O QUE É INDÚSTRIA?
Conjunto
de atividades produtivas
que se caracterizam pela
transformação de matérias-primas,
de modo manual ou com auxilio de
máquinas e ferramentas, no sentido
de fabricar mercadorias
A IMPORTÂNCIA DAS INDÚSTRIAS
Tem grande importância para economia dos países
desenvolvidos e emergentes pois:
Contribui em torno de 30% do PIB
Desenvolve a economia pois gera empregos direta
e indiretamente
Gera impostos fortalecendo as contra públicas
Desenvolve o comércio local
Produz novas tecnologias
Pode avaliar o nível de desenvolvimento de um
país.
Todos os setores da economia dependem do setor
industrial
IMPACTOS NEGATIVOS DA
INDÚSTRIAS
Contribui para a degradação
do meio ambiente
As indústrias Multinacionais
podem interferir na economia
de um país através do seu
domínio econômico e político.
Provoca mudanças no
consumo, fazendo com que as
pessoas passem a adquirir o
que for de interesse das
indústrias.
MODOS DE PRODUÇÃO INDUSTRIAL
INDÚSTRIA ARTESANAL
É a produção de caráter
familiar na qual o artesão
possui os meios de produção
(sendo o proprietário da oficina
e das ferramentas) e trabalha
com a família em sua própria
casa, realizando todas as
etapas, desde o preparo da
matéria-prima até o
acabamento final , ou seja, não
havendo divisão do trabalho ou
especialização para a confecção
de algum produto.
INDÚSTRIA MANUFATUREIRA (SEC.
XVII E XVIII)
A manufatura resultou da
ampliação do consumo , que levou o
artesão a aumentar a produção e o
comerciante a dedicar-se à produção
industrial.
O manufatureiro distribuía a
matéria-prima e o artesão
trabalhava em casa, recebendo
pagamento combinado. Esse
comerciante passou a produzir.
Primeiro, contratou artesãos para
dar acabamento aos tecidos; em
seguida tingir; depois tecer e,
finalmente, fiar. Surgiram fábricas
com assalariados sem controle sobre
o produto de seu trabalho.
A produtividade aumentou por
causa da divisão social, isto é, cada
trabalhador realizava uma etapa da
produção
INDÚSTRIA MAQUINOFATUREIRA
(SEC. XVIII)
Introduziu definitivamente o sistema
de fábrica, em substituição á produção
manufatureira. Os trabalhadores
passam a ser reunidos em um só lugar:
a fábrica
Na maquinofatura, o trabalhador
estava subordinado ao regime de
funcionamento da máquina e à gerência
direta do empresário. A produtividade
multiplicou com a mecanização da mãode-obra, o produto final barateou e o
desemprego cresceu.
1ª REVOLUÇÃO INDUSTRIAL – SEC. XVIII
(1750)
Area de ocorrência: Inglaterra
Fonte de energia: carvão
Utilização de máquinas a vapor
Indústria principal: Têxtil
Introdução dos teares mecânicos e da
maquina a vapor, ferrovias e navios a
vapor
Eram localizadas próximas as reservas de
carvão
SEGUNDA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL
(SEGUNDA METADE DO SECULO XIX)
Área de ocorrência: EUA
Fonte de energia: petróleo
Marcada pela invenção da eletricidade
Expansão dos mercados, necessidade de novas
fontes de matérias-primas
Expansão das indústrias de base: Metalúrgia,
siderúrgicas, automobilísticas, petrolíferas etc.
Linha de montagem e especialização do trabalho
Maior divisão do trabalho
Colonialismo europeu
TERCEIRA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL
(1970 AOS DIAS ATUAIS)
Área de ocorrência: países ricos (EUA, Japão e Europa)
Modernização da atividade industrial, maciços
investimentos em pesquisa
Revolução tecnológica, concentrada nas telecomunicações,
informática e nos transportes
Uso de energias alternativas não poluentes: eólica, solar,
nuclear etc.
Introdução de novos materiais: fibra óptica, ligas metálicas
etc.
Desenvolvimento de novos segmentos fabris: informática,
microeletrônica, biotecnologia, química fina
Robotização da produção
Especialização e qualificação da mão-de-obra
Produção flexível
TIPOS DE INDUSTRIALIZAÇÃO
Clássica :
É aquela que surgiu na Inglaterra no séc. XVIII,
formada pelos países que iniciaram o processo de
industrialização e detém o domínio de tecnologia
avançada.
Ex.: Países Europeus, EUA e Japão no séc. XIX.
Tardia :
Formada por países subdesenvolvidos que só
iniciaram sua industrialização na segunda
metade do séc. XX após a 2ª Guerra Mundial.
Ex.: Brasil, Argentina , México , China, Tigres
Asiáticos etc
AS INDUSTRIAS DE
TRANSFORMAÇÃO SÃO DIVIDIDAS
EM
INDÚSTRIAS
DE BENS DE PRODUÇÃO
INDÚSTRIAS
DE BENS DE CAPITAL
INDÚSTRIAS
DE BENS DE CONSUMO
INDÚSTRIAS DE BASE OU BENS DE PRODUÇÃO
São aquelas que fornecem bens,
equipamentos e matérias-primas
que alimentam outras indústrias
Transformam matérias-primas ou
energia em produtos que vão ser
usados pelas indústrias de bens
de capital ou de consumo.
Localizam-se perto das fontes
fornecedoras ou dos portos e
ferrovias, onde fica fácil a
recepção das matérias e a saída
da produção.
Ex: as siderúrgicas, as
metalúrgicas, petroquímicas,
material de construção etc.
INDÚSTRIAS DE BENS DE CAPITAL
Esse tipo de indústria
produz máquinas e
equipamentos que serão
utilizados pelas indústrias
leves ou pesadas.
Essas indústrias localizamse principalmente perto de
seus consumidores, nos
centros industriais.
Ex.: Maquinarias ,
autopeças, motores,
componentes eletrônicos etc.
INDÚSTRIAS DE BENS DE CONSUMO
Produzem produtos para o
consumo em geral. Dividem-se
em:
Bens duráveis
móveis, eletrodomésticos,
automóveis, etc.
Bens Semi-duráveis
Vestuário, acessórios, calçados
etc.
Bens Não duráveis
alimentos, bebidas, etc.
Abrigam a maior parte dos
trabalhadores e atingem um
amplo mercado consumidor. Por
isso, encontram-se nas cidades
médias ou em centros urbanos.
OS FATORES LOCACIONAIS
São as vantagens que um determinado lugar oferece para a
instalação de indústrias
Matérias-primas: minerais e agrícolas
Energia: petróleo , gás, eletricidade etc.
Tecnologia: parques tecnológicos , universidades, centros de pesquisa
e desenvolvimento(P&D)
Mão de Obra: pouco qualificada (baixa remuneração) ou muito
qualificada ( alta remuneração)
Mercado consumidor: relacionado a quantidade de pessoas e
disponibilidade de renda.
Logística: disponibilidade e custos de transporte e armazenagem
Rede de telecomunicações: telefonia , internet, etc.
Complementaridade: proximidade de indústrias afins
Incentivos fiscais: redução ou isenção de impostos concedida pelo
Estado
A DESCONCENTRAÇÃO DA
ATIVIDADE INDUSTRIAL
Saída de indústrias dos grandes centros econômicos
tradicionais onde os custos de produção sejam
menores , devido principalmente:
A possibilidade de pagamentos de salários mais baixos.
Preços dos terrenos mais baixos.
Aonde a infra-estrutura não esteja saturada.
Onde não haja grandes congestionamentos
Facilidade de obter matéris-primas
No Brasil essa descentralização ocorre principalmente
com empresas saindo da dos grandes centros para o
interior dos seus Estado e de outra regiões como a
Região Nordeste
O atual estágio desenvolvimento logístico de transportes e de
telecomunicações levou a maior integração e aumento da
interdependência entre os diversos lugares do espaço geográfico
mundial, permitindo o surgimento de indústrias globalizadas.
Desse modo, uma indústria automobilística japonesa pode conceber um
projeto num centro de P&D localizado no Japão ou nos Estados Unidos,
desenvolvê-lo num desses países, na Europa ou na China, realizar a
produção das diversas peças em uma dúzia de países de acordo com
as vantagens que ofereçam, escolher alguns deles para realizar a
montagem final e garantir suas vendas em escala mundial.
Globaliza-se , assim , não só o mercado como também a produção. O
que não é produzido em dado país ou dada região acaba sendo
procurado fora. Da mesma forma o aumento da produção exige a
ampliação do mercado, que de nacional passa a ser continental ou
mundial
TAYLORISMO
Organização científica do trabalho criada pelo
engenheiro norte-americano Frederick W. Taylor.
Ele propunha uma intensificação da divisão do
trabalho, ou seja, fracionar as etapas do processo
produtivo de modo que o trabalhador
desenvolvesse tarefas ultra especializadas e
repetitivas diferenciando o trabalho intelectual
do trabalho manual.
Objetivava um controle sobre o tempo gasto em
cada tarefa e um constante esforço de
racionalização, para que a tarefa seja executada
num prazo mínimo.
Portanto, o trabalhador que produzisse mais em
menos tempo receberia prêmios como incentivos.
FORDISMO
Fordismo é um sistema de produção, criado pelo empresário norteamericano Henry Ford, cuja principal característica é a fabricação
em massa. Henry Ford criou este sistema em 1914 para sua
indústria de automóveis, projetando um sistema baseado numa
linha de montagem
O objetivo principal deste sistema era reduzir ao máximo os
custos de produção e assim baratear o produto, podendo vender
para o maior número possível de consumidores pagando salários
mais altos.
Desta forma, dentro deste sistema de produção, uma esteira
rolante conduzia o produto, no caso da Ford os automóveis, e cada
funcionário executava uma pequena etapa. Logo, os funcionários
não precisavam sair do seu local de trabalho, resultando numa
maior velocidade de produção.
Também não era necessária utilização de mão-de-obra muito
capacitada, pois cada trabalhador executava apenas uma pequena
tarefa dentro de sua etapa de produção.
O fordismo foi o sistema de produção que mais se
desenvolveu no século XX, sendo responsável pela produção
em massa de mercadorias das mais diversas espécies.
Durante a crise de 1929 a intervenção do Estado na economia
nos moldes do Keynesianismo foi a solução encontrada.
Esse novo arranjo assentado no combate ao desemprego e no
constante aumento dos salários.
Enquanto para os empresários o fordismo foi muito positivo,
para os trabalhadores ele gerou alguns problemas como, por
exemplo, trabalho repetitivo e desgastante, além da falta de
visão geral sobre todas as etapas de produção e baixa
qualificação profissional
Na década de 1980, o fordismo entrou em declínio com o
surgimento de um novo sistema de produção mais eficiente.
O Toyotismo, surgido no Japão, seguia um sistema enxuto de
produção, aumentando a produção, reduzindo custos e
garantindo melhor qualidade e eficiência no sistema
produtivo.
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TOYOTISMO
Toyotismo é um sistema de organização voltado para a produção de
mercadorias. Criado no Japão, após a Segunda Guerra Mundial, pelo
engenheiro japonês Taiichi Ohno,
O sistema foi aplicado na fábrica da Toyota (origem do nome do
sistema). O Toyotismo espalhou-se a partir da década de 1960 por
várias regiões do mundo e até hoje é aplicado em muitas empresas
O toyotismo tinha como elemento principal, a flexibilização da
produção. Ao contrário do modelo fordista, que produzia muito e
estocava essa produção, no toyotismo só se produzia o necessário,
reduzindo ao máximo os estoques.
Essa flexibilização tinha como objetivo a produção de um bem
exatamente no momento em que ele fosse demandado, no chamado
Just in Time.
A palavra de ordem passa a ser a a competitividade e , para aumentala, as empresas buscam racionalizar a produção, cortando custos e
implementando novos processos produtivos nas indústrias
Dessa forma, ao trabalhar com pequenos lotes, pretende-se que a
qualidade dos produtos seja a máxima possível. Essa é outra
característica do modelo japonês: a Qualidade Total.
PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DO
TOYOTISMO
Mão-de-obra multifuncional e bem qualificada. Os trabalhadores são
educados, treinados e qualificados para conhecer todos os processos de
produção, podendo atuar em várias áreas do sistema produtivo da
empresa.
Sistema flexível de mecanização, voltado para a produção somente do
necessário, evitando ao máximo o excedente. A produção deve ser
ajustada a demanda do mercado e descentralizada.
Uso de controle visual em todas as etapas de produção como forma de
acompanhar e controlar o processo produtivo.
Implantação do sistema de qualidade total em todas as etapas de
produção. Além da alta qualidade dos produtos, busca-se evitar ao
máximo o desperdício de matérias-primas e tempo.
Aplicação do sistema Just in Time, ou seja, produzir somente o
necessário, no tempo necessário e na quantidade necessária.
Uso de pesquisas de mercado para adaptar os produtos às exigências
dos clientes.