1. UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁHOSPITAL UNIVERSITÁRIO JOÃO DE BARROS BARRETORESIDÊNCIA MÉDICA EM PNEUMOLOGIA E TISIOLOGIA FISIOLOGIA RESPIRATÓRIA AULA 03 FLUXO SANGUÍNEO PULMONAR FLÁVIA MATOS R1 em PNEUMOLOGIA
2. Anatomia dos Vasos Pulmonares Os Vasos Sanguíneos são mais dilatados nas bases O leito capilar é mais rico nas bases
3. INTRODUÇÃO A circulaçãopulmonar tem as seguintesfunções: Recebertodo o débitocardíaco do VD paraoscapilarespulmonares sob baixapressão e nesseprocessorealizar a trocagasosaatravésdamembranaalvéolo-capilar Atuarcomoumafonte de produção, liberação e metabolização de mediadoreshumorais Servir de barreirapara o excesso de fluidos e solutos, mantendoassim o balançohidricopulmonar.
4. INTRODUÇÃO A morfologiadacirculaçãopulmonar é perfeitamenteadaptada a essasfunções. Aproximadamentetodo o débitocardíaco é levado a entraremcontato com o gás alveolar porcerca de 0,75 a 1 segundo. A pressão e o fluxosãoaltamentepulsáteisnacirculaçãopulmonar. A pulsatilidadereduz no decorrer do circuitopulmonar arterial, maspersiste no ladovenoso.
6. Pressões Dentro dos Vasos Pulmonares Emdecorrência dos baixosvalores de pressão arterial as diferenças de pressõeshidrostáticasdecorrentesdagravidade, resultamemdiferençassubstanciaisnapressão vascular do ápice à base do pulmão. Essasdiferençaspressóricasresultamemumadistribuiçãonãouniforme do sangue.
7. Circulação Pulmonar A pressão dentro dos capilares pulmonares varia consideravelmente em todo o pulmão em decorrências das variações hidrostáticas. Os capilares pulmonares são os únicos virtualmente cercados por gás. São susceptíveis de contrair-se ou distender-se, dependendo das pressões no interior e fora deles.
8. Circulação Pulmonar Influências da Pressão Hidrostática – Pressão Arterial: Média de 15 mmHg, porém é.. 10 mmHg maior nas base 10 mmHg menor no ápice 5 mmHg 15 mmHg 25 mmHg
9. Circulação Pulmonar Influências da Pressão Hidrostática – Pressão Venosa: Média de 5 mmHg, porém é.. 10 mmHg maior nas base 10 mmHg menor no ápice - 5 mmHg 5 mmHg 15 mmHg
13. Circulação Pulmonar x Circulação Sistêmica As paredes da artéria pulmonar e de seus ramos é muito fina e contem relativamente pouco músculo, sendo facilmente confundidas com veias. Na circulação sistêmica, as artérias apresentam paredes espessas e as arteríolas possuem quantidade abundante de músculo liso.
14. Pressões Dentro dos Vasos Pulmonares A pressão a qualoscapilarespulmonaressãoexpostos é bempróxima a pressão alveolar. A pressão efetiva em torno dos capilares é reduzida pela tensão superficial do líquido que reveste os alvéolos (surfactante). Quandoospulmãossãoexpandidos a partir de um volume inicialmuitobaixo, essapressãocaimuitoscentimetrosabaixodapressão alveolar emdecorrência dos efeitos de tensão de superfície. Durante a desinsuflação de um pulmãoquecontinha um alto volume, a pressãopericapilar é muitopróximadapressão alveolar. As artérias e veias aumentam o seu calibre conforme o pulmão se expande.
15. Pressões Dentro dos Vasos Pulmonares O comportamento dos capilares e dos vasos sanguíneos maiores é tão diferente que muitas vezes são referidos como vasos alveolares e extra-alveolares. Alveolar – todos os expostos à pressão alveolar. Seu calibre é determinado pela relação entre a pressão alveolar e a pressão dentro deles. Extra-alveolar: todas as artérias e veias que atravessam o parênquima pulmonar. Seu calibre é muito afetado pelo volume pulmonar, pois o que determina a expansão é a tração do parênquima em suas paredes.
19. Resistência Vascular Esta definição é semelhante à utilizada para a resistência elétrica, que é a diferença de voltagem através de um resistor dividida pela corrente. No entanto, enquanto a resistência de um resistor elétrico é independente da tensão em ambas as extremidades e da corrente no circuito, isso não ocorre com a resistência vascular pulmonar. Por exemplo, um aumento, tanto na pressão arterial pulmonar e pressão venosa pulmonar geralmente resulta em uma diminuição da resistência vascular pulmonar, pois gera um aumento da pressão capilar. Se o fluxo sanguíneo pulmonar é aumentada (por exemplo, aumento da pressão arterial pulmonar), a resistência vascular pulmonar geralmente diminui.
20. Relação Pressão e Fluxo A quedanaresistência vascular pulmonarajuda a limitar o trabalho do coraçãodireito sob condições de alto fluxosanguíneopulmonar. Ex: exercíciofísico (tanto a pressãovenosaquanto arterial pulmonaraumentam).
21. Resistência Vascular Outro determinante importante da resistência vascular pulmonar é o volume do pulmão. A resistência vascular é: Baixa em grandes volumes pulmonares Alta quando o volume pulmonar é baixo .
22. Resistência x Volume Pulmonar Conforme o o volume do pulmãoaumenta (partindo de valoresmuitobaixos) a resistência vascular tem umaquedainicial e entãoaumenta. O pulmãonormalmente opera próximo dos valoresmínimos de resistência vascular, ouseja, a capacidade residual funcional coincide com a baixaresistência vascular.
23. Resistência Vascular Embora a resistência vascular pulmonar normal seja extraordinariamente pequena, ela tem uma notável facilidade para se tornar ainda menor quando a pressão dentro de leito vascular aumenta. Um aumento, tanto na pressão pulmonar arterial quanto na venosa faz com que a resistência vascular pulmonar caia. Dois mecanismos são responsáveis por esse fenômeno: Recrutamento: Abertura de vasospreviamentefechados Distensão: Aumento no calibre dos vasos. (predominante)
25. Resistência Vascular Devido ao papel do músculo liso em determinar o calibre dos vasos extralveolares, as drogas que causam a contração muscular elevam a resistência vascular pulmonar: Exemplos: serotonina, a histamina e norepinefrina. Drogas que podem relaxar a musculatura lisa reduzem a resistência vascular: Exemplos: acetilcolina e isoproterenol.
26. Distribuição do Fluxo Sanguíneo O pulmão é divididoemtrêszonas de acordo com a magnitude relativa das pressõespulmonares arterial (Pa), alveolar (PA)e venosa(Pv).
27. Circulação Pulmonar – Zonas Pulmonares Zona 1: Ápice pulmonar AferiçõesrealizadasempulmõesisoladosmostrouquenãoháfluxosanguíneonaZona 1. Os capilarescolapsáveisfecham-se porque a pressãoexternaexcede a pressãointerna. PA > Pa > Pv
28. Circulação Pulmonar Zona 2: É a parte do pulmãonaqual a pressão arterial excede a pressão alveolar, sendoque a pressãopressão alveolar excede a presãovenosa (Pa >PA >Pv). Nessaregiãoosvasoscomportam-se comoresistores de Starling, ouseja, comotuboscolapsáveisenvoltosporumacâmara de pressão.
29. Resistor de Starling Sob essas condições, o fluxo é determinado pela diferença entre a pressão arterial e alveolar, e não pela diferença de pressão artério-venosa. TUBO FLEXÍVEL NO INTERIOR DE UMA CÂMARA DE GÁS Quando a pressãonacâmara é maiorque a pressãodajusante do tubo, o tuboflexívelcolapsaemsuajusante. E a pressãonessepontolimita o fluxo. Quando a pressão é menorgera o efeitocascata, onde o fluxo no tubotorna-se independentedapressão à jusante.
30. Circulação Pulmonar Zona 3: É a parte do pulmãonaqual a pressãovenosaexcede a pressão alveolar. A pressãotransmural dos capilaresaumenta e emdecorrênciadadistensibilidade dos vasossuaresistencia vascular diminuiconformechega as áreasmaisinferiores do pulmão. Cogita-se aindaquehajarecrutamento alveolar nessaregião, contribuindopara o aumento do fluxosanguíeo.
31. Controle Ativo da Circulação Observamosquefatorespassivosdominam a resistência vascular e a distribuição do fluxosanguíneonacirculaçãopulmonar sob condiçõesnormais. Todavia, umanotávelrespostaativaocorrequando a PO2 do gás alveolar estáreduzida. Essefenômeno é conhecidocomovasoconstriçãohipôxicapulmonar e consistenacontraçãodamusculaturalisa das paredes das pequenasarteriolasnaregião sob hipóxia. Mecanismo do fenômeno é desconhecido.
32. Controle Ativo da Circulação PADRÃO NÃO LINEAR Quando a PO2 alveolar na área é alterada para valores ainda acima de 100 mmHg a alteração no fluxo pulmonar é pequena. Todavia, quando a PO2 é reduzida a valores abaixo de 70 mmHg é redução do fluxo é acentuada e conforme esses valores reduzem o fluxo sanguíneo torna-se praticamente abolido.
33. Controle Ativo da Circulação O mecanismodavasoconstriçãopulmonarhipôxicapermaneceobscuro. Estudosrecentessugeremque a inibição de canais de voltagem de potássio e despolarização de membranapossamestarenvolvidos, levando a um aumentodaconcentração de íonscálcio no citoplasma. O aumento do cálciofuncionacomogatilhopara a contraçãodamusculaturalisa.
34. Controle Ativo da Circulação Outros contribuintes para mecanismo de Constrição hipôxica Pulmonar: Oxido Nítrico Endotelina 1 Tromboxane A2 POTENTES VASOCONSTRITORES
35. Dúvidas? Acessem a aula no Blog da Pneumologia: http://residenciapneumologiahujbb.wordpress.com/ FIM DA PARTE I