2. • ABRIRAVIA- Iniciar a escalada de uma via; conquistar.
ACOCHAR -Apertar.
AGARRA - Saliência da rocha usada na escalada. Tecnicamente é onde
colocamos as mãos. Torna-se apoio quando colocamos os pés.
AIR TRAFFIC CONTROL (ATC) - “Controlador de Tráfego Aéreo”. Na verdade
um “apelido” que colocaram no “aparelho de frenagem para segurança e rapel” o
qual permite a descida em corda dupla ou simples e facilita a colocação da corda
no aparelho sem ter que desclipá-lo do mosquetão.
ALÇA - Anel que se obtém permeando a corda e unindo suas extremidades sem
cruzá-las.
ANCORAGEM - Ponto de fixação da corda.
ANEL DE FITA - Trata-se de um pedaço de fita tubular ou plana unida através do
Nó de Fita ou previamente costurada (mais resistentes).
APOIO - Saliência da rocha onde colocamos os pés para escalar. Quando
colocamos as mãos denominamos tecnicamente de agarra.
À PROVA DE BOMBAS - Totalmente confiável. Usamos tal terminologia
normalmente para nos referirmos às ancoragens que suportam forças de
impacto bem grandes sem se romperem.
ARREMATE - Arranjo feito no final de uma corda para reforçar o nó principal e
evitar que se desfaça aumentando a segurança.
ASCENSÃO - Subida.
AUTOBLOCANTE - Que bloqueia por si só. Termo usado para nos referirmos
aos nós que se apertam quando submetidos à tração, por exemplo, Prusik,
Machard, Backman entre outros.
AUTO-SEGURANÇA - Consiste em se fazer a própria segurança durante uma
escalada (o que é menos comum, mas possível) ou num rapel (mais comum).
3. • Usa-se geralmente um cordelete com um nó autoblocante preso à solteira acima
ou abaixo do aparelho de frenagem.
BACK UP - Termo inglês que significa voltar atrás, ter uma segunda chance. Na
escalada e em técnicas verticais o termo é muito usado para significar
“redundância”, ou seja, sempre necessitamos ter pronto um segundo sistema de
segurança separado do primeiro.
BAIXA - Termo militar que significa não estar em condições de trabalhar por
motivos diversos (baixado: problema de saúde) ou que saiu do serviço
(demissão).
BALANÇO - Tipo de amarração feita em galhos e troncos de árvores antes de
serem cortados, para facilitar o direcionamento de queda, evitando-se acidentes.
BAUDRIER - Mesmo que cadeirinha. Termo muito usado no militarismo.
BELAY LOOP - É um pequeno anel de fita existente na maioria das cadeirinhas
onde instala-se o mosquetão para o rapel ou para dar segurança a quem estiver
escalando. Também chamado de anel de segurança.
BITOLA- Diâmetro da corda.
BLOCANTE - Mesmo que autoblocante.
BM - Bombeiro Militar.
CABO AÉREO - Corda tracionada entre dois pontos de ancoragem e que serve
para transposição de tropa, equipamentos e/ou feridos. No Corpo de Bombeiros
Militar de Minas Gerais padronizou-se com os usos e costumes que cabo aéreo é
na horizontal. Na diagonal torna-se Tirolesa.
CABO SOLTEIRO - Pedaço de corda que não tem aplicação especial. Serve
para segurança e assentos. (Manual de Fundamentos de Bombeiro - MABOM)
CADEIRINHA - conjunto de fitas costuradas nas pernas e cintura formando uma
espécie de “arreio” que é vestido pelo escalador. Existem modelos diversos, de
acordo com as várias atividades existentes.
CARGA DE TRABALHO (CT) - É a carga máxima “teórica” que o equipamento
4. • pode suportar, dentro de uma margem de segurança. É o resultado de uma
fórmula na qual dividimos a Carga de Ruptura (CR) pelo Fator de Segurança
(FS).
CARGA DE RUPTURA (CR) - É a carga máxima “real” que o equipamento pode
suportar, segundo testes de laboratórios. É a carga na qual o equipamento se
romperá CHAPELETA - É uma das partes de um tipo de proteção fixa que é instalada na
rocha para proteção das vias. É o “olhal” por onde introduzimos o mosquetão.
CHICOTE - É a extremidade de uma corda (mesmo que “ponta”).
CLIPAR -Ato de instalar o mosquetão a alguma coisa.
COCA - Laçada provocada pelo desenrolar inexato da corda. O Freio em Oito
comumente causa tal efeito na corda.
CORDADA - Conjunto de dois ou mais escaladores unidos uns aos outros
através de cordas.
CORDA DUPLA - Técnica de escalada onde se utilizam duas cordas dinâmicas,
sendo que a cada costura uma delas é passada no mosquetão alternadamente.
Dessa forma, caso a corda venha a arrebentar-se durante uma queda, haverá a
segunda corda na proteção imediatamente abaixo servindo de “back up”. Nesse
caso usam-se cordas de 10 a 11mm.
CORDA DINÂMICA - Corda fabricada com uma “elasticidade” natural que pode
variar de 6 a 10% do seu comprimento com vista a absorver o impacto causado
pela queda de quem estiver escalando, evitando danos à ancoragem, ao
equipamento e/ou ao corpo do escalador. Sua “alma”, ou “miolo” é constituída de
fios torcidos que funcionam como “molas” ao receberem tensão.
CORDA ESTÁTICA - Praticamente não existem. No Manual de Salvamento em
Altura do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio de Janeiro encontramos
referência a uma corda “estática” que tinha inclusive alguns fios de aço na
5. • constituição da “alma”. Seria uma corda “que não se estica”. Porém, é difícil
conceber essa hipótese em atividades de altura. Tal corda seria utilizada apenas
para içamento de cargas e, principalmente, para montagem de cabos aéreos e
tirolesas.
CORDA GÊMEA - Técnica de escalada onde se utilizam duas cordas de
diâmetros menores, normalmente 9mm cada uma, sendo ambas passadas ao
mesmo tempo no mosquetão da costura. Dessa forma, no caso de queda do
escalador, as duas cordas absorverão a força de impacto. A vantagem dessa
técnica é que se uma das cordas se arrebentar, a outra servirá de “back up”.
CORDA SEMI-ESTÁTICA - Corda que está no meio termo entre uma corda
estática e uma dinâmica. Estica-se cerca de 1 a 2% do seu comprimento e deve
suportar queda de fator até 1 (um) para receber a certificação UIAA. É usada em
técnicas verticais para içamento de cargas, em sistemas de redução, tirolesas
entre outras.
CORDASIMPLES - É a utilização de apenas uma corda durante a escalada.
CORDELETE - É um cordim emendado, normalmente com um Nó de Pescador
Duplo, formando um anel que é usado, na maioria das vezes, para a confecção
de nós autoblocantes para tracionamento de cordas ou para auto-segurança
durante o rapel.
CORDIM - São “cordas” de diâmetros reduzidos, cerca de 6 a 8mm. São
cortadas em pedaços de 1,5 a 2,0m e unidas pelas pontas formando os
“cordeletes”.
CORRER- Mesmo que escorregar.
COSTURA - Equipamento composto por uma fita costurada tendo dois
mosquetões, geralmente sem travas, em cada extremidade. Usada para reduzir
o atrito da corda com a rocha e diminuir seu “zigue-zague” durante a subida,
reduzindo o atrito com os mosquetões.
COSTURAR -Ato de passar a corda pelas costuras durante uma escalada.
CRUX - É a parte mais difícil de uma via.
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6. • CUME - Ponto mais alto de uma montanha.
DAR UM LEVE -Aliviar o peso.
DESCLIPAR -Ato de retirar o mosquetão de alguma coisa.
DESCOCHAR -Ato de desmanchar os fios de uma corda.
DOUBLE BACK - Termo inglês que significa “dupla volta”. As fivelas de
determinadas cadeirinhas possuem tal sistema o qual demonstrou ser bem
prático tanto para apertar as fitas quanto para soltá-las, evitando-se acidentes.
Foi patenteada pela empresa PETZL.
ENCADENAR - Escalar a via até o final, sem quedas.
ENCORDAR (encordoar) - Fixar a corda à cadeirinha mediante uma amarração.
ENFIADA- Espaço compreendido entre uma parada e outra na via de escalada.
EQUALIZAÇÃO - Arranjo feito com anéis de fitas, fitas tubulares ou cordas, no
qual o peso da carga é dividido igualmente entre as ancoragens.
ESTROPO - Arranjo feito com anéis de fita (ou cordas) e mosquetão, onde
fixamos uma corda durante a ancoragem. O anel de fita é permeado uma ou mais
vezes e passado em volta do ponto de ancoragem. Normalmente é usada para
proteger a corda evitando seu contato direto com o ponto de ancoragem. A
palavra realmente significa, segundo Edil Dalbian Ferreira em seu Dicionário
para Bombeiros, “cabo de ferro em forma de anel, o qual prende o remo à
forqueta ou tolete”.Alguns manuais usam o termo inglês “strop”, que significa, ao
pé da letra, uma tira usada para afiar navalhas.
FALCAÇA - Arremate que se faz na extremidade da corda para que ela não se
desfie. Em corda de nylon a falcaça pode ser feita a fogo.
FATOR DE QUEDA - É um valor expresso em números que representa a
severidade e o grau de perigo de uma queda durante a escalada. Em Vias
Ferratas e similares esse fator pode chegar a “10” ou mais. Na escalada não
ultrapassa o valor “2”, que é considerado o mais severo.Após uma queda de fator
2 recomenda-se descartar os equipamentos envolvidos, tamanha é a força de
impacto gerada pela queda. Tal valor é encontrado dividindo-se a altura da queda
7. • pela quantidade total de corda liberada entre o guia e o segurança.
FATOR DE SEGURANÇA (FS) - Valor usado no cálculo da Carga de Trabalho
(CT) para garantir uma margem de segurança na utilização dos equipamentos -
divide-se a Carga de Ruptura (CR) pelo Fator de Segurança (FS). Segundo a
“National Fire Protection Association” (NFPA) 1983, para as atividades de
bombeiros e Salvamentos em Alturas diversas, o Fator de Segurança (FS), para
carga humana é “15” e para as demais cargas é “5”. No Brasil não temos uma
doutrina a respeito a não ser o Manual de Salvamento em Altura do Corpo de
Bombeiros Militar do Estado do Rio de Janeiro, no qual o FS é “5”, não havendo
distinção entre carga humana e/ou material. Para polias normalmente e FS gira
em torno de “5”, segundo os fabricantes.
FAZERAVIA- Escalar a via.
FITAEXPRESSA- Mesmo que anel de fita. Termo normalmente utilizado para os
anéis de fita previamente costurados pela fábrica. A palavra “expressa”, por
analogia, deriva do fato das fitas estarem à mão, em condições de “pronto
emprego”.
FITA PLANA - Fita que não é tubular, ou seja, não é “oca”. Trata-se de uma fita
única costurada.
FITA TUBULAR - Fita “oca”. Quando apertamos suas bordas ela fica com o
formato de um “tubo”, daí o nome.
FORÇA DE CHOQUE - Mesmo que Força de Impacto. É a força gerada com a
queda do escalador. A fórmula para seu cálculo é Força (F) igual à raiz quadrada
de 2 multiplicado pelo peso do escalador, pela constante de elasticidade da
corda e pelo Fator de Queda (FQ).
FORÇADE IMPACTO - Mesmo que Força de Choque.
GATILHO - Parte móvel do mosquetão por onde é clipado qualquer objeto.
Também conhecido como “portal”, “dedo” ou “mola”.
GRAMPO - Modelo de proteção fixa feita de aço. Normalmente em forma de “P”.
É fixada perpendicularmente à rocha por pressão e à “marreta”.
8. • GUIA - É aquele que vai à frente a escalada “abrindo a via” e equipando-a para a
subida dos demais escaladores. Na maioria das vezes é sempre o mais
experiente do grupo.
GUIAR -Ato de escalar uma via primeiro, liderando o grupo, basicamente usando
costuras, por onde será passada a corda.
HMS - Modelo de mosquetão desenvolvido para se dar segurança com o nó
dinâmico “UIAA” (ou Meio-Porco). Também é o mais recomendado para se
utilizar com os freios Yoyo e SRC. A sigla é abreviatura de “Halbmasturf
sicherung”, que nada mais é do que “mosquetão para ser dar segurança
utilizando o nó UIAA”.
LEPAR - Contrário de Rapel. A palavra inclusive é rapel escrito de trás para
frente. Significa escalar determinado ponto usando uma corda cheia de nós
(corda fradeada) para facilitar a pegada.
LOOP BELAY - Ver Belay Loop.
MANDAR O LANCE - Escalar uma das partes da via.
MORDER - É prender, por oclusão, alguma parte da corda em outra parte dela ou
superfície rígida.
MOSQUETÃO - “Anel de alumínio de tamanho e formato variável que permite a
conexão entre diferentes equipamentos de escalada”. (GASGUES, Marcus
Vinícius. Montanha em Fúria. São Paulo: Editora Globo, p.262).
PARADA - Local protegido da via onde os escaladores se ancoram para
descansar ou montar o rapel para a descida. É onde se faz a equalização com
fitas para montagem do “Top Rope”.
PASSA-MÃO - Termo empregado pelo Exército Brasileiro para referir-se a uma
corda previamente tencionada entre dois ou mais pontos por onde o escalador
clipa o mosquetão de sua solteira ou instala um nó blocante para transitar com
segurança em altura.
PASSAR A CORDA - Desenrolar a corda e deslizá-la sobre as mãos
inspecionando seu estado de conservação e desfazendo possíveis cocas
9. • (torções).
PÊNDULO - Ato de cair e, posteriormente, oscilar horizontalmente, de um ponto
ao outro pendurado à corda. Pode ser empregado taticamente para se chegar a
determinado ponto na rocha ou de prédios onde esteja a vítima.
PERMEAR -Ato de dobrar a corda ao meio.
PRONTIDÃO DE INCÊNDIO - “PRONTIDÃO – efetivo de bombeiros que
permanece numa organização (unidade, subunidade, posto etc.), diuturnamente
preparados e equipados para o atendimento de emergências, desde que
solicitada a intervenção. Guarnições grupadas ou isoladas.” (FERREIRA, Edil
Daubian. Dicionário para Bombeiros. São Paulo, 1985, p. 167).
PROTEÇÕES - Equipamentos instalados na rocha ou na edificação onde serão
clipadas as costuras e passada a corda. Normalmente são de matal, como
chapeletas, grampos etc.
PSEUDO-EQUALIZAÇÃO - Trata-se de uma “quase” equalização, ou seja, a
carga tem seu peso sustentado por dois ou mais pontos sendo que, geralmente,
o peso maior fica na ancoragem principal. Utiliza-se nós blocantes presos à
corda principal.
RACK - Alças das cadeirinhas destinadas a instalação de equipamentos
diversos, principalmente as costuras.Algumas cadeirinhas têm racks que podem
suportar até 5 kgf. Nome também usado numa espécie de freio para rapel
constituído de “barretes” e feito em aço.
RAPEL- Mesmo que “Rappel”. Termo aportuguesado.
RAPPEL - “Termo que vem do francês, é usado mundialmente nos círculos
alpinistas. Significa descer com auxílio de uma corda fixa”. (KRAKAUER, Jon. No
Ar Rarefeito. P. 23).
RETINIDA - É uma corda fina utilizada para trabalhos especiais, como, por
exemplo, içar a ponta de uma corda de bitola maior.
ROTA- Mesmo que via. Termo mais usado em manuais militares.
SAFAR -Ato de liberar uma corda quando enrolada ou presa.
10. • SEGUNDO - É o escalador que vai depois do guia.
SEGURANÇA - É aquele que faz a proteção de quem está escalando ou
rapelando, cuidando para que não caia, tencionando a corda e,
conseqüentemente, travando o equipamento de frenagem.
SEIO - Meio da corda.
SOCAR -Apertar, ajustar.
SOLTEIRA - Anel de fita atado à cadeirinha com um nó Boca de Lobo, tendo na
outra extremidade um mosquetão com trava. Usada para o escalador prender-se
às proteções das paradas e ficar ancorado.
STRING - Proteção de borracha colocada na ponta da solteira visando fixar o
mosquetão na sua posição além de proteger o tecido do anel de fita do atrito com
a rocha ou superfícies ásperas.
STROP - Ver “estropo”.
TETO - “Trecho em que a parede de escalada se projeta para fora, formando um
teto sobre o escalador”. (KRAKAUER, Jon. Sobre Homens e Montanhas.
Companhia das Letras, 1999, p. 214).
TOP ROPE - Técnica de segurança em que a corda é passada por cima.
TRACIONAMENTO - Puxar, esticar, tencionar uma corda.
UIAA - União Internacional das Associações de Alpinistas. Órgão oficial que
realiza testes em equipamentos de escalada emitindo uma homologação que é
mundialmente conhecida com sinônimo de qualidade, confiança e segurança.
VACA- Queda. O termo foi “plagiado” dos surfistas.
VAQUETA- Tipo de couro com o qual são fabricadas luvas utilizadas no rapel.
VIA - É o caminho para se escalar a via. Quem conquista e fixa as proteções nas
vias estabelece um caminho “obrigatório” para escalá-la; desviar de tal caminho
é abrir outra via ou não fazer a via original. É o mesmo que “rota”.
VIA FERRATA - “É um caminho suspenso equipado de escadas e protegido por
cabos de aço”. (Catálogo PETZL, 2001, p. 58)