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Professor: Wander Junior
PROCESSO DE INDUSTRIALIZAÇÃO
NO BRASIL
No Brasil, a indústria deu seus
primeiros passos ainda no século XIX.
A economia cafeeira, dominante nesse
período, dinamizou as atividades
urbanas, estimulou a imigração
europeia e gerou um empresariado
nacional com capacidade de investir em
alguns setores industriais.
Os imigrantes trouxeram novos hábitos
de consumo, que incluíam produtos
industrializados e alguma experiência
em relação ao processo de produção
industrial e ao trabalho como operários.
Aos poucos, formou-se um mercado
interno, que se ampliou, no final do
século XIX, com a abolição da
escravidão e a intensificação do
processo de imigração.
Indústrias de alimentos, calçados,
tecidos, confecções, velas, móveis,
fundições e bebidas espalharam-se
rapidamente, sobretudo no estado de
São Paulo, centro da atividade cafeeira
e principal porta de entrada dos
imigrantes. Apesar de todos os avanços
da industrialização, a economia
continuou sendo comandada pela
produção agrícola, especialmente de
café.
No início do século XX, a indústria
ampliou sua participação na economia
brasileira. Algumas indústrias eram
estrangeiras, mas predominavam as
nacionais, na maioria desenvolvidas
por imigrantes, muitas delas
inicialmente a partir de pequenas
oficinas artesanais. Para se ter uma
ideia, o número de indústrias no Brasil
aumentou de 3.258 em 1907 para 13.336
em 19206.
CRISE DE 1929 E DESENVOLVIMENTO
INDUSTRIAL BRASILEIRO
A crise mundial de 1929 abalou
profundamente o mundo capitalista.
Entre 1929 e 1932, a produção industrial
dos Estados Unidos diminuiu cerca de
50%. Muitos trabalhadores perderam o
emprego, e o mercado consumidor
retraiu-se ainda mais. A produção
agrícola também não encontrava
compradores. Muitas empresas e
bancos faliram, e os investidores do
mercado de capitais (compra e venda
de ações) viram seus títulos se
transformarem em papéis de
pouquíssimo ou nenhum valor.
Com a crise da Bolsa de Valores de
Nova York, os países capitalistas
tiveram que reestruturar seu modelo
econômico. Promoveram, então, maior
intervenção do Estado na economia e
na distribuição de renda, por entender
que só a ampliação do mercado de
consumo poderia garantir a retomada
do crescimento econômico.
Num primeiro momento, a
depressão econômica
provocada pela crise de 1929
teve efeito devastador também
no Brasil. O país tinha
estruturado sua economia com
base no mercado externo e
dependia da exportação do
café, que no final da década de
1920 representava cerca de 70%
das exportações brasileiras. A
crise econômica agravou a
insatisfação política. Nesse
contexto, o gaúcho Getúlio
Vargas (1882-1954) tomou o
poder por meio de um golpe de
Estado, em 1930, contra o
domínio da oligarquia agrária,
que comandara o país durante a
República Velha (1889-1930).
Além de diminuir em mais de 80% a
exportação do café, a crise econômica
ocasionou redução no preço do
produto no mercado internacional.
Como o café ainda era a principal fonte
brasileira de divisas, o governo Vargas
manteve, no início, uma política de
proteção à lavoura: desvalorizou a
moeda para que o produto chegasse
com valor mais competitivo ao mercado
externo e comprou a produção
excedente, destruindo-a em seguida. O
objetivo foi diminuir a oferta e garantir a
estabilidade do preço do produto.
SUBSTITUIÇÃO DE IMPORTAÇÕES
Até os anos 1920, o contexto
econômico do país não estimulava
significativamente o desenvolvimento
industrial, mas a crise de 1929
introduziu mudanças nesse quadro. O
violento corte nas importações de bens
de consumo criou uma conjuntura
favorável ao investimento na indústria
nacional.
Os produtos industrializados no
Brasil passaram a ocupar então
boa parte do mercado interno,
antes praticamente abastecido por
produtos importados. Dessa
forma, o primeiro momento da
industrialização brasileira apoiou-
se na substituição de importações
de bens industriais pela produção
interna. A indústria transformou-se
num setor importante da
economia, alcançando taxas de
crescimento superiores às do
setor agropecuário.
O Estado passou a estimular os
empresários industriais, que, em 1931,
já haviam se organizado em São Paulo,
com a criação da Federação das
Indústrias do Estado de São Paulo
(Fiesp). Ao mesmo tempo em que
facilitava a importação de máquinas e
equipamentos industriais, o governo
dificultava a importação de produtos
que pudessem concorrer com aqueles
produzidos pela indústria nacional.
Logo nos primeiros anos do
governo Vargas, a indústria
nacional cresceu com
investimentos nos setores
de bens de consumo não
duráveis: indústrias têxtil,
alimentícia e de confecção
etc.
A primeira metade da década de 1940, ainda no governo Vargas, foi
decisiva para a criação da infraestrutura industrial, com a fundação da
Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), da Companhia Vale do Rio Doce
(atualmente Vale), da Companhia Nacional de Álcalis (CNA), da Fábrica
Nacional de Motores (FNM), entre outras. No segundo governo de Getúlio
Vargas (1950-1954) seria criada a Petrobras (1953). Todas essas empresas
tinham participação majoritária do capital estatal.
ANOS JK
O ano de 1956 inaugurou uma nova
etapa do desenvolvimento industrial
brasileiro. Iniciava-se o mandato do
mineiro Juscelino Kubitschek (1902-
1976), ou JK, responsável por implantar
um modelo que buscava diminuir a
distância entre o desenvolvimento
tecnológico do Brasil e dos países mais
industrializados. Para isso, o governo
acreditava ser necessário somar a
ajuda do Estado aos recursos
financeiros e tecnológicos externos,
estimulando a entrada das
multinacionais.
O modelo de substituição de
importações permaneceu, mas apoiado
nas multinacionais, que impulsionavam
o novo processo de industrialização,
especialmente com a produção de bens
de consumo duráveis. O modelo de JK
foi apoiado pela maior parte da
sociedade e por alguns intelectuais que
defendiam um desenvolvimento
industrial nos moldes dos países mais
ricos. O projeto do governo, cujo
slogan de forte apelo popular era “50
anos em 5”, ficou conhecido como
desenvolvimentismo.
Para atrair o capital estrangeiro, o
Estado brasileiro ofereceu incentivos
fiscais (isenção e redução de impostos)
e outros benefícios às empresas
multinacionais. Também investiu em
infraestrutura de transportes,
principalmente rodoviário e portuário, e
ampliou o investimento na indústria de
base (metalurgia e siderurgia) e a
capacidade de geração de energia
elétrica. As indústrias nacionais
competiam nos setores mais
tradicionais, de bens de consumo não
duráveis e de autopeças.
O setor de construção
civil teve um
desenvolvimento
surpreendente, graças ao
crescimento das cidades,
à ampliação das
rodovias, à construção
de usinas hidrelétricas, à
instalação das novas
fábricas e à construção
de Brasília. As
multinacionais
investiram, sobretudo, no
setor de bens de
consumo duráveis, como
automóveis,
eletrodomésticos, artigos
eletrônicos e também na
exploração mineral.
Posteriormente, os governos militares
(1964-1985) retomaram o modelo do
desenvolvimentismo, mas foram
protecionistas em relação a setores
considerados estratégicos. Dificultaram
a importação de diversos produtos –
estabelecendo uma “reserva de
mercado” para as empresas nacionais –
, investiram na indústria bélica
(Engesa), na aeronáutica (Embraer) e no
desenvolvimento da tecnologia nuclear.
ANOS DO “MILAGRE”
O período entre 1969 e 1973, que corresponde ao
governo do presidente Emílio Garrastazu Médici
(1905-1985), ficou conhecido como a época do
“milagre” brasileiro, quando o PIB atingiu médias de
crescimento superiores a 10% ao ano. O “milagre” foi
possível em razão da conjuntura externa favorável,
com muitos recursos financeiros disponíveis. Os
países com elevado grau de desenvolvimento
podiam, assim, realizar vultosos empréstimos
externos para promover o desenvolvimento
econômico. Durante esse período foram realizadas
grandes obras de infraestrutura no país, financiadas
principalmente com capital externo. São exemplos a
construção da Ponte Rio-Niterói, da Rodovia
Transamazônica (com apenas parte do traçado
concluído) e da Usina de Itaipu.
Fim do “milagre”
O aumento nos juros internacionais, a
má gestão do dinheiro captado no
exterior e a incapacidade do governo
brasileiro de saldar seus compromissos
externos com recursos internos
levaram a uma ampliação significativa
da d’vida externa. Entre 1970 e 1984, a
dívida saltou de 5 para 90 bilhões de
dólares.
Além disso, o período entre a
segunda metade dos anos
1970 e a década de 1980 foi
marcado pela diminuição dos
investimentos estrangeiros,
pela elevação nos gastos com
a importação de petróleo e
pela queda nos preços de
diversas matérias-primas
agrícolas e minerais
exportadas pelo Brasil.
A esse quadro somaram-se os altos
índices de inflação e de desemprego e
os baixos níveis de crescimento do PIB.
Essa conjuntura levou ao esgotamento
do modelo desenvolvimentista no
Brasil.
INDUSTRIALIZAÇÃO NO BRASIL ATUAL
A partir da década de 1990, intensificou-
se a inserção do Brasil no mundo
globalizado, com a adoção de políticas
neoliberais. Essas políticas, iniciadas
no governo de Fernando Collor (1990-
1992), ganharam força principalmente
nos governos de Fernando Henrique
Cardoso (1995-2002), quando o país se
abriu às importações e aos
investimentos estrangeiros em
detrimento de ações de fortalecimento
da indústria nacional. Produtos
importados, como automóveis,
alimentos, roupas, eletrodomésticos,
computadores, softwares, celulares,
brinquedos e outros bens de consumo,
inundaram o mercado brasileiro.
A abertura levou à falência várias
indústrias nacionais, acostumadas a
políticas de proteção ao mercado, que
mantinham elevados impostos de
importação (tarifas aduaneiras). Outras
indústrias, para não fechar as portas,
foram vendidas para grandes grupos
nacionais e multinacionais ou então
incorporadas a eles, e diversas fusões
ocorreram entre empresas nacionais e
estrangeiras.
Os anos 1990 foram marcados,
ainda, pelo incremento do
processo de privatização das
indústrias de base, dos setores
extrativista mineral, de
distribuição de energia e de
telefonia, entre outros, que
contou com expressiva
participação de grupos
estrangeiros.
Em junho de 1994, a moeda brasileira
passou a ser o real. Essa mudança era
parte de um plano econômico mais
amplo, cujo objetivo era combater a
inflação e estabilizar a economia
brasileira.
Por outro lado, essa política econômica
dificultou as exportações e provocou
déficit crescente na balança comercial e
no balanço de pagamentos. Com isso, a
indústria brasileira ficou ainda mais
dependente da importação de bens
(insumos) para a produção de
mercadorias, máquinas e equipamentos
utilizados na produção industrial. Dólar barato e abertura
comercial estimularam as
importações e criaram um
problema bastante sério para a
indústria nacional, que perdeu
competitividade em diversos
setores e passou a crescer cada
vez menos. Além disso, o Plano
Real sofreu suas crises
posteriormente, mas a inflação
se manteve em níveis aceitáveis
por um longo tempo.
POLÊMICA DA DESINDUSTRIALIZAÇÃO
A participação da indústria de
transformação no PIB recuou de,
aproximada- mente, 22% em 1985 para
cerca de 11% em 2014 (veja novamente
o gráfico da seção. Mas há visões
diferentes para explicar e justificar
esses números.
A maioria sustenta que o Brasil perdeu
competitividade em diversos setores
industriais em razão da abertura
econômica e do chamado custo Brasil
(carga tributária elevada,
infraestrutura deficitária, energia cara,
excessiva burocracia exigida nos
negócios, moeda valorizada, além de
juros mais altos que os praticados em
outros países), exportando menos
mercadorias industrializadas e
importando mais; afirma, ainda, que
houve uma reprimarização da
economia, ou seja, as commodities
voltaram a ganhar importância,
constituindo a essência das
mercadorias exportadas, com a
presença de minério de ferro, petróleo,
soja, milho, açúcar, álcool, suco de
laranja, celulose, sendo que somente
os minérios, a soja e o petróleo
respondiam por cerca de 30% das
expor- tações brasileiras em 2015
Outros entendem que esse processo
ocorre em escala mundial,
particularmente naqueles países de
industrialização mais antiga, e que o
Brasil apresentou crescimento
expressivo na produção agropecuária
(que é moderna) e na produção mineral,
dinamizando as exportações do país, e
isso beneficia a economia nacional em
seu conjunto. Argumentam ainda que o
setor industrial no Brasil cresceu
exageradamente por causa de
estímulos do Estado (lembre-se do
modelo desenvolvimentista analisado
anteriormente).
No entanto, ambas as
visões destacam os
problemas de falta de
competitividade, provocada
pelo custo Brasil, além da
forte concorrência dos
produtos importados,
sobretudo procedentes da
China.
DESCONCENTRAÇÃO INDUSTRIAL
Na década de 1990, a economia
brasileira foi marcada por outro
fenômeno: a guerra fiscal. Trata-se da
competição entre estados e municípios
brasileiros para instalar indústrias e
empresas, por meio da oferta de
vantagens fiscais (redução ou isenção
de impostos), terrenos, infraestrutura e
mão de obra acessível.
A “batalha” levou empresas situadas em
determinados locais a se transferirem
para outros, provocando um processo de
relativa desconcentração industrial, com
reflexos na divisão territorial do trabalho
no Brasil. Um exemplo marcante foi o
ocorrido com a indústria automobilística.
Novas unidades industriais foram
instaladas fora do estado de São Paulo, o
local mais procurado pelo setor até então.
O processo de desconcentração
industrial, no entanto, envolveu outros
setores e ocorreu em todas as regiões
brasileiras. Porém, o fenômeno foi mais
marcante no Sudeste do Brasil. Além
disso, é preciso destacar que, apesar
de ter havido ampliação das unidades
de produção no interior da Região
Sudeste e em outras regiões do país, as
empresas industriais e seus escritórios
centrais, onde são tomadas as decisões
estratégicas sobre produção, inovação
e novos investimentos, continuaram,
sobretudo, nas regiões metropolitanas
do Sudeste.
Esse processo de
desconcentração das
instalações industriais foi
intensificado, também, graças
ao desenvolvimento e à
ampliação das redes de
transporte, que facilitaram o
fluxo de matérias-primas,
máquinas e equipamentos
industriais e o escoamento da
produção das indústrias para
mercados mais distantes, e às
novas tecnologias de
comunicação. Acrescenta-se,
ainda, a maior oferta de energia
e a mão de obra mais barata nas
pequenas e nas médias cidades
do Sudeste e em outras regiões
do país.
FIM DA AULA
ATIVIDADES
PRINCIPAIS CENTROS INDUSTRIAIS
Historicamente, a indústria concentra-
se na Região Sudeste do país, fato que
não se modificou mesmo com a
desconcentração industrial observada
nas últimas décadas. Atualmente, a
região concentra cerca de metade de
todas as unidades industriais do país.
Veja o mapa
Quando se analisa o total gerado pela
indústria de transformação por região,
o Sudeste responde por 62,7% do total,
seguido pelas regiões Sul (18,5%),
Nordeste (9,5%), Norte (5,9%) e Centro-
Oeste (3,4%)7. Apesar desse cenário, a
participação da Região Sul no conjunto
da produção industrial brasileira nas
últimas décadas foi a que mais
aumentou quantitativamente, e as
regiões Norte e Centro-Oeste vêm
obtendo o maior crescimento relativo.
REGIÃO SUDESTE
A indústria concentrou-se no Sudeste
brasileiro em razão da acumulação de
capital proveniente da lavoura cafeeira,
do desenvolvimento das cidades e da
infraestrutura criada com a economia
do café (portos, ferrovias, rodovias,
energia elétrica etc.).
Nessa região, as maiores
concentrações indus- triais estão
situadas no estado de São Paulo, que
responde por 29,8% do PIB industrial
nacional. A organização industrial da
cidade de São Paulo espalhou-se pela
área metropolitana e ao redor das
grandes rodovias que cortam o estado.
Ao longo da Rodovia Presidente Dutra,
na região do Vale do Paraíba, que se
estende de São Paulo ao Rio de
Janeiro, formou-se a maior
concentração industrial do país. Nesse
trecho, a cidade de São José dos
Campos (SP), onde está situado o ITA
(Instituto Tecnológico de Aeronáutica) e
a Embraer, forma um dos principais
polos tecnológicos do Brasil
As rodovias Anchieta e dos Imigrantes,
além de cruzarem a região fortemente
industrializada, conhecida como ABCD
(Santo André, São Bernardo, São
Caetano e Diadema), na área
metropolitana de São Paulo, atingem o
polo petroquímico e siderúrgico situado
no município de Cubatão, no litoral.
Próximo à Rodovia Castelo Branco, a 80
km da capital do estado, vale destacar a
cidade de Sorocaba, que possui um
parque industrial diversificado:
produção de componentes para o setor
aeronáutico e eletrônico e indústrias
mecânica, metalúrgica, de cimento,
têxtil, alimentícia e outras.
Também no interior, ligada à
capital pelas vias Anhanguera e
dos Bandeirantes, fica a cidade
de Campinas, outro importante
tecnopolo do país, formado em
torno da Universidade de
Campinas (Unicamp). A partir de
Campinas, estrutura-se um
importante eixo de
industrialização do estado, que
se subdivide em dois: um, pela
Rodovia Washington Luís, até a
cidade de São José do Rio Preto,
e outro, pela via Anhanguera, até
Ribeirão Preto. No eixo da
Washington Luís, destaca-se o
polo tecnológico de São Carlos.
Linha de montagem de aviões da
Embraer, em São José dos Campos
(SP), 2015. Antes de iniciar a
produção no chão da fábrica,
operários treinam e simulam
virtualmente em computadores,
melhorando a produtividade e a
qualidade dos aviões.
O polo automobilístico, antes
concentrado na região metropolitana,
hoje está distribuído entre diversas
cidades do interior do estado de São
Paulo, onde operam Ford, General
Motors, Honda, Mercedes-Benz, Scania,
Toyota e Volkswagen.
No Rio de Janeiro, além da região
metropolitana e do Vale do Paraíba, a
indús- tria se estende para os polos
industriais têxteis das cidades serranas
de Petrópolis, Teresópolis e Nova
Friburgo.
No Vale do Paraíba fluminense, a cidade
de Resende abriga instalações das
montadoras alemã Volkswagen e
japonesa Nissan. Em Porto Real estão
estabelecidas fábricas de automóveis
das francesas Citroën e Peugeot. E em
Volta Redonda, a CSN
No litoral norte do Rio de
Janeiro, extrai-se a maior parte
do petróleo brasileiro, em área
da plataforma continental
próxima da cidade de Campos
dos Goytacazes. Em Minas
Gerais, a indústria concentra-se
na Grande Belo Horizonte, com
destaque para os distritos
industriais de Betim (onde está
instalada a Fiat) e Contagem. Ao
sul de Belo Horizonte, situa-se o
Quadrilátero Ferrífero, área de
extração de minerais metálicos e
produção metalúrgica e
siderúrgica.
Destacam-se ainda: em Ipatinga, na
região do Vale do Aço, a siderurgia,
com a Usiminas; no sul do estado,
na região conhecida como Zona da
Mata Mineira, a produção de
laticínios; em Juiz de Fora, a
fábrica de automóveis da alemã
Mercedes-Benz; e em Uberaba e
Uberlândia, na região do Triângulo
Mineiro, atividades industriais
diversificadas, em que predominam
os frigoríficos. Ainda no sul de
Minas destaca-se o tecnopolo da
cidade de Santa Rita do Sapucaí
No estado do Espírito Santo destacam-
se as indústrias de mineração, papel e
celulose e a siderurgia. Além disso, a
descoberta de reservas de petróleo e
gás natural na camada do pré-sal, em
2006, numa área que se estende ao
longo de 800 quilômetros, incluindo o
estado capixaba, ofereceu grandes
possibilidades de desenvolvimento ao
Espírito Santo, até os preços do
petróleo despencarem em 2014.
REGIÃO SUL
As duas principais áreas industriais do
Sul são o trecho entre a Grande Porto
Alegre e Caxias do Sul (RS) e a região
metropolitana de Curitiba (PR) e o Vale
do Itajaí (SC).
No Paraná, instalaram-se montadoras
de automóveis (a francesa Renault e a
alemã Volkswagen-Audi, em São José
dos Pinhais, na região metropolitana de
Curitiba) e de caminhões na cidade de
Curitiba (a sueca Volvo); Canoas (RS) e
Araucária (PR) formam os dois polos
petroquímicos do Sul do país. No
Paraná destacam-se, ainda, as regiões
metropolitanas de Londrina e Maringá,
no norte paranaense, além de Ponta
Grossa, a 100 km da capital Curitiba.
No Rio Grande do Sul, no município de
Gravataí, também está instalada uma
montadora de automóveis da
estadunidense GM. Em Caxias do Sul a
nacional Agrale está fabricando um
utilitário 4×4.
O estado do Rio Grande do Sul é
responsável pela produção de 90% dos
vinhos finos do Brasil. Os polos vitivinícolas
estão concentrados na região da Serra
Gaúcha, no nordeste do estado, importante
região turística, e no sul, na região da
Campanha Gaúcha. O Planalto Serrano
Catarinense, onde se encontra o município
de São Joaquim, que apresenta altitudes
superiores a 1.300 metros, também vem
apresentado crescimento nesse setor
industrial de produção de vinhos.
Em Santa Catarina, destaca-se o Vale
do Itajaí (Blumenau, Joinville, Itajaí e
Brusque), onde predomina a produção
têxtil, além de ser um dos principais
polos produtores de softwares de
gerenciamento de empresas do Brasil.
No nordeste do estado, merece
destaque o polo industrial de Jaraguá
do Sul, com indústrias mecânicas,
têxteis, de material elétrico, por
exemplo.
Na região do litoral sul do estado, nas
cidades de Criciúma, Uruçanga e
Araranguá, desenvolvem-se
tradicionalmente a indústria de
cerâmica e a de extração de carvão
mineral. No interior de Santa Catarina,
sobressai a produção frigorífica. No
município de Araquari está instalada
uma fábrica de automóveis da alemã
BMW.
REGIÃO NORDESTE
A indústria nordestina representa cerca
de 10% do total da produção industrial
do país e concentra-se em torno de três
regiões metropolitanas principais:
Salvador (BA), Recife (PE) e Fortaleza
(CE). Os setores dominantes são
tradicionais, como as indústrias têxtil e
alimentícia.
A maior parte da produção industrial do
Nordeste concentra-se na Bahia, na
Grande Salvador, no Centro Industrial
de Aratu (criado em 1967), que ocupa
áreas dos municípios de Salvador,
Simões Filho e Candeias, em torno do
porto de Aratu, e reúne várias indústrias
(eletrodomésticos, químicas,
cerâmicas, óleos vegetais, calçados
etc.).
Há também nessa área uma indústria de
base de grande porte, a Gerdau Usiba,
antiga Usina Siderúrgica da Bahia
(Usiba), anexada ao grupo Gerdau
durante a desestatização, na década de
1990. Em Camaçari, também na Grande
Salvador, situa-se o principal polo
petroquímico da Região Nordeste
(figura 12), além da montadora de
veículos estadunidense Ford. Também
estava prevista para 2017 a inauguração
no município da fábrica de automóveis
da chinesa JAC Motors.
A indústria calçadista também está
presente no estado da Bahia. O estado
abriga, ainda, um polo industrial de
informática e de indústrias
eletroeletrônicas, em Ilhéus. Campina
Grande, na Paraíba, abriga várias
empresas de informática produtoras de
software.
Na Grande Recife, destacam-se, entre
outros distritos industriais, os de Cabo
de Santo Agostinho, Abreu e Lima,
Ipojuca, Paulista e o de Jaboatão dos
Guararapes. Ainda na região
metropolitana do Recife encontra-se o
maior polo industrial do estado de
Pernambuco, o Complexo Industrial e
Portuário do porto de Suape que agrega
empresas de grande porte. O destaque
da expansão industrial mais recente
ocorreu em Goiânia, uma cidade da
Zona da Mata de Pernambuco: a
instalação da fábrica da Jeep (Fiat
Chrysler).
O Ceará abriga a fábrica de jipes da
Ford, no município de Horizonte. Além
disso, o estado conseguiu atrair várias
indústrias de outras regiões do país,
sobretudo têxteis e de calçados,
usando uma política agressiva de
“guerra fiscal” e oferecendo mão de
obra barata. Destaca-se ainda o
Complexo Portuário Industrial do
Pecém, ao redor do porto do mesmo
nome.
Em Pecém foi instalada a primeira Zona
de Processamento de Exportação (ZPE)
do país, cujas indústrias exportadoras
gozam de um regime tributário e
cambial favorável. Entre elas destacam-
se a Companhia Siderúrgica do Pecém,
pertencente à Vale, e duas empresas
sul-coreanas.
REGIÕES NORTE E CENTRO-OESTE
Nas mais extensas regiões do país
predominam, em geral, indústrias
tradicionais, especialmente de alimentos e
bebidas, incluindo as agroindústrias.
Na Região Norte, porém, destaca-se a
produção industrial concentrada na
Zona Franca de Manaus (ZFM). Criada
em 1967, atraiu principalmente
montadoras da indústria eletrônica,
mas também reúne indústrias de outros
segmentos, como o de concentrados
para refrigerantes e a química.
Vista aérea do distrito industrial da Zona
Franca de Manaus, com o Rio Negro ao
fundo, Manaus (AM), 2014. Implantada
pelo governo brasileiro para desenvolver
a economia da Amazônia, a Zona Franca
de Manaus compreende três polos
econômicos: agropecuá- rio, comercial e
industrial, sendo este último considerado
a base de sustentação da ZFM.
Criada em 1967, atraiu principalmente
montadoras da indústria eletrônica,
mas também reúne indústrias de outros
segmentos, como o de concentrados
para refrigerantes e a química. São
expressivas, nessa região, as indústrias
de mineração de ferro e outros
minerais, localizadas na Serra dos
Carajás (PA); de alumínio, do Projeto
Trombetas, em Oriximiná (PA) e
Paragominas (PA); e de cassiterita, no
estado de Rondônia, além da produção
de gás natural e petróleo no vale do Rio
Urucu, município de Coari (AM).
Na Região Centro-Oeste, o estado com
maior número de indústrias é Goiás,
destacando-se a região metropolitana
de Goiânia e o município de Anápolis,
onde se encontram, entre outras,
indústrias farmacêuticas e a montadora
de automóveis sul-coreana Hyundai, em
Anápolis. Outra montadora que se
instalou no estado foi a japonesa
Mitsubishi, no município de Catalão.
Nos estados de Mato Grosso e Mato
Grosso do Sul, a produção industrial
está concentrada nas capitais – Cuiabá
e Campo Grande, respectivamente. Em
Mato Grosso do Sul, recentemente o
município de Três Lagoas vem
recebendo investimento industrial, com
a instalação de indústria siderúrgica e
de celulose, entre outras.
Olha o
tamanho do
papel
higiênico!
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Indústria no brasil

  • 2. PROCESSO DE INDUSTRIALIZAÇÃO NO BRASIL No Brasil, a indústria deu seus primeiros passos ainda no século XIX. A economia cafeeira, dominante nesse período, dinamizou as atividades urbanas, estimulou a imigração europeia e gerou um empresariado nacional com capacidade de investir em alguns setores industriais. Os imigrantes trouxeram novos hábitos de consumo, que incluíam produtos industrializados e alguma experiência em relação ao processo de produção industrial e ao trabalho como operários. Aos poucos, formou-se um mercado interno, que se ampliou, no final do século XIX, com a abolição da escravidão e a intensificação do processo de imigração.
  • 3. Indústrias de alimentos, calçados, tecidos, confecções, velas, móveis, fundições e bebidas espalharam-se rapidamente, sobretudo no estado de São Paulo, centro da atividade cafeeira e principal porta de entrada dos imigrantes. Apesar de todos os avanços da industrialização, a economia continuou sendo comandada pela produção agrícola, especialmente de café.
  • 4. No início do século XX, a indústria ampliou sua participação na economia brasileira. Algumas indústrias eram estrangeiras, mas predominavam as nacionais, na maioria desenvolvidas por imigrantes, muitas delas inicialmente a partir de pequenas oficinas artesanais. Para se ter uma ideia, o número de indústrias no Brasil aumentou de 3.258 em 1907 para 13.336 em 19206.
  • 5. CRISE DE 1929 E DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL BRASILEIRO A crise mundial de 1929 abalou profundamente o mundo capitalista. Entre 1929 e 1932, a produção industrial dos Estados Unidos diminuiu cerca de 50%. Muitos trabalhadores perderam o emprego, e o mercado consumidor retraiu-se ainda mais. A produção agrícola também não encontrava compradores. Muitas empresas e bancos faliram, e os investidores do mercado de capitais (compra e venda de ações) viram seus títulos se transformarem em papéis de pouquíssimo ou nenhum valor.
  • 6. Com a crise da Bolsa de Valores de Nova York, os países capitalistas tiveram que reestruturar seu modelo econômico. Promoveram, então, maior intervenção do Estado na economia e na distribuição de renda, por entender que só a ampliação do mercado de consumo poderia garantir a retomada do crescimento econômico. Num primeiro momento, a depressão econômica provocada pela crise de 1929 teve efeito devastador também no Brasil. O país tinha estruturado sua economia com base no mercado externo e dependia da exportação do café, que no final da década de 1920 representava cerca de 70% das exportações brasileiras. A crise econômica agravou a insatisfação política. Nesse contexto, o gaúcho Getúlio Vargas (1882-1954) tomou o poder por meio de um golpe de Estado, em 1930, contra o domínio da oligarquia agrária, que comandara o país durante a República Velha (1889-1930).
  • 7. Além de diminuir em mais de 80% a exportação do café, a crise econômica ocasionou redução no preço do produto no mercado internacional. Como o café ainda era a principal fonte brasileira de divisas, o governo Vargas manteve, no início, uma política de proteção à lavoura: desvalorizou a moeda para que o produto chegasse com valor mais competitivo ao mercado externo e comprou a produção excedente, destruindo-a em seguida. O objetivo foi diminuir a oferta e garantir a estabilidade do preço do produto.
  • 8. SUBSTITUIÇÃO DE IMPORTAÇÕES Até os anos 1920, o contexto econômico do país não estimulava significativamente o desenvolvimento industrial, mas a crise de 1929 introduziu mudanças nesse quadro. O violento corte nas importações de bens de consumo criou uma conjuntura favorável ao investimento na indústria nacional. Os produtos industrializados no Brasil passaram a ocupar então boa parte do mercado interno, antes praticamente abastecido por produtos importados. Dessa forma, o primeiro momento da industrialização brasileira apoiou- se na substituição de importações de bens industriais pela produção interna. A indústria transformou-se num setor importante da economia, alcançando taxas de crescimento superiores às do setor agropecuário.
  • 9. O Estado passou a estimular os empresários industriais, que, em 1931, já haviam se organizado em São Paulo, com a criação da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). Ao mesmo tempo em que facilitava a importação de máquinas e equipamentos industriais, o governo dificultava a importação de produtos que pudessem concorrer com aqueles produzidos pela indústria nacional. Logo nos primeiros anos do governo Vargas, a indústria nacional cresceu com investimentos nos setores de bens de consumo não duráveis: indústrias têxtil, alimentícia e de confecção etc. A primeira metade da década de 1940, ainda no governo Vargas, foi decisiva para a criação da infraestrutura industrial, com a fundação da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), da Companhia Vale do Rio Doce (atualmente Vale), da Companhia Nacional de Álcalis (CNA), da Fábrica Nacional de Motores (FNM), entre outras. No segundo governo de Getúlio Vargas (1950-1954) seria criada a Petrobras (1953). Todas essas empresas tinham participação majoritária do capital estatal.
  • 10. ANOS JK O ano de 1956 inaugurou uma nova etapa do desenvolvimento industrial brasileiro. Iniciava-se o mandato do mineiro Juscelino Kubitschek (1902- 1976), ou JK, responsável por implantar um modelo que buscava diminuir a distância entre o desenvolvimento tecnológico do Brasil e dos países mais industrializados. Para isso, o governo acreditava ser necessário somar a ajuda do Estado aos recursos financeiros e tecnológicos externos, estimulando a entrada das multinacionais.
  • 11. O modelo de substituição de importações permaneceu, mas apoiado nas multinacionais, que impulsionavam o novo processo de industrialização, especialmente com a produção de bens de consumo duráveis. O modelo de JK foi apoiado pela maior parte da sociedade e por alguns intelectuais que defendiam um desenvolvimento industrial nos moldes dos países mais ricos. O projeto do governo, cujo slogan de forte apelo popular era “50 anos em 5”, ficou conhecido como desenvolvimentismo.
  • 12. Para atrair o capital estrangeiro, o Estado brasileiro ofereceu incentivos fiscais (isenção e redução de impostos) e outros benefícios às empresas multinacionais. Também investiu em infraestrutura de transportes, principalmente rodoviário e portuário, e ampliou o investimento na indústria de base (metalurgia e siderurgia) e a capacidade de geração de energia elétrica. As indústrias nacionais competiam nos setores mais tradicionais, de bens de consumo não duráveis e de autopeças. O setor de construção civil teve um desenvolvimento surpreendente, graças ao crescimento das cidades, à ampliação das rodovias, à construção de usinas hidrelétricas, à instalação das novas fábricas e à construção de Brasília. As multinacionais investiram, sobretudo, no setor de bens de consumo duráveis, como automóveis, eletrodomésticos, artigos eletrônicos e também na exploração mineral.
  • 13.
  • 14. Posteriormente, os governos militares (1964-1985) retomaram o modelo do desenvolvimentismo, mas foram protecionistas em relação a setores considerados estratégicos. Dificultaram a importação de diversos produtos – estabelecendo uma “reserva de mercado” para as empresas nacionais – , investiram na indústria bélica (Engesa), na aeronáutica (Embraer) e no desenvolvimento da tecnologia nuclear.
  • 15. ANOS DO “MILAGRE” O período entre 1969 e 1973, que corresponde ao governo do presidente Emílio Garrastazu Médici (1905-1985), ficou conhecido como a época do “milagre” brasileiro, quando o PIB atingiu médias de crescimento superiores a 10% ao ano. O “milagre” foi possível em razão da conjuntura externa favorável, com muitos recursos financeiros disponíveis. Os países com elevado grau de desenvolvimento podiam, assim, realizar vultosos empréstimos externos para promover o desenvolvimento econômico. Durante esse período foram realizadas grandes obras de infraestrutura no país, financiadas principalmente com capital externo. São exemplos a construção da Ponte Rio-Niterói, da Rodovia Transamazônica (com apenas parte do traçado concluído) e da Usina de Itaipu.
  • 16.
  • 17. Fim do “milagre” O aumento nos juros internacionais, a má gestão do dinheiro captado no exterior e a incapacidade do governo brasileiro de saldar seus compromissos externos com recursos internos levaram a uma ampliação significativa da d’vida externa. Entre 1970 e 1984, a dívida saltou de 5 para 90 bilhões de dólares. Além disso, o período entre a segunda metade dos anos 1970 e a década de 1980 foi marcado pela diminuição dos investimentos estrangeiros, pela elevação nos gastos com a importação de petróleo e pela queda nos preços de diversas matérias-primas agrícolas e minerais exportadas pelo Brasil. A esse quadro somaram-se os altos índices de inflação e de desemprego e os baixos níveis de crescimento do PIB. Essa conjuntura levou ao esgotamento do modelo desenvolvimentista no Brasil.
  • 18. INDUSTRIALIZAÇÃO NO BRASIL ATUAL A partir da década de 1990, intensificou- se a inserção do Brasil no mundo globalizado, com a adoção de políticas neoliberais. Essas políticas, iniciadas no governo de Fernando Collor (1990- 1992), ganharam força principalmente nos governos de Fernando Henrique Cardoso (1995-2002), quando o país se abriu às importações e aos investimentos estrangeiros em detrimento de ações de fortalecimento da indústria nacional. Produtos importados, como automóveis, alimentos, roupas, eletrodomésticos, computadores, softwares, celulares, brinquedos e outros bens de consumo, inundaram o mercado brasileiro.
  • 19. A abertura levou à falência várias indústrias nacionais, acostumadas a políticas de proteção ao mercado, que mantinham elevados impostos de importação (tarifas aduaneiras). Outras indústrias, para não fechar as portas, foram vendidas para grandes grupos nacionais e multinacionais ou então incorporadas a eles, e diversas fusões ocorreram entre empresas nacionais e estrangeiras. Os anos 1990 foram marcados, ainda, pelo incremento do processo de privatização das indústrias de base, dos setores extrativista mineral, de distribuição de energia e de telefonia, entre outros, que contou com expressiva participação de grupos estrangeiros. Em junho de 1994, a moeda brasileira passou a ser o real. Essa mudança era parte de um plano econômico mais amplo, cujo objetivo era combater a inflação e estabilizar a economia brasileira.
  • 20. Por outro lado, essa política econômica dificultou as exportações e provocou déficit crescente na balança comercial e no balanço de pagamentos. Com isso, a indústria brasileira ficou ainda mais dependente da importação de bens (insumos) para a produção de mercadorias, máquinas e equipamentos utilizados na produção industrial. Dólar barato e abertura comercial estimularam as importações e criaram um problema bastante sério para a indústria nacional, que perdeu competitividade em diversos setores e passou a crescer cada vez menos. Além disso, o Plano Real sofreu suas crises posteriormente, mas a inflação se manteve em níveis aceitáveis por um longo tempo.
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  • 22. POLÊMICA DA DESINDUSTRIALIZAÇÃO A participação da indústria de transformação no PIB recuou de, aproximada- mente, 22% em 1985 para cerca de 11% em 2014 (veja novamente o gráfico da seção. Mas há visões diferentes para explicar e justificar esses números. A maioria sustenta que o Brasil perdeu competitividade em diversos setores industriais em razão da abertura econômica e do chamado custo Brasil (carga tributária elevada, infraestrutura deficitária, energia cara, excessiva burocracia exigida nos negócios, moeda valorizada, além de juros mais altos que os praticados em outros países), exportando menos mercadorias industrializadas e importando mais; afirma, ainda, que houve uma reprimarização da economia, ou seja, as commodities voltaram a ganhar importância, constituindo a essência das mercadorias exportadas, com a presença de minério de ferro, petróleo, soja, milho, açúcar, álcool, suco de laranja, celulose, sendo que somente os minérios, a soja e o petróleo respondiam por cerca de 30% das expor- tações brasileiras em 2015
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  • 24. Outros entendem que esse processo ocorre em escala mundial, particularmente naqueles países de industrialização mais antiga, e que o Brasil apresentou crescimento expressivo na produção agropecuária (que é moderna) e na produção mineral, dinamizando as exportações do país, e isso beneficia a economia nacional em seu conjunto. Argumentam ainda que o setor industrial no Brasil cresceu exageradamente por causa de estímulos do Estado (lembre-se do modelo desenvolvimentista analisado anteriormente). No entanto, ambas as visões destacam os problemas de falta de competitividade, provocada pelo custo Brasil, além da forte concorrência dos produtos importados, sobretudo procedentes da China.
  • 25. DESCONCENTRAÇÃO INDUSTRIAL Na década de 1990, a economia brasileira foi marcada por outro fenômeno: a guerra fiscal. Trata-se da competição entre estados e municípios brasileiros para instalar indústrias e empresas, por meio da oferta de vantagens fiscais (redução ou isenção de impostos), terrenos, infraestrutura e mão de obra acessível. A “batalha” levou empresas situadas em determinados locais a se transferirem para outros, provocando um processo de relativa desconcentração industrial, com reflexos na divisão territorial do trabalho no Brasil. Um exemplo marcante foi o ocorrido com a indústria automobilística. Novas unidades industriais foram instaladas fora do estado de São Paulo, o local mais procurado pelo setor até então.
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  • 27. O processo de desconcentração industrial, no entanto, envolveu outros setores e ocorreu em todas as regiões brasileiras. Porém, o fenômeno foi mais marcante no Sudeste do Brasil. Além disso, é preciso destacar que, apesar de ter havido ampliação das unidades de produção no interior da Região Sudeste e em outras regiões do país, as empresas industriais e seus escritórios centrais, onde são tomadas as decisões estratégicas sobre produção, inovação e novos investimentos, continuaram, sobretudo, nas regiões metropolitanas do Sudeste. Esse processo de desconcentração das instalações industriais foi intensificado, também, graças ao desenvolvimento e à ampliação das redes de transporte, que facilitaram o fluxo de matérias-primas, máquinas e equipamentos industriais e o escoamento da produção das indústrias para mercados mais distantes, e às novas tecnologias de comunicação. Acrescenta-se, ainda, a maior oferta de energia e a mão de obra mais barata nas pequenas e nas médias cidades do Sudeste e em outras regiões do país.
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  • 30. PRINCIPAIS CENTROS INDUSTRIAIS Historicamente, a indústria concentra- se na Região Sudeste do país, fato que não se modificou mesmo com a desconcentração industrial observada nas últimas décadas. Atualmente, a região concentra cerca de metade de todas as unidades industriais do país. Veja o mapa
  • 31. Quando se analisa o total gerado pela indústria de transformação por região, o Sudeste responde por 62,7% do total, seguido pelas regiões Sul (18,5%), Nordeste (9,5%), Norte (5,9%) e Centro- Oeste (3,4%)7. Apesar desse cenário, a participação da Região Sul no conjunto da produção industrial brasileira nas últimas décadas foi a que mais aumentou quantitativamente, e as regiões Norte e Centro-Oeste vêm obtendo o maior crescimento relativo.
  • 32. REGIÃO SUDESTE A indústria concentrou-se no Sudeste brasileiro em razão da acumulação de capital proveniente da lavoura cafeeira, do desenvolvimento das cidades e da infraestrutura criada com a economia do café (portos, ferrovias, rodovias, energia elétrica etc.).
  • 33. Nessa região, as maiores concentrações indus- triais estão situadas no estado de São Paulo, que responde por 29,8% do PIB industrial nacional. A organização industrial da cidade de São Paulo espalhou-se pela área metropolitana e ao redor das grandes rodovias que cortam o estado. Ao longo da Rodovia Presidente Dutra, na região do Vale do Paraíba, que se estende de São Paulo ao Rio de Janeiro, formou-se a maior concentração industrial do país. Nesse trecho, a cidade de São José dos Campos (SP), onde está situado o ITA (Instituto Tecnológico de Aeronáutica) e a Embraer, forma um dos principais polos tecnológicos do Brasil
  • 34. As rodovias Anchieta e dos Imigrantes, além de cruzarem a região fortemente industrializada, conhecida como ABCD (Santo André, São Bernardo, São Caetano e Diadema), na área metropolitana de São Paulo, atingem o polo petroquímico e siderúrgico situado no município de Cubatão, no litoral.
  • 35. Próximo à Rodovia Castelo Branco, a 80 km da capital do estado, vale destacar a cidade de Sorocaba, que possui um parque industrial diversificado: produção de componentes para o setor aeronáutico e eletrônico e indústrias mecânica, metalúrgica, de cimento, têxtil, alimentícia e outras. Também no interior, ligada à capital pelas vias Anhanguera e dos Bandeirantes, fica a cidade de Campinas, outro importante tecnopolo do país, formado em torno da Universidade de Campinas (Unicamp). A partir de Campinas, estrutura-se um importante eixo de industrialização do estado, que se subdivide em dois: um, pela Rodovia Washington Luís, até a cidade de São José do Rio Preto, e outro, pela via Anhanguera, até Ribeirão Preto. No eixo da Washington Luís, destaca-se o polo tecnológico de São Carlos.
  • 36. Linha de montagem de aviões da Embraer, em São José dos Campos (SP), 2015. Antes de iniciar a produção no chão da fábrica, operários treinam e simulam virtualmente em computadores, melhorando a produtividade e a qualidade dos aviões.
  • 37. O polo automobilístico, antes concentrado na região metropolitana, hoje está distribuído entre diversas cidades do interior do estado de São Paulo, onde operam Ford, General Motors, Honda, Mercedes-Benz, Scania, Toyota e Volkswagen.
  • 38. No Rio de Janeiro, além da região metropolitana e do Vale do Paraíba, a indús- tria se estende para os polos industriais têxteis das cidades serranas de Petrópolis, Teresópolis e Nova Friburgo. No Vale do Paraíba fluminense, a cidade de Resende abriga instalações das montadoras alemã Volkswagen e japonesa Nissan. Em Porto Real estão estabelecidas fábricas de automóveis das francesas Citroën e Peugeot. E em Volta Redonda, a CSN
  • 39. No litoral norte do Rio de Janeiro, extrai-se a maior parte do petróleo brasileiro, em área da plataforma continental próxima da cidade de Campos dos Goytacazes. Em Minas Gerais, a indústria concentra-se na Grande Belo Horizonte, com destaque para os distritos industriais de Betim (onde está instalada a Fiat) e Contagem. Ao sul de Belo Horizonte, situa-se o Quadrilátero Ferrífero, área de extração de minerais metálicos e produção metalúrgica e siderúrgica. Destacam-se ainda: em Ipatinga, na região do Vale do Aço, a siderurgia, com a Usiminas; no sul do estado, na região conhecida como Zona da Mata Mineira, a produção de laticínios; em Juiz de Fora, a fábrica de automóveis da alemã Mercedes-Benz; e em Uberaba e Uberlândia, na região do Triângulo Mineiro, atividades industriais diversificadas, em que predominam os frigoríficos. Ainda no sul de Minas destaca-se o tecnopolo da cidade de Santa Rita do Sapucaí
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  • 41. No estado do Espírito Santo destacam- se as indústrias de mineração, papel e celulose e a siderurgia. Além disso, a descoberta de reservas de petróleo e gás natural na camada do pré-sal, em 2006, numa área que se estende ao longo de 800 quilômetros, incluindo o estado capixaba, ofereceu grandes possibilidades de desenvolvimento ao Espírito Santo, até os preços do petróleo despencarem em 2014.
  • 42. REGIÃO SUL As duas principais áreas industriais do Sul são o trecho entre a Grande Porto Alegre e Caxias do Sul (RS) e a região metropolitana de Curitiba (PR) e o Vale do Itajaí (SC).
  • 43. No Paraná, instalaram-se montadoras de automóveis (a francesa Renault e a alemã Volkswagen-Audi, em São José dos Pinhais, na região metropolitana de Curitiba) e de caminhões na cidade de Curitiba (a sueca Volvo); Canoas (RS) e Araucária (PR) formam os dois polos petroquímicos do Sul do país. No Paraná destacam-se, ainda, as regiões metropolitanas de Londrina e Maringá, no norte paranaense, além de Ponta Grossa, a 100 km da capital Curitiba.
  • 44. No Rio Grande do Sul, no município de Gravataí, também está instalada uma montadora de automóveis da estadunidense GM. Em Caxias do Sul a nacional Agrale está fabricando um utilitário 4×4.
  • 45. O estado do Rio Grande do Sul é responsável pela produção de 90% dos vinhos finos do Brasil. Os polos vitivinícolas estão concentrados na região da Serra Gaúcha, no nordeste do estado, importante região turística, e no sul, na região da Campanha Gaúcha. O Planalto Serrano Catarinense, onde se encontra o município de São Joaquim, que apresenta altitudes superiores a 1.300 metros, também vem apresentado crescimento nesse setor industrial de produção de vinhos.
  • 46. Em Santa Catarina, destaca-se o Vale do Itajaí (Blumenau, Joinville, Itajaí e Brusque), onde predomina a produção têxtil, além de ser um dos principais polos produtores de softwares de gerenciamento de empresas do Brasil. No nordeste do estado, merece destaque o polo industrial de Jaraguá do Sul, com indústrias mecânicas, têxteis, de material elétrico, por exemplo.
  • 47. Na região do litoral sul do estado, nas cidades de Criciúma, Uruçanga e Araranguá, desenvolvem-se tradicionalmente a indústria de cerâmica e a de extração de carvão mineral. No interior de Santa Catarina, sobressai a produção frigorífica. No município de Araquari está instalada uma fábrica de automóveis da alemã BMW.
  • 48. REGIÃO NORDESTE A indústria nordestina representa cerca de 10% do total da produção industrial do país e concentra-se em torno de três regiões metropolitanas principais: Salvador (BA), Recife (PE) e Fortaleza (CE). Os setores dominantes são tradicionais, como as indústrias têxtil e alimentícia.
  • 49. A maior parte da produção industrial do Nordeste concentra-se na Bahia, na Grande Salvador, no Centro Industrial de Aratu (criado em 1967), que ocupa áreas dos municípios de Salvador, Simões Filho e Candeias, em torno do porto de Aratu, e reúne várias indústrias (eletrodomésticos, químicas, cerâmicas, óleos vegetais, calçados etc.).
  • 50. Há também nessa área uma indústria de base de grande porte, a Gerdau Usiba, antiga Usina Siderúrgica da Bahia (Usiba), anexada ao grupo Gerdau durante a desestatização, na década de 1990. Em Camaçari, também na Grande Salvador, situa-se o principal polo petroquímico da Região Nordeste (figura 12), além da montadora de veículos estadunidense Ford. Também estava prevista para 2017 a inauguração no município da fábrica de automóveis da chinesa JAC Motors.
  • 51. A indústria calçadista também está presente no estado da Bahia. O estado abriga, ainda, um polo industrial de informática e de indústrias eletroeletrônicas, em Ilhéus. Campina Grande, na Paraíba, abriga várias empresas de informática produtoras de software.
  • 52. Na Grande Recife, destacam-se, entre outros distritos industriais, os de Cabo de Santo Agostinho, Abreu e Lima, Ipojuca, Paulista e o de Jaboatão dos Guararapes. Ainda na região metropolitana do Recife encontra-se o maior polo industrial do estado de Pernambuco, o Complexo Industrial e Portuário do porto de Suape que agrega empresas de grande porte. O destaque da expansão industrial mais recente ocorreu em Goiânia, uma cidade da Zona da Mata de Pernambuco: a instalação da fábrica da Jeep (Fiat Chrysler).
  • 53. O Ceará abriga a fábrica de jipes da Ford, no município de Horizonte. Além disso, o estado conseguiu atrair várias indústrias de outras regiões do país, sobretudo têxteis e de calçados, usando uma política agressiva de “guerra fiscal” e oferecendo mão de obra barata. Destaca-se ainda o Complexo Portuário Industrial do Pecém, ao redor do porto do mesmo nome.
  • 54. Em Pecém foi instalada a primeira Zona de Processamento de Exportação (ZPE) do país, cujas indústrias exportadoras gozam de um regime tributário e cambial favorável. Entre elas destacam- se a Companhia Siderúrgica do Pecém, pertencente à Vale, e duas empresas sul-coreanas.
  • 55. REGIÕES NORTE E CENTRO-OESTE Nas mais extensas regiões do país predominam, em geral, indústrias tradicionais, especialmente de alimentos e bebidas, incluindo as agroindústrias.
  • 56. Na Região Norte, porém, destaca-se a produção industrial concentrada na Zona Franca de Manaus (ZFM). Criada em 1967, atraiu principalmente montadoras da indústria eletrônica, mas também reúne indústrias de outros segmentos, como o de concentrados para refrigerantes e a química. Vista aérea do distrito industrial da Zona Franca de Manaus, com o Rio Negro ao fundo, Manaus (AM), 2014. Implantada pelo governo brasileiro para desenvolver a economia da Amazônia, a Zona Franca de Manaus compreende três polos econômicos: agropecuá- rio, comercial e industrial, sendo este último considerado a base de sustentação da ZFM.
  • 57. Criada em 1967, atraiu principalmente montadoras da indústria eletrônica, mas também reúne indústrias de outros segmentos, como o de concentrados para refrigerantes e a química. São expressivas, nessa região, as indústrias de mineração de ferro e outros minerais, localizadas na Serra dos Carajás (PA); de alumínio, do Projeto Trombetas, em Oriximiná (PA) e Paragominas (PA); e de cassiterita, no estado de Rondônia, além da produção de gás natural e petróleo no vale do Rio Urucu, município de Coari (AM).
  • 58. Na Região Centro-Oeste, o estado com maior número de indústrias é Goiás, destacando-se a região metropolitana de Goiânia e o município de Anápolis, onde se encontram, entre outras, indústrias farmacêuticas e a montadora de automóveis sul-coreana Hyundai, em Anápolis. Outra montadora que se instalou no estado foi a japonesa Mitsubishi, no município de Catalão.
  • 59. Nos estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, a produção industrial está concentrada nas capitais – Cuiabá e Campo Grande, respectivamente. Em Mato Grosso do Sul, recentemente o município de Três Lagoas vem recebendo investimento industrial, com a instalação de indústria siderúrgica e de celulose, entre outras. Olha o tamanho do papel higiênico!
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