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ESCOLA DE REFERENCIA EM ENSINO MÉDIO PREFESSOR
TRAJANO DE MENDONÇA
GEOGRAFIA
MARCÍLIO BEIJAMIM (2º E)
A INDUSTRIALIZAÇÃO BRASILEIRA
RECIFE
2015
ESCOLA DE REFERENCIA EM ENSINO MÉDIO PREFESSOR
TRAJANO DE MENDONÇA
GEOGRAFIA
MARCÍLIO BEIJAMIM
A INDUSTRIALIZAÇÃO BRASILEIRA
Trabalho Apresentado à Disciplina
de Geografia, Regida Pelo Prof.
Georgos Assunção, Como Parte
das Exigências Para Composição
da N1.
RECIFE
2015
INTRODUÇÃO
O Brasil é considerado um país subdesenvolvido, mas apesar disso está muito
atrasado industrialmente e tecnologicamente em relação a outros países, isso por
causa de toda a sua trajetória industrial até chegar onde está. Durante todo o seu
desenvolvimento industrial o Brasil passou por muitos períodos “altos” da sua
economia como o favorecimento de guerras, crises externas e investimentos
estrangeiros e “baixos” como, mal uso de reservas cambias, desvalorização da
moeda, aumento da inflação e da dívida externa. Ao longo que o processo de
industrialização ia crescendo, a urbanização e o êxodo rural o acompanhavam, isso
resultaria futuramente em um grande problema para o governo que se estende até
os dias atuais. Hoje podemos ver a má distribuição industrial, onde a maior parte das
indústrias está localizada na região sudeste, e regiões como o Norte, não apresenta
nem a metade de indústrias em relação ao sudeste.
SUMÁRIO
1 ORIGENS DA INDUSTRIALIZAÇÃO BRASILEIRA.................................................... 4
2 O GOVERNO VARGAS E A POLÍTICA DE “SUBSTITUIÇÃO DE IMPORTAÇÕES”.. 6
3 O GOVERNO DUTRA (1946-1951)............................................................................ 9
4 O RETORNO DE GETÚLIO E DA POLÍTICA NACIONALISTA ................................ 10
5 JUSCELINO KUBITSCHEK E O PLANO DE METAS............................................... 11
6 O GOVERNO JOÃO GOULART E A TENTATIVA DE REFORMAS......................... 13
7 O PERÍODO MILITAR.............................................................................................. 14
8 O PLANO REAL....................................................................................................... 19
9 INDUSTRIALIZAÇÃO NOS DIAS DE HOJE............................................................. 19
10 CONCLUSÃO........................................................................................................... 22
11 REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS ......................................................................... 23
4
1 ORIGENS DA INDUSTRIALIZAÇÃO BRASILEIRA
Embora a industrialização brasileira tenha começado de forma incipiente na
segunda metade do século XIX, período em que se destacaram importantes
empreendedores, como o barão de Mauá, no eixo São Paulo- Rio de Janeiro, e
Delmiro Gouveia, em Pernambuco,
foi principalmente a partir da
Primeira Guerra Mundial (1914-
1918) que o país passou por um
processo significativo de
desenvolvimento industrial e de
maior diversificação do parque
fabril (observe a tabela ao lado).
Isso porque houve uma redução
da entrada de mercadorias
estrangeiras no Brasil por causa
do conflito na Europa.
Em 1919, as fábricas de
tecidos, roupas, alimentos,
bebidas e fumo (indústrias de bens de consumo não duráveis) eram responsáveis
por 70% da produção industrial brasileira; em 1939, no início da Segunda Guerra
Mundial, essa porcentagem havia sido reduzida para 58% por causa do aumento da
participação de outros produtos, como aço, máquinas e material elétrico. Contudo, a
industrialização brasileira ainda contava, predominantemente, com indústrias de
bens de consumo não duráveis e investimentos de capital privado nacional.
Apesar da importância do desenvolvimento do setor industrial e do setor
agrícola na economia brasileira, as atividades terciárias (como serviços, comércio,
energia, transportes e sistema bancário) apontavam índices de crescimento
econômico superiores aos das atividades agrícolas e industriais. Isso porque é no
comércio e nos serviços que circula toda a produção agrária e industrial. A
agricultura cafeeira – principal atividade econômica nacional até então – exigia a
implantação de uma eficiente rede de transportes, e assim as ferrovias foram se
5
desenvolvendo no país para escoar a produção do interior para os portos. Também
se estabeleceu um sistema bancário integrado à economia mundial e um comércio
para atender às necessidades crescentes nas cidades.
Apesar de ter passado por importantes períodos de crescimento como o da
Primeira Guerra, a industrialização brasileira sofreu seu maior impulso a partir de
1929, com a crise econômica mundial decorrente da quebra da Bolsa de Valores de
Nova York. Principalmente na região Sudeste do Brasil, essa crise se refletiu na
redução do volume de exportações de café e na perda da importância dessa
atividade no cenário econômico, o que contribuiu para a diversificação da produção
agrícola brasileira.
Outro acontecimento que contribuiu para o desenvolvimento industrial foi a
Revolução de 1930, que desalojou a oligarquia agroexportadora paulista do poder e
abriu novas possibilidades político- administrativas em favor da industrialização, uma
vez que o grupo que tomou o poder com Getúlio Vargas era nacionalista e favorável
a tornar o Brasil um país industrial. Apesar disso, a agricultura continuou
responsável pela maior parte das exportações brasileiras até a década de 1970.
A partir da crise de 1929, as
atividades industriais passaram a
apresentar índices de crescimento
superiores aos das atividades
agrícolas, como fica evidente na
observação do gráfico ao lado. O
colapso econômico mundial diminuiu
a entrada de mercadorias
estrangeiras que poderiam competir
com as nacionais, incentivando o
desenvolvimento industrial.
É importante destacar que o café permitiu a acumulação de capitais que
serviram para implantar toda a infraestrutura necessária ao impulso da atividade
6
industrial. Os barões do café, que residiam nos centros urbanos, sobretudo na
cidade de São Paulo, para cuidar da comercialização da produção nos bancos e
investir na Bolsa de Valores, aplicavam enorme quantidade de capital no sistema
financeiro, capital esse que ficou em parte disponível para a implantação de
indústrias e infraestrutura. Todas as ferrovias, construídas com a finalidade principal
de escoar a produção cafeeira para o porto de Santos, interligavam-se na capital
paulista e constituíam um eficiente sistema de transporte. Havia também grande
disponibilidade de mão de obra imigrante que foi liberada dos cafezais pela crise ou
que já residia nas cidades, além de significativa produção de energia elétrica. Além
desses fatores, o colapso econômico mundial causou a diminuição da entrada de
mercadorias estrangeiras, que poderiam competir com as nacionais.
A associação desses fatores constituiu a semente do processo de
industrialização, que passou a germinar notadamente na cidade de São Paulo, onde
havia maior disponibilidade de capitais, trabalhadores qualificados e a infraestrutura
básica a que nos referimos. Regiões dos estados do Rio de Janeiro, Rio Grande do
Sul e Minas Gerais também intensificaram seus processos de industrialização.
Na instalação de novas indústrias predominava, com raras exceções, o capital
de origem nacional, acumulado nas atividades agroexportadoras. A política industrial
comandada pelo governo federal era a de substituir as importações, visando à
obtenção de um superavit cada vez maior na balança comercial* e no balanço de
pagamentos, para permitir um aumento nos investimentos nos setores de energia e
transportes.
2 O GOVERNO VARGAS E A POLÍTICA DE “SUBSTITUIÇÃO DE
IMPORTAÇÕES”
Getúlio Vargas, que governou o país pela primeira vez de 1930 a 1945, foi o
presidente empossado pela Revolução de 1930, de cunho modernizador. Até então,
o mundo capitalista acreditava no liberalismo econômico, ou seja, que as forças do
mercado deveriam agir livremente para promover maior desenvolvimento e
crescimento econômico. Com a crise, iniciou- se um período em que o Estado
7
passou a intervir diretamente na economia para evitar novos sobressaltos do
mercado. Essa prática de intervencionismo estatal na economia seguiu o modelo
proposto pelo keynesianismo.
De 1930 a 1956, a industrialização no país caracterizou- se por uma estratégia
governamental de implantação de indústrias estatais nos setores de bens de
produção e de infraestrutura: siderurgia (Companhia Siderúrgica Nacional – CSN),
extração de petróleo e petroquímica (Petrobras) e bens de capital (Fábrica Nacional
de Motores – FNM, que, além de caminhões e automóveis, fabricava máquinas e
motores), e também da extração mineral (Companhia Vale do Rio Doce – CVRD) e
da produção de energia hidrelétrica (Companhia Hidrelétrica do São Francisco –
Chesf). A implantação desses setores industriais e de infraestrutura estratégica
necessitava de investimento inicial muito elevado. Como essas atividades na época
eram pouco atraentes ao capital privado, fosse ele nacional ou estrangeiro, porque o
retorno do capital investido era muito lento, o Estado se incumbiu de realizar esses
investimentos.
Portanto, nesse período, a ação do Estado foi decisiva para impulsionar e
diversificar os investimentos no parque industrial do país, combatendo os principais
obstáculos ao crescimento econômico. Além de fornecer os bens de produção e os
serviços de que os industriais privados necessitavam em suas indústrias de bens de
consumo, o Estado os fornecia a preços mais baixos do que os cobrados pelas
empresas privadas, fossem elas nacionais ou estrangeiras. Essa medida visava ao
fortalecimento do parque industrial brasileiro. Era uma política fortemente
nacionalista. Foram criados órgãos estatais de regulamentação da atividade
econômica, encabeçados pelo Conselho Nacional de Economia (CNE); e indústrias
em setores estratégicos. A intervenção estatal no setor de base da economia foi
priorizada.
Embora a expressão substituição de importações possa ser utilizada desde
que a primeira fábrica foi instalada no país, permitindo substituir a importação de
determinado produto, foi o governo Getúlio Vargas que iniciou a adoção de medidas
fiscais e cambiais que caracterizaram uma política industrial voltada à produção
interna de mercadorias que até então eram importadas.
8
As duas principais medidas adotadas foram a desvalorização da moeda
nacional (réis até 1942 e, a seguir, cruzeiro) em relação ao dólar, o que tornava o
produto importado mais caro (desestimulando as importações), e a implantação de
leis e tributos que restringiam, e às vezes proibiam, a importação de bens de
consumo e de produção que pudessem ser fabricados internamente. Em 1934,
Getúlio Vargas promulgou uma nova constituição, que incluiu a regulamentação das
relações de trabalho. Entre as principais medidas que beneficiaram o trabalhador
figuravam a criação do salário mínimo, as férias anuais e o descanso semanal
remunerado. Com essa atitude, que garantia o apoio da classe trabalhadora, e com
o apoio das elites agrária e industrial, Vargas conseguiu aprovar uma nova
constituição em 1937, que o manteve no poder como ditador até o fim da Segunda
Guerra, em 1945, período que ficou conhecido como Estado Novo.
Nessa época foram criados órgãos estatais de regulamentação da atividade
econômica, encabeçados pelo Conselho Nacional de Economia (CNE) e por
indústrias em setores estratégicos, visando combater os obstáculos ao crescimento
econômico. A intervenção estatal no setor de base da economia (petroquímica,
siderurgia, energia elétrica e indústria de cimento, por exemplo) foi priorizada.
Juros, câmbio e tributos
Você já ouviu falar em política monetária, política cambial, política fiscal?
Conhece suas consequências para a indústria e outros setores econômicos?
Por exemplo:
• Quando o Banco Central aumenta as taxas de juros, a política monetária
beneficia o setor bancário (que empresta dinheiro) e prejudica os setores
agrícola e industrial (que contraem empréstimos).
• Se o real se desvaloriza em relação ao dólar, a política cambial torna as
mercadorias importadas mais caras, o que diminui a concorrência no mercado
interno, e os exportadores recebem mais ao vender suas mercadorias.
• Por meio da política fiscal, os governos podem manipular o sistema tributário
e o volume de empréstimos de bancos oficiais para beneficiar algum setor da
economia em detrimento dos demais, entre outras ações.
9
Graças a essa intervenção do Estado, houve grande crescimento da produção
industrial, com exceção do período da Segunda Guerra. Durante os seis anos desse
conflito armado, em razão da carência
de indústrias de base e das dificuldades
de importação, o crescimento industrial
brasileiro foi de 5,4%, uma média
inferior a 1% ao ano. A atuação do
Estado revelou-se, então, importante
para estimular a produção industrial.
Observe na tabela ao lado que houve
significativo crescimento na produção
interna em diversos setores que
sofreram restrições durante a guerra,
mas o setor de transportes, cuja expansão não poderia ocorrer sem a importação de
veículos, máquinas e equipamentos, sofreu forte redução.
3 O GOVERNO DUTRA (1946-1951)
Graças à afinidade ideológica de Getúlio Vargas com o nazifascismo, que foi
derrotado na Segunda Guerra, as oposições liberais se fortaleceram e, em 1945, o
presidente foi deposto. Vargas retornou ao poder em 1951, dessa vez eleito pelo
povo. Com sua saída, assumiu a Presidência o general Eurico Gaspar Dutra, em
1946, que instituiu o Plano Salte, destinando investimentos aos setores de saúde,
alimentação, transportes, energia e educação. Até 1950, quando terminou seu
mandato, o Brasil passou por grande incremento da capacidade produtiva.
Durante a Segunda Guerra, o país exportou diversos produtos agrícolas,
industriais e minerais para os países europeus em conflito, obtendo enorme saldo
positivo na balança comercial. Esse saldo, porém, foi utilizado no decorrer do
governo Dutra, com a importação de máquinas e equipamentos para as indústrias
têxteis e mecânicas, o reequipamento do sistema de transportes e o incremento da
extração de minerais metálicos, não metálicos e energéticos.
Além disso, houve forte mudança na política econômica do país com a
abertura à importação de bens de consumo, o que contrariava os interesses da
indústria nacional. Os empresários nacionais defendiam a reserva de mercado, isto
10
é, que o governo adotasse medidas que tornassem as mercadorias importadas mais
caras ou mesmo proibissem sua entrada no país.
Boa parte das reservas cambiais acumuladas ao longo da Segunda Guerra foi
utilizada na importação de cremes dentais, geladeiras, chocolates, brinquedos,
artigos decorativos e muitos outros produtos que agradavam à classe média. Ao
utilizar as reservas, essa mudança obrigou o governo a desvalorizar o cruzeiro em
relação ao dólar e emitir papel-moeda, o que provocou inflação e consequente
queda de poder aquisitivo dos salários.
4 O RETORNO DE GETÚLIO E DA POLÍTICA NACIONALISTA
Ao retornar à Presidência em 1951, eleito pelo povo, Getúlio Vargas retomou
seu projeto nacionalista: passou a investir em setores que deram suporte e
impulsionaram o crescimento econômico – sistemas de transportes, comunicações,
produção de energia elétrica e petróleo – e restringiu a importação de bens de
consumo. Apoiado por um grande movimento nacionalista popular, Getúlio dedicou-
se à criação da Petrobras (1953) e do Banco Nacional de Desenvolvimento
Econômico e Social – BNDES (1952).
No confronto entre os getulistas, defensores da política nacional-
desenvolvimentista, e os defensores da fórmula neoliberal, que preferiam promover
a abertura da economia aos produtos e capitais estrangeiros, o projeto de Getúlio
acabou sendo derrotado. Os liberais argumentavam que, com a economia fechada,
a modernização e a expansão do parque industrial nacional ficavam dependentes do
resultado da exportação de produtos primários. Qualquer crise ou queda de preço
desses produtos, particularmente do café, resultava em crise na modernização e
expansão do parque industrial.
11
5 JUSCELINO KUBITSCHEK E O PLANO DE METAS
Durante o governo de Juscelino Kubitschek (1956- -1961), houve um grande
crescimento econômico em consequência da implantação do chamado Plano de
Metas. Tratava-se de um amplo programa de desenvolvimento que previa maciços
investimentos estatais em diversos setores da economia – agricultura, saúde,
educação, energia, transportes, mineração e construção civil –, tornando o Brasil um
país atraente aos investimentos estrangeiros. Embalado por uma ideologia
desenvolvimentista, o governo divulgava o objetivo de fazer o país crescer “50 anos
em 5”, e buscava interiorizar a ocupação do território, integrando espaços com
domínios naturais e ocupados pela agricultura e pecuária aos grandes centros
urbano-industriais. Foi nessa época que a capital federal foi transferida do litoral para
o interior com a construção de Brasília, inaugurada em 1960. Seu projeto
urbanístico e a arquitetura materializaram a busca de modernização do país, que à
época ainda era dominado por estruturas econômicas e políticas herdadas do
período agrário-exportador.
Na execução desse plano, 73% dos investimentos dirigiram-se aos setores de
energia e transportes. Isso permitiu grande aumento da produção de
hidroeletricidade e de carvão mineral, forneceu o impulso inicial ao programa
nuclear, elevou a capacidade de prospecção e refino de petróleo, pavimentação e
construção de rodovias (14 970 km), além de melhorias nas instalações e serviços
portuários, aeroviários e reaparelhamento e construção de pequena extensão de
ferrovias (827 km).
Paralelamente, em virtude dos investimentos estatais em obras de
infraestrutura e incentivos do governo, houve expressivo ingresso de capital
estrangeiro, responsável por grande crescimento da produção industrial,
principalmente nos setores automobilístico, químico-farmacêutico e de
eletrodomésticos. O parque industrial brasileiro passou, assim, a contar com
significativa produção de bens de consumo duráveis, o que sustentou e deu
continuidade à política de substituição de importações.
Ao longo do governo JK consolidou-se o tripé da produção industrial nacional,
formado pelas indústrias:
12
• de bens de consumo não duráveis, que desde a segunda metade do século XIX já
vinham sendo produzidos, com amplo predomínio do capital privado nacional;
• de bens de produção e bens de capital, que contaram com investimento estatal nos
governos de Getúlio Vargas;
• de bens de consumo duráveis, com forte participação de capital estrangeiro, como
vimos anteriormente.
Entretanto, o sucesso do Plano de Metas resultou num significativo aumento
da inflação e da dívida externa, contraída para financiar seus investimentos. Além
disso, a opção pelo transporte rodoviário, sistema não recomendável em países
territorialmente extensos como o nosso, marcou economicamente o Brasil de forma
duradoura, diminuindo a competitividade dos produtos brasileiros no mercado
internacional, com consequências até os dias atuais.
A política do Plano de Metas acentuou a concentração do parque industrial na
região Sudeste, agravando os contrastes regionais. Com isso, as migrações
internas intensificaram-se, provocando o crescimento acelerado e desordenado dos
grandes centros urbanos, principalmente São Paulo e Rio de Janeiro. Os problemas
decorrentes da falta de planejamento urbano permanecem até hoje e também
abrangem aglomerações urbanas que não abrigam grande parque industrial.
A concentração do parque industrial no Sudeste determinou a implementação
de uma política federal de planejamento econômico para o desenvolvimento das
demais regiões. Em 1959, foi criada a Superintendência do Desenvolvimento do
Nordeste (Sudene), e, nos anos seguintes, dezenas de outros órgãos, como a
Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia (Sudam), a Superintendência
do Desenvolvimento do Centro-Oeste (Sudeco), a Superintendência de
Desenvolvimento do Sul (Sudesul) e a Companhia do Desenvolvimento do Vale do
São Francisco (Codevasf), entre outras que foram extintas ou transformadas em
agências de desenvolvimento a partir do início da década de 1990.
13
6 O GOVERNO JOÃO GOULART E A TENTATIVA DE REFORMAS
João Goulart, conhecido como Jango, exerceu o cargo de ministro do
Trabalho de Getúlio Vargas e se elegeu duas vezes como vice-presidente, nos
mandatos de JK e de Jânio Quadros. Na época, era permitido votar para presidente
e vice de partidos ou coligações diferentes. No decorrer de seu governo, o Brasil
passou por uma grande crise política, iniciada em 25 de agosto de 1961 com a
renúncia do presidente Jânio, empossado poucos meses antes. A crise agravou-se
com os problemas econômicos herdados do governo JK, como a dívida externa e,
sobretudo, a inflação.
A posse de Jango, em 25 de setembro de 1961, ocorreu após a instauração do
parlamentarismo, que reduziu os poderes do chefe do Executivo (Presidente). Essa
manobra política foi a solução encontrada para resolver uma crise institucional que
abalava a unidade dos setores militares: os três ministros das Forças Armadas
(Exército, Marinha e Aeronáutica) pressionavam o Congresso a votar pela
desqualificação de Jango como presidente por motivos de “segurança nacional” (no
contexto da Guerra Fria, uma forma de desqualificar um governante aos olhos dos
setores conservadores da sociedade era tachá-lo de comunista). Contudo, vários
comandantes regionais, encabeçados pelo III Exército (Rio Grande do Sul),
defendiam a posse do vice-presidente para que a Constituição não fosse
desrespeitada.
Durante o período parlamentarista do governo João Goulart (até início de
1963), como o presidente não conseguiu estruturar uma diretriz de política
econômica, houve aumento da inflação e do desemprego, e redução nas taxas de
crescimento, problemas que haviam provocado várias greves em 1962. Nesse
contexto, fortaleceu-se a posição dos que defendiam a realização de um plebiscito
pelo qual a população poderia optar entre a continuidade do regime parlamentarista
ou o retorno ao presidencialismo.
Em 6 de janeiro de 1963, o retorno ao presidencialismo foi aprovado com 82%
dos votos, o que conferiu amplos poderes ao presidente, permitindo-o encaminhar
as reformas de base. Propunha-se uma ampla reforma dos sistemas tributário,
bancário e eleitoral, a regulamentação dos investimentos estrangeiros e da remessa
14
de lucros ao exterior, além da reforma agrária e de maiores investimentos em
educação e saúde. Tal política, de caráter claramente nacionalista, foi tachada de
comunista pelos setores mais conservadores da sociedade civil e militar, criando as
condições para o golpe militar de 31 de março de 1964.
O que estava em jogo não era o embate entre socialismo e capitalismo, mas o
papel que cabia ao Estado: investir preferencialmente no setor público (educação,
saúde, habitação, infraestruturas urbana e agrária) ou em setores que beneficiavam
as empresas privadas (como o de construção, sobretudo de usinas hidrelétricas e
rodovias). A vitória, garantida pela força das armas, foi a dos que defendiam a
segunda opção. A história desse período demonstra que o caminho adotado pelas
forças conservadoras melhorou a vida de alguns em detrimento da maioria da
população, fato revelado pela crescente concentração de renda ao longo do regime
militar, que veremos a seguir.
7 O PERÍODO MILITAR
Em 1º de abril de 1964, após um golpe de Estado que tirou João Goulart do
poder, teve início no país o regime militar, com uma estrutura de governo ditatorial.
O Brasil possuía o 43º PIB do mundo capitalista e uma dívida externa de 3,7 bilhões
de dólares. Em 1985, ao término do regime, o Brasil apresentava o 9º PIB do mundo
capitalista e sua dívida externa era de aproximadamente 95 bilhões de dólares, ou
seja, crescemos muito, mas à custa de um pesado endividamento. O parque
industrial cresceu de forma bastante significativa e a infraestrutura nos setores de
energia, transportes e telecomunicações se modernizou. No entanto, embora os
indicadores econômicos tenham evoluído positivamente, a desigualdade social
aprofundou-se muito nesse período, concentrando a renda nos estratos mais ricos
da sociedade. Segundo o IBGE e o Banco Mundial, em 1960, os 20% mais ricos da
sociedade brasileira dispunham de 54% da renda nacional, em 1970 passaram a
contar com 62%, e em 1989, com 67,5%. O trecho a seguir nos mostra uma
consequência imediata do modelo econômico adotado pelos governos militares, que
foi agravado pelo êxodo rural iniciado na década de 1950.
“BRASIL
Ame-o ou Deixe-o”
Essa frase, de apelo nacionalista, foi utilizada pelos militares para intimidar os opositores do regime. Note
que ela permite a seguinte interpretação: ame o país do jeito que está, sem críticas ou questionamentos, ou
deixe-o. Condenar ao exílio quem criticava o regime era comum para governantes desse período ditatorial.
15
Entre 1968 e 1973, período
conhecido como “milagre
econômico”, a economia brasileira
desenvolveu-se em ritmo acelerado.
No gráfico ao lado é possível
verificar o crescimento anual do PIB
brasileiro entre 1967 e 1975.
Esse ritmo de crescimento foi
sustentado por investimentos
governamentais que promoveram grande expansão na oferta de alguns serviços
prestados por empresas estatais, como energia, transporte e telecomunicações. No
entanto, várias obras tinham necessidade, rentabilidade ou eficiência questionáveis,
como as rodovias Transamazônica e Perimetral Norte e o acordo nuclear entre Brasil
e Alemanha. O setor de telecomunicações também foi beneficiado nesse período.
Os investimentos nesse setor foram feitos graças à grande captação de recursos no
exterior, o que elevou a dívida externa, pois boa parte desse capital foi investido em
setores pouco rentáveis da economia. Como pagar a parcela da dívida contraída
com a construção de rodovias na Amazônia?
Outro aspecto importante na questão do crescimento econômico no período
militar foi o dos investimentos externos. O capital estrangeiro penetrou em vários
setores da economia, principalmente na extração de minerais metálicos (projetos
Carajás, Trombetas e Jari), na expansão das áreas agrícolas (monoculturas de
exportação), nas indústrias química e farmacêutica, e na fabricação de bens de
capital (máquinas e equipamentos) utilizados pelas indústrias de bens de consumo.
• Durante o período militar, a economia cresceu e o país se modernizou, mas
algumas necessidades básicas da população, como o acesso à água no
semiárido nordestino, continuaram se agravando.
Como o aumento dos preços dos produtos (inflação) não era integralmente
repassado aos salários, a taxa de lucro dos empresários foi ampliada com a
diminuição do poder aquisitivo dos trabalhadores. Aumentava-se, assim, a taxa de
reinvestimento dos lucros em setores que gerariam empregos principalmente para
16
os trabalhadores qualificados e exclui os pobres, o que deu continuidade ao
processo histórico de concentração da renda nacional. Ficou famosa a frase do
então ministro da Fazenda Delfim Netto, em resposta à inquietação dos
trabalhadores ao ver seus salários arrochados: “É necessário fazer o bolo crescer
para depois reparti-lo”. O bolo (a economia) cresceu – o Brasil chegou a ser a 9ª
maior economia do mundo capitalista no início da década de 1980 (em 2012,
segundo o Fundo Monetário Internacional, o Brasil era a 6a economia do mundo) –
e, até hoje, a renda permanece concentrada (em 2009, segundo o Banco Mundial,
os 10% mais ricos se apropriavam de 42,9% da renda nacional).
Nesse contexto, as pessoas da classe média que tinham qualificação
profissional viram seu poder de compra ampliado, quer pela elevação dos salários
em cargos que exigiam formação técnica e superior, quer pela ampliação do sistema
de crédito bancário, permitindo maior financiamento do consumo. Enquanto isso, os
trabalhadores sem qualificação tiveram seu poder de compra diminuído e ainda
foram prejudicados com a degradação dos serviços públicos, sobretudo os de
educação e saúde.
No final da década de 1970, os Estados Unidos promoveram a elevação das
taxas de juros no mercado internacional, reduzindo os investimentos destinados aos
países em desenvolvimento. Além de sentir essa redução, a economia brasileira
teve de arcar com o pagamento crescente dos juros da dívida externa, contraída
com taxas flutuantes.
Diante dessa nova realidade, a saída imposta pelo governo para obter
recursos que permitissem honrar os compromissos da dívida pode ser sintetizada na
frase: “Exportar é o que importa”. Porém, como tornar os produtos brasileiros
internacionalmente competitivos? Tanto em qualidade como em preço, as
mercadorias produzidas na época em um país em desenvolvimento como o Brasil,
que quase não investia em tecnologia, enfrentavam grandes obstáculos.
As soluções encontradas foram desastrosas para o mercado interno de consumo:
• redução do poder de compra dos assalariados, conhecido como arrocho salarial;
17
• subsídios fiscais para exportação (cobrava-se menos imposto por um produto
exportado que por um similar vendido no mercado interno);
• negligência com o meio ambiente, levando ao aumento de diversas formas de
poluição, erosão e de outras agressões ao meio natural;
• desvalorização cambial: a valorização do dólar em relação ao cruzeiro (moeda da
época) facilitava as exportações e dificultava as importações;
• diminuição do poder aquisitivo das famílias para combater o aumento dos preços.
Essas medidas, adotadas em conjunto, favoreceram a venda de produtos no
mercado externo, mas prejudicaram o mercado interno, reduzindo o poder de
compra do brasileiro. Assim se explica o aparente paradoxo: a economia cresce,
mas o povo empobrece.
Na busca de um maior superavit na balança comercial, o governo aumentou
os impostos de importação não apenas para bens de consumo, como também para
os bens de capital e bens intermediários. A consequência dessa medida foi a
redução da competitividade do parque industrial brasileiro frente ao exterior ao longo
dos anos 1980. Os industriais não tinham capacidade financeira para importar novas
máquinas e, por causa da falta de competição com produtos importados, não havia
incentivos à busca de maior produtividade e qualidade dos produtos. Com isso, as
indústrias, com raras exceções, foram perdendo competitividade no mercado
internacional e as mercadorias comercializadas internamente tornaram-se caras e
tecnologicamente defasadas em relação às estrangeiras.
Os efeitos sociais dessa política econômica se agravaram com a crise
mundial, que se iniciou em 1979. As taxas de juros da dívida externa atingiram, em
1982, o recorde histórico de 14% ao ano. A partir de então, a economia brasileira
passou por um período em que se alternavam anos de recessão e outros de baixo
crescimento. Isso se arrastou por toda a década de 1980 e início da de 1990,
período que se caracterizou pela chamada ciranda financeira: o governo emitia
títulos públicos para captar o dinheiro depositado pela população nos bancos. Como
as taxas de juros oferecidas internamente eram muito altas, muitos empresários
deixavam de investir no setor produtivo – o que geraria empregos e estimularia a
18
economia aumentando o PIB – para investir no mercado financeiro. Na época, essa
“ciranda” criava a necessidade de emissão de moeda em excesso, o que elevou os
índices de inflação.
Outro aspecto negativo da política econômica do período militar merece
destaque: se as medidas adotadas tinham como objetivo o crescimento do PIB a
qualquer custo, o que fazer com as empresas ineficientes, à beira da falência? A
solução encontrada para esse problema foi a estatização. O Estado brasileiro
adquiriu empresas em quase todos os setores da economia utilizando recursos
públicos, em parte acumulados com o pagamento de impostos por toda a população.
O crescimento da participação do Estado na economia, de 1964 a 1985, foi muito
grande (veja o gráfico da página ao lado). Em 1985, cerca de 20% do PIB era
produzido em empresas estatais, enquanto os serviços tradicionalmente públicos,
como saúde e educação, estavam se deteriorando por causa da falta de recursos,
que eram redirecionados dos setores sociais para os produtivos.
O período dos governos militares no Brasil caracterizou- se pela apropriação
do poder público por agentes que desviaram os interesses do Estado para as
necessidades empresariais. As carências da população ficaram em segundo plano;
as prioridades foram o crescimento do PIB e o aumento do superavit na balança
comercial. O objetivo de qualquer governo é o de aumentar a produção econômica.
O problema é saber como atingi-lo sem comprometer os investimentos em serviços
públicos, que possibilitam a melhoria da qualidade de vida das pessoas.
Apesar do exposto, durante o período do regime militar, o processo de
industrialização e de urbanização continuou avançando, resultando em significativa
melhora nos índices de natalidade e mortalidade, que registraram queda, além do
aumento da expectativa de vida. A interpretação desse fato deve levar em conta o
intenso êxodo rural, já que nas cidades aumentou o acesso a saneamento básico e
atendimento médico-hospitalar, bem como a remédios e programas de vacinação
em postos de saúde, e o fato de que muitos migrantes conseguiram melhorar a
qualidade de vida nos centros urbanos.
O fim do período militar ocorreu em 1985, depois de várias manifestações
populares a favor das eleições diretas para presidente da República. Os problemas
19
econômicos herdados do regime militar foram agravados no governo que se seguiu,
o de José Sarney, e só foram enfrentados efetivamente nos anos 1990.
8 O PLANO REAL
Em junho de 1994, a moeda brasileira passou a ser o real. A mudança da
moeda era parte de um plano econômico mais amplo, cujo objetivo era combater a
inflação e estabilizar a economia brasileira. Por um lado, o plano real valorizou a
moeda brasileira em relação ao dólar, facilitando as importações aumentando a
oferta de produtos no mercado e provocando a queda da inflação. Os juros altos
também contribuíram para isso, na medida em que deixavam o crédito caro. Por
outro lado, essa política econômica adotada até os primeiros anos do século XXI
ocasionou a elevação da dívida externa e interna, dificultou a exportação e provocou
déficit crescente na balança comercial e no balanço de pagamentos. Diante disso, a
indústria brasileira ficou mais dependente da importação de bens (insumos) para
produção de mercadorias, de máquinas e equipamentos utilizados na produção
industrial e de outros produtos industrializado.
A abertura econômica e as privatizações, além de própria modernização
tecnológica, causaram impacto de nível de emprego industrial, que, no decorrer dos
anos 1990 e na virada do século, apresentou um ritmo de crescimento mui baixo.
9 INDUSTRIALIZAÇÃO NOS DIAS DE HOJE
Nos anos 70, 80 e 90, a indústria no Brasil continuou a crescer, embora tenha
estagnado em certos momentos de crise econômica. A década de 80, por exemplo,
ficou conhecida como a "década perdida" para a economia brasileira devido a
retração econômica da indústria.
O cenário mudou e, estabilizada, a base industrial atual do país produz
diversos produtos: automóveis, máquinas, roupas, aviões, equipamentos, produtos
alimentícios industrializados, eletrodomésticos, e muitos outros. Embora seja auto-
suficiente na maioria dos setores, a indústria brasileira ainda é dependente de
tecnologia externa em campos como a informática. Além disso, o parque industrial
brasileiro continua concentrado sobretudo nos estados do Centro-Sul e nas regiões
metropolitanas, embora a dispersão da infra-estrutura de transportes, energia e
20
comunicação tem a dispersado espacialmente nas últimas décadas para diversas
outras regiões, inclusive no interior dos estados.
Os esforços do passado criaram uma intensificação na indústria brasileira que
possui um enorme e variado parque industrial produzindo bens de consumo e até
mesmo tecnologia de ponta.
Após diversas crises econômicas, o país é hoje um dos mais industrializados
do mundo e ocupa o décimo quinto lugar em escala global nesse segmento. Na
primeira década do século XXI, a privatização de empresas estatais nas áreas de
mineração, bancária e de telecomunicações foi uma característica marcante na
economia brasileira.
A industrialização brasileira ainda não ocorre de maneira homogênea, portanto
certas regiões são densamente industrializadas, enquanto outras são totalmente
desprovidas desse tipo de atividade econômica. Apesar de diversos problemas
sociais, costumeiramente relacionados à maneira da industrialização no país, o
Brasil vem ocupando um lugar de destaque no cenário econômico e industrial
internacional.
A maior concentração de indústrias brasileiras está situada na Região
Sudeste, principalmente em São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, estados
onde o processo de industrialização teve início. Os estados citados detêm parques
industriais modernos e diversificados que atuam com maior destaque na produção
de produtos químicos, além da indústria automobilística e tecnologia de ponta.
Outra região que ocupa grande destaque no cenário nacional é a Região Sul.
Segundo lugar em industrialização, essa porção do país desenvolve indústrias que
atuam especialmente no beneficiamento de produtos primários, atividade
denominada de agroindústria, que desempenha um importante papel na economia
nacional. A Região Sul sobressai também na produção de peças e metalurgia.
No Nordeste, a base industrial encontra-se vinculada a produtos tradicionais,
como a produção têxtil, de álcool e açúcar. Entretanto, recentemente o parque
21
industrial dessa região tem ingressado em um processo de modernização e
diversificação da indústria.
O Norte e o Centro-Oeste são as regiões de menor expressão no setor
industrial do país, pois se encontram limitados à agroindústria e ao extrativismo.
Nos últimos anos, a economia brasileira ficou marcada pela privatização das
empresas estatais nas áreas de mineração, bancária e telecomunicações. Apesar de
o Brasil enfrentar diversos problemas sociais, o país está desenvolvendo e
ocupando um lugar de destaque no cenário internacional.
22
10 CONCLUSÃO
Como podemos notar, esse trabalho nos levar a dois principais aspectos, que
são o processo de industrialização brasileira e participação do governo em seu
desenvolvimento. Podemos concluir que durante o início do processo de formação
das indústrias, o Brasil teve como sua principal “financiadora” a cafeicultura, que na
época era muito valorizada, no que gerou capital para o país e foi convertido em
indústrias. Também é importante destacar que durante a 1ª Guerra Mundial, houve
uma grande diminuição entrada de mercadorias estrangeiras, com isso o Brasil foi
meio que obrigado a produzir as suas próprias, essa foi uma das maneiras de
impulsionar a formação de indústrias. Após essa fase o Brasil inicia um novo
caminho para sua economia, que inicialmente começa com Getúlio Vargas onde
implantou indústrias estatais como a produção de energia, fabricação de motores e
extração de petróleo entre outras e favorecendo os trabalhadores com vários
benefícios e um deles foi o salário mínimo. Em seguida se destaca o presidente
Eurico Gaspar Dutra que em seu governo consegue exportar diversos produtos
agrícolas e minerais para países que estavam envolvidos na 2ª Guerra mundial.
Posteriormente, Vargas retorna ao governo e passa a investir em diversos setores
como os de transporte, cominação e produção de energia e petróleo, no qual boa
parte de seu governo foi dedicada a Petrobras. Logo após, o presidente JK faz um
enorme investimento em várias áreas, para que o Brasil se tornasse um país
atraente para futuros investimentos estrangeiros, mas infelizmente o sucesso do
plano de metas resultou em um aumente significativo da inflação e da divida externa.
Dentro de uma crise o Brasil entra em período conturbado de sua história que se
inicia no governo de João Goulart até o regime militar, onde a economia cresce, mas
a desigualdade se agrava levando ao êxodo rural, os trabalhadores sofreram com o
arrocho salarial. Hoje muitas coisas mudaram, o país agora produz: automóveis,
motores, roupas, aviões entre outros. Agora o problema é a má distribuição de
indústrias onde só o estado de São Paulo abriga 40% da produção industrial do
Brasil.
23
11 REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS
Livro, TERRITÓRIO E SOCIEDADE NO MUNDO GLOBALIZADO, Elian Alabi
Lucci/Anselmo Lazaro Branco/Cláudio Mendonça, São Paulo, 2013.
Livro, GEOGRAFIA GERAL E DO BRASIL ESPAÇO GEOGRÁFICO E
GLOBALIZAÇÃO, Eustáquio de Sene/João Carlos Moreira, São Paulo, 2013.
http://www.brasilescola.com/brasil/a-industria-contemporanea-no-brasil.htm
http://www.mundoeducacao.com/geografia/a-industrializacao-brasileira.htm

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Industrialização Brasileira

  • 1. ESCOLA DE REFERENCIA EM ENSINO MÉDIO PREFESSOR TRAJANO DE MENDONÇA GEOGRAFIA MARCÍLIO BEIJAMIM (2º E) A INDUSTRIALIZAÇÃO BRASILEIRA RECIFE 2015
  • 2. ESCOLA DE REFERENCIA EM ENSINO MÉDIO PREFESSOR TRAJANO DE MENDONÇA GEOGRAFIA MARCÍLIO BEIJAMIM A INDUSTRIALIZAÇÃO BRASILEIRA Trabalho Apresentado à Disciplina de Geografia, Regida Pelo Prof. Georgos Assunção, Como Parte das Exigências Para Composição da N1. RECIFE 2015
  • 3. INTRODUÇÃO O Brasil é considerado um país subdesenvolvido, mas apesar disso está muito atrasado industrialmente e tecnologicamente em relação a outros países, isso por causa de toda a sua trajetória industrial até chegar onde está. Durante todo o seu desenvolvimento industrial o Brasil passou por muitos períodos “altos” da sua economia como o favorecimento de guerras, crises externas e investimentos estrangeiros e “baixos” como, mal uso de reservas cambias, desvalorização da moeda, aumento da inflação e da dívida externa. Ao longo que o processo de industrialização ia crescendo, a urbanização e o êxodo rural o acompanhavam, isso resultaria futuramente em um grande problema para o governo que se estende até os dias atuais. Hoje podemos ver a má distribuição industrial, onde a maior parte das indústrias está localizada na região sudeste, e regiões como o Norte, não apresenta nem a metade de indústrias em relação ao sudeste.
  • 4. SUMÁRIO 1 ORIGENS DA INDUSTRIALIZAÇÃO BRASILEIRA.................................................... 4 2 O GOVERNO VARGAS E A POLÍTICA DE “SUBSTITUIÇÃO DE IMPORTAÇÕES”.. 6 3 O GOVERNO DUTRA (1946-1951)............................................................................ 9 4 O RETORNO DE GETÚLIO E DA POLÍTICA NACIONALISTA ................................ 10 5 JUSCELINO KUBITSCHEK E O PLANO DE METAS............................................... 11 6 O GOVERNO JOÃO GOULART E A TENTATIVA DE REFORMAS......................... 13 7 O PERÍODO MILITAR.............................................................................................. 14 8 O PLANO REAL....................................................................................................... 19 9 INDUSTRIALIZAÇÃO NOS DIAS DE HOJE............................................................. 19 10 CONCLUSÃO........................................................................................................... 22 11 REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS ......................................................................... 23
  • 5. 4 1 ORIGENS DA INDUSTRIALIZAÇÃO BRASILEIRA Embora a industrialização brasileira tenha começado de forma incipiente na segunda metade do século XIX, período em que se destacaram importantes empreendedores, como o barão de Mauá, no eixo São Paulo- Rio de Janeiro, e Delmiro Gouveia, em Pernambuco, foi principalmente a partir da Primeira Guerra Mundial (1914- 1918) que o país passou por um processo significativo de desenvolvimento industrial e de maior diversificação do parque fabril (observe a tabela ao lado). Isso porque houve uma redução da entrada de mercadorias estrangeiras no Brasil por causa do conflito na Europa. Em 1919, as fábricas de tecidos, roupas, alimentos, bebidas e fumo (indústrias de bens de consumo não duráveis) eram responsáveis por 70% da produção industrial brasileira; em 1939, no início da Segunda Guerra Mundial, essa porcentagem havia sido reduzida para 58% por causa do aumento da participação de outros produtos, como aço, máquinas e material elétrico. Contudo, a industrialização brasileira ainda contava, predominantemente, com indústrias de bens de consumo não duráveis e investimentos de capital privado nacional. Apesar da importância do desenvolvimento do setor industrial e do setor agrícola na economia brasileira, as atividades terciárias (como serviços, comércio, energia, transportes e sistema bancário) apontavam índices de crescimento econômico superiores aos das atividades agrícolas e industriais. Isso porque é no comércio e nos serviços que circula toda a produção agrária e industrial. A agricultura cafeeira – principal atividade econômica nacional até então – exigia a implantação de uma eficiente rede de transportes, e assim as ferrovias foram se
  • 6. 5 desenvolvendo no país para escoar a produção do interior para os portos. Também se estabeleceu um sistema bancário integrado à economia mundial e um comércio para atender às necessidades crescentes nas cidades. Apesar de ter passado por importantes períodos de crescimento como o da Primeira Guerra, a industrialização brasileira sofreu seu maior impulso a partir de 1929, com a crise econômica mundial decorrente da quebra da Bolsa de Valores de Nova York. Principalmente na região Sudeste do Brasil, essa crise se refletiu na redução do volume de exportações de café e na perda da importância dessa atividade no cenário econômico, o que contribuiu para a diversificação da produção agrícola brasileira. Outro acontecimento que contribuiu para o desenvolvimento industrial foi a Revolução de 1930, que desalojou a oligarquia agroexportadora paulista do poder e abriu novas possibilidades político- administrativas em favor da industrialização, uma vez que o grupo que tomou o poder com Getúlio Vargas era nacionalista e favorável a tornar o Brasil um país industrial. Apesar disso, a agricultura continuou responsável pela maior parte das exportações brasileiras até a década de 1970. A partir da crise de 1929, as atividades industriais passaram a apresentar índices de crescimento superiores aos das atividades agrícolas, como fica evidente na observação do gráfico ao lado. O colapso econômico mundial diminuiu a entrada de mercadorias estrangeiras que poderiam competir com as nacionais, incentivando o desenvolvimento industrial. É importante destacar que o café permitiu a acumulação de capitais que serviram para implantar toda a infraestrutura necessária ao impulso da atividade
  • 7. 6 industrial. Os barões do café, que residiam nos centros urbanos, sobretudo na cidade de São Paulo, para cuidar da comercialização da produção nos bancos e investir na Bolsa de Valores, aplicavam enorme quantidade de capital no sistema financeiro, capital esse que ficou em parte disponível para a implantação de indústrias e infraestrutura. Todas as ferrovias, construídas com a finalidade principal de escoar a produção cafeeira para o porto de Santos, interligavam-se na capital paulista e constituíam um eficiente sistema de transporte. Havia também grande disponibilidade de mão de obra imigrante que foi liberada dos cafezais pela crise ou que já residia nas cidades, além de significativa produção de energia elétrica. Além desses fatores, o colapso econômico mundial causou a diminuição da entrada de mercadorias estrangeiras, que poderiam competir com as nacionais. A associação desses fatores constituiu a semente do processo de industrialização, que passou a germinar notadamente na cidade de São Paulo, onde havia maior disponibilidade de capitais, trabalhadores qualificados e a infraestrutura básica a que nos referimos. Regiões dos estados do Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Minas Gerais também intensificaram seus processos de industrialização. Na instalação de novas indústrias predominava, com raras exceções, o capital de origem nacional, acumulado nas atividades agroexportadoras. A política industrial comandada pelo governo federal era a de substituir as importações, visando à obtenção de um superavit cada vez maior na balança comercial* e no balanço de pagamentos, para permitir um aumento nos investimentos nos setores de energia e transportes. 2 O GOVERNO VARGAS E A POLÍTICA DE “SUBSTITUIÇÃO DE IMPORTAÇÕES” Getúlio Vargas, que governou o país pela primeira vez de 1930 a 1945, foi o presidente empossado pela Revolução de 1930, de cunho modernizador. Até então, o mundo capitalista acreditava no liberalismo econômico, ou seja, que as forças do mercado deveriam agir livremente para promover maior desenvolvimento e crescimento econômico. Com a crise, iniciou- se um período em que o Estado
  • 8. 7 passou a intervir diretamente na economia para evitar novos sobressaltos do mercado. Essa prática de intervencionismo estatal na economia seguiu o modelo proposto pelo keynesianismo. De 1930 a 1956, a industrialização no país caracterizou- se por uma estratégia governamental de implantação de indústrias estatais nos setores de bens de produção e de infraestrutura: siderurgia (Companhia Siderúrgica Nacional – CSN), extração de petróleo e petroquímica (Petrobras) e bens de capital (Fábrica Nacional de Motores – FNM, que, além de caminhões e automóveis, fabricava máquinas e motores), e também da extração mineral (Companhia Vale do Rio Doce – CVRD) e da produção de energia hidrelétrica (Companhia Hidrelétrica do São Francisco – Chesf). A implantação desses setores industriais e de infraestrutura estratégica necessitava de investimento inicial muito elevado. Como essas atividades na época eram pouco atraentes ao capital privado, fosse ele nacional ou estrangeiro, porque o retorno do capital investido era muito lento, o Estado se incumbiu de realizar esses investimentos. Portanto, nesse período, a ação do Estado foi decisiva para impulsionar e diversificar os investimentos no parque industrial do país, combatendo os principais obstáculos ao crescimento econômico. Além de fornecer os bens de produção e os serviços de que os industriais privados necessitavam em suas indústrias de bens de consumo, o Estado os fornecia a preços mais baixos do que os cobrados pelas empresas privadas, fossem elas nacionais ou estrangeiras. Essa medida visava ao fortalecimento do parque industrial brasileiro. Era uma política fortemente nacionalista. Foram criados órgãos estatais de regulamentação da atividade econômica, encabeçados pelo Conselho Nacional de Economia (CNE); e indústrias em setores estratégicos. A intervenção estatal no setor de base da economia foi priorizada. Embora a expressão substituição de importações possa ser utilizada desde que a primeira fábrica foi instalada no país, permitindo substituir a importação de determinado produto, foi o governo Getúlio Vargas que iniciou a adoção de medidas fiscais e cambiais que caracterizaram uma política industrial voltada à produção interna de mercadorias que até então eram importadas.
  • 9. 8 As duas principais medidas adotadas foram a desvalorização da moeda nacional (réis até 1942 e, a seguir, cruzeiro) em relação ao dólar, o que tornava o produto importado mais caro (desestimulando as importações), e a implantação de leis e tributos que restringiam, e às vezes proibiam, a importação de bens de consumo e de produção que pudessem ser fabricados internamente. Em 1934, Getúlio Vargas promulgou uma nova constituição, que incluiu a regulamentação das relações de trabalho. Entre as principais medidas que beneficiaram o trabalhador figuravam a criação do salário mínimo, as férias anuais e o descanso semanal remunerado. Com essa atitude, que garantia o apoio da classe trabalhadora, e com o apoio das elites agrária e industrial, Vargas conseguiu aprovar uma nova constituição em 1937, que o manteve no poder como ditador até o fim da Segunda Guerra, em 1945, período que ficou conhecido como Estado Novo. Nessa época foram criados órgãos estatais de regulamentação da atividade econômica, encabeçados pelo Conselho Nacional de Economia (CNE) e por indústrias em setores estratégicos, visando combater os obstáculos ao crescimento econômico. A intervenção estatal no setor de base da economia (petroquímica, siderurgia, energia elétrica e indústria de cimento, por exemplo) foi priorizada. Juros, câmbio e tributos Você já ouviu falar em política monetária, política cambial, política fiscal? Conhece suas consequências para a indústria e outros setores econômicos? Por exemplo: • Quando o Banco Central aumenta as taxas de juros, a política monetária beneficia o setor bancário (que empresta dinheiro) e prejudica os setores agrícola e industrial (que contraem empréstimos). • Se o real se desvaloriza em relação ao dólar, a política cambial torna as mercadorias importadas mais caras, o que diminui a concorrência no mercado interno, e os exportadores recebem mais ao vender suas mercadorias. • Por meio da política fiscal, os governos podem manipular o sistema tributário e o volume de empréstimos de bancos oficiais para beneficiar algum setor da economia em detrimento dos demais, entre outras ações.
  • 10. 9 Graças a essa intervenção do Estado, houve grande crescimento da produção industrial, com exceção do período da Segunda Guerra. Durante os seis anos desse conflito armado, em razão da carência de indústrias de base e das dificuldades de importação, o crescimento industrial brasileiro foi de 5,4%, uma média inferior a 1% ao ano. A atuação do Estado revelou-se, então, importante para estimular a produção industrial. Observe na tabela ao lado que houve significativo crescimento na produção interna em diversos setores que sofreram restrições durante a guerra, mas o setor de transportes, cuja expansão não poderia ocorrer sem a importação de veículos, máquinas e equipamentos, sofreu forte redução. 3 O GOVERNO DUTRA (1946-1951) Graças à afinidade ideológica de Getúlio Vargas com o nazifascismo, que foi derrotado na Segunda Guerra, as oposições liberais se fortaleceram e, em 1945, o presidente foi deposto. Vargas retornou ao poder em 1951, dessa vez eleito pelo povo. Com sua saída, assumiu a Presidência o general Eurico Gaspar Dutra, em 1946, que instituiu o Plano Salte, destinando investimentos aos setores de saúde, alimentação, transportes, energia e educação. Até 1950, quando terminou seu mandato, o Brasil passou por grande incremento da capacidade produtiva. Durante a Segunda Guerra, o país exportou diversos produtos agrícolas, industriais e minerais para os países europeus em conflito, obtendo enorme saldo positivo na balança comercial. Esse saldo, porém, foi utilizado no decorrer do governo Dutra, com a importação de máquinas e equipamentos para as indústrias têxteis e mecânicas, o reequipamento do sistema de transportes e o incremento da extração de minerais metálicos, não metálicos e energéticos. Além disso, houve forte mudança na política econômica do país com a abertura à importação de bens de consumo, o que contrariava os interesses da indústria nacional. Os empresários nacionais defendiam a reserva de mercado, isto
  • 11. 10 é, que o governo adotasse medidas que tornassem as mercadorias importadas mais caras ou mesmo proibissem sua entrada no país. Boa parte das reservas cambiais acumuladas ao longo da Segunda Guerra foi utilizada na importação de cremes dentais, geladeiras, chocolates, brinquedos, artigos decorativos e muitos outros produtos que agradavam à classe média. Ao utilizar as reservas, essa mudança obrigou o governo a desvalorizar o cruzeiro em relação ao dólar e emitir papel-moeda, o que provocou inflação e consequente queda de poder aquisitivo dos salários. 4 O RETORNO DE GETÚLIO E DA POLÍTICA NACIONALISTA Ao retornar à Presidência em 1951, eleito pelo povo, Getúlio Vargas retomou seu projeto nacionalista: passou a investir em setores que deram suporte e impulsionaram o crescimento econômico – sistemas de transportes, comunicações, produção de energia elétrica e petróleo – e restringiu a importação de bens de consumo. Apoiado por um grande movimento nacionalista popular, Getúlio dedicou- se à criação da Petrobras (1953) e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES (1952). No confronto entre os getulistas, defensores da política nacional- desenvolvimentista, e os defensores da fórmula neoliberal, que preferiam promover a abertura da economia aos produtos e capitais estrangeiros, o projeto de Getúlio acabou sendo derrotado. Os liberais argumentavam que, com a economia fechada, a modernização e a expansão do parque industrial nacional ficavam dependentes do resultado da exportação de produtos primários. Qualquer crise ou queda de preço desses produtos, particularmente do café, resultava em crise na modernização e expansão do parque industrial.
  • 12. 11 5 JUSCELINO KUBITSCHEK E O PLANO DE METAS Durante o governo de Juscelino Kubitschek (1956- -1961), houve um grande crescimento econômico em consequência da implantação do chamado Plano de Metas. Tratava-se de um amplo programa de desenvolvimento que previa maciços investimentos estatais em diversos setores da economia – agricultura, saúde, educação, energia, transportes, mineração e construção civil –, tornando o Brasil um país atraente aos investimentos estrangeiros. Embalado por uma ideologia desenvolvimentista, o governo divulgava o objetivo de fazer o país crescer “50 anos em 5”, e buscava interiorizar a ocupação do território, integrando espaços com domínios naturais e ocupados pela agricultura e pecuária aos grandes centros urbano-industriais. Foi nessa época que a capital federal foi transferida do litoral para o interior com a construção de Brasília, inaugurada em 1960. Seu projeto urbanístico e a arquitetura materializaram a busca de modernização do país, que à época ainda era dominado por estruturas econômicas e políticas herdadas do período agrário-exportador. Na execução desse plano, 73% dos investimentos dirigiram-se aos setores de energia e transportes. Isso permitiu grande aumento da produção de hidroeletricidade e de carvão mineral, forneceu o impulso inicial ao programa nuclear, elevou a capacidade de prospecção e refino de petróleo, pavimentação e construção de rodovias (14 970 km), além de melhorias nas instalações e serviços portuários, aeroviários e reaparelhamento e construção de pequena extensão de ferrovias (827 km). Paralelamente, em virtude dos investimentos estatais em obras de infraestrutura e incentivos do governo, houve expressivo ingresso de capital estrangeiro, responsável por grande crescimento da produção industrial, principalmente nos setores automobilístico, químico-farmacêutico e de eletrodomésticos. O parque industrial brasileiro passou, assim, a contar com significativa produção de bens de consumo duráveis, o que sustentou e deu continuidade à política de substituição de importações. Ao longo do governo JK consolidou-se o tripé da produção industrial nacional, formado pelas indústrias:
  • 13. 12 • de bens de consumo não duráveis, que desde a segunda metade do século XIX já vinham sendo produzidos, com amplo predomínio do capital privado nacional; • de bens de produção e bens de capital, que contaram com investimento estatal nos governos de Getúlio Vargas; • de bens de consumo duráveis, com forte participação de capital estrangeiro, como vimos anteriormente. Entretanto, o sucesso do Plano de Metas resultou num significativo aumento da inflação e da dívida externa, contraída para financiar seus investimentos. Além disso, a opção pelo transporte rodoviário, sistema não recomendável em países territorialmente extensos como o nosso, marcou economicamente o Brasil de forma duradoura, diminuindo a competitividade dos produtos brasileiros no mercado internacional, com consequências até os dias atuais. A política do Plano de Metas acentuou a concentração do parque industrial na região Sudeste, agravando os contrastes regionais. Com isso, as migrações internas intensificaram-se, provocando o crescimento acelerado e desordenado dos grandes centros urbanos, principalmente São Paulo e Rio de Janeiro. Os problemas decorrentes da falta de planejamento urbano permanecem até hoje e também abrangem aglomerações urbanas que não abrigam grande parque industrial. A concentração do parque industrial no Sudeste determinou a implementação de uma política federal de planejamento econômico para o desenvolvimento das demais regiões. Em 1959, foi criada a Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), e, nos anos seguintes, dezenas de outros órgãos, como a Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia (Sudam), a Superintendência do Desenvolvimento do Centro-Oeste (Sudeco), a Superintendência de Desenvolvimento do Sul (Sudesul) e a Companhia do Desenvolvimento do Vale do São Francisco (Codevasf), entre outras que foram extintas ou transformadas em agências de desenvolvimento a partir do início da década de 1990.
  • 14. 13 6 O GOVERNO JOÃO GOULART E A TENTATIVA DE REFORMAS João Goulart, conhecido como Jango, exerceu o cargo de ministro do Trabalho de Getúlio Vargas e se elegeu duas vezes como vice-presidente, nos mandatos de JK e de Jânio Quadros. Na época, era permitido votar para presidente e vice de partidos ou coligações diferentes. No decorrer de seu governo, o Brasil passou por uma grande crise política, iniciada em 25 de agosto de 1961 com a renúncia do presidente Jânio, empossado poucos meses antes. A crise agravou-se com os problemas econômicos herdados do governo JK, como a dívida externa e, sobretudo, a inflação. A posse de Jango, em 25 de setembro de 1961, ocorreu após a instauração do parlamentarismo, que reduziu os poderes do chefe do Executivo (Presidente). Essa manobra política foi a solução encontrada para resolver uma crise institucional que abalava a unidade dos setores militares: os três ministros das Forças Armadas (Exército, Marinha e Aeronáutica) pressionavam o Congresso a votar pela desqualificação de Jango como presidente por motivos de “segurança nacional” (no contexto da Guerra Fria, uma forma de desqualificar um governante aos olhos dos setores conservadores da sociedade era tachá-lo de comunista). Contudo, vários comandantes regionais, encabeçados pelo III Exército (Rio Grande do Sul), defendiam a posse do vice-presidente para que a Constituição não fosse desrespeitada. Durante o período parlamentarista do governo João Goulart (até início de 1963), como o presidente não conseguiu estruturar uma diretriz de política econômica, houve aumento da inflação e do desemprego, e redução nas taxas de crescimento, problemas que haviam provocado várias greves em 1962. Nesse contexto, fortaleceu-se a posição dos que defendiam a realização de um plebiscito pelo qual a população poderia optar entre a continuidade do regime parlamentarista ou o retorno ao presidencialismo. Em 6 de janeiro de 1963, o retorno ao presidencialismo foi aprovado com 82% dos votos, o que conferiu amplos poderes ao presidente, permitindo-o encaminhar as reformas de base. Propunha-se uma ampla reforma dos sistemas tributário, bancário e eleitoral, a regulamentação dos investimentos estrangeiros e da remessa
  • 15. 14 de lucros ao exterior, além da reforma agrária e de maiores investimentos em educação e saúde. Tal política, de caráter claramente nacionalista, foi tachada de comunista pelos setores mais conservadores da sociedade civil e militar, criando as condições para o golpe militar de 31 de março de 1964. O que estava em jogo não era o embate entre socialismo e capitalismo, mas o papel que cabia ao Estado: investir preferencialmente no setor público (educação, saúde, habitação, infraestruturas urbana e agrária) ou em setores que beneficiavam as empresas privadas (como o de construção, sobretudo de usinas hidrelétricas e rodovias). A vitória, garantida pela força das armas, foi a dos que defendiam a segunda opção. A história desse período demonstra que o caminho adotado pelas forças conservadoras melhorou a vida de alguns em detrimento da maioria da população, fato revelado pela crescente concentração de renda ao longo do regime militar, que veremos a seguir. 7 O PERÍODO MILITAR Em 1º de abril de 1964, após um golpe de Estado que tirou João Goulart do poder, teve início no país o regime militar, com uma estrutura de governo ditatorial. O Brasil possuía o 43º PIB do mundo capitalista e uma dívida externa de 3,7 bilhões de dólares. Em 1985, ao término do regime, o Brasil apresentava o 9º PIB do mundo capitalista e sua dívida externa era de aproximadamente 95 bilhões de dólares, ou seja, crescemos muito, mas à custa de um pesado endividamento. O parque industrial cresceu de forma bastante significativa e a infraestrutura nos setores de energia, transportes e telecomunicações se modernizou. No entanto, embora os indicadores econômicos tenham evoluído positivamente, a desigualdade social aprofundou-se muito nesse período, concentrando a renda nos estratos mais ricos da sociedade. Segundo o IBGE e o Banco Mundial, em 1960, os 20% mais ricos da sociedade brasileira dispunham de 54% da renda nacional, em 1970 passaram a contar com 62%, e em 1989, com 67,5%. O trecho a seguir nos mostra uma consequência imediata do modelo econômico adotado pelos governos militares, que foi agravado pelo êxodo rural iniciado na década de 1950. “BRASIL Ame-o ou Deixe-o” Essa frase, de apelo nacionalista, foi utilizada pelos militares para intimidar os opositores do regime. Note que ela permite a seguinte interpretação: ame o país do jeito que está, sem críticas ou questionamentos, ou deixe-o. Condenar ao exílio quem criticava o regime era comum para governantes desse período ditatorial.
  • 16. 15 Entre 1968 e 1973, período conhecido como “milagre econômico”, a economia brasileira desenvolveu-se em ritmo acelerado. No gráfico ao lado é possível verificar o crescimento anual do PIB brasileiro entre 1967 e 1975. Esse ritmo de crescimento foi sustentado por investimentos governamentais que promoveram grande expansão na oferta de alguns serviços prestados por empresas estatais, como energia, transporte e telecomunicações. No entanto, várias obras tinham necessidade, rentabilidade ou eficiência questionáveis, como as rodovias Transamazônica e Perimetral Norte e o acordo nuclear entre Brasil e Alemanha. O setor de telecomunicações também foi beneficiado nesse período. Os investimentos nesse setor foram feitos graças à grande captação de recursos no exterior, o que elevou a dívida externa, pois boa parte desse capital foi investido em setores pouco rentáveis da economia. Como pagar a parcela da dívida contraída com a construção de rodovias na Amazônia? Outro aspecto importante na questão do crescimento econômico no período militar foi o dos investimentos externos. O capital estrangeiro penetrou em vários setores da economia, principalmente na extração de minerais metálicos (projetos Carajás, Trombetas e Jari), na expansão das áreas agrícolas (monoculturas de exportação), nas indústrias química e farmacêutica, e na fabricação de bens de capital (máquinas e equipamentos) utilizados pelas indústrias de bens de consumo. • Durante o período militar, a economia cresceu e o país se modernizou, mas algumas necessidades básicas da população, como o acesso à água no semiárido nordestino, continuaram se agravando. Como o aumento dos preços dos produtos (inflação) não era integralmente repassado aos salários, a taxa de lucro dos empresários foi ampliada com a diminuição do poder aquisitivo dos trabalhadores. Aumentava-se, assim, a taxa de reinvestimento dos lucros em setores que gerariam empregos principalmente para
  • 17. 16 os trabalhadores qualificados e exclui os pobres, o que deu continuidade ao processo histórico de concentração da renda nacional. Ficou famosa a frase do então ministro da Fazenda Delfim Netto, em resposta à inquietação dos trabalhadores ao ver seus salários arrochados: “É necessário fazer o bolo crescer para depois reparti-lo”. O bolo (a economia) cresceu – o Brasil chegou a ser a 9ª maior economia do mundo capitalista no início da década de 1980 (em 2012, segundo o Fundo Monetário Internacional, o Brasil era a 6a economia do mundo) – e, até hoje, a renda permanece concentrada (em 2009, segundo o Banco Mundial, os 10% mais ricos se apropriavam de 42,9% da renda nacional). Nesse contexto, as pessoas da classe média que tinham qualificação profissional viram seu poder de compra ampliado, quer pela elevação dos salários em cargos que exigiam formação técnica e superior, quer pela ampliação do sistema de crédito bancário, permitindo maior financiamento do consumo. Enquanto isso, os trabalhadores sem qualificação tiveram seu poder de compra diminuído e ainda foram prejudicados com a degradação dos serviços públicos, sobretudo os de educação e saúde. No final da década de 1970, os Estados Unidos promoveram a elevação das taxas de juros no mercado internacional, reduzindo os investimentos destinados aos países em desenvolvimento. Além de sentir essa redução, a economia brasileira teve de arcar com o pagamento crescente dos juros da dívida externa, contraída com taxas flutuantes. Diante dessa nova realidade, a saída imposta pelo governo para obter recursos que permitissem honrar os compromissos da dívida pode ser sintetizada na frase: “Exportar é o que importa”. Porém, como tornar os produtos brasileiros internacionalmente competitivos? Tanto em qualidade como em preço, as mercadorias produzidas na época em um país em desenvolvimento como o Brasil, que quase não investia em tecnologia, enfrentavam grandes obstáculos. As soluções encontradas foram desastrosas para o mercado interno de consumo: • redução do poder de compra dos assalariados, conhecido como arrocho salarial;
  • 18. 17 • subsídios fiscais para exportação (cobrava-se menos imposto por um produto exportado que por um similar vendido no mercado interno); • negligência com o meio ambiente, levando ao aumento de diversas formas de poluição, erosão e de outras agressões ao meio natural; • desvalorização cambial: a valorização do dólar em relação ao cruzeiro (moeda da época) facilitava as exportações e dificultava as importações; • diminuição do poder aquisitivo das famílias para combater o aumento dos preços. Essas medidas, adotadas em conjunto, favoreceram a venda de produtos no mercado externo, mas prejudicaram o mercado interno, reduzindo o poder de compra do brasileiro. Assim se explica o aparente paradoxo: a economia cresce, mas o povo empobrece. Na busca de um maior superavit na balança comercial, o governo aumentou os impostos de importação não apenas para bens de consumo, como também para os bens de capital e bens intermediários. A consequência dessa medida foi a redução da competitividade do parque industrial brasileiro frente ao exterior ao longo dos anos 1980. Os industriais não tinham capacidade financeira para importar novas máquinas e, por causa da falta de competição com produtos importados, não havia incentivos à busca de maior produtividade e qualidade dos produtos. Com isso, as indústrias, com raras exceções, foram perdendo competitividade no mercado internacional e as mercadorias comercializadas internamente tornaram-se caras e tecnologicamente defasadas em relação às estrangeiras. Os efeitos sociais dessa política econômica se agravaram com a crise mundial, que se iniciou em 1979. As taxas de juros da dívida externa atingiram, em 1982, o recorde histórico de 14% ao ano. A partir de então, a economia brasileira passou por um período em que se alternavam anos de recessão e outros de baixo crescimento. Isso se arrastou por toda a década de 1980 e início da de 1990, período que se caracterizou pela chamada ciranda financeira: o governo emitia títulos públicos para captar o dinheiro depositado pela população nos bancos. Como as taxas de juros oferecidas internamente eram muito altas, muitos empresários deixavam de investir no setor produtivo – o que geraria empregos e estimularia a
  • 19. 18 economia aumentando o PIB – para investir no mercado financeiro. Na época, essa “ciranda” criava a necessidade de emissão de moeda em excesso, o que elevou os índices de inflação. Outro aspecto negativo da política econômica do período militar merece destaque: se as medidas adotadas tinham como objetivo o crescimento do PIB a qualquer custo, o que fazer com as empresas ineficientes, à beira da falência? A solução encontrada para esse problema foi a estatização. O Estado brasileiro adquiriu empresas em quase todos os setores da economia utilizando recursos públicos, em parte acumulados com o pagamento de impostos por toda a população. O crescimento da participação do Estado na economia, de 1964 a 1985, foi muito grande (veja o gráfico da página ao lado). Em 1985, cerca de 20% do PIB era produzido em empresas estatais, enquanto os serviços tradicionalmente públicos, como saúde e educação, estavam se deteriorando por causa da falta de recursos, que eram redirecionados dos setores sociais para os produtivos. O período dos governos militares no Brasil caracterizou- se pela apropriação do poder público por agentes que desviaram os interesses do Estado para as necessidades empresariais. As carências da população ficaram em segundo plano; as prioridades foram o crescimento do PIB e o aumento do superavit na balança comercial. O objetivo de qualquer governo é o de aumentar a produção econômica. O problema é saber como atingi-lo sem comprometer os investimentos em serviços públicos, que possibilitam a melhoria da qualidade de vida das pessoas. Apesar do exposto, durante o período do regime militar, o processo de industrialização e de urbanização continuou avançando, resultando em significativa melhora nos índices de natalidade e mortalidade, que registraram queda, além do aumento da expectativa de vida. A interpretação desse fato deve levar em conta o intenso êxodo rural, já que nas cidades aumentou o acesso a saneamento básico e atendimento médico-hospitalar, bem como a remédios e programas de vacinação em postos de saúde, e o fato de que muitos migrantes conseguiram melhorar a qualidade de vida nos centros urbanos. O fim do período militar ocorreu em 1985, depois de várias manifestações populares a favor das eleições diretas para presidente da República. Os problemas
  • 20. 19 econômicos herdados do regime militar foram agravados no governo que se seguiu, o de José Sarney, e só foram enfrentados efetivamente nos anos 1990. 8 O PLANO REAL Em junho de 1994, a moeda brasileira passou a ser o real. A mudança da moeda era parte de um plano econômico mais amplo, cujo objetivo era combater a inflação e estabilizar a economia brasileira. Por um lado, o plano real valorizou a moeda brasileira em relação ao dólar, facilitando as importações aumentando a oferta de produtos no mercado e provocando a queda da inflação. Os juros altos também contribuíram para isso, na medida em que deixavam o crédito caro. Por outro lado, essa política econômica adotada até os primeiros anos do século XXI ocasionou a elevação da dívida externa e interna, dificultou a exportação e provocou déficit crescente na balança comercial e no balanço de pagamentos. Diante disso, a indústria brasileira ficou mais dependente da importação de bens (insumos) para produção de mercadorias, de máquinas e equipamentos utilizados na produção industrial e de outros produtos industrializado. A abertura econômica e as privatizações, além de própria modernização tecnológica, causaram impacto de nível de emprego industrial, que, no decorrer dos anos 1990 e na virada do século, apresentou um ritmo de crescimento mui baixo. 9 INDUSTRIALIZAÇÃO NOS DIAS DE HOJE Nos anos 70, 80 e 90, a indústria no Brasil continuou a crescer, embora tenha estagnado em certos momentos de crise econômica. A década de 80, por exemplo, ficou conhecida como a "década perdida" para a economia brasileira devido a retração econômica da indústria. O cenário mudou e, estabilizada, a base industrial atual do país produz diversos produtos: automóveis, máquinas, roupas, aviões, equipamentos, produtos alimentícios industrializados, eletrodomésticos, e muitos outros. Embora seja auto- suficiente na maioria dos setores, a indústria brasileira ainda é dependente de tecnologia externa em campos como a informática. Além disso, o parque industrial brasileiro continua concentrado sobretudo nos estados do Centro-Sul e nas regiões metropolitanas, embora a dispersão da infra-estrutura de transportes, energia e
  • 21. 20 comunicação tem a dispersado espacialmente nas últimas décadas para diversas outras regiões, inclusive no interior dos estados. Os esforços do passado criaram uma intensificação na indústria brasileira que possui um enorme e variado parque industrial produzindo bens de consumo e até mesmo tecnologia de ponta. Após diversas crises econômicas, o país é hoje um dos mais industrializados do mundo e ocupa o décimo quinto lugar em escala global nesse segmento. Na primeira década do século XXI, a privatização de empresas estatais nas áreas de mineração, bancária e de telecomunicações foi uma característica marcante na economia brasileira. A industrialização brasileira ainda não ocorre de maneira homogênea, portanto certas regiões são densamente industrializadas, enquanto outras são totalmente desprovidas desse tipo de atividade econômica. Apesar de diversos problemas sociais, costumeiramente relacionados à maneira da industrialização no país, o Brasil vem ocupando um lugar de destaque no cenário econômico e industrial internacional. A maior concentração de indústrias brasileiras está situada na Região Sudeste, principalmente em São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, estados onde o processo de industrialização teve início. Os estados citados detêm parques industriais modernos e diversificados que atuam com maior destaque na produção de produtos químicos, além da indústria automobilística e tecnologia de ponta. Outra região que ocupa grande destaque no cenário nacional é a Região Sul. Segundo lugar em industrialização, essa porção do país desenvolve indústrias que atuam especialmente no beneficiamento de produtos primários, atividade denominada de agroindústria, que desempenha um importante papel na economia nacional. A Região Sul sobressai também na produção de peças e metalurgia. No Nordeste, a base industrial encontra-se vinculada a produtos tradicionais, como a produção têxtil, de álcool e açúcar. Entretanto, recentemente o parque
  • 22. 21 industrial dessa região tem ingressado em um processo de modernização e diversificação da indústria. O Norte e o Centro-Oeste são as regiões de menor expressão no setor industrial do país, pois se encontram limitados à agroindústria e ao extrativismo. Nos últimos anos, a economia brasileira ficou marcada pela privatização das empresas estatais nas áreas de mineração, bancária e telecomunicações. Apesar de o Brasil enfrentar diversos problemas sociais, o país está desenvolvendo e ocupando um lugar de destaque no cenário internacional.
  • 23. 22 10 CONCLUSÃO Como podemos notar, esse trabalho nos levar a dois principais aspectos, que são o processo de industrialização brasileira e participação do governo em seu desenvolvimento. Podemos concluir que durante o início do processo de formação das indústrias, o Brasil teve como sua principal “financiadora” a cafeicultura, que na época era muito valorizada, no que gerou capital para o país e foi convertido em indústrias. Também é importante destacar que durante a 1ª Guerra Mundial, houve uma grande diminuição entrada de mercadorias estrangeiras, com isso o Brasil foi meio que obrigado a produzir as suas próprias, essa foi uma das maneiras de impulsionar a formação de indústrias. Após essa fase o Brasil inicia um novo caminho para sua economia, que inicialmente começa com Getúlio Vargas onde implantou indústrias estatais como a produção de energia, fabricação de motores e extração de petróleo entre outras e favorecendo os trabalhadores com vários benefícios e um deles foi o salário mínimo. Em seguida se destaca o presidente Eurico Gaspar Dutra que em seu governo consegue exportar diversos produtos agrícolas e minerais para países que estavam envolvidos na 2ª Guerra mundial. Posteriormente, Vargas retorna ao governo e passa a investir em diversos setores como os de transporte, cominação e produção de energia e petróleo, no qual boa parte de seu governo foi dedicada a Petrobras. Logo após, o presidente JK faz um enorme investimento em várias áreas, para que o Brasil se tornasse um país atraente para futuros investimentos estrangeiros, mas infelizmente o sucesso do plano de metas resultou em um aumente significativo da inflação e da divida externa. Dentro de uma crise o Brasil entra em período conturbado de sua história que se inicia no governo de João Goulart até o regime militar, onde a economia cresce, mas a desigualdade se agrava levando ao êxodo rural, os trabalhadores sofreram com o arrocho salarial. Hoje muitas coisas mudaram, o país agora produz: automóveis, motores, roupas, aviões entre outros. Agora o problema é a má distribuição de indústrias onde só o estado de São Paulo abriga 40% da produção industrial do Brasil.
  • 24. 23 11 REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS Livro, TERRITÓRIO E SOCIEDADE NO MUNDO GLOBALIZADO, Elian Alabi Lucci/Anselmo Lazaro Branco/Cláudio Mendonça, São Paulo, 2013. Livro, GEOGRAFIA GERAL E DO BRASIL ESPAÇO GEOGRÁFICO E GLOBALIZAÇÃO, Eustáquio de Sene/João Carlos Moreira, São Paulo, 2013. http://www.brasilescola.com/brasil/a-industria-contemporanea-no-brasil.htm http://www.mundoeducacao.com/geografia/a-industrializacao-brasileira.htm