O documento apresenta uma introdução sobre a Constituição Dogmática Dei Verbum do Concílio Vaticano II, que trata da Revelação Divina e sua transmissão. Em seguida, discute as etapas da Revelação Divina desde a criação até Jesus Cristo, e como essa revelação foi transmitida oralmente e por escrito na Sagrada Tradição e na Sagrada Escritura. Por fim, resume brevemente a formação do Antigo Testamento.
3. INTRODUÇÃO:
Nosso estudo tem como base um documento
do Magistério Eclesiástico que se chama
Constituição Dogmática Dei Verbum. Este
documento foi elaborado em 1965 no último
Concílio Ecumênico da Igreja Católica, ou seja,
no Concílio Vaticano II. Fala sobre a Revelação
Divina e Sua Transmissão.
4. O que é a Revelação Divina?
É Deus comunicando e manifestando
gradualmente a sua própria vida divina na
história dos homens, por etapas, e que vai
culminar na pessoa de Jesus.
Deus quis Se revelar ao homem para que este
O conhecesse e assim pudesse livremente
amá-Lo e escolhê-Lo como Bem Supremo de
sua vida.
5. Etapas da Revelação Divina:
– Deus manifestou-se desde o princípio, aos nossos primeiros pais
através das coisas criadas.
– Convidou-os a uma comunhão íntima consigo mesmo revestindo-
os de uma Graça e justiça resplandecentes.
– Depois da queda do homem, Deus prometeu-lhes a salvação.
– Concluiu com Noé uma aliança entre Si e todos os seres vivos.
– Escolheu Abraão e concluiu uma aliança com Ele e seus
descendentes. Fez deles o Seu povo.
– Revelou a este povo a Sua lei por meio de Moisés.
– Preparou a este povo através dos profetas a acolher a salvação
destinada a toda humanidade.
– Revelou-Se plenamente, enviando o Seu Filho, no qual
estabeleceu a Sua aliança para sempre.
– O Filho é a palavra definitiva do Pai. Depois Dele não haverá outra
Revelação.
6. Transmissão da Revelação Divina:
A transmissão da Revelação Divina aconteceu
ao longo dos tempos, de duas maneiras:
primeiro, oralmente e depois, por escrito.
Hoje o que Deus revelou encontra-se por
escrito na Sagrada Tradição e na Sagrada
Escritura, os quais constituem um só sagrado
depósito da Palavra de Deus confiado à Igreja.
7. 1. TRADIÇÃO:
É oriunda dos Apóstolos e progride na Igreja sob
a assistência do Espírito Santo . Jesus ordenou
aos Apóstolos que o Evangelho fosse pregado por
eles a todos. E os Apóstolos pregaram de forma
oral e depois (Sob a inspiração do Espírito Santo)
de forma escrita. A pregação apostólica foi
conservada por escrito na Sagrada Tradição.
Também fazem parte da Tradição, os escritos dos
padres apostólicos (Santos Padres), bispos que
conviveram com os 12 Apóstolos).
8. 2. SAGRADA ESCRITURA (A Bíblia –
Palavra de Deus)
É a Palavra de Deus, redigida pelo hagiógrafo
(autor sagrado) sob a inspiração do Espírito
Santo.
– A Palavra de Deus (Bíblia) – por meio do
homem (autor sagrado) torna-se língua humana
– O Verbo de Deus (Jesus) – por meio de Maria
(encarnação) torna-se homem.
Por isso a Igreja venera a Sagrada Escritura (A
Bíblia) = Corpo de Cristo (Pão da vida)
9. 3. MAGISTÉRIO DA IGREJA:
Só o magistério da Igreja pode interpretar e
transmitir a Revelação Divina, cuja autoridade
é exercida aos bispos em comunhão com o
Papa.
O Magistério está a serviço das Palavra de
Deus.
Ensina aos homens o que foi transmitido por
Deus.
10. 2. FORMAÇÃO DO ANTIGO TESTAMENTO
• Foi no seio do povo hebreu que nasceu a Bíblia (A.T.)
Os textos bíblicos do Antigo Testamento começaram a
ser escritos a partir do século IX a. C. No decorrer dos
séculos foi-se formando a biblioteca sagrada de Israel,
sem que os judeus se preocupassem com a
catalogação das mesmas. E o último livro a ser escrito
foi Sabedoria (50 aC).
• Os autores sagrados (os hagiógrafos) viveram em
lugares e ambientes muito diversos: cada um imprime
na sua obra traços característicos de sua
personalidade. Mas como eles escreveram sob a
inspiração do Espírito Santo, é Deus o Autor principal
de toda a Bíblia.
11. • Só depois do Exílio (538 aC) é que se escreveu
definitivamente o Antigo Testamento. Nessa
época é que o Antigo Testamento adquiriu toda
a sua autoridade. Ele se tornou o eixo de um
sistema social e religioso – o judaísmo. O Antigo
Testamento era como a carteira de identidade
do povo de Israel.
• Os judeus foram ajuntando no decorrer de sua
história e coleção dos livros do Antigo
Testamento e dividiram-na em 3 partes:
12. • 1. A Lei Torá – contendo os 5 livros: Gênesis,
Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio.
Formam o núcleo fundamental da Bíblia.
2. Os Profetas – os judeus compreendiam por
esse título os livros que hoje são
denominados proféticos e históricos.
3. Os Escritos – os judeus designavam por
este nome os livros: Salmos, Provérbios, Jó,
Cânticos, Rute, Lamentações, Eclesiastes,
Ester, Daniel, Esdras e Neemias, Crônicas.
13. • No segundo século antes da nossa era, esta coleção já
estava terminada (séc. II aC).
• Nessa época (entre 250 e 100aC), os judeus estavam,
em parte, dispersos pelo mundo afora (diáspora –
emigração e dispersão dos judeus para outros países).
Quando os judeus começaram a emigrar para outros
países, levaram consigo a Bíblia. Se fixou, um grupo
de judeus, em Alexandria (Egito), onde se falava grego
e lá constituíram uma colônia. Adotaram a língua
grega e tiveram a necessidade de traduzir a Bíblia do
hebraico para o grego.
14. • Conta a Tradição que o rei Ptolomeu II
(Alexandria) querendo possuir na sua biblioteca
um exemplar grego dos livros sagrados dos
judeus, pediu ao sumo sacerdote Eleázaro de
Jerusalém os tradutores. Eleázaro enviou seis
sábios de cada uma das doze tribos de Israel (72
sábios) para Alexandria. Estes ficaram em 72
cubículos individuais e no final os 72 textos
gregos do Antigo Testamento estavam idênticos.
Consideraram um milagre! Ficou sendo
conhecida como a TRADUÇÃO DOS SETENTA ou
tradução Alexandrina.
15. • Alguns escritos recentes lhe foram
acrescentados sem que os judeus de
Jerusalém os reconhecessem como
inspirados: Tobias e Judite, Daniel e Ester
(parte), Sabedoria, Eclesiástico, Baruc,
Jeremias. A Igreja Cristã admitiu-os como
inspirados da mesma forma que os outros
livros. Desse modo a Bíblia grega (tradução
dos setenta hebraico-grego) tem 7 livros a
mais do que a Bíblia hebraica (original).
16. • Os judeus de Jerusalém não
reconheceram os 7 livros como
verdadeiros porque eles afirmam que:
– Só podem ser escritos dentro de
Israel
– Só podem ser escritos em hebraico
– Só podem ser escritos antes de
Esdras
17. • Obs: No ano 100 dC os rabinos se reuniram no sínodo de
Jâmnia para estipular esses critérios.
• Foi a tradução apostólica que levou a Igreja a decidir quais
os escritos que deviam ser contados na lista dos livros
sagrados. Esta lista é chamada de: Cânon das Escrituras.
Cânon – Karon (grego) = Catálogo
Canônico – Livro catalogado
– Os livros escritos dentro do seio da comunidade dos
judeus, são chamados: PROTOCANÔNICOS (Catalogados
em primeiro lugar)
– Os sete livros acrescentados em grego são chamados:
DEUTOROCANÔNICOS (Catalogados em segundo lugar).
18. • O Cânon Católico compreende 46 livros do Antigo
Testamento.
• Divisão da Bíblia:
• 1. Pentateuco (a Lei) – Gen, Ex, Lev, Num, Deut.
• 2. Livros Históricos – Jos, Jz, Rt, Sam, Reis, Crôn, Esd, Nee, Tob,
Jud, Est, Macabeus.
• 3. Livros Sapienciais – Jó, Sl, Prov, Ecle, Cânt, Sab, Eclo.
• 4. Livros Proféticos – Isaías, Jeremias, Lamentações, Baruc,
Ezequiel, Daniel, Oséias, Joel, Amós, Abdias, Jonas, Miqueias,
Naum, Habacuc, Sofonias, Ageu, Zacarias, Malaquias
• O Cânon Católico – Adota a Bíblia hebraica juntamente com os
sete livros acrescentado na tradução grega. Os
protocanônicos e deuterocanônicos.
19. • Os judeus – adotam só a Bíblia hebraica
(Protocanônicos). não aceitam os livros
deuterocanônicos.
• Como o israelita escrevia a Bíblia:
Dentre todos os antigos povos do Oriente, somente o
povo de Israel se distingue por ter cultivado a história.
No meio de uma cultura politeísta de Israel de desdobra
sob a influência de uma crença monoteísta. Os Israelitas
sabiam, por revelação divina, que Deus fala e age pelos
acontecimentos.
• “Deus querendo e preparando a salvação do homem,
elegeu para si um povo ao qual confiaria as promessas”
(Rom 15, 4)
20. Línguas Bíblicas:
• Línguas Bíblicas: Os idiomas que
Deus quis se servir para falar aos
homens foram: o hebraico (para
praticamente o AT inteiro), o
aramaico (alguns dos livros) e o grego
(Para o AT escrito pelos setenta, e
para quase todo o NT).
21. Contexto Histórico do Antigo Testamento
• Para entender o que fala cada livro é salutar que
se entenda o que se passava na época. Cada um
dos livros é fruto da história e da percepção do
povo de Deus em determinado tempo da
Caminhada. E isto influencia desde a maneira de
escrever, quanto os questionamentos feitos, as
ênfases dadas.
• Marcha ascendente da revelação para Cristo na
ordem cronológica dos livros:
• – Das origens à realeza:
22. 1. GÊNESIS
– Há a narração da criação, a história de Adão, do
pecado original, da povoação da terra, de noé,
do dilúvio da repopulação da terra. Estes
acontecimentos marcam a história do Povo de
Deus, como o início do mundo e de suas
caracterísitcas. De um modo especial marcará o
conhecimento de Deus povo, o seu amor
criador,a queda original que deu origem a todo o
mal do pecado e o rompimento com Deus. Sua
leitura deve ser feita encontrando os grandes
valores que Deus quisa dar aos homens de todos
os tempos , de todas as culturas.
23. 1. GÊNESIS
• Mais do que um mundo criado em sete dias, nos
ensina o catecismo, devemos ver um mundo
criado ordenadamente, criado bom, para o bem,
uma graduação de criações que vinham
possuindo mais e mais importância. O homem
obra prima de Deus, a maldade do homem que
livremente optou por desobedecer a Deus, a
grande misericórdia de Deus que se manifesta
continuando a amá-os e deles cuidadr e já desde
ali prometer a Salvação por meio do filho da
Mulher.
24. 1. GÊNESIS
• A partir do cap. 12 (cerca de 1800-1250 ac) Deus faz
uma aliança com Abraão. Esta alinça centralizará para
sempre a escolha dos eleitos por Deus. Este seria seu
Deus e ele e sua descendência seria seu povo. É desta
promessa que surge para sempre a eleição de Israel e
de sua linhagem, e que será lembrada por todo o
povo judeu como sua escolha irrevogável.
• Teve por filho, Isaac, que teve por filho Jacó, ambos
mantiveram a aliança. Jacó volta a se relacionar com
Deus como eleito. Foi chamado por Deus de Israel,
por isso o povo de Jacó foi chamado de Israelita.
25. 1. GÊNESIS
• Este teve doze filhos, que seriam os
patriarcas, os descendentes destes doze
filhos de Judá repatiriam a terra prometida
em doze estados semi independentes na
nação de Canaã. dentre eles destacaríamos,
Judá , Levi e José.
26. 1. GÊNESIS
• Judá porque seria seus descendentes os únicos
que permaneceriam fiéis a Deus quando
começassem a ocorrer as divisões das tribos, e
assim, seria a única nação que subsistiria na
Aliança, e para a qual as demais passariam a ter
como referência. Seria de sua descendência que
viria também a também a nascer o Messias.
Levi, porque seus descendentes seriam
separados do povo para serem sacerdotes e
responsáveis pelo culto e templo. Não teriam
terra na divisão, mas de modo diferente iriam
ser distribuídos em todas as outras terras.
27. 1. GÊNESIS
• Jacó adotou (uma maneira honrosa do
direito) os dois filhos de José por filhos seus.
Eles se mudam da terra que moravam para o
Egito, ao qual José após ser vendido pelos
irmãos .
• Esta divisão na terra de Canaã ocorreria
somente a partir do tempo narrado pelos
Juízes. Por enquanto morariam e se
multiplicariam em uma terra do Egito.
28. 2. Êxodo
• O Povo de Deus se multiplica no
Egito, viram milhares de milhares,
passam a ser escravizados.
Este livro surgiu entre os israelitas –
Narra a história de Moisés que por
chamado e orientação de Deus os
tira do Egito.
29. 2. Êxodo
• A história de sua saída do Egito,
cercada de sinais e manifestações
de Deus torna-se algo dentre o que
há de mais caro na história judaica,
e a grande eleição de Deus por seu
povo, dando-lhe o dom de seus
preceitos e mandamentos.
30. 3. Levítico, Números, Deuterômio
• Já no livro do Êxodo, seguido ainda pelo Levítico,
Números e Deuteronômio, narram a história do
povo de Deus durante seus quarenta anos
vagando no Deserto, após seu desagrado a Deus
(em Números 12). Narra os feitos de Deus, lado
a lado com as várias murmurações e
infidelidades do Povo de Deus. Prossegue com
as várias intercessões de Moisés, mas também o
povo de Deus seguindo, por seus altos e baixos,
como povo eleito.
31. • Mais do que tudo isto narra nestes livros, a
lei de Deus e suas orientações ao povo de
Deus. E se tornam junto com o Gênesis, o
Pentateuco (os cinco livros da Lei). Entende-
se ali que os Levitas não teriam terra
nenhuma mais seriam separados para em
todo o reino cuidar das coisas santas.
32. • 3b. Josué, Juízes, Samuel, Reis, Rute,
• * – Há a Morte de Moisés conduzindo o povo
a Canaã, a terra prometida.
* – Josué e os israelitas entraram em Canaã
para consquistá-la.
* – Divisão das doze tribos na terra
parcialmente conquistada, e o povo
relaxando de lutar contra eles.
33. • * – Morte de Josué.
* – As tribos se dispersaram para restabelecer a
situação do povo, surgiu entre eles os Juízes
* – Autoridade política e religiosa que mantinha a
unidade do povo
* – Juízes: 1° Juiz – Josué e último juiz – Samuel
* – Já no final do livro, ele manifesta muito o
desagrado do povo a Deus por ser disperso pela
ausência de um rei.
* – quando Samuel estava velho o povo pediu um rei
* – 1° rei: Saul, que fez um reinado pequeno, e que
desagradando a Deus foi deposto em prol de Davi.
34. • * – 2° rei: Davi, que venceu seus inimigos e
agradou a Deus. Demonstra-se como a mais
ilustre figura de Rei de Israel, mesmo em suas
quedas se entrega humildemente a Deus e
alcança dele sempre sua misericórdia.
* – 3° rei: Salomão, que fez um grande reinado,
majestoso e soberano, dentre o outras coisas é
quem constrói e consagra o Santuário. Viria a
desagradar a a Deus a fim da vida.
* A partir daqui há a posterior divisão do Reino,
logo após Salomão.
* O Reinado dos dois é narrado nos livro de
Samuel, dos Reis, e mais tarde pelo livro das
Crônicas dos Reis de Israel.
• No quadro dos reis até o exílio:
35. • 4. Salmos, provérbios, Miquéias, Amós,
Oséias, Jonas, Isaías, Sofonias, Naum
(profetiza a queda de Nínive – 612), Jeremias,
Habacuc (prediz a invasão dos caldeus e as
desgraças de Judá), Ezequiel, Baruc (exílio da
Babilônia). Lamentações (ruína de Jerusalém
e do Templo), Daniel.
36.
37. a. Divisão do Reino – 971
Depois da morte de Salomão, devido a palavra
de Deus que lhe foi contrária ao fim de sua vida,
no reinado de seu filho o reino se dividiu – as 12
tribos se dividiram em 2 reinos:
• * – Reino do Norte – 10 tribos do norte – reino
de Israel, inicialmente governado por Jeroboão I,
capital Samaria. Este Reino desagradou muito a
Deus no decorrer de sua história.
38. a. Divisão do Reino – 971
• * – Reino do Sul – 2 tribos do sul – reino de Judá,
governado por Roboão, capital Jerusalém. Este reino
foi aos poucos desagradando a Deus.
• É nesta época que surgem os profetas, grandes,
conhecidos e perseguidos entre eles. Os Reis
exprimiam a disposição do povo, ao ler o II Livro dos
Reis vemos como Deus é fiel em ir atrás do povo de
Deus (por meio dos profetas, de sinais e de prodígios)
a partir de seus reis, mas vemos também como a
grande maioria deles é infiel e idólatra. Surge aqui o
mais expoente dos profetas do A.T. : Elias.
39. b. Domínio da Assíria (721)
Longe da bênção de Deus, Samaria (Reino do
Norte) é invadida pela Assíria, alguns são
exilados, outros fogem para Jerusalém (Reino
do Sul), levando o livro do deuteronômio
(livro da Lei) – em 622 o rei Josias,
reformando o Templo em Jerusalém encontra
o Deuteronômio e faz a reforma religiosa que
dá base ao judaísmo, nome pelo qual aquele
povo vai ficando conhecido.
40. c. Domínio da Babilônia (597)
Em 597 os babilônios invadiram Jerusalém,
que ia se demonstrando mais e mais longe de
Deus. Em 587 Nabucodonosor rei da
Babilônia toma e destrói Jerusalém, o
templo, levando seus habitantes para o exílio
da Babilônia.
41. Surge na Babilônia – Ezequiel; em Judá – Jeremias.
• Com isto o Povo de Deus vai fazendo história
na terra do exílio, poderíamos citar Tobias
(dos livros deuterocanônicos) e Daniel.
42. Após o exílio
• 5. Esdras, Neemias, Joel, Ageu, Zacarias,
Malaquias, Abdias (539-490)
• * – Ciro, rei da Pérsia atacou Babilônia e assumiu
o domínio do Império babilônico (538). Agora
império Persa.
* – O povo retornou para Palestina, a fim de
restaurar a cidade e reconstruir o Templo.
* – Diante de histórias da dificuldade profunda
de fazê-lo, Neemias e Esdras narram este revigos
do Povo de Deus.
43. • – Tobias, Judite, Ester, Jó, Eclesiastes (séc. III
aC), Eclesiástico (175-163), Sabedoria,
Cântico dos Cânticos e Macabeus.
44. • – O Povo passa por período de grande
fidelidade a Deus, que lhes livra dos inimigos
que surgem. Mas com o tempo vem o
arrefecimento da religiosidade dos mesmos.
Em 490 aC os persas foram derrotados pelos
gregos, os quais impuseram aos judeus a sua
cultura. Mas os judeus fiéis reagiram (revolta
dos Macabeus), durante o Império Grego.
45. • – Em 63 aC. os romanos dominaram os
gregos. Começou o Império Romano. Fica
cada vez mais forte a cultura da vinda do
Messias, que iria restaurar seu povo e a
chegada do dia do Senhor.
47. 1. O PENTATEUCO
• INTRODUÇÃO:
• Penta = Cinco
Pentateuco Palavra grega que significa
5 livros
Teuco = rolo, livro
• São os primeiros livros da Bíblia. Na Bíblia
hebraica (judaica) o Pentateuco é chamado de “a
Lei Torá”, porque é o fundamento da religião
judaica. É o livro canônico (a Lei) dos judeus.
48. HISTÓRIA DO PENTATEUCO:
• Na história do Pentateuco encontramos as grandes
linhas da fundação do reino de Deus na terra. A
formação do mundo, da humanidade e do povo
escolhido por Deus. As leis contidas foram sendo
escritas durante cinco séculos, reformulando,
adaptando e atualizando tradições mais antigas, que
vieram desde os tempos de Moisés.
• Mostra a Revelação gradativa de Deus aos homens.
Deus se revelando aos patriarcas, libertando seu povo
da escravidão, alimentando seu povo, conduzindo-o e
criando leis.
49. 1. Gênesis
– Como a Providência Divina preparou desde o
princípio dos tempos, um povo especial para ser o
primeiro núcleo de Seu Reino.
Gênesis = Começo, nascimento. Fala do surgimento
do mundo, da história e do povo de Deus
• Gên 1-11 – A criação do mundo e do homem por Deus
– A história dos homens e do processo humano
dominado pelo pecado.
Gên 12-36 – História dos Patriarcas
• Gên 37-50 – História de José
50. 2. Êxodo
• – Como de fato o Reino foi fundado. Conta como Deus
libertou e formar seu povo.
Êxodo = Saída. Começa narrando a saída dos hebreus da
terra do Egito, onde eram escravos.
A mensagem do Êxodo é uma prefiguração da mensagem
do Novo Testamento.
• Mensagem Central:
• Êxodo – Páscoa dos hebreus, simbolismo do batismo,
passagem da escravidão do Egito para a terra Prometida
(O Reino de Deus estabelecido na terra); Deus liberta seu
povo.
Novo Testamento: Páscoa de Jesus, Deus na Pessoa de
Jesus, liberta o homem da escravidão do pecado para uma
vida nova. Estabelece uma nova e plena Aliança.
51. 3. Levítico
• – Formação de um povo santo. O povo toma
conhecimento de sua natureza “santa”.
Levítico = provém do nome Levi, a tribo de
Israel que foi escolhida por Deus para exercer
a função sacerdotal no meio do seu povo.
Mensagem Central: “Sêde santos como vosso
Deus é Santo” (Lev 19, 2).
52. 4. Números
• – O povo a caminho das Terra Prometida,
toma conhecimento de sua organização.
Números = Chama-se assim porque começa
com um grande recenseamento do povo
hebreu no deserto. Fala sobre a divisão das
12 tribos de Israel; o tabernáculo, onde ficava
guardada a arca da aliança; as funções de
cada um; a escolha dos levitas e sua missão
de cuidar do tabernáculo; Aarão como
sacerdote.
53. • Mensagem Central:
• A caminhada do povo até a terra prometida: nos
fala que todo o povo de deu é peregrino e
caminha para a terra prometida por Deus (a
glória). A organização: mostra que, dentro do
povo de Deus, as funções devem ser repartidas,
mas com um único objetivo: realizar o projeto
de Deus. A arca da aliança no centro: indica que,
nessa caminhada, Deus está sempre presente no
meio de seu povo.
54. 5. Deuteronômio
– O povo tomou conhecimento de seu espírito baseado no
amor e na obediência. A palavra grega deuteronômio
significa: segunda lei. Lei de Moisés, segundo às
necessidades do povo de Israel.
Idéia Central:
Israel viverá feliz na terra se forem fiel à aliança com Deus;
se for infiel, terá a desgraça e acabará perdendo a vida.
Mensagem: Mostra que o comportamento fundamental
do homem para com Deus é o amor com todo o ser (Deut.
6, 4-9).
“Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de
toda a alma e de todas as tuas forças”.
55. 2. OS LIVROS HISTÓRICOS
• INTRODUÇÃO:
• Nos livros históricos encontramos a história
do povo de Deus, desde a entrada na terra
prometida até próximo a época de Jesus.
Mostra-nos as relações entre Deus e os
homens, através dos acontecimentos.
56. Podemos dividir em três grupos:
a. História deuteronomista: Josué, Juízes,
Samuel, Reis.
b. História do cronista: Crônicas 1 e 2, Esdras e
Neemias.
c. História de Pessoas como modelos de fé:
Macabeus, Rute, Tobias, Judite, Ester.
57. HISTÓRIA DO DEUTERONOMISTA:
• 1. Josué, Juízes, Samuel, Reis – Mostraram
que a história de Israel depende da atitude
que o povo toma na aliança com Deus: “Se o
povo é fiel à aliança, Deus lhe concede a
bênção (saúde, felicidade). Se o povo é infiel,
atrai para si a maldição (fracasso, doença,
miséria). Esta idéia faz parte faz parte da
história deuteronomista.
58. Josué
– Deus libertou o povo do Egito para ser livre
na Terra prometida. Mas o povo teria que
conquistar a Terra que Deus lhe dera. Deus
concede o dom, mas não viola a liberdade e
nem dispensa o esforço do homem para
assumí-la em seu viver. Deus exige que o
homem busque e conquiste o dom que Ele
concede. Deus quer a colaboração do
homem.
59. Juízes
– Depois das morte de Josué, as tribos se
dispersaram, o povo começa a adorar deuses,
consequentemente perde a liberdade e se
torna escravo dos ídolos.
No sofrimento toma consciência, se
arrepende e suplica para que Deus lhe
liberte. Deus faz surgir um juiz que reúne o
povo e o conduz à liberdade.
60. Samuel
– O último juiz. Este sagrou o primeiro rei –
Saul. Estabelecimento da monarquia sob Saul
e Davi.
Afirma que qualquer autoridade que não
obedece a Deus e não serve o povo é
ilegítima e má, pois ocupa o lugar de Deus
para explorar e oprimir o povo. Toda
autoridade vem de Deus.
61. Reis
– Mensagem Central: “O rei deve ser fiel a Deus e
governar com sabedoria e justiça, servindo o povo
que pertence a Deus”. Mas os reis são sempre infiéis e
fazem o mal diante do Senhor (praticam idolatria,
oprimem o povo, perseguem os profetas). Por isso o
Reino do Norte (Israel) e o Reino do Sul (Judá) são
levados à ruína.
O templo e os profetas tem um papel importante
nessa época. O templo – lugar da reunião do povo
com Deus. Os Profetas – guardiões da consciência do
povo, e os críticos da ação política dos reis.
62. HISTÓRIA DO CRONISTA:
• 2. Esdras e Neemias – Procuram dar as
normas básicas para a sobrevivência e a
organização do povo de Deus depois do
exílio.
Esdras – sacerdote conhecedor da Lei de
Moisés
63. • Neemias – Leigo corajoso.
As bases da reforma de Esdras e Neemias são
os alicerces do judaísmo.
64. Crônicas 1 e 2
• – Para fundamentar essas normas, eles
repensam a própria história do povo, desde o
início. Com o objetivo de dirigir a atenção do
povo para a esperança de Israel que se reúne:
no templo e no Messias.
Templo: onde Deus estabeleceu sua morada.
Messias: que há de vir e cumprir as
promessas feitas aos patriarcas e profetas.
65. HISTÓRIA DE PESSOAS COMO MODELOS DE FÉ:
• 3. Macabeus 1 e 2, Rute, Tobias, Judite, Ester
Se apresentaram como modelos de vivência
da fé diante de situações difíceis, seja de vida
pessoal (Rute, Tobias), como nacional (Judite,
Ester, Macabeus).
• Macabeus – Mostraram a resistência heróica
de um grupo diante da dominação grega, que
impõe a sua culta e religião ao povo de Israel.
66. Rute
– Uma história
emocionante do amor
de Deus, que quer
gente de todas as
nações formando a sua
família, o seu povo. O
amor de Deus é para
todos.
67. • Tobias – A finalidade do
livro é estimular e
fortalecer a fidelidade
e a confiança do povo
nas mãos de Deus, nos
valores de Israel e no
seu Deus.
68. • Judite – É um convite à
coragem. Leva o povo a
louvar o verdadeiro
Deus que vence os
ídolos opressores.
• Ester – Deus dá força e
coragem e derrota o
orgulho humano,
fazendo vencer os
oprimidos
69. Os livros proféticos
• São 18. A partir de Samuel (sec.XI a.C) até Malaquias
(sec.V a.C) a série dos profetas foi ininterrupta e eles
exerceram papel muito importante no reino de Israel:
eram conselheiros dos reis, censuravam as injustiças,
condenavam toda idolatria, etc.
• Os profetas Isaías, Jeremias, Oséias, e Amós, atuaram
antes do exílio (587-538 a.C) e mostravam aos reis e
ao povo as suas faltas, pelas quais Deus os
abandonaria nas mãos dos estrangeiros.
• Os profetas Ezequiel e o ¨segundo¨ Isaías (Is 40-55)
agiram durante o exílio procurando erguer o ânimo
do povo.
70. • Os profetas Ageu, Zacarias e Malaquias
atuaram depois do exílio incentivando o povo
a reconstruir o Templo e os muros de
Jerusalém, além de empreender a reforma
religiosa, moral e social da comunidade
judaica e predizendo a glória do futuro
Messias.
71. • Os profetas Oséias,
Amós, Miquéias, Joel,
Abdias, Jonas, Naum,
Habacuc, Sofonias,
Ageu, Zacarias,
Malaquias, em número
de 12, são chamados de
profetas menores, não
porque não foram
importantes, mas
porque nos deixaram
escritos pequenos, que
já no século II antes de
Cristo eram
colecionados em um só
volume (rolo). vizinhos.
72. • Não é possível se saber com exatidão a época
em que cada um deles atuou, mas sabemos
que agiram do século VIII ao século III a.C. e
fornecem dados importante da história de
Israel e dos povos
73. O livro de Isaias
• O profeta viveu de 740 a
690aC. Mas não foi o
único autor de todo o
livro. Este está dividido
em três partes: Isaias I
(capítulos 1-39) é do
tempo do profeta; Isaias
II (40-55) é da época do
exílio da Babilônia (587-
638aC) e Isaias III (56-66)
foi escrito após o exílio na
época da restauração do
povo na sua terra.
74. • O profeta Isaías era
filho de nobre família
de Jerusalém, poeta ,
foi conselheiro dos
reis Jaotã, Acaz e
Ezequias numa época
de infidelidade moral
e religiosa por parte
do povo de Israel. O
livro de Isaías, por
isso, é dito da ¨escola
de Isaías¨; isto é, seus
discípulos devem ter
continuado a obra do
mestre através dos
séculos.
75. O livro de
Jeremias
• - O profeta viveu de 650 a
567 aC, nasceu perto de
Jerusalém. O reino de Judá
estava cada vez mais
ameaçado pelos
adversários, e o profeta
anunciou a ruína da Cidade
Santa e do Templo, por isso
foi condenado à morte
pelos sacerdotes e falsos
profetas, mas escapou da
morte. O livro contém os
quarenta anos de pregação
do profeta.
76. O livro das Lamentações
• - é uma coleção de cinco cânticos que choram
a queda da Cidade Santa de Jerusalém
ocorrida e 587 aC. Os quatro primeiros são
acrósticos. Reconhece a culpa do povo por
causa dos seus pecados e o convoca à
penitência e à oração.
77. O livro de Baruc
• - Baruc foi conselheiro e
secretário (amanuense ) de
Jeremias. Acompanhou-o
ao Egito após a queda de
Jerusalém em 587 aC; o
autor trato do povo no
exílio da Babilônia e
exorta-o para que não caia
na idolatria dos babilônios,
viva a lei de Moisés e não
desanime.
78. O livro de Ezequiel
• - O profeta Ezequiel (=
Deus dá força), era
sacerdote, casado, e
perdeu a esposa um
pouco antes da queda
de Jerusalém em 587
aC. Exerceu o seu
ministério até 571 aC e,
segundo uma tradição
judaica morreu
apedrejado pelos
judeus.
79. O livro de Ezequiel
• Acompanhou o
povo de Judá na
fase mais crítica da
sua história,
quando Jerusalém
caiu sob
Nabucodonosor.
80. O livro de
Ezequiel
• O livro de Ezequiel tem
quatro partes:
• 1- (cap. 4-24), onde censura
os judeus antes da queda de
Jerusalém por causa dos seus
pecados; 2- (cap. 25-32), que
contém oráculos contra os
povos estrangeiros que
oprimiram os hebreus;
• 3 - (cap. 33-39), consola o
povo durante e após o cerco
de Jerusalém, prometendo-
lhe tempos melhores;
• 4 - (40-48), descreve a nova
cidade e o novo Templo após
a volta do exílio.
81. O livro de Daniel
• - O profeta Daniel (=Deus é meu juíz), é o
principal personagem do Livro. Os capítulos
de 1 a 6 formam um núcleo histórico e
contam a históri do profeta. Daniel foi um
hebreu deportado para a Babilônia em 606
aC, fiel à lei de Deus, que o enriqueceu com
dons diversos, tendo-se tornado importante
na corte de Babilônia.
82. O livro de Daniel
• Os capítulos 7 a 12 tem uma forma
apocalíptica, que tem o seguinte sentido: na
época em que os judeus estavam oprimidos
por Antíoco Epifanes (167-164 aC) um hebreu
piedoso escreveu a história dos último
séculos de Israel, com a finalidade de animar
os irmãos e apresentou a sua época como
próxima da libertação messiânica.
83. O livro de Daniel
• Faz referência ao Filho do Homem (7,13) e ao
seu reino definitivo sobre as nações. Mais do
que um livro profético, é um Midraxe e um
Apocalipse, escrito no século II aC, não pelo
profeta, mas por alguém que contou a sua
história.
84. Os profetas menores
• Amós - era natural de Técua (Judá). Pastor de
gado e cultivador de sicômoros. Exerceu o
chamado profético no reino da Samaria, sob
o rei Jeroboão (783-743 aC). Pregou contra o
luxo, a depravação dos costumes, o culto
idolátrico, previu a queda do reino da
Samaria em 721aC nas mãos dos Assírios. Foi
um ministério curto mas forte.
85. Oséias
• Pregou também no reino do norte, da Samaria,
sob Jeroboão II (783-743 aC).
• O livro mostra as relações de Javé com o povo
judeu simbolizadas pelo casamento do profeta,
que se casa com uma mulher leviana (Gomer),
que o engana; mas que cai na escravidão; é,
então resgatada pelo profeta que a recebe de
novo como esposa.
• O tema principal do livro é o amor de Javé pelo
seu povo.
86. Miquéias
• Profetizou sob Joatã, Acaz e Ezequias, reis de
Judá (740-690 aC).
• Deve ter conhecido a queda do reino do norte
em 721 e a invasão de Judá em 701 por
Senaquerib.
• O profeta Jeremias cita um dos seus oráculos
contra Judá (Jr 26, 18).
• Encontramos neste livro uma notável profecia
messiânica (5,1-4).
87. Sofonias
- Exerceu seu ministério sob o piedoso rei
Josias (640-609 aC), que fez uma forte
reforma religiosa em 622 (2Rs22,3-23,21).
A mensagem principal de Sofonias é o
anúncio do Dia do Senhor, também abordado
por Amós e Isaías.
O Senbor salvará o resto do seu povo, que lhe
servirá na justiça, na humildade e na
piedade.
88. Naum
• - era natural de Elcós. Trata somente da
queda de Nínive, capital do império Assírio,
que ameaçava os povos vizinhos e Judá. O
livro é pouco anterior à queda de Nínive em
612 aC.
89. Habacuc
• O livro trata do tema ¨porque o ímpio prevalece
sobre o justo e o oprime?¨.
• É da época das ameaças dos Assíris sobre Israel.
• O Senhor responde indicando a queda final dos
ímpios e a vitória dos justos.
• Mostra que Deus, por caminhos obscuros,
prepara a vitória do direito e dos justos.
• ¨O justo viverá pela fé¨ (Hab 2,4; Rm 1, 17; Gal
3, 11; Hb 10,38).
90. Ageu
• - Este profeta dá início ao último período dos
profetas, após o exílio. O tom e a da
Restauração. Ageu acompanha o povo na
volta da Babilônia.
91. Ageu
• Essa gente era hostilizada pelos estrangeiros
que moravam na Judéia e nos países vizinhos,
passava dificuldades.
• Então o profeta exorta este povo a
reconstruir o Templo, e isto como condição
para a vinda de Javé e do seu reino. Exerceu
seu ministério no ano 520 aC.
92. Zacarias
• - Exerceu o ministério também por volta do
ano 520 aC., após o retorno do exílio.
• O livro se refere a oito visões do profeta que
tratam da restauração e da salvação de Israel.
Seguem-se os oráculos messiânicos.
93. Zacarias
• A segunda parte do livro é de difícil
entendimento, com fatos históricos difíceis
de conhecer e com um apocalipse que
descreve as glórias de Jerusalém nos últimos
tempos.
94. - seu nome significa ¨meu mensageiro¨. Dois
grandes temas são abordados pelo profeta:
as faltas dos sacerdotes e dos fiéis na
celebração do culto; e o escândalo dos
matrimônios mistos e dos divórcios.
95. • O Senhor anuncia o dia do Senhor que
purificará os sacerdotes e levitas, punirá os
maus e concederá o bem aos justos.
• Fala da promessa da vinda de Elias que
precederá o dia do juízo final.
• O livro de aproximadamente 515 aC, anterior
à proibição dos casamentos mistos devida à
reforma de Esdras e Neemias em 445 aC.
96. Abdias
- é o menor dos livros proféticos, e de difícil
entendimento. Dirigido a Edom, povo vizinho
de Judá, sob o rei Jorã (848-841 aC). O livro
exalta a justiça e o poder de Javé, que age
como defensor do direito.
97. - O livro foi escrito após o exílio, próximo do
ano 400aC. É um compêndio da escatologia
(últimos tempos) judaica. Descreve o Dia do
Senhor, caracterizado pela efusão do Espírito
Santo, o juízo sobre as nações e a restauração
messiânica do povo eleito.
98. • O ataque dos gafanhotos, da primeira parte,
indica os acontecimentos que antecederão
imediatamente o Dia do Senhor.
• A segunda parte tem a forma de um
apocalípse que descreve a intervenção final
de Deus na história, com abalo cósmico.
99. Jonas
• Jonas - é diferente de todos os outros livros
proféticos. Narra a história de um profeta,
Jonas, que recusou a ordem do Senhor para
que fosse pregar aos ninivitas.
100. • Milagrosamente conduzido pela providência
divina chega a Nínive e consegue converter a
grande cidade. Deus lhe ensina que a sua
misericórdia atinge a todos os povos. É uma
narração didática, parabólica, não história,
para mostrar aos judeus do século V aC,
muito nacionalistas, que a salvação é
universal.