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ODONTOLOGIA
FARMACOLOGIA DOS ANESTÉSICOS
LOCAIS
JONATHAN CARDOSO GOMES RODRIGUES
DEFINIÇÃO
A palavra anestesia provém diretamente do grego (an,
que significa sem, aisthesis significa sensação). A
anestesia local é definida como um bloqueio reversível
da condução nervosa, determinando perda das
sensações sem alteração do nível de consciência
(FERREIRA, 1999; apud PAIVA e CAVALCANTI, 2005).
Farmacologia (em grego, farmacon significa drogas e
logos ciência) é a ciência que estuda a origem, as ações
e as propriedades das substâncias químicas sobre
organismos vivos.
Jonathan Cardoso
HISTÓRIA
 O primeiro anestésico local descoberto foi a cocaína,
sintetizada a partir das folhas de arbustos da família
das Erytroxylonácea, a Erytroxycolon coca.
 A partir da eritroxilina destas folhas, Albert Niemann
obteve, em 1860, cristais puros com sabor amargo, aos
quais deu o nome de cocaína.
 Sigmund Freud e Karl Köller, dois jovens médicos da
época, fizeram testes com esta nova substância, que
dominou o cenário da anestesia regional por quase 50
anos.
Jonathan Cardoso
HISTÓRIA
 No ano de 1905 Ein Horn sintetiza a procaína, derivado
sintético da cocaína.
 Começa a surgir anestésicos do tipo éster.
 Em 1943, Löfgren sintetiza a lidocaína, dando início a era dos
anestésicos locais do tipo amida.
Jonathan Cardoso
DOR
Dor é uma experiência sensorial e emocional desagradável
associada com danos reais ou potenciais em tecidos, ou
assim percepcionada como dano.
Jonathan Cardoso
TRÊS PRINCIPAIS TIPOS DE DOR
 Dor nociceptiva: é a originada nos nociceptores.
 Dor neuropática : A Dor neuropática é uma dor provocada por uma
lesão ou uma doença no sistema nervoso.
 Dor psicológica: é a dor de origem emocional, e é rara, podendo no
entanto ser muito incapacitante e de difícil tratamento.
Jonathan Cardoso
TRANSMISSÃO DA DOR NOCICEPTIVA
Jonathan Cardoso
1. Estimulo nocivo
2. Nociceptores captam o estimulo nocivo.
3. Despolarização da membrana do Neurônio
4. Potencial de ação
5. Recepção da informação pelo SNC.
MOLÉCULA DE UM ANESTÉSICO LOCAL
Jonathan Cardoso
AÇÃO DO ANESTÉSICO
Jonathan Cardoso
(Transmissão padrão do estímulo)
O Anestésico Local
bloqueia os canais de
sódio ao longo da fibra,
impedindo a propagação
do potencial de ação.
COMPONENTES DE UM TUBETE DE
SOLUÇÃO ANESTÉSICA
 O sal do agente anestésico local;
 Vasoconstritor;
 Agente redutor ou conservante do vasoconstritor
 Agente conservante da solução anestésica ( deixou de ser usada nos
EUA)
 Fungicida
 Solução carreadora
Jonathan Cardoso
PRINCIPAIS AL NO BRASIL
 Articaína
 Benzocaína
 Bupivacaína
 Cloroprocaína
 Lidocaína
 Mepivacaína
 Prilocaína
 Procaína
 Tetracaína
Jonathan Cardoso
CLASSIFICAÇÃO
 Quanto a estrutura química são classificados como éster
ou amida.
 Quanto a duração de ação podem ser classificados como
de curta, média (intermediária) ou longa duração de ação.
Jonathan Cardoso
CLASSIFICAÇÃO QUANTO A ESTRUTURA
 GRUPO ESTER: Benzocaina, tetracaína, procaína, cloroprocaina.
 GRUPO AMIDA: lidocaína, mepivacaina, bupivacaina, prilocaina,
articaina.
Jonathan Cardoso
CLASSIFICAÇÃO QUANTO A DURAÇÃO
 As drogas de curta duração são aquelas geralmente sem vasoconstritor
(lidocaína e mepivacaína 3%) e geralmente as do grupo éster.
 As de média duração são principalmente lidocaína, mepivacaína,
prilocaína e articaína (todos com vasoconstritor).
 As de longa duração bupivacaína e ropivacaína (pouco usada no Brasil).
Jonathan Cardoso
VASOCONSTRITORES
 Definição; São substâncias que promovem a vasocontrição, que é o
processo de contração dos vasos sanguíneos, em consequência da
contração do músculo liso presente na parede desses mesmos vasos. É
o processo oposto à vasodilatação.
 Os mais utilizados em associações com as soluções anestésicas locais
são: a adrenalina (epinefrina), noradrenalina (noraepinefrina),
levonordefrina (corbadrina), fenilefrina e a felipressina.
 Ação direta, indireta e mista.
 Felipressina; vasoconstritor não-adrenérgico alternativo, que contem
vasopressina.
Jonathan Cardoso
VASOCONSTRITORES
Jonathan Cardoso
ANESTÉSICO LOCAL VASOCONSTRITOR DURAÇÃO
Articaína 4% Epinefrina 1:100.000 Intermediária
Epinefrina 1:200.000 Intermediária
Bupivacaína 0,5% Epinefrina 1:200.000 Longa
Lidocaína 2%
Epinefrina 1:50.000 Intermediária
Epinefrina 1:100.000 Intermediária
Epinefrina 1:200.000 Intermediária
Norepinefrina 1:50.000 Intermediária
Fenilefrina 1:2.500 Intermediária
Lidocaína 3% Norepinefrina1:50.000 Intermediária
Mepivacaína 3% (Sem vasoconstritor) Curta
Mepivacaína 2%
Levonordefrina 1:20.000 Intermediária
Epinefrina 1:100.000 Intermediária
Norepinefrina 1:100.000 Intermediária
Prilocaína 3% Felipressina 0,03 UI Intermediária
Duração: Curta: Cerca de 30 minutos de anestesia pulpar.
Intermediária: Cerca de 60 minutos de anestesia pulpar.
Longa: Mais que 90 minutos de anestesia pulpar. (Fonte; MALAMED 2008)
CONTRA-INDICAÇÃO
 Pacientes portadores de doença cardiovascular grave.
 Pacientes com disfunção da tireóide, diabete (adrenalina atua no
metabolismo da glicose), sensibilidade ao sulfito. Este é adicionado
ao anestésico para dar estabilidade e tempo de duração para a solução.
 Hipertensão não controlada
 Sensibilidade a um dos componentes
 Pacientes que utilizam imipraminicos
 Pacientes em uso de beta-bloqueadores
 Gestantes (respeitar a recomendação de no máximo dois tubetes).
Jonathan Cardoso
LIDOCÁINA
 Mais usada em todo o mundo
 Sua ação possui início rápido e duração média (cerca de 1-
2 horas), com potência moderada.
 Rápida difusão através das membranas e em rápido
bloqueio
 Os efeitos tóxicos da lidocaína manifestam-se
principalmente no SNC e no coração, mas são raros.
 Sua concentração mais comum é a de 2%.
 Sua dose máxima recomendada em adultos é de 7 tubetes
anestésicos.
Jonathan Cardoso
MEPIVACAINA
 É amplamente utilizada na odontologia.
 É classificado como um anestésico de duração
intermediária.
 Potência e toxicidade duas vezes maior que a lidocaína. A
dose máxima é de 7 tubetes.
 A concentração odontológica eficaz é de 2% (com
vasoconstritor).
 Sem vasoconstritor a concentração odontológica eficaz
(???) é de 3%.
 Comercialmente é associada a Norepinefrina, Adrenalina e
levonordefrina.
Jonathan Cardoso
BUPIVACAÍNA
 Potência quatro vezes maior que a lidocaína.
 Toxicidade quatro vezes menor.
 Dose máxima recomendada de 8 tubetes.
 A anestesia pode persistir de 5 a 9 horas.
 Em tubetes anestésicos é encontrado na concentração de
0,5% (com ou sem vasoconstritor).
Jonathan Cardoso
PRILOCAINA
 Toxicidade duas vezes maior que a lidocaína.
 A dose máxima recomendada é de 6 tubetes.
 Comercialmente é encontrado na concentração 3% e
tendo a felipressina como vasoconstritor.
 Potência e duração semelhante à lidocaína.
 Não exige a administração de epinefrina
Jonathan Cardoso
ARTICAÍNA
 Comercialmente é encontrado na concentração 4% e tendo
a adrenalina como vasoconstritor.
 Sua dose máxima recomendada é de 6 tubetes.
 Aprovada recentemente em 2000 nos EUA.
 Menos toxica
 Rápido inicio de ação
Jonathan Cardoso
METABOLISMO
 TIPO ÉSTER: são hidrolisados no plasma. PABA (ácido
para-aminobenzóico) é um metabólico desses AL ésteres e
pode estar associado a reações alérgicas.
 TIPO AMIDA: o principal local de biotransformação das
drogas tipo amida é o fígado.
Jonathan Cardoso
EXCREÇÃO
 Rins principais órgãos excretores dos AL e seus
metabólicos.
 Parte da dose do AL excreta-se inalterada na urina.
 Os ésteres aparecem na urina mais na forma inativa do
que as amidas.
Jonathan Cardoso
DIABÉTICOS
 A epinefrina tem ação farmacológica oposta a da insulina,
logo, é considerada um hormônio hiperglicêmico.
 Cuidado com a hipertensão
 Relação com Glaucoma
 Preferência para procedimentos curtos; Mepivacaina 3%
sem vaso ou 2% com Levonordefrina 1: 20.000
 Procedimentos longos; Prilocaina 3% com Felipressina
0,03 UI
Jonathan Cardoso
HIPERTOREOIDISMO
 Não usar vaso adrenérgicos
 Preferencia com Prilocaina 3% com Felipressina 0,03 UI
Jonathan Cardoso
HEMOPATIAS E ANEMIAS
 Não usar Prilocaina e pois ela diminue a oxigenação e
podem levar a metemoglobinemia.
 Não usar a Articaína em pacientes com tendência a
metemoglobinemia.
 Usar anestésico com vaso
 Preferência por Mepivacaina 3% sem vaso ou 2% com
Levonordefrina 1: 20.000
Jonathan Cardoso
ISUFICIÊNCIA RENAL CRONICA
 Recomenda-se o uso da Articaina 4% com epinefrina 1:
100.000
 Evitar altas doses, pela dificuldade de eliminação dos rins e
toxicidade.
Jonathan Cardoso
CARDIOPATIAS
 Para procedimentos curtos, recomenda-se usar até dois
tubetes com vasoconstritor ou Mepivacaína 3% sem vaso
 Para procedimentos longos; usar Prilocaina 3% com
Felipressina 0,03 UI
 Não usar vaso com pacientes que fazem uso de
betabloqueadores
 Pessoas com angina de pectoris, evitar usar a Felipressina.
Jonathan Cardoso
GESTANTES
 Recomenda-se não usar vaso nos dois primeiros trimestres
 Não usar prilocaína
 Evitar mepivacaina
 Avaliar risco e beneficio
 Recomenda-se lidocaína 2% com epinefrina 1:100.000.
Jonathan Cardoso
DOSE MAXIMA
Em cada tubete, há 1,8 ml de solução, portanto, multiplicando
20 mg (2%) por 1,8 obtemos 36 mg/tubete. Com este valor,
divide-se a quantidade máxima de sal anestésico que pode
ser administrada para cada pessoa, pela quantidade de sal
em cada tubete, e obtém-se o número máximo de tubetes
para aquele paciente, tendo o sal anestésico como limitante.
Jonathan Cardoso
DOSE MAXIMA
 Articaína 7 mg/kg (até 500 mg) 5 mg/kg em
crianças
 Bupivacaína 1,3 mg/kg (até 90 mg)
 Lidocaína 4,4mg/kg (até 300mg)
 Mepivacaína 4,4mg/kg (até 300 mg)
 Prilocaína 6 mg/kg (até 500 mg)
Jonathan Cardoso
REFERÊNCIAS
 MALAMED, S. F. Manual de anestesia local. Haddad, et al.
Odontologia para pacientes com necessidades especiais.
 FERREIRA, M. B. C. Anestésicos locais. In:
WANNMACHER, L.; FERREIRA, M. B. C. Farmacologia
clínica para dentistas
 TORTAMANO, N.; ARMONIA, P. L. Anestésicos locais. In:
TORTAMANO, N.; ARMONIA, P.L. Guia terapêutico
odontológico.
Jonathan Cardoso

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Farmacologia dos anestésicos locais em Odontologia

  • 3. DEFINIÇÃO A palavra anestesia provém diretamente do grego (an, que significa sem, aisthesis significa sensação). A anestesia local é definida como um bloqueio reversível da condução nervosa, determinando perda das sensações sem alteração do nível de consciência (FERREIRA, 1999; apud PAIVA e CAVALCANTI, 2005). Farmacologia (em grego, farmacon significa drogas e logos ciência) é a ciência que estuda a origem, as ações e as propriedades das substâncias químicas sobre organismos vivos. Jonathan Cardoso
  • 4. HISTÓRIA  O primeiro anestésico local descoberto foi a cocaína, sintetizada a partir das folhas de arbustos da família das Erytroxylonácea, a Erytroxycolon coca.  A partir da eritroxilina destas folhas, Albert Niemann obteve, em 1860, cristais puros com sabor amargo, aos quais deu o nome de cocaína.  Sigmund Freud e Karl Köller, dois jovens médicos da época, fizeram testes com esta nova substância, que dominou o cenário da anestesia regional por quase 50 anos. Jonathan Cardoso
  • 5. HISTÓRIA  No ano de 1905 Ein Horn sintetiza a procaína, derivado sintético da cocaína.  Começa a surgir anestésicos do tipo éster.  Em 1943, Löfgren sintetiza a lidocaína, dando início a era dos anestésicos locais do tipo amida. Jonathan Cardoso
  • 6. DOR Dor é uma experiência sensorial e emocional desagradável associada com danos reais ou potenciais em tecidos, ou assim percepcionada como dano. Jonathan Cardoso
  • 7. TRÊS PRINCIPAIS TIPOS DE DOR  Dor nociceptiva: é a originada nos nociceptores.  Dor neuropática : A Dor neuropática é uma dor provocada por uma lesão ou uma doença no sistema nervoso.  Dor psicológica: é a dor de origem emocional, e é rara, podendo no entanto ser muito incapacitante e de difícil tratamento. Jonathan Cardoso
  • 8. TRANSMISSÃO DA DOR NOCICEPTIVA Jonathan Cardoso 1. Estimulo nocivo 2. Nociceptores captam o estimulo nocivo. 3. Despolarização da membrana do Neurônio 4. Potencial de ação 5. Recepção da informação pelo SNC.
  • 9. MOLÉCULA DE UM ANESTÉSICO LOCAL Jonathan Cardoso
  • 10. AÇÃO DO ANESTÉSICO Jonathan Cardoso (Transmissão padrão do estímulo) O Anestésico Local bloqueia os canais de sódio ao longo da fibra, impedindo a propagação do potencial de ação.
  • 11. COMPONENTES DE UM TUBETE DE SOLUÇÃO ANESTÉSICA  O sal do agente anestésico local;  Vasoconstritor;  Agente redutor ou conservante do vasoconstritor  Agente conservante da solução anestésica ( deixou de ser usada nos EUA)  Fungicida  Solução carreadora Jonathan Cardoso
  • 12. PRINCIPAIS AL NO BRASIL  Articaína  Benzocaína  Bupivacaína  Cloroprocaína  Lidocaína  Mepivacaína  Prilocaína  Procaína  Tetracaína Jonathan Cardoso
  • 13. CLASSIFICAÇÃO  Quanto a estrutura química são classificados como éster ou amida.  Quanto a duração de ação podem ser classificados como de curta, média (intermediária) ou longa duração de ação. Jonathan Cardoso
  • 14. CLASSIFICAÇÃO QUANTO A ESTRUTURA  GRUPO ESTER: Benzocaina, tetracaína, procaína, cloroprocaina.  GRUPO AMIDA: lidocaína, mepivacaina, bupivacaina, prilocaina, articaina. Jonathan Cardoso
  • 15. CLASSIFICAÇÃO QUANTO A DURAÇÃO  As drogas de curta duração são aquelas geralmente sem vasoconstritor (lidocaína e mepivacaína 3%) e geralmente as do grupo éster.  As de média duração são principalmente lidocaína, mepivacaína, prilocaína e articaína (todos com vasoconstritor).  As de longa duração bupivacaína e ropivacaína (pouco usada no Brasil). Jonathan Cardoso
  • 16. VASOCONSTRITORES  Definição; São substâncias que promovem a vasocontrição, que é o processo de contração dos vasos sanguíneos, em consequência da contração do músculo liso presente na parede desses mesmos vasos. É o processo oposto à vasodilatação.  Os mais utilizados em associações com as soluções anestésicas locais são: a adrenalina (epinefrina), noradrenalina (noraepinefrina), levonordefrina (corbadrina), fenilefrina e a felipressina.  Ação direta, indireta e mista.  Felipressina; vasoconstritor não-adrenérgico alternativo, que contem vasopressina. Jonathan Cardoso
  • 17. VASOCONSTRITORES Jonathan Cardoso ANESTÉSICO LOCAL VASOCONSTRITOR DURAÇÃO Articaína 4% Epinefrina 1:100.000 Intermediária Epinefrina 1:200.000 Intermediária Bupivacaína 0,5% Epinefrina 1:200.000 Longa Lidocaína 2% Epinefrina 1:50.000 Intermediária Epinefrina 1:100.000 Intermediária Epinefrina 1:200.000 Intermediária Norepinefrina 1:50.000 Intermediária Fenilefrina 1:2.500 Intermediária Lidocaína 3% Norepinefrina1:50.000 Intermediária Mepivacaína 3% (Sem vasoconstritor) Curta Mepivacaína 2% Levonordefrina 1:20.000 Intermediária Epinefrina 1:100.000 Intermediária Norepinefrina 1:100.000 Intermediária Prilocaína 3% Felipressina 0,03 UI Intermediária Duração: Curta: Cerca de 30 minutos de anestesia pulpar. Intermediária: Cerca de 60 minutos de anestesia pulpar. Longa: Mais que 90 minutos de anestesia pulpar. (Fonte; MALAMED 2008)
  • 18. CONTRA-INDICAÇÃO  Pacientes portadores de doença cardiovascular grave.  Pacientes com disfunção da tireóide, diabete (adrenalina atua no metabolismo da glicose), sensibilidade ao sulfito. Este é adicionado ao anestésico para dar estabilidade e tempo de duração para a solução.  Hipertensão não controlada  Sensibilidade a um dos componentes  Pacientes que utilizam imipraminicos  Pacientes em uso de beta-bloqueadores  Gestantes (respeitar a recomendação de no máximo dois tubetes). Jonathan Cardoso
  • 19. LIDOCÁINA  Mais usada em todo o mundo  Sua ação possui início rápido e duração média (cerca de 1- 2 horas), com potência moderada.  Rápida difusão através das membranas e em rápido bloqueio  Os efeitos tóxicos da lidocaína manifestam-se principalmente no SNC e no coração, mas são raros.  Sua concentração mais comum é a de 2%.  Sua dose máxima recomendada em adultos é de 7 tubetes anestésicos. Jonathan Cardoso
  • 20. MEPIVACAINA  É amplamente utilizada na odontologia.  É classificado como um anestésico de duração intermediária.  Potência e toxicidade duas vezes maior que a lidocaína. A dose máxima é de 7 tubetes.  A concentração odontológica eficaz é de 2% (com vasoconstritor).  Sem vasoconstritor a concentração odontológica eficaz (???) é de 3%.  Comercialmente é associada a Norepinefrina, Adrenalina e levonordefrina. Jonathan Cardoso
  • 21. BUPIVACAÍNA  Potência quatro vezes maior que a lidocaína.  Toxicidade quatro vezes menor.  Dose máxima recomendada de 8 tubetes.  A anestesia pode persistir de 5 a 9 horas.  Em tubetes anestésicos é encontrado na concentração de 0,5% (com ou sem vasoconstritor). Jonathan Cardoso
  • 22. PRILOCAINA  Toxicidade duas vezes maior que a lidocaína.  A dose máxima recomendada é de 6 tubetes.  Comercialmente é encontrado na concentração 3% e tendo a felipressina como vasoconstritor.  Potência e duração semelhante à lidocaína.  Não exige a administração de epinefrina Jonathan Cardoso
  • 23. ARTICAÍNA  Comercialmente é encontrado na concentração 4% e tendo a adrenalina como vasoconstritor.  Sua dose máxima recomendada é de 6 tubetes.  Aprovada recentemente em 2000 nos EUA.  Menos toxica  Rápido inicio de ação Jonathan Cardoso
  • 24. METABOLISMO  TIPO ÉSTER: são hidrolisados no plasma. PABA (ácido para-aminobenzóico) é um metabólico desses AL ésteres e pode estar associado a reações alérgicas.  TIPO AMIDA: o principal local de biotransformação das drogas tipo amida é o fígado. Jonathan Cardoso
  • 25. EXCREÇÃO  Rins principais órgãos excretores dos AL e seus metabólicos.  Parte da dose do AL excreta-se inalterada na urina.  Os ésteres aparecem na urina mais na forma inativa do que as amidas. Jonathan Cardoso
  • 26. DIABÉTICOS  A epinefrina tem ação farmacológica oposta a da insulina, logo, é considerada um hormônio hiperglicêmico.  Cuidado com a hipertensão  Relação com Glaucoma  Preferência para procedimentos curtos; Mepivacaina 3% sem vaso ou 2% com Levonordefrina 1: 20.000  Procedimentos longos; Prilocaina 3% com Felipressina 0,03 UI Jonathan Cardoso
  • 27. HIPERTOREOIDISMO  Não usar vaso adrenérgicos  Preferencia com Prilocaina 3% com Felipressina 0,03 UI Jonathan Cardoso
  • 28. HEMOPATIAS E ANEMIAS  Não usar Prilocaina e pois ela diminue a oxigenação e podem levar a metemoglobinemia.  Não usar a Articaína em pacientes com tendência a metemoglobinemia.  Usar anestésico com vaso  Preferência por Mepivacaina 3% sem vaso ou 2% com Levonordefrina 1: 20.000 Jonathan Cardoso
  • 29. ISUFICIÊNCIA RENAL CRONICA  Recomenda-se o uso da Articaina 4% com epinefrina 1: 100.000  Evitar altas doses, pela dificuldade de eliminação dos rins e toxicidade. Jonathan Cardoso
  • 30. CARDIOPATIAS  Para procedimentos curtos, recomenda-se usar até dois tubetes com vasoconstritor ou Mepivacaína 3% sem vaso  Para procedimentos longos; usar Prilocaina 3% com Felipressina 0,03 UI  Não usar vaso com pacientes que fazem uso de betabloqueadores  Pessoas com angina de pectoris, evitar usar a Felipressina. Jonathan Cardoso
  • 31. GESTANTES  Recomenda-se não usar vaso nos dois primeiros trimestres  Não usar prilocaína  Evitar mepivacaina  Avaliar risco e beneficio  Recomenda-se lidocaína 2% com epinefrina 1:100.000. Jonathan Cardoso
  • 32. DOSE MAXIMA Em cada tubete, há 1,8 ml de solução, portanto, multiplicando 20 mg (2%) por 1,8 obtemos 36 mg/tubete. Com este valor, divide-se a quantidade máxima de sal anestésico que pode ser administrada para cada pessoa, pela quantidade de sal em cada tubete, e obtém-se o número máximo de tubetes para aquele paciente, tendo o sal anestésico como limitante. Jonathan Cardoso
  • 33. DOSE MAXIMA  Articaína 7 mg/kg (até 500 mg) 5 mg/kg em crianças  Bupivacaína 1,3 mg/kg (até 90 mg)  Lidocaína 4,4mg/kg (até 300mg)  Mepivacaína 4,4mg/kg (até 300 mg)  Prilocaína 6 mg/kg (até 500 mg) Jonathan Cardoso
  • 34. REFERÊNCIAS  MALAMED, S. F. Manual de anestesia local. Haddad, et al. Odontologia para pacientes com necessidades especiais.  FERREIRA, M. B. C. Anestésicos locais. In: WANNMACHER, L.; FERREIRA, M. B. C. Farmacologia clínica para dentistas  TORTAMANO, N.; ARMONIA, P. L. Anestésicos locais. In: TORTAMANO, N.; ARMONIA, P.L. Guia terapêutico odontológico. Jonathan Cardoso