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Curso de Tecnicos de Farmacia-6
FARMÁ
CIA 6
5o GRUPO
EMULSÕES
EMULSÕES
 É a mistura entre dois líquidos imiscíveis em que um deles (a
fase dispersa) encontra-se na forma de finos glóbulos no seio
do outro líquido (a fase contínua), formando uma mistura
estável.
 Exemplos de emulsões incluem manteiga e margarina,
maionese, café expresso e alguns cosméticos. As emulsões
mais conhecidas consistem de água e óleo.
CONTIN.
 São sistemas dispersos constituídos de duas fases
líquidas imiscíveis (oleosa e aquosa), onde a fase
dispersa ou interna é finamente dividida e distribuída em
outra fase contínua ou externa. Temos emulsões do tipo
óleo em água (O/A: fase externa aquosa) e água em óleo
(A/O: fase externa oleosa).
CONTIN.
CONT
 São formas farmacêuticas líquidas ou semi-sólidas, de
aspecto cremoso, resultante da dispersão de um líquido
no seio do outro no qual é imiscível a custa de um agente
emulsificante.
 As emulsões são formas obtidas pela dispersão mecânica
de líquidos imiscíveis entre si, estabilizadas através do
uso de tensioactivos. Na forma líquida para uso tópico
recebe a
 denominação de loção. Para massagem, denomina-se
linimento. Na forma semi-sólida, recebe o nome de
creme.
VANTAGENS
 Formulação medicamentos hidrossolúveis e lipossolúveis
juntos
 Uso oral: permite mascarar sabor desagradável
 Permite diminuir irritabilidade dérmica de certos
fármacos
 Administração de óleos e gorduras via endovenosa para
nutrição Parenteral
 Administração I. V. de fármacos lipossolúveis
ESTABILIDADE DAS EMULSÕES
As emulsoes devem manter-se estaveis
durante um prazo mais ou menos longo, apos
a sua preparacao. Contudo por vezes alteram-
se algum tempo depois da sua preparacao.
Existem tres categorias de alteracoes das
emulsoes sem incluir as alteracoes de ordem
microbiana:
CONTIN.
 Floculacao e formação de crème;
 Coalescência e separação das fases;
 Alterações físicas e químicas diversas.
CONTIN.
 Floculaҫão - processo onde colóides saem de suspensão
na forma de agregados, formando partículas maiores,
ditos "flocos" ou "flóculos".
 Coalescência - quando em uma mistura multifásica,
ocorre a união de duas ou mais parcelas de uma fase em
prol da formação de uma única (unidade ou parcela).
CONTIN.
 As emulsões são instáveis termodinamicamente e,
portanto não se formam espontaneamente, sendo
necessário fornecer energia para formá-las através de
agitação, de homogeneizadores, ou de processos de
spray. Com o tempo, as emulsões tendem a retornar
para o estado estável de óleo separado da água.
 Os agentes emulsificantes (ou surfactantes) são
substâncias adicionadas às emulsões para aumentar a
sua estabilidade cinética tornando-as razoavelmente
estáveis e homogéneas. Um exemplo de alimento
emulsionado é a maionese, na qual a gema de ovo
contém o fosfolipídeo lecitina que estabiliza a
emulsão do azeite na água.
CONT
 A estabilidade de uma emulsão depende
essencialmente de três fenómenos: sedimentação,
floculação e quebra da emulsão devido a
coalescência das gotículas dispersas.
 A sedimentação resulta de uma diferença de
densidade entre as duas fases e consiste na migração
de uma das substâncias para o topo da emulsão, não
sendo necessariamente acompanhada de floculação
das gotas.
CONTIN.
 As colisões entre as gotas podem resultar em floculação,
que pode levar a coalescência em glóbulos maiores.
CONTIN.
 Eventualmente, a fase dispersa pode se tornar a fase
contínua, separada da dispersão média por uma única
interface. O tempo levado para tal separação de fases
pode ser de segundos ou até anos, dependendo da
formulação da emulsão
CONT.
 Para aumentar a estabilidade cinética das emulsões tornando-
as razoavelmente estáveis, um terceiro componente, o agente
emulsificante, pode ser adicionado. Os materiais mais
eficientes como agentes emulsificantes são os tensioactivos,
alguns materiais naturais e certos sólidos finamente divididos.
Esses materiais formam um filme adsorvido ao redor das
gotas dispersas e ajudam a prevenir a floculação e a
coalescência
COMPOSIÇÃO BÁSICA DA EMULSÃO
 Fase aquosa
 Fase Oleosa
 Tensioactivo (Agente emulsificante)
 Agentes Antioxidantes
 Conservantes
 Flavorizantes e Corantes (Emulsões Orais)
FASE OLEOSA
 Oleos vegetais: soja, amendoim, amêndoas, algodão,
semente de uva, macadâmia, girassol, outros
 Ésteres graxos (MIP)
 Acidos graxos
 Álcoois graxos
 Silicones
 Ceras de abelhas e carnaúba
TENSOACTIVO
O tensoactivo é o agente emulsivo e torna a
emulsão mais estável, pois, interpõe-se entre a fase
dispersa e dispersante, retardando assim, a
separação. O tipo de emulsão é determinado pela
solubilidade do agente emulsificante:
Apresentam a propriedade de reduzir a tensão
superficial da água e de outros líquidos.
Sua molécula apresenta um componente hidrofílico
(polar) e lipofílico (apolar).
TENSOACTIVO
 Se o agente emulsificante é mais solúvel na água
(hidrofílico, a água será a fase contínua, se formará
emulsão do tipo O/A).
 Se o agente emulsificante é mais solúvel na óleo
(lipofílico, o óleo será a fase contínua, se formará
emulsão do tipo A/O).
CONT.
 Agentes de detergência ou limpeza;
 Emulsionantes;
 Agentes de tratamento, condicionamento ou
sobreengordurante;
 Agentes espumantes;
 Agentes de viscosidade ou de espessamento da formulação;
 Agentes de redução de irritação de pele e olhos.
TENSOACTIVOS PODEM SER CLASSIFICADOS
 Aniônico
Fornece íons orgânicos carregados
negativamente.
Apresentam um óptimo poder de detergência e
espuma.
Ex: Sabões de ácidos graxos, Lauril sulfato de
sódio, Alquil éter sulfonatos
NÃO IÓNICOS
Em solução aquosa não sofrem ionização,
não possuem carga.
 Aplicação em emulsionantes para cremes,
loções, óleos de banho, auxiliar de
espessamento para xampus.
Ex: Mono e diestearato de etilenoglicol,
Lanolina etoxiladas, Ésteres de sorbitan,
óxidos de amina graxa e outros.
CATIÔNICOS
Ao se ionizar em solução aquosa, fornece
íons orgânicos carregados positivamente.
São incompatíveis com aniônicos, não
toleram água dura, íons ferro e metais
pesados.
São usados na preparação de condicionadores
e como agentes bactericidas em sabonetes.
Ex: Compostos quartenários de amónios,
Polímeros quartenários (Cloreto de
benazalconio)
ANFÓTEROS
 Possuem grupos funcionais com carácter aniônico e catiônico.
 Ex: Anfótero betaínicotaína (betaína de coco) - Tem aplicação com
co-tensoativo para aumento da espuma, viscosidade e redução da
irritação
 dos xampus, sabonetes líquidos e loções higenizantes.
 Ex: Anfótero imidazolínico (ácidos graxos de coco) - Tem
propriedades de suavidade da pele e
 olhos. Aplicação em xampus e sabonetes infantis.
SELECÇÃO E USO DE TENSOACTIVO
Detergência
É um processo complexo que implica na
umectação de um substrato (pele ou cabelo), na
eliminação das sujidades
Umectância
Todos os agentes tensoactivos possuem certa
propriedade umectante
Emulsificante
Um bom agente emulsificante requer uma unidade
hidrofóbica ligeiramente maior que a de um
umectante.
SELECÇÃO E USO DE TENSOACTIVO
Solubilização
Todos os agentes tensoactivos acima de sua
concentracao. Micelar possuem propriedades
solubilizantes. Ex: Incorporar um
componente orgânico insolúvel em um
produto transparente, como um xampu
MICELA
Após uma certa concentração, as moléculas
de tensoactivo, na solução, passam a se
agregar sob a forma de micelas. São as
micelas os “entes” da solução responsáveis
pela catálise micelar e pela solubilização da
gorduras
OS SEGUINTES FACTORES FAVORECEM A
ESTABILIDADE DE EMULSÕES:
 Tensão superficial baixa: a adsorção de surfactantes nas interfaces
óleo-água diminui a energia interfacil, facilitando o desenvolvimento
e aumentando a estabilidade das grandes áreas interfaciais
associadas com as emulsões;
 Filme interfacial mecanicamente forte e elástico: a estabilidade
das emulsões é favorecida pela protecção mecânica dada pelo filme
adsorvido ao redor da gota. A elasticidade do filme também é
importante para permitir a recuperação após distúrbios locais;
CONT.
Repulsão das duplas camadas eléctricas: a
repulsão entre as partículas diminui os choques
evitando a floculação. Quando agentes
emulsificantes iônicos são usados, a repulsão da
dupla camada eléctrica lateral pode prevenir a
formação de filmes compactos. O efeito de
expansão dos filmes pode ser minimizado usando
uma mistura de um filme iônico com um não-iônico
e/ou aumentando a concentração electrolítica na
fase aquosa;
Volume pequeno da fase dispersa: favorece a
formação de gotículas pequenas;
CONT.
Gotículas pequenas: gotas grandes são
menos estáveis devido a sua menor razão de
área/volume, que aumentam a tendência da
gota crescer;
Viscosidade alta: diminui as colisões
retardando a floculação e sedimentação.
CONT.
 O tipo de emulsão formada quando dois líquidos
imiscíveis são homogeneizados depende dos volumes
relativos das duas fases e da natureza do agente
emulsificante. Quanto maior for o volume da fase,
maior é a probabilidade do líquido se tornar a fase
contínua. Sabões de metais alcalinos favorecem a
formação de emulsões óleo em água, enquanto que
sabões de metais pesados favorecem a formação de
emulsões água em óleo. Além disso, a fase na qual o
agente emulsificante é mais solúvel tende a ser a fase
contínua.
VERIFICAÇÃO DAS EMULSÕES
O controle das emulsões deve ter, especialmente, o controlo e
apreciação de:
 Determinação do teor em agua;
 Determinação do teor em gordura total;
 Determinação do pH
 Avaliação da estabilidade;
 Determinação da viscosidade;
 Determinação do diâmetro das partículas dispersas
CLASSIFICAÇÃO DAS EMULSÕES
1.Quanto a carga:
 Iônicas +
 Não iônicas -
2. Quanto ao tipo de emulsões
Quanto ao tipo de emulsoes podem ser:
a) Quanto à fase interna
 A/O (fase interna água/ fase externa óleo)
 O/A (fase interna óleo/fase externa água)
 Múltiplas O/A/O e A/O/A (fase interna é uma
emulsão)
CONT.
b) Quanto ao tamanho da fase interna elas
podem ser:
-Macroemulsões
-leitosas
-gotícula :> 400 nm
-Miniemulsões
-gotícula: 100-400 nm
CONT.
Microemulsões
-transparentes
-termodinamicamente estáveis
-gotícula: < 100 nm
VIAS DE ADMINISTRAÇÃO DAS EMULSÕES
Emulsões orais
As emulsões orais são normalmente emulsões
do tipo O/A.
 Utiliza-se com frequência no preparo destas
formulações as gomas ou surfactantes não
iônico como agentes emulsivos.
 Exemplos de Emulsões Orais :
- Emulsão com Óleo de Fígado de
Bacalhau
- Emulsão de Óleo Mineral

EMULSÕES TÓPICAS (CREMES E LOÇÕES
CREMOSAS)
Os cremes são emulsões O/A ou A/O de alta
viscosidade e constituída de uma fase aquosa e oleosa
homogeneizadas através da utilização de um terceiro
componente que possui afinidade por ambas as fases
(tensoactivo).
Sua aparência geralmente é branca, devido o maior
tamanho dos glóbulos oleosos.
As loções são emulsões O/A ou A/O de média e baixa
viscosidade podendo utilizar além do tensoactivo um
solvente alcoólico.
A aparência das loções pode ser branca
(macroemulsão) ou transparente ( microemulsão)
dependendo do dos glóbulos oleosos emulsionados.
CONT.
Emulsões gel
• Creme clássico- 12% ceras;
• Creme gel – 8% ceras;
• Custo menor;
• Confere toque mais suave.
Preparo:
• Preparar o gel aquoso;
• Adicionar 1 a 2% de Microemulsão de silicone;
• Homogeneizar até ocorrer turvação
CARACTERÍSTICAS DAS EMULSÕES O/A
 Tacto menos oleoso;
 Secagem rápida;
 Condutividade eléctrica semelhante à fase aquosa;
 São coloridas por corantes hidrossolúveis;
 Podem formar um espuma branca quando aplicados sobre a
pele;
 É obrigatório de uso de conservantes;
 Exigem necessariamente a adição de umectantes.
NO PREPARO DAS EMULSÕES TÓPICAS DEVEMOS:
Aquecer os componentes hidrossolúveis e
lipossolúveis á uma temperatura em torno de
80º a 85º.
Adicionar uma fase à outra (a fase de maior
quantidade sobre a de menor) agitando até a
formação da emulsão.
Adicionar activos, essências quando a
temperatura esfriar a cerca de 30º.
PREPARAÇÃO DAS EMULSOES
Adicionar fase dispersa na fase contínua, sob
agitação
Outros componentes -dissolvidos antes da mistura,
na fase em que são solúveis
Emulsões O/A: -Podem ser obtidas pela técnica
inversa (F.A. add. F. O.)
Componentes oleosos sólidos/semi-sólido
 devem ser previamente fundidos
 fase aquosa deve ser aquecida na mesma
temperatura
CONT.
Ingredientes voláteis -adicionados após
resfriamento da emulsão
Componentes que possam influenciar na
estabilidade - devem ser diluídos ao
máximo/adicionados lentamente
Escolha do equipamento (homogeneizadores,
“mixers”) - depende da intensidade de agitação
requerida para obter o tamanho de partícula
desejável.
BIBLIOGRAFIA
 PRISTA, Luís Vasco Nogueira; ALVES, António Correia; ett
all; Tecnologia farmacêutica 4a edição; volume 1. editora
fundação Calouste. Portugal. 1996.pg.633
 HIR, A. Le. Noções da Farmácia Galénica; 6a edição; André
editora. São Paulo, 1997.pg.176, 269,379, 407, 426.
 MINISTERIO DA SAUDE. Tecnologia farmacêutica. Vol.I; 1ª
edição. Maputo. 2011.p.g.36;37.

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  • 1. Curso de Tecnicos de Farmacia-6
  • 4.
  • 5. EMULSÕES  É a mistura entre dois líquidos imiscíveis em que um deles (a fase dispersa) encontra-se na forma de finos glóbulos no seio do outro líquido (a fase contínua), formando uma mistura estável.  Exemplos de emulsões incluem manteiga e margarina, maionese, café expresso e alguns cosméticos. As emulsões mais conhecidas consistem de água e óleo.
  • 6. CONTIN.  São sistemas dispersos constituídos de duas fases líquidas imiscíveis (oleosa e aquosa), onde a fase dispersa ou interna é finamente dividida e distribuída em outra fase contínua ou externa. Temos emulsões do tipo óleo em água (O/A: fase externa aquosa) e água em óleo (A/O: fase externa oleosa).
  • 8. CONT  São formas farmacêuticas líquidas ou semi-sólidas, de aspecto cremoso, resultante da dispersão de um líquido no seio do outro no qual é imiscível a custa de um agente emulsificante.  As emulsões são formas obtidas pela dispersão mecânica de líquidos imiscíveis entre si, estabilizadas através do uso de tensioactivos. Na forma líquida para uso tópico recebe a  denominação de loção. Para massagem, denomina-se linimento. Na forma semi-sólida, recebe o nome de creme.
  • 9. VANTAGENS  Formulação medicamentos hidrossolúveis e lipossolúveis juntos  Uso oral: permite mascarar sabor desagradável  Permite diminuir irritabilidade dérmica de certos fármacos  Administração de óleos e gorduras via endovenosa para nutrição Parenteral  Administração I. V. de fármacos lipossolúveis
  • 10. ESTABILIDADE DAS EMULSÕES As emulsoes devem manter-se estaveis durante um prazo mais ou menos longo, apos a sua preparacao. Contudo por vezes alteram- se algum tempo depois da sua preparacao. Existem tres categorias de alteracoes das emulsoes sem incluir as alteracoes de ordem microbiana:
  • 11. CONTIN.  Floculacao e formação de crème;  Coalescência e separação das fases;  Alterações físicas e químicas diversas.
  • 12. CONTIN.  Floculaҫão - processo onde colóides saem de suspensão na forma de agregados, formando partículas maiores, ditos "flocos" ou "flóculos".  Coalescência - quando em uma mistura multifásica, ocorre a união de duas ou mais parcelas de uma fase em prol da formação de uma única (unidade ou parcela).
  • 13. CONTIN.  As emulsões são instáveis termodinamicamente e, portanto não se formam espontaneamente, sendo necessário fornecer energia para formá-las através de agitação, de homogeneizadores, ou de processos de spray. Com o tempo, as emulsões tendem a retornar para o estado estável de óleo separado da água.  Os agentes emulsificantes (ou surfactantes) são substâncias adicionadas às emulsões para aumentar a sua estabilidade cinética tornando-as razoavelmente estáveis e homogéneas. Um exemplo de alimento emulsionado é a maionese, na qual a gema de ovo contém o fosfolipídeo lecitina que estabiliza a emulsão do azeite na água.
  • 14. CONT  A estabilidade de uma emulsão depende essencialmente de três fenómenos: sedimentação, floculação e quebra da emulsão devido a coalescência das gotículas dispersas.  A sedimentação resulta de uma diferença de densidade entre as duas fases e consiste na migração de uma das substâncias para o topo da emulsão, não sendo necessariamente acompanhada de floculação das gotas.
  • 15. CONTIN.  As colisões entre as gotas podem resultar em floculação, que pode levar a coalescência em glóbulos maiores.
  • 16. CONTIN.  Eventualmente, a fase dispersa pode se tornar a fase contínua, separada da dispersão média por uma única interface. O tempo levado para tal separação de fases pode ser de segundos ou até anos, dependendo da formulação da emulsão
  • 17. CONT.  Para aumentar a estabilidade cinética das emulsões tornando- as razoavelmente estáveis, um terceiro componente, o agente emulsificante, pode ser adicionado. Os materiais mais eficientes como agentes emulsificantes são os tensioactivos, alguns materiais naturais e certos sólidos finamente divididos. Esses materiais formam um filme adsorvido ao redor das gotas dispersas e ajudam a prevenir a floculação e a coalescência
  • 18. COMPOSIÇÃO BÁSICA DA EMULSÃO  Fase aquosa  Fase Oleosa  Tensioactivo (Agente emulsificante)  Agentes Antioxidantes  Conservantes  Flavorizantes e Corantes (Emulsões Orais)
  • 19. FASE OLEOSA  Oleos vegetais: soja, amendoim, amêndoas, algodão, semente de uva, macadâmia, girassol, outros  Ésteres graxos (MIP)  Acidos graxos  Álcoois graxos  Silicones  Ceras de abelhas e carnaúba
  • 20. TENSOACTIVO O tensoactivo é o agente emulsivo e torna a emulsão mais estável, pois, interpõe-se entre a fase dispersa e dispersante, retardando assim, a separação. O tipo de emulsão é determinado pela solubilidade do agente emulsificante: Apresentam a propriedade de reduzir a tensão superficial da água e de outros líquidos. Sua molécula apresenta um componente hidrofílico (polar) e lipofílico (apolar).
  • 21. TENSOACTIVO  Se o agente emulsificante é mais solúvel na água (hidrofílico, a água será a fase contínua, se formará emulsão do tipo O/A).  Se o agente emulsificante é mais solúvel na óleo (lipofílico, o óleo será a fase contínua, se formará emulsão do tipo A/O).
  • 22. CONT.  Agentes de detergência ou limpeza;  Emulsionantes;  Agentes de tratamento, condicionamento ou sobreengordurante;  Agentes espumantes;  Agentes de viscosidade ou de espessamento da formulação;  Agentes de redução de irritação de pele e olhos.
  • 23. TENSOACTIVOS PODEM SER CLASSIFICADOS  Aniônico Fornece íons orgânicos carregados negativamente. Apresentam um óptimo poder de detergência e espuma. Ex: Sabões de ácidos graxos, Lauril sulfato de sódio, Alquil éter sulfonatos
  • 24. NÃO IÓNICOS Em solução aquosa não sofrem ionização, não possuem carga.  Aplicação em emulsionantes para cremes, loções, óleos de banho, auxiliar de espessamento para xampus. Ex: Mono e diestearato de etilenoglicol, Lanolina etoxiladas, Ésteres de sorbitan, óxidos de amina graxa e outros.
  • 25. CATIÔNICOS Ao se ionizar em solução aquosa, fornece íons orgânicos carregados positivamente. São incompatíveis com aniônicos, não toleram água dura, íons ferro e metais pesados. São usados na preparação de condicionadores e como agentes bactericidas em sabonetes. Ex: Compostos quartenários de amónios, Polímeros quartenários (Cloreto de benazalconio)
  • 26. ANFÓTEROS  Possuem grupos funcionais com carácter aniônico e catiônico.  Ex: Anfótero betaínicotaína (betaína de coco) - Tem aplicação com co-tensoativo para aumento da espuma, viscosidade e redução da irritação  dos xampus, sabonetes líquidos e loções higenizantes.  Ex: Anfótero imidazolínico (ácidos graxos de coco) - Tem propriedades de suavidade da pele e  olhos. Aplicação em xampus e sabonetes infantis.
  • 27. SELECÇÃO E USO DE TENSOACTIVO Detergência É um processo complexo que implica na umectação de um substrato (pele ou cabelo), na eliminação das sujidades Umectância Todos os agentes tensoactivos possuem certa propriedade umectante Emulsificante Um bom agente emulsificante requer uma unidade hidrofóbica ligeiramente maior que a de um umectante.
  • 28. SELECÇÃO E USO DE TENSOACTIVO Solubilização Todos os agentes tensoactivos acima de sua concentracao. Micelar possuem propriedades solubilizantes. Ex: Incorporar um componente orgânico insolúvel em um produto transparente, como um xampu
  • 29. MICELA Após uma certa concentração, as moléculas de tensoactivo, na solução, passam a se agregar sob a forma de micelas. São as micelas os “entes” da solução responsáveis pela catálise micelar e pela solubilização da gorduras
  • 30. OS SEGUINTES FACTORES FAVORECEM A ESTABILIDADE DE EMULSÕES:  Tensão superficial baixa: a adsorção de surfactantes nas interfaces óleo-água diminui a energia interfacil, facilitando o desenvolvimento e aumentando a estabilidade das grandes áreas interfaciais associadas com as emulsões;  Filme interfacial mecanicamente forte e elástico: a estabilidade das emulsões é favorecida pela protecção mecânica dada pelo filme adsorvido ao redor da gota. A elasticidade do filme também é importante para permitir a recuperação após distúrbios locais;
  • 31. CONT. Repulsão das duplas camadas eléctricas: a repulsão entre as partículas diminui os choques evitando a floculação. Quando agentes emulsificantes iônicos são usados, a repulsão da dupla camada eléctrica lateral pode prevenir a formação de filmes compactos. O efeito de expansão dos filmes pode ser minimizado usando uma mistura de um filme iônico com um não-iônico e/ou aumentando a concentração electrolítica na fase aquosa; Volume pequeno da fase dispersa: favorece a formação de gotículas pequenas;
  • 32. CONT. Gotículas pequenas: gotas grandes são menos estáveis devido a sua menor razão de área/volume, que aumentam a tendência da gota crescer; Viscosidade alta: diminui as colisões retardando a floculação e sedimentação.
  • 33. CONT.  O tipo de emulsão formada quando dois líquidos imiscíveis são homogeneizados depende dos volumes relativos das duas fases e da natureza do agente emulsificante. Quanto maior for o volume da fase, maior é a probabilidade do líquido se tornar a fase contínua. Sabões de metais alcalinos favorecem a formação de emulsões óleo em água, enquanto que sabões de metais pesados favorecem a formação de emulsões água em óleo. Além disso, a fase na qual o agente emulsificante é mais solúvel tende a ser a fase contínua.
  • 34. VERIFICAÇÃO DAS EMULSÕES O controle das emulsões deve ter, especialmente, o controlo e apreciação de:  Determinação do teor em agua;  Determinação do teor em gordura total;  Determinação do pH  Avaliação da estabilidade;  Determinação da viscosidade;  Determinação do diâmetro das partículas dispersas
  • 35. CLASSIFICAÇÃO DAS EMULSÕES 1.Quanto a carga:  Iônicas +  Não iônicas - 2. Quanto ao tipo de emulsões Quanto ao tipo de emulsoes podem ser: a) Quanto à fase interna  A/O (fase interna água/ fase externa óleo)  O/A (fase interna óleo/fase externa água)  Múltiplas O/A/O e A/O/A (fase interna é uma emulsão)
  • 36. CONT. b) Quanto ao tamanho da fase interna elas podem ser: -Macroemulsões -leitosas -gotícula :> 400 nm -Miniemulsões -gotícula: 100-400 nm
  • 38. VIAS DE ADMINISTRAÇÃO DAS EMULSÕES Emulsões orais As emulsões orais são normalmente emulsões do tipo O/A.  Utiliza-se com frequência no preparo destas formulações as gomas ou surfactantes não iônico como agentes emulsivos.  Exemplos de Emulsões Orais : - Emulsão com Óleo de Fígado de Bacalhau - Emulsão de Óleo Mineral 
  • 39. EMULSÕES TÓPICAS (CREMES E LOÇÕES CREMOSAS) Os cremes são emulsões O/A ou A/O de alta viscosidade e constituída de uma fase aquosa e oleosa homogeneizadas através da utilização de um terceiro componente que possui afinidade por ambas as fases (tensoactivo). Sua aparência geralmente é branca, devido o maior tamanho dos glóbulos oleosos. As loções são emulsões O/A ou A/O de média e baixa viscosidade podendo utilizar além do tensoactivo um solvente alcoólico. A aparência das loções pode ser branca (macroemulsão) ou transparente ( microemulsão) dependendo do dos glóbulos oleosos emulsionados.
  • 40. CONT. Emulsões gel • Creme clássico- 12% ceras; • Creme gel – 8% ceras; • Custo menor; • Confere toque mais suave. Preparo: • Preparar o gel aquoso; • Adicionar 1 a 2% de Microemulsão de silicone; • Homogeneizar até ocorrer turvação
  • 41. CARACTERÍSTICAS DAS EMULSÕES O/A  Tacto menos oleoso;  Secagem rápida;  Condutividade eléctrica semelhante à fase aquosa;  São coloridas por corantes hidrossolúveis;  Podem formar um espuma branca quando aplicados sobre a pele;  É obrigatório de uso de conservantes;  Exigem necessariamente a adição de umectantes.
  • 42. NO PREPARO DAS EMULSÕES TÓPICAS DEVEMOS: Aquecer os componentes hidrossolúveis e lipossolúveis á uma temperatura em torno de 80º a 85º. Adicionar uma fase à outra (a fase de maior quantidade sobre a de menor) agitando até a formação da emulsão. Adicionar activos, essências quando a temperatura esfriar a cerca de 30º.
  • 43. PREPARAÇÃO DAS EMULSOES Adicionar fase dispersa na fase contínua, sob agitação Outros componentes -dissolvidos antes da mistura, na fase em que são solúveis Emulsões O/A: -Podem ser obtidas pela técnica inversa (F.A. add. F. O.) Componentes oleosos sólidos/semi-sólido  devem ser previamente fundidos  fase aquosa deve ser aquecida na mesma temperatura
  • 44. CONT. Ingredientes voláteis -adicionados após resfriamento da emulsão Componentes que possam influenciar na estabilidade - devem ser diluídos ao máximo/adicionados lentamente Escolha do equipamento (homogeneizadores, “mixers”) - depende da intensidade de agitação requerida para obter o tamanho de partícula desejável.
  • 45. BIBLIOGRAFIA  PRISTA, Luís Vasco Nogueira; ALVES, António Correia; ett all; Tecnologia farmacêutica 4a edição; volume 1. editora fundação Calouste. Portugal. 1996.pg.633  HIR, A. Le. Noções da Farmácia Galénica; 6a edição; André editora. São Paulo, 1997.pg.176, 269,379, 407, 426.  MINISTERIO DA SAUDE. Tecnologia farmacêutica. Vol.I; 1ª edição. Maputo. 2011.p.g.36;37.