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INTRODUÇÃO
Histórico
• Vírus linfotrópicos de células T humanas;
• Variantes genotípicas :(HTLV-1,HTLV-2);
• Isolamento do HTLV-1por Poiez et al em 1980, nos Estados
Unidos;
• HTLV-2 por Kalynaram et. Al em 1982;
• Origem- trazido por imigrantes e escravos;
• No Brasil- imigrantes japoneses e escravos africanos
SUBTIPOS HTLV
HTLV-1
a
A
B
C
D
b
c
d
e
f
g
HTLV-2
a
b
Aspectos virológicos
Classificação:
• Família Retroviridae
• Subfamília Orthoviridae
• Gênero Deltaretrovirus
• Apresentam similaridade genética-65%
• HTLV I complicações graves,
• HTLV II não está associado a nenhuma patologia ou desarranjo
na homeostasia corporal
Estrutura:
• Composto por duas camadas lipídicas
• Partícula viral de 100 nm, arredondada
• Material genético :2 fitas de RNA
• Capsídeo apresenta forma icosaédrica
• Genoma apresenta estrutura similar aos demais retrovírus
Fonte: Adaptado de Verdonck et. Al 2007. Representação esquemática da organização genômica do HTV 1
Período de incubação
• Longo;
• Não se está completamente elucidado a forma como o vírus
age no intuito de conter ataques do sistema imunológico;
• Permanecendo assintomático
• Pouco menos se sabe sobre qual fator acionaria o gatilho para
o início do desenvolvimento das doenças a que o HTLV está
associado.
EPIDEMIOLOGIA
DISTIBUIÇÃO GEOGRÁFICAE ASPECTOS
DEMOGRÁFICOS
• HTLV-1:
• Distribuição mundial;
• Estima-se que 10 a 20 milhões de pessoas em todo o
mundo vivam com o vírus;
• E que o Brasil é o país com o maior número absoluto de
infectados, cerca de 2,5 milhões de pessoas.
Tratado de Infectologia 5ªEd.2015.
DISTIBUIÇÃO GEOGRÁFICAE ASPECTOS
DEMOGRÁFICOS
• HTLV-1:
Tratado de Infectologia 5ªEd.2015.
DISTIBUIÇÃO GEOGRÁFICA E
ASPÉCTOS DEMOGRÁFICOS
• HTLV-1:
YAMASHIRO.Juliana. Eficácia dos Medicamentos Imunomoduladores no tratamenoto da mielopatia associada ao
HTLV – 1 Paraparecia Espática Tropicial (HAMTSP): uma revisão sitemmática. São Paulo. 2013..
DISTIBUIÇÃO GEOGRÁFICAE ASPECTOS
DEMOGRÁFICOS
• HTLV-2:
• É encontrado fundamentalmente entre populações
indígenas;
• Nativas das Américas do Norte, Central e do Sul;
• Em tribos de pigmeus africanos, no antigo Zaire e em
Camarões.
• Também encontrado significamente entre usuários de
drogas endovenosas:
• América do Norte e Sul, Europa e Ásia (Vietinã).
Tratado de Infectologia 5ªEd.2015.
EPIDEMIOLOGIA
HTLV-1 E HTLV-2 NO BRASIL
• Primeira descrição:
• HTLV-1: Em 1986, em estudo com imigrantes japoneses;
• 13% de individuos japoneses;
• 8% nos descendentes.
• HTLV-2: Em 1992, analisaram soro congelado coletado em 1972
investigando a presença de anticorpos nos indígenas isolados
(tribos Kaiapós e Kraho) do Pará;
• 33,3% de positividade.
Tratado de Infectologia 5ªEd.2015.
HTLV-1 E HTLV-2 NO BRASIL
Tratado de Infectologia 5ªEd.2015.
TRANSMISSÃO E
FATORES DE RISCO
Tratado de Infectologia 5ªEd.2015.
• HTLV-1, HTLV-2 e HIV apresentam as mesmas formas de
transmissão;
• resultando em fatores comuns de risco e em sobreposição de
populações expostas.
• Entretanto, a transmissão do HTLV-1 e do HTLV-2 ocorre de
maneira menos eficiente que a do HIV;
• Pelo fato de estar primariamente associada à veiculação
inter-humana de células infectadas, e não de partículas
virais livres.
Tratado de Infectologia 5ªEd.2015.
• Transmissão vertical:
• Amamentação;
• Via transplacentária.
• Transmissão sexual:
• Profissionais do sexo;
• Homens que fazem sexo com homens;
• Pacientes de ambulatório de ISTs;
• Nas relações heterossexuais:
• Mulheres mais suscetíveis que os homens.
• Transmissão sanguínea:
• Transfusão de hemocomponentes celulares;
• Compartilhamento de seringas.
FISIOPATOLOGIA
Classificação semelhante;
Possuem forma de atuação distinta  associados a patologias
diferentes:
• HTLV-I  complicações graves;
• HTLV-II não está frequentemente associado a nenhuma
patologia ou desarranjo na homeostasia corporal.
Os linfócitos T CD4+ e T CD8+ são hospedeiros preferenciais
do HTLV I e II, porém, o linfócito T CD4+ é o hospedeiro
primário do HTLV-I;
HTLV possui tropismo por linfócitos T;
A fixação do vírus a membrana da célula hospedeira é o ponto
de partida da infecção.
O vírus passa a produzir, utilizando a maquinaria da célula,
proteínas do futuro envelope viral, que irão facilitar o processo
de interação patógeno-hospedeiro da nova partícula viral
• glicoproteína gp41 fixação na célula hospedeira
• glicoproteína gp21 penetração do respectivo vírus.
HTLV
Replicação: enzima transcriptase
reversa, protease e integrase.
Novas partículas virais
Infectam novas
células
Início  novo ciclo
A principal característica da infecção por HTLV é a sua
perenidade.
O vírus desenvolve-se de forma a não prejudicar o infectado
(perdura de forma assintomática )e indetectável pelo sistema
imune por anos, décadas e, em alguns casos, por toda a vida
do hospedeiro.
HTLV-I  polarização celular e formação de uma estrutura
proteica interação e disseminação via célula-célula 
infectando células sadias  sinapse viral.
Estudos de investigação da patogenicidade do HTLV
revelaram sua associação com diversas doenças inflamatórias
e degenerativas.
As alterações na resposta imune, em decorrência da infecção
pelo vírus HTLV-I, aumentam consideravelmente o risco de
contrair doenças infecciosas, como a estrongiloidíase e
tuberculose.
MARTINS, et al.(2013) afirmam que “dos infectados pelo vírus,
cerca de 5 a 10% poderão desenvolver doenças incuráveis”.
Segundo PROIETTI, et al.(2002):
“Células T infectadas pelo HTLV possuem uma maior
capacidade de deslocamento para o interior do sistema nervoso
central, liberando citocinas e outras substâncias neurotóxicas
lesivas, ocasionando perda ou disfunção celular”.
ATENÇÃO: proteína Taxage
Por induzir o corpo a produzir altas taxas de complexo
principal de histocompatibilidade ou MHC, antígenos na
sinóvia e citocinas pró-inflamatórias, comprova-se a relação
intrínseca do HTLV-I com o desenvolvimento de auto-
imunidade e artropatia.
DIAGNÓSTICO
Identificação de anticorpos específicos por diversas técnicas
sorológicas:
• Infecção perene  anticorpos específicos  Infecção atual;
• Método seguro;
• Fácil execução;
• Reprodutibilidade;
• Baixo custo;
Identificação e amplificação de sequências genômicas
provirais em células mononucleares do sangue periférico por
técnicas moleculares:
• Reação de Cadeia de Polimerase(PCR):
Grande acurácia;
Padece a inexistência de reagentes comerciais com finalidade
diagnóstica;
Falta de padronização entre os protocolos;
“Padrão ouro” diagnóstico da infecção;
Isolamento viral em cultivo celular de linfócitos.
• Alta complexidade;
• Pouco utilizada;
• Apropriada para demonstração de atividade biológica e análise
ultraestrutural dos vírus em ME.
Diagnóstico Sorológico
São necessários dois tipos de testes para identificar a
presença de anticorpos específicos no soro e fluidos corpóreos
para estabelecer o diagnóstico da infecção.
Primeira fase: um teste de triagem (Alta sensibilidade;
Falsos-positivos);
Segunda fase: testes confirmatórios ( Geralmente alto custo)
As amostras reagente à triagem devem ser sequencialmente
submetidas a outros teste para confirmação diagnóstica.
Triagem sorológica:
• Método imunoenzimático(ELISA):
Técnica simples e sensível;
Uso mais corrente;
• Ensaio de aglutinação em Partículas(PA);
Segunda fase: Testes confirmatório.
• Ensaio de radioimunoprecipitação(RIPA):
Custo elevado;
Reação demorada;
Utiliza material radioativo;
• Reação de Imunofluorescência(IFA);
Baixo custo;
Possibilita a quantificação de anticorpos específicos;
Difícil padronização;
Análise subjetiva;
• Western blot(WB): capaz de discernir o tipo de HTLV envolvido
na infecção
ATENÇÃO!
PCR(diagnóstico qualitativo e quantitativo)resultados testes
confirmatórios iniciais  forma indeterminada, ambígua ou
imprecisa  testes confirmatórios de análise molecular
qualitativa e quantitativa de reação em cadeia de polimerase
(PCR).
Alta sensibilidade, especificidade;
Não depende da produção de anticorpos, já que investiga
diretamente o material genético do vírus.
HTLV – DOENÇAS ASSOCIADAS
Cerca de 5% de indivíduos infectados com o HTLV-1
desenvolve alguma doença relacionada ao vírus;
Os demais permanecerão assintomáticos;
 Apesar de assintomáticos, poderão infectar outras
pessoas.
Leucemia/linfoma de células T do adulto (LLcTA);
 Paraparesia espástica tropical/mielopatia associada
(HAM/TSP);
 Uveíte;
Dermatite infecciosa associada ao Htlv1 (DIH);
Pneumonite;
Polimiosite;
Artrite e Síndrome de Sjogren.
Há pouco tempo destacou-se a ocorrência de
manifestações Neurológicas;
Disfunção erétil;
Alteração urinária.
Demais manifestações, embora menos grave,
apresenta prejuízo na qualidade de vida.
Mesmo na ausência de quadro parético.
Ocorre de 1% a 5% dos portadores da infecção;
É uma doença neoplásica;
Linfoma dos linfócitos T maduro;
Apresenta-se partir da 4ª década de vida.
Leucemia/linfoma de células T do adulto
(LLcTA)
 Manifestações Clínicas
Forma aguda: Febre, dor abdominal, linfadenopatia
generalizada, infecções oportunistas, lesões de pele, lesões
ósseas líticas, hipercalcemia e o encontro de células
leucêmicas no sangue periférico;
 Prognóstico sombrio.
Manifestações Clínicas
• Forma crônica: Evolução arrastada, frequentemente
associada a leucocitose, forma indolente ou smoldering, que
se caracteriza por manifestações dermatológicas;
• Forma linfomatosa, de diagnóstico diferencial, difícil entre
linfomas não Hodgkin de células T.
Paraparesia espástica tropical/mielopatia
associada(HAM/TSP)
• Doença desmielinizante do SNC;
• Evolução crônica e progressiva;
• Mais frequente em mulheres;
• Raramente antes dos 20 ou após os 70 anos.
Manifestações Clínicas
• Dor lombar;
• Distúrbios da marcha, causado por espasticidade e paresia de
uma ou ambas as pernas;
• Associados a manifestações sensoriais parestésicas e reflexos
motores exacerbados nos MMII.
Manifestações Clínicas
 Manifestações Clínicas
• Comum distúrbios esfincterianos urinários, e impotência
sexual nos homens;
• Ataxia eventualmente é observada;
• Evolução insidiosa e lentamente progressiva;
• Pode levar o a restrição a cadeira de rodas,após alguns
anos.
Uveítes
Prevalência estimada: 40% no Brasil;
Infecções oportunistas infiltração de células neoplásicas
no olho;
Pessoas com LLcTA e ceratoconjuntivite seca;
Imagens:Google imagens
Manifestações Clínicas
• Visão embaçada;
• Algia;
• Queimação;
• Prurido;
• Sensação de corpo estranho;
• Opacidade vítrea;
HTVL II
Embora papel patogênico não tenha sido definitivamente
caracterizada, evidências recentemente acumuladas sugerem existir
potencial em causar doença.
Não existem doenças claramente associadas ao HTLV-2. Estudos
recentes têm avaliado a possibilidade de doença neurológica
semelhante à HAM/TSP estar associada ao tipo 2.
Se distinguem pela presença concomitante de ataxia, e episódios de
polineuropatia. De predomínio sensitivo e de miopatia inflamatória.
Mesmas práticas de risco para a transmissão;
HTLV1 E HTLV2: Frequentemente encontrados entre
portadores de HIV;
Quando associada ao HTLV1,causa aceleração da história
natural da infecção;
Quando associada a HTLV2, observa-se bom prognóstico.
HTLV1 E HTLV2 - Associação com o HIV
Dermatite infecciosa associada ao HTLV1 (DIH)
Mais comum me crianças, geralmente na infância, após os 18
meses de vida, podendo persistir até a vida adulta;
Manifestações Clínicas :
• Surge como erupção eritemato-descamativa (couro cabeludo,
regiões retroauriculares e várias outras partes do corpo);
• Prurido;
Manifestações Clínicas :
• Apresentam lesões eritêmato-descamativas (fossas nasais)
• Lesões são crostosas e infectadas
• Pústulas
• Pápulas eritêmato-descamativas ou foliculares e fissuras
retroauriculares.
Imagens:Google imagens
Poliomiosite
Doença inflamatória que afeta o sistema muscular, provocando fraqueza
muscular, presença de blefaroconjuntivite, e lesões nas narinas com
ulcerações e crostas.
Manifestações clínicas:
• Aparecem de forma brusca/gradativamente;
• Miastenia (braços, quadris e coxas);
• Algia;
• Inflamação generalizada nas articulações e músculos;
• Disfagia;
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Síndrome de Sjogren
A Síndrome de Sjogren é uma doença autoimune;
Infiltração dos linfócitos T nas glândulas lágrimais e salivares;
Manifestações Clínicas
• Olhos secos sensação de queimação prurido (areia);
• Boca seca;
• Disfagia;
• Disfonia;
Imagens:Google imagens
Tratamento
Não evidências de intervenção terapêutica que propicie a cura;
Tratamento é sintomático;
Medicamentos usados para os sinais e sintomas: relaxantes
musculares, antiespasmódicos urinários e analgésicos.
Profilaxia
O(a) portador(a) do HTLV-I/II deve ser orientado a:
• Não doar sangue, sêmen ou órgãos;
• Não compartilhar agulhas ou seringas;
• Não amamentar (ou inativar o vírus presente no leite materno
através de pasteurização ou fervura);
• Usar preservativos nas relações sexuais.
Profilaxia
• Araújo THA. Desenvolvimento de um 3. banco de dados (HTLV-1
molecular EpidemiologyDatabase) para datamining e data management
de sequências do HTLV-1.[Dissertação de Mestrado]. Salvador:
Fundação Oswaldo Cruz, Centro de pesquisas Gonçalo Moniz, Curso de
Pós-Graduação em Biotecnologia em Saúde e Medicina Investigativa,
2012.
• Barmpas DBS, Monteiro DLM, 4. TaquetteSR,Trajano AJB, Raupp
RM,Miranda FRD etal.Infecção pelo HTLV-1/2 em gestantes brasileiras.
Revista HUPE, Rio de Janeiro, 2014;13 (3):80-87 / doi:
10.12957/rhupe.2014.12132 / v.13, n. 3, jul/set 2014.
• Martins ML, Romanelli LCF, Miranda AB, 13. Ribeiro MA, Brito ILA,
Fonseca FG et al. Infecção pelo HTLV-1/2: estratégias de diagnóstico e
estudo da evolução clínica e confecções associadas. Gerais: Revista de
Saúde Pública do SUS/MG Volume 1 • N˚ 1, 2013.
• Proietti ABFC, Ribas JGR, Catalan-Soares 21. BC, MartinsML, Brito-
Melo GEA, Filho OAM et al. Infecção e doença pelos vírus linfotrópicos
humanos de células T (HTLV-I/II) no Brasil. Revista da Sociedade
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Htlv

  • 2. Histórico • Vírus linfotrópicos de células T humanas; • Variantes genotípicas :(HTLV-1,HTLV-2); • Isolamento do HTLV-1por Poiez et al em 1980, nos Estados Unidos; • HTLV-2 por Kalynaram et. Al em 1982; • Origem- trazido por imigrantes e escravos; • No Brasil- imigrantes japoneses e escravos africanos
  • 4. Aspectos virológicos Classificação: • Família Retroviridae • Subfamília Orthoviridae • Gênero Deltaretrovirus • Apresentam similaridade genética-65% • HTLV I complicações graves, • HTLV II não está associado a nenhuma patologia ou desarranjo na homeostasia corporal
  • 5. Estrutura: • Composto por duas camadas lipídicas • Partícula viral de 100 nm, arredondada • Material genético :2 fitas de RNA • Capsídeo apresenta forma icosaédrica • Genoma apresenta estrutura similar aos demais retrovírus
  • 6. Fonte: Adaptado de Verdonck et. Al 2007. Representação esquemática da organização genômica do HTV 1
  • 7. Período de incubação • Longo; • Não se está completamente elucidado a forma como o vírus age no intuito de conter ataques do sistema imunológico; • Permanecendo assintomático • Pouco menos se sabe sobre qual fator acionaria o gatilho para o início do desenvolvimento das doenças a que o HTLV está associado.
  • 9. DISTIBUIÇÃO GEOGRÁFICAE ASPECTOS DEMOGRÁFICOS • HTLV-1: • Distribuição mundial; • Estima-se que 10 a 20 milhões de pessoas em todo o mundo vivam com o vírus; • E que o Brasil é o país com o maior número absoluto de infectados, cerca de 2,5 milhões de pessoas. Tratado de Infectologia 5ªEd.2015.
  • 10. DISTIBUIÇÃO GEOGRÁFICAE ASPECTOS DEMOGRÁFICOS • HTLV-1: Tratado de Infectologia 5ªEd.2015.
  • 11. DISTIBUIÇÃO GEOGRÁFICA E ASPÉCTOS DEMOGRÁFICOS • HTLV-1: YAMASHIRO.Juliana. Eficácia dos Medicamentos Imunomoduladores no tratamenoto da mielopatia associada ao HTLV – 1 Paraparecia Espática Tropicial (HAMTSP): uma revisão sitemmática. São Paulo. 2013..
  • 12. DISTIBUIÇÃO GEOGRÁFICAE ASPECTOS DEMOGRÁFICOS • HTLV-2: • É encontrado fundamentalmente entre populações indígenas; • Nativas das Américas do Norte, Central e do Sul; • Em tribos de pigmeus africanos, no antigo Zaire e em Camarões. • Também encontrado significamente entre usuários de drogas endovenosas: • América do Norte e Sul, Europa e Ásia (Vietinã). Tratado de Infectologia 5ªEd.2015.
  • 13. EPIDEMIOLOGIA HTLV-1 E HTLV-2 NO BRASIL • Primeira descrição: • HTLV-1: Em 1986, em estudo com imigrantes japoneses; • 13% de individuos japoneses; • 8% nos descendentes. • HTLV-2: Em 1992, analisaram soro congelado coletado em 1972 investigando a presença de anticorpos nos indígenas isolados (tribos Kaiapós e Kraho) do Pará; • 33,3% de positividade. Tratado de Infectologia 5ªEd.2015.
  • 14. HTLV-1 E HTLV-2 NO BRASIL Tratado de Infectologia 5ªEd.2015.
  • 16. Tratado de Infectologia 5ªEd.2015. • HTLV-1, HTLV-2 e HIV apresentam as mesmas formas de transmissão; • resultando em fatores comuns de risco e em sobreposição de populações expostas. • Entretanto, a transmissão do HTLV-1 e do HTLV-2 ocorre de maneira menos eficiente que a do HIV; • Pelo fato de estar primariamente associada à veiculação inter-humana de células infectadas, e não de partículas virais livres.
  • 17. Tratado de Infectologia 5ªEd.2015. • Transmissão vertical: • Amamentação; • Via transplacentária. • Transmissão sexual: • Profissionais do sexo; • Homens que fazem sexo com homens; • Pacientes de ambulatório de ISTs; • Nas relações heterossexuais: • Mulheres mais suscetíveis que os homens. • Transmissão sanguínea: • Transfusão de hemocomponentes celulares; • Compartilhamento de seringas.
  • 19. Classificação semelhante; Possuem forma de atuação distinta  associados a patologias diferentes: • HTLV-I  complicações graves; • HTLV-II não está frequentemente associado a nenhuma patologia ou desarranjo na homeostasia corporal.
  • 20. Os linfócitos T CD4+ e T CD8+ são hospedeiros preferenciais do HTLV I e II, porém, o linfócito T CD4+ é o hospedeiro primário do HTLV-I; HTLV possui tropismo por linfócitos T; A fixação do vírus a membrana da célula hospedeira é o ponto de partida da infecção. O vírus passa a produzir, utilizando a maquinaria da célula, proteínas do futuro envelope viral, que irão facilitar o processo de interação patógeno-hospedeiro da nova partícula viral • glicoproteína gp41 fixação na célula hospedeira • glicoproteína gp21 penetração do respectivo vírus.
  • 21. HTLV Replicação: enzima transcriptase reversa, protease e integrase. Novas partículas virais Infectam novas células Início  novo ciclo
  • 22.
  • 23. A principal característica da infecção por HTLV é a sua perenidade. O vírus desenvolve-se de forma a não prejudicar o infectado (perdura de forma assintomática )e indetectável pelo sistema imune por anos, décadas e, em alguns casos, por toda a vida do hospedeiro. HTLV-I  polarização celular e formação de uma estrutura proteica interação e disseminação via célula-célula  infectando células sadias  sinapse viral.
  • 24. Estudos de investigação da patogenicidade do HTLV revelaram sua associação com diversas doenças inflamatórias e degenerativas. As alterações na resposta imune, em decorrência da infecção pelo vírus HTLV-I, aumentam consideravelmente o risco de contrair doenças infecciosas, como a estrongiloidíase e tuberculose.
  • 25. MARTINS, et al.(2013) afirmam que “dos infectados pelo vírus, cerca de 5 a 10% poderão desenvolver doenças incuráveis”. Segundo PROIETTI, et al.(2002): “Células T infectadas pelo HTLV possuem uma maior capacidade de deslocamento para o interior do sistema nervoso central, liberando citocinas e outras substâncias neurotóxicas lesivas, ocasionando perda ou disfunção celular”. ATENÇÃO: proteína Taxage
  • 26. Por induzir o corpo a produzir altas taxas de complexo principal de histocompatibilidade ou MHC, antígenos na sinóvia e citocinas pró-inflamatórias, comprova-se a relação intrínseca do HTLV-I com o desenvolvimento de auto- imunidade e artropatia.
  • 27.
  • 29. Identificação de anticorpos específicos por diversas técnicas sorológicas: • Infecção perene  anticorpos específicos  Infecção atual; • Método seguro; • Fácil execução; • Reprodutibilidade; • Baixo custo;
  • 30. Identificação e amplificação de sequências genômicas provirais em células mononucleares do sangue periférico por técnicas moleculares: • Reação de Cadeia de Polimerase(PCR): Grande acurácia; Padece a inexistência de reagentes comerciais com finalidade diagnóstica; Falta de padronização entre os protocolos; “Padrão ouro” diagnóstico da infecção;
  • 31. Isolamento viral em cultivo celular de linfócitos. • Alta complexidade; • Pouco utilizada; • Apropriada para demonstração de atividade biológica e análise ultraestrutural dos vírus em ME.
  • 32. Diagnóstico Sorológico São necessários dois tipos de testes para identificar a presença de anticorpos específicos no soro e fluidos corpóreos para estabelecer o diagnóstico da infecção. Primeira fase: um teste de triagem (Alta sensibilidade; Falsos-positivos); Segunda fase: testes confirmatórios ( Geralmente alto custo) As amostras reagente à triagem devem ser sequencialmente submetidas a outros teste para confirmação diagnóstica.
  • 33. Triagem sorológica: • Método imunoenzimático(ELISA): Técnica simples e sensível; Uso mais corrente; • Ensaio de aglutinação em Partículas(PA);
  • 34. Segunda fase: Testes confirmatório. • Ensaio de radioimunoprecipitação(RIPA): Custo elevado; Reação demorada; Utiliza material radioativo; • Reação de Imunofluorescência(IFA); Baixo custo; Possibilita a quantificação de anticorpos específicos; Difícil padronização; Análise subjetiva; • Western blot(WB): capaz de discernir o tipo de HTLV envolvido na infecção
  • 35. ATENÇÃO! PCR(diagnóstico qualitativo e quantitativo)resultados testes confirmatórios iniciais  forma indeterminada, ambígua ou imprecisa  testes confirmatórios de análise molecular qualitativa e quantitativa de reação em cadeia de polimerase (PCR). Alta sensibilidade, especificidade; Não depende da produção de anticorpos, já que investiga diretamente o material genético do vírus.
  • 36.
  • 37. HTLV – DOENÇAS ASSOCIADAS
  • 38. Cerca de 5% de indivíduos infectados com o HTLV-1 desenvolve alguma doença relacionada ao vírus; Os demais permanecerão assintomáticos;  Apesar de assintomáticos, poderão infectar outras pessoas.
  • 39. Leucemia/linfoma de células T do adulto (LLcTA);  Paraparesia espástica tropical/mielopatia associada (HAM/TSP);  Uveíte; Dermatite infecciosa associada ao Htlv1 (DIH); Pneumonite; Polimiosite; Artrite e Síndrome de Sjogren.
  • 40. Há pouco tempo destacou-se a ocorrência de manifestações Neurológicas; Disfunção erétil; Alteração urinária. Demais manifestações, embora menos grave, apresenta prejuízo na qualidade de vida. Mesmo na ausência de quadro parético.
  • 41. Ocorre de 1% a 5% dos portadores da infecção; É uma doença neoplásica; Linfoma dos linfócitos T maduro; Apresenta-se partir da 4ª década de vida. Leucemia/linfoma de células T do adulto (LLcTA)
  • 42.  Manifestações Clínicas Forma aguda: Febre, dor abdominal, linfadenopatia generalizada, infecções oportunistas, lesões de pele, lesões ósseas líticas, hipercalcemia e o encontro de células leucêmicas no sangue periférico;  Prognóstico sombrio.
  • 43. Manifestações Clínicas • Forma crônica: Evolução arrastada, frequentemente associada a leucocitose, forma indolente ou smoldering, que se caracteriza por manifestações dermatológicas; • Forma linfomatosa, de diagnóstico diferencial, difícil entre linfomas não Hodgkin de células T.
  • 44. Paraparesia espástica tropical/mielopatia associada(HAM/TSP) • Doença desmielinizante do SNC; • Evolução crônica e progressiva; • Mais frequente em mulheres; • Raramente antes dos 20 ou após os 70 anos.
  • 45. Manifestações Clínicas • Dor lombar; • Distúrbios da marcha, causado por espasticidade e paresia de uma ou ambas as pernas; • Associados a manifestações sensoriais parestésicas e reflexos motores exacerbados nos MMII.
  • 47.  Manifestações Clínicas • Comum distúrbios esfincterianos urinários, e impotência sexual nos homens; • Ataxia eventualmente é observada; • Evolução insidiosa e lentamente progressiva; • Pode levar o a restrição a cadeira de rodas,após alguns anos.
  • 48. Uveítes Prevalência estimada: 40% no Brasil; Infecções oportunistas infiltração de células neoplásicas no olho; Pessoas com LLcTA e ceratoconjuntivite seca;
  • 50. Manifestações Clínicas • Visão embaçada; • Algia; • Queimação; • Prurido; • Sensação de corpo estranho; • Opacidade vítrea;
  • 51. HTVL II Embora papel patogênico não tenha sido definitivamente caracterizada, evidências recentemente acumuladas sugerem existir potencial em causar doença. Não existem doenças claramente associadas ao HTLV-2. Estudos recentes têm avaliado a possibilidade de doença neurológica semelhante à HAM/TSP estar associada ao tipo 2. Se distinguem pela presença concomitante de ataxia, e episódios de polineuropatia. De predomínio sensitivo e de miopatia inflamatória.
  • 52. Mesmas práticas de risco para a transmissão; HTLV1 E HTLV2: Frequentemente encontrados entre portadores de HIV; Quando associada ao HTLV1,causa aceleração da história natural da infecção; Quando associada a HTLV2, observa-se bom prognóstico. HTLV1 E HTLV2 - Associação com o HIV
  • 53. Dermatite infecciosa associada ao HTLV1 (DIH) Mais comum me crianças, geralmente na infância, após os 18 meses de vida, podendo persistir até a vida adulta; Manifestações Clínicas : • Surge como erupção eritemato-descamativa (couro cabeludo, regiões retroauriculares e várias outras partes do corpo); • Prurido;
  • 54. Manifestações Clínicas : • Apresentam lesões eritêmato-descamativas (fossas nasais) • Lesões são crostosas e infectadas • Pústulas • Pápulas eritêmato-descamativas ou foliculares e fissuras retroauriculares.
  • 56. Poliomiosite Doença inflamatória que afeta o sistema muscular, provocando fraqueza muscular, presença de blefaroconjuntivite, e lesões nas narinas com ulcerações e crostas. Manifestações clínicas: • Aparecem de forma brusca/gradativamente; • Miastenia (braços, quadris e coxas); • Algia; • Inflamação generalizada nas articulações e músculos; • Disfagia; • Hipertermia; • Fadiga • Emagrecimento.
  • 57. Síndrome de Sjogren A Síndrome de Sjogren é uma doença autoimune; Infiltração dos linfócitos T nas glândulas lágrimais e salivares; Manifestações Clínicas • Olhos secos sensação de queimação prurido (areia); • Boca seca; • Disfagia; • Disfonia;
  • 59. Tratamento Não evidências de intervenção terapêutica que propicie a cura; Tratamento é sintomático; Medicamentos usados para os sinais e sintomas: relaxantes musculares, antiespasmódicos urinários e analgésicos.
  • 60. Profilaxia O(a) portador(a) do HTLV-I/II deve ser orientado a: • Não doar sangue, sêmen ou órgãos; • Não compartilhar agulhas ou seringas; • Não amamentar (ou inativar o vírus presente no leite materno através de pasteurização ou fervura); • Usar preservativos nas relações sexuais.
  • 62. • Araújo THA. Desenvolvimento de um 3. banco de dados (HTLV-1 molecular EpidemiologyDatabase) para datamining e data management de sequências do HTLV-1.[Dissertação de Mestrado]. Salvador: Fundação Oswaldo Cruz, Centro de pesquisas Gonçalo Moniz, Curso de Pós-Graduação em Biotecnologia em Saúde e Medicina Investigativa, 2012. • Barmpas DBS, Monteiro DLM, 4. TaquetteSR,Trajano AJB, Raupp RM,Miranda FRD etal.Infecção pelo HTLV-1/2 em gestantes brasileiras. Revista HUPE, Rio de Janeiro, 2014;13 (3):80-87 / doi: 10.12957/rhupe.2014.12132 / v.13, n. 3, jul/set 2014. • Martins ML, Romanelli LCF, Miranda AB, 13. Ribeiro MA, Brito ILA, Fonseca FG et al. Infecção pelo HTLV-1/2: estratégias de diagnóstico e estudo da evolução clínica e confecções associadas. Gerais: Revista de Saúde Pública do SUS/MG Volume 1 • N˚ 1, 2013. • Proietti ABFC, Ribas JGR, Catalan-Soares 21. BC, MartinsML, Brito- Melo GEA, Filho OAM et al. Infecção e doença pelos vírus linfotrópicos humanos de células T (HTLV-I/II) no Brasil. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, 35(5): 499-508, set-out, 2002.