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NOÇÕES DE FARMACOLOGIA
Prof. Esp. Farmacêutico e Bioquímico Rodrigo N. dos Santos
Molécula
s que
Curam
Aula 01
FUNDAÇÃO DE ENSINO SUPERIOR DA REGIÃO CENTRO-SUL - FUNDASUL
ESCOLA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM - MÓDULO II
Ciência que estuda os aspectos de
toda e qualquer substância capaz de
alterar as funções do organismo, com
destaque para aquelas chamadas de
fármacos.
Resumindo...
FARMACOLOGIA é a
CIÊNCIA DOS MEDICAMENTOS.
FARMACOLOGIA
FARMÁCIA
ou
DROGARIA
?
FÁRMACO ou PRINCÍPIO-ATIVO
Substância pura, de composição química conhecida,
que é responsável pela atividade farmacológica
de um medicamento sobre o organismo.
Substância que dá AÇÃO TERAPÊUTICA a um medicamento.
EXCIPIENTE ou VEÍCULO
Substâncias inativas,
acrescidas a um medicamento,
com finalidade de proporcionar-lhe forma e volume.
São os “complementos” INERTES do medicamento.
FORMA FARMACÊUTICA
Apresentação física
do medicamento,
disponível para consumo.
E Formas Farmacêuticas
Gasosas?
FORMAS FARMACÊUTICAS
Existe Sim!
FÓRMULA
FARMACÊUTICA
Descrição dos nomes
e quantidades dos
princípios-ativos e dos
excipientes e veículos que
compõem um medicamento.
É a COMPOSIÇÃO QUÍMICA
do medicamento.
BASE e DERIVADOS
Muitas vezes, um PRINCIPIO-ATIVO não pode ser
utilizado, na terapêutica, na sua FORMA BASE (ou
forma livre, como também mais conhecida), sendo
necessário “transformar” essa forma base em um
DERIVADO – normalmente um SAL ou um ÉSTER –
para torna-la mais efetiva, segura e adequada às
diferentes necessidades farmacológicas.
EXEMPLOS
1. O fármaco BETAMETASONA pode estar disponível como :
BASE - ou seja, a “própria” BETAMETASONA (forma livre)
Derivado SAL - FOSFATO SÓDICO DE BETAMETASONA (Celestone®
)
Derivado ÉSTER - DIPROPIONATO DE BETAMETASONA (Diprosone®
)
Derivado “outro” ÉSTER - VALERATO DE BETAMETASONA
(Betnovate®
)
2. O fármaco DIPIRONA pode estar disponível como:
BASE - a “própria” DIPIRONA
Derivado SAL - DIPIRONA SÓDICA (Novalgina®
)
Derivado “outro” SAL - DIPIRONA MAGNÉSICA (Magnopyrol®
).
MAS... QUAL A IMPORTÂNCIA DE CONHECER
A FORMA BASE E SEUS DERIVADOS?
P.e., veja a DIFERENÇA DE
BIODISPONIBILIDADE (“nível
de aproveitamento” sistêmico
de um fármaco) e de MEIA-VIDA
(“duração da dose/ação”) entre
2 DERIVADOS do METOPROLOL,
importante BASE anti-hipertensiva:
Biodisponibilidade 50%
meia-vida de até 7 horas
Biodisponibilidade 77%
meia-vida de até 4 horas
MEDICAMENTO
(produto tecnicamente
elaborado, acabado e
pronto para consumo)
Preparação química
com ação profilática,
terapêutica, paliativa ou
auxiliar de diagnóstico.
REMÉDIO
(“o quê ou aquilo” que
nos faz sentir-se melhor)
Qualquer meio ou
procedimento – químico,
físico, biológico ou
psicológico – usado com
intenção de melhorar
condições ruins.
Um MEDICAMENTO pode ser:
COMPOSTO
SIMPLES
TODO MEDICAMENTO
É UM REMÉDIO
MAS
NEM TODO REMÉDIO
É UM MEDICAMENTO.
PROFILÁTICA: meios ou medidas adequadas à
prevenção contra enfermidades. Ex. VACINAS
TERAPÊUTICA: meios ou medidas adequadas
para tratar enfermidades, aliviando (efeito
PALIATIVO) ou combatendo (efeito CURATIVO)
sintomas e causas. Ex. ANALGÉSICOS
Auxiliar de DIAGNÓSTICO: meios ou medidas
de auxílio na realização de exames. Ex.
CONTRASTE RADIOLÓGICO
Um MEDICAMENTO pode ter AÇÃO:
DROGA
Substância natural ou sintética
(parcial ou totalmente)
com ação modificadora
(BENÉFICA ou NÃO)
sobre um organismo vivo.
VENENO
Substância natural ou sintética
(parcial ou totalmente)
que causa dano ou lesão grave
a um organismo vivo, com
ALTA POSSIBILIDADE DE ÓBITO.
TODO MEDICAMENTO
É UMA droga
MAS
NEM TODa droga
É UM MEDICAMENTO.
A DOSE
FAZ
O VENENO.
EFICÁCIA
Garantia de um fármaco
produzir o efeito esperado.
SEGURANÇA
Garantia de um fármaco
de não produzir (ou produzir
o mínimo possível ) efeitos
inesperados ou indesejáveis.
Todo medicamento deve
ser EFICAZ e SEGURO.
DOSE
Quantidade de
medicamento
suficiente para produzir,
a cada vez, o efeito
terapêutico esperado.
ÍNDICE TERAPÊUTICO
Conceito importante relacionado à SEGURANÇA
de um medicamento em relação à sua DOSE,
ou seja, quanto mais baixo for o I.T. de um fármaco,
maior é a tendência dele se tornar tóxico
(e vice-versa!).
BIODISPONIBILIDADE
Quantidade de
medicamento administrado
(dose) que chega à corrente
sanguínea,
de forma inalterada e ativa.
BIOEQUIVALENCIA
É a equivalência das
capacidades biológicas
esperadas, “in vivo”, de duas
preparações diferentes de
um mesmo medicamento.
POSOLOGIA
Quantidade de medicamento
(chamada DOSE) administrada
a um dado intervalo de tempo
por um dado período de tempo.
TEMPO DE MEIA-VIDA
Intervalo de tempo onde a
dose de medicamento
circulante (chamada de
concentração plasmática) se
reduz a metade.
EFEITO (REAÇÃO)
COLATERAL
Efeito diferente do efeito
principal mas não
necessariamente maléfico
EFEITO (REAÇÃO)
ADVERSO
Efeito diferente do efeito
principal, e PREJUDICIAL.
AMBOS OS EFEITOS podem ocorrer
mesmo em doses terapêuticas
Então...
Todo EFEITO ADVERSO
é um efeito COLATERAL...
...mas nem todo
EFEITO COLATERAL é,
necessariamente,
ADVERSO
SAIBA QUE...
As Reações Adversas Medicamentosas (RAM’s) mais
comum são as de origens alérgicas, as hepáticas, as
renais e as neurológicas;
TODO MEDICAMENTO tem RAM’s porque NÃO EXISTE
medicamento que seja 100% especifico (no máximo, os
medicamentos são seletivos);
AS RAM’s podem ser PREVISÍVEIS (aquelas já descritas
e conhecidas) e IMPREVISÍVEIS (p.e. uma alergia
“particular”)
As RAM’s também podem ser oriundas de certas
INTERAÇÕES (medicamentosas ou alimentares, p.e.)
EFEITO PLACEBO
Efeito que NÃO DECORRE
da AÇÃO DO PRINCÍPIO-ATIVO,
podendo ser oriundo de
FATORES PSICOLÓGICOS ou
INESPECÍFICOS
Usos do Medicamento
ADULTO
ou
INFANTIL
(PEDIÁTRICO)
INTERNO
ou
EXTERNO
(TÓPICO)
Vias de Administração
dos Medicamentos
POR ENQUANTO*...
Via Oral (VO) - a mais comum!
Via Intravenosa (IV) - “injeções”
Via Tópica - aplicação na pele!
* Em nossa 4ª aula aprofundaremos esse conhecimento!
AÇÃO LOCAL: ação que ocorre no próprio local onde o medicamento é
aplicado, não atingindo a corrente sanguínea. Pode ser aplicado:
✔ na pele (pomadas, loções, sabonetes, etc...)
✔ nas mucosas (supositórios, colírios, gotas nasais, colutórios);
✔ no aparelho digestivo (como antiácidos que neutralizam a ação do suco
gástrico e são eliminados sem serem absorvidos)
AÇÃO GERAL (SISTÊMICA): o princípio-ativo é absorvido e “entra” na
corrente sanguínea para, então, chegar ao local de ação. VEJA 2 exemplos:
1. O paciente toma um comprimido de furosemida e, ao chegar ao
estômago, o princípio-ativo é liberado, absorvido e entra na corrente
sanguínea, para então chegar ao rim e exercer a ação diurética.
2. O paciente recebe uma injeção de furosemida e o princípio-ativo, ao ser
injetado na veia do paciente, entra diretamente na corrente sanguínea e
depois, então, chega ao rim e exerce ação.
Ação do Medicamento
- IDADE
- PESO
- ASPECTOS DE ADMINISTRAÇÃO
- INTERAÇÃO ENTRE DROGAS
- VARIAVEIS FISIOLOGICAS (E ATÉ GENÉTICAS)
- PATOLOGIAS
- OUTROS...
FATORES QUE INFLUEM NA AÇÃO DOS FARMACOS
FARMACOCINÉTICA
Trajeto do fármaco
no organismo. É
tudo que “o corpo
faz ao medicamento”
FARMACODINÂMICA
Ação do fármaco no
organismo. É tudo
que “o medicamento
faz ao corpo”
A FARMACOCINÉTICA se divide em etapas:
1. ADMINISTRAÇÃO
2. ABSORÇÃO
3. DISTRIBUIÇÃO
AÇÃO (FARMACODINAMICA)
4. BIOTRANSFORMAÇÃO (METABOLIZAÇÃO)
5. EXCREÇÃO
Ao se ingerir via oral (ADMINISTRAÇÃO) um
comprimido de diclofenaco (princípio-ativo), ele será
desintegrado no estômago e ABSORVIDO no intestino,
passando para a corrente circulatória, que o
transportará (DISTRIBUIÇÃO) até o local da
inflamação. Ali, após se ligar a seus receptores
celulares, desencadeará uma ação terapêutica
(FARMACODINÂMICA), inibindo a atividade da
enzima cicloxigenase, diminuído a produção de
prostaglandinas, os autacóides vasodilatadores que
aumentam a permeabilidade vascular e causam o
processo inflamatório. Depois de exercer essa ação
farmacológica, o diclofenaco será metabolizado e
inativado no fígado (METABOLIZAÇÃO/
BIOTRANSFORMAÇÃO) e eliminado pelos rins
(EXCREÇÃO).
1. TERAPIAS MEDICAMENTOSAS
ALOPÁTICO – Medicamentos Convencionais
HOMEOPÁTICO – A cura pela semelhança
FITOTERÁPICO – O poder das plantas
2. TERAPIAS NÃO-MEDICAMENTOSAS
SISTEMAS TERAPÊUTICOS
NOME QUÍMICO (ESTRUTURAL)
N-(4-hidroxifenil)-
etanamida
NOME GENÉRICO (DCB)
Paracetamol
NOME COMERCIAL (®)
NOMES DOS
FÁRMACOS
CLASSES FARMACOLÓGICAS
ANALGÉSICOS
ANTIBIÓTICOS
ANTIHIPERTENSIVOS
ANTI-VIRAIS
ANTI-ESPASMÓDICOS
ANTI-ACIDOS
EXPECTORANTES
CONTRACEPTIVOS
ANTI-ALÉRGICOS
ANTI-MICÓTICOS
ANTI-EMÉTICOS
ANTISÉPTICOS
DIGESTIVOS
LAXATIVOS
HIPOGLICEMIANTES
OUTRAS...
CLASSES FARMACOLÓGICAS da P-344
“MEDICAMENTOS CONTROLADOS”
HIPNÓTICOS E
SEDATIVOS
ANSIOLITICOS
ANTI-DEPRESSIVOS
ANTI-PSICÓTICOS
ANTI-CONVULSIVANTES
NARCÓTICOS
OUTROS...
NOTIFICAÇÕES
DE RECEITA
TIPOS DE TARJA e
SIGNIFICADOS
M.I.P.’s ou
NÃO TARJADOS
ÉTICO, SIMILAR ou
GENÉRICO ?
MEDICAMENTO REFERÊNCIA
Pioneiro e Inovador (1ª patente comercial)
Possui nome fantasia (Marca®)
Eficácia, segurança e qualidade reconhecidas por órgão oficial
MEDICAMENTO GENÉRICO (G) – LEI 9787/99
Produzido após expiração da patente do Medicamento Referência
Testado e aprovado, por órgãos competentes, quanto à eficácia,
segurança e qualidade (em relação ao Medicamento de Referência
Identificado visualmente pela tarja amarela com “G”
“Mais barato” porquê usa a DCB do principio-ativo e não Marca®
comercial
MEDICAMENTO SIMILAR
Tem o(s) mesmo(s) principio-ativo(s) MAS NÃO
necessariamente as mesmas “características técnicas”
Possui nome fantasia (Marca®) MAS diferente
daquela do medicamento de referência
Normalmente “mais barato” pois o laboratório produtor
não investiu em pesquisa, desenvolvimento e divulgação,
(como acontece com o medicamento de referência!)
MEDICAMENTO SIMILAR BIOEQUIVALENTE (EQ)
Desde 2003, alguns medicamentos similares passaram a
apresentar os mesmos testes de biodisponibilidade exigidos para
os genéricos, por órgãos específicos (ANVISA), o que os tornou
aptos a serem intercambiáveis com Medicamentos de Referência.
Os Similares EQ estão listados na RDC 58/2014, que é
constantemente atualizada.
Todos os medicamentos similares intercambiáveis constantes da
RDC 58 devem ter na bula a informação: “MEDICAMENTO SIMILAR
EQUIVALENTE AO MEDICAMENTO DE REFERÊNCIA”.
Antes da RDC 58 só era possível
intercambiar medicamentos referência
e medicamentos genéricos (e vice-e-versa)
Uma EMBALAGEM é qualquer recipiente ou material que envolve/protege
temporariamente um produto, visando conservá-lo em perfeitas condições durante seu
transporte, armazenamento e consumo. Há 3 classes de embalagens, desenvolvidas e
escolhidas para aumentar a vida útil do medicamento e preservá-lo da melhor forma
durante o uso.
Embalagens primárias – contato direto com o medicamento. Há 3 tipos:
a. Envelopes (sachês) - normalmente para pós e granulados
b. Cartela e blisteres – bandejas moldadas normalmente usadas para individualizar
capsulas, comprimidos e drágeas. Pode-se “diferenciar” uma cartela de um blister pq este
último tem “bolhas transparentes”!
c. Frascos e bisnagas – embalagens de metal, plástico ou vidro normalmente
empregadas para líquidos e semissólidos.
. .
2. Embalagens secundárias – protegem ou contém a embalagem primaria. Ex.
Caixinhas de Remédio. (é o CARTUCHO MEDICAMENTOSO, que deve trazer
informações farmacológicas básicas, além de informações comerciais e técnicas.)
.
3. Embalagens terciárias – protegem ou contém as embalagens primaria e secundaria. Ex.
caixas de papelão
Embalagens Medicamentosas
O DESCARTE das embalagens prevê que as primárias,
devido ao contato direto com a medicação, devem ir para
LIXO QUIMICO (Grupo B dos RSS), já que podem estar
sujas devido a manuseio incorreto, quebras e outros
descuidos. As secundarias e primarias são tratadas como
LIXO COMUM e podem até serem recicladas.
Informações mínimas obrigatoriamente
contidas nas embalagens medicamentosas
Nome (Marca® Comercial), se for o caso;
Nome do Princípio-Ativo (DCB);
Forma Farmacêutica;
Concentração do Princípio-Ativo (DOSE);
Tarjas (de Segurança ou Informativas);
Tipo de Uso e Vias de Administração;
E também... quantidade por embalagem; nome do
laboratório produtor; prazo de validade; nº de registro; lote.
UM VISLUMBRE DO FUTURO ?
HOJE 7 BILHÕES DE HABITANTES NA TERRA
E EM 2050 SEREMOS 10 BILHÕES!
NOVAS NECESSIDADES!
O QUE COMER? ONDE VIVER?
SURTOS DE URBANIZAÇÃO, MIGRAÇÕES GLOBAIS,
NOVAS MISCIGENAÇÕES RACIAIS, DESTRUIÇÃO
DE HABITATS NATURAIS E ESPÉCIMES DA
FLORA E FAUNA, MUDANÇAS CLIMÁTICAS,
CONFLITOS BÉLICOS...
ENFIM, O CENÁRIO PERFEITO PARA O
SURGIMENTO DE NOVOS PATÓGENOS!
TOP 10 DO “MEDO” !
1. NOVAS CEPAS DE INFLUENZA
2. VÍCIO/DEPÊNDENCIA VIRTUAL
3. BACTÉRIAS MULTI-RESISTENTES
4. DOENÇAS CAUSADAS POR NANOPARTÍCULAS
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RELACIONADAS À HIGIENE E À COLAPSOS SANITÁRIOS
6. ANTIGOS VÍRUS
7. NOVOS VÍRUS
8. DISFORIA TECNOLÓGICA
9. “NOVOS DESAFIOS EM VELHAS DOENÇAS”
10.
E A RESPOSTA DA FARMACOLOGIA!
1. ENGENHARIA GENÉTICA/CÉLULAS-TRONCO
2. CHIPS FARMACOLÓGICOS
3. IMPRESSÃO 3D DE MEDICAMENTOS
4. PERSONALIZAÇÃO DE FÁRMACOS
5. NANOFARMACOLOGIA
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  • 1. NOÇÕES DE FARMACOLOGIA Prof. Esp. Farmacêutico e Bioquímico Rodrigo N. dos Santos Molécula s que Curam Aula 01 FUNDAÇÃO DE ENSINO SUPERIOR DA REGIÃO CENTRO-SUL - FUNDASUL ESCOLA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM - MÓDULO II
  • 2. Ciência que estuda os aspectos de toda e qualquer substância capaz de alterar as funções do organismo, com destaque para aquelas chamadas de fármacos. Resumindo... FARMACOLOGIA é a CIÊNCIA DOS MEDICAMENTOS. FARMACOLOGIA
  • 4. FÁRMACO ou PRINCÍPIO-ATIVO Substância pura, de composição química conhecida, que é responsável pela atividade farmacológica de um medicamento sobre o organismo. Substância que dá AÇÃO TERAPÊUTICA a um medicamento.
  • 5. EXCIPIENTE ou VEÍCULO Substâncias inativas, acrescidas a um medicamento, com finalidade de proporcionar-lhe forma e volume. São os “complementos” INERTES do medicamento.
  • 6. FORMA FARMACÊUTICA Apresentação física do medicamento, disponível para consumo.
  • 9. FÓRMULA FARMACÊUTICA Descrição dos nomes e quantidades dos princípios-ativos e dos excipientes e veículos que compõem um medicamento. É a COMPOSIÇÃO QUÍMICA do medicamento.
  • 10. BASE e DERIVADOS Muitas vezes, um PRINCIPIO-ATIVO não pode ser utilizado, na terapêutica, na sua FORMA BASE (ou forma livre, como também mais conhecida), sendo necessário “transformar” essa forma base em um DERIVADO – normalmente um SAL ou um ÉSTER – para torna-la mais efetiva, segura e adequada às diferentes necessidades farmacológicas.
  • 11. EXEMPLOS 1. O fármaco BETAMETASONA pode estar disponível como : BASE - ou seja, a “própria” BETAMETASONA (forma livre) Derivado SAL - FOSFATO SÓDICO DE BETAMETASONA (Celestone® ) Derivado ÉSTER - DIPROPIONATO DE BETAMETASONA (Diprosone® ) Derivado “outro” ÉSTER - VALERATO DE BETAMETASONA (Betnovate® ) 2. O fármaco DIPIRONA pode estar disponível como: BASE - a “própria” DIPIRONA Derivado SAL - DIPIRONA SÓDICA (Novalgina® ) Derivado “outro” SAL - DIPIRONA MAGNÉSICA (Magnopyrol® ).
  • 12. MAS... QUAL A IMPORTÂNCIA DE CONHECER A FORMA BASE E SEUS DERIVADOS? P.e., veja a DIFERENÇA DE BIODISPONIBILIDADE (“nível de aproveitamento” sistêmico de um fármaco) e de MEIA-VIDA (“duração da dose/ação”) entre 2 DERIVADOS do METOPROLOL, importante BASE anti-hipertensiva: Biodisponibilidade 50% meia-vida de até 7 horas Biodisponibilidade 77% meia-vida de até 4 horas
  • 13. MEDICAMENTO (produto tecnicamente elaborado, acabado e pronto para consumo) Preparação química com ação profilática, terapêutica, paliativa ou auxiliar de diagnóstico. REMÉDIO (“o quê ou aquilo” que nos faz sentir-se melhor) Qualquer meio ou procedimento – químico, físico, biológico ou psicológico – usado com intenção de melhorar condições ruins.
  • 14. Um MEDICAMENTO pode ser: COMPOSTO SIMPLES
  • 15. TODO MEDICAMENTO É UM REMÉDIO MAS NEM TODO REMÉDIO É UM MEDICAMENTO.
  • 16. PROFILÁTICA: meios ou medidas adequadas à prevenção contra enfermidades. Ex. VACINAS TERAPÊUTICA: meios ou medidas adequadas para tratar enfermidades, aliviando (efeito PALIATIVO) ou combatendo (efeito CURATIVO) sintomas e causas. Ex. ANALGÉSICOS Auxiliar de DIAGNÓSTICO: meios ou medidas de auxílio na realização de exames. Ex. CONTRASTE RADIOLÓGICO Um MEDICAMENTO pode ter AÇÃO:
  • 17. DROGA Substância natural ou sintética (parcial ou totalmente) com ação modificadora (BENÉFICA ou NÃO) sobre um organismo vivo. VENENO Substância natural ou sintética (parcial ou totalmente) que causa dano ou lesão grave a um organismo vivo, com ALTA POSSIBILIDADE DE ÓBITO.
  • 18. TODO MEDICAMENTO É UMA droga MAS NEM TODa droga É UM MEDICAMENTO.
  • 20. EFICÁCIA Garantia de um fármaco produzir o efeito esperado. SEGURANÇA Garantia de um fármaco de não produzir (ou produzir o mínimo possível ) efeitos inesperados ou indesejáveis. Todo medicamento deve ser EFICAZ e SEGURO.
  • 21. DOSE Quantidade de medicamento suficiente para produzir, a cada vez, o efeito terapêutico esperado. ÍNDICE TERAPÊUTICO Conceito importante relacionado à SEGURANÇA de um medicamento em relação à sua DOSE, ou seja, quanto mais baixo for o I.T. de um fármaco, maior é a tendência dele se tornar tóxico (e vice-versa!).
  • 22.
  • 23. BIODISPONIBILIDADE Quantidade de medicamento administrado (dose) que chega à corrente sanguínea, de forma inalterada e ativa. BIOEQUIVALENCIA É a equivalência das capacidades biológicas esperadas, “in vivo”, de duas preparações diferentes de um mesmo medicamento.
  • 24. POSOLOGIA Quantidade de medicamento (chamada DOSE) administrada a um dado intervalo de tempo por um dado período de tempo. TEMPO DE MEIA-VIDA Intervalo de tempo onde a dose de medicamento circulante (chamada de concentração plasmática) se reduz a metade.
  • 25. EFEITO (REAÇÃO) COLATERAL Efeito diferente do efeito principal mas não necessariamente maléfico EFEITO (REAÇÃO) ADVERSO Efeito diferente do efeito principal, e PREJUDICIAL. AMBOS OS EFEITOS podem ocorrer mesmo em doses terapêuticas
  • 26. Então... Todo EFEITO ADVERSO é um efeito COLATERAL... ...mas nem todo EFEITO COLATERAL é, necessariamente, ADVERSO
  • 27. SAIBA QUE... As Reações Adversas Medicamentosas (RAM’s) mais comum são as de origens alérgicas, as hepáticas, as renais e as neurológicas; TODO MEDICAMENTO tem RAM’s porque NÃO EXISTE medicamento que seja 100% especifico (no máximo, os medicamentos são seletivos); AS RAM’s podem ser PREVISÍVEIS (aquelas já descritas e conhecidas) e IMPREVISÍVEIS (p.e. uma alergia “particular”) As RAM’s também podem ser oriundas de certas INTERAÇÕES (medicamentosas ou alimentares, p.e.)
  • 28.
  • 29. EFEITO PLACEBO Efeito que NÃO DECORRE da AÇÃO DO PRINCÍPIO-ATIVO, podendo ser oriundo de FATORES PSICOLÓGICOS ou INESPECÍFICOS
  • 31. Vias de Administração dos Medicamentos POR ENQUANTO*... Via Oral (VO) - a mais comum! Via Intravenosa (IV) - “injeções” Via Tópica - aplicação na pele! * Em nossa 4ª aula aprofundaremos esse conhecimento!
  • 32. AÇÃO LOCAL: ação que ocorre no próprio local onde o medicamento é aplicado, não atingindo a corrente sanguínea. Pode ser aplicado: ✔ na pele (pomadas, loções, sabonetes, etc...) ✔ nas mucosas (supositórios, colírios, gotas nasais, colutórios); ✔ no aparelho digestivo (como antiácidos que neutralizam a ação do suco gástrico e são eliminados sem serem absorvidos) AÇÃO GERAL (SISTÊMICA): o princípio-ativo é absorvido e “entra” na corrente sanguínea para, então, chegar ao local de ação. VEJA 2 exemplos: 1. O paciente toma um comprimido de furosemida e, ao chegar ao estômago, o princípio-ativo é liberado, absorvido e entra na corrente sanguínea, para então chegar ao rim e exercer a ação diurética. 2. O paciente recebe uma injeção de furosemida e o princípio-ativo, ao ser injetado na veia do paciente, entra diretamente na corrente sanguínea e depois, então, chega ao rim e exerce ação. Ação do Medicamento
  • 33. - IDADE - PESO - ASPECTOS DE ADMINISTRAÇÃO - INTERAÇÃO ENTRE DROGAS - VARIAVEIS FISIOLOGICAS (E ATÉ GENÉTICAS) - PATOLOGIAS - OUTROS... FATORES QUE INFLUEM NA AÇÃO DOS FARMACOS
  • 34. FARMACOCINÉTICA Trajeto do fármaco no organismo. É tudo que “o corpo faz ao medicamento” FARMACODINÂMICA Ação do fármaco no organismo. É tudo que “o medicamento faz ao corpo”
  • 35. A FARMACOCINÉTICA se divide em etapas: 1. ADMINISTRAÇÃO 2. ABSORÇÃO 3. DISTRIBUIÇÃO AÇÃO (FARMACODINAMICA) 4. BIOTRANSFORMAÇÃO (METABOLIZAÇÃO) 5. EXCREÇÃO
  • 36. Ao se ingerir via oral (ADMINISTRAÇÃO) um comprimido de diclofenaco (princípio-ativo), ele será desintegrado no estômago e ABSORVIDO no intestino, passando para a corrente circulatória, que o transportará (DISTRIBUIÇÃO) até o local da inflamação. Ali, após se ligar a seus receptores celulares, desencadeará uma ação terapêutica (FARMACODINÂMICA), inibindo a atividade da enzima cicloxigenase, diminuído a produção de prostaglandinas, os autacóides vasodilatadores que aumentam a permeabilidade vascular e causam o processo inflamatório. Depois de exercer essa ação farmacológica, o diclofenaco será metabolizado e inativado no fígado (METABOLIZAÇÃO/ BIOTRANSFORMAÇÃO) e eliminado pelos rins (EXCREÇÃO).
  • 37. 1. TERAPIAS MEDICAMENTOSAS ALOPÁTICO – Medicamentos Convencionais HOMEOPÁTICO – A cura pela semelhança FITOTERÁPICO – O poder das plantas 2. TERAPIAS NÃO-MEDICAMENTOSAS SISTEMAS TERAPÊUTICOS
  • 38. NOME QUÍMICO (ESTRUTURAL) N-(4-hidroxifenil)- etanamida NOME GENÉRICO (DCB) Paracetamol NOME COMERCIAL (®) NOMES DOS FÁRMACOS
  • 40. CLASSES FARMACOLÓGICAS da P-344 “MEDICAMENTOS CONTROLADOS” HIPNÓTICOS E SEDATIVOS ANSIOLITICOS ANTI-DEPRESSIVOS ANTI-PSICÓTICOS ANTI-CONVULSIVANTES NARCÓTICOS OUTROS... NOTIFICAÇÕES DE RECEITA
  • 41. TIPOS DE TARJA e SIGNIFICADOS M.I.P.’s ou NÃO TARJADOS
  • 43. MEDICAMENTO REFERÊNCIA Pioneiro e Inovador (1ª patente comercial) Possui nome fantasia (Marca®) Eficácia, segurança e qualidade reconhecidas por órgão oficial MEDICAMENTO GENÉRICO (G) – LEI 9787/99 Produzido após expiração da patente do Medicamento Referência Testado e aprovado, por órgãos competentes, quanto à eficácia, segurança e qualidade (em relação ao Medicamento de Referência Identificado visualmente pela tarja amarela com “G” “Mais barato” porquê usa a DCB do principio-ativo e não Marca® comercial MEDICAMENTO SIMILAR Tem o(s) mesmo(s) principio-ativo(s) MAS NÃO necessariamente as mesmas “características técnicas” Possui nome fantasia (Marca®) MAS diferente daquela do medicamento de referência Normalmente “mais barato” pois o laboratório produtor não investiu em pesquisa, desenvolvimento e divulgação, (como acontece com o medicamento de referência!)
  • 44. MEDICAMENTO SIMILAR BIOEQUIVALENTE (EQ) Desde 2003, alguns medicamentos similares passaram a apresentar os mesmos testes de biodisponibilidade exigidos para os genéricos, por órgãos específicos (ANVISA), o que os tornou aptos a serem intercambiáveis com Medicamentos de Referência. Os Similares EQ estão listados na RDC 58/2014, que é constantemente atualizada. Todos os medicamentos similares intercambiáveis constantes da RDC 58 devem ter na bula a informação: “MEDICAMENTO SIMILAR EQUIVALENTE AO MEDICAMENTO DE REFERÊNCIA”. Antes da RDC 58 só era possível intercambiar medicamentos referência e medicamentos genéricos (e vice-e-versa)
  • 45.
  • 46. Uma EMBALAGEM é qualquer recipiente ou material que envolve/protege temporariamente um produto, visando conservá-lo em perfeitas condições durante seu transporte, armazenamento e consumo. Há 3 classes de embalagens, desenvolvidas e escolhidas para aumentar a vida útil do medicamento e preservá-lo da melhor forma durante o uso. Embalagens primárias – contato direto com o medicamento. Há 3 tipos: a. Envelopes (sachês) - normalmente para pós e granulados b. Cartela e blisteres – bandejas moldadas normalmente usadas para individualizar capsulas, comprimidos e drágeas. Pode-se “diferenciar” uma cartela de um blister pq este último tem “bolhas transparentes”! c. Frascos e bisnagas – embalagens de metal, plástico ou vidro normalmente empregadas para líquidos e semissólidos. . . 2. Embalagens secundárias – protegem ou contém a embalagem primaria. Ex. Caixinhas de Remédio. (é o CARTUCHO MEDICAMENTOSO, que deve trazer informações farmacológicas básicas, além de informações comerciais e técnicas.) . 3. Embalagens terciárias – protegem ou contém as embalagens primaria e secundaria. Ex. caixas de papelão Embalagens Medicamentosas O DESCARTE das embalagens prevê que as primárias, devido ao contato direto com a medicação, devem ir para LIXO QUIMICO (Grupo B dos RSS), já que podem estar sujas devido a manuseio incorreto, quebras e outros descuidos. As secundarias e primarias são tratadas como LIXO COMUM e podem até serem recicladas.
  • 47. Informações mínimas obrigatoriamente contidas nas embalagens medicamentosas Nome (Marca® Comercial), se for o caso; Nome do Princípio-Ativo (DCB); Forma Farmacêutica; Concentração do Princípio-Ativo (DOSE); Tarjas (de Segurança ou Informativas); Tipo de Uso e Vias de Administração; E também... quantidade por embalagem; nome do laboratório produtor; prazo de validade; nº de registro; lote.
  • 48. UM VISLUMBRE DO FUTURO ? HOJE 7 BILHÕES DE HABITANTES NA TERRA E EM 2050 SEREMOS 10 BILHÕES! NOVAS NECESSIDADES! O QUE COMER? ONDE VIVER? SURTOS DE URBANIZAÇÃO, MIGRAÇÕES GLOBAIS, NOVAS MISCIGENAÇÕES RACIAIS, DESTRUIÇÃO DE HABITATS NATURAIS E ESPÉCIMES DA FLORA E FAUNA, MUDANÇAS CLIMÁTICAS, CONFLITOS BÉLICOS... ENFIM, O CENÁRIO PERFEITO PARA O SURGIMENTO DE NOVOS PATÓGENOS!
  • 49. TOP 10 DO “MEDO” ! 1. NOVAS CEPAS DE INFLUENZA 2. VÍCIO/DEPÊNDENCIA VIRTUAL 3. BACTÉRIAS MULTI-RESISTENTES 4. DOENÇAS CAUSADAS POR NANOPARTÍCULAS 5. PARASITOSES E OUTRAS DOENÇAS RELACIONADAS À HIGIENE E À COLAPSOS SANITÁRIOS 6. ANTIGOS VÍRUS 7. NOVOS VÍRUS 8. DISFORIA TECNOLÓGICA 9. “NOVOS DESAFIOS EM VELHAS DOENÇAS” 10.
  • 50. E A RESPOSTA DA FARMACOLOGIA! 1. ENGENHARIA GENÉTICA/CÉLULAS-TRONCO 2. CHIPS FARMACOLÓGICOS 3. IMPRESSÃO 3D DE MEDICAMENTOS 4. PERSONALIZAÇÃO DE FÁRMACOS 5. NANOFARMACOLOGIA 6. RNA INTERFERENCE 7. BIOFÁRMACOS 8. DROGAS IDEAIS 9. “FÁRMACOS DAS PROFUNDEZAS” 10.