O documento discute a inclusão de pessoas com deficiência (PCD) na sociedade, identificando as principais dificuldades enfrentadas por PCDs, esclarecendo mitos e verdades, e destacando os direitos e responsabilidades das famílias e da sociedade no apoio a PCDs.
Cristina de Souza Fórum PCD apresentado na Semana de enfrentamento ao preconceito ao PCD em Nioaque-MS
1. A INCLUSÃO
“ A inclusão é um longo processo a
ser constituído, o importante é a
mudança de atitude com o papel
de transformar a sociedade
valorizando o ser humano”
Edinamar Aparecida de Oliveira
2. APAE “CENTRO DE EDUCAÇÃO ESPECIAL JOSÉ CORRAL MARTINS”
FÓRUM PCD
Profissional responsável: Cristina de Souza
Assistente Social
CRESS/MS 1499
NIOAQUE-MS
ABRIL-2010
3. ROTEIRO
TEMA;
OBJETIVOS
APRESENTAÇÃO;
IDENTIFICAÇÃO DAS PRINCIPAIS
DIFICULDADES;
VERDADES E MITOS;
CONCEITOS ESSENCIAIS;
O QUE TEMOS EM FAVOR DO PCD;
DIREITOS DAS PESSOAS COM
DEFICIÊNCIA;
TABELA 08 DO IBGE;
ACOMODAÇÕES DA FAMÍLIAS;
RESPONSABILIDADES DA FAMÍLIA;
FINALIZAÇÃO;
BIBLIOGRAFIA
4. FÓRUM PCD
TEMA: Atribuições da Sociedade e
Família em relação
aos PCDs e PNEs.
5. OBJETIVOS
Orientar a pais, familiares e profissionais em
geral quanto às suas
atribuições para com a sociedade, comunidade
e família, para a erradicação da exclusão,
discriminação e preconceito aos PCDs e PNEs.
6. APRESENTAÇÃO
As pessoas com
deficiência frequentemente
são vítimas de preconceito
e discriminação.
7. IDENTIFICAÇÃO DAS PRINCIPAIS DIFICULDADES
DIFICULDADES LOCOMOTORAS:
Pessoas que usam bengalas, muletas, cadeiras de rodas,
com membros inferiores mutilados, que usam algum tipo
de aparato ortopédico fixo ou provisório, mães com
crianças de colo, senhoras com sacolas, entre outras;
DIFICULDADES CORPORAIS:
Pessoas idosas, cardiopatas, reumáticas, portadoras de
mal de Chagas, Alzheimer, Parkinson, obesas,
extremamente baixas, ou de muita elevada estatura com
membros superiores lesados, gestantes após 6º mês e
convalescentes em geral;
8. DIFICULDADES SENSORIAIS:
Pessoa com perda de visão parcial, total ou problemas
clínicos como: graus elevados de astigmatismo,
hipermetropia, miopia, presbiopia, catarata, estrabismo,
daltonismo; com perda parcial ou total de audição, com
problemas clínicos nos tímpanos e no ouvido médio,
com problemas de fala total (mudas) ou parcial.
DIFICULDADES INTELECTUAIS/CULTURAIS:
Pessoas com diferentes graus de incapacidade mental.
Analfabetos ou sem domínio da língua;
9. Dificuldades de Aprendizagem
-Dislexia: é a dificuldade que aparece na leitura,
impedindo o aluno de ser fluente, pois faz trocas ou
omissões de letras, inverte sílabas, apresenta leitura lenta,
dá pulos de linhas ao ler um texto, etc.
Estudiosos afirmam que sua causa vem de fatores
genéticos, mas nada foi comprovado pela medicina.
- Disgrafia: normalmente vem associada à dislexia, porque
se o aluno faz trocas e inversões de letras
conseqüentemente encontra dificuldade na escrita. Além
disso, está associada a letras mal traçadas e ilegíveis,
letras muito próximas e desorganização ao produzir um
texto.
10. -Discalculia: é a dificuldade para cálculos e números, de
um modo geral os portadores não identificam os sinais das
quatro operações e não sabem usá-los, não entendem
enunciados de problemas, não conseguem quantificar ou
fazer comparações, não entendem seqüências lógicas e
outros. Esse problema é um dos mais sérios, porém ainda
pouco conhecido.
11. -Dislalia: é a dificuldade na emissão da fala, apresenta
pronúncia inadequada das palavras, com trocas de fonemas e
sons errados, tornando-as confusas. Manifesta-se mais em
pessoas com problemas no palato, flacidez na língua ou lábio
leporino.
-Disortografia: é a dificuldade na linguagem escrita e também
pode aparecer como conseqüência da dislexia. Suas principais
características são: troca de grafemas, desmotivação para
escrever, aglutinação ou separação indevida das palavras, falta
de percepção e compreensão dos sinais de pontuação e
acentuação.
12. TDAH: O Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade é
um problema de ordem neurológica, que trás consigo sinais
evidentes de inquietude, desatenção, falta de concentração e
impulsividade.
Hoje em dia é muito comum vermos crianças e adolescentes
sendo rotulados como DDA (Distúrbio de Déficit de Atenção),
porque apresentam alguma agitação, nervosismo e inquietação,
fatores que podem advir de causas emocionais.
É importante que esse diagnóstico seja feito por um médico e
outros profissionais capacitados.
13. DIFICULDADES GLOBAIS:
Pessoas que se utiliza de sua
condição normal, para excluir,
discriminar ou ignorar qualquer tipo de
dificuldade acima citada.
14. VERDADES E MITOS
Verdades:
•Deficiência não é doença; (deficiência é adquirida, e
doença é congênita);
•Algumas crianças portadoras com deficiências necessitam
de escolas especiais;
•As adaptações são recursos necessários para facilitar a
integração dos educandos com necessidades especiais na
escola. (Banheiros, bebedouros, carteiras escolares,
orelhões, comunicação, treinamento de docentes etc).
•Síndromes de origem genética não são contagiosas;
•O deficiente intelectual não é louco.
15. MITOS:
•Todo surdo é mudo:
•Todo cego têm tendência à música;
•Deficiência é fruto de herança familiar;
•Existem remédios milagrosos, que curam
deficiências;
•As pessoas com necessidades especiais são eternas
crianças;
•Todo deficiente mental é dependente.
16. CONCEITOS ESSENCIAIS
Fica adotada a terminologia PCD, PNE, descartando
definitivamente do linguajar comum e da mídia;
O PCD, PNE, não poderá ser vítima de discriminação, da
indiferença, nem do isolamento;
Fica esclarecido que deficiência nunca foi doença ou
incapacidade.
17. Todos são iguais é uma expressão que fica
definitivamente descartada por absoluta falta de
conexão com a realidade;
A PCD, não quer piedade, comiseração, abominando as
pejorativas imagens de “coitadinho” e do “desvalido
pela sorte”.
18. O QUE TEMOS EM FAVOR DO PCD
BPC – Lei 8.742 de 07/12/1993:
Em 07/12/1993, o governo Federal sancionou a
LOAS (Lei Orgânica da Assistência Social), que no
seu Art. 20 concede um salário mínimo à Pessoa com
Deficiência e ao Idoso com 65 anos ou mais que
incapacitada para a vida produtiva e independente,
onde a renda per capita seja igual ou inferior a ¼
do salário mínimo.
19. Passe Livre intermunicipal (SETASS): Transporte
gratuito para viagens dentro do Estado
Passe Livre interestadual (SUS e Ministério dos
Transportes): para viagens dentro do Estado
TFD passagem para acompanhantes no caso de
tratamento de saúde em qualquer lugar do país, ajuda
de custo para estadia e alimentação.
Casa da Saúde:
Fornecimento de órteses e próteses ortopédica e
oftalmológica de qualquer natureza, cadeiras de rodas;
Tratamentos ortodônticos, auditivo e
bucomaxilofacial pela FUNCRAF, Hospital
Universitário e U.F.M.S., CAMS e às Secretárias
Municipais;
20. Estatuto da Acessibilidade:
São os direitos e deveres do PCD estabelecidos em lei.
A Lei 10.048/2000 originou o Decreto 5.296/04, de
02/12/04 institui de 30 a 48 meses (isto é até 2.010) para
adequação e obriga os órgãos da administração direta e
indireta e empresas privadas a adequarem os seus
projetos imobiliários, edificações e mobiliários ao uso de
pessoas com deficiência.
A Lei Complementar 683 de 18/09/92 determina a
garantia de 5% dos cargos e empregos em concursos
públicos às pessoas com deficiências, nas empresas
privadas o percentual varia de 1 a 5% dependendo do
número de funcionários
21. DIREITOS DAS PESSOAS COM DE DEFICIÊNCIA
“Dados da ONU Organização das Nações Unidas estima
que uma em cada dez pessoas apresenta algum tipo de
deficiência, possuindo limitações funcionais, permanentes,
temporárias, totais, parciais, congênitas ou adquiridas.
Os indivíduos portadores de deficiência auditiva, física,
mental, visual ou múltipla necessitam de reabilitação por
meio de um conjunto de terapias e serviços que envolvem
atividades médicas, pedagógicas e sociais necessárias à
sua plena integração na sociedade.”
22. De acordo com o senso 2000 realizado pelo IBGE
temos um tabela com os seguintes dados:
Tabela 08
Estimativa com algum tipo de deficiência e Distribuição
Percentual por Região Brasileira.
Região
Total da
População
Estimativa de
Deficiência
%
Norte 15.359.608 2.262.470 14,73
Nordeste 53.591.197 9.003.321 16,80
Sudeste 80.915.332 10.559.450 13,06
Sul 16.804.990 2.406.474 14,32
Centro Oeste 13.895.375 1.931.457 13,90
Fonte: Página 20 do Plano Nacional de Assistência Social
23. ACOMODAÇÕES DA FAMÍLIA
A violação dos direitos, como uso indevido de
benefício estará sujeito à perda deste.
O abandono do incapaz, também o levará à
transferência do recurso para outro responsável.
24. Outro tipo de acomodações da família é de
pensar que as secretarias de Saúde,
Assistência Social, Educação, Igrejas e afins,
têm obrigação de oferecer estes tipos de
serviços.
25. Saibam que, apesar de direito
UNIVERSAL e EQUITATIVO
do cidadão, estes órgãos são de retaguarda, nada é de
graça, a demanda é muito alta e o recurso muito pouco e
tudo é muito caro e se não houver verba suficiente para isto
elas não funcionam.
26. Outra coisa que pede e enfatiza aos familiares, que
não é porque o serviço oferecido é de graça, que não
precisa de responsabilidade.
É preciso compromisso com os horários e respeitos
com os profissionais.
27. AS RESPONSABILIDADES DA FAMÍLIA
A família é responsável pelos seus entes, seja
criança, adolescente, idoso, PCD ou não e devem
prover os seus componentes.
Protegê-los e defendê-los.
Tais Programas federais, não são para o sustento
da família e sim para o auxílio do PCD, até que a
família saia da vulnerabilidade deixando de estar sob
risco social, e se auto promover
28. O custo de vida de um PCD é muito alto.
Uma das responsabilidades dos pais e familiares entre todas
as outras é a paciência, a tolerância, a perseverança, pois
não os PCDs e PNEs que se adequam ao nosso meio, é o
meio que se adequam a eles vivem devem ser propícios às
suas necessidades.
Além disso, devem ser cuidadosamente higienizados,
alimentados, medicados, muito bem cuidados, cada qual
levado ao seu tratamento em que foi submetido.
A família é a única e a maior referência na conquista
dos espaços.
O que se deve combater, é o preconceito de qualquer
natureza.
29. FINALIZAÇÃO
Os nossos PCDs ficarão gratos e
orgulhosos com a colaboração da família e se
sentirão felizes em saber que a família está
empenhada no seu processo de reabilitação
melhorando assim a sua auto-estima.
30. BIBLIOGRAFIA
POLÍTICA NACIONAL DEA ASSISTÊNCIA SOCIAL;
LEI ORGÂNICA DA ASSISTÊNCIA SOCIAL;
CADERNOS DE AÇÃO – TRABALHO COM FAMÍLIAS;
FAMÍLIA E SUAS NUANCES;
IR E VIR DIREITO DE TODOS;
ESTATUTO DA ACESSIBILIDADE;
GUIA DA CIDADANIA E DA COMUNIDADE DO ESTADO DE SP;
CONSTITUIÇÃO FEDERAL;
PAIS E DIRIGENTES, UMA PARCERIA EFICIENTE.
Jussara de Barros- Graduada em Pedagogia-Equipe Brasil
Escola