de ouvir;
• Jesus sempre se voltava ao deserto para ouvir o Pai.
38. Jesus dinâmica de transição
• O processo de preparação, vem como o processo de conversão é lento;
• No Evangelho percebemos que ele chama e a iniciação aconteceu a partir
da convivência com os seus.
“No dia seguinte, estava lá João outra vez com dois dos seus discípulos. E, avistando
Jesus que ia passando, disse: Eis o cordeiro de Deus. Os dois discípulos ouviram-no falar
e seguiram Jesus. Voltando-se Jesus e vendo que o seguiam, perguntou-lhes: Que
procurais? Disseram-lhe: Rabi (mestre) onde moras? Vinde e vede, respondeu-lhes ele.
Foram aonde ele morava e ficaram com ele aquele dia”. (Jo 1, 35-39).
40. (R)Encontro pessoal com Jesus
Os primeiros discípulos
(Jo 1,35-51)
Zaqueu
(Lc 19,1-10)
A Samaritana
(Jo 4,5-42)
A vocação de Levi
(Mc 2,13-17)
Maria Madalena
(Jo 20,1-18)
Bartimeu
(Mc 10,46-52)
Os discípulos de Emaús
( Lc 24,13-35).
41. Os primeiros discípulos (Jo 1,35-51)
João Batista: “Eis o cordeiro de Deus”;
Os discípulos ouvem João e seguem Jesus;
Jesus: “O que procurais?”
Discípulos: “Mestre onde moras?”
Jesus: “Vinde e vede”
É essencial viver a experiência pessoalmente;
Vivência e permanência com Jesus.
42. Zaqueu (Lc 19,1-10)
Zaqueu desejava ver Jesus;
Jesus toma a iniciativa e o chama pelo nome;
Jesus hospeda em sua casa (intimidade);
Zaqueu é emergido no desejo de seguir Jesus;
inde e vede”
A vida de fé nasce e cresce junto com o desejo;
O desejo nos faz dividir os bens e ser justos.
43. A Samaritana (Jo 4,5-42)
Mulher sem nome de região marginalizada;
Jesus se apresenta como necessitado;
As necessidades básicas nos unem;
Jesus não fala com superioridade/arrogância;
Jesus não fala de lei, moral e nem julga;
A samaritana se sente amada e apresenta o
dom de Deus para romper com o passado.
44. A vocação de Levi (Mc 2,13-17)
Jesus rodeado por uma multidão;
Jesus olha cada pessoa individualmente;
Jesus viu Levi em seu posto, e disse: segue-me;
Levi levanta. Jesus vai jantar na casa de Levi;
“Não são os que têm saúde que precisam de
médico, mas os doentes, Eu não vim chamar
justos, mas pecadores". (Mc 2, 17).
45. Bartimeu (Mc 10,46-52)
Jesus está a caminho para Jerusalém;
Jesus vai ao encontro dos abandonados;
Bartimeu era cego e mendigava O vê e grita:
"Jesus filho de Davi, tem piedade de mim".
Jesus: "Que queres que eu te faça?".
Bartimeu: "Que eu veja Senhor".
É curado, segue Jesus contando as maravilhas.
46. Discípulos de Emaús (Lc 24,13-35).
Após a condenação, paixão e morte de Jesus
eles estavam sem esperança e tristes;
Jesus aproxima e caminham com eles;
Olhos se fecham na decepção e desesperança;
Recuperam a fé no caminhar, ao ouvir as
palavras de Jesus seus corações ardem, e no
partir do pão (intimidade) O reconhecem.
47. Como ser na atualidade
o discípulo amado de Jesus
48. "Ora, os nomes dos doze apóstolos são estes: primeiro, Simão, por
sobrenome Pedro, e André, seu irmão; Tiago, filho de Zebedeu, e João, seu
irmão; Filipe e Bartolomeu; Tomé e Mateus, o publicano; Tiago, filho de Alfeu,
e Tadeu; Simão, o Zelote, e Judas Iscariotes, que foi quem o traiu". (Mt 10, 2-4).
50. A análise dos evangelhos:
Marcos = não aparece
Matheus = não aparece
Lucas = não aparece
João = aparece
51. As 6 aparições do discípulo:
Na última ceia (13, 23-26),
quando reclina a sua cabeça
sobre o peito de Jesus, e Este lhe
revela em privado quem estava
para traí-lo;
52. As 6 aparições do discípulo:
Na cruz Jesus está agonizante na cruz (19,25-
27). Ali, "o discípulo a quem Jesus amava" é o
único dos apóstolos que se encontra a seu lado,
acompanhando o Mestre no seu tormento, e
recebe dele o encargo de acolher a mãe do
Senhor como sua própria mãe.
53. As 6 aparições do discípulo:
No Domingo de Páscoa, quando se difundiu a
notícia de que o cadáver de Jesus tinha
desaparecido. Então, esse discípulo corre até
ao sepulcro; e, ao vê-lo vazio, acredita na
ressurreição do Senhor, quando os outros estão
desconcertados e não podem imaginar, sequer,
um portento semelhante (20,2-10).
54. As 6 aparições do discípulo:
No final do evangelho de João (21,7), "o
discípulo a quem Jesus amava» encontra-
se a pescar numa barca juntamente com
Simão Pedro e os outros discípulos.
Quando Jesus ressuscitado aparece de pé
na margem do lago, ele é o único que o
reconhece, e mostra-o a Pedro".
55. As 6 aparições do discípulo:
Após a aparição do Cristo ressuscitado, o
Discípulo Amado seguindo atrás, e muito de
perto, a Pedro e a Jesus. É então que o Senhor
profetiza sobre ele, dizendo que é capaz de o
fazer permanecer neste mundo até à sua
segunda vinda (21,20-23).
56. As 6 aparições do discípulo:
A última aparição é como o autor,
que constitui a fonte de
informação das coisas que foram
narradas no Evangelho de João
(21,24).
57. Será que João queria um
lugar especial entre os
discípulos
60. O discípulo não poderia ser
cada um de nós a partir de
um modelo a ser seguido
61. O discípulo amado é:
Aquele que repousa a cabeça no ombro de Jesus;
Aquele que permanece até o fim aos pés da cruz;
Aquele que leva a mãe de Jesus para sua casa;
Aquele que corre ao saber da sua ressurreição;
Aquele que enxerga ao longe a vinda do Senhor;
Aquele que espera ansiosamente a sua volta;
Aquele que dá testemunho do seu amor.
64. Jesus Cristo, Deus feito homem
• Jesus filho de Deus feito homem, por isso, sua palavra não é apenas uma
palavra de um mestre religioso, mas é a palavra suprema e definitiva de
Deus, ele é revela o Pai por meio de um contato íntimo (Aba Pai);
• Jesus era um judeu da tribo de Judá e queria reformular as leis;
• Sua vida, morte e ressureição tem eficácia redentora e salvífica para
toda a humanidade (amplitude da salvação não só para Cristãos mas
para todos os povos, de todas as religiões).
65. Jesus cumpriu as profecias (Cristo)
• Nasceria em Belém de Judá (Miquéias 5,2)
• de uma virgem (gr. phanteros) (Isaías 7,14)
• por intermédio de Deus (Salmos 2,7)
• descendente de Jacó (Números 24,17)
• da tribo de Judá (Gênesis 49,10)
• iria para o Egito (Oséias 11,1)
• surgiria da Galileia (Isaías 9,1)
66. Jesus cumpriu as profecias (Cristo)
• um mensageiro prepararia o seu caminho (Malaquias 3,1) clamando no
deserto (Isaías 40,3)
• o Espírito de Deus iria repousar sobre Ele (Isaías 11,2)
• faria profecias (Deuteronômio 18,18)
• abriria os olhos dos cegos e os ouvidos dos surdos (Isaías 35,5)
• curaria os coxos e os mudos (Isaías 35,6)
• falaria em parábolas (Salmos 78,2)
67. Jesus cumpriu as profecias (Cristo)
• mesmo sendo pobre, seria aclamado rei, em um jumento (Zacarias 9:9)
• seria rejeitado (Salmos 118,22)
• traído por um amigo (Salmos 41,9)
• por trinta moedas de prata (Zacarias 11,12)
• moedas essas que seriam dadas a um oleiro (Zacarias 11,13)
• seria ferido, e depois abandonado por seus discípulos (Zacarias 13,7)
• seria acusado injustamente (Salmos 35,11)
68. Jesus cumpriu as profecias (Cristo)
• seria ferido pelas nossas transgressões (Isaías 53,5)
• não responderia aos seus acusadores (Isaías 53,7)
• seria cuspido e esbofeteado (Isaías 50,6)
• seria zombado depois de preso (Salmos 22,7-8)
• teria os pés e mãos transpassados (Salmos 22,16)
• na terra dos seus amigos (Zacarias 13,6)
• junto com transgressores (Isaías 53,12)
69. Jesus cumpriu as profecias (Cristo)
• oraria pelos seus inimigos (Salmos 109,4)
• seria rejeitado e ferido por nossas iniquidades (Isaías 53, 3-5)
• lançariam sortes para repartir as suas vestes (Salmos 22,18)
• o fariam beber vinagre (Salmos 69,21)
• clamaria a Deus no seu desamparo (Salmos 22,1)
• entregaria seu espírito a Deus (Salmos 31,5)
• não teria os ossos quebrados (Salmos 34,20)
70. Jesus cumpriu as profecias (Cristo)
• a Terra se escureceria, mesmo sendo dia claro (Amós 8, 9-10)
• um rico o sepultaria (Isaías 53,9)
• assim como Jonas ficou três dias dentro do grande peixe (Jonas 1,17);
• Ele ressuscitaria (Salmos 30,3)
• no terceiro dia (Oséias 6,2)
• subindo também aos céus (Salmos 68,18; Atos 1,11)
• e sendo recebido pelo seu Pai, à sua direita (Salmos 110,1; Atos 7,55)
72. Anúncio da Salvação e Ressurreição
• O Cristianismo anuncia a salvação e ressureição. A adesão da pessoa à fé
cristã e a mensagem do Cristo é condição para alcançar a vida plena.
“Quem vive e crê em mim jamais morrerá”. (Jo 11, 26).
“Se cremos que Jesus morreu e ressuscitou, assim também devemos crer que
Deus levará com Jesus aqueles que morreram unidos a Ele”. (1 Tes 4, 13-14).
73. Anúncio da Salvação e Ressurreição
• O Cristianismo mais do que qualquer religião revelada apresenta uma
profunda convicção sobre a ressureição (a partir da ressurreição de
Cristo), é Ele que cumpre toda a promessa da vida eterna e do céu.
“O Espírito que ressuscitou Jesus Cristo dos mortos, também dará a vida aos
vossos corpos mortais, pelo seu Espírito que habita em vós”. (Rm 8, 11).
75. Jesus o horizonte do sentido
• Jesus é o horizonte do sentido na medida que nos abre uma grande
perspectiva de esperança após a sua vida, paixão, morte e ressurreição.
“[Todos os seguidores de Jesus] encontraram na convivência com Jesus
horizonte de sentido para consolidar a identidade social e suscitar sonhos
norteadores dos passos pelas estradas da vida [...] Após a morte brutal de
Jesus fizeram a experiência da ressurreição e receberam os dons do Espírito
Santo. De seguidores se tornaram discípulos missionários”. (Libânio).
77. Anúncio do Reino do Pai e de Deus
• Jesus constantemente anunciou o reino de Deus. O reino de Deus é o
projeto do amor do Pai: Fazer do mundo uma família de filhos e irmãos,
um lugar para que todos viver em comunidade (comum unidade);
• O reino do Pai começa-se a realizar na história por meio dos encontros
de Jesus com as pessoas transformando suas vidas;
• O reino de Deus não é limitado a um lugar geográfico e nem a um tempo
histórico, mas se caracteriza pela instauração da sua pregação (amor).
78. Jesus processo de pregação
• Depois de um pequeno período do discipulado na comunidade penitencial
de João Batista, Jesus inicia sua missão na Galileia como peregrino e
pregador, em sinagogas e praças públicas, nas estradas e em casas, sem
manter relações estáveis com sua família, profissão e moradia. Em sua
mensagem central Ele rejeita o papel de restaurador do Reino de Israel,
esperado pelo povo e pelos próprios discípulos. Não é o Reino de Israel
que Ele anuncia, mas o Reino de Deus.
79. Jesus processo de pregação
• Diante da expectativa do povo, o próprio Jesus passou por um processo de
discernimento, que Lucas descreve as tentações no deserto (Lc 4,1-13):
• "Está escrito: Não só de pão vive o homem, mas de toda a palavra de Deus" (Dt 8,3).
• "Está escrito: Adorarás o Senhor teu Deus, e a ele só servirás" (Dt 6,13).
• "Foi dito: Não tentarás o Senhor teu Deus" (Dt 6,16).
• Jesus então, cheio da força do Espírito, voltou para a Galileia. E a sua fama
divulgou-se por toda a região. Ele ensinava nas sinagogas e era aclamado.
80. Anúncio do Reino de Deus
• O reino anunciado, se caracteriza pela abundancia de vida : “Eu vim para
que todos tenham vida, e a tenham em abundancia”. Jo 10,10.
• O reino não é uma simples doutrina ou ideologia, e nem pode ser reduzida
a um lugar, a um conceito, ou modelo político;
• O reino é a aceitação da pessoa de Jesus que leva a uma atitude, uma
pratica, uma vida. É justiça, vida plena, esperança e amor ao próximo;
• O reino de Deus precisa ser uma realidade presente no tempo e no mundo.
81. Disposição para o Reino de Deus
• A promessa do reino de Deus está ligada a disposição do fiel a:
• Converter-se. (Mc 1, 15);
• Nascer de novo através do batismo. (Jo 3, 3-8);
• Amar a Deus e aos irmãos. (Mc 12, 28-34);
• Reconhecer que ninguém pode marginalizar o outro. (Mt 5, 45).
• Sem essa adesão é impossível entender a mensagem de Jesus. É
impossível ser cristão sem ser um outro Cristo. (Imitação de Cristo).
82. O Reino de Deus é para quem?
• Herodianos:
• São os funcionários da corte de Herodes. Concretizam a dependência
dos judeus aos romanos. Conservadores e têm poder civil nas mãos.
Um grupo helenizado, que não tinha projeto nenhum. São os
responsáveis pela morte de são João Batista.
83. O Reino de Deus é para quem?
• Samaritanos:
• Os samaritanos considerados pelos judeus impuros. Não aceitavam os
escritos do A.T. além do Pentateuco, nem iam para o Templo. Único
lugar sagrado era Garizim, que perto de Siquém, na Samaria.
Esperavam o messias chamado Taeb - aquele que volta, não é
descendente do Davi, mas novo Moisés, que tudo vai colocar em ordem
revelando a verdade no final dos tempos.
84. O Reino de Deus é para quem?
• Saduceus:
• O grupo formado pelos grandes proprietários de terras e pelos membros da elite
sacerdotal. Essa classe nasceu em 144 a. C. vem do Sadoc, Zaduk ou justos.
Classe nobre, sacerdotal, leigos e ricos. No tempo de Jesus dominavam os
sacerdotes. Que condenou Jesus à morte foram os saduceus. Aconteciam 15 mil
sacrifícios por mês. Não acreditavam no Pentateuco e na ressurreição, para eles
tudo terminava aqui na terra. Eram os maiores colaboradores do império romano, e
também procuravam uma política da reconciliação por medo de perder os cargos.
85. O Reino de Deus é para quem?
• Doutores da Lei (escribas):
• Receberam cada vez mais, maior prestígio na sociedade do tempo. Seu
grande poder reside no saber. Especializados em direito,
administração e educação. A influência deles em três lugares -
Sinédrio, sinagoga e escola. No Sinédrio, eles se apresentavam como
juristas para aplicar a Lei em assuntos governamentais. Sinagoga -
grandes intérpretes de Sagradas Escrituras (faziam novos discípulos).
86. O Reino de Deus é para quem?
• Fariseus:
• Fariseu quer dizer separado do povo. Inicialmente aliados à elite sacerdotal e aos
grandes proprietários de terras, mantinham distância do povo mais simples. Na
época de Jesus tinha mais ou menos 6,000 fariseus. São hipócritas, mas em geral
gente simples. O conflito entre Jesus e fariseus era espiritualidade. Os Fariseus
acreditavam que somente com a lei era possível se salvar. Eram os donos da
consciência do povo, determinavam quem é salvo e quem não é salvo.
87. O Reino de Deus é para quem?
• Fariseus:
• Caracterizam pelo rigoroso cumprimento da Lei em todas as situações. A maior
expressão do farisaísmo é a criação da sinagoga, opondo-se ao Templo, dominado
pelos saduceus. Desse modo a sinagoga, com a leitura, interpretação dos textos
bíblicos e oração, torna-se expressão religiosa oposta ao sistema cultural e
sacrifical do Templo. Acreditavam na predestinação do homem, tudo estaria
escrito, na ressurreição e no messianismo. Esperam um messias político-espiritual
- libertação de Israel.
88. O Reino de Deus é para quem?
• Essênios:
• Se tornaram mais conhecidos depois da descoberta de documentos em grutas
perto do mar Morto em 1947. O grupo é resultado de fusão entre sacerdotes
dissidentes do clero de Jerusalém e de leigos exilados. Tinha mais ou menos 5000.
Eles eram fortemente dualistas - luta entre o bem e o mal. Esperavam dois messias
– puro e impuro, político e sacerdotal. Essênios eram puros - por isso foram para o
deserto, Esperavam o messias chamado Mestre da justiça que iria estabelecer o
reino dos justos. Tinha uma vida monástica. João Batista era membro desse grupo.
89. O Reino de Deus é para quem?
• Zelotas:
• Esses surgiram no ano 6 d.C. Eles se constituíram a partir dos fariseus. São da
classe dos pequenos camponeses e das camadas mais pobres da sociedade,
massacrados por um sistema fiscal impiedoso. São muito religiosos e
nacionalistas. Queriam expulsar os dominadores romanos, e também contra ao
governo de Herodes na Galileia. Querem restaurar um Estado onde Deus é o único
rei, representado por um descendente do Davi.
90. O Reino de Deus é para quem?
• Zelotas:
• Enquanto os fariseus mantinha uma resistência passiva, os zelotas partem para
luta armada, por isso autoridades consideram criminosos e terroristas, e são
perseguidos. Judas era deste grupo, o motivo pelo qual ele entregou Jesus não foi
para que o prendesse ou matasse, mas ele assim como todo zelota acreditava que
diante do medo da prisão e da morte, um grande homem poderia fazer uma grande
revolução, poderia mostrar o seu poder e de fato instaurar todos os seus ideias em
forma de ação concreta. Trinta moedas de prata é simbólico (valor do escravo).
115. A Trindade (Pai, Filho e ES)
• A Trindade ou Santíssima Trindade é a doutrina acolhida pela maioria das
igrejas cristãs que professa a Deus único preconizado em três pessoas
distintas;
• É um dos dogmas centrais da fé cristã, e considerado um mistério (O Pai
(CRIADOR), O Filho (REDENTOR) e o Espírito Santo (CONSOLADOR));
• O Judaísmo e o Islamismo, bem como algumas denominações cristãs, não
aceitam a doutrina trinitária, tendo somente o Pai como Deus.
116. O Pai (Criador)
• Criador do Céu e da Terra;
• Modelo de Perfeição que os discípulos devem procurar alcançar:
• “Sede perfeitos, como vosso Pai celeste é perfeito”; (Mt 5, 48).
• O caminho para o Pai é Jesus:
• “Ninguém vai ao Pai senão por mim”. (Jo 14, 6).
• O Pai e o Filho são UM:
• “Eu e o Pai somos um”. (Jo 10, 30).
117. O Filho (Redentor)
• Nasceu da virgem Maria;
• Se fez homem e habitou entre nós;
• Recebeu o nome de Jesus (Deus Salva), chamado de Cristo (Messias);
• O envio do Cristo foi fruto do Amor Radical de Deus.
“Deus amou de tal maneira o mundo, que lhe deu seu Filho único, para que,
todo o que Nele crer, não pereça, mas tenha vida eterna”. (Jo 3, 16-17).
118. O ES (Consolador)
• Enviado a nós pelo Pai e o Filho;
“Descerá sobre vós o Espírito Santo. Ele vos dará força e sereis minhas
testemunhas em Jerusalém, em toda a Judéia e Samaria, até os confins do
mundo”. (At 1, 8).
• Sua promessa cumpre no dia de pentecostes. E com a vinda do Espírito
Santo que os discípulos tornaram-se corajosos e responsáveis pelo
anúncio da Boa Nova ao mundo inteiro.
119. Deus é Amor
• A expressão “Deus é Amor!” (1 Jo 4, 16) serve para afirmar a perfeição da
Trindade, que só por um Amor Total que Deus (Criador) envia seu Filho
(Redentor) no meio de nós para apresentar suas palavras de Salvação e
Ressureição e Este, O Filho (Redentor) quando ascende aos céus nos
deixa o Seu Espírito Santo (Consolador) para nos dar força e coragem.
“Por isso, Ele (Deus) é Trindade! porque o amor supõe alguém que ama,
alguém que é amado e o próprio amor”. Santo Agostinho.
121. A mensagem universal (Paulo)
• Católico do grego καθολικος ("geral" ou "universal");
• O cristianismo se expandiu com Paulo, soube adaptar-se as mais diversas
culturas, suma importância para o cristianismo:
“Soube fazer tudo para ganhar a todos, pondo-se a serviço de gregos e
romanos”. Paulo de Társio.
• Paulo é o grande responsável por difundir o grande ideal do Amor Total do
Cristo, uma ideia nova, universal e radical (Hino do Amor) 1Cor 13).
122. O Amor fraterno (João)
• As epístolas de são João também enfatizam a correlação entre o amor de
Deus pelo homem e o amor dos homens uns pelos outros, o amor fraterno.
“Quanto a nós, amemos, porque ele nos amou primeiro. Se alguém disser:
“Amo a Deus”, mas odeia o seu irmão, é um mentiroso: pois quem não ama
seu irmão, a quem vê, a Deus, a quem não vê, não poderá amar. É este o
mandamento que dele recebemos: aquele que ama a Deus, ame também o
seu irmão”. (1 Jo 4, 19-21).
123. A missão dos Apóstolos
• O Espírito Santo que dá toda a força para que os Apóstolos e Discípulos de
Cristo passe a ressoar por todo o mundo as promessas do Cristo,
sobretudo a de Salvação e Ressureição a TODOS.
“Ide, portanto, e fazei que todas as nações se tornem discípulos, batizando-
as em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo e ensinando-as a observar
tudo quanto vos ordenei. E eis que estou convosco todos os dias até a
consumação dos séculos”. (Mt 28, 19-20).
135. Virtude:
Disposição habitual e firme para fazer o bem;
Praticar atos de bondade;
Da tudo de si e é feliz ao praticar o bem;
Tendência a praticar livremente o bem;
Proporciona a levar uma vida moralmente boa;
Nos aproxima de Deus;
Tornamos semelhantes a Deus.
136. Virtudes cardeais:
Prudência: discernir, razão prática, escolha;
Justiça: dar a Deus e ao próximo o que é devido;
Fortaleza: segurança, firmeza e constância;
Temperança: equilíbrio, moderação, domínio.
“Ocupai-vos com tudo o que é verdadeiro, nobre, justo, puro,
amável, tudo o que há de louvável, honroso, virtuoso ou de
qualquer modo que mereça louvor". (Fl 4, 8).
137. Virtudes teologais:
Fé: crença naquilo que não se vê, entrega total;
Esperança: espera de algo melhor;
Caridade: amor incondicional.
“Permanecem a fé, esperança, caridade, estas
Três coisas. A maior delas é a caridade”. 1Cor 13, 13
139. Ecumenismo
• Ecumenismo é o processo de busca da unidade. O termo provém da palavra
grega οἰκουμένη (oikouméne), designando "toda a terra habitada". Num
sentido mais restrito, emprega-se o termo para os esforços em favor da
unidade entre igrejas cristãs; num sentido lato, pode designar a busca da
unidade entre as religiões, sobretudo o termo é aplicado na unificação de
igrejas cristãs, o ecumenismo busca o diálogo e cooperação comum,
buscando superar as divergências históricas e culturais, a partir de uma
reconciliação cristã que aceite a diversidade entre as igrejas;
140. Objetivo do decreto
• O Decreto Unitatis Redintegratio ou Sobre o Ecumenismo é um Decreto do
Concílio Vaticano II promulgado pelo Papa Paulo VI e tem como objetivo
central “a reintegração da unidade entre todos os cristãos é um dos
objetivos principais do Sagrado Sínodo Ecumênico Vaticano Segundo”,
simplesmente por uma razão, isto é, de que o Cristo fundou uma só e única
Igreja”.
141. Problemática
• “...as muitas igrejas que compõe hoje o cristianismo se apresentam como
sendo a herança verdadeira de Jesus Cristo, têm visões diferentes e andam
por caminhos diversos, “como se o próprio Cristo estivesse dividido”. Porém,
segundo o Decreto isso é um escândalo para o mundo e atrapalha a
evangelização uma vez que o Cristo passa a ser apresentado segundo a visão
da igreja e não da sua revelação.
142. Motivador
• “Quase todos, se bem que de modo diverso, aspiram a uma Igreja de Deus
una e visível, que seja verdadeiramente universal e enviada ao mundo
inteiro, a fim de que o mundo se converta ao Evangelho e assim seja salvo,
para glória de Deus”.
143. Princípios católicos do ecumenismo
• Unidade da Igreja: “Para que todos sejam um, como tu, Pai, em mim e eu em
ti; para que sejam um em nós, a fim de que o mundo creia que tu me
enviaste” (Jo. 17,21).
• Unidade a partir da Unidade da Trindade: A unidade vem de Deus,
primeiramente em Deus Pai que enviou Seu Filho, Jesus Cristo e a sua
perpetuidade permaneceria com o envio do Seu Espírito Santo. Ora a
Unidade da Igreja tem seu fundamento na Trindade Santa (Una e Trina).
144. Princípios católicos do ecumenismo
• A Tradição como fundamento de Unidade: “Jesus Cristo quer que o Seu Povo
cresça mediante a fiel pregação do Evangelho, administração dos
sacramentos e governo amoroso dos Apóstolos e dos seus sucessores os
Bispos, com a sua cabeça, o sucessor de Pedro, sob a ação do Espírito
Santo; e vai aperfeiçoando a sua comunhão na unidade: na confissão duma
só fé, na comum celebração do culto divino e na fraterna concórdia da
família de Deus”.
145. Princípios católicos do ecumenismo
• Ruptura presente desde o início do cristianismo: “Nesta una e única Igreja
de Deus já desde os primórdios surgiram algumas cisões, que o Apóstolo
censura asperamente como condenáveis. Nos séculos posteriores, porém,
originaram-se dissensões mais amplas. Comunidades não pequenas
separaram-se da plena comunhão da Igreja católica, algumas vezes não sem
culpa dos homens dum e doutro lado“.
146. Princípios católicos do ecumenismo
• Movimento ecumênico: Visa a superar os obstáculos, quer em questões
doutrinais e às vezes também disciplinares, quer acerca da estrutura da
Igreja, que são por vezes muito graves, à plena comunhão eclesiástica;
• Salvação nas igrejas separadas: “...embora creiamos que tenham defeitos,
de forma alguma estão despojadas de sentido e de significação no mistério
da salvação. Pois o Espírito de Cristo não recusa servir-se delas como de
meios de salvação cuja virtude deriva da própria plenitude de graça”.
147. Princípios católicos do ecumenismo
• Atividades ecumênicas: Iniciativas que favorecem a unidade dos cristãos;
• Diálogo: Reuniões de cristãos de diversas igrejas em que cada uma
apresenta profundamente a sua doutrina e características;
• Oração: Necessidade de orar juntos de forma unânime por problemas
comuns a todos, sejam do ponto de vista da união ou de problemas
mundiais, como por exemplo, a paz, o problema da fome, da má distribuição
de renda e das grandes epidemias e doenças globais.
148. Prática do ecumenismo
• Trabalho de toda a Igreja: Essa solicitude vale tanto para os fiéis (leigos)
como para os pastores, cada um de maneira particular e sua capacidade,
dando um passo a união fraterna, que irá conduzir a unidade plena e
perfeita, segundo a benevolência de Deus.
• A renovação da Igreja: sua importância e necessidade: O que consiste está
renovação: numa maior fidelidade à própria vocação, e sem dúvida, a razão
do movimento para a unidade.
149. Prática do ecumenismo
• A renovação da Igreja: Renovação, pois a Igreja peregrina é chamada por
Cristo a essa reforma perene. Sendo instituição humana e terrena, a Igreja
necessita perpetuamente desta reforma. Sua importância e necessidade
prognosticam os futuros progresso do ecumenismo.
• A conversão do coração: Não há verdadeiro ecumenismo sem conversão
interior. É que os anseios de unidade nascem e amadurecem a partir da
renovação da mente, da abnegação de si mesmo e do foco para a caridade.
150. Prática do ecumenismo
• A oração pela unidade: Está conversão do coração e esta santidade de vida,
juntamente com as orações particulares e públicas pela unidade dos
cristãos, devem ser como a alma de todo o movimento ecumênico, e com
razão podem ser chamadas ecumenismo espiritual. Podemos lembrar
quando os católicos reúnem para uma oração pela unidade da Igreja que o
próprio Salvador pediu ardentemente ao Pai, na vigília de sua morte: “Que
todos sejam um” (Jo 17,21).
151. Prática do ecumenismo
• O conhecimento dos irmãos separados: A busca constante de conhecimento
requer necessariamente um estudo aprofundado, o qual deve ser feito
segundo a verdade e com bom ânimo. Católicos bem preparados adquirirem
um melhor conhecimento da sua doutrina e da história de sua Igreja, além
de uma vida espiritual e litúrgica bem vivenciada, podemos perceber valores
que nos unem e não se prender a tantos outros pontos que tende a nos
separar deles.
152. Prática do ecumenismo
• A exposição clara e fiel da fé: É absolutamente necessário que toda doutrina
seja exposta com clareza. Ao mesmo tempo, a fé católica deve ser explicada
mais profunda e corretamente, de tal modo e com tais termos que possa ser
de fato compreendida também pelos irmãos separados e os divinos
mistérios, devem ser apresentados com amor pela verdade, com caridade e
humildade. Assim se abre o caminho pelo qual, mediante esta fraterna
emulação, todos se sintam interessados ao conhecer as riquezas de Cristo.
153. Prática do ecumenismo
• A colaboração com os irmão separados: Todos os cristãos professem diante
do mundo inteiro a fé em Deus uno e trino, no filho de Deus encarnado, nosso
Redentor e salvador. Nossos tempos largamente se estabelece a cooperação
no campo social, todos os homens são chamados a uma obra comum, mas
com maior razão os que creem em Deus, sobretudo todos os cristãos
assinalados com o nome de Cristo. A cooperação de todos os cristão exprime
vivamente o rosto de Cristo nas ações conjuntas de todos os cristãos.
154. Desafios do ecumenismo
7,4 bilhões de habitantes no mundo;
2 bilhões nunca ouviram falar de Jesus Cristo;
2,7 bilhões ouviram falar raras vezes de Jesus
Cristo;
A religião que mais cresce no mundo é o
islamismo;
Mesmo com um formato diferente de missão,
todos os dias temos 35 mil novos católicos no
mundo.
158. Desafios do ecumenismo
No fim de 1999 havia 1600 denominações cristãs;
No fim de 2011 há 42000 denominações cristãs;
Somos 1,2 bilhões de católicos;
Tem 1,1 bilhão de protestantes (600 mil carismáticos e
400 mil tradicionais);
Há 270 milhões de anglicanos;
Há 35 milhões de cristãos “marginais” (ex:
testemunhas de Jeová)
Crescemos 35 mil fiéis a cada dia, os protestantes
carismáticos 37 mil e os tradicionais 20 mil, os
anglicanos crescem apenas 5 mil e os “cristãos
marginais“ apenas 2 mil.
159. Desafios do ecumenismo
• CONIC: O Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil é uma associação
fraterna de Igrejas que confessam o Senhor Jesus Cristo como Deus e
Salvador, segundo as Escrituras e, por isso, procuram cumprir sua vocação
comum para a glória de Deus Uno e Trino, Pai, Filho e Espírito Santo, em cujo
nome administram o Santo Batismo.
160. Desafios do ecumenismo
• Missão do CONIC: Servir às igrejas cristãs no Brasil no fortalecimento do
ecumenismo e do diálogo, na vivência da comunhão em Cristo, na defesa da
integridade da criação, promovendo a justiça e a paz para a glória de Deus.
• Seus objetivos centrais são:
• Colocar-se a serviço pela Unidade da Igreja;
• Estudar e refletir questões teológicas para a Unidade da Igreja;
• Propiciar reflexão e tomada de posição cristã perante a realidade brasileira;
• Promover a dignidade humana, direitos e deveres, justiça e paz.
161. Desafios do ecumenismo
• Criado em 1982 (34 anos de missão) possui sua sede em Brasília;
• Igrejas Membros:
• Igreja Católica Apostólica Romana;
• Igreja Episcopal Anglicana do Brasil;
• Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil;
• Igreja Sirian Ortodoxa de Antioquia;
• Igreja Presbiteriana Unida.
• Principal evento: A Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos.
162. Nostra Aetat - A relação da Igreja com
as religiões não-cristãs
166. Contextualização teológica
• Desencanto com a paz frágil;
• Existencialismo ateu;
• Antissemitismo em voga;
• Criação e reinvindicação do Estado de Israel;
• Movimentos de criação de um Estado Islâmico;
• As reivindicações de árabes e palestinos em Jesuralém;
• Lembrança da violência anti-judaica em países cristãos.
167. Contextualização do texto
• Promulgado por Paulo VI em 28 Outubro de 1965;
• Não se trata de um programa de ações, mas de intenções : A Igreja deseja
aproximar-se das religiões, para promover o diálogo e a mútua colaboração
• O texto considera sobretudo o que é comum aos homens e os move a viver
juntos o seu destino;
• Apresenta certos valores das religiões como elementos de santidade e
verdade.
168. Todos em um só caminho
• “Com efeito, os homens constituem todos uma só comunidade; todos têm a
mesma origem, pois foi Deus quem fez habitar em toda a terra o inteiro
género humano ; têm também todos um só fim último, Deus, que a todos
estende a sua providência, seus testemunhos de bondade e seus desígnios
de salvação até que os eleitos se reúnam na cidade santa, iluminada pela
glória de Deus e onde todos os povos caminharão na sua luz”.
169. A busca dos homens na religião
• O que é o homem?
• Qual o sentido e finalidade da vida?
• Donde provém o sofrimento?
• Qual o caminho para alcançar a felicidade verdadeira?
• O que é a morte, o juízo e a retribuição depois da morte?
• Que mistério último e inefável envolve a nossa existência, do qual vimos e
para onde vamos?
170. A busca dos homens na religião
• “Desde a antiguidade até a época atual, encontra-se em diversos povos
certa percepção daquela força misteriosa que preside o desenrolar das
coisas e acontecimentos da vida humana, chegando mesmo às vezes ao
conhecimento duma Suprema Divindade ou até do Pai. Esta noção e
conhecimento penetram-lhes a vida dum profundo sentido religioso.”
171. Unidade na Verdade
“A Igreja católica nada rejeita do que nessas religiões existe de verdadeiro e santo.
Olha com sincero respeito esses modos de agir e viver, esses preceitos e doutrinas
que, embora se afastem em muitos pontos daqueles que ela própria segue e propõe,
todavia, refletem não raramente um raio da Verdade que ilumina todos os homens.
No entanto, ela anuncia, e tem mesmo obrigação de anunciar incessantemente
Cristo, «caminho, Verdade e vida» (Jo. 14,6), em quem os homens encontram a
plenitude da vida religiosa e no qual Deus reconciliou consigo todas as coisas”
172. Diretrizes práticas
• Estabelecimento do diálogo inter-religioso e com a ciência;
• Colaboração mútua em projetos de cunho humanitário;
• Testemunho efetivo de vida e fé cristã através de ações práticas/
• Desenvolvimento de todos “os bens morais e espirituais, como também dos
valores socioculturais próprios dos não-cristãos ;
• Diálogo aberto para falar de si e para ouvir o outro;
• Reconhecer a diferença do outro e a beleza desta diferença;
• Foco naquilo que mais nos une do que no que nos difere.
173. Redenção Universal em Cristo
• “De resto, a Igreja sempre teve e tem por bem ensinar que Cristo, por causa
dos pecados de todos os homens, sofreu voluntariamente e por imenso amor
se sujeitou à morte, para que todos conseguissem a salvação. Cabe pois à
Igreja pregadora, anunciar a cruz de Cristo como sinal do amor universal de
Deus e fonte de toda a graça.”
174. Fraternidade Universal em Cristo
• “Não podemos, porém, invocar Deus como Pai comum de todos, se nos
recusamos a tratar como irmãos alguns homens, criados à Sua imagem. De
tal maneira estão ligadas a relação do homem a Deus Pai e a sua relação aos
outros homens seus irmãos, que a Escritura afirma: «quem não ama, não
conhece a Deus» (1 Jo. 4,8).”
175. Elementos positivos nas religiões
• Função antropológica de acolhida do mistério e resposta aos enigmas;
• O sentimento de sacralidade que as religiões cultivam;
• O conhecimento de Deus em suas mais diversas formas;
• O empenho ascético e orante para ser cada dia melhor;
• o abandono confiante ao amor de Deus e nos seus mistérios;
• a busca da libertação das opressões por meio de um Deus que nos quer bem;
• Tudo o que se manifesta como verdadeiro e santo nestas religiões é
considerado com atenção pela Igreja, sejam valores éticos (agir e viver).
176. Discriminação racial ou religiosa
• “A Igreja reprova, por isso, como contrária ao espírito de Cristo, toda e
qualquer discriminação ou violência praticada por motivos de raça ou cor,
condição ou religião. Consequentemente, o sagrado Concílio, seguindo os
exemplos dos santos Apóstolos Pedro e Paulo, pede ardentemente aos
cristãos que, «observando uma boa conduta no meio dos homens. (1 Ped.
2,12), se ‚ possível, tenham paz com todos os homens , quanto deles
depende, de modo que sejam na verdade filhos do Pai que está nos céus .”
177. Ninguém nasce odiando
outra pessoa pela sua
origem, pela cor de sua pele,
pela sua opção sexual ou
ainda por sua religião. Para
odiar, as pessoas precisam
aprender, e, se elas podem
aprender a odiar, podem ser
ensinadas a amar. Nelson Mandela