O documento descreve a hanseníase, uma doença infecciosa causada pelo bacilo de Hansen que afeta principalmente a pele e os nervos periféricos. A transmissão ocorre por via aérea e o período de incubação é de 2 a 7 anos. O diagnóstico é clínico e envolve avaliação dermatológica e neurológica. O tratamento é feito com poliquimioterapia por até 18 meses.
2. Descrição
Lepra, hanseníase, morfeia, mal de Hansen ou mal
de Lázaro
Doença infectocontagiosa, de evolução lenta, que se
manifesta principalmente através de sinais e
sintomas dermatoneurológicos: lesões na pele e nos
nervos periféricos, principalmente nos olhos, mãos e
pés.
Doença antiga (cerca de 4000 anos)
3. Epidemiologia
Bacilo de Hansen ou pelo Mycobacterium leprae
infectividade e patogenicidade
Homem como única fonte de infecção
Antroponose
4. Modo de transmissão
O contágio dá-se através de uma pessoa
doente, portadora do bacilo de Hansen, não
tratada, que o elimina para o meio
exterior, contagiando pessoas susceptíveis
Vias aéreas
Período de incubação de 2 a 7 anos
Relacionado as condições socioeconomicas
5. Classificação
Paucibacilares (PB): casos com até 5 lesões de pele
Não é suficiente para transmissão
Multibacilares (MB): casos com mais de 5 lesões de
pele
Principal fonte de infecção
9. Sinais e sintomas
neurológicos
A hanseníase manifesta-se, além de lesões na
pele, através de lesões nos nervos periféricos. São
elas:
Dor e espessamento dos nervos;
Perda de sensibilidade nas áreas inervadas por esses
nervos;
Perda de força nos músculos inervados por esses
nervos.
10. Diagnóstico
O roteiro de diagnóstico clínico constitui-se das
seguintes atividades:
Anamnese
avaliação dermatológica
avaliação neurológica
diagnostico dos estados reacionais
diagnostico diferencial
classificação do grau de incapacidade física
11. Anamnese
Obtenção da história clínica e epidemiológica;
Realizada conversando
Confiança entre indivíduo e profissional de saúde
Informações devidamente registradas
Atividades rotineiras do indivíduo;
12. Avaliação dermatológica
Identificar lesões de pele próprias da hanseníase
As áreas onde ocorrem com maior frequência são:
face, orelhas, nádegas, braços, pernas, costas e
mucosa nasal
Sensibilidade térmica, dolorosa e tátil
13. Pesquisa de
sensibilidade
Para realização da pesquisa de sensibilidade, são
necessárias algumas considerações:
Explicar ao paciente o exame a ser realizado
Concentração
Demonstrar a técnica
Ocluir, então, o campo de visão do paciente
Selecionar pontos a serem testados
Realizar teste em área próxima do específico
14. Avaliação neurológica
Basicamente por Observação dos principais nervos
periféricos:
Face
Braços
Pernas
Perda da capacidade de suar (anidrose);
Perda de pelos (alopecia);
Perda das sensibilidades térmica, dolorosa e tátil e a
paralisia muscular.
21. DIAGNÓSTICO
LABORATORIAL
Baciloscopia: Observação da presença de
Mycobacterium leprae em esfregaços de raspados
intradérmicos das lesões hansênicas
22. Classificações
Virchoniana
Progressão Lenta
Tuberculóide
Não identificada pela baciloscopia
Indeterminada
Estágio inicial e transitório (Típico em crianças)
Dimorfa
23. TRATAMENTO
Poliquimioterapia (PQT), é o conjunto
rifampicina, dapsona e clofazimina
Mata o baciolo e evita a resistência medicamentosa
Duração de até 18 meses
Poucos efeitos colaterais
Rubor de face e pescoço
Ressecamento da pele
Diminuição do apetite e náuseas
Anemia hemolítica