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Antero de Abreu
Para iniciar o estudo do texto lírico, informe-se sobre o primeiro poeta angolano no
texto que contém elementos biográficos (sobre a sua vida) e bibliográficos (sobre a
sua obra)
O poeta nasceu em 1927 na cidade de Luanda, onde completou o liceu. Frequentou,
depois, Direito em Coimbra, vindo a acabar o curso em Lisboa. Em Coimbra fez
amizade com Agostinho e ali colaborou em diversos jornais e revistas.
Em ambas as cidades foi dirigente da Casa dos Estudantes do Império, tendo sido
também dirigente da Sociedade Cultural de Angola e do Cine-Clube de Luanda.
Como é sabido, todas estas associações acabaram por ser encerradas pelas
autoridades do colonial-fascismo.
Depois de terminar o curso, regressou a Luanda, onde passou a exercer advocacia e
ocupa lugar de destaque na divulgação e promoção da cultura angolana.
Publicou A Tua Voz Angola (1978), Poesia Intermitente, no mesmo ano,
Permanência (1979), Textos Sem Pretexto (1992) e Contos Verdadeiramente
Infantis (2000).
É membro fundador da União dos Escritores Angolanos, tendo presidido à Direcção e
à Assembleia Geral.
Fez parte da redacção do “Meridiano”, órgão da Secção de Coimbra da Casa dos
Estudantes do Império, colaborou na “Via Latina”, órgão da Associação Académica
de Coimbra, na “Mensagem”, órgão da Associação dos Naturais de Angola, e na
“Cultura (II)”, da Sociedade Cultural de Angola. Prestou ainda colaboração na revista
“Vértice”, de Coimbra, e nos jornais “ABC” e “Jornal de Angola”, e na revista
“Prisma”, todos de Luanda.
Exerceu advocacia na cidade de Luanda durante vinte anos. Após a independência,
ingressou na magistratura do Ministério Público, vindo a ser jubilado como
Procurador-Geral da República.
Foi Embaixador de Angola em Itália e Malta, exercendo igualmente as funções de
Representante Permanente de Angola na FAO, PAM e FIDA, organizações
internacionais com sede em Roma.
Os seus versos têm frequentemente um destinatário, um “tu” a quem se dirigem
A vós
à vossa dor,
- como o eco que se prolonga
e se escuta
eu dou os versos que faço,
como quem dá um abraço.
(…)
As imagens, metáforas ou símbolos que o poeta usa têm a função de especificar um
desejo de agir, um pormenor, e, mais ainda, de mencionar o que a conjuntura
histórica, política e social esperava da geração intelectual e política rebelde, naquele
tempo de viragem. Os poemas de Antero de Abreu expressam o papel que a si
próprio e aos outros companheiros atribuía, de um projecto de libertação social e
nacional.
Há estudiosos que consideram que, na sua poesia, o autor foi sociólogo, ideólogo,
antropólogo, historiador e profeta. O valor histórico dos seus poemas está na análise
imediata, descritiva, documental, em que a sua visão subjectiva se transforma em
objectividade histórica.
Antero de Abreu analisa poeticamente as condições materiais e espirituais do seu
povo, da sua nação, de todas as ânsias, sofrimentos, esperanças e realidades, das
revoltas e dos milhares de protagonistas populares que têm feito e continuam a
fazer a história de Angola.
Alguns dos seus textos podem designar-se Poesia de
resistência porque são uma forma bela de resistir, de
manifestar o seu protesto.
Irmãos!
Vamos lutar!
Lutar cantando
lutar morrendo
que morrer na luta é a morte melhor!
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vereis do que sou capaz.

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Introdução antero de abreu

  • 1. Antero de Abreu Para iniciar o estudo do texto lírico, informe-se sobre o primeiro poeta angolano no texto que contém elementos biográficos (sobre a sua vida) e bibliográficos (sobre a sua obra) O poeta nasceu em 1927 na cidade de Luanda, onde completou o liceu. Frequentou, depois, Direito em Coimbra, vindo a acabar o curso em Lisboa. Em Coimbra fez amizade com Agostinho e ali colaborou em diversos jornais e revistas. Em ambas as cidades foi dirigente da Casa dos Estudantes do Império, tendo sido também dirigente da Sociedade Cultural de Angola e do Cine-Clube de Luanda. Como é sabido, todas estas associações acabaram por ser encerradas pelas autoridades do colonial-fascismo. Depois de terminar o curso, regressou a Luanda, onde passou a exercer advocacia e ocupa lugar de destaque na divulgação e promoção da cultura angolana. Publicou A Tua Voz Angola (1978), Poesia Intermitente, no mesmo ano, Permanência (1979), Textos Sem Pretexto (1992) e Contos Verdadeiramente Infantis (2000). É membro fundador da União dos Escritores Angolanos, tendo presidido à Direcção e à Assembleia Geral. Fez parte da redacção do “Meridiano”, órgão da Secção de Coimbra da Casa dos Estudantes do Império, colaborou na “Via Latina”, órgão da Associação Académica de Coimbra, na “Mensagem”, órgão da Associação dos Naturais de Angola, e na “Cultura (II)”, da Sociedade Cultural de Angola. Prestou ainda colaboração na revista “Vértice”, de Coimbra, e nos jornais “ABC” e “Jornal de Angola”, e na revista “Prisma”, todos de Luanda. Exerceu advocacia na cidade de Luanda durante vinte anos. Após a independência, ingressou na magistratura do Ministério Público, vindo a ser jubilado como Procurador-Geral da República. Foi Embaixador de Angola em Itália e Malta, exercendo igualmente as funções de Representante Permanente de Angola na FAO, PAM e FIDA, organizações internacionais com sede em Roma. Os seus versos têm frequentemente um destinatário, um “tu” a quem se dirigem A vós à vossa dor, - como o eco que se prolonga e se escuta eu dou os versos que faço, como quem dá um abraço. (…)
  • 2. As imagens, metáforas ou símbolos que o poeta usa têm a função de especificar um desejo de agir, um pormenor, e, mais ainda, de mencionar o que a conjuntura histórica, política e social esperava da geração intelectual e política rebelde, naquele tempo de viragem. Os poemas de Antero de Abreu expressam o papel que a si próprio e aos outros companheiros atribuía, de um projecto de libertação social e nacional. Há estudiosos que consideram que, na sua poesia, o autor foi sociólogo, ideólogo, antropólogo, historiador e profeta. O valor histórico dos seus poemas está na análise imediata, descritiva, documental, em que a sua visão subjectiva se transforma em objectividade histórica. Antero de Abreu analisa poeticamente as condições materiais e espirituais do seu povo, da sua nação, de todas as ânsias, sofrimentos, esperanças e realidades, das revoltas e dos milhares de protagonistas populares que têm feito e continuam a fazer a história de Angola. Alguns dos seus textos podem designar-se Poesia de resistência porque são uma forma bela de resistir, de manifestar o seu protesto. Irmãos! Vamos lutar! Lutar cantando lutar morrendo que morrer na luta é a morte melhor! Quando eu voltar e hei-de voltar vereis do que sou capaz.