Inovação
 Jim Naturesa
Definições




             Fonte: Escher,
             2005.


                        2
www.slideshare.net/jimnaturesa




            E-mail: jim.naturesa@gmail.com
Definições
• “Sempre dizemos a nós mesmos: temos
  que inovar. Precisamos ser os primeiros
  a nos superar” – Bill Gates, fundador da
  Microsoft.

• “A inovação é o divisor de águas entre
  um líder e um seguidor” – Steve Jobs,
  fundador da Apple.


                                             4
Definições
• “Só os paranóicos sobrevivem” – Andy
  Groves, um dos fundadores da Intel.

• “A inovação é o motor da economia
  moderna, transformando idéias e
  conhecimento em produtos e serviços” –
  Escritório de Ciência e Tecnologia do
  Reino Unido.


                                           5
Definições
• Bessant & Tidd (2009) afirmam:

• “Cada um desses exemplos de inventores foi
  um inovador, traduzindo invenções técnicas
  originais em novos produtos; mas cada um
  deles foi também um empreendedor, na
  medida em que criaram e desenvolveram
  negócios bem-sucedidos, baseados em
  invenções e inovações”.



                                               6
Definições
• Pai da Inovação:
  Schumpeter.

• “A Destruição
  Criativa”.




                     7
8
• Segundo a Lei n°11.196/2005, em seu
  artigo17:

• “Considera-se inovação tecnológica a
  concepção de novo produto ou processo de
  fabricação, bem como a agregação de novas
  funcionalidades ou características ao produto
  ou processo, que implique melhorias
  incrementais e efetivo ganho de qualidade ou
  produtividade, resultando maior competitividade
  no mercado”.



                                                    9
• Segundo Tigre (2006) há quatro tipos de Inovação:

• Incremental: Melhoramentos e modificações cotidianas.

• Radicais: Saltos descontínuos na tecnologia de produtos e processos.

• Novo sistema tecnológico: Mudanças abrangentes que afetam mais
  de um setor e dão origem a novas atividades econômicas.

• Novo paradigma tecnoeconômico: Mudanças que afetam toda a
  economia envolvendo mudanças técnicas e organizacionais – alterando
  produtos e processos.




                                                                    10
11
Fonte: Tigre, 2006.
• Exemplos.
• Incrementais: melhorias no design de produtos,
  novos arranjos logísticos etc.
• Radicais: fruto de atividades de P&D (Pesquisa
  e Desenvolvimento).
• Novo sistema tecnológico: novo campo
  tecnológico. São exemplos: plásticos, internet
  etc.
• Novo paradigma tecnoeconômico: máquina a
  vapor, eletricidade e a microeletrônica.



                                               12
• Segundo Bessant & Tidd apud
  Fransman (1986), a geração de
  inovações tende a ser induzida pela
  oferta de novos conhecimentos,
  enquanto a difusão dessas tecnologias
  é, em larga medida, determinada pela
  demanda.



                                      13
Definições - Inovações




                         Fonte: Berkun, 2007.


                                       14
Definições - Modelo de difusão tecnológica.

• A forma como uma tecnologia evolui é
  associada ao conceito de ciclo de vida.

• Envolve quatro estágios: introdução,
  crescimento, maturação e declínio.

• Exemplo: máquina de fax.


                                              15
Modelo de difusão tecnológica




                   Fonte: Tigre, 2006.   16
Modelo de difusão tecnológica
Fatores que regem o processo de difusão tecnológica:

1) Disponibilidade de financiamento;

2) Clima favorável (economia) ao investimento no país;

3) Acordos internacionais de comércio e investimento;

4) Sistema de propriedade intelectual;

5) Existência de capital humano.



                                                         17
• Segundo Tigre (2006):

• “No momento em que uma empresa
  está introduzindo novos produtos,
  modernizando seus processos e
  alterando suas rotinas
  organizacionais, ela está inovando”.



                                         18
Fonte: Harris,
    2006.


           19
Closed Innovation




                                               20
                    Fonte: Chesbrough, 2006.
Open Innovation




                                             21
                  Fonte: Chesbrough, 2006.
Open Innovation




                  Fonte: Chesbrough,   22
                  2006.
• Dados

• A China tem quase quatro vezes mais engenheiros que
  os Estados Unidos.

• A Suécia, Finlândia, o Japão e a Coréia do Sul investem
  mais em Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) como parte
  do PIB (Produto Interno Bruto) do que os EUA.

• Quatorze das 25 empresas de tecnologia de informação
  (TI) mais competitivas estão na Ásia.

• Fonte: Hitt et al., 2008.



                                                            23
Inovação e criatividade

• Segundo Bessant & Tidd (2009):
• “Identificar, avaliar e refinar uma idéia, transformando-a em
  um conceito de negócio, é a maior parte do problema”.

• A prática e o estudo da inovação podem ser abordados por
  três perspectivas:
• Pessoal – com destaque para a criatividade;
• Coletiva ou social – enfatiza a contribuição de equipes e
  grupos;
• Contextual – focaliza as estruturas, o ambiente, os
  processos e as ferramentas.




                                                           24
• A criatividade, segundo o Houaiss, pode ser definida
  como inventividade, inteligência e talento, natos ou
  adquiridos, para criar, inventar, inovar, quer no campo
  artístico, quer no científico, esportivo etc.

•   A criatividade está relacionada com:
•   Personalidade;
•   Processo de pensamento criativo;
•   Fatores ambientais que facilitam ou inibem o
    desempenho criativo.




                                                            25
• Quais são as habilidades necessárias à criatividade e à
  inovação?

• Aquisição e disseminação de informação - exige
  atenção e percepção;

• Inteligência, habilidade e capacidade de interpretar,
  processar e manipular informações;

• Praticidade e aplicabilidade;

• Implementação e improvisação.




                                                            26
• Logo uma pessoa criativa possui as seguintes
  características:

• Abertura a novas experiências;

• Tolerância com a ambigüidade;

• Curiosidade;

• Capacidade de assumir riscos.



                                                 27
• A criatividade pode ser construída?

• A criatividade é influenciada pelo tempo, por outras
  pessoas, lugares, cenários, conhecimentos de áreas
  específicas.

• Como?

• Exposição ao ambiente criativo: novos projetos, novos
  desafios.

• A criatividade pode ser aumentada e estimulada.




                                                          28
Inovação, criatividade e geração de novas idéias

• O processo pode ser dividido em duas partes: geração e focalização.

• Geração: a pessoa ou grupo produz muitas opções (pensamento
  espontâneo), opções novas ou incomuns (pensamento original).

• Exemplo: brainstorming.

• Algumas técnicas: remover um objetivo, reverter métodos, exagerar o
  problema, criar insumos aleatórios, utilizar uma metáfora ou
  personagem.

• Focalização: exame, revisão e seleção de opções promissoras.




                                                                   29
Barreiras à inovação

• O desenvolvimento de um clima em prol da inovação não
  é facilmente obtido, assim como a cultura empresarial.

• Quais são os fatores climáticos que influenciam a
  inovação?

•   Confiança e fraqueza;
•   Desafio e desenvolvimento;
•   Apoio e espaço para idéias;
•   Conflito e debate;
•   Decisões de risco;
•   Liberdade.



                                                       30
• Confiança e fraqueza – identificar pontos fracos e fortes.

• Desafio e desenvolvimento – comprometimento em operações
  diárias, objetivos de longo prazo e visões de futuro (motivação).

• Apoio e espaço para idéias – quantidade de tempo que as pessoas
  podem usar para desenvolver suas idéias.

• Conflito e debate – refere-se à presença de tensões pessoais,
  interpessoais ou emocionais.

• Decisões de risco.

• Liberdade.




                                                                      31
Bessant & Tidd apud Rogers (2009) identificaram cinco pontos
  fundamentais para o sucesso de uma nova idéia ou inovação:

1) Vantagem relativa.
• Como esse plano é melhor do que o que estava sendo feito
   antes?
• Quem ganhará com implementação do plano?
• Como serei recompensado?

2) Compatibilidade.
• Ele oferece melhores maneiras de atingir nossos objetivos
   comuns?




                                                              32
3) Complexidade
• O plano é facilmente entendido pelos outros?

4) Capacidade de teste
• O plano pode ser testado ou experimentado?

5) Visibilidade
• Os outros podem perceber os efeitos do plano?

6) Outras perguntas
• Que outros recursos serão necessários? Como posso
   obtê-los?



                                                      33
• Exemplos: Embraer.

• Segundo Miranda (2007), a empresa destaca-se pela sua
  estratégia corporativa – jatos regionais, e pela competência –
  design de aviações.

• “Para colocar seus produtos no mercado, a Embraer depende
  profundamente do apoio do Estado, principal financiador de suas
  exportações ao longo dos últimos anos”.

• “Logo, é na soma entre a capacitação tecnológica, os acordos de
  parcerias e o suporte do Estado que se encontra a chave do
  sucesso da Embraer no mercado da aviação e, por essa via, da
  própria indústria aeronáutica brasileira”.




                                                                34
•   Parceiros de risco da Embraer.
•   ERJ 145.
•   Empresa; Produto; País de origem.
•   C&D; Interiores; EUA.
•   Enaer; Fuselagem traseira; Chile.
•   Gamesa; Asas; Espanha.
•   Sonaca; Fuselagem e peças; Bélgica.




                                          35
O sucesso da empresa está baseado em três pontos:

1) Capacitação tecnológica – produtos diferenciados no mercado;

2) Capacitação para dirigir uma rede mundial de fornecedores;

3) Apoio do governo.

Miranda (2007), conclui:

“A presença da Embraer na economia brasileira sintetiza os mesmos
    elementos que estão no cerne das políticas atuais: conhecimento,
    tecnologia, inovação e empregos qualificados”.




                                                                  36
Indústria Automobilística


• As empresas fazem estudos de mercado com o
  objetivo de diminuir os riscos no seu lançamento.

• O lançamento de um novo produto deve
  significar para a empresa um acréscimo na sua
  parcela de mercado ou a manutenção de sua
  posição atual.




                                                  37
Fonte: Harris,
    2006. 38
O processo de desenvolvimento e seleção de novos produtos é
   composto, basicamente, por cinco fases (Castro, 1979) (Rachid, 1994):

1) Idéias: variam de acordo com a área de atuação da empresa;

2) Análise: as idéias são comparadas com os objetivos da empresa;

3) Pesquisa de mercado: estudos realizados junto ao futuro mercado
   consumidor;

4) Desenvolvimento de produto: estudos de demanda, competição,
   análise do consumidor, custos, preço, canais de distribuição e
   desenvolvimento de protótipos;

5) Comercialização: estudos sobre a introdução e manutenção do
   produto no mercado, por exemplo, a criação da campanha
   promocional.




                                                                     39
Exemplos – Primeiro modelo da Ford




                                        40
                 Fonte: Berkun, 2007.
• Exemplos:

• Airbags (sistemas de
  proteção);

• Freios ABS;

• Controle inteligente de
  tração;

• Motores Flex Fuel.



                            41
Fonte: Aislin,
    2004.
        42
“O drama é esse. A crise financeira e econômica
  coloca em questão a lógica industrial, que diz o
  seguinte: tenho que investir em novas
  tecnologias, ambientalmente mais legais, mais
  eficientes e de matrizes diferentes da do petróleo,
  que são poluentes.
  A incerteza e a insegurança da pesquisa joga
  contra aquilo que seria a única salvação dessas
  empresas. É um dilema gigantesco”, Glauco
  Arbix.




                                                    43
Toyota Prius




               44
GM Hummer




            45
Carro Elétrico Itaipu Fiat




                 Fonte: http://www2.itaipu.gov.br/ve/
                                                        46
Exemplo – Primeira linha de montagem da Ford




                                               47
                  Fonte: Berkun, 2007.
Congresso Brasileiro de Inovação na Indústria




•   Em abril de 2007 foi realizado o segundo Congresso Brasileiro de Inovação na
    Indústria (CNI, 2007).
•   As principais conclusões do evento foram:
•   O Brasil precisa dobrar seus investimentos em P&D nos próximos anos.
•   O Sistema de Inovação Brasileiro precisa ser aprimorado, as instituições e
    instrumentos de política de inovação devem ser objetos de constantes
    avaliações.




                                                                            48
Política de Desenvolvimento Produtivo (PDP)




•   No começo de maio de 2008 o governo lançou uma nova política industrial
    denominada de Política de Desenvolvimento Produtivo (PDP).
•   Essa política tem como objetivo estimular exportação, investimento e
    inovação.
•   Os principais objetivos do programa são:
•   Aumentar o investimento fixo: elevar o investimento direto na economia para
    21% do PIB (Produto Interno Bruto) em 2010.




                                                                                  49
• Aumentar a inovação do setor privado: estimular a
  inovação no setor industrial. O objetivo é alcançar 0,65%
  do PIB em 2010.

• Expandir as exportações: ampliação da participação
  brasileira nas exportações mundiais para 1,5% do
  comércio mundial em 2010.

• Elevar exportações de pequenas e médias empresas:
  aumentar em 10% o número de micro e pequenas
  empresas exportadoras brasileiras.




                                                              50
• A PDP está dividida em três categorias:

• Programas mobilizadores em áreas estratégicas:
  saúde, tecnologias de informação e comunicação, energia
  nuclear, a nanotecnologia e a biotecnologia.

• Programas para fortalecer a competitividade:
  construção civil, indústria naval, agroindústria, biodiesel,
  plásticos, têxtil e móveis.

• Programas para consolidar e expandir a liderança:
  petróleo e gás e petroquímica, mineração, siderurgia,
  celulose e carnes.




                                                                 51
Protec – Pró Inovação Tecnológica




                                    52
Conhecimento e Inovação




                          Fonte: Harris, 2006.


                                       53
Referências
A Crise veio atualizar a tragédia americana – Entrevista com Glauco Arbix. Valor
   Econômico. Caderno Eu&Fim de Semana. 3, 4 e 5 de abril de 2009.

Aislin. Oh, Oh! ... And other recent cartoons by Aislin. McArthur & Company. 2004.

Arbix, G. Inovar ou inovar – a indústria brasileira entre o passado e o futuro. Editora
    Papagaio. 2007.

Berkun, S. The Myths of Innovation. O’Reilly. 2007.

Bessant, J. & Tidd, J. Inovação e Empreendedorismo. Editora Bookman. 2009.

Castro, M. H. L. O Processo de Inovação na Indústria Automobilística Brasileira.
   Dissertação de Mestrado. Universidade Federal de Minas Gerais. 1979.

Chesbrough, H. Open Innovation – The New Imperative for Creating and Profiting from
   Technology. Harvard Business School Press. 2006.




                                                                                     54
Referências
CNI – Confederação Nacional da Indústria. Inovar para Crescer: Propostas para
  Acelerar o Desenvolvimento Tecnológico da Indústria Brasileira. Segundo
  Congresso       Brasileiro    de  Inovação       na     Indústria.    2007.
  http://www.cni.org.br/inovação.

Escher. Obras. Editora Taschen. 2005.

Harris. A Ciência Ri. O melhor de Sidney Harris. Editora da Unesp. 2006.

Hitt, M.; Ireland, R. e Hoskisson, R. Administração Estratégica. Editora
    Thomson. 2008.

Mariotoni, C. A. & Naturesa, J. S. “Inovação Tecnológica, Eficiência Energética
  e os         Investimentos na Indústria Brasileira”. Congresso Brasileiro de
  Eficiência Energética. 2007.

Miranda, Z. O vôo da Embraer – a competitividade brasileira na indústria de alta
   tecnologia. Editora Papagaio. 2007.




                                                                            55
Referências

Mowery, D. C. & Rosenberg, N. Trajetórias da inovação – A mudança
  tecnológica nos Estados Unidos da América no século XX. Editora da
  Unicamp. 2005.

PINTEC - Pesquisa Industrial de Inovação Tecnológica. 2003. Disponível em
   http://www.ibge.gov.br

POLÍTICA           DE           DESENVOLVIMENTO                PRODUTIVO.
  http://www.desenvolvimento.gov.br/pdp/

Rachid, A. O Brasil imita o Japão? A qualidade em empresas de autopeças.
  Dissertação de Mestrado. Universidade Estadual de Campinas. 1994.

Rosenberg, N. Por dentro da caixa-preta – Tecnologia e Economia. Editora da
  Unicamp. 2006.

Tereza, I. “Bens de capital e inovação terão destaque”. O Estado de S. Paulo,
   11 de maio de 2008.




                                                                         56

Inovação Tecnológica

  • 1.
  • 2.
    Definições Fonte: Escher, 2005. 2
  • 3.
    www.slideshare.net/jimnaturesa E-mail: jim.naturesa@gmail.com
  • 4.
    Definições • “Sempre dizemosa nós mesmos: temos que inovar. Precisamos ser os primeiros a nos superar” – Bill Gates, fundador da Microsoft. • “A inovação é o divisor de águas entre um líder e um seguidor” – Steve Jobs, fundador da Apple. 4
  • 5.
    Definições • “Só osparanóicos sobrevivem” – Andy Groves, um dos fundadores da Intel. • “A inovação é o motor da economia moderna, transformando idéias e conhecimento em produtos e serviços” – Escritório de Ciência e Tecnologia do Reino Unido. 5
  • 6.
    Definições • Bessant &Tidd (2009) afirmam: • “Cada um desses exemplos de inventores foi um inovador, traduzindo invenções técnicas originais em novos produtos; mas cada um deles foi também um empreendedor, na medida em que criaram e desenvolveram negócios bem-sucedidos, baseados em invenções e inovações”. 6
  • 7.
    Definições • Pai daInovação: Schumpeter. • “A Destruição Criativa”. 7
  • 8.
  • 9.
    • Segundo aLei n°11.196/2005, em seu artigo17: • “Considera-se inovação tecnológica a concepção de novo produto ou processo de fabricação, bem como a agregação de novas funcionalidades ou características ao produto ou processo, que implique melhorias incrementais e efetivo ganho de qualidade ou produtividade, resultando maior competitividade no mercado”. 9
  • 10.
    • Segundo Tigre(2006) há quatro tipos de Inovação: • Incremental: Melhoramentos e modificações cotidianas. • Radicais: Saltos descontínuos na tecnologia de produtos e processos. • Novo sistema tecnológico: Mudanças abrangentes que afetam mais de um setor e dão origem a novas atividades econômicas. • Novo paradigma tecnoeconômico: Mudanças que afetam toda a economia envolvendo mudanças técnicas e organizacionais – alterando produtos e processos. 10
  • 11.
  • 12.
    • Exemplos. • Incrementais:melhorias no design de produtos, novos arranjos logísticos etc. • Radicais: fruto de atividades de P&D (Pesquisa e Desenvolvimento). • Novo sistema tecnológico: novo campo tecnológico. São exemplos: plásticos, internet etc. • Novo paradigma tecnoeconômico: máquina a vapor, eletricidade e a microeletrônica. 12
  • 13.
    • Segundo Bessant& Tidd apud Fransman (1986), a geração de inovações tende a ser induzida pela oferta de novos conhecimentos, enquanto a difusão dessas tecnologias é, em larga medida, determinada pela demanda. 13
  • 14.
    Definições - Inovações Fonte: Berkun, 2007. 14
  • 15.
    Definições - Modelode difusão tecnológica. • A forma como uma tecnologia evolui é associada ao conceito de ciclo de vida. • Envolve quatro estágios: introdução, crescimento, maturação e declínio. • Exemplo: máquina de fax. 15
  • 16.
    Modelo de difusãotecnológica Fonte: Tigre, 2006. 16
  • 17.
    Modelo de difusãotecnológica Fatores que regem o processo de difusão tecnológica: 1) Disponibilidade de financiamento; 2) Clima favorável (economia) ao investimento no país; 3) Acordos internacionais de comércio e investimento; 4) Sistema de propriedade intelectual; 5) Existência de capital humano. 17
  • 18.
    • Segundo Tigre(2006): • “No momento em que uma empresa está introduzindo novos produtos, modernizando seus processos e alterando suas rotinas organizacionais, ela está inovando”. 18
  • 19.
  • 20.
    Closed Innovation 20 Fonte: Chesbrough, 2006.
  • 21.
    Open Innovation 21 Fonte: Chesbrough, 2006.
  • 22.
    Open Innovation Fonte: Chesbrough, 22 2006.
  • 23.
    • Dados • AChina tem quase quatro vezes mais engenheiros que os Estados Unidos. • A Suécia, Finlândia, o Japão e a Coréia do Sul investem mais em Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) como parte do PIB (Produto Interno Bruto) do que os EUA. • Quatorze das 25 empresas de tecnologia de informação (TI) mais competitivas estão na Ásia. • Fonte: Hitt et al., 2008. 23
  • 24.
    Inovação e criatividade •Segundo Bessant & Tidd (2009): • “Identificar, avaliar e refinar uma idéia, transformando-a em um conceito de negócio, é a maior parte do problema”. • A prática e o estudo da inovação podem ser abordados por três perspectivas: • Pessoal – com destaque para a criatividade; • Coletiva ou social – enfatiza a contribuição de equipes e grupos; • Contextual – focaliza as estruturas, o ambiente, os processos e as ferramentas. 24
  • 25.
    • A criatividade,segundo o Houaiss, pode ser definida como inventividade, inteligência e talento, natos ou adquiridos, para criar, inventar, inovar, quer no campo artístico, quer no científico, esportivo etc. • A criatividade está relacionada com: • Personalidade; • Processo de pensamento criativo; • Fatores ambientais que facilitam ou inibem o desempenho criativo. 25
  • 26.
    • Quais sãoas habilidades necessárias à criatividade e à inovação? • Aquisição e disseminação de informação - exige atenção e percepção; • Inteligência, habilidade e capacidade de interpretar, processar e manipular informações; • Praticidade e aplicabilidade; • Implementação e improvisação. 26
  • 27.
    • Logo umapessoa criativa possui as seguintes características: • Abertura a novas experiências; • Tolerância com a ambigüidade; • Curiosidade; • Capacidade de assumir riscos. 27
  • 28.
    • A criatividadepode ser construída? • A criatividade é influenciada pelo tempo, por outras pessoas, lugares, cenários, conhecimentos de áreas específicas. • Como? • Exposição ao ambiente criativo: novos projetos, novos desafios. • A criatividade pode ser aumentada e estimulada. 28
  • 29.
    Inovação, criatividade egeração de novas idéias • O processo pode ser dividido em duas partes: geração e focalização. • Geração: a pessoa ou grupo produz muitas opções (pensamento espontâneo), opções novas ou incomuns (pensamento original). • Exemplo: brainstorming. • Algumas técnicas: remover um objetivo, reverter métodos, exagerar o problema, criar insumos aleatórios, utilizar uma metáfora ou personagem. • Focalização: exame, revisão e seleção de opções promissoras. 29
  • 30.
    Barreiras à inovação •O desenvolvimento de um clima em prol da inovação não é facilmente obtido, assim como a cultura empresarial. • Quais são os fatores climáticos que influenciam a inovação? • Confiança e fraqueza; • Desafio e desenvolvimento; • Apoio e espaço para idéias; • Conflito e debate; • Decisões de risco; • Liberdade. 30
  • 31.
    • Confiança efraqueza – identificar pontos fracos e fortes. • Desafio e desenvolvimento – comprometimento em operações diárias, objetivos de longo prazo e visões de futuro (motivação). • Apoio e espaço para idéias – quantidade de tempo que as pessoas podem usar para desenvolver suas idéias. • Conflito e debate – refere-se à presença de tensões pessoais, interpessoais ou emocionais. • Decisões de risco. • Liberdade. 31
  • 32.
    Bessant & Tiddapud Rogers (2009) identificaram cinco pontos fundamentais para o sucesso de uma nova idéia ou inovação: 1) Vantagem relativa. • Como esse plano é melhor do que o que estava sendo feito antes? • Quem ganhará com implementação do plano? • Como serei recompensado? 2) Compatibilidade. • Ele oferece melhores maneiras de atingir nossos objetivos comuns? 32
  • 33.
    3) Complexidade • Oplano é facilmente entendido pelos outros? 4) Capacidade de teste • O plano pode ser testado ou experimentado? 5) Visibilidade • Os outros podem perceber os efeitos do plano? 6) Outras perguntas • Que outros recursos serão necessários? Como posso obtê-los? 33
  • 34.
    • Exemplos: Embraer. •Segundo Miranda (2007), a empresa destaca-se pela sua estratégia corporativa – jatos regionais, e pela competência – design de aviações. • “Para colocar seus produtos no mercado, a Embraer depende profundamente do apoio do Estado, principal financiador de suas exportações ao longo dos últimos anos”. • “Logo, é na soma entre a capacitação tecnológica, os acordos de parcerias e o suporte do Estado que se encontra a chave do sucesso da Embraer no mercado da aviação e, por essa via, da própria indústria aeronáutica brasileira”. 34
  • 35.
    Parceiros de risco da Embraer. • ERJ 145. • Empresa; Produto; País de origem. • C&D; Interiores; EUA. • Enaer; Fuselagem traseira; Chile. • Gamesa; Asas; Espanha. • Sonaca; Fuselagem e peças; Bélgica. 35
  • 36.
    O sucesso daempresa está baseado em três pontos: 1) Capacitação tecnológica – produtos diferenciados no mercado; 2) Capacitação para dirigir uma rede mundial de fornecedores; 3) Apoio do governo. Miranda (2007), conclui: “A presença da Embraer na economia brasileira sintetiza os mesmos elementos que estão no cerne das políticas atuais: conhecimento, tecnologia, inovação e empregos qualificados”. 36
  • 37.
    Indústria Automobilística • Asempresas fazem estudos de mercado com o objetivo de diminuir os riscos no seu lançamento. • O lançamento de um novo produto deve significar para a empresa um acréscimo na sua parcela de mercado ou a manutenção de sua posição atual. 37
  • 38.
  • 39.
    O processo dedesenvolvimento e seleção de novos produtos é composto, basicamente, por cinco fases (Castro, 1979) (Rachid, 1994): 1) Idéias: variam de acordo com a área de atuação da empresa; 2) Análise: as idéias são comparadas com os objetivos da empresa; 3) Pesquisa de mercado: estudos realizados junto ao futuro mercado consumidor; 4) Desenvolvimento de produto: estudos de demanda, competição, análise do consumidor, custos, preço, canais de distribuição e desenvolvimento de protótipos; 5) Comercialização: estudos sobre a introdução e manutenção do produto no mercado, por exemplo, a criação da campanha promocional. 39
  • 40.
    Exemplos – Primeiromodelo da Ford 40 Fonte: Berkun, 2007.
  • 41.
    • Exemplos: • Airbags(sistemas de proteção); • Freios ABS; • Controle inteligente de tração; • Motores Flex Fuel. 41
  • 42.
  • 43.
    “O drama éesse. A crise financeira e econômica coloca em questão a lógica industrial, que diz o seguinte: tenho que investir em novas tecnologias, ambientalmente mais legais, mais eficientes e de matrizes diferentes da do petróleo, que são poluentes. A incerteza e a insegurança da pesquisa joga contra aquilo que seria a única salvação dessas empresas. É um dilema gigantesco”, Glauco Arbix. 43
  • 44.
  • 45.
  • 46.
    Carro Elétrico ItaipuFiat Fonte: http://www2.itaipu.gov.br/ve/ 46
  • 47.
    Exemplo – Primeiralinha de montagem da Ford 47 Fonte: Berkun, 2007.
  • 48.
    Congresso Brasileiro deInovação na Indústria • Em abril de 2007 foi realizado o segundo Congresso Brasileiro de Inovação na Indústria (CNI, 2007). • As principais conclusões do evento foram: • O Brasil precisa dobrar seus investimentos em P&D nos próximos anos. • O Sistema de Inovação Brasileiro precisa ser aprimorado, as instituições e instrumentos de política de inovação devem ser objetos de constantes avaliações. 48
  • 49.
    Política de DesenvolvimentoProdutivo (PDP) • No começo de maio de 2008 o governo lançou uma nova política industrial denominada de Política de Desenvolvimento Produtivo (PDP). • Essa política tem como objetivo estimular exportação, investimento e inovação. • Os principais objetivos do programa são: • Aumentar o investimento fixo: elevar o investimento direto na economia para 21% do PIB (Produto Interno Bruto) em 2010. 49
  • 50.
    • Aumentar ainovação do setor privado: estimular a inovação no setor industrial. O objetivo é alcançar 0,65% do PIB em 2010. • Expandir as exportações: ampliação da participação brasileira nas exportações mundiais para 1,5% do comércio mundial em 2010. • Elevar exportações de pequenas e médias empresas: aumentar em 10% o número de micro e pequenas empresas exportadoras brasileiras. 50
  • 51.
    • A PDPestá dividida em três categorias: • Programas mobilizadores em áreas estratégicas: saúde, tecnologias de informação e comunicação, energia nuclear, a nanotecnologia e a biotecnologia. • Programas para fortalecer a competitividade: construção civil, indústria naval, agroindústria, biodiesel, plásticos, têxtil e móveis. • Programas para consolidar e expandir a liderança: petróleo e gás e petroquímica, mineração, siderurgia, celulose e carnes. 51
  • 52.
    Protec – PróInovação Tecnológica 52
  • 53.
    Conhecimento e Inovação Fonte: Harris, 2006. 53
  • 54.
    Referências A Crise veioatualizar a tragédia americana – Entrevista com Glauco Arbix. Valor Econômico. Caderno Eu&Fim de Semana. 3, 4 e 5 de abril de 2009. Aislin. Oh, Oh! ... And other recent cartoons by Aislin. McArthur & Company. 2004. Arbix, G. Inovar ou inovar – a indústria brasileira entre o passado e o futuro. Editora Papagaio. 2007. Berkun, S. The Myths of Innovation. O’Reilly. 2007. Bessant, J. & Tidd, J. Inovação e Empreendedorismo. Editora Bookman. 2009. Castro, M. H. L. O Processo de Inovação na Indústria Automobilística Brasileira. Dissertação de Mestrado. Universidade Federal de Minas Gerais. 1979. Chesbrough, H. Open Innovation – The New Imperative for Creating and Profiting from Technology. Harvard Business School Press. 2006. 54
  • 55.
    Referências CNI – ConfederaçãoNacional da Indústria. Inovar para Crescer: Propostas para Acelerar o Desenvolvimento Tecnológico da Indústria Brasileira. Segundo Congresso Brasileiro de Inovação na Indústria. 2007. http://www.cni.org.br/inovação. Escher. Obras. Editora Taschen. 2005. Harris. A Ciência Ri. O melhor de Sidney Harris. Editora da Unesp. 2006. Hitt, M.; Ireland, R. e Hoskisson, R. Administração Estratégica. Editora Thomson. 2008. Mariotoni, C. A. & Naturesa, J. S. “Inovação Tecnológica, Eficiência Energética e os Investimentos na Indústria Brasileira”. Congresso Brasileiro de Eficiência Energética. 2007. Miranda, Z. O vôo da Embraer – a competitividade brasileira na indústria de alta tecnologia. Editora Papagaio. 2007. 55
  • 56.
    Referências Mowery, D. C.& Rosenberg, N. Trajetórias da inovação – A mudança tecnológica nos Estados Unidos da América no século XX. Editora da Unicamp. 2005. PINTEC - Pesquisa Industrial de Inovação Tecnológica. 2003. Disponível em http://www.ibge.gov.br POLÍTICA DE DESENVOLVIMENTO PRODUTIVO. http://www.desenvolvimento.gov.br/pdp/ Rachid, A. O Brasil imita o Japão? A qualidade em empresas de autopeças. Dissertação de Mestrado. Universidade Estadual de Campinas. 1994. Rosenberg, N. Por dentro da caixa-preta – Tecnologia e Economia. Editora da Unicamp. 2006. Tereza, I. “Bens de capital e inovação terão destaque”. O Estado de S. Paulo, 11 de maio de 2008. 56