Suedi Lima Vaz conseguiu mudar sua vida através da agricultura familiar, mesmo enfrentando diversas dificuldades. Ela começou plantando cheiro verde e morangos para venda e, com muito trabalho, construiu uma agroindústria que hoje emprega 32 pessoas. A Emater-DF apoiou Suedi com projetos, treinamentos e financiamentos, o que foi fundamental para o sucesso de seu empreendimento.
1. Como uma mulher pode mudar sua vida,
mesmo quando tudo parece dar errado? Há 15
anos, tudo levava Suedi Lima Vaz a desistir.
Mãe zelosa, colocava toda sua energia para
cuidar da filha especial, mesmo com diversas
dificuldades familiares. Ao buscar ajuda
profissional, foi orientada a trabalhar com a
terra para buscar equilíbrio emocional. Assim,
ela uniu a necessidade de se cuidar com uma
forma de conseguir seu sustento. Suedi começou
plantando cheiro verde e colhendo os morangos
para vender polpa congelada.
Com o tempo, a demanda foi aumentando.
Ela passou a plantar e vender também tomate
cereja, ervilha, vagem rasteira e outros produtos.
Uma das primeiras conquistas da agricultora foi a
compra de um fusca usado, para ajudar a fazer a
entrega das mercadorias.
Suedi entregava na feira da Ceasa. Com muito
trabalho e dedicação, pagou a faculdade do filho
mais velho, hoje formado emAgronomia. Também
comprou um caminhão para fazer as entregas
que a cada dia, aumentava. Por fim, conseguiu
comprar uma casa e implantou sua agroindústria.
A abertura da pequena empresa inaugurou
também uma nova fase na vida da agricultora.
No entanto, Suedi contratou um gerente para
tocar a agroindústria e continuou fazendo as
entregas. Segundo ela, o ritmo era muito pesado
e já estava consumindo a sua saúde. Em dois
anos, sem acompanhar o empreendimento de
perto, a agricultora acumulou dívidas e quase foi
à falência.
Foi quando assumiu definitivamente a direção
da agroindústria, em 2011. “Foi a melhor decisão
que eu podia ter tomado”, conta. Ela negociou as
dívidas e hoje colhe os frutos do seu trabalho.
O negócio, que começou com cinco funcionários,
agora emprega 32 pessoas. Suedi diz aplicar
em seu trabalho uma frase que aprendeu com o
dono de uma das redes de supermercados que
entrega. “Quem mede, conhece. Quem conhece,
controla. Quem controla, melhora”, afirma.
Mudança de vida — Suedi conta que desde
o início, a Emater-DF esteve presente em
sua vida. Quando ela decidiu ter o seu próprio
plantio, o apoio recebido da equipe do escritório
Informativo do Sistema Público da Agricultura - Ano II - Edição n° 65 - Brasília, 13 de março de 2014.
Secretaria de Agricultura
e Desenvolvimento Rural
Agricultora mostra como dar a volta por cima
em Alexandre de Gusmão foi fundamental. Os
técnicos Marcelo Pereira, Helton de Araújo, Maria
Cândida e Sônia Lemos auxiliaram a agricultora
com projetos de financiamento bancário, técnicas
de plantio, entre outros.
Em 2007, quando Suedi decidiu abrir a
agroindústriaeassimprofissionalizarseunegócio,
as técnicas de economia doméstica da Emater-
DF orientaram quanto ao melhor lugar para a
construção do empreendimento e promoveram
treinamentos para boas práticas de fabricação e
higiene para manipulação de alimentos.
Crescimento — A economista doméstica
Sônia Lemos comenta que a agroindústria de
Suedi demanda no mínimo um curso por ano
— só em 2013 foram três. Recentemente, a
Emater-DF auxiliou Suedi em novos projetos
de financiamento bancário para aquisição de
máquinas e um caminhão refrigerado, além da
reforma de ampliação da estrutura.
Atualmente, Suedi entrega principalmente para
instituições privadas como hospitais, empresas
que preparam refeições aéreas e redes de fast
food. No começo, sua atuação era somente
em feira, vendendo apenas para o varejo, mas,
segundo ela, esse não era o melhor canal de
vendas. “O varejo tem muita perda e muita
reposição”, afirma.
Hoje, se emociona ao contar a história e
constatar que pode dar aos filhos conforto e
segurança. “Um deles trabalha comigo, mas tem
sua própria produção. Minha filha faz faculdade
de serviço social e o mais velho agora está
estudando medicina”, alegra-se.
2. Agricultores recebem pagamentos do PAA
com mais eficiência
OsagricultoresparticipantesdoProgramade
Aquisição de Alimentos (PAA), na modalidade
Doação Simultânea, receberão o pagamento
da venda dos alimentos fornecidos com mais
eficiência. A nova metodologia de pagamento
está em operação desde 24 de fevereiro.
Para viabilizar a operacionalização da nova
forma de pagamento – chamada de Termo de
Adesão – o governo do Distrito Federal, por
meio da Emater-DF e com a coordenação da
Secretaria de Agricultura (Seagri), cadastrou
os agricultores, que receberão cartão bancário
usado exclusivamente para receber os valores
da venda dos alimentos vendidos ao PAA, de
forma direta.
“Com a criação da operacionalização do
PAA por meio do Termo de Adesão não será
mais necessária a celebração de convênio
entre os partícipes”, explica Lúcio Flávio da
Silva, coordenador de Compras Institucionais
da Seagri.
Às segundas-feiras, pela manhã, as
entregas dos alimentos acontecem na
Unidade de Recepção e Distribuição (URDA)
de Brazlândia e no Banco de Alimentos,
localizado na Ceasa-DF. No período da tarde,
as entidades socioassistenciais cadastradas
recebem os alimentos nesses locais.
Desenvolvimento - O Programa deAquisição
de Alimentos (PAA) é um dos instrumentos
mais importantes de desenvolvimento da
agricultura familiar no Brasil. Por meio
dele, o governo compra a produção de
empreendedores familiares e repassa
para instituições socioassistenciais como
asilos, creches, casas de recuperação de
dependentes químicos e outras associações.
Assim, o programa beneficia duas pontas —
quem produz o alimento e quem dele usufrui.
O PAA é operacionalizado pelos governos
estaduais com verba do governo federal.
Seagri organiza ação preventiva de combate
à lagarta Helicoverpa
O subsecretário de Defesa Agropecuária da
SecretariadeAgricultura(Seagri),AlexandreCenci,
juntamente com a chefa do Núcleo de Sanidade
Vegetal do órgão, Lara Line e representantes do
setor produtivo, realizou visita técnica à Embrapa
Milho e Sorgo, na últimas quinta e sexta-feiras (6 e
7), para estudar estratégias de combate à lagarta
Helicoverpa Armigera, que já causou prejuízos
milionários à economia do Brasil.
Para prevenir futuros prejuízos que a praga
poderá causar às lavouras do DF, a equipe
liderada pela Seagri-DF adquiriu conhecimento
sobre a tecnologia de produção da Trichogramma
– vespa que parasita a Helicoverpa.
“A Trichogramma promove um controle
ambientalmente correto, mais eficaz e mais
barato que a utilização de agrotóxicos, agindo
como um míssil teleguiado diretamente à praga,
parasitando-a”, explica Lara Line.
A comissão aprendeu como multiplicar a vespa
e avaliou a viabilidade de construir um laboratório
para multiplicar a Trichogramma no DF. Hoje, a
liberação da vespa custa ao produtor rural cerca
de R$ 60,00, por hectare. Com o laboratório, o
custo será reduzido para menos de R$ 30,00.
A intenção será estimular o manejo de pragas,
para que os agricultores possam usar menos
agrotóxicos e, com isso, usar técnicas de combate
que causem menos impacto ao meio ambiente.
Fotos: Ivan Cruz/Embrapa
3. Artesanato ganha espaço na Torre de TV
A partir desta quinta-feira (13), um grupo de
artesãos do Distrito Federal dispõe de um espaço
na Torre de TV, a poucos metros do Estádio Mané
Garrincha. Uma parceria entre a Secretaria de
Agricultura e Desenvolvimento Rural (Seagri) e a
Coordenadoria das Cidades permitiu a assinatura
de um contrato de cessão de uso. A Seagri passa
a administrar o box 108, onde artesãos ligados a
comunidades rurais e assentamentos de reforma
agrária poderão comercializar seus produtos.
O secretário de Agricultura, Lúcio Valadão,
afirma que o GDF tem se empenhado para abrir
novos espaços não só para os artesãos como
também para todos os agricultores familiares do
Distrito Federal. “Além disso, temos incentivado
os produtores a se unirem e se organizarem. Só
assim, a categoria terá mais força para enfrentar
o mercado”, ressaltou. O presidente da Emater-
DF, Marcelo Piccin, parabenizou as equipes da
empresa e os agricultores que têm se esforçado
para aprimorar a gestão dos negócios rurais.
“Esperamos que esse seja mais um ponto entre
muitos”, afirmou.
Por enquanto, o box está sob responsabilidade
da Seagri, que fará uma chamada pública para
selecionar associações de produtores que deverão
administrar o espaço.
Agricultura urbana é tema de oficina
A agricultura urbana tem se consolidado em
todo o mundo como uma atividade importante
para garantir segurança alimentar, equilíbrio
ambiental e economia às famílias. No Distrito
Federal, a Emater-DF procura incentivar a
prática promovendo hortas comunitárias e
escolares, além de orientar as comunidades
sobre como implantar hortas e pomares
domésticos.
Esse foi o tema de uma oficina realizada pelo
extensionista Rafael Venturim, da Emater-DF,
nesta quarta-feira (12), na Agência Nacional
de Águas (ANA). Cerca de 40 pessoas
participaram da atividade.
O evento fez parte do seminário “A Mulher e
Água na Agricultura Familiar”, promovido pela
agência, numa alusão ao Dia Internacional da
Mulher (8 de março) e o Dia Mundial da Água
— comemorado em 22 de março. Participaram
servidoras da ANA e do Ministério da Ciência e
Tecnologia, além de outros órgãos do governo
federal.
Durante a palestra, Rafael dissertou sobre
a importância da alimentação saudável como
garantia para uma qualidade de vida melhor.
Segundo ele, o cultivo de hortas em pequenos
espaços é possível até mesmo para quem
mora em apartamento, havendo técnicas
específicas para isso.
Ao final, os participantes da oficina
participaram de uma atividade ao ar livre, onde
puderam colocar em prática os conhecimentos
sobre horta em pequenos espaços: pimentas,
coentro, cebolinha, hortelã, majericão e outros
produtos foram plantados em vasinhos, com
importantes dicas dadas pelo extenionista da
Emater-DF.
4. Informativo produzido pelas assessorias de comunicação social:
Secretaria de Agricultura e Desenvolvimento Rural (Seagri-DF) - 3051-6347
Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-DF) - 3340-3002
Centrais de Abastecimento do Distrito Federal (Ceasa-DF) - 3363-1024
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Seagri homenageia servidoras e produtoras rurais
A Secretaria de Agricultura e Desenvolvimento
Rural (Seagri) homenageou, nesta sexta-feira (7),
as servidoras do Sistema Público da Agricultura
e as mulheres do campo. O evento teve o apoio
da Associação dos Servidores da Seagri (Arcef),
Fundação Casa do Cerrado, Banco de Brasília
(BRB) e Central Flores.
A homenagem às mulheres da Agricultura,
realizada na Casa do Cerrado, contou com a
presença da primeira-dama do Distrito Federal,
Ilza Queiroz; o secretário de Agricultura, Lúcio
Valadão; o presidente da Ceasa, Wilder Santos;
o diretor executivo da Emater-DF, Carlos Banci;
o deputado Distrital Joe Valle, entre outras
autoridades.
A primeira-dama, Ilza Queiroz lembrou a
importância da denúncia da violência contra
a mulher. “Se a mulher não fizer a denúncia na
primeira ameaça, na primeira agressão, ela pode
sofrer consequências extremas”, disse.
Cerca de 300 mulheres, entre servidoras e
produtoras rurais, foram recepcionadas pelas
autoridades com flores e cartão comemorativo e
depois presenteadas com um café da manhã e
com brindes como perfumes, batons, protetores
solar e cremes hidratantes. No total, mais de 30
prêmios foram sorteados.
Para o Secretário Lúcio Valadão, esses
encontros comemorativos servem, também, para
“reconhecer o papel da mulher do campo como
mãe, trabalhadora e esposa, pois elas têm mudado
a realidade de suas famílias”.
Já o deputado Joe Valle destacou a importância
da mãe como ponto de equilíbrio para a família. “A
mulher é capaz de organizar a casa e ajudar nos
agronegócios da família”, enfatizou.