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Módulo: Inventário
Curso: Operador de Distribuição
Escola Profissional de Coruche
Professora: Carla Louro
1
INVENTÁRIO
Noção de Inventário
Consiste numa relação (lista) dos elementos patrimoniais com a indicação do seu
valor.
No inventário devemos considerar três fases:
a) Identificação, em que se verifica quais os elementos patrimoniais existentes;
b) Descrição e classificação, em que os elementos serão apresentados e
repartidos pelas classes a que dizem respeito (por ex: cadeira giratória em tecido
verde com braços, marca, modelo, número de série, dimensão, ano de
fabricação, capacidade e estado de conservação (ótimo, bom ou mau).
c) Valorização, acto de atribuição de um valor a cada elemento patrimonial.
2
Classificação de Inventários
Os inventários podem ser:
 Gerais – quando abarca todos os elementos que constituem um dado património
(faz-se uma descrição completa da empresa);
 Parciais – quando abrange apenas alguns dos elementos patrimoniais;
 Simples – os elementos aparecem dispostos sem obedecer a qualquer ordem;
 Classificados – os elementos aparecem agrupados, segundo a sua natureza,
característica ou função.
 Ordinários – são efetuados periodicamente, ou seja, são regulares e previsíveis;
 Extraordinários – apenas são elaborados em consequência de condições
excecionais, ou seja, são imprevisíveis, (exemplo:
saída de um sócio, venda do capital a terceiros).
3
Objetivo do Inventário
Saber o que existe na empresa e onde está armazenado, controlando assim
eventuais extravios e garantindo a sua disponibilização em caso de necessidade
imediata.
Ou seja:
assegurar o registo e controlo de todos os movimentos de stocks.
Neste caso, o inventário transforma-se numa ferramenta indispensável para
controlar as perdas e os custos, mas também para otimizar os processos de
acondicionamento, manuseamento, armazenamento dos produtos, garantindo o
mínimo de desperdício possível.
4
INVENTÁRIO
Importância do inventário
 Conhecer as existências, em quantidade e em valor, responde a várias
necessidades da empresa, (contabilidade, gerir a tesouraria e gerir os
reaprovisionamentos).
 Conhecer o preço unitário dos artigos para os poder integrar no cálculo dos
preços de custo dos produtos finais ou em curso.
 Verificar a qualidade do estado dos stocks (diferença entre stock real e
registo informático do stock), é necessário efetuar inventários e
eventualmente atualizar a registo informático.
5
INVENTÁRIO
Quais as consequências de não fazer um inventário?
A falta de controlo de um inventário significa que a empresa não tem
capacidade para saber se tem de comprar ou encomendar mais produtos
aos seus fornecedores.
6
INVENTÁRIO
Necessidade de existência de inventários:
 Evitar stocks excessivos;
 Evitar quebras de stock;
 Evitar a existência de monos;
 Proteção contra as incertezas (procura aleatória, imprevistos);
 Reduzir custos de armazenagem;
 Cobrir antecipadamente flutuações da procura ou do fornecimento (sazonais);
 Cobrir necessidades de trânsito dos produtos;
 Controlo rigoroso das entradas e saídas.
7
INVENTÁRIO
Tipos de Inventários
 Permanente
 Intermitente
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Inventário permanente
O sistema de Inventário Permanente consiste na identificação dos bens quanto à
sua natureza, quantidade, custos unitários e globais, de forma a permitir uma
verificação, a qualquer momento, da correspondência entre as contagens físicas
e os respetivos registos contabilísticos.
No SIP é possível determinar permanentemente o valor dos stocks em armazém
e apurar em qualquer momento os resultados obtidos nas vendas ou na
produção.
Resultado Bruto das Vendas = Vendas Líquidas – Custo das Mercadorias
Vendidas e Matérias Consumidas
9
INVENTÁRIO
Inventário Permanente – Novas normas a partir de janeiro de 2016
Na sequência das alterações introduzidas pelo Decreto-Lei 98/2015 de 02-06-
2015, a partir de 1 de janeiro de 2016, foi alargado o universo de empresas
obrigadas a inventário permanente.
Estas alterações traduzem-se no seguinte:
 Obrigatoriedade de praticarem uma gestão efetiva e continua das suas
existências;
 Efetuarem o registo do respetivo custo das mercadorias;
 Registarem os movimentos de entradas e saídas, tendo estes que estar
integrados com os fluxos de compras, vendas, produção e consumos.
10
Inventário Permanente – Novas normas a partir de janeiro de 2016
Que empresas estão obrigadas a ter o Inventário Permanente?
Esta alteração aplica-se a empresas que ultrapassem 2 dos 3 critérios
seguintes:
 350.000€ de balanço
 700.000€ de vendas liquidas
 10 empregados
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Quais as empresas que não são abrangidas pelo novo sistema?
As empresas classificadas como Microentidades ficam dispensadas desta
obrigatoriedade bem como as entidades que prossigam as atividades de:
• Agricultura, produção animal, apicultura e caça;
• Silvicultura e exploração florestal;
• Indústria piscatória e aquicultura;
• Pontos de venda a retalho que, no seu conjunto não apresentem, no período de
um exercício, vendas superiores a 300.000€ nem a 10% das vendas globais da
respetiva entidade.
• Prestação de serviços, considerando-se como tais as que apresentem, no
período de um exercício, um custo das mercadorias vendidas e das matérias
consumidas que não exceda 300.000€ nem 20% dos respetivos custos
operacionais.
12
INVENTÁRIO
Artigo 9.º - Decreto-Lei nº 98/2015 de 02-06-2015 - Categorias de entidades
1 – Consideram-se microentidades aquelas que, à data do balanço, não
ultrapassem dois dos três limites seguintes:
• Total do balanço: 350.000€;
• Volume de negócios líquido: 700.000€;
• Número médio de empregados durante o período: 10
2 – Consideram-se pequenas entidades aquelas que, à data do balanço, não
ultrapassem dois dos três limites seguintes:
• Total do balanço: 4.000.000€;
• Volume de negócios líquido: 8.000.000€;
• Número médio de empregados durante o período: 50.
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INVENTÁRIO
Artigo 9.º - Decreto-Lei nº 98/2015 de 02-06-2015 - Categorias de entidades
3 – Consideram-se médias entidades aquelas que, à data do balanço, não ultrapassem
dois dos três limites seguintes:
• Total do balanço: 20.000.000€;
• Volume de negócios líquido: 40.000.000€;
• Número médio de empregados durante o período: 250
4 – Grandes entidades são as entidades que, à data do balanço, ultrapassem dois dos três
limites referidos no número anterior.
5 – Para efeitos do presente decreto-lei 98/2015, as entidades de interesse público são
consideradas grandes entidades, independentemente do respetivo volume de negócios
líquido, do total do balanço ou do número médio de empregados do período.
14
INVENTÁRIO
Inventário Permanente – Novas normas a partir de janeiro de 2016
Quais os termos de contabilização do Inventário Permanente?
Os termos de contabilização dos inventários são os seguintes:
 Proceder às contagens físicas dos inventários com referência ao final do
período, ou, ao longo do período, de forma rotativa, de modo a que cada bem
seja contado, pelo menos, uma vez em cada período.
 Identificar os bens quanto à sua natureza, quantidade e custos unitários e
globais, por forma a permitir a verificação, a todo o momento, da
correspondência entre as contagens físicas e os respetivos registos
contabilísticos.
15
INVENTÁRIO
Inventário intermitente
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O sistema de inventário intermitente não permite que as empresas conheçam,
momento a momento, tanto o valor dos inventários em armazém, como o
custo das existências vendidas e consumidas e ainda o resultado obtido no
final de cada período (mensal, trimestral ou semestral).
Esta informação só é conhecida no final do período quando, após a contagem
física dos bens, se apurar o montante do seu inventário.
É um sistema que, embora de fácil aplicação, não permite tanto uma gestão
eficaz, como a aplicação de medidas atempadas para combater faltas de
controlo sobre as existências, já que a informação sobre os resultados da
empresa depende sempre de uma contagem física.
INVENTÁRIO
NOTA
 Conforme o art.º 86 do CIVA, “salvo prova em contrário, presumem-se
adquiridos os bens que se encontrem em qualquer dos locais em que o sujeito
passivo exerce a sua atividade e presumem-se transmitidos os bens adquiridos,
importados ou produzidos que se não encontrem em qualquer desses locais”.
 Assim sendo, a não existência da mercadoria em stock pode conduzir à
presunção de que o produto foi vendido de forma não documentada, pelo
que esta ausência deve ser controlada e registada pela empresa, com
respetivos documentos de quebras e regularização de existências no
sistema (ex. certidão de furto comunicada à Polícia Judiciária).
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INVENTÁRIO
NOTA
 “não existe obrigação legal de proceder a qualquer prévia diligência ou
participação junto dos serviços da administração fiscal. Crê-se, no entanto,
que os sujeitos passivos terão vantagem em ter na sua posse elementos
justificativos das faltas nas suas existências dos bens destruídos ou
inutilizados, como forma mais segura de elidir a presunção no citado artigo
86”.
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INVENTÁRIO
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Objetivos e periodicidade do inventário
INVENTÁRIO
Objetivos
a) Nível de quebra
b) Métodos de abastecimento
c) Nível de stocks de cada referência
d) Politica de diminuição do nível de quebra
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a) Nível de quebra
Quebra Desconhecida
Definição
Consiste na parte dos lucros esperados que, de acordo com o nível de stocks nos
inventários, não chegam a ser realizados.
A quebra desconhecida é a diferença entre o stock teórico e o stock real, ou seja, a
diferença entre o que deveríamos ter de acordo com a nossa atividade empresarial e
o que realmente temos.
As três causas:
• Furto externo – pessoas alheias à empresa.
• Furto interno – empregados da própria empresa ou pessoas com atividades
ligadas à empresa.
• Erros de gestão – resultado de falhas de gestão não intencionadas, como por
exemplo registo de vendas com preços errados.
21
INVENTÁRIO
Quebra Desconhecida
Seja fruto de roubo externo, interno ou de erros de gestão, a perda
desconhecida na cadeia de abastecimento tem forte impacto nas finanças
das empresas.
Identificar as fontes de risco e as causas da quebra é a tábua de salvação
das empresas e constitui informação imprescindível para pôr em marcha um
plano de ataque à principal dor de cabeça dos operadores.
O que deve ser feito?
Calcular a quebra desconhecida
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INVENTÁRIO
Calcular a quebra desconhecida
São recomendadas três regras:
1. Conhecer a quebra: Reunir informação
2. Boas práticas (medidas corretoras )
3. Conhecer os fatores de risco
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INVENTÁRIO
Calcular a quebra desconhecida
1. Conhecer a quebra: Reunir informação
Para reduzir e combater o impacto da Quebra Desconhecida na nossa empresa, o que se deve
fazer?
calcular a diferença de inventário.
A diferença de inventário = inventário teórico - inventário real ou físico
Ou seja,
A diferença entre o que deveríamos ter de acordo com a nossa atividade empresarial e o que
realmente temos.
24
INVENTÁRIO
25
INVENTÁRIO
1. Conhecer a quebra: Reunir informação
Após o cálculo da diferença de inventário, o que fazer?
a) Olhar para os resultados, analisando:
1º a percentagem do custo das quebras relativamente ao número de
vendas, valorizando as quebras de produtos a preços de custo médio.
2º a percentagem de unidades que faltam no total das unidades vendidas.
26
INVENTÁRIO
Conhecer o nível de quebra serve para
b) Rever os procedimentos, de modo a evitar:
 Enganos nos movimentos a serem considerados pelo cálculo do inventário teórico
como, por exemplo, não inclusão de vendas realizadas durante a inventariação e os
cálculos.
Para isso, deve-se estabelecer um momento preciso para fechar a inventariação e
proceder ao cálculo.
 Analisar informação incorreta ou incompleta, especialmente, duplicação de vendas,
envios incorretos de transações, confusão de códigos, notas de entrega de
armazém, faturas relativas a entrega nas lojas, devoluções de produtos, alterações
e regularizações de preço (especialmente nas promoções e saldos).
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INVENTÁRIO
Conhecer o nível de quebra serve para
c) Tomar decisões a vários níveis:
 Revisão ou implementação de novos procedimentos internos (logística,
segurança, encomendas);
 Adoção de medidas de segurança pontuais sobre determinados produtos,
áreas da loja, pessoas, circuito;
 Alterações sobre a exposição dos produtos, concebendo formas mais
seguras de o fazer, nomeadamente, alterando a sua localização,
embalagem e disposição;
 Corrigir eventuais desvios entre o inventário teórico e a atividade real.
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INVENTÁRIO
2. Boas práticas (medidas corretoras)
 Deve ser minucioso na gestão da informação e tentar, através da diferença de
inventário, observar quais os produtos que mais desaparecem e com que
frequência.
 Deve estar atento e, assim, talvez consiga mesmo identificar os períodos do
dia, da semana, do mês e do ano em que o risco aumenta.
Verá que vai ter uma visão precisa sobre:
• O que atrai mais os larápios;
• Se a disposição dos produtos na loja é correta em função da segurança;
• A rotação do produto;
• O seu grau de perecibilidade.
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INVENTÁRIO
2. Boas práticas (medidas corretoras)
Na realização do inventário, devem participar os departamentos de controlo de
gestão, exploração de loja, logística e segurança.
São aconselháveis ações de formação com os colaboradores envolvidos na
realização do inventário físico, para:
 Estabelecer melhores práticas, como, por exemplo, a realização de uma
contagem prévia sobre a localização dos produtos, sobretudo os arrumados
em diferentes locais.
 Uniformizar e normalizar a metodologia da contagem e a documentação de
apoio a utilizar, como sejam formulários e tabelas.
30
INVENTÁRIO
3. Conhecer os fatores de risco
Agora que já se conhece o valor da quebra que a empresa sofreu, como
determinar a sua origem (furto externo, interno e erros)?
A única forma é reunir informação das ocorrências e tirar conclusões que
permitam ponderar o peso de cada uma das três causas.
As informações mais úteis são:
• Tentativas de furto detetadas;
• As provas que demonstrem furto: etiquetas eletrónicas encontradas na loja
e etiquetas de preço violadas;
• Discrepância detetada nas encomendas;
• Erros de fixação de preços.
31
INVENTÁRIO
b) Métodos de abastecimento
Deve-se fazer prevenção e controlar os erros na cadeia de abastecimento.
Recomenda-se de seguida um conjunto de melhores práticas e ferramentas cuja
aplicação contribui para melhorar a eficiência do fluxo de mercadoria e de
informação na cadeia de abastecimento:
1) Preparação de encomendas, manipulação, carga, transporte, descarga e
receção da mercadoria.
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INVENTÁRIO
b) Métodos de abastecimento
2) (Intercâmbio Eletrónico de Dados) EDI: através de mensagens de linguagem
standard EANCOM para EDI, as empresas podem, de uma forma standard e
integrada e automaticamente nos sistemas das empresas:
• Comunicar com antecedência o conteúdo exato dos envios.
• Confirmar a receção da mercadoria e informar de possíveis ocorrências no
processo de receção.
• Informar sobre a situação concreta das encomendas.
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INVENTÁRIO
b) Métodos de abastecimento
3. Codificação EAN.UCC 128: É um sistema de identificação criado para ambientes
não retalhistas (armazém), para ligar o fluxo físico de mercadorias ao fluxo de
informação e facilitar a integração dos fluxos de informação entre as empresas.
A codificação EAN.UCC 128, entre outras questões, permite:
 Automatizar a gestão dos armazéns (Ex: A leitura do código permite colocar a
mercadoria no armazém em função da data de validade do produto,
informação incluída no código EAN.UCC 128).
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INVENTÁRIO
b) Métodos de abastecimento
 Agilizar os processos de receção de mercadoria. Com a leitura do SSCC
(Código Seriado de Unidade de Envio ou Número de Matrícula) que possui
a etiqueta EAN. UCC 128, é possível relacionar o conteúdo do envio com o
aviso de expedição que se fez previamente com a mensagem DESADV da
linguagem EANCOM do EDI.
35
INVENTÁRIO
Em suma:
Estas ferramentas aliadas às melhores práticas permitem reduzir as
ocorrências e controlar os pontos de risco que constituem uma fonte de erros
na cadeia logística:
 Agilizam e aumentam a qualidade da informação para os fluxos
administrativos e operacionais.
 Reduzem ocorrências nas entregas e no processo de faturação.
 Aumentam os níveis de informação e localização dos produtos.
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INVENTÁRIO
c) Nível de stocks de cada referência
O que é recomendado ?
Calcular a diferença de inventário com uma frequência proporcional ao risco que
cada secção ou produto tenha em termos de furto ou erro.
Para estabelecer esta frequência recomenda-se ter em consideração o seguinte:
 A atratividade dos produtos sentida pelos ladrões.
 A situação na loja. Os produtos localizados em pontos críticos da loja têm
mais possibilidades de serem furtados.
 A rotação do produto.
 O seu grau de perecibilidade.
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INVENTÁRIO
c) Nível de stocks de cada referência
Nos produtos de risco de quebra elevado recomenda-se aumentar o nível
de precisão dos inventários.
Nesse sentido, aconselha-se:
 Contar fisicamente duas vezes os produtos.
 Fazer comprovações aleatórias da integridade dos produtos (Ex: verificar
se nas unidades de venda estão todos os componentes).
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INVENTÁRIO
d) Politica de diminuição do nível de quebra
O que a empresa deve fazer para diminuir o nível de quebra dos seus
produtos?
1º - Fazer inventários físicos e teóricos e calcular a diferença de inventário, uma
vez que:
 Conhecer o problema é o primeiro passo para o solucionar.
 Com esta informação serão tomadas melhores medidas de prevenção e
controlo.
 Constitui uma forma de consciencializar e envolver os trabalhadores da
empresa na prevenção de Quebras Desconhecidas.
39
INVENTÁRIO
d) Politica de diminuição do nível de quebra
2º - Fazer ações de formação e de acompanhamento das pessoas envolvidas na
realização do inventário físico.
Qual é o objetivo destas ações de formação ?
 Estabelecer melhores práticas como por exemplo, realizar uma análise prévia da
contagem sobre a localização dos produtos, especialmente os que estão situados
em mais do que um local diferente.
 Unificar e normalizar aspetos como:
• A metodologia da contagem. (ex: de cima para baixo e da esquerda para a
direita). Assim conseguiremos evitar erros e acelerar o processo.
• A documentação de apoio a utilizar (formulários, tabelas).
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INVENTÁRIO
d) Politica de diminuição do nível de quebra
Divergência entre inventários – O que fazer?
1- Se surgirem diferenças significativas no último inventário calculadas e a
evolução dos dados não seja muito consistente, recomenda-se:
 Rever a metodologia de cálculo.
 Aumentar a frequência de cálculo.
2 - Caso não se disponha de sistemas de informação que o permitam,
recomenda-se fazer o inventário físico com a atividade da empresa
parada (vendas, receção de mercadoria).
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INVENTÁRIO
Considerações prévias sobre a quebra desconhecida
1. O cálculo da diferença de inventário dá-nos o montante das quebras que a
empresa sofreu, mas em nenhum caso consegue determinar que parte
dessa Quebra se deve a Furto externo, Furto interno e a Erros.
2. Para obter uma aproximação deste dado a única forma é reunir informação
das ocorrências que acontecem na empresa e, a partir dela, tirar conclusões
que nos permitam ponderar o peso das três causas.
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INVENTÁRIO
Considerações prévias sobre a quebra desconhecida
 Para determinar o peso dos três fatores determinantes da Quebra Desconhecida,
recomenda-se:
Que seja reunida informação e que se faça um registo dos factos que sejam a causa
da Quebra Desconhecida ou das provas que demonstrem que um destes factos
aconteceu.
Quais são as informações mais úteis para determinar o peso das três causas?
• As tentativas de furto que foram detetadas (produto, secção).
• As provas que demonstrem que aconteceu um furto: etiquetas eletrónicas
encontradas na loja, etiquetas de preço arrancadas.
• Discrepância detetada nas encomendas.
• Erros de fixação de preços.
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INVENTÁRIO
Considerações prévias sobre a quebra desconhecida
 Esta informação irá dar uma aproximação de como aconteceram os factos
relativos ao furto externo, ao furto interno e aos erros e, consequentemente,
uma aproximação relativamente ao peso que tiveram cada uma destas três
causas no conjunto do montante da Quebra Desconhecida.
44
INVENTÁRIO
Periodicidade do Inventário
 Periódicos
 Pontuais
 Sistemáticos
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INVENTÁRIO
Periódicos
 Inventário Físico Permanente
Este sistema consiste em contar diariamente, no fim de cada dia de trabalho, apenas
os artigos que tenham tido movimento durante esse dia.
Assim, se houver qualquer erro, terá apenas que se verificar esse dia, simplificando-
se a tarefa de correção.
 Inventário Físico Rotativo
Processa-se da seguinte forma:
• Dividem-se os artigos, de acordo com o número de movimentos, nas categorias
A, B e C;
• Os artigos A são contados de forma cíclica e uma vez em cada trimestre,
enquanto os B são contados semestralmente e os C anualmente;
• No início de cada dia de trabalho são controlados os movimentos dos artigos
entrados e saídos, no dia anterior.
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INVENTÁRIO
Pontuais
 Inventário Físico Intermitente
Consiste no encerramento periódico do armazém, durante alguns dias, a fim
de fazer um balanço (contagem) dos diferentes artigos.
É geralmente efetuado uma vez por ano, no final do exercício contabilístico.
Engloba todos os artigos da empresa, gerando uma elevada carga de
trabalho que pode perturbar a sua atividade.
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INVENTÁRIO
Sistemáticos
 Inventário programado
Este inventário permite:
a) Conhecer os stocks teóricos de materiais durante os próximos η períodos de
controlo;
b) Conhecer as entradas programadas (provenientes das encomendas emitidas),
e as previsões de saída, isto é, saber em que data se processa qual
movimento.
É neste pormenor que difere o inventário comum de materiais do inventário
programado.
48
INVENTÁRIO
49
3. Processo de inventário
INVENTÁRIO
3. Processo de inventário
 Calendarizarão do inventário
 Os passos da gestão de inventário
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INVENTÁRIO
 Calendarização do inventário
A contagem cíclica ajuda a manter níveis altos de exatidão de inventário e é
uma das melhores formas de identificar problemas. Além disso, pode eliminar
a necessidade da realização de inventários físicos, que costumam ser mais
caros.
No que respeita à execução, existem dois métodos para efetuar uma
contagem cíclica (contagem cíclica é uma metodologia de inventários
rotativos):
1) Calendário de Contagem
2) Contagem de Balanço Residual
51
INVENTÁRIO
1) Calendário de Contagem
• Um dado número de recontagens é efetuado todos os dias, por vezes
durante mudanças de turno ou em alturas em que é possível assegurar que
não existem transações de inventário.
• As discrepâncias são corrigidas e registadas para análise.
• São mantidos registos das recontagens para assegurar que todos os artigos
são contados na frequência planeada.
52
INVENTÁRIO
2) Contagem de Balanço Residual
Método no qual a recontagem é efetuada no momento em que o
funcionário visita a localização do artigo para fazer o picking ou a sua
reposição.
Pode ser programada para situações em que seja fácil a sua contagem.
 As discrepâncias são corrigidas e registadas para análise.
 São mantidos registos das recontagens para assegurar que todos
os artigos são contados na frequência planeada.
53
INVENTÁRIO
 Os passos da gestão de inventário
Uma gestão positiva e equilibrada do inventário é indispensável ao bom
funcionamento das empresas.
a) Plano de operações
b) Plano de necessidades materiais
c) A escolha dos fornecedores
d) Escolha da qualidade dos materiais
e) Avaliação dos fatores-chave para a política de existências
f) Criar um stock de segurança
g) Gerir o stock consoante o seu valor financeiro
54
INVENTÁRIO
a) Plano de operações
Trata-se de um documento onde é reunida toda a informação, detalhada e
rigorosamente tratada, relativa a qualquer operação ou tarefa.
Inclui:
• A descrição da tarefa ou da operação;
• O número de pessoas nela envolvidas diretamente;
• O tempo exigível para a sua execução;
• Os materiais utilizados;
• O equipamento e maquinaria necessários;
55
INVENTÁRIO
b) Plano de necessidades materiais
Avaliará todos os recursos materiais necessários à produção, incluindo as
matérias-primas e todos os outros componentes relacionados com a
elaboração dos produtos.
Integra a estrutura do produto e a política de existências.
 É também necessário avaliar os custos de aquisição, a qualidade, as
condições de armazenagem, a adequação e a disponibilidade de todos os
produtos e materiais de substituição ou alternativos.
56
INVENTÁRIO
Estrutura do produto - a avaliação dos materiais deve ser feito tendo em conta:
 As características do produto do ponto de vista físico e químico;
 As condições de funcionamento;
 As dimensões requeridas;
 As tolerâncias máximas admitidas na produção;
 A embalagem e o modo de expedição;
 As condições de receção dos materiais;
57
INVENTÁRIO
Política de existências - define o nível de stocks a adotar e depende de fatores internos e
externos como:
• Os prazos de entrega acordados com os clientes;
• A propensão ao risco: é importante evitar situações de rutura de stock
perante clientes insatisfeitos;
• As relações com os fornecedores: a necessidade de um stock elevado pode
ser diminuído se a empresa tiver com os fornecedores uma relação
caracterizada pela comunicação, cooperação e proximidade.
58
INVENTÁRIO
c) A escolha dos fornecedores
 Este passo é fundamental pelo que deve ser antecedido de uma avaliação do
mercado dos fornecedores dos materiais, tendo em conta alguns critérios,
como a competência técnica, o preço e os prazos de entrega.
 No seguimento da identificação destes elementos, a empresa deve entrar em
contacto com os fornecedores para obter informação específica sobre a
estrutura e funcionamento das respetivas empresas. A seleção deve atender a
uma lista de critérios, concretamente estabelecidos por ordem de prioridade.
 É importante que a empresa estabeleça uma relação de parceria com o
fornecedor. Por outro lado, é importante que a empresa tenha mais
fornecedores. Só assim verá garantida a sua independência e capacidade de
gestão.
59
INVENTÁRIO
d) Escolha da qualidade dos materiais
Neste âmbito, a aquisição de matérias-primas é uma medida que deve ser
privilegiada mesmo quando a empresa se encontra em fase de
lançamento.
Se se revelar necessário, deve-se atrasar os processos de vendas para
permitir o fabrico de um produto com maior qualidade.
60
INVENTÁRIO
e) Avaliação dos fatores-chave para a política de existências
A política de existências deve procurar evitar duas situações:
1) A existência de um volume de stocks demasiado baixo, que coloca a
empresa em risco de não poder fornecer os seus clientes;
2) O excesso de stock, que reflete uma imobilização de capital difícil de
gerir financeiramente.
Neste contexto, a empresa deve ter em conta a duração do ciclo de
produto, as previsões de vendas e os prazos de entrega.
61
INVENTÁRIO
f) Criar um stock de segurança:
Tem como objetivo minimizar as consequências de um aumento inesperado
da procura ou de um atraso ocasional dos fornecedores, o que obriga a um
aumento do prazo de entrega.
Algumas razões para a existência de stocks:
A empresa necessita de produtos em armazém para os poder transacionar e
concretizar os seus objetivos económicos e financeiros;
Os stocks previnem as empresas em relação às flutuações da procura ou face
a situações imprevisíveis no fornecimento das matérias-primas;
Para certas empresas industriais é necessária a constituição e gestão de
diversos stocks intermédios de matérias-primas e produtos, de forma a evitar
uma eventual rutura do processo produtivo;
A criação de stocks surge como forma de aproveitar flutuações futuras da
procura.
62
INVENTÁRIO
g) Gerir o stock consoante o seu valor financeiro
 Para a otimização da gestão do stock, as existências, tanto no âmbito da
compra, como do armazenamento, devem ser tratadas com graus de
importância que diferem consoante o seu valor financeiro (preço unitário x
compras anuais por parte da empresa).
 Aquelas que representam até 80% desse valor exigem um cuidado especial;
as que representam até 15% justificam alguma atenção; finalmente aqueles
que só chegam a 5% do valor financeiro, não necessitam de tratamento.
63
GERIR O STOCK CONSOANTE O SEU VALOR FINANCEIRO
 Modelo de Classificação ABC
Como não é possível nem aconselhável tratar todos os artigos da mesma
forma, a análise ABC é uma ferramenta de gestão muito simples, mas com
grande eficácia na classificação correta dos stocks, criando três níveis de
prioridade distintos na gestão dos mesmos.
A classificação os stocks é feita em três grandes grupos, A, B ou C, de acordo
com a percentagem dos consumos anuais que cada grupo representa.
A separação é feita de acordo com a seguinte metodologia:
64
GERIR O STOCK CONSOANTE O SEU VALOR FINANCEIRO
Modelo de Classificação ABC
Classe A - Este é o grupo de artigos com maior valor de consumo anual, embora
seja representado por um pequeno número de artigos: 15 a 20% do total de
artigos correspondem a 75 a 80% do valor do consumo anual total.
Classe B - Este e um grupo intermédio:20 a 25% do total de artigos representam
10 a 15% do valor do consumo anual de todos os artigos.
Classe C - Este grupo de artigos possui o menor valor de consumo anual,
embora represente um elevado número de referências: 60 a 65% do número
total de artigos correspondem a 5 a 10% do valor do consumo anual de todos
os artigos.
65
GERIR O STOCK CONSOANTE O SEU VALOR FINANCEIRO
Modelo de Classificação ABC
A gestão de cada grupo deve ser realizada da seguinte forma:
 Classe A - Os artigos devem ser controlados frequentemente de forma a manter
existências baixas e evitar ruturas.
 Classe B - Os artigos devem ser controlados de forma mais automatizada.
 Classe C - Os artigos devem possuir regras de decisão muito simples e
totalmente automatizadas. Os níveis de stock de segurança podem ser elevados
de forma a minimizar os inconvenientes de eventuais rupturas.
66
MODELO ABC
67
INVENTÁRIO
 Instruções escritas para a realização das contagens físicas das existências:
Emitir instruções escritas sobre a realização das contagens físicas
 Detalhadas
 Redigidas de forma clara e acessível
Aspetos que devem constar das instruções:
1) Datas e locais de contagem – dias, horários e armazéns em que decorrerão as
contagens;
2) Existências a serem inventariadas - Contagem total ou parcial (itens a
inventariar);
3) Procedimentos pré-inventário - limpeza dos armazéns, arrumação das
existências e separação dos itens obsoletos, com pouco movimento…
68
INVENTÁRIO
Aspetos que devem constar das instruções (continuação)
4) Constituição das equipas de contagem
 Mínimo de duas pessoas –contador (armazém) e escrivão (secção de
contabilidade);
 Em cada local de contagem deverá estar um encarregado de armazém e
um conferente (secção de contabilidade);
 No caso de existirem auditores internos, estes devem fazer as suas
próprias Contagens.
5) Forma de realização do inventário – sequência e registo dos itens
contados.
69
INVENTÁRIO
Aspetos que devem constar das instruções (continuação)
6) Anotação das contagens
 As contagens devem ser anotadas em listas ou em talões (fichas);
• Talão: individualiza os diferentes produtos em talões separados.
• Ficha: relação dos diferentes produtos.
 Os documentos devem ser numerados tipográfica e sequencialmente.
70
INVENTÁRIO
Aspetos que devem constar das instruções (continuação)
7) Procedimentos relativos ao «corte» de operações
Há acontecimentos que podem falsear o inventário, tais como:
a) Existências recebidas antes da data de inventário mas contabilizadas após essa data;
b) Existências recebidas antes da data de inventário mas em trânsito e não contabilizadas;
c) Transferências entre Secções indevidamente documentadas e controladas;
d) Vendas ocorridas antes da data do Balanço, mas cujos artigos só foram expedidos após
essa data, constando no inventário;
e) Existências expedidas após a data do Balanço, mas registadas posteriormente.
Nota: Todas as guias de entrada e saída de existências devem ser carimbadas com a
indicação: “Processado antes do inventário ou Processado depois do inventário”
71
INVENTÁRIO
Aspetos que devem constar das instruções (continuação)
8) Procedimentos pós-inventário
• Comparar as quantidades contadas com os registos de quantidades e do
inventário permanente.
• A análise das diferenças deve ser realizada o mais cedo possível após o
inventário.
• As diferenças devem ser investigadas e retificadas.
9) Reunião Preparatória
• Distribuir as instruções escritas para a realização do inventário antecipadamente
a todas as pessoas envolvidas.
• Reunião alguns dias antes das contagens com todos as pessoas envolvidas na
contagem, inclusive, o auditor.
72
INVENTÁRIO
Controlo das contagens
73
INVENTÁRIO
Controlo das contagens
Procedimentos
O processo de inventário permanente divide-se na inventariação de dois tipos de posições:
1) Posições de Preparação
2) Posições Vazias
Vejamos cada uma delas:
1) Posições de Preparação
O objetivo é inventariar todos os locais de preparação.
Como o local de preparação é uma posição onde vão parar 85% — em média – de todas
as paletes que entram no armazém, poder-se-á dizer que mais cedo ou mais tarde quase
todos os erros cometidos acabam por se refletir nesta posição.
74
INVENTÁRIO
1) Posições de Preparação
Existem dois modos de fazer as coisas:
 Método clássico
 Método JIT
Modelo clássico
 Os operadores de inventário dirigem-se ao gabinete da equipa de organização
e recolhem o mapa das posições a inventariar;
 Para cada posição indicada o operador deverá verificar que esta contém o
artigo correto na quantidade e qualidade correta;
75
INVENTÁRIO
Modelo clássico (continuação)
 Se tal não acontecer, anota o erro e remove o artigo para uma zona de artigos
com problemas de inventário e que está devidamente marcada.
A remoção dos artigos só se justifica se ele for diferente do que deveria estar
na posição, se não deve-se fazer um acerto de inventário para corrigir a
quantidade;
 Procede para a próxima posição da lista e repete os três últimos passos;
 No final da lista, o operador deverá dirigir-se ao gabinete da equipa de
organização e entregar o mapa com os erros;
 O mapa entregue será alvo da atenção dele próprio ou de um operador
administrativo para que as diferenças sejam registadas no sistema.
76
INVENTÁRIO
Modelo JIT
 O operador de inventário indica ao computador via rádio-terminal que vai
começar um inventário às posições de preparação;
 O computador mostra-lhe a primeira posição e pergunta o artigo e quantas
caixas lá estão.
O operador responde – quer introduzindo o código do artigo quer lendo-o com
um leitor de código de barras – e indicando também o número de caixas;
77
INVENTÁRIO
Modelo JIT (continuação)
 Em caso de erro e depois da confirmação dos valores, o computador
assume a quantidade indicada como sendo a da posição.
O operador remove a mercadoria que está mal posicionada – se for este o
caso – para a zona de artigos com problemas de inventário.
A remoção dos artigos só se justifica se ele for diferente do que deveria
estar na posição, senão deve-se fazer um acerto de inventário para corrigir a
quantidade.
78
INVENTÁRIO
2) Posições Vazias
O interesse deste inventário reside no facto de ser muito simples inventariar
uma posição vazia – é olhar e ver se está ou não.
Devido a esta simplicidade ele pode ser utilizado para níveis superiores aos
do chão, que são difíceis de inventariar.
Existem dois modos de fazer as coisas:
 Método clássico
 Método JIT
79
INVENTÁRIO
Modelo clássico
 Os operadores de inventário dirigem-se ao gabinete da equipa de organização e
recolhem o mapa das posições a inventariar;
 Para cada posição indicada o operador deverá verificar se ela está vazia ou não. No
caso de ela estar ocupada assinalará esse facto no mapa;
 Procede para a próxima posição da lista e repete o último passo;
 No final da lista, o operador deverá dirigir-se ao gabinete da equipa de organização
e entregar o mapa com os erros;
 O mapa entregue será alvo da atenção dele próprio ou de um operador
administrativo para que as diferenças sejam registadas no sistema;
 As diferenças existentes deverão ser passadas para um operador de movimentação
de paletes para que a palete mal colocada seja retirada para a zona de artigos com
problemas de inventário.
80
INVENTÁRIO
Modelo JIT
 O operador de inventário indica ao computador via rádio-terminal que vai
começar um inventário às posições vazias;
 O computador mostra-lhe a primeira posição e pede a chave da posição;
 O operador deverá dirigir-se para a posição e introduzir a chave correta,
confirmando se está ou não vazia;
 Caso não esteja vazia, e após a necessária confirmação, o computador marcará
a posição para que a palete seja removida e colocada na zona de artigos com
problemas de inventário – esta marcação irá fazer que seja dada uma ordem de
movimentação à máquina que esteja mais próximo dela, logo que possível.
81
INVENTÁRIO
Em síntese:
 O modelo JIT funciona de uma forma muito mais natural e produtiva, em que
as ações são tomadas em tempo real.
 De novo se coloca o problema da idade da informação, no caso do modelo
clássico há que garantir que não é arrumada nenhuma palete entre o
momento de emissão do mapa e a respetiva contagem.
Esta necessidade levanta muitos problemas práticos, que impedem uma
utilização mais frequente deste método.
Isto não se passa no modelo JIT, onde a informação é em tempo real.
82
INVENTÁRIO
Resolução dos problemas encontrados nos Modelos anteriores
Este procedimento permite-nos resolver os problemas e inventário encontrados e
que foram devidamente isolados numa área do armazém marcada para o efeito.
Os passos que têm de ser seguidos são:
Modelo Clássico
1. Pegar num bloco de folhas de operações manuais – acertos, transferências e
outras atividades semelhantes e selecionar um artigo dos que estão na
zona referida;
2. Se a quantidade for pequena – algumas caixas – o operador deverá
identificar o local de preparação do artigo – por consulta num terminal do
computador — e acrescentar essas caixas lá. De seguida deve fazer uma
contagem ao total de caixas e anotar o total na folha de acertos;
83
INVENTÁRIO
Modelo Clássico
3. Se a quantidade for uma palete inteira — ou perto disso – deverá identificar todos
os locais onde esse artigo existe e, um a um, verificar se estão ocupados:
a) Se estão, deverá arrumar a palete noutro local e anotar o facto na folha de
acertos;
b) Se não estão deverá colocar a palete no local onde falta e cujo número de
caixas é igual. Se não existir nenhum local nestas condições deverá colocar a
palete em falta num dos locais e anotar na folha de operações o acerto
correspondente para o sistema informático ficar concordante com a realidade;
c) Se ao inventariar as posições, no ponto anterior, identificar qualquer erro,
ele terá de ser resolvido pelo método apresentado nos procedimentos:
Posições de Preparação ou Posições Vazias.
84
INVENTÁRIO
Modelo Clássico
4. Selecionar o artigo seguinte e proceder do mesmo modo;
5. Periodicamente deverá levar o conjunto de folhas de operações para o
gabinete da equipa de organização para que as alterações físicas sejam
refletidas no sistema.
85
INVENTÁRIO
Modelo JIT
1. Selecionar um artigo dos que estão na zona referida;
2. Se a quantidade for pequena – algumas caixas – o operador deve identificar o local
de preparação do artigo – por consulta no rádio terminal — e acrescentar lá essas
caixas. De seguida deve fazer uma contagem ao total de caixas e atualizar de imediato o
sistema;
3. Se a quantidade for uma palete inteira — ou perto disso – deverá identificar todos os
locais onde esse artigo existe e, um a um, verificar se estão ocupados:
 Se sim, deve arrumar a palete noutro local e atualizar de imediato o sistema (rádio
terminal);
 Se não, colocar a palete no local onde falta e cujo número de caixas é igual. Se não
existir nenhum local nestas condições deverá colocar a palete em falta num dos
locais e atualizar o sistema informático para que ele fique concordante com a
realidade;
86
INVENTÁRIO
Modelo JIT
4. Se ao inventariar as posições, no ponto anterior, identificar qualquer erro, ele terá
de ser resolvido pelo método apresentado nos procedimentos: Posições de
Preparação ou Posições Vazias;
5. Selecionar o artigo seguinte e proceder do mesmo modo.
Este processo permite manter a atividade do armazém num nível elevado.
87
INVENTÁRIO
Tratamento do inventário
1) Precisão do Inventário
2) Sistemas de Medição e Monitorização do inventário
3) Auditoria a inventário
88
INVENTÁRIO
1) Precisão do Inventário
As previsões, o planeamento e a tomada de decisões nos departamentos
responsáveis pelo aprovisionamento baseiam-se em informações sobre
transações de stock, registadas e comunicadas pelo armazém. A precisão
desta informação é crucial para o seu funcionamento.
A precisão do inventário prende-se com a correspondência entre os
registos da informação sobre stock e a realidade.
A falta da precisão do inventário pode ser percebida através dos seguintes
custos:
• Diminuição de património
• Uso de stocks de segurança, para garantir nível de serviço
• Sobre investimento em stock
• Roturas de Stock
• Insatisfação do cliente
• Obsolescência
89
INVENTÁRIO
2) Sistemas de Medição e Monitorização do inventário
Objetivo - manter níveis altos de fiabilidade da informação sobre o Inventário
com o mínimo de investimento possível.
 Os melhores sistemas monitorizam o processo e não apenas o stock.
Implicam habitualmente:
• A definição de uma equipa responsável;
• A simplificação e normalização de procedimentos;
• A garantia da integridade dos registos;
• O treino do pessoal para a disciplina na execução dos procedimentos;
• Inspeção do inventário (controle).
90
INVENTÁRIO
3) Auditoria a inventários
 Os objetivos do trabalho de auditoria são:
1) Verificar se o tratamento contabilístico e as medidas de controlo interno relacionadas
com os inventários são adequados e se estão, de facto, a ser aplicados;
2) Determinar se as quantidades relativas aos inventários existem, estão corretamente
inventariadas, são propriedade da empresa e são apropriados para a sua finalidade;
3) Determinar se os inventários:
• estão valorizadas ao custo de aquisição e/ou ao custo de produção,
• se os critérios de mensuração foram aplicados de forma consistente em relação ao
exercício anterior, estando os inventários corretamente contabilizadas quanto à
conta, montante e período.
91
INVENTÁRIO
Os objetivos do trabalho de auditoria (continuação)
4) Determinar se:
 o custo de aquisição e/ou de produção foi superior ao valor realizável
líquido, e se foi este último o utilizado na valorização dos inventários.
5) Verificar se:
 os inventários incluem a plenitude dos produtos na data do balanço e se as
informações foram adequadamente divulgadas.
6) O custo das mercadorias vendidas e consumidas refletido nas DF´s está
relacionado com o período sob exame.
7) Verificar se estão adequadamente divulgadas no anexo as informações
pertinentes.
92
INVENTÁRIO
 Procedimentos de auditoria
Observar os procedimentos seguidos na contagem e registo das quantidades.
Efetuar testes apropriados para determinar se os procedimentos estão a ser
devidamente seguidos
Comparar os resultados dos seus testes com os inventários da empresa.
Se a empresa regista as quantidades pelo SIPermanente e efetua contagens cíclicas –
observar periodicamente as contagens e fazer testes seletivos às mesmas.
Se a empresa não possui registos adequadas e efetua as contagens no fim do
exercício – as observações e testes às contagens são nessa mesma data.
93
INVENTÁRIO
 Fases da auditoria ao processo de contagens físicas
FASE 1: Assistir ao planeamento da contagem:
a) Fontes de informação sobre os stocks, armazéns e pessoas
b) Estratégia a seguir na contagem física
c) Tempo e localização da contagem
a) Responsáveis e técnicos na contagem
b) Procedimentos de contagem
À medida que realizam os testes, devem comparar as contagens com os valores
inscritos nas folhas ou talões e, naquele momento e local, esclarecer as diferenças
encontradas.
Os itens a testar geralmente são os de maior valor – amostra sobre valores
estratificados ou visita aos armazéns antecipadamente.
94
INVENTÁRIO
FASE 2: Observação da contagem:
a) Os stocks estão devidamente arrumados?
b) Os stocks que não pertencem à empresa estão identificados?
c) Como é que os stocks são registados?
d) Como é avaliado o estado de conservação dos stocks?
e) Como são marcados/etiquetados os stocks já contados?
f) Determinação dos stocks danificados, obsoletos ou de baixa rotatividade?
g) As instruções estão a ser seguidas?
h) Métodos de pesar, medir, são os corretos?
95
INVENTÁRIO
FASE 3: Encerramento da contagem
a) Certificar que todos os artigos foram contados
b) Obter a relação numérica das folhas de contagem utilizadas, não
utilizadas e inutilizadas
c) Encerrar a contagem.
96
INVENTÁRIO
97
Reconciliação de stocks
Valorimetria de existências
A valorização de entradas
A valorização de saídas
Calcular a taxa de diferença
Cálculo da Posição de inventário
Nível de inventário
Modelos de Controlo de Inventário
INVENTÁRIO
Valorimetria de existências
• Quando um fator de produção “dá entrada” em armazém traz, associado a
si um custo (que depende do preço e das condições de compra); o mesmo
acontece com os diversos produtos que entram nos respetivos armazéns.
• Num determinado período de tempo é possível que entrem nos respetivos
armazéns diversas quantidades do mesmo produto a diferentes custos.
Assim, coloca-se a seguinte questão:
No momento em que se efetue a primeira saída de armazém do
produto em causa, por que valor é que ele deverá sair?
98
INVENTÁRIO
Valorimetria de existências
Para responder a esta questão, estudaremos os três critérios valorimétricos
permitidos pelo SNC:
 Custo específico
 Custo médio ponderado
 FIFO (first in first out).
99
INVENTÁRIO
 Custo Específico – valorização das existências pelo custo exato das mesmas.
Critério adequado para empresas que transacionam um número reduzido de
existências, por exemplo: empresas de diamantes.
 FIFO – (First In First Out) - de acordo com este critério, considera-se que saem
primeiro do armazém as existências que lá estão à mais tempo, isto é, as que
foram as primeiras a entrar.
 Custo Médio Ponderado: valoriza o stock de cada artigo pela média ponderada
dos custo dos artigos existentes.
Esta média é calculada após cada entrada de produtos no armazém.
CMP = Valor das existências em armazém + Valor das entradas
Quantidades existentes em armazém + Quantidades entradas
100
INVENTÁRIO
Valorimetria de existências
Conclusão:
Cada um dos critérios apresentados origina um valor diferente para o custo
associado à saída do armazém, o que quer dizer que a escolha do critério,
apesar de não ir afetar o resultado final da empresa, tem alguma influência
sobre os resultados das atividades e, em contraponto, no valor da variação
de existências do período em causa.
O valor unitário das existências em armazém após cada saída (bem como
após cada entrada) é diferente, dependendo do critério valorimétrico adotado.
101
INVENTÁRIO
A valorização de entradas
a) Para os produtos comprados, a avaliação faz-se tendo em conta o custo de compra ou o custo
de aquisição:
O importe é o que figura na fatura de compra (sem IVA).
+ gastos externos de compra: segurança, alfândega, transporte.
+ gastos internos de armazenamento: gastos de receção, armazenagem.
b) Para os bens produzidos, a avaliação faz-se segundo o custo de produção.
Nota:
 Os custos financeiros e os custos de armazenagem e manutenção não são tomadas em conta.
 O stock inicial em quantidade e em valor, corresponde ao stock final do período precedente.
102
INVENTÁRIO
A valorização de saídas
 Os elementos armazenados irão saindo segundo o custo ao qual entraram.
 Este tipo de valoração não constitui nenhum problema para bens que
sejam perfeitamente individualizados (peças únicas) ou individualizáveis
(peças idênticas, isoláveis).
 No entanto, esta técnica é de difícil aplicação nos bens fungíveis (trigo,
vinho, azeite).
103
INVENTÁRIO
Calcular a taxa de diferença
• Cálculo de stock teórico = Saídas de produtos (vendas, devoluções de fornecedores,
taras, ruturas stock) + entradas de produto (compras, devoluções de clientes).
• Cálculo das existências físicas: stock real avaliado no momento do inventário:
Diferença de Inventário = Stock Teórico – Stock Real.
Taxa de diferença: diferença x 100
Vendas
O resultado encontrado é uma percentagem: se for alta, a perda desconhecida é
importante.
Para contabilizar o seu stock real com objetividade e transparência, é necessário fazer
inventários físicos de qualidade.
104
INVENTÁRIO
Cálculo da Posição de inventário
Qual é o objetivo de um sistema de controlo de inventário?
determinar “quando” e “quanto” encomendar
Este objetivo deve basear-se:
 na situação de stock (stock físico disponível)
 na antecipação da procura
 nos diferentes fatores de custo
Contudo, uma ordem de encomenda não pode apenas ser assente no stock físico.
Têm de ser consideradas:
 as encomendas pendentes dos consumidores;
 as encomendas executadas, mas que ainda não foram entregues pelo fornecedor.
Assim, no controlo de inventário, a situação de stock é caracterizado pela posição de
inventário:
Posição de inventário = stock físico + encomendas executadas – encomendas
pendentes
105
INVENTÁRIO
Nível de inventário
Ao contrário da posição de inventário, os custos de armazenamento e a
rutura de stock dependem do nível de inventário:
Nível de inventário = stock físico – encomendas pendentes
Um sistema de controlo de inventário pode ser desenhado de modo a que a
posição de inventário seja monitorizada de uma forma contínua.
Assim que a posição de inventário seja suficientemente baixa, uma
encomenda é desencadeada.
106
INVENTÁRIO
Modelos de Controlo de Inventário
 Modelo de revisão continua
 Modelo de revisão periódica
107
MODELOS DE CONTROLO DE INVENTÁRIO
Existem diversos modelos de controlo de inventário.
Cada um responde de forma diferente às questões seguintes:
 Quando encomendar?
 Quanto encomendar ?
Para decidir qual o modelo de gestão de stocks que deve ser aplicado é
necessário avaliar um ponto fundamental no comportamento da oferta e da
procura: a existência ou não de aleatoriedade”.
108
MODELOS DE CONTROLO DE INVENTÁRIO
 Do lado da oferta, se o prazo de entrega for fixo e sempre cumprido e se as
quantidades entregues corresponderem sempre às quantidades
encomendadas, então a oferta não tem aleatoriedade associada, e por isso,
é considerada determinística (ou seja, é possível prever com exatidão qual
irá ser o comportamento da mesma).
Pelo contrário,
o fornecedor pode ter um prazo de entrega variável e não entregar sempre
as quantidades encomendadas, sendo por isso considerado que a oferta tem
um comportamento aleatório.
109
MODELOS DE CONTROLO DE INVENTÁRIO
 Do lado da procura, se as quantidades procuradas forem conhecidas,
então pode-se afirmar que a procura é determinística;
se a procura for variável, incerta, então tem-se um cenário de procura
aleatória.
110
MODELOS DE CONTROLO DE INVENTÁRIO
Modelo de Revisão Contínua (Modelo Q)
Neste modelo:
 A quantidade encomendada é fixa;
 O período de encomendas varia, determinando um nível de stock onde a
encomenda é posta no mercado.
Quando o stock de um determinado produto atinge determinado nível, o
ponto de encomenda [Pe ] – encomenda-se uma quantidade.
Pe = Consumo Médio x Prazo Médio de Aprovisionamento (L) + Stock de
de segurança
111
MODELOS DE CONTROLO DE INVENTÁRIO
Modelo de Revisão Contínua (Modelo Q)
Stock de segurança = quantidade para cobrir variações do consumo e do
prazo de aprovisionamento.
 O modelo diz que:
O nível de inventário deve ser revisto variadas vezes, obrigando a um
controlo automatizado de Inputs e Outputs de stock por meio de um
programa, que regista a quantidade e ponto de encomenda, avisando e
pedindo as encomendas.
112
MODELOS DE CONTROLO DE INVENTÁRIO
Modelo de Revisão Contínua (Modelo Q)
Conclusões:
 Verificando-se o ponto de encomenda demasiado alto, o stock médio
aumenta assim como o custo de posse.
 Sendo a quantidade alta, o tempo e o custo de posse aumenta.
 Verificando-se o ponto de encomenda demasiado baixo, o stock médio
baixa e o risco de rutura aumenta.
 Sendo a quantidade baixa, o tempo diminui, aumentando o custo de
aprovisionamento.
113
MODELOS DE CONTROLO DE INVENTÁRIO
Modelo de Revisão Contínua (Modelo Q)
Este Modelo é adequado quando existe:
 Elevada procura.
 Elevado preço de custo dos produtos.
 Disponibilidade permanente de stock no fornecedor.
114
MODELOS DE CONTROLO DE INVENTÁRIO
Modelo de Revisão Periódica (Modelo P)
Neste modelo:
 O período de encomendas é fixo;
 A quantidade encomendada varia, em função do disponível em stock e
do consumo previsto até que nova encomenda de artigos entre no
armazém.
Encomenda-se com uma periodicidade – P fixa- uma quantidade variável, de
forma a repor o stock a um nível máximo – nível de stock de segurança –
Consequentemente, o valor das encomendas é variável, adaptando-se à
procura existente.
115
MODELOS DE CONTROLO DE INVENTÁRIO
Modelo de Revisão Periódica (Modelo P)
Objetivo do modelo - restituir o stock a um nível máximo.
 No momento de uma revisão verifica-se o stock existente, como as
encomendas que ainda não tenham sido entregues caso existam:
• Se o stock objetivo for fixado demasiado alto, o stock médio aumenta,
assim como o custo de posse.
• Se o stock objetivo for demasiado baixo, o stock médio diminui e o risco
de rutura do stock aumenta.
116
MODELOS DE CONTROLO DE INVENTÁRIO
Modelo de Revisão Periódica (Modelo P)
 Quanto ao período de revisão:
• Se este for demasiado longo, as encomendas diminuem e a quantidade
encomendada deverá ser maior para satisfazer a procura num maior
intervalo de tempo. Então iremos ter um custo de aprovisionamento
reduzido e um custo de posse elevado.
• Se o período de revisão for demasiado curto, teremos um custo de
aprovisionamento elevado e um custo de posse reduzido.
117
MODELOS DE CONTROLO DE INVENTÁRIO
Modelo de Revisão Periódica (Modelo P)
Este Modelo é adequado quando existe:
 Baixa variação da procura e do prazo de aprovisionamento.
 Baixo preço de custo dos produtos.
 Interesse em encomendar um grupo do mesmo fornecedor.
118

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Inventário: objetivos e periodicidade

  • 1. Módulo: Inventário Curso: Operador de Distribuição Escola Profissional de Coruche Professora: Carla Louro 1
  • 2. INVENTÁRIO Noção de Inventário Consiste numa relação (lista) dos elementos patrimoniais com a indicação do seu valor. No inventário devemos considerar três fases: a) Identificação, em que se verifica quais os elementos patrimoniais existentes; b) Descrição e classificação, em que os elementos serão apresentados e repartidos pelas classes a que dizem respeito (por ex: cadeira giratória em tecido verde com braços, marca, modelo, número de série, dimensão, ano de fabricação, capacidade e estado de conservação (ótimo, bom ou mau). c) Valorização, acto de atribuição de um valor a cada elemento patrimonial. 2
  • 3. Classificação de Inventários Os inventários podem ser:  Gerais – quando abarca todos os elementos que constituem um dado património (faz-se uma descrição completa da empresa);  Parciais – quando abrange apenas alguns dos elementos patrimoniais;  Simples – os elementos aparecem dispostos sem obedecer a qualquer ordem;  Classificados – os elementos aparecem agrupados, segundo a sua natureza, característica ou função.  Ordinários – são efetuados periodicamente, ou seja, são regulares e previsíveis;  Extraordinários – apenas são elaborados em consequência de condições excecionais, ou seja, são imprevisíveis, (exemplo: saída de um sócio, venda do capital a terceiros). 3
  • 4. Objetivo do Inventário Saber o que existe na empresa e onde está armazenado, controlando assim eventuais extravios e garantindo a sua disponibilização em caso de necessidade imediata. Ou seja: assegurar o registo e controlo de todos os movimentos de stocks. Neste caso, o inventário transforma-se numa ferramenta indispensável para controlar as perdas e os custos, mas também para otimizar os processos de acondicionamento, manuseamento, armazenamento dos produtos, garantindo o mínimo de desperdício possível. 4
  • 5. INVENTÁRIO Importância do inventário  Conhecer as existências, em quantidade e em valor, responde a várias necessidades da empresa, (contabilidade, gerir a tesouraria e gerir os reaprovisionamentos).  Conhecer o preço unitário dos artigos para os poder integrar no cálculo dos preços de custo dos produtos finais ou em curso.  Verificar a qualidade do estado dos stocks (diferença entre stock real e registo informático do stock), é necessário efetuar inventários e eventualmente atualizar a registo informático. 5
  • 6. INVENTÁRIO Quais as consequências de não fazer um inventário? A falta de controlo de um inventário significa que a empresa não tem capacidade para saber se tem de comprar ou encomendar mais produtos aos seus fornecedores. 6
  • 7. INVENTÁRIO Necessidade de existência de inventários:  Evitar stocks excessivos;  Evitar quebras de stock;  Evitar a existência de monos;  Proteção contra as incertezas (procura aleatória, imprevistos);  Reduzir custos de armazenagem;  Cobrir antecipadamente flutuações da procura ou do fornecimento (sazonais);  Cobrir necessidades de trânsito dos produtos;  Controlo rigoroso das entradas e saídas. 7
  • 8. INVENTÁRIO Tipos de Inventários  Permanente  Intermitente 8
  • 9. Inventário permanente O sistema de Inventário Permanente consiste na identificação dos bens quanto à sua natureza, quantidade, custos unitários e globais, de forma a permitir uma verificação, a qualquer momento, da correspondência entre as contagens físicas e os respetivos registos contabilísticos. No SIP é possível determinar permanentemente o valor dos stocks em armazém e apurar em qualquer momento os resultados obtidos nas vendas ou na produção. Resultado Bruto das Vendas = Vendas Líquidas – Custo das Mercadorias Vendidas e Matérias Consumidas 9
  • 10. INVENTÁRIO Inventário Permanente – Novas normas a partir de janeiro de 2016 Na sequência das alterações introduzidas pelo Decreto-Lei 98/2015 de 02-06- 2015, a partir de 1 de janeiro de 2016, foi alargado o universo de empresas obrigadas a inventário permanente. Estas alterações traduzem-se no seguinte:  Obrigatoriedade de praticarem uma gestão efetiva e continua das suas existências;  Efetuarem o registo do respetivo custo das mercadorias;  Registarem os movimentos de entradas e saídas, tendo estes que estar integrados com os fluxos de compras, vendas, produção e consumos. 10
  • 11. Inventário Permanente – Novas normas a partir de janeiro de 2016 Que empresas estão obrigadas a ter o Inventário Permanente? Esta alteração aplica-se a empresas que ultrapassem 2 dos 3 critérios seguintes:  350.000€ de balanço  700.000€ de vendas liquidas  10 empregados 11
  • 12. Quais as empresas que não são abrangidas pelo novo sistema? As empresas classificadas como Microentidades ficam dispensadas desta obrigatoriedade bem como as entidades que prossigam as atividades de: • Agricultura, produção animal, apicultura e caça; • Silvicultura e exploração florestal; • Indústria piscatória e aquicultura; • Pontos de venda a retalho que, no seu conjunto não apresentem, no período de um exercício, vendas superiores a 300.000€ nem a 10% das vendas globais da respetiva entidade. • Prestação de serviços, considerando-se como tais as que apresentem, no período de um exercício, um custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas que não exceda 300.000€ nem 20% dos respetivos custos operacionais. 12
  • 13. INVENTÁRIO Artigo 9.º - Decreto-Lei nº 98/2015 de 02-06-2015 - Categorias de entidades 1 – Consideram-se microentidades aquelas que, à data do balanço, não ultrapassem dois dos três limites seguintes: • Total do balanço: 350.000€; • Volume de negócios líquido: 700.000€; • Número médio de empregados durante o período: 10 2 – Consideram-se pequenas entidades aquelas que, à data do balanço, não ultrapassem dois dos três limites seguintes: • Total do balanço: 4.000.000€; • Volume de negócios líquido: 8.000.000€; • Número médio de empregados durante o período: 50. 13
  • 14. INVENTÁRIO Artigo 9.º - Decreto-Lei nº 98/2015 de 02-06-2015 - Categorias de entidades 3 – Consideram-se médias entidades aquelas que, à data do balanço, não ultrapassem dois dos três limites seguintes: • Total do balanço: 20.000.000€; • Volume de negócios líquido: 40.000.000€; • Número médio de empregados durante o período: 250 4 – Grandes entidades são as entidades que, à data do balanço, ultrapassem dois dos três limites referidos no número anterior. 5 – Para efeitos do presente decreto-lei 98/2015, as entidades de interesse público são consideradas grandes entidades, independentemente do respetivo volume de negócios líquido, do total do balanço ou do número médio de empregados do período. 14
  • 15. INVENTÁRIO Inventário Permanente – Novas normas a partir de janeiro de 2016 Quais os termos de contabilização do Inventário Permanente? Os termos de contabilização dos inventários são os seguintes:  Proceder às contagens físicas dos inventários com referência ao final do período, ou, ao longo do período, de forma rotativa, de modo a que cada bem seja contado, pelo menos, uma vez em cada período.  Identificar os bens quanto à sua natureza, quantidade e custos unitários e globais, por forma a permitir a verificação, a todo o momento, da correspondência entre as contagens físicas e os respetivos registos contabilísticos. 15
  • 16. INVENTÁRIO Inventário intermitente 16 O sistema de inventário intermitente não permite que as empresas conheçam, momento a momento, tanto o valor dos inventários em armazém, como o custo das existências vendidas e consumidas e ainda o resultado obtido no final de cada período (mensal, trimestral ou semestral). Esta informação só é conhecida no final do período quando, após a contagem física dos bens, se apurar o montante do seu inventário. É um sistema que, embora de fácil aplicação, não permite tanto uma gestão eficaz, como a aplicação de medidas atempadas para combater faltas de controlo sobre as existências, já que a informação sobre os resultados da empresa depende sempre de uma contagem física.
  • 17. INVENTÁRIO NOTA  Conforme o art.º 86 do CIVA, “salvo prova em contrário, presumem-se adquiridos os bens que se encontrem em qualquer dos locais em que o sujeito passivo exerce a sua atividade e presumem-se transmitidos os bens adquiridos, importados ou produzidos que se não encontrem em qualquer desses locais”.  Assim sendo, a não existência da mercadoria em stock pode conduzir à presunção de que o produto foi vendido de forma não documentada, pelo que esta ausência deve ser controlada e registada pela empresa, com respetivos documentos de quebras e regularização de existências no sistema (ex. certidão de furto comunicada à Polícia Judiciária). 17
  • 18. INVENTÁRIO NOTA  “não existe obrigação legal de proceder a qualquer prévia diligência ou participação junto dos serviços da administração fiscal. Crê-se, no entanto, que os sujeitos passivos terão vantagem em ter na sua posse elementos justificativos das faltas nas suas existências dos bens destruídos ou inutilizados, como forma mais segura de elidir a presunção no citado artigo 86”. 18
  • 20. INVENTÁRIO Objetivos a) Nível de quebra b) Métodos de abastecimento c) Nível de stocks de cada referência d) Politica de diminuição do nível de quebra 20
  • 21. a) Nível de quebra Quebra Desconhecida Definição Consiste na parte dos lucros esperados que, de acordo com o nível de stocks nos inventários, não chegam a ser realizados. A quebra desconhecida é a diferença entre o stock teórico e o stock real, ou seja, a diferença entre o que deveríamos ter de acordo com a nossa atividade empresarial e o que realmente temos. As três causas: • Furto externo – pessoas alheias à empresa. • Furto interno – empregados da própria empresa ou pessoas com atividades ligadas à empresa. • Erros de gestão – resultado de falhas de gestão não intencionadas, como por exemplo registo de vendas com preços errados. 21
  • 22. INVENTÁRIO Quebra Desconhecida Seja fruto de roubo externo, interno ou de erros de gestão, a perda desconhecida na cadeia de abastecimento tem forte impacto nas finanças das empresas. Identificar as fontes de risco e as causas da quebra é a tábua de salvação das empresas e constitui informação imprescindível para pôr em marcha um plano de ataque à principal dor de cabeça dos operadores. O que deve ser feito? Calcular a quebra desconhecida 22
  • 23. INVENTÁRIO Calcular a quebra desconhecida São recomendadas três regras: 1. Conhecer a quebra: Reunir informação 2. Boas práticas (medidas corretoras ) 3. Conhecer os fatores de risco 23
  • 24. INVENTÁRIO Calcular a quebra desconhecida 1. Conhecer a quebra: Reunir informação Para reduzir e combater o impacto da Quebra Desconhecida na nossa empresa, o que se deve fazer? calcular a diferença de inventário. A diferença de inventário = inventário teórico - inventário real ou físico Ou seja, A diferença entre o que deveríamos ter de acordo com a nossa atividade empresarial e o que realmente temos. 24
  • 26. INVENTÁRIO 1. Conhecer a quebra: Reunir informação Após o cálculo da diferença de inventário, o que fazer? a) Olhar para os resultados, analisando: 1º a percentagem do custo das quebras relativamente ao número de vendas, valorizando as quebras de produtos a preços de custo médio. 2º a percentagem de unidades que faltam no total das unidades vendidas. 26
  • 27. INVENTÁRIO Conhecer o nível de quebra serve para b) Rever os procedimentos, de modo a evitar:  Enganos nos movimentos a serem considerados pelo cálculo do inventário teórico como, por exemplo, não inclusão de vendas realizadas durante a inventariação e os cálculos. Para isso, deve-se estabelecer um momento preciso para fechar a inventariação e proceder ao cálculo.  Analisar informação incorreta ou incompleta, especialmente, duplicação de vendas, envios incorretos de transações, confusão de códigos, notas de entrega de armazém, faturas relativas a entrega nas lojas, devoluções de produtos, alterações e regularizações de preço (especialmente nas promoções e saldos). 27
  • 28. INVENTÁRIO Conhecer o nível de quebra serve para c) Tomar decisões a vários níveis:  Revisão ou implementação de novos procedimentos internos (logística, segurança, encomendas);  Adoção de medidas de segurança pontuais sobre determinados produtos, áreas da loja, pessoas, circuito;  Alterações sobre a exposição dos produtos, concebendo formas mais seguras de o fazer, nomeadamente, alterando a sua localização, embalagem e disposição;  Corrigir eventuais desvios entre o inventário teórico e a atividade real. 28
  • 29. INVENTÁRIO 2. Boas práticas (medidas corretoras)  Deve ser minucioso na gestão da informação e tentar, através da diferença de inventário, observar quais os produtos que mais desaparecem e com que frequência.  Deve estar atento e, assim, talvez consiga mesmo identificar os períodos do dia, da semana, do mês e do ano em que o risco aumenta. Verá que vai ter uma visão precisa sobre: • O que atrai mais os larápios; • Se a disposição dos produtos na loja é correta em função da segurança; • A rotação do produto; • O seu grau de perecibilidade. 29
  • 30. INVENTÁRIO 2. Boas práticas (medidas corretoras) Na realização do inventário, devem participar os departamentos de controlo de gestão, exploração de loja, logística e segurança. São aconselháveis ações de formação com os colaboradores envolvidos na realização do inventário físico, para:  Estabelecer melhores práticas, como, por exemplo, a realização de uma contagem prévia sobre a localização dos produtos, sobretudo os arrumados em diferentes locais.  Uniformizar e normalizar a metodologia da contagem e a documentação de apoio a utilizar, como sejam formulários e tabelas. 30
  • 31. INVENTÁRIO 3. Conhecer os fatores de risco Agora que já se conhece o valor da quebra que a empresa sofreu, como determinar a sua origem (furto externo, interno e erros)? A única forma é reunir informação das ocorrências e tirar conclusões que permitam ponderar o peso de cada uma das três causas. As informações mais úteis são: • Tentativas de furto detetadas; • As provas que demonstrem furto: etiquetas eletrónicas encontradas na loja e etiquetas de preço violadas; • Discrepância detetada nas encomendas; • Erros de fixação de preços. 31
  • 32. INVENTÁRIO b) Métodos de abastecimento Deve-se fazer prevenção e controlar os erros na cadeia de abastecimento. Recomenda-se de seguida um conjunto de melhores práticas e ferramentas cuja aplicação contribui para melhorar a eficiência do fluxo de mercadoria e de informação na cadeia de abastecimento: 1) Preparação de encomendas, manipulação, carga, transporte, descarga e receção da mercadoria. 32
  • 33. INVENTÁRIO b) Métodos de abastecimento 2) (Intercâmbio Eletrónico de Dados) EDI: através de mensagens de linguagem standard EANCOM para EDI, as empresas podem, de uma forma standard e integrada e automaticamente nos sistemas das empresas: • Comunicar com antecedência o conteúdo exato dos envios. • Confirmar a receção da mercadoria e informar de possíveis ocorrências no processo de receção. • Informar sobre a situação concreta das encomendas. 33
  • 34. INVENTÁRIO b) Métodos de abastecimento 3. Codificação EAN.UCC 128: É um sistema de identificação criado para ambientes não retalhistas (armazém), para ligar o fluxo físico de mercadorias ao fluxo de informação e facilitar a integração dos fluxos de informação entre as empresas. A codificação EAN.UCC 128, entre outras questões, permite:  Automatizar a gestão dos armazéns (Ex: A leitura do código permite colocar a mercadoria no armazém em função da data de validade do produto, informação incluída no código EAN.UCC 128). 34
  • 35. INVENTÁRIO b) Métodos de abastecimento  Agilizar os processos de receção de mercadoria. Com a leitura do SSCC (Código Seriado de Unidade de Envio ou Número de Matrícula) que possui a etiqueta EAN. UCC 128, é possível relacionar o conteúdo do envio com o aviso de expedição que se fez previamente com a mensagem DESADV da linguagem EANCOM do EDI. 35
  • 36. INVENTÁRIO Em suma: Estas ferramentas aliadas às melhores práticas permitem reduzir as ocorrências e controlar os pontos de risco que constituem uma fonte de erros na cadeia logística:  Agilizam e aumentam a qualidade da informação para os fluxos administrativos e operacionais.  Reduzem ocorrências nas entregas e no processo de faturação.  Aumentam os níveis de informação e localização dos produtos. 36
  • 37. INVENTÁRIO c) Nível de stocks de cada referência O que é recomendado ? Calcular a diferença de inventário com uma frequência proporcional ao risco que cada secção ou produto tenha em termos de furto ou erro. Para estabelecer esta frequência recomenda-se ter em consideração o seguinte:  A atratividade dos produtos sentida pelos ladrões.  A situação na loja. Os produtos localizados em pontos críticos da loja têm mais possibilidades de serem furtados.  A rotação do produto.  O seu grau de perecibilidade. 37
  • 38. INVENTÁRIO c) Nível de stocks de cada referência Nos produtos de risco de quebra elevado recomenda-se aumentar o nível de precisão dos inventários. Nesse sentido, aconselha-se:  Contar fisicamente duas vezes os produtos.  Fazer comprovações aleatórias da integridade dos produtos (Ex: verificar se nas unidades de venda estão todos os componentes). 38
  • 39. INVENTÁRIO d) Politica de diminuição do nível de quebra O que a empresa deve fazer para diminuir o nível de quebra dos seus produtos? 1º - Fazer inventários físicos e teóricos e calcular a diferença de inventário, uma vez que:  Conhecer o problema é o primeiro passo para o solucionar.  Com esta informação serão tomadas melhores medidas de prevenção e controlo.  Constitui uma forma de consciencializar e envolver os trabalhadores da empresa na prevenção de Quebras Desconhecidas. 39
  • 40. INVENTÁRIO d) Politica de diminuição do nível de quebra 2º - Fazer ações de formação e de acompanhamento das pessoas envolvidas na realização do inventário físico. Qual é o objetivo destas ações de formação ?  Estabelecer melhores práticas como por exemplo, realizar uma análise prévia da contagem sobre a localização dos produtos, especialmente os que estão situados em mais do que um local diferente.  Unificar e normalizar aspetos como: • A metodologia da contagem. (ex: de cima para baixo e da esquerda para a direita). Assim conseguiremos evitar erros e acelerar o processo. • A documentação de apoio a utilizar (formulários, tabelas). 40
  • 41. INVENTÁRIO d) Politica de diminuição do nível de quebra Divergência entre inventários – O que fazer? 1- Se surgirem diferenças significativas no último inventário calculadas e a evolução dos dados não seja muito consistente, recomenda-se:  Rever a metodologia de cálculo.  Aumentar a frequência de cálculo. 2 - Caso não se disponha de sistemas de informação que o permitam, recomenda-se fazer o inventário físico com a atividade da empresa parada (vendas, receção de mercadoria). 41
  • 42. INVENTÁRIO Considerações prévias sobre a quebra desconhecida 1. O cálculo da diferença de inventário dá-nos o montante das quebras que a empresa sofreu, mas em nenhum caso consegue determinar que parte dessa Quebra se deve a Furto externo, Furto interno e a Erros. 2. Para obter uma aproximação deste dado a única forma é reunir informação das ocorrências que acontecem na empresa e, a partir dela, tirar conclusões que nos permitam ponderar o peso das três causas. 42
  • 43. INVENTÁRIO Considerações prévias sobre a quebra desconhecida  Para determinar o peso dos três fatores determinantes da Quebra Desconhecida, recomenda-se: Que seja reunida informação e que se faça um registo dos factos que sejam a causa da Quebra Desconhecida ou das provas que demonstrem que um destes factos aconteceu. Quais são as informações mais úteis para determinar o peso das três causas? • As tentativas de furto que foram detetadas (produto, secção). • As provas que demonstrem que aconteceu um furto: etiquetas eletrónicas encontradas na loja, etiquetas de preço arrancadas. • Discrepância detetada nas encomendas. • Erros de fixação de preços. 43
  • 44. INVENTÁRIO Considerações prévias sobre a quebra desconhecida  Esta informação irá dar uma aproximação de como aconteceram os factos relativos ao furto externo, ao furto interno e aos erros e, consequentemente, uma aproximação relativamente ao peso que tiveram cada uma destas três causas no conjunto do montante da Quebra Desconhecida. 44
  • 45. INVENTÁRIO Periodicidade do Inventário  Periódicos  Pontuais  Sistemáticos 45
  • 46. INVENTÁRIO Periódicos  Inventário Físico Permanente Este sistema consiste em contar diariamente, no fim de cada dia de trabalho, apenas os artigos que tenham tido movimento durante esse dia. Assim, se houver qualquer erro, terá apenas que se verificar esse dia, simplificando- se a tarefa de correção.  Inventário Físico Rotativo Processa-se da seguinte forma: • Dividem-se os artigos, de acordo com o número de movimentos, nas categorias A, B e C; • Os artigos A são contados de forma cíclica e uma vez em cada trimestre, enquanto os B são contados semestralmente e os C anualmente; • No início de cada dia de trabalho são controlados os movimentos dos artigos entrados e saídos, no dia anterior. 46
  • 47. INVENTÁRIO Pontuais  Inventário Físico Intermitente Consiste no encerramento periódico do armazém, durante alguns dias, a fim de fazer um balanço (contagem) dos diferentes artigos. É geralmente efetuado uma vez por ano, no final do exercício contabilístico. Engloba todos os artigos da empresa, gerando uma elevada carga de trabalho que pode perturbar a sua atividade. 47
  • 48. INVENTÁRIO Sistemáticos  Inventário programado Este inventário permite: a) Conhecer os stocks teóricos de materiais durante os próximos η períodos de controlo; b) Conhecer as entradas programadas (provenientes das encomendas emitidas), e as previsões de saída, isto é, saber em que data se processa qual movimento. É neste pormenor que difere o inventário comum de materiais do inventário programado. 48
  • 50. INVENTÁRIO 3. Processo de inventário  Calendarizarão do inventário  Os passos da gestão de inventário 50
  • 51. INVENTÁRIO  Calendarização do inventário A contagem cíclica ajuda a manter níveis altos de exatidão de inventário e é uma das melhores formas de identificar problemas. Além disso, pode eliminar a necessidade da realização de inventários físicos, que costumam ser mais caros. No que respeita à execução, existem dois métodos para efetuar uma contagem cíclica (contagem cíclica é uma metodologia de inventários rotativos): 1) Calendário de Contagem 2) Contagem de Balanço Residual 51
  • 52. INVENTÁRIO 1) Calendário de Contagem • Um dado número de recontagens é efetuado todos os dias, por vezes durante mudanças de turno ou em alturas em que é possível assegurar que não existem transações de inventário. • As discrepâncias são corrigidas e registadas para análise. • São mantidos registos das recontagens para assegurar que todos os artigos são contados na frequência planeada. 52
  • 53. INVENTÁRIO 2) Contagem de Balanço Residual Método no qual a recontagem é efetuada no momento em que o funcionário visita a localização do artigo para fazer o picking ou a sua reposição. Pode ser programada para situações em que seja fácil a sua contagem.  As discrepâncias são corrigidas e registadas para análise.  São mantidos registos das recontagens para assegurar que todos os artigos são contados na frequência planeada. 53
  • 54. INVENTÁRIO  Os passos da gestão de inventário Uma gestão positiva e equilibrada do inventário é indispensável ao bom funcionamento das empresas. a) Plano de operações b) Plano de necessidades materiais c) A escolha dos fornecedores d) Escolha da qualidade dos materiais e) Avaliação dos fatores-chave para a política de existências f) Criar um stock de segurança g) Gerir o stock consoante o seu valor financeiro 54
  • 55. INVENTÁRIO a) Plano de operações Trata-se de um documento onde é reunida toda a informação, detalhada e rigorosamente tratada, relativa a qualquer operação ou tarefa. Inclui: • A descrição da tarefa ou da operação; • O número de pessoas nela envolvidas diretamente; • O tempo exigível para a sua execução; • Os materiais utilizados; • O equipamento e maquinaria necessários; 55
  • 56. INVENTÁRIO b) Plano de necessidades materiais Avaliará todos os recursos materiais necessários à produção, incluindo as matérias-primas e todos os outros componentes relacionados com a elaboração dos produtos. Integra a estrutura do produto e a política de existências.  É também necessário avaliar os custos de aquisição, a qualidade, as condições de armazenagem, a adequação e a disponibilidade de todos os produtos e materiais de substituição ou alternativos. 56
  • 57. INVENTÁRIO Estrutura do produto - a avaliação dos materiais deve ser feito tendo em conta:  As características do produto do ponto de vista físico e químico;  As condições de funcionamento;  As dimensões requeridas;  As tolerâncias máximas admitidas na produção;  A embalagem e o modo de expedição;  As condições de receção dos materiais; 57
  • 58. INVENTÁRIO Política de existências - define o nível de stocks a adotar e depende de fatores internos e externos como: • Os prazos de entrega acordados com os clientes; • A propensão ao risco: é importante evitar situações de rutura de stock perante clientes insatisfeitos; • As relações com os fornecedores: a necessidade de um stock elevado pode ser diminuído se a empresa tiver com os fornecedores uma relação caracterizada pela comunicação, cooperação e proximidade. 58
  • 59. INVENTÁRIO c) A escolha dos fornecedores  Este passo é fundamental pelo que deve ser antecedido de uma avaliação do mercado dos fornecedores dos materiais, tendo em conta alguns critérios, como a competência técnica, o preço e os prazos de entrega.  No seguimento da identificação destes elementos, a empresa deve entrar em contacto com os fornecedores para obter informação específica sobre a estrutura e funcionamento das respetivas empresas. A seleção deve atender a uma lista de critérios, concretamente estabelecidos por ordem de prioridade.  É importante que a empresa estabeleça uma relação de parceria com o fornecedor. Por outro lado, é importante que a empresa tenha mais fornecedores. Só assim verá garantida a sua independência e capacidade de gestão. 59
  • 60. INVENTÁRIO d) Escolha da qualidade dos materiais Neste âmbito, a aquisição de matérias-primas é uma medida que deve ser privilegiada mesmo quando a empresa se encontra em fase de lançamento. Se se revelar necessário, deve-se atrasar os processos de vendas para permitir o fabrico de um produto com maior qualidade. 60
  • 61. INVENTÁRIO e) Avaliação dos fatores-chave para a política de existências A política de existências deve procurar evitar duas situações: 1) A existência de um volume de stocks demasiado baixo, que coloca a empresa em risco de não poder fornecer os seus clientes; 2) O excesso de stock, que reflete uma imobilização de capital difícil de gerir financeiramente. Neste contexto, a empresa deve ter em conta a duração do ciclo de produto, as previsões de vendas e os prazos de entrega. 61
  • 62. INVENTÁRIO f) Criar um stock de segurança: Tem como objetivo minimizar as consequências de um aumento inesperado da procura ou de um atraso ocasional dos fornecedores, o que obriga a um aumento do prazo de entrega. Algumas razões para a existência de stocks: A empresa necessita de produtos em armazém para os poder transacionar e concretizar os seus objetivos económicos e financeiros; Os stocks previnem as empresas em relação às flutuações da procura ou face a situações imprevisíveis no fornecimento das matérias-primas; Para certas empresas industriais é necessária a constituição e gestão de diversos stocks intermédios de matérias-primas e produtos, de forma a evitar uma eventual rutura do processo produtivo; A criação de stocks surge como forma de aproveitar flutuações futuras da procura. 62
  • 63. INVENTÁRIO g) Gerir o stock consoante o seu valor financeiro  Para a otimização da gestão do stock, as existências, tanto no âmbito da compra, como do armazenamento, devem ser tratadas com graus de importância que diferem consoante o seu valor financeiro (preço unitário x compras anuais por parte da empresa).  Aquelas que representam até 80% desse valor exigem um cuidado especial; as que representam até 15% justificam alguma atenção; finalmente aqueles que só chegam a 5% do valor financeiro, não necessitam de tratamento. 63
  • 64. GERIR O STOCK CONSOANTE O SEU VALOR FINANCEIRO  Modelo de Classificação ABC Como não é possível nem aconselhável tratar todos os artigos da mesma forma, a análise ABC é uma ferramenta de gestão muito simples, mas com grande eficácia na classificação correta dos stocks, criando três níveis de prioridade distintos na gestão dos mesmos. A classificação os stocks é feita em três grandes grupos, A, B ou C, de acordo com a percentagem dos consumos anuais que cada grupo representa. A separação é feita de acordo com a seguinte metodologia: 64
  • 65. GERIR O STOCK CONSOANTE O SEU VALOR FINANCEIRO Modelo de Classificação ABC Classe A - Este é o grupo de artigos com maior valor de consumo anual, embora seja representado por um pequeno número de artigos: 15 a 20% do total de artigos correspondem a 75 a 80% do valor do consumo anual total. Classe B - Este e um grupo intermédio:20 a 25% do total de artigos representam 10 a 15% do valor do consumo anual de todos os artigos. Classe C - Este grupo de artigos possui o menor valor de consumo anual, embora represente um elevado número de referências: 60 a 65% do número total de artigos correspondem a 5 a 10% do valor do consumo anual de todos os artigos. 65
  • 66. GERIR O STOCK CONSOANTE O SEU VALOR FINANCEIRO Modelo de Classificação ABC A gestão de cada grupo deve ser realizada da seguinte forma:  Classe A - Os artigos devem ser controlados frequentemente de forma a manter existências baixas e evitar ruturas.  Classe B - Os artigos devem ser controlados de forma mais automatizada.  Classe C - Os artigos devem possuir regras de decisão muito simples e totalmente automatizadas. Os níveis de stock de segurança podem ser elevados de forma a minimizar os inconvenientes de eventuais rupturas. 66
  • 68. INVENTÁRIO  Instruções escritas para a realização das contagens físicas das existências: Emitir instruções escritas sobre a realização das contagens físicas  Detalhadas  Redigidas de forma clara e acessível Aspetos que devem constar das instruções: 1) Datas e locais de contagem – dias, horários e armazéns em que decorrerão as contagens; 2) Existências a serem inventariadas - Contagem total ou parcial (itens a inventariar); 3) Procedimentos pré-inventário - limpeza dos armazéns, arrumação das existências e separação dos itens obsoletos, com pouco movimento… 68
  • 69. INVENTÁRIO Aspetos que devem constar das instruções (continuação) 4) Constituição das equipas de contagem  Mínimo de duas pessoas –contador (armazém) e escrivão (secção de contabilidade);  Em cada local de contagem deverá estar um encarregado de armazém e um conferente (secção de contabilidade);  No caso de existirem auditores internos, estes devem fazer as suas próprias Contagens. 5) Forma de realização do inventário – sequência e registo dos itens contados. 69
  • 70. INVENTÁRIO Aspetos que devem constar das instruções (continuação) 6) Anotação das contagens  As contagens devem ser anotadas em listas ou em talões (fichas); • Talão: individualiza os diferentes produtos em talões separados. • Ficha: relação dos diferentes produtos.  Os documentos devem ser numerados tipográfica e sequencialmente. 70
  • 71. INVENTÁRIO Aspetos que devem constar das instruções (continuação) 7) Procedimentos relativos ao «corte» de operações Há acontecimentos que podem falsear o inventário, tais como: a) Existências recebidas antes da data de inventário mas contabilizadas após essa data; b) Existências recebidas antes da data de inventário mas em trânsito e não contabilizadas; c) Transferências entre Secções indevidamente documentadas e controladas; d) Vendas ocorridas antes da data do Balanço, mas cujos artigos só foram expedidos após essa data, constando no inventário; e) Existências expedidas após a data do Balanço, mas registadas posteriormente. Nota: Todas as guias de entrada e saída de existências devem ser carimbadas com a indicação: “Processado antes do inventário ou Processado depois do inventário” 71
  • 72. INVENTÁRIO Aspetos que devem constar das instruções (continuação) 8) Procedimentos pós-inventário • Comparar as quantidades contadas com os registos de quantidades e do inventário permanente. • A análise das diferenças deve ser realizada o mais cedo possível após o inventário. • As diferenças devem ser investigadas e retificadas. 9) Reunião Preparatória • Distribuir as instruções escritas para a realização do inventário antecipadamente a todas as pessoas envolvidas. • Reunião alguns dias antes das contagens com todos as pessoas envolvidas na contagem, inclusive, o auditor. 72
  • 74. INVENTÁRIO Controlo das contagens Procedimentos O processo de inventário permanente divide-se na inventariação de dois tipos de posições: 1) Posições de Preparação 2) Posições Vazias Vejamos cada uma delas: 1) Posições de Preparação O objetivo é inventariar todos os locais de preparação. Como o local de preparação é uma posição onde vão parar 85% — em média – de todas as paletes que entram no armazém, poder-se-á dizer que mais cedo ou mais tarde quase todos os erros cometidos acabam por se refletir nesta posição. 74
  • 75. INVENTÁRIO 1) Posições de Preparação Existem dois modos de fazer as coisas:  Método clássico  Método JIT Modelo clássico  Os operadores de inventário dirigem-se ao gabinete da equipa de organização e recolhem o mapa das posições a inventariar;  Para cada posição indicada o operador deverá verificar que esta contém o artigo correto na quantidade e qualidade correta; 75
  • 76. INVENTÁRIO Modelo clássico (continuação)  Se tal não acontecer, anota o erro e remove o artigo para uma zona de artigos com problemas de inventário e que está devidamente marcada. A remoção dos artigos só se justifica se ele for diferente do que deveria estar na posição, se não deve-se fazer um acerto de inventário para corrigir a quantidade;  Procede para a próxima posição da lista e repete os três últimos passos;  No final da lista, o operador deverá dirigir-se ao gabinete da equipa de organização e entregar o mapa com os erros;  O mapa entregue será alvo da atenção dele próprio ou de um operador administrativo para que as diferenças sejam registadas no sistema. 76
  • 77. INVENTÁRIO Modelo JIT  O operador de inventário indica ao computador via rádio-terminal que vai começar um inventário às posições de preparação;  O computador mostra-lhe a primeira posição e pergunta o artigo e quantas caixas lá estão. O operador responde – quer introduzindo o código do artigo quer lendo-o com um leitor de código de barras – e indicando também o número de caixas; 77
  • 78. INVENTÁRIO Modelo JIT (continuação)  Em caso de erro e depois da confirmação dos valores, o computador assume a quantidade indicada como sendo a da posição. O operador remove a mercadoria que está mal posicionada – se for este o caso – para a zona de artigos com problemas de inventário. A remoção dos artigos só se justifica se ele for diferente do que deveria estar na posição, senão deve-se fazer um acerto de inventário para corrigir a quantidade. 78
  • 79. INVENTÁRIO 2) Posições Vazias O interesse deste inventário reside no facto de ser muito simples inventariar uma posição vazia – é olhar e ver se está ou não. Devido a esta simplicidade ele pode ser utilizado para níveis superiores aos do chão, que são difíceis de inventariar. Existem dois modos de fazer as coisas:  Método clássico  Método JIT 79
  • 80. INVENTÁRIO Modelo clássico  Os operadores de inventário dirigem-se ao gabinete da equipa de organização e recolhem o mapa das posições a inventariar;  Para cada posição indicada o operador deverá verificar se ela está vazia ou não. No caso de ela estar ocupada assinalará esse facto no mapa;  Procede para a próxima posição da lista e repete o último passo;  No final da lista, o operador deverá dirigir-se ao gabinete da equipa de organização e entregar o mapa com os erros;  O mapa entregue será alvo da atenção dele próprio ou de um operador administrativo para que as diferenças sejam registadas no sistema;  As diferenças existentes deverão ser passadas para um operador de movimentação de paletes para que a palete mal colocada seja retirada para a zona de artigos com problemas de inventário. 80
  • 81. INVENTÁRIO Modelo JIT  O operador de inventário indica ao computador via rádio-terminal que vai começar um inventário às posições vazias;  O computador mostra-lhe a primeira posição e pede a chave da posição;  O operador deverá dirigir-se para a posição e introduzir a chave correta, confirmando se está ou não vazia;  Caso não esteja vazia, e após a necessária confirmação, o computador marcará a posição para que a palete seja removida e colocada na zona de artigos com problemas de inventário – esta marcação irá fazer que seja dada uma ordem de movimentação à máquina que esteja mais próximo dela, logo que possível. 81
  • 82. INVENTÁRIO Em síntese:  O modelo JIT funciona de uma forma muito mais natural e produtiva, em que as ações são tomadas em tempo real.  De novo se coloca o problema da idade da informação, no caso do modelo clássico há que garantir que não é arrumada nenhuma palete entre o momento de emissão do mapa e a respetiva contagem. Esta necessidade levanta muitos problemas práticos, que impedem uma utilização mais frequente deste método. Isto não se passa no modelo JIT, onde a informação é em tempo real. 82
  • 83. INVENTÁRIO Resolução dos problemas encontrados nos Modelos anteriores Este procedimento permite-nos resolver os problemas e inventário encontrados e que foram devidamente isolados numa área do armazém marcada para o efeito. Os passos que têm de ser seguidos são: Modelo Clássico 1. Pegar num bloco de folhas de operações manuais – acertos, transferências e outras atividades semelhantes e selecionar um artigo dos que estão na zona referida; 2. Se a quantidade for pequena – algumas caixas – o operador deverá identificar o local de preparação do artigo – por consulta num terminal do computador — e acrescentar essas caixas lá. De seguida deve fazer uma contagem ao total de caixas e anotar o total na folha de acertos; 83
  • 84. INVENTÁRIO Modelo Clássico 3. Se a quantidade for uma palete inteira — ou perto disso – deverá identificar todos os locais onde esse artigo existe e, um a um, verificar se estão ocupados: a) Se estão, deverá arrumar a palete noutro local e anotar o facto na folha de acertos; b) Se não estão deverá colocar a palete no local onde falta e cujo número de caixas é igual. Se não existir nenhum local nestas condições deverá colocar a palete em falta num dos locais e anotar na folha de operações o acerto correspondente para o sistema informático ficar concordante com a realidade; c) Se ao inventariar as posições, no ponto anterior, identificar qualquer erro, ele terá de ser resolvido pelo método apresentado nos procedimentos: Posições de Preparação ou Posições Vazias. 84
  • 85. INVENTÁRIO Modelo Clássico 4. Selecionar o artigo seguinte e proceder do mesmo modo; 5. Periodicamente deverá levar o conjunto de folhas de operações para o gabinete da equipa de organização para que as alterações físicas sejam refletidas no sistema. 85
  • 86. INVENTÁRIO Modelo JIT 1. Selecionar um artigo dos que estão na zona referida; 2. Se a quantidade for pequena – algumas caixas – o operador deve identificar o local de preparação do artigo – por consulta no rádio terminal — e acrescentar lá essas caixas. De seguida deve fazer uma contagem ao total de caixas e atualizar de imediato o sistema; 3. Se a quantidade for uma palete inteira — ou perto disso – deverá identificar todos os locais onde esse artigo existe e, um a um, verificar se estão ocupados:  Se sim, deve arrumar a palete noutro local e atualizar de imediato o sistema (rádio terminal);  Se não, colocar a palete no local onde falta e cujo número de caixas é igual. Se não existir nenhum local nestas condições deverá colocar a palete em falta num dos locais e atualizar o sistema informático para que ele fique concordante com a realidade; 86
  • 87. INVENTÁRIO Modelo JIT 4. Se ao inventariar as posições, no ponto anterior, identificar qualquer erro, ele terá de ser resolvido pelo método apresentado nos procedimentos: Posições de Preparação ou Posições Vazias; 5. Selecionar o artigo seguinte e proceder do mesmo modo. Este processo permite manter a atividade do armazém num nível elevado. 87
  • 88. INVENTÁRIO Tratamento do inventário 1) Precisão do Inventário 2) Sistemas de Medição e Monitorização do inventário 3) Auditoria a inventário 88
  • 89. INVENTÁRIO 1) Precisão do Inventário As previsões, o planeamento e a tomada de decisões nos departamentos responsáveis pelo aprovisionamento baseiam-se em informações sobre transações de stock, registadas e comunicadas pelo armazém. A precisão desta informação é crucial para o seu funcionamento. A precisão do inventário prende-se com a correspondência entre os registos da informação sobre stock e a realidade. A falta da precisão do inventário pode ser percebida através dos seguintes custos: • Diminuição de património • Uso de stocks de segurança, para garantir nível de serviço • Sobre investimento em stock • Roturas de Stock • Insatisfação do cliente • Obsolescência 89
  • 90. INVENTÁRIO 2) Sistemas de Medição e Monitorização do inventário Objetivo - manter níveis altos de fiabilidade da informação sobre o Inventário com o mínimo de investimento possível.  Os melhores sistemas monitorizam o processo e não apenas o stock. Implicam habitualmente: • A definição de uma equipa responsável; • A simplificação e normalização de procedimentos; • A garantia da integridade dos registos; • O treino do pessoal para a disciplina na execução dos procedimentos; • Inspeção do inventário (controle). 90
  • 91. INVENTÁRIO 3) Auditoria a inventários  Os objetivos do trabalho de auditoria são: 1) Verificar se o tratamento contabilístico e as medidas de controlo interno relacionadas com os inventários são adequados e se estão, de facto, a ser aplicados; 2) Determinar se as quantidades relativas aos inventários existem, estão corretamente inventariadas, são propriedade da empresa e são apropriados para a sua finalidade; 3) Determinar se os inventários: • estão valorizadas ao custo de aquisição e/ou ao custo de produção, • se os critérios de mensuração foram aplicados de forma consistente em relação ao exercício anterior, estando os inventários corretamente contabilizadas quanto à conta, montante e período. 91
  • 92. INVENTÁRIO Os objetivos do trabalho de auditoria (continuação) 4) Determinar se:  o custo de aquisição e/ou de produção foi superior ao valor realizável líquido, e se foi este último o utilizado na valorização dos inventários. 5) Verificar se:  os inventários incluem a plenitude dos produtos na data do balanço e se as informações foram adequadamente divulgadas. 6) O custo das mercadorias vendidas e consumidas refletido nas DF´s está relacionado com o período sob exame. 7) Verificar se estão adequadamente divulgadas no anexo as informações pertinentes. 92
  • 93. INVENTÁRIO  Procedimentos de auditoria Observar os procedimentos seguidos na contagem e registo das quantidades. Efetuar testes apropriados para determinar se os procedimentos estão a ser devidamente seguidos Comparar os resultados dos seus testes com os inventários da empresa. Se a empresa regista as quantidades pelo SIPermanente e efetua contagens cíclicas – observar periodicamente as contagens e fazer testes seletivos às mesmas. Se a empresa não possui registos adequadas e efetua as contagens no fim do exercício – as observações e testes às contagens são nessa mesma data. 93
  • 94. INVENTÁRIO  Fases da auditoria ao processo de contagens físicas FASE 1: Assistir ao planeamento da contagem: a) Fontes de informação sobre os stocks, armazéns e pessoas b) Estratégia a seguir na contagem física c) Tempo e localização da contagem a) Responsáveis e técnicos na contagem b) Procedimentos de contagem À medida que realizam os testes, devem comparar as contagens com os valores inscritos nas folhas ou talões e, naquele momento e local, esclarecer as diferenças encontradas. Os itens a testar geralmente são os de maior valor – amostra sobre valores estratificados ou visita aos armazéns antecipadamente. 94
  • 95. INVENTÁRIO FASE 2: Observação da contagem: a) Os stocks estão devidamente arrumados? b) Os stocks que não pertencem à empresa estão identificados? c) Como é que os stocks são registados? d) Como é avaliado o estado de conservação dos stocks? e) Como são marcados/etiquetados os stocks já contados? f) Determinação dos stocks danificados, obsoletos ou de baixa rotatividade? g) As instruções estão a ser seguidas? h) Métodos de pesar, medir, são os corretos? 95
  • 96. INVENTÁRIO FASE 3: Encerramento da contagem a) Certificar que todos os artigos foram contados b) Obter a relação numérica das folhas de contagem utilizadas, não utilizadas e inutilizadas c) Encerrar a contagem. 96
  • 97. INVENTÁRIO 97 Reconciliação de stocks Valorimetria de existências A valorização de entradas A valorização de saídas Calcular a taxa de diferença Cálculo da Posição de inventário Nível de inventário Modelos de Controlo de Inventário
  • 98. INVENTÁRIO Valorimetria de existências • Quando um fator de produção “dá entrada” em armazém traz, associado a si um custo (que depende do preço e das condições de compra); o mesmo acontece com os diversos produtos que entram nos respetivos armazéns. • Num determinado período de tempo é possível que entrem nos respetivos armazéns diversas quantidades do mesmo produto a diferentes custos. Assim, coloca-se a seguinte questão: No momento em que se efetue a primeira saída de armazém do produto em causa, por que valor é que ele deverá sair? 98
  • 99. INVENTÁRIO Valorimetria de existências Para responder a esta questão, estudaremos os três critérios valorimétricos permitidos pelo SNC:  Custo específico  Custo médio ponderado  FIFO (first in first out). 99
  • 100. INVENTÁRIO  Custo Específico – valorização das existências pelo custo exato das mesmas. Critério adequado para empresas que transacionam um número reduzido de existências, por exemplo: empresas de diamantes.  FIFO – (First In First Out) - de acordo com este critério, considera-se que saem primeiro do armazém as existências que lá estão à mais tempo, isto é, as que foram as primeiras a entrar.  Custo Médio Ponderado: valoriza o stock de cada artigo pela média ponderada dos custo dos artigos existentes. Esta média é calculada após cada entrada de produtos no armazém. CMP = Valor das existências em armazém + Valor das entradas Quantidades existentes em armazém + Quantidades entradas 100
  • 101. INVENTÁRIO Valorimetria de existências Conclusão: Cada um dos critérios apresentados origina um valor diferente para o custo associado à saída do armazém, o que quer dizer que a escolha do critério, apesar de não ir afetar o resultado final da empresa, tem alguma influência sobre os resultados das atividades e, em contraponto, no valor da variação de existências do período em causa. O valor unitário das existências em armazém após cada saída (bem como após cada entrada) é diferente, dependendo do critério valorimétrico adotado. 101
  • 102. INVENTÁRIO A valorização de entradas a) Para os produtos comprados, a avaliação faz-se tendo em conta o custo de compra ou o custo de aquisição: O importe é o que figura na fatura de compra (sem IVA). + gastos externos de compra: segurança, alfândega, transporte. + gastos internos de armazenamento: gastos de receção, armazenagem. b) Para os bens produzidos, a avaliação faz-se segundo o custo de produção. Nota:  Os custos financeiros e os custos de armazenagem e manutenção não são tomadas em conta.  O stock inicial em quantidade e em valor, corresponde ao stock final do período precedente. 102
  • 103. INVENTÁRIO A valorização de saídas  Os elementos armazenados irão saindo segundo o custo ao qual entraram.  Este tipo de valoração não constitui nenhum problema para bens que sejam perfeitamente individualizados (peças únicas) ou individualizáveis (peças idênticas, isoláveis).  No entanto, esta técnica é de difícil aplicação nos bens fungíveis (trigo, vinho, azeite). 103
  • 104. INVENTÁRIO Calcular a taxa de diferença • Cálculo de stock teórico = Saídas de produtos (vendas, devoluções de fornecedores, taras, ruturas stock) + entradas de produto (compras, devoluções de clientes). • Cálculo das existências físicas: stock real avaliado no momento do inventário: Diferença de Inventário = Stock Teórico – Stock Real. Taxa de diferença: diferença x 100 Vendas O resultado encontrado é uma percentagem: se for alta, a perda desconhecida é importante. Para contabilizar o seu stock real com objetividade e transparência, é necessário fazer inventários físicos de qualidade. 104
  • 105. INVENTÁRIO Cálculo da Posição de inventário Qual é o objetivo de um sistema de controlo de inventário? determinar “quando” e “quanto” encomendar Este objetivo deve basear-se:  na situação de stock (stock físico disponível)  na antecipação da procura  nos diferentes fatores de custo Contudo, uma ordem de encomenda não pode apenas ser assente no stock físico. Têm de ser consideradas:  as encomendas pendentes dos consumidores;  as encomendas executadas, mas que ainda não foram entregues pelo fornecedor. Assim, no controlo de inventário, a situação de stock é caracterizado pela posição de inventário: Posição de inventário = stock físico + encomendas executadas – encomendas pendentes 105
  • 106. INVENTÁRIO Nível de inventário Ao contrário da posição de inventário, os custos de armazenamento e a rutura de stock dependem do nível de inventário: Nível de inventário = stock físico – encomendas pendentes Um sistema de controlo de inventário pode ser desenhado de modo a que a posição de inventário seja monitorizada de uma forma contínua. Assim que a posição de inventário seja suficientemente baixa, uma encomenda é desencadeada. 106
  • 107. INVENTÁRIO Modelos de Controlo de Inventário  Modelo de revisão continua  Modelo de revisão periódica 107
  • 108. MODELOS DE CONTROLO DE INVENTÁRIO Existem diversos modelos de controlo de inventário. Cada um responde de forma diferente às questões seguintes:  Quando encomendar?  Quanto encomendar ? Para decidir qual o modelo de gestão de stocks que deve ser aplicado é necessário avaliar um ponto fundamental no comportamento da oferta e da procura: a existência ou não de aleatoriedade”. 108
  • 109. MODELOS DE CONTROLO DE INVENTÁRIO  Do lado da oferta, se o prazo de entrega for fixo e sempre cumprido e se as quantidades entregues corresponderem sempre às quantidades encomendadas, então a oferta não tem aleatoriedade associada, e por isso, é considerada determinística (ou seja, é possível prever com exatidão qual irá ser o comportamento da mesma). Pelo contrário, o fornecedor pode ter um prazo de entrega variável e não entregar sempre as quantidades encomendadas, sendo por isso considerado que a oferta tem um comportamento aleatório. 109
  • 110. MODELOS DE CONTROLO DE INVENTÁRIO  Do lado da procura, se as quantidades procuradas forem conhecidas, então pode-se afirmar que a procura é determinística; se a procura for variável, incerta, então tem-se um cenário de procura aleatória. 110
  • 111. MODELOS DE CONTROLO DE INVENTÁRIO Modelo de Revisão Contínua (Modelo Q) Neste modelo:  A quantidade encomendada é fixa;  O período de encomendas varia, determinando um nível de stock onde a encomenda é posta no mercado. Quando o stock de um determinado produto atinge determinado nível, o ponto de encomenda [Pe ] – encomenda-se uma quantidade. Pe = Consumo Médio x Prazo Médio de Aprovisionamento (L) + Stock de de segurança 111
  • 112. MODELOS DE CONTROLO DE INVENTÁRIO Modelo de Revisão Contínua (Modelo Q) Stock de segurança = quantidade para cobrir variações do consumo e do prazo de aprovisionamento.  O modelo diz que: O nível de inventário deve ser revisto variadas vezes, obrigando a um controlo automatizado de Inputs e Outputs de stock por meio de um programa, que regista a quantidade e ponto de encomenda, avisando e pedindo as encomendas. 112
  • 113. MODELOS DE CONTROLO DE INVENTÁRIO Modelo de Revisão Contínua (Modelo Q) Conclusões:  Verificando-se o ponto de encomenda demasiado alto, o stock médio aumenta assim como o custo de posse.  Sendo a quantidade alta, o tempo e o custo de posse aumenta.  Verificando-se o ponto de encomenda demasiado baixo, o stock médio baixa e o risco de rutura aumenta.  Sendo a quantidade baixa, o tempo diminui, aumentando o custo de aprovisionamento. 113
  • 114. MODELOS DE CONTROLO DE INVENTÁRIO Modelo de Revisão Contínua (Modelo Q) Este Modelo é adequado quando existe:  Elevada procura.  Elevado preço de custo dos produtos.  Disponibilidade permanente de stock no fornecedor. 114
  • 115. MODELOS DE CONTROLO DE INVENTÁRIO Modelo de Revisão Periódica (Modelo P) Neste modelo:  O período de encomendas é fixo;  A quantidade encomendada varia, em função do disponível em stock e do consumo previsto até que nova encomenda de artigos entre no armazém. Encomenda-se com uma periodicidade – P fixa- uma quantidade variável, de forma a repor o stock a um nível máximo – nível de stock de segurança – Consequentemente, o valor das encomendas é variável, adaptando-se à procura existente. 115
  • 116. MODELOS DE CONTROLO DE INVENTÁRIO Modelo de Revisão Periódica (Modelo P) Objetivo do modelo - restituir o stock a um nível máximo.  No momento de uma revisão verifica-se o stock existente, como as encomendas que ainda não tenham sido entregues caso existam: • Se o stock objetivo for fixado demasiado alto, o stock médio aumenta, assim como o custo de posse. • Se o stock objetivo for demasiado baixo, o stock médio diminui e o risco de rutura do stock aumenta. 116
  • 117. MODELOS DE CONTROLO DE INVENTÁRIO Modelo de Revisão Periódica (Modelo P)  Quanto ao período de revisão: • Se este for demasiado longo, as encomendas diminuem e a quantidade encomendada deverá ser maior para satisfazer a procura num maior intervalo de tempo. Então iremos ter um custo de aprovisionamento reduzido e um custo de posse elevado. • Se o período de revisão for demasiado curto, teremos um custo de aprovisionamento elevado e um custo de posse reduzido. 117
  • 118. MODELOS DE CONTROLO DE INVENTÁRIO Modelo de Revisão Periódica (Modelo P) Este Modelo é adequado quando existe:  Baixa variação da procura e do prazo de aprovisionamento.  Baixo preço de custo dos produtos.  Interesse em encomendar um grupo do mesmo fornecedor. 118