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Curso Técnico em Transações Imobiliárias
                                                   Módulo – Economia e Mercados




                        ECONOMIA E MERCADOS
                              Prof. Ms. Paulo Borges Campos Júnior
Curso Técnico em Transações Imobiliárias
                                                            Módulo – Economia e Mercados



                  SUMÁRIO

              1. Introdução Á Economia
              2. Teoria Elementar Da Demanda
              3. Teoria Elementar Da Produção
              4. O Mercado
              5. Contabilidade Social
              6. Consumo e Poupança
              7. Emprego
              8. Economia Monetária
              9. Sistema Financeiro
              10. Inflação
              11. O Setor Externo
              12. O Setor Público
              13. Crescimento e Desenvolvimento Econômico
              14. Políticas Macroeconômicas
              15. Globalização Econômica
              Bibliografia
              Questões
              Gabarito
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                  APRESENTAÇÃO

              Uma das maneiras de estar no mundo, é através do conhecimento que você
              tem e adquire. Ele é construído de diversas formas, seja na escola, no
              trabalho ou em casa. O que se deseja e se espera daqueles envolvidos no
              mercado imobiliário é a consciência e o cumprimento da responsabilidade
              quanto à buscar do conhecer que, com certeza, irá colaborar para a
              realização dos seus sonhos e desejos.

              A economia, enquanto ciência social aplicada, se preocupa com o problema
              da escassez, oferecendo ou tentando oferecer alternativas apropriadas para
              a solução desse grave mal que assola de diversas maneiras todo o mundo. A
              fome, o desemprego, a inflação são apenas algumas das preocupações por
              parte daqueles que exercem a profissão de economista.
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                  APRESENTAÇÃO

                O profissional imobiliarista não está divorciado da preocupação em se
              resolver o citado problema da escassez. Na verdade, no seu dia-a-dia, ele
              lida com pessoas que tem necessidades ilimitadas e recursos limitados.
              Essas pessoas confiam então os seus patrimônios imobiliários, que na
              maioria das vezes é o único bem que eles tem, a esses profissionais, com a
              intenção de que os mesmos os comercializem, tanto na venda como na
              compra, buscando assim aumentar os limites dos seus recursos.

              Este trabalho tem a intenção de oferecer ao profissional do ramo imobiliário
              um importante instrumento para a construção do seu conhecimento. Ele foi
              escrito de uma maneira clara e sistematizada, buscando sempre facilitar o
              entendimento de uma área do saber que é a economia. Os conceitos, leis e
              teorias básicas da ciência econômicas estão aqui apresentados, de acordo
              com as principais bibliografias que tratam de tais questões.
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                  APRESENTAÇÃO


              Ao ler e estudar esse material, você certamente estará dando passos firmes
              na direção da construção do saber e é isso que faz a grande diferença entre
              o profissional preparado e daquele fadado ao fracasso. Invista em você
              mesmo, através do estudo, e tenha uma vida de vitórias e realizações.

              Boa Sorte.

              Pr. Ms. Paulo Borges Campos Júnior
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                  1. INTRODUÇÃO À ECONOMIA

              A economia passou a ser vista como ciência a partir da Grécia antiga, onde
              tivemos os primeiros registros de trabalhos econômicos.

              A economia faz parte de uma ciência maior, denominada de ciências
              sociais, onde a economia estuda a ação econômica do homem, envolvendo
              essencialmente o processo de produção, a geração e a apropriação da
              renda, o dispêndio (as despesas) e o processo de acumulação.

              A economia para que possa dar respostas aos problemas
              econômicos, procura o respaldo das demais áreas do conhecimento, das
              ciências humanas, exatas (matemáticas) e com outras ciências, com o fim de
              juntas resolver os problemas econômicos.
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                  1. INTRODUÇÃO À ECONOMIA

              Em outras palavras, a economia, segundo Rossetti (1997), se preocupa com
              todos os aspectos que estejam relacionados à produção, distribuição, custos
              e acumulação de bens e serviços.

              A economia se preocupa com grandes temas que interferem de uma ou de
              outra maneira na vida do homem. Dentre eles temos: escassez de recursos,
              emprego, produção, trocas, valor, moeda, preços, mercados, concorrência,
              remunerações, agregados, transações, crescimento, equilíbrio, organização.
              Tais temas fazem parte da vida do homem e representam o campo de
              estudo da ciência econômica.
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                  1.1. Conceito de Economia

              Devido à complexidade dos problemas que envolvem o comportamento do
              homem, pode haver vários conceitos diferentes para a economia, pois a
              cada época, devido às concepções políticas-ideológicas de cada
              sociedade, pode-se observar a economia sob um ângulo diferenciado.

              Na medida em que novas preocupações de ordem econômica vão surgindo
              na vida do homem, o seu conceito vai evoluindo.

              No entanto, levando-se em consideração que vários podem ser os conceitos
              de economia, cada um à sua época, conforme a época, adotaremos o
              seguinte conceito de economia:
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                  1.1. Conceito de Economia

              “A economia é a ciência que estuda as formas de comportamento humano resultantes
              da relação existente entre as ilimitadas necessidades a satisfazer e os recursos que,
              embora escassos, se prestam a usos alternativos”. ROSSETTI (1997, p.52.)


              A partir deste conceito, pode-se verificar que a preocupação básica da
              economia se refere aos escassos recursos para atender as necessidades
              ilimitadas. Tal conceito vale-se do fato, de que temos necessidades
              ilimitadas para satisfazer, e que os recursos para tal fim são escassos, onde
              temos que escolher a melhor alocação dos mesmos para produzir o
              necessário para satisfazer nossas necessidades.

              A economia procura examinar as opções viáveis que se apresentam aos
              agentes econômicos, denominados estes de: unidades familiares, empresas
              e governo, para empregar os limitados recursos sob seu comando, tomando
              decisões racionais diante de várias alternativas.
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                  1.2. O Problema Fundamental da Economia

              Segundo Rossetti (1997), o problema fundamental da economia está
              relacionado ao conflito entre os recursos limitados e necessidades
              ilimitáveis. Em outras palavras, o problema fundamental da economia se
              refere à escassez dos recursos de produção.

              Como não temos uma abundância relativa dos recursos de produção, nossas
              necessidades não são completamente satisfeitas. Se todos os bens fossem
              livres, a disponibilidade ilimitada de recursos seria de tal ordem que a
              obtenção de quaisquer bens não seria problema. Daí, não necessitaria da
              ciência econômica, pois não haveria problemas a resolver. Não haveria
              conflitos de interesses.
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                  1.2. O Problema Fundamental da Economia

              Mas são raros os bens que ainda são livres (água da chuva, por exemplo),
              que não temos que pagar para adquiri-lo. Até mesmo o ar que respiramos,
              que ainda é livre, vai, pouco a pouco, se transformando em bem econômico.
              Daí surge à necessidade da economia, para podermos usufruir, da melhor
              maneira possível, destes recursos que são escassos.

              Como nenhum sistema econômico foi capaz de satisfazer plenamente todas
              as necessidades dos indivíduos (em termos de bens e serviços), temos então
              a importância da economia, para nos ajudar a alocar recursos escassos para
              atender as necessidades ilimitadas.
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                  1.2. O Problema Fundamental da Economia

              Em todos os países, as unidades familiares exigem mais e melhores
              produtos. As empresas para produzi-los exigem equipamentos de mais alta
              sofisticação, mais ágeis e mais produtivos. E os governos, para garantirem a
              satisfação das necessidades dos outros agentes, têm de fornecer mais infra-
              estrutura econômica e social, melhores bens e serviços públicos. Ambos
              necessitam da economia para auxiliá-los.
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                  1.3. Quatro Perguntas Fundamentais

              São questões que acontecem em todas as economias, independente do
              grau de desenvolvimento que possuem.

              A primeira questão diz respeito ao que produzir. O que produzir com os
              recursos que são escassos para atender as necessidades ilimitadas da
              sociedade. Várias podem ser as alternativas de produção, dentre elas o que
              produzir para usufruir e gastar da melhor maneira possível os recursos que
              são limitados.

              Quanto produzir se refere à segunda questão. Se refere a quanto produzir
              de determinado produto ou produtos para atender as necessidades da
              sociedade, para a sustentação do seu bem-estar corrente e para a
              progressiva melhoria do seu padrão de vida.
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                  1.3. Quatro Perguntas Fundamentais

              A terceira questão é de como produzir. Como produzir para otimizarmos os
              recursos de produção (terra, capital, trabalho, capacidade tecnológica e
              capacidade empresarial) face à sua escassez.

              A última pergunta fundamental diz respeito para quem produzir. Para quem
              vai ser direcionado o produto/serviço. Tal questionamento é importante
              para que se produza o necessário para atender as necessidades da
              sociedade.

              Considerando que as respostas destas perguntas são extremamente
              relevantes para resolver os problemas econômicos que afetam as
              sociedades como um todo, várias são as possibilidades de se produzir
              bens/serviços, com a disponibilidade limitada de recursos, para atendê-las.
              Neste sentido, essas possibilidades de produção existentes podem ser
              destinadas a uma variedade de combinações de diferentes categorias de
              bens e serviços que podem ser destinados para a sociedade.
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                  1.4. A Curva de Possibilidade de Produção

              A curva de possibilidade de produção retrata quais são as alternativas para a
              utilização dos recursos, quando se compara a produção de dois ou mais
              produtos. Neste caso, os recursos não são suficientes para produzir toda a
              quantidade de todos os produtos para atender a sociedade, pois os mesmos
              são escassos. Daí a escolha de alternativas entre o que se produzir de um e
              de outro produto para atender as necessidades da população.

              Unidades Familiares, Empresas e Governo, fazem parte de diferentes
              grupos de agentes econômicos que interagem, participando direta ou
              indiretamente de todas as transações que realizam dentro de determinado
              sistema econômico. Ou seja, podem ser consumidores e/ou produtores dos
              bens/serviços que são destinados a eles próprios enquanto agentes
              econômicos.
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                  1.4. A Curva de Possibilidade de Produção

              Por unidades familiares entende-se todos os tipos de unidades
              domésticas, unipessoais ou familiares, com ou sem laços de
              parentesco, segundo as quais a sociedade como um todo se encontra
              segmentada. Essas unidades familiares possuem e fornecem os recursos de
              produção (na forma de trabalho), devido a isso, se apropriam de diferentes
              categorias de rendas (que podem ser salários, aluguéis, juros, etc.), e a
              partir daí decidem como, quando e onde e em que as rendas recebidas
              serão despendidas.

              Já as empresas, são os agentes econômicos que empregam e combinam os
              recursos de produção para a geração dos bens e serviços que atenderão às
              necessidades de consumo e de acumulação da sociedade. Essas empresas
              são heterogêneas, ou seja, são de diversos tipos e produzem diferentes
              produtos.
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                  1.4. A Curva de Possibilidade de Produção

              O governo é o agente coletivo que contrata diretamente o trabalho das
              unidades familiares e que adquire uma parcela da produção das empresas
              para proporcionar bens e serviços úteis à sociedade como um todo.

              Esses agentes é que fazem parte do processo produtivo em que se tem que
              escolher entre alternativas diferentes, devido à escassez de recursos.

              Todos os agentes econômicos, considerados isoladamente ou em conjunto,
              defrontam com esta restrição econômica. As unidades familiares podem ter
              aspirações ilimitáveis, mas defrontam com a amarga realidade dos recursos
              escassos, definidos por orçamentos restritos proveniente de sua limitação
              de renda.
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                  1.4. A Curva de Possibilidade de Produção

              Normalmente, alguma coisa é sacrificada em favor de outra. E as
              prioridades decididas, não importam quais sejam, traduzem sempre custos
              de oportunidade. Custos de se produzir um bem em detrimento do
              sacrifício de outro. Em outras palavras, se refere ao custo de se deixar de
              produzir um bem em detrimento de outro.
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                  1.5. Os Fatores de Produção

              Os fatores de produção representam os recursos disponíveis, que
              combinados, são direcionados para a produção de bens e/ou serviços para o
              atendimento das necessidades da população.

              a) Fator Terra
              O Fator Terra constitui a base sobre a qual se exercem as atividades dos
              demais recursos de produção. As reservas naturais, renováveis ou não,
              encontram-se na base de todo o processo de produção. As dádivas da
              natureza, aproveitadas pelo homem em seus estados naturais ou então
              transformadas, são direcionadas para as outras atividades de produção.

              É a partir da interação com os demais fatores de produção que se viabiliza
              seu efetivo aproveitamento. Aqui é importante a consciência social sobre
              sua preservação e reposição, no intuito de tenha um melhor
              aproveitamento.
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                  1.5. Os Fatores de Produção

              b) Fator Trabalho
              É a parte da população total, considerada produtiva, que é definida por
              faixas etárias. É constituído por uma parcela da população total denominada
              de economicamente ativa, que contribui para o processo de produção.

              Segundo Rossetti (1994), os limites da          faixa etária considerada
              economicamente ativa variam em função de        dois fatores relevantes: o
              estágio de desenvolvimento da economia e        o conjunto de definições
              institucionais, geralmente expresso através      da legislação social e
              previdênciaria.

              Em todos os países, uma parcela da população economicamente
              ativa, embora apta, fica à margem do processo produtivo. É a porção
              economicamente inativa.
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                  1.5. Os Fatores de Produção

              c) Fator Capital
              Compreende o conjunto das riquezas acumuladas pela sociedade. Com o
              emprego destas riquezas é que a população ativa se equipa para o exercício
              das atividades de produção. Esse conjunto de riquezas dá suporte às
              operações produtivas realizadas por parte da sociedade.

              O fator capital constitui-se das diferentes categorias de riqueza acumulada,
              empregadas na geração de novas riquezas. Também são chamados de bens
              de investimento. Podem ser: máquinas, equipamentos, instrumentos e
              ferramentas, energia, telecomunicações, transportes, educação e cultura,
              saúde e saneamento, segurança, construções e edificações (prédios),
              plantações, etc. Referem-se as riquezas utilizadas pelas empresas para
              efetuar a produção, representam os ativos das empresas, seu patrimônio.
              Caracteriza-se por aumentar a eficiência do trabalho humano, para a
              produção de bens e serviços.
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                  1.5. Os Fatores de Produção

              d) Fator capacidade tecnológica
              É constituída pelo conjunto de conhecimentos e habilidades que dão
              sustentação ao processo de produção, envolvendo desde os conhecimentos
              acumulados sobre as fontes de energia empregadas, passando pelas formas
              de extração de reservas naturais, pelo seu processamento, transformação e
              reciclagem, até chegar à configuração e ao desempenho dos produtos finais
              resultantes. É o elo de ligação entre o capital, a força de trabalho e o fator
              terra.
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                  1.5. Os Fatores de Produção

              e) Fator Capacidade Empresarial
              É através dela que os recursos disponíveis são reunidos, organizados e
              acionados para o exercício de atividades produtivas. O processo de
              produção, em seus fundamentos, dá-se pela mobilização combinada dos
              fatores terra, trabalho e capital, sob determinado padrão tecnológico. E o
              fator mobilizador é a capacidade empresarial.
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                  1.6. O Sistema Econômico

              Pode ser definido como sendo a forma política, social e econômica pela qual
              está organizada uma sociedade. É um sistema que organiza a produção, a
              distribuição e o consumo de bens e serviços destinados à população.

              Fazem parte do sistema econômico o estoque de fatores de produção
              (terra, capital, trabalho, etc.), os agentes econômicos (unidades
              familiares, empresas e governo) e um conjunto de instituições. O estoque
              dos fatores de produção constitui a própria base da atividade econômica.

              Nenhum sistema econômico é possível sem que um conjunto de normas
              jurídicas discipline os deveres e as obrigações dos detentores dos recursos e
              das unidades que os empregarão. Daí o surgimento das complexas
              instituições.
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                  1.6. O Sistema Econômico

              Os sistemas econômicos podem ser classificados em:

              Sistema capitalista de produção, que é aquele regido pelas leis de mercado,
              onde predomina a livre iniciativa e propriedade privada dos fatores de
              produção;

              Sistema socialista, que é aquele em que as questões econômicas
              fundamentais são resolvidas por um órgão central de planejamento,
              predominando a propriedade pública dos bens de produção.
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                   2. TEORIA ELEMENTAR DA DEMANDA

              Como o estudo da demanda está alicerçado no conceito de utilidade, cabe-
              nos primeiramente conceituarmos utilidade.

              Utilidade é a qualidade que os bens econômicos possuem de satisfazer as
              necessidades humanas. Está utilidade difere de consumidor para
              consumidor, uma vez que está baseada em aspectos psicológicos ou a
              preferências.

              Como está utilidade visa satisfazer as necessidades humanas, têm que
              apresentar algum valor. É um conceito subjetivo, onde considera que o valor
              nasce da relação homem com os bens e/ou serviços.
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                   2. TEORIA ELEMENTAR DA DEMANDA

              A demanda/procura pode ser definida como a quantidade de um
              determinado bem ou serviço que os consumidores desejam adquirir em
              determinado período de tempo a um determinado preço, mantidas
              constantes todas as outras variáveis (coeteris paribus). As outras variáveis
              que influenciam a escolha (demanda) do consumidor. São elas: o preço do
              bem ou serviço, o preço dos outros bens, a renda do consumidor e o gosto
              ou preferência do indivíduo. Então, quando o preço de uma mercadoria
              aumenta, tudo o mais permanecendo constante, o consumidor perde o que
              chamamos de poder de compra.

              Dentro do estudo da demanda, temos a chamada Lei Geral da Demanda,
              que mostra que há uma relação inversamente proporcional entre a
              quantidade demandada e o preço do bem, coeteris paribus. Esta relação
              pode ser vista pela Curva de Demanda.
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                  2.1. Curva de Demanda

               A curva de demanda revela as preferências dos consumidores, sob a
              hipótese de que estão maximizando sua utilidade, ou seja, estão
              maximizando o grau de satisfação no consumo daquele produto. No
              exemplo da curva abaixo podemos verificar que para cada nível de preços as
              pessoas estão dispostas a adquirir determinadas quantidades de bens, onde
              quanto menor o preço mais produtos elas estarão dispostas a adquirir. A
              curva de demanda inclina-se de cima para baixo, no sentido da esquerda
              para a direita, tendo uma inclinação negativa, devido a inversibilidade da
              relação preço e quantidade demandada.
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                  2.1. Curva de Demanda

              Outras variáveis podem influenciar a demanda como: a renda dos
              consumidores; os preços dos outros bens e serviços; os hábitos e
              preferências dos consumidores; os gastos com propaganda e publicidade,
              etc.

              Em teoria da demanda preço é um conceito de extrema importância. O
              preço expressa o valor de troca entre as mercadorias. É sua expressão
              monetária de valor, que é utilizado para calcular o valor das mercadorias. A
              parte da economia que estuda a formação de preços é dita de
              microeconomia. Tal teoria trata além da formação de preços, da fixação de
              preços mínimos por parte do governo, dos efeitos dos impostos sobre
              mercados específicos e sobre os custos de produção, dentre outros.
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                  2.2. Bens complementares e substitutos

              São bens que interferem na demanda de um produto por parte do
              consumidor. Pois quanto mais substitutos houver para um bem e/ou
              serviço, mais opções ele terá à sua disposição para decidir sobre a sua
              demanda. Neste caso, pequenas variações em seu preço, para cima, por
              exemplo, farão com que o consumidor passe a adquirir mais de seu produto
              substituto, provocando queda em sua demanda maior do que a variação do
              preço. Por exemplo, o consumidor tem sua demanda por uma certa
              quantidade      de     tomate,    que     possui    vários    substitutos
              (repolho, cenoura, vagem, pepino, abóbora, etc.), neste caso, qualquer
              variação de preço por mais pequena que seja do tomate, os consumidores
              estarão dispostos a trocar uma certa quantidade (ou toda ela) de tomate
              por quantidades de seus produtos substitutos.
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                  2.2. Bens complementares e substitutos

              Já para os bens complementares, também são bens que tendem a
              influenciar a demanda de outros bens. São bens ditos de complementares,
              porque um está relacionado ao consumo do outro. Como por exemplo, o
              pão e a manteiga. Neste caso, quando o preço do pão subir isto ocasionará
              uma queda na demanda do próprio pão e, conseqüentemente, na demanda
              da própria manteiga, que o consumidor utiliza para passar no pão.

              Outra classificação que temos que ter em mente quando estamos falando
              de demanda, diz respeito se os bens são bens de consumo, daí temos os
              bens de consumo duráveis e não duráveis; dos bens de capital e dos bens
              intermediários.
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                  2.2. Bens complementares e substitutos

              Bens de consumo são àqueles bens destinados ao consumo final dos
              consumidores. No caso específico dos bens de consumo duráveis, são por
              exemplo:          televisores,         geladeira,       aparelho     de
              som, carro, liquidificador, etc., pois são bens que não possuem consumo
              imediato. Já os bens de consumo não duráveis, são bens destinados ao
              consumo final e são consumidos imediatamente pelos consumidores, por
              exemplo: alimentos, produtos de higiene e limpeza, etc.

              No tocante aos bens de capital, são ditos como bens que servem para
              produzir outros bens, como por exemplo, uma máquina de costura, ou
              seja, máquinas e equipamentos que são utilizados para fabricar outros bens.
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                  2.2. Bens complementares e substitutos

              Por último temos os bens intermediários que também são bens utilizados
              para produzir outros bens, no entanto o fator que o difere dos bens de
              capital, é que os bens intermediários são consumidos durante o processo
              produtivo. Por exemplo, o tecido que utilizado para produzir a camisa, no
              final do processo não existe mais tecido, mas sim camisa, enquanto a
              máquina de costura continua lá sendo utilizada para produzir outros bens.
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                  3. TEORIA ELEMENTAR DA PRODUÇÃO

              A Teoria da Produção pode ser conceituada pelo processo de transformação
              dos fatores adquiridos pela empresa (terra, capital, trabalho, capacidade
              tecnológica e capacidade empresarial) em produtos ou serviços para a
              venda no mercado. Vasconcellos (2000)

              No processo de produção, diferentes insumos ou fatores de produção são
              combinados, de forma a produzir um bem final. As formas como esses
              insumos são combinados constituem os chamados métodos de produção. A
              escolha do método ou processo de produção depende de sua eficiência. Um
              método é tecnicamente eficiente quando comparado com outros
              métodos, utiliza menor quantidade de insumos para produzir uma
              quantidade equivalente do produto. Um método é economicamente
              eficiente, quanto está associado ao método mais barato relativamente a
              outros métodos.
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                  3.1. A função de Produção

              É a relação que mostra a quantidade física obtida do produto a partir da
              quantidade física utilizada dos fatores de produção num determinado
              período de tempo. A função de produção admite sempre que o empresário
              esteja utilizando a maneira mais eficiente de combinar os fatores e,
              conseqüentemente, obter a maior quantidade produzida do produto.
              Podemos representar a função de produção, da seguinte maneira:

                                              Q = f(x1,x2,x3, ... , xn)

              Onde:
              Q é a quantidade produzida do bem ou serviço, num determinado período de tempo;
              x1,x2,x3, ... , xn identificam as quantidades utilizadas de diversos fatores de produção;
              f indica que Q depende da quantidade de insumos utilizados.
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                  3.2. Custo de produção, receita e lucro

               O objetivo básico de uma empresa é a maximização de seus resultados, de
              seu lucro, quando da realização de sua atividade produtiva, da combinação
              dos fatores de produção. Assim sendo, procurará sempre obter a máxima
              produção possível em face da utilização de certa combinação de fatores.

              O resultado dito ótimo para empresa poderá ser obtida quando for possível
              alcançar um dos seguintes objetivos: a) maximizar a produção para um
              dado custo total ou b) minimizar o custo total para um dado nível de
              produção. O primeiro diz respeito que a empresa tem um custo que não
              deve ser maior, pois se não seus lucros também serão maiores, então ela
              procurará produzir cada vez mais para alcançar um patamar de produção
              que lhe dê àquele custo. A alternativa b se refere que a empresa tem uma
              meta de produção que estabelece alcançar e que para alcança-la terá que
              reduzir os seus custos ao mínimo possível.
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                  3.2. Custo de produção, receita e lucro

              Quanto aos custos totais de produção, define-se como o total das despesas
              realizadas pela empresa com utilização da combinação mais econômica dos
              fatores, por meio da qual é obtida uma determinada quantidade do
              produto. Os custos totais de produção (CT) são divididos em custos variáveis
              totais (CVT) e custos fixos totais (CFT):

               CT = CVT + CFT

               Os custos fixos totais (CFT), correspondem à parcela dos custos totais que
              não aumentam com o aumento da produção. São decorrentes dos gastos
              com os fatores fixos de produção, como por exemplo, depreciação, aluguéis,
              seguros, etc.
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                  3.2. Custo de produção, receita e lucro

              Já os custos variáveis totais (CVT), correspondem à parcela dos custos totais
              que variam com o aumento da produção. São despesas realizadas com a
              compra da matéria-prima, materiais secundários, mão-de-obra direta, etc.

              Os custos também podem ser classificados de curto ou longo prazo. Os
              custos de curto prazo são caracterizados por serem compostos por parcelas
              de custos fixos e de custos variáveis e os custos de longo prazo são
              formados unicamente por custos variáveis, pois a partir de determinado
              momento, os próprios custos fixos que eram fixos passam a aumentar, pois
              aumentou o número de máquinas para produzir mais mercadorias.
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                  3.2. Custo de produção, receita e lucro

              Também temos os conceitos de custos médios e marginais. Os custos
              médios são obtidos pela divisão entre o custo total e a quantidade
              produzida, ou seja, representa o custo médio para se produzir determinado
              produto. Já o custo marginal é dado pela variação do custo total em
              resposta a uma variação da quantidade produzida, ou seja, deseja saber
              quanto variará o custo se acrescer uma unidade na produção.

              As empresas têm como objetivo maior a maximização de lucros. Onde se
              pode definir o lucro total como a diferença entre as receitas de vendas da
              empresa e os seus custos totais de produção. Ou seja:

              LT = RT – CT

              Onde: LT = lucro total; RT= receita total e CT= custo total.
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                  3.2. Custo de produção, receita e lucro

              Como receitas totais entende-se o valor das vendas totais realizadas num
              determinado período de tempo. Então como receita teremos:

              RT = P x Q

              Onde: RT= receita total; P= preço e Q= quantidade.

              Ou seja, receita total é igual ao preço do bem ou serviço multiplicado por
              sua respectiva quantidade vendida.

              Qualquer empresa, que deseje maximizar lucros, escolherá o nível de
              produção para o qual a diferença positiva entre receita total e custo total
              sejam a maior possível.
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                  3.3. Curva de Oferta

              A oferta representa as várias quantidades que os produtores desejam
              oferecer ao mercado em determinado período de tempo. Da mesma
              maneira que a demanda, a oferta depende de vários fatores: de seu próprio
              preço, dos demais preços, do preço dos fatores de produção, das
              preferências do empresário e da tecnologia.

              A função oferta mostra uma relação direta entre quantidade ofertada e nível
              de preços, coeteris paribus. Essa representa a chamada Lei Geral da Oferta.

              A relação direta entre a quantidade ofertada de um bem ou serviço e seu
              preço deve-se ao fato de que, um aumento do preço no mercado estimula
              as empresas, os produtores a produzirem mais, aumentando sua receita.
              Podemos expressar a curva de demanda conforme a figura a seguir.
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                  3.3. Curva de Oferta




              A inclinação da curva de oferta e positivamente inclinada, uma vez que a
              relação entre quantidade ofertada e o preço é diretamente proporcional.

              Além do preço do bem, a oferta de bem ou serviço é afetada pelos custos
              dos fatores de produção (matérias-primas, salários, preço da terra) e por
              alterações tecnológicas, ou pelo aumento do número de empresas no
              mercado.
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                  4. O MERCADO

                  4.1. O Preço de Equilíbrio
              A interação das curvas de demanda e oferta determina o preço e a
              quantidade de equilíbrio de um bem ou serviço em um dado mercado.




              No encontro das curvas de oferta e demanda (ponto E) teremos o preço e a
              quantidade de equilíbrio, isto é, o preço e a quantidade que atendem os
              objetivos dos consumidores e dos produtores simultaneamente.
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                  4.1. O Preço de Equilíbrio

              Se a quantidade ofertada se encontrar abaixo daquela de equilíbrio
              E, teremos uma situação de escassez do produto. Haverá uma competição
              entre os consumidores, pois as quantidades procuradas serão maiores que
              as ofertadas. Formar-se-ão filas, o que forçará a elevação dos preços, até
              atingir-se o equilíbrio, quando as filas cessarão.

              Se por outro lado, a quantidade ofertada se encontrar acima do ponto de
              equilíbrio E, haverá um excesso ou excedente de produção, um acúmulo de
              estoques não programado do produto, o que provocará uma competição
              entre os produtores, conduzindo a uma redução dos preços, até que se
              atinja o ponto de equilíbrio.

              Quando há competição, tanto de consumidores quanto de ofertantes, há
              uma tendência natural no mercado para se chegar a uma situação de
              equilíbrio estacionário.
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                  4.2. Classificação dos Mercados

              Há várias formas ou estruturas de mercado. Estas dependem
              fundamentalmente de três características básicas: a) número de empresas
              que compõem esse mercado; b) tipo de produto produzido neste mercado e
              c) se existem ou não barreiras, obstáculos para que novas empresas entrem
              nesse mercado.

              Neste sentido podemos ter as seguintes estruturas de mercado:
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                  4.2. Classificação dos Mercados

              a) Concorrência Perfeita – é um tipo de mercado em que há um grande
              número de vendedores (empresas), de tal sorte que uma empresa,
              isoladamente, por ser insignificante, não afeta os níveis de oferta do
              mercado e, conseqüentemente, o preço de equilíbrio. É um mercado
              “atomizado”, pois é composto de um número expressivo de empresas, como
              se fossem átomos. Esse mercado possui algumas características básicas:
              trabalham com produtos homogêneos, onde não existe diferenciação entre
              os produtos ofertados pelas empresas; não existem barreiras para o
              ingresso de novas empresas, ou seja, qualquer empresa pode entrar no
              mercado facilmente e há transparência no mercado, onde todas as
              informações sobre lucros, preços, etc., são conhecidas por todos os
              participantes do mercado.
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                  4.2. Classificação dos Mercados

              Na realidade, não há o mercado tipicamente de concorrência perfeita no
              mundo real, sendo talvez o mercado de produtos hortifrutigranjeiros (que
              produzem tomate, repolho, pepino, etc.) o exemplo mais próximo que se
              poderia apontar.
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                  4.2. Classificação dos Mercados

              b) Monopólio – Caracteriza-se por apresentar condições opostas às da
              concorrência perfeita. Nele existe, de um lado, um único empresário
              dominando inteiramente a oferta/produção e, de outro, todos os
              consumidores. Não há, portanto, concorrência, nem produto substituto ou
              concorrente. Nesse caso, ou os consumidores se submetem às condições
              impostas pelo vendedor, ou deixarão de consumir o produto.

               Para a existência de monopólios, deve haver barreiras que praticamente
              impeçam a entrada de novas empresas no mercado. Essas barreiras podem
              advir das seguintes condições: controle de matérias-primas, onde o
              monopólio controla a fonte de matéria-prima para produzir o seu produto;
              patentes, onde o monopólio patenteou o produto e não há como outras
              empresas produzirem àquele produto; elevado volume de capital, onde a
              empresa para entrar necessita de alto volume de capital e tecnologia.
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                  4.2. Classificação dos Mercados

              c) Oligopólio – é caracterizado por um pequeno número de empresas que
              dominam a oferta de mercado. Pode caracterizar-se como um mercado em
              que há um pequeno número de empresas ou então onde há um grande
              número de empresas, mas poucas que dominam o mercado.
              No oligopólio, tanto as quantidades ofertadas quanto os preços são fixados
              entre as empresas por meio de conluios ou cartéis. O Cartel é uma
              organização (formal ou informal) de produtores dentro de um setor que
              determina a política de preços para todas as empresas que a ele pertencem.
              Nos oligopólios, normalmente as empresas discutem suas estruturas de
              custos. Há uma empresa líder que, via de regra, fixa o preço, respeitando as
              estruturas de custos das demais, e há empresas satélites que seguem as
              regras ditadas pelas líderes. Esse é um modelo chamado e liderança de
              preços.
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                  4.2. Classificação dos Mercados

              d) Concorrência Monopolista – é uma estrutura de mercado intermediária
              entre a concorrência perfeita e o monopólio, mas que não se confunde com
              oligopólio, pois na concorrência monopolista há um número relativamente
              grande de empresas com certo poder concorrencial, porém com segmentos
              de mercados e produtos diferenciados e com margem de manobra para
              fixação dos preços não muito ampla, uma vez que existem produtos
              substitutos no mercado.
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                  4.3. Estruturas de Mercado de Fatores de
                  Produção

                    Também apresenta diferentes estruturas.

              Concorrência Perfeita no mercado de fatores – é um mercado onde existe
              uma oferta abundante do fator de produção, o que torna o preço desse
              fator constante. Os ofertantes ou fornecedores, como são em grande
              número, não têm condições de obter preços mais elevados por seus
              serviços.

              Monopsônio – é uma forma de mercado na qual há somente um comprador
              para muitos vendedores dos serviços dos insumos e por isso tem
              capacidade de influenciar os preços da matéria-prima que adquiri.
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                  4.3. Estruturas de Mercado de Fatores de
                  Produção

              Oligopsônio – é um mercado onde existem poucos compradores que
              dominam o mercado para muitos vendedores. Ex: indústria de laticínios. Em
              cada cidade, existem dois ou três laticínios que adquirem a maior parte do
              leite dos inúmeros produtores rurais locais.

              Monopólio Bilateral – ocorre quando um monopolista, na compra do fator
              de produção, defronta-se com um monopolista na venda desse fator. Por
              exemplo, só a empresa A compra um tipo de aço que é produzido apenas
              por uma empresa B. Nesses casos, a determinação dos preços de mercado
              dependerá não só de fatores econômicos, mas do poder de barganha de
              ambos.
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                  5. CONTABILIDADE SOCIAL

              A Teoria Macroeconômica estuda a determinação e o comportamento dos
              agregados econômicos nacionais. A parte relativa que estuda a medida
              desses agregados é denominada Contabilidade Social, que é o registro
              contábil das atividades produtivas de um país, ao longo de um dado período
              de tempo.

              A contabilidade social procura definir e medir os principais agregados a
              partir de valores já realizados ou efetivados. Contabilidade Social pode ter
              várias definições de acordo com cada autor, em sua respectiva época.
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                  5. CONTABILIDADE SOCIAL

              Um dos conceitos mais utilizados é o abordado por Rossetti (1992) em que
              Contabilidade Social pode ser entendida como um compartimento da
              Ciência Econômica que se ocupa da preparação sistemática e compreensiva
              de um conjunto articulado de informações sobre os vários tipos de
              transações econômicas, verificadas entre grupos significativos de agentes
              durante determinado período; é assim, uma técnica de quantificação de um
              conjunto de variáveis que interessam à análise econômica global.

              Os agregados macroeconômicos são determinados a partir de um sistema
              contábil que trata o país como se fosse uma grande empresa produzindo um
              produto único.
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                  5.1. Renda e Produto

               O resultado da atividade econômica do país pode ser medido sob três
              óticas: pelo lado da produção e venda de bens e serviços finais na economia
              (ótica do produto e ótica da despesa), e também pela renda gerada no
              processo de produção (ótica da renda), que vem a ser a remuneração dos
              fatores de produção (salários, juros, aluguéis e lucros). As óticas do produto
              e da despesa são medidas no mercado de bens e serviços, enquanto a ótica
              da renda é medida no mercado de fatores de produção.

              Neste caso a empresa efetua despesas com o pagamento de
              salários, juros, aluguéis e lucros distribuídos que são destinados às
              famílias, que por sua vez recebe tais pagamentos como receitas, e as
              empresas pela venda dos seus bens e serviços obtém renda, onde no final
              do período considerado, faz-se a contabilidade das despesas e das receitas
              dessa economia.
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                  5.1. Renda e Produto

              Daí se tem o Produto Nacional (PN) que representa o valor de todos os bens
              e serviços finais, medidos a preços de mercado, produzidos num dado
              período de tempo, onde PN = Σ p.q, sendo p = preço unitário dos bens e
              serviços; q = quantidades produzidas de bens e serviços finais (tanto do
              setor primário, secundário e terciário da economia) e Σ símbolo de
              somatório, ou soma.

              O setor primário da economia se refere àquele onde são produzidos os bens
              e serviços ligados ao segmento agropecuário (agricultura e pecuária). Em
              outras palavras, se referem aos produtos produzidos pelo setor
              agropecuário.

              Já o setor secundário, se refere ao setor industrial, o setor que fabrica
              bens, sejam a partir de mercadorias oriundas do setor agropecuário ou não.
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                  5.1. Renda e Produto

              O setor terciário se refere àquele setor de prestação de serviços ou de
              comércio. Ou seja, é aquele que vende os produtos provenientes da
              indústria ou que presta serviços de uma forma geral, e não fabrica produtos.

              Também temos o conceito de Despesa Nacional (DN) que é o gasto dos
              agentes econômicos com o produto nacional, onde revelam quais são os
              setores compradores do produto nacional.

              Já a Renda Nacional (RN) é a soma dos rendimentos pagos aos fatores de
              produção no período: RN = salários + juros + aluguéis + lucros, para a
              produção dos bens e serviços da economia. Quando dividimos o total desta
              renda pelo total da população de um País, temos a Renda per capita.
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                  5.1. Renda e Produto

              Então, PN, DN e RN são três óticas de medição do resultado da atividade
              econômica de um país num dado período.

              Cabe aqui, também conceituarmos Valor Adicionado, conceito importante
              quando estamos medindo toda a produção da economia. Valor adicionado
              pode ser entendido como o valor que se adiciona ao produto em cada
              estágio de produção. Somando o valor adicionado em cada estágio de
              produção, chegaremos ao produto final da economia.

              Valor adicionado = valor bruto da produção (receita de vendas) – compra de
              bens e serviços intermediários
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                  5.2. Os principais agregados
                  macroeconômicos

              Além dos conceitos de Produto Nacional, de Despesa Nacional e de Renda
              Nacional, tem-se outros conceitos, que fazem parte dos chamados
              agregados macroeconômicos. São eles:

              Poupança agregada – é a parcela da renda nacional (RN) que não é
              consumida no período, isto é, S = RN – C, onde S representa a poupança; RN
              a renda nacional e C o consumo. Poupança é o ato de não consumir no
              período, deixando para consumo futuro.
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                  5.2. Os principais agregados
                  macroeconômicos

              Investimento agregado – é o gasto com bens que foram produzidos mas não
              foram consumidos no período, e que aumentaram a capacidade produtiva
              da economia para os períodos seguintes. O investimento é composto pelo
              investimento em bens de capital (máquinas e imóveis) e pela variação de
              estoques de produtos que não foram consumidos. Os bens de capital são
              chamados, nas contas nacionais de formação bruta de capital fixo. Então
              Investimento total = Investimentos em bens de capital + variação de
              estoques.

              Depreciação – é o desgaste do equipamento de capital da economia num
              dado período. É um gasto utilizado para repor os equipamentos que se
              desgastaram ou se tornaram obsoletos. A depreciação é o conceito que
              introduz uma diferenciação entre investimento bruto e investimento líquido.
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                  5.2. Os principais agregados
                  macroeconômicos

              Investimento líquido = Investimento bruto – Depreciação

              Da mesma forma, podemos distinguir o conceito de Produto Nacional
              Líquido (PNL) do conceito de Produto Nacional Bruto (PNB).

              Produto Nacional Líquido = Produto Nacional Bruto – Depreciação.

              Além destes agregados temos as variáveis que incorporam o Setor Público,
              considerado suas três esferas: União, Estados e Municípios. Com sua
              inclusão, introduz-se o conceito de receita fiscal e gasto públicos, somado
              aos gastos e receitas já desempenhadas pelas empresas e famílias.
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                  5.2. Os principais agregados
                  macroeconômicos

              Como receita fiscal do Governo, temos os impostos indiretos, que incidem
              sobre as transações com bens e serviços. Exemplo: ICMS, IPI. Impostos
              diretos, que incidem sobre a renda e a propriedade das pessoas físicas e
              jurídicas. Exemplo: Imposto de Renda. Contribuições à Previdência Social e
              outras receitas.

              Já quanto aos gastos do Governo, consideraram-se os gastos dos ministérios
              e autarquias, das empresas públicas e sociedades de economia mista e
              gastos com transferências e subsídios.

              É necessário aqui definirmos alguns conceitos básicos que também fazem
              parte das contas nacionais, são eles:
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                  5.2. Os principais agregados
                  macroeconômicos

              1º) Preços de Mercado e Custo de Fatores – O preço de mercado de um
              produto normalmente está acima do valor remunerado aos fatores de
              produção necessários a sua produção. Isso porque em seu preço estão
              incorporados os impostos indiretos cobrados pelo Governo
              (ICMS, IPI, etc.), além disso caso o produto seja essencial à população o
              Governo, em alguns casos, subsidia o preço do produto, fazendo com que o
              preço pelo qual o produto é vendido seja inferior a seu custo de produção.
              Custo de Fatores é o que a empresa paga aos fatores de
              produção, salários, juros, aluguéis e lucros. Assim, partindo por exemplo, da
              Renda Nacional Líquida - RNL ou do Produto Nacional Líquido - PNL a custo
              de fatores para chegar ao PNL a preço de mercado temos:
              PNL a preços de mercado = PNL a custo de fatores + impostos indiretos –
              subsídios. Apenas os custos indiretos, e não os diretos, são relevantes nessa
              diferenciação. Isso porque os impostos diretos não representam uma
              diferença entre o custo de fatores e o preço final de venda.
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                  5.2. Os principais agregados
                  macroeconômicos

              2º) Renda Pessoal Disponível – procura medir o quanto a renda gerada no
              processo econômico fica em poder das famílias. A renda pessoal disponível
              mede quanto sobra para as famílias decidirem gastar na compra de bens e
              serviços ou então poupar.

              3º) Carga Tributária Bruta e Líquida – a carga tributária bruta é o total da
              arrecadação fiscal do Governo (impostos diretos e indiretos e outras receitas
              do Governo, como taxas, multa e aluguéis). Se deduzirmos a carga tributária
              bruta das transferências e dos subsídios que o Governo encaminha para o
              setor privado, daí termos a Carga Tributária Líquida.
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                  5.2. Os principais agregados
                  macroeconômicos

              O esquema da Contabilidade Social fica completo quando consideramos que
              a economia é aberta ao exterior, que é a realidade atual.Com isso definimos
              os conceitos de exportação, importação e diferenciamos os conceitos de
              produto interno e produto nacional.

              As exportações representam as compras de mercadorias produzidas pelas
              empresas localizadas em nosso país efetuadas pelos estrangeiros. As
              importações representam as despesas que nós fazemos com produtos
              estrangeiros.
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                  5.2. Os principais agregados
                  macroeconômicos

              Produto Interno Bruto (PIB) - é o somatório de todos os bens e serviços
              finais produzidos dentro do território nacional num dado período,
              valorizados a preços de mercado, sem levar em consideração se os fatores
              de produção são de propriedade de residentes (que estão dentro do país)
              ou não residentes (fora do país).

              Somando ao PIB à renda recebida do exterior e subtraindo a renda enviada
              ao exterior temos o Produto Nacional Bruto (PNB), que é a renda que
              efetivamente pertence aos nacionais, aos residentes do País.
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                  5.2. Os principais agregados
                  macroeconômicos

              Para muitos, o PIB não mede adequadamente o bem-estar da
              coletividade, pois não reflete as condições econômicas e sociais de um país.
              Ele não registra a economia informal; não considera os custos sociais
              derivados do crescimento econômico, tais como poluição, piora do meio
              ambiente; e não considera diferenças na distribuição de renda entre os
              vários grupos da sociedade.

              As Nações Unidas calculam periodicamente um índice de desenvolvimento
              humano (IDH) que, além de um indicador econômico (PIB), inclui
              indicadores sociais. Segundo a pesquisa das Nações Unidas, há nações com
              diferenças entre o IDH e o PIB. Mas no geral, há alta relação do PIB per
              capita com o desenvolvimento social de um país.
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                  5.2. Os principais agregados
                  macroeconômicos

              Pode-se concluir que, apesar de algumas limitações, a medida do PIB é um
              indicador útil tanto para comparações internacionais como para medir o
              crescimento do País ao longo dos anos. Entretanto, é sempre oportuno
              considerar também outros indicadores, como grau de distribuição de
              renda, analfabetismo, mortalidade infantil, etc, para que tenhamos uma
              avaliação mais completa da real condição socioeconômica de um país.
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                   6. CONSUMO E POUPANÇA
                   6.1. Componentes do Consumo

              O consumo global de um país é influenciado por uma série de fatores, tais
              como: renda nacional, estoque de riqueza ou patrimônio, taxa de juros de
              mercado, disponibilidade de crédito, expectativa sobre a renda futura,
              rentabilidade das aplicações financeiras, etc.

              No entanto, estudos estatísticos mostram que as decisões de consumo da
              coletividade são influenciadas fundamentalmente pela renda nacional
              disponível, ou seja, a parcela da renda que fica disponível para os
              consumidores gastarem (ou pouparem).

              Então:
              C = f(RND), ou seja, o consumo se dá em função da renda, onde:
               C = Consumo agregado; RND = renda nacional disponível.
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                   6.2. Poupança e Investimento

              A poupança é a parcela da renda nacional que não é gasta em bens de
              consumo. A poupança é a diferença entre a renda e o consumo. Em outras
              palavras, é o não consumo presente em função de um consumo futuro.

              Então:
              S = f(RND), ou seja, a poupança se dá em função da renda, onde:
               S = poupança agregada; RND = renda nacional disponível.


              Já o investimento (construções, máquinas, etc.) é o acréscimo ao estoque de
              capital que leva ao crescimento da capacidade produtiva. A curto prazo, é
              visto pelo lado dos gastos necessários para a ampliação da capacidade
              produtiva.
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                  6.2. Poupança e Investimento

              O investimento é a principal variável para explicar o crescimento da renda
              nacional de um país. Em linhas gerais, pode-se dizer que o investimento
              agregado é determinado por dois fatores: a taxa de rentabilidade esperada
              e a taxa de juros de mercado. A taxa de rentabilidade esperada ou taxa de
              retorno é calculada a partir da estimativa do retorno esperado pela
              aquisição do bem de capital (construções, máquinas, etc.).

              A taxa de juros e o investimento possuem uma relação inversamente
              proporcional. Se a empresa já dispõe de capital próprio, a taxa de juros
              representará quanto a empresa ganharia, se em vez de investir em suas
              instalações, aplicasse no mercado financeiro. Isto é o que chamamos de
              Custo de Oportunidade do Capital.
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                  6.2. Poupança e Investimento

              Neste caso, um outro conceito importante é o de crédito, que regulado pela
              taxa de juros, determina o montante de investimentos. Crédito pode ser
              definido como sendo a troca de um bem disponível no momento pela
              promessa de um pagamento futuro. E quando as operações de crédito na
              economia são estimuladas, normalmente o consumo das famílias aumenta.

              Esse capital pode sofrer desgaste durante o processo produtivo. Para repor
              esse desgaste ou mesmo substituir os equipamentos, as máquinas durante
              o processo produtivo, a depreciação pode ser utilizada para cobrir tais
              custos.
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                  7. EMPREGO
                  7.1. Mercado de Trabalho

              No mercado de trabalho temos o que chamamos de população
              economicamente ativa, que são àquelas pessoas que estão fazem parte de
              uma determinada faixa etária que tem condições de estar trabalhando.
              Fazem parte as pessoas efetivamente empregadas, recebendo salários e
              contribuindo para o aumento da renda e do consumo da economia. As
              pessoas desempregadas também fazem parte da população
              economicamente ativa, só que não estão trabalhando, ou estão procurando
              emprego.
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                  7.2. Oferta e demanda de Emprego

               O mercado de trabalho é constituído pela oferta e demanda de emprego. A
              oferta de emprego é determinada pelas empresas, que ao produzirem, ao
              aumentarem a produção contratam pessoas para desempenhar
              determinadas atividades e recebem renda por isso. O governo também tem
              papel fundamental neste processo, pois também é um grande contratante
              de mão-de-obra.

              O desempenho de suas políticas, que influenciam as atividades das
              empresas, também pode funcionar como um alavancador de empregos para
              a população. O governo reduzindo tributos, dando condições de maior
              crédito para as empresas, para que possam produzir mais, estas vão
              necessitar também de contratar mais pessoas.

              Políticas direcionadas para a melhoria das condições de vida da
              população, no intuito de melhorar a distribuição de renda, também
              funciona como um incentivo para a geração de empregos.
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                  8. ECONOMIA MONETÁRIA
                  8.1. A moeda: sua história e suas modalidades

              O uso da moeda nas economias em que vivemos é de tal forma generalizada
              que se torna difícil imaginar o funcionamento de um sistema econômico em
              que não existam instrumentos monetários. Mas existiam grupos que não
              utilizavam     moeda.        Esses     primeiros   agrupamentos,      em
              geral, nômades, teriam sobrevivido sob padrões bastante simples de
              atividade econômica. Eram grupos que não conheceram a moeda e, quando
              recorriam a atividades de troca, realizavam trocas em espécie, ou
              seja, trocavam mercadorias por mercadorias, a esta prática denomina-se
              escambo.
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                  8.1. A moeda: sua história e suas modalidades

              Antes da existência da moeda, o fluxo de trocas de bens e serviços na
              economia dava-se através do escambo, com trocas diretas de mercadoria
              por mercadoria. No entanto, vários eram os transtornos causados pela falta
              da moeda, como por exemplo a questão da divisibilidade do bem para a
              troca por outro. Quando se tinha que dividir uma mercadoria para comprar
              uma unidade inteira de outra. Então, na medida que a economia foi se
              desenvolvendo, aumentando as trocas, isto trouxe a necessidade do
              aperfeiçoamento dos instrumentos de troca.

              Com a evolução da sociedade, certas mercadorias passaram a ser aceitas
              por todos, por suas características peculiares ou pelo próprio fato de serem
              escassas. Por exemplo, o sal, que por ser escasso era aceito na Roma Antiga
              como moeda. Em diversas épocas e locais diferentes, outros bens
              assumiram idêntica função. Portanto, a moeda mercadoria constitui a forma
              mais primitiva de moeda na economia.
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                  8.1. A moeda: sua história e suas modalidades

              Logo após, os metais preciosos passaram a assumir a função de moeda por
              diversas razões: são limitados na natureza, possuem durabilidade e
              resistência, são divisíveis em peso. Tiveram esse papel de moeda por várias
              épocas.

              Nosso atual papel-moeda teve origem na moeda-papel. As pessoas de posse
              de ouro, por questões de segurança, o guardavam em casas especializadas,
              onde os ourives – pessoas que trabalhavam com ouro e prata, emitiam
              certificados de depósitos dos metais. Ao adquirir bens e serviços, as pessoas
              podiam então fazer os pagamentos com esses certificados, já que, por
              serem transferíveis, o novo detentor do título poderia retirar o montante
              correspondente de metal junto ao ourives.
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                  8.1. A moeda: sua história e suas modalidades

              Mais tarde, com a criação dos Estados nacionais aparece o papel-moeda.
              Cada Estado passou a emitir seu papel-moeda, sendo este lastreado em
              ouro (padrão ouro). O ouro, contudo, era um metal com reservas limitadas
              na natureza, e como a capacidade de emitir moeda estava vinculada à
              quantidade de ouro existente, o padrão-ouro passou a apresentar um
              obstáculo à expansão das economias nacionais e do comércio
              internacional, ao impor um limite a oferta monetária. Dessa forma, a partir
              de 1920, o padrão-ouro foi abandonado, e a emissão de moeda passou a ser
              livre, ou a critério das autoridades monetárias de cada país. Assim, a moeda
              possa a ser aceita por força de lei, denominando-se moeda de curso forçado
              ou moeda fiduciária.

              Pode-se conceituar moeda como um instrumento ou objeto que é aceito pela coletividade para
              intermediar as transações econômicas, para pagamento dos bens, serviços e fatores de produção.
              Essa aceitação é garantida por Lei, ou seja, a moeda tem “curso forçado”. Representa liquidez
              imediata para quem a possui, pois pode ser trocada por outras mercadorias e/ou serviços. É a
              única forma irrecusável para quitação de obrigações.
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                  8.2. Funções e tipos de moeda

               As principais funções da moeda são:

              Instrumento ou meio de troca – serve para intermediar a troca de bens,
              serviços e fatores de produção da economia.
              Denominador comum monetário – possibilita que sejam expressos em
              unidades monetárias os valores de todos os bens e serviços produzidos pelo
              sistema econômico. É um padrão de medida.
              Reserva de Valor – a moeda representa liquidez imediata. Pode ser
              acumulada para a aquisição de um bem ou serviço no futuro. Ou seja, pode
              ser guardada para render valor no futuro.
              Padrão para pagamento diferido – a moeda pode ser utilizada para
              pagamentos de contas em períodos diferentes.
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                  8.2. Funções e tipos de moeda

              Tipos de Moeda
               Moedas metálicas: são emitidas pelo Banco Central, constituem pequena
              parcela da oferta monetária e visam facilitar as operações de pequeno valor.

              Papel-moeda: são emitidas pelo Banco Central, representa parcela
              significativa da quantidade de dinheiro em poder do público. Quando
              juntamos as moedas metálicas e o papel-moeda em poder do público
              denominamos de moeda manual.

              Moeda escritural: é representada pelos depósitos a vista nos bancos
              comerciais.
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                  8.3. Demanda e oferta de moeda

              A criação da moeda depende da sua respectiva demanda e oferta por parte
              da população e das autoridades monetárias (governo).

              Oferta de Moeda
              A moeda é ofertada pelas autoridades monetárias e pelos bancos
              comerciais (Itaú, Bradesco, Safra, etc.), sendo está dita como exógena, ou
              seja, criada e ofertada pelo governo e não pelo mercado.

              Oferta de moeda é o suprimento de moeda para atender às necessidades da
              coletividade. Pode ser ofertada pelas autoridades monetárias e pelos
              Bancos Comerciais.
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                  8.3. Demanda e oferta de moeda

              A oferta de moeda pode também ser chamada de meios de pagamento.
              Estes constituem o total de moeda à disposição do setor privado não
              bancário, de liquidez imediata, ou seja, que pode ser utilizada
              imediatamente para efetuar transações econômicas. A liquidez da moeda é
              a capacidade que ela tem de ser um ativo prontamente disponível e aceito
              para as mais diversas transações.

              Os meios de pagamento em sua forma tradicional são dados pela soma da
              moeda em poder do público mais os depósitos a vista nos bancos
              comerciais. Representam, então, quanto a coletividade tem de moeda física
              (metálica e papel) com o público ou no cofre das empresas somados a
              quanto ela tem em conta corrente nos bancos.
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                  8.3. Demanda e oferta de moeda

              Uma das formas mais tradicionais de se aumentar rapidamente os meios de
              pagamento pode ser observada a partir da ampliação dos empréstimos
              pelos bancos comerciais ao setor privado. À medida que os bancos
              comerciais têm possibilidade de Ter mais recursos, estes possuem um efeito
              multiplicador, de dobrar, triplicar, a moeda através de empréstimos.

              O conceito econômico de moeda é representado apenas pela moeda que
              está com o setor privado não bancário, ou seja, excluem-se os próprios
              bancos comerciais, e a moeda que está com as autoridades monetárias.

              Esse dinheiro que pertence aos bancos é denominado de encaixe
              monetário, que o mesmo tem que manter junto ao Banco Central.
              Representa a porcentagem dos depósitos de um banco que não pode ser
              emprestada ou empregada em qualquer negócio, devendo ficar como
              garantia ou lastro do mesmo.
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                  8.3. Demanda e oferta de moeda

              Também são considerados, na definição tradicional de meios de
              pagamento, as cadernetas de poupança e os depósitos a prazo nos bancos
              comerciais. Os meios de pagamento também podem ser chamados de
              M1, ou seja, ativos ou haveres monetários. Os demais ativos
              financeiros, que rendem juros, são chamados de ativos ou haveres não
              monetários. São os chamados M2, M3, M4, conforme a rapidez com que
              podem ter liquidez, ou seja, podem ser transformados em moeda.

              Ocorre criação de moeda quando há um aumento do volume dos meios de
              pagamento, e destruição de moeda quando ocorre uma redução dos meios
              de pagamento. O aumento dos empréstimos ao setor privado se refere a
              criação de moeda e o resgate de um empréstimo no banco se refere a
              destruição de moeda.
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                  8.3. Demanda e oferta de moeda

              Demanda de Moeda
              Corresponde à quantidade de moeda que o setor privado não bancário
              retém, em média, seja com o público, seja no cofre das empresas, e em
              depósitos a vista nos bancos comerciais. Há três razões pelas quais se retém
              moeda, em vez de utilizá-la na compra de títulos, imóveis, etc.

              1ª) As pessoas e empresas precisam de dinheiro para suas transações do
              dia-a-dia, para alimentação, transporte, aluguel, etc.(demanda de moeda
              para transações);
              2ª) O público e as empresas precisam ter uma certa reserva monetária para
              fazer face a pagamentos imprevistos ou atrasos em recebimentos esperados
              (demanda de moeda por precaução); e
              3ª) Os investidores devem deixar uma “cesta” para a moeda, observando o
              comportamento da rentabilidade dos vários títulos, para fazer algum novo
              negócio (demanda de moeda por especulação).
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                  8.3. Demanda e oferta de moeda

              As duas primeiras razões dependem diretamente do nível de renda. Quanto
              maior a renda maior a necessidade de moeda para transações e por
              precaução. A terceira depende da taxa de juros, onde há uma relação
              inversa entre demanda de moeda por especulação e taxa de juros. Quanto
              maior o rendimento dos títulos, menor a quantidade de moeda que o
              aplicador retém em sua carteira, já que é melhor utiliza-la na compra de
              ativos rentáveis.
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                  8.4. A Taxa de Juros de Equilíbrio

              A taxa de juros tem um papel estratégico nas decisões dos mais variados
              agentes econômicos. Para as empresas, as decisões quanto à compra de
              máquinas, equipamentos, aumentos ou diminuição de estoques, de
              matérias-primas ou de bens finais serão determinadas não só pelo nível
              atual, mas também pelas expectativas quanto aos níveis futuros das taxas
              de juros. Se as expectativas quanto à trajetória das taxas de juros se
              tornarem pessimistas, os empresários deverão manter níveis baixos de
              estoques e mesmo de capital de giro no presente, uma vez que o custo de
              manutenção desses ativos poderá ser extremamente caro no futuro.

              Os consumidores exercerão um maior poder de compra à medida que as
              taxas de juros diminuírem, e o contrário, e as taxas de juros aumentarem.
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                  8.4. A Taxa de Juros de Equilíbrio

              A taxa de juros tem um importante papel, pois a determinação de seu
              patamar acabará por influenciar o volume de consumo, notadamente de
              bens de consumo duráveis, por parte das famílias. Essa diminuição do
              consumo ocorre porque as pessoas passam a preferir poupança a consumo,
              e dirigem sua renda não gasta para os bancos, com o intuito de auferirem
              receitas financeiras.

              Muito se indaga sobre as diferenças das taxas de juros praticadas no
              mercado. Entre a taxa de juros que é determinada pelo Conselho Monetário
              Nacional e as taxas de juros cobradas pelos bancos comerciais. A essa
              diferença entre taxas de juros, no sistema bancário, dar-se o nome de
              spread.
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                  9. SISTEMA FINANCEIRO

              Podemos entender o sistema financeiro como sendo um fundo no qual as
              unidades deficitárias (investidores) retiram recursos, enquanto as
              superavitárias (poupadores) os depositam.
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                  9.1. O Sistema Financeiro

               Num sistema financeiro podemos ter diversas modalidades de créditos para
              investimentos, podendo estar ligados aos seguintes mercados:

              Mercado monetário: neste são realizadas a operações de curtíssimo prazo
              com a finalidade de suprir as necessidades de caixa dos diversos agentes
              econômicos, como os empréstimos para as pessoas físicas.

              Mercado de crédito: neste caso são atendidas as necessidades de recursos
              de curto, médio e longo prazos, principalmente oriundas da demanda de
              crédito para aquisição de bens de consumo durável e da demanda de capital
              de giro das empresas. Ex: crédito rápido, desconto de duplicatas, etc.
              Também engloba os financiamentos de longo prazo, como o
              Finame, FCO, etc. As pessoas envolvidas no mercado de crédito são
              chamadas de credores e devedores.
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                  9.1. O Sistema Financeiro

              Mercado de Capitais: procuram suprir as exigências de recursos de médio e
              de longo prazos, principalmente com vistas à realização de investimentos
              em capital. Ex: compra e venda de ações, debêntures, etc.

              Mercado Cambial: nele são realizadas a compra e a venda de moeda
              estrangeira, para atender a diversas finalidades, como a compra de câmbio,
              para importação; a venda por parte dos exportadores; e venda/compra,
              para viagens de turismo.
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                  9.1. O Sistema Financeiro

              Mercados Primários e Secundários: Os primeiros são aqueles em que se
              realiza a primeira compra/venda de algum ativo recém-emitido; os
              secundários caracterizam-se por negociarem ativos financeiros já
              negociados anteriormente.

              Mercados à vista, futuros e opções: Os mercados à vista negociam apenas
              ativos com preços a vista; os mercados futuros negociam os preços
              esperados de certos ativos e de mercadorias para determinada data futura e
              os mercados de opções negociam opções de compra/venda de
              determinados ativos em data futura.
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                  9.2. A Organização do Sistema Financeiro
                  Nacional

              O sistema financeiro pode-se subdividir da seguinte maneira:

              Subsistema Normativo – são aqueles que ditam a normas que tem que
              serem seguidas pelas outras instituições. São eles: Conselho Monetário
              Nacional - CMN, Banco Central do Brasil - Bacen e Comissão de Valores
              Mobiliários – CVM. O Banco Central do Brasil é o órgão executor da política
              monetária, exercendo a regulamentação e a fiscalização de todas as
              atividades de intermediação financeira no País. Já o Conselho Monetário
              Nacional representa o órgão normativo. É quem determina as normas a
              serem cumpridas pelo Banco Central. É o órgão máximo do Sistema
              Financeiro Nacional brasileiro. Já a Comissão de Valores Mobiliários possui a
              função de fiscalizar as atividades das bolsas de valores e de mercados
              futuros.
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                  9.2. A Organização do Sistema Financeiro
                  Nacional

              Subsistema Operativo – Seguem diretamente as normas do subsistema
              normativo. São eles: Instituições Bancárias (públicas ou privadas) - Bancos
              comerciais e Caixas econômicas (está última que é responsável por executar
              operações de crédito habitacional no país); Instituições não bancárias
              (públicas ou privadas) – Bancos de investimento (a exemplo do BNDES, que
              é responsável pelo financiamento da expansão de investimentos no
              país),      bancos       de       desenvolvimento,        companhias        de
              desenvolvimento, sociedade de crédito de financiamento e
              investimento, sociedade de crédito imobiliário, associações de poupança e
              empréstimo e companhias seguradoras; Instituições auxiliares (públicas ou
              privadas) – Bolsas de valores, sociedades corretoras, sociedades
              distribuidoras, agentes autônomos de investimento e outros
              (leasing, factoring cobrança, etc.); e os Agentes Especiais – Banco do Brasil e
              Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social.
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                  9.2. A Organização do Sistema Financeiro
                  Nacional

              Podemos citar como os principais instrumentos de política monetária: O
              controle do crédito e dos juros; as operações de redesconto; o controle das
              taxas de reservas e dos compulsórios e as operações de open market, ou de
              títulos públicos.
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                  10. INFLAÇÃO
                  10.1. A definição e medida da inflação

              A inflação ou instabilidade de preços é definida como um aumento
              persistente e generalizado no índice de preços, ou seja, são aumentos
              contínuos de preços. As fontes de inflação diferem em função das condições
              de cada país, em virtude de alguns aspectos, como:

              a) tipo de estrutura de mercado – se concorrencial, monopolista ou
              oligopolista, dependendo do mercado há um condicionamento da
              capacidade dos vários setores repassarem aumentos de custos aos preços
              dos produtos;
              b) grau de abertura da economia ao exterior – quanto mais aberta a
              economia à competição externa, maior a concorrência interna entre
              fabricantes, e menores os preços dos produtos; e
              c) estrutura das organizações trabalhistas – onde quanto maior o poder de
              barganha dos sindicatos, maior a capacidade de obter reajustes de salários
              acima dos índices de produtividade, e maior a pressão sobre os preços.
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                  10.2. As Conseqüências da Inflação

              Variam com a intensidade e com a velocidade do processo de alta dos
              preços. Baixa variação de preços dita discreta, produzem efeitos econômicos
              assimiláveis, em alguns casos até despercebidos pelos consumidores. Esse
              quadro de relativo conforto começa a alterar-se à medida que o processo de
              alta de preços se torna mais intenso, atingindo os fatores de produção, os
              produtos, as categorias de renda e os estratos socioeconômicos. A inflação
              corrói o poder de compra do salário nominal recebido pelo trabalhador, pela
              população.

              Dependendo da intensidade do processo e dos mecanismos de defesa
              acionados, as inflações intensas podem produzir graves efeitos
              redistributivos sobre a renda agregada e as riquezas acumuladas; no
              limite, poderão destruir as bases do ordenamento econômico, ao atingirem
              as funções monetárias ou a confiança do público em quaisquer formas de
              haveres financeiros (moeda, títulos, cadernetas de poupança, etc.).
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                  10.2. As Conseqüências da Inflação

              Algumas das suas conseqüências podem ser:
              • Destruição da moeda, com sua capacidade de reserva de valor e de sua
              utilidade como meio de pagamento;
              •Destruição da estrutura e da logicidade do sistema de trocas;
              •Desarticulação de suprimentos nas cadeias produtivas;
              •Regressão das atividades produtivas à linha de subsistência;
              •Queda vertiginosa do nível de emprego;
              •Ruptura do tecido social; e
              •Ruptura político-institucional, onde o governo perde o controle da
              situação.
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                  10.2. As Conseqüências da Inflação

              Não há uma única teoria que seja capaz de explicar todos os tipos de
              inflação. Eles são muitos e, geralmente são diferenciados por qualificativos
              que remetem às causas, às magnitudes dos processos de alta e suas
              características visíveis. Os principais troncos teóricos que procuram explicar
              a inflação podem ser agrupados em: A inflação de demanda; A inflação de
              custos e Inflação Inercial.
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                  10.3. Inflação de demanda e inflação de custo

              Neste caso uma das principais explicações teóricas da inflação sustenta que
              as altas generalizadas de preços resultam de uma procura ou demanda
              agregada excessiva em relação à capacidade de oferta da economia. Ou
              seja, refere-se ao excesso de demanda agregada em relação à produção
              disponível de bens e serviços.

              Neste caso a procura exacerbada empurra os preços para cima, dando
              origem a uma espiral de alta, tanto mais intensa quanto menor for a
              capacidade ociosa da economia. Nesta situação, aumentos da demanda
              agregada de bens e serviços, com economia já a plena capacidade,
              conduzem a elevações de preços.
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  • 1. Curso Técnico em Transações Imobiliárias Módulo – Economia e Mercados ECONOMIA E MERCADOS Prof. Ms. Paulo Borges Campos Júnior
  • 2. Curso Técnico em Transações Imobiliárias Módulo – Economia e Mercados SUMÁRIO 1. Introdução Á Economia 2. Teoria Elementar Da Demanda 3. Teoria Elementar Da Produção 4. O Mercado 5. Contabilidade Social 6. Consumo e Poupança 7. Emprego 8. Economia Monetária 9. Sistema Financeiro 10. Inflação 11. O Setor Externo 12. O Setor Público 13. Crescimento e Desenvolvimento Econômico 14. Políticas Macroeconômicas 15. Globalização Econômica Bibliografia Questões Gabarito
  • 3. Curso Técnico em Transações Imobiliárias Módulo – Economia e Mercados APRESENTAÇÃO Uma das maneiras de estar no mundo, é através do conhecimento que você tem e adquire. Ele é construído de diversas formas, seja na escola, no trabalho ou em casa. O que se deseja e se espera daqueles envolvidos no mercado imobiliário é a consciência e o cumprimento da responsabilidade quanto à buscar do conhecer que, com certeza, irá colaborar para a realização dos seus sonhos e desejos. A economia, enquanto ciência social aplicada, se preocupa com o problema da escassez, oferecendo ou tentando oferecer alternativas apropriadas para a solução desse grave mal que assola de diversas maneiras todo o mundo. A fome, o desemprego, a inflação são apenas algumas das preocupações por parte daqueles que exercem a profissão de economista.
  • 4. Curso Técnico em Transações Imobiliárias Módulo – Economia e Mercados APRESENTAÇÃO O profissional imobiliarista não está divorciado da preocupação em se resolver o citado problema da escassez. Na verdade, no seu dia-a-dia, ele lida com pessoas que tem necessidades ilimitadas e recursos limitados. Essas pessoas confiam então os seus patrimônios imobiliários, que na maioria das vezes é o único bem que eles tem, a esses profissionais, com a intenção de que os mesmos os comercializem, tanto na venda como na compra, buscando assim aumentar os limites dos seus recursos. Este trabalho tem a intenção de oferecer ao profissional do ramo imobiliário um importante instrumento para a construção do seu conhecimento. Ele foi escrito de uma maneira clara e sistematizada, buscando sempre facilitar o entendimento de uma área do saber que é a economia. Os conceitos, leis e teorias básicas da ciência econômicas estão aqui apresentados, de acordo com as principais bibliografias que tratam de tais questões.
  • 5. Curso Técnico em Transações Imobiliárias Módulo – Economia e Mercados APRESENTAÇÃO Ao ler e estudar esse material, você certamente estará dando passos firmes na direção da construção do saber e é isso que faz a grande diferença entre o profissional preparado e daquele fadado ao fracasso. Invista em você mesmo, através do estudo, e tenha uma vida de vitórias e realizações. Boa Sorte. Pr. Ms. Paulo Borges Campos Júnior
  • 6. Curso Técnico em Transações Imobiliárias Módulo – Economia e Mercados 1. INTRODUÇÃO À ECONOMIA A economia passou a ser vista como ciência a partir da Grécia antiga, onde tivemos os primeiros registros de trabalhos econômicos. A economia faz parte de uma ciência maior, denominada de ciências sociais, onde a economia estuda a ação econômica do homem, envolvendo essencialmente o processo de produção, a geração e a apropriação da renda, o dispêndio (as despesas) e o processo de acumulação. A economia para que possa dar respostas aos problemas econômicos, procura o respaldo das demais áreas do conhecimento, das ciências humanas, exatas (matemáticas) e com outras ciências, com o fim de juntas resolver os problemas econômicos.
  • 7. Curso Técnico em Transações Imobiliárias Módulo – Economia e Mercados 1. INTRODUÇÃO À ECONOMIA Em outras palavras, a economia, segundo Rossetti (1997), se preocupa com todos os aspectos que estejam relacionados à produção, distribuição, custos e acumulação de bens e serviços. A economia se preocupa com grandes temas que interferem de uma ou de outra maneira na vida do homem. Dentre eles temos: escassez de recursos, emprego, produção, trocas, valor, moeda, preços, mercados, concorrência, remunerações, agregados, transações, crescimento, equilíbrio, organização. Tais temas fazem parte da vida do homem e representam o campo de estudo da ciência econômica.
  • 8. Curso Técnico em Transações Imobiliárias Módulo – Economia e Mercados 1.1. Conceito de Economia Devido à complexidade dos problemas que envolvem o comportamento do homem, pode haver vários conceitos diferentes para a economia, pois a cada época, devido às concepções políticas-ideológicas de cada sociedade, pode-se observar a economia sob um ângulo diferenciado. Na medida em que novas preocupações de ordem econômica vão surgindo na vida do homem, o seu conceito vai evoluindo. No entanto, levando-se em consideração que vários podem ser os conceitos de economia, cada um à sua época, conforme a época, adotaremos o seguinte conceito de economia:
  • 9. Curso Técnico em Transações Imobiliárias Módulo – Economia e Mercados 1.1. Conceito de Economia “A economia é a ciência que estuda as formas de comportamento humano resultantes da relação existente entre as ilimitadas necessidades a satisfazer e os recursos que, embora escassos, se prestam a usos alternativos”. ROSSETTI (1997, p.52.) A partir deste conceito, pode-se verificar que a preocupação básica da economia se refere aos escassos recursos para atender as necessidades ilimitadas. Tal conceito vale-se do fato, de que temos necessidades ilimitadas para satisfazer, e que os recursos para tal fim são escassos, onde temos que escolher a melhor alocação dos mesmos para produzir o necessário para satisfazer nossas necessidades. A economia procura examinar as opções viáveis que se apresentam aos agentes econômicos, denominados estes de: unidades familiares, empresas e governo, para empregar os limitados recursos sob seu comando, tomando decisões racionais diante de várias alternativas.
  • 10. Curso Técnico em Transações Imobiliárias Módulo – Economia e Mercados 1.2. O Problema Fundamental da Economia Segundo Rossetti (1997), o problema fundamental da economia está relacionado ao conflito entre os recursos limitados e necessidades ilimitáveis. Em outras palavras, o problema fundamental da economia se refere à escassez dos recursos de produção. Como não temos uma abundância relativa dos recursos de produção, nossas necessidades não são completamente satisfeitas. Se todos os bens fossem livres, a disponibilidade ilimitada de recursos seria de tal ordem que a obtenção de quaisquer bens não seria problema. Daí, não necessitaria da ciência econômica, pois não haveria problemas a resolver. Não haveria conflitos de interesses.
  • 11. Curso Técnico em Transações Imobiliárias Módulo – Economia e Mercados 1.2. O Problema Fundamental da Economia Mas são raros os bens que ainda são livres (água da chuva, por exemplo), que não temos que pagar para adquiri-lo. Até mesmo o ar que respiramos, que ainda é livre, vai, pouco a pouco, se transformando em bem econômico. Daí surge à necessidade da economia, para podermos usufruir, da melhor maneira possível, destes recursos que são escassos. Como nenhum sistema econômico foi capaz de satisfazer plenamente todas as necessidades dos indivíduos (em termos de bens e serviços), temos então a importância da economia, para nos ajudar a alocar recursos escassos para atender as necessidades ilimitadas.
  • 12. Curso Técnico em Transações Imobiliárias Módulo – Economia e Mercados 1.2. O Problema Fundamental da Economia Em todos os países, as unidades familiares exigem mais e melhores produtos. As empresas para produzi-los exigem equipamentos de mais alta sofisticação, mais ágeis e mais produtivos. E os governos, para garantirem a satisfação das necessidades dos outros agentes, têm de fornecer mais infra- estrutura econômica e social, melhores bens e serviços públicos. Ambos necessitam da economia para auxiliá-los.
  • 13. Curso Técnico em Transações Imobiliárias Módulo – Economia e Mercados 1.3. Quatro Perguntas Fundamentais São questões que acontecem em todas as economias, independente do grau de desenvolvimento que possuem. A primeira questão diz respeito ao que produzir. O que produzir com os recursos que são escassos para atender as necessidades ilimitadas da sociedade. Várias podem ser as alternativas de produção, dentre elas o que produzir para usufruir e gastar da melhor maneira possível os recursos que são limitados. Quanto produzir se refere à segunda questão. Se refere a quanto produzir de determinado produto ou produtos para atender as necessidades da sociedade, para a sustentação do seu bem-estar corrente e para a progressiva melhoria do seu padrão de vida.
  • 14. Curso Técnico em Transações Imobiliárias Módulo – Economia e Mercados 1.3. Quatro Perguntas Fundamentais A terceira questão é de como produzir. Como produzir para otimizarmos os recursos de produção (terra, capital, trabalho, capacidade tecnológica e capacidade empresarial) face à sua escassez. A última pergunta fundamental diz respeito para quem produzir. Para quem vai ser direcionado o produto/serviço. Tal questionamento é importante para que se produza o necessário para atender as necessidades da sociedade. Considerando que as respostas destas perguntas são extremamente relevantes para resolver os problemas econômicos que afetam as sociedades como um todo, várias são as possibilidades de se produzir bens/serviços, com a disponibilidade limitada de recursos, para atendê-las. Neste sentido, essas possibilidades de produção existentes podem ser destinadas a uma variedade de combinações de diferentes categorias de bens e serviços que podem ser destinados para a sociedade.
  • 15. Curso Técnico em Transações Imobiliárias Módulo – Economia e Mercados 1.4. A Curva de Possibilidade de Produção A curva de possibilidade de produção retrata quais são as alternativas para a utilização dos recursos, quando se compara a produção de dois ou mais produtos. Neste caso, os recursos não são suficientes para produzir toda a quantidade de todos os produtos para atender a sociedade, pois os mesmos são escassos. Daí a escolha de alternativas entre o que se produzir de um e de outro produto para atender as necessidades da população. Unidades Familiares, Empresas e Governo, fazem parte de diferentes grupos de agentes econômicos que interagem, participando direta ou indiretamente de todas as transações que realizam dentro de determinado sistema econômico. Ou seja, podem ser consumidores e/ou produtores dos bens/serviços que são destinados a eles próprios enquanto agentes econômicos.
  • 16. Curso Técnico em Transações Imobiliárias Módulo – Economia e Mercados 1.4. A Curva de Possibilidade de Produção Por unidades familiares entende-se todos os tipos de unidades domésticas, unipessoais ou familiares, com ou sem laços de parentesco, segundo as quais a sociedade como um todo se encontra segmentada. Essas unidades familiares possuem e fornecem os recursos de produção (na forma de trabalho), devido a isso, se apropriam de diferentes categorias de rendas (que podem ser salários, aluguéis, juros, etc.), e a partir daí decidem como, quando e onde e em que as rendas recebidas serão despendidas. Já as empresas, são os agentes econômicos que empregam e combinam os recursos de produção para a geração dos bens e serviços que atenderão às necessidades de consumo e de acumulação da sociedade. Essas empresas são heterogêneas, ou seja, são de diversos tipos e produzem diferentes produtos.
  • 17. Curso Técnico em Transações Imobiliárias Módulo – Economia e Mercados 1.4. A Curva de Possibilidade de Produção O governo é o agente coletivo que contrata diretamente o trabalho das unidades familiares e que adquire uma parcela da produção das empresas para proporcionar bens e serviços úteis à sociedade como um todo. Esses agentes é que fazem parte do processo produtivo em que se tem que escolher entre alternativas diferentes, devido à escassez de recursos. Todos os agentes econômicos, considerados isoladamente ou em conjunto, defrontam com esta restrição econômica. As unidades familiares podem ter aspirações ilimitáveis, mas defrontam com a amarga realidade dos recursos escassos, definidos por orçamentos restritos proveniente de sua limitação de renda.
  • 18. Curso Técnico em Transações Imobiliárias Módulo – Economia e Mercados 1.4. A Curva de Possibilidade de Produção Normalmente, alguma coisa é sacrificada em favor de outra. E as prioridades decididas, não importam quais sejam, traduzem sempre custos de oportunidade. Custos de se produzir um bem em detrimento do sacrifício de outro. Em outras palavras, se refere ao custo de se deixar de produzir um bem em detrimento de outro.
  • 19. Curso Técnico em Transações Imobiliárias Módulo – Economia e Mercados 1.5. Os Fatores de Produção Os fatores de produção representam os recursos disponíveis, que combinados, são direcionados para a produção de bens e/ou serviços para o atendimento das necessidades da população. a) Fator Terra O Fator Terra constitui a base sobre a qual se exercem as atividades dos demais recursos de produção. As reservas naturais, renováveis ou não, encontram-se na base de todo o processo de produção. As dádivas da natureza, aproveitadas pelo homem em seus estados naturais ou então transformadas, são direcionadas para as outras atividades de produção. É a partir da interação com os demais fatores de produção que se viabiliza seu efetivo aproveitamento. Aqui é importante a consciência social sobre sua preservação e reposição, no intuito de tenha um melhor aproveitamento.
  • 20. Curso Técnico em Transações Imobiliárias Módulo – Economia e Mercados 1.5. Os Fatores de Produção b) Fator Trabalho É a parte da população total, considerada produtiva, que é definida por faixas etárias. É constituído por uma parcela da população total denominada de economicamente ativa, que contribui para o processo de produção. Segundo Rossetti (1994), os limites da faixa etária considerada economicamente ativa variam em função de dois fatores relevantes: o estágio de desenvolvimento da economia e o conjunto de definições institucionais, geralmente expresso através da legislação social e previdênciaria. Em todos os países, uma parcela da população economicamente ativa, embora apta, fica à margem do processo produtivo. É a porção economicamente inativa.
  • 21. Curso Técnico em Transações Imobiliárias Módulo – Economia e Mercados 1.5. Os Fatores de Produção c) Fator Capital Compreende o conjunto das riquezas acumuladas pela sociedade. Com o emprego destas riquezas é que a população ativa se equipa para o exercício das atividades de produção. Esse conjunto de riquezas dá suporte às operações produtivas realizadas por parte da sociedade. O fator capital constitui-se das diferentes categorias de riqueza acumulada, empregadas na geração de novas riquezas. Também são chamados de bens de investimento. Podem ser: máquinas, equipamentos, instrumentos e ferramentas, energia, telecomunicações, transportes, educação e cultura, saúde e saneamento, segurança, construções e edificações (prédios), plantações, etc. Referem-se as riquezas utilizadas pelas empresas para efetuar a produção, representam os ativos das empresas, seu patrimônio. Caracteriza-se por aumentar a eficiência do trabalho humano, para a produção de bens e serviços.
  • 22. Curso Técnico em Transações Imobiliárias Módulo – Economia e Mercados 1.5. Os Fatores de Produção d) Fator capacidade tecnológica É constituída pelo conjunto de conhecimentos e habilidades que dão sustentação ao processo de produção, envolvendo desde os conhecimentos acumulados sobre as fontes de energia empregadas, passando pelas formas de extração de reservas naturais, pelo seu processamento, transformação e reciclagem, até chegar à configuração e ao desempenho dos produtos finais resultantes. É o elo de ligação entre o capital, a força de trabalho e o fator terra.
  • 23. Curso Técnico em Transações Imobiliárias Módulo – Economia e Mercados 1.5. Os Fatores de Produção e) Fator Capacidade Empresarial É através dela que os recursos disponíveis são reunidos, organizados e acionados para o exercício de atividades produtivas. O processo de produção, em seus fundamentos, dá-se pela mobilização combinada dos fatores terra, trabalho e capital, sob determinado padrão tecnológico. E o fator mobilizador é a capacidade empresarial.
  • 24. Curso Técnico em Transações Imobiliárias Módulo – Economia e Mercados 1.6. O Sistema Econômico Pode ser definido como sendo a forma política, social e econômica pela qual está organizada uma sociedade. É um sistema que organiza a produção, a distribuição e o consumo de bens e serviços destinados à população. Fazem parte do sistema econômico o estoque de fatores de produção (terra, capital, trabalho, etc.), os agentes econômicos (unidades familiares, empresas e governo) e um conjunto de instituições. O estoque dos fatores de produção constitui a própria base da atividade econômica. Nenhum sistema econômico é possível sem que um conjunto de normas jurídicas discipline os deveres e as obrigações dos detentores dos recursos e das unidades que os empregarão. Daí o surgimento das complexas instituições.
  • 25. Curso Técnico em Transações Imobiliárias Módulo – Economia e Mercados 1.6. O Sistema Econômico Os sistemas econômicos podem ser classificados em: Sistema capitalista de produção, que é aquele regido pelas leis de mercado, onde predomina a livre iniciativa e propriedade privada dos fatores de produção; Sistema socialista, que é aquele em que as questões econômicas fundamentais são resolvidas por um órgão central de planejamento, predominando a propriedade pública dos bens de produção.
  • 26. Curso Técnico em Transações Imobiliárias Módulo – Economia e Mercados 2. TEORIA ELEMENTAR DA DEMANDA Como o estudo da demanda está alicerçado no conceito de utilidade, cabe- nos primeiramente conceituarmos utilidade. Utilidade é a qualidade que os bens econômicos possuem de satisfazer as necessidades humanas. Está utilidade difere de consumidor para consumidor, uma vez que está baseada em aspectos psicológicos ou a preferências. Como está utilidade visa satisfazer as necessidades humanas, têm que apresentar algum valor. É um conceito subjetivo, onde considera que o valor nasce da relação homem com os bens e/ou serviços.
  • 27. Curso Técnico em Transações Imobiliárias Módulo – Economia e Mercados 2. TEORIA ELEMENTAR DA DEMANDA A demanda/procura pode ser definida como a quantidade de um determinado bem ou serviço que os consumidores desejam adquirir em determinado período de tempo a um determinado preço, mantidas constantes todas as outras variáveis (coeteris paribus). As outras variáveis que influenciam a escolha (demanda) do consumidor. São elas: o preço do bem ou serviço, o preço dos outros bens, a renda do consumidor e o gosto ou preferência do indivíduo. Então, quando o preço de uma mercadoria aumenta, tudo o mais permanecendo constante, o consumidor perde o que chamamos de poder de compra. Dentro do estudo da demanda, temos a chamada Lei Geral da Demanda, que mostra que há uma relação inversamente proporcional entre a quantidade demandada e o preço do bem, coeteris paribus. Esta relação pode ser vista pela Curva de Demanda.
  • 28. Curso Técnico em Transações Imobiliárias Módulo – Economia e Mercados 2.1. Curva de Demanda A curva de demanda revela as preferências dos consumidores, sob a hipótese de que estão maximizando sua utilidade, ou seja, estão maximizando o grau de satisfação no consumo daquele produto. No exemplo da curva abaixo podemos verificar que para cada nível de preços as pessoas estão dispostas a adquirir determinadas quantidades de bens, onde quanto menor o preço mais produtos elas estarão dispostas a adquirir. A curva de demanda inclina-se de cima para baixo, no sentido da esquerda para a direita, tendo uma inclinação negativa, devido a inversibilidade da relação preço e quantidade demandada.
  • 29. Curso Técnico em Transações Imobiliárias Módulo – Economia e Mercados 2.1. Curva de Demanda Outras variáveis podem influenciar a demanda como: a renda dos consumidores; os preços dos outros bens e serviços; os hábitos e preferências dos consumidores; os gastos com propaganda e publicidade, etc. Em teoria da demanda preço é um conceito de extrema importância. O preço expressa o valor de troca entre as mercadorias. É sua expressão monetária de valor, que é utilizado para calcular o valor das mercadorias. A parte da economia que estuda a formação de preços é dita de microeconomia. Tal teoria trata além da formação de preços, da fixação de preços mínimos por parte do governo, dos efeitos dos impostos sobre mercados específicos e sobre os custos de produção, dentre outros.
  • 30. Curso Técnico em Transações Imobiliárias Módulo – Economia e Mercados 2.2. Bens complementares e substitutos São bens que interferem na demanda de um produto por parte do consumidor. Pois quanto mais substitutos houver para um bem e/ou serviço, mais opções ele terá à sua disposição para decidir sobre a sua demanda. Neste caso, pequenas variações em seu preço, para cima, por exemplo, farão com que o consumidor passe a adquirir mais de seu produto substituto, provocando queda em sua demanda maior do que a variação do preço. Por exemplo, o consumidor tem sua demanda por uma certa quantidade de tomate, que possui vários substitutos (repolho, cenoura, vagem, pepino, abóbora, etc.), neste caso, qualquer variação de preço por mais pequena que seja do tomate, os consumidores estarão dispostos a trocar uma certa quantidade (ou toda ela) de tomate por quantidades de seus produtos substitutos.
  • 31. Curso Técnico em Transações Imobiliárias Módulo – Economia e Mercados 2.2. Bens complementares e substitutos Já para os bens complementares, também são bens que tendem a influenciar a demanda de outros bens. São bens ditos de complementares, porque um está relacionado ao consumo do outro. Como por exemplo, o pão e a manteiga. Neste caso, quando o preço do pão subir isto ocasionará uma queda na demanda do próprio pão e, conseqüentemente, na demanda da própria manteiga, que o consumidor utiliza para passar no pão. Outra classificação que temos que ter em mente quando estamos falando de demanda, diz respeito se os bens são bens de consumo, daí temos os bens de consumo duráveis e não duráveis; dos bens de capital e dos bens intermediários.
  • 32. Curso Técnico em Transações Imobiliárias Módulo – Economia e Mercados 2.2. Bens complementares e substitutos Bens de consumo são àqueles bens destinados ao consumo final dos consumidores. No caso específico dos bens de consumo duráveis, são por exemplo: televisores, geladeira, aparelho de som, carro, liquidificador, etc., pois são bens que não possuem consumo imediato. Já os bens de consumo não duráveis, são bens destinados ao consumo final e são consumidos imediatamente pelos consumidores, por exemplo: alimentos, produtos de higiene e limpeza, etc. No tocante aos bens de capital, são ditos como bens que servem para produzir outros bens, como por exemplo, uma máquina de costura, ou seja, máquinas e equipamentos que são utilizados para fabricar outros bens.
  • 33. Curso Técnico em Transações Imobiliárias Módulo – Economia e Mercados 2.2. Bens complementares e substitutos Por último temos os bens intermediários que também são bens utilizados para produzir outros bens, no entanto o fator que o difere dos bens de capital, é que os bens intermediários são consumidos durante o processo produtivo. Por exemplo, o tecido que utilizado para produzir a camisa, no final do processo não existe mais tecido, mas sim camisa, enquanto a máquina de costura continua lá sendo utilizada para produzir outros bens.
  • 34. Curso Técnico em Transações Imobiliárias Módulo – Economia e Mercados 3. TEORIA ELEMENTAR DA PRODUÇÃO A Teoria da Produção pode ser conceituada pelo processo de transformação dos fatores adquiridos pela empresa (terra, capital, trabalho, capacidade tecnológica e capacidade empresarial) em produtos ou serviços para a venda no mercado. Vasconcellos (2000) No processo de produção, diferentes insumos ou fatores de produção são combinados, de forma a produzir um bem final. As formas como esses insumos são combinados constituem os chamados métodos de produção. A escolha do método ou processo de produção depende de sua eficiência. Um método é tecnicamente eficiente quando comparado com outros métodos, utiliza menor quantidade de insumos para produzir uma quantidade equivalente do produto. Um método é economicamente eficiente, quanto está associado ao método mais barato relativamente a outros métodos.
  • 35. Curso Técnico em Transações Imobiliárias Módulo – Economia e Mercados 3.1. A função de Produção É a relação que mostra a quantidade física obtida do produto a partir da quantidade física utilizada dos fatores de produção num determinado período de tempo. A função de produção admite sempre que o empresário esteja utilizando a maneira mais eficiente de combinar os fatores e, conseqüentemente, obter a maior quantidade produzida do produto. Podemos representar a função de produção, da seguinte maneira: Q = f(x1,x2,x3, ... , xn) Onde: Q é a quantidade produzida do bem ou serviço, num determinado período de tempo; x1,x2,x3, ... , xn identificam as quantidades utilizadas de diversos fatores de produção; f indica que Q depende da quantidade de insumos utilizados.
  • 36. Curso Técnico em Transações Imobiliárias Módulo – Economia e Mercados 3.2. Custo de produção, receita e lucro O objetivo básico de uma empresa é a maximização de seus resultados, de seu lucro, quando da realização de sua atividade produtiva, da combinação dos fatores de produção. Assim sendo, procurará sempre obter a máxima produção possível em face da utilização de certa combinação de fatores. O resultado dito ótimo para empresa poderá ser obtida quando for possível alcançar um dos seguintes objetivos: a) maximizar a produção para um dado custo total ou b) minimizar o custo total para um dado nível de produção. O primeiro diz respeito que a empresa tem um custo que não deve ser maior, pois se não seus lucros também serão maiores, então ela procurará produzir cada vez mais para alcançar um patamar de produção que lhe dê àquele custo. A alternativa b se refere que a empresa tem uma meta de produção que estabelece alcançar e que para alcança-la terá que reduzir os seus custos ao mínimo possível.
  • 37. Curso Técnico em Transações Imobiliárias Módulo – Economia e Mercados 3.2. Custo de produção, receita e lucro Quanto aos custos totais de produção, define-se como o total das despesas realizadas pela empresa com utilização da combinação mais econômica dos fatores, por meio da qual é obtida uma determinada quantidade do produto. Os custos totais de produção (CT) são divididos em custos variáveis totais (CVT) e custos fixos totais (CFT): CT = CVT + CFT Os custos fixos totais (CFT), correspondem à parcela dos custos totais que não aumentam com o aumento da produção. São decorrentes dos gastos com os fatores fixos de produção, como por exemplo, depreciação, aluguéis, seguros, etc.
  • 38. Curso Técnico em Transações Imobiliárias Módulo – Economia e Mercados 3.2. Custo de produção, receita e lucro Já os custos variáveis totais (CVT), correspondem à parcela dos custos totais que variam com o aumento da produção. São despesas realizadas com a compra da matéria-prima, materiais secundários, mão-de-obra direta, etc. Os custos também podem ser classificados de curto ou longo prazo. Os custos de curto prazo são caracterizados por serem compostos por parcelas de custos fixos e de custos variáveis e os custos de longo prazo são formados unicamente por custos variáveis, pois a partir de determinado momento, os próprios custos fixos que eram fixos passam a aumentar, pois aumentou o número de máquinas para produzir mais mercadorias.
  • 39. Curso Técnico em Transações Imobiliárias Módulo – Economia e Mercados 3.2. Custo de produção, receita e lucro Também temos os conceitos de custos médios e marginais. Os custos médios são obtidos pela divisão entre o custo total e a quantidade produzida, ou seja, representa o custo médio para se produzir determinado produto. Já o custo marginal é dado pela variação do custo total em resposta a uma variação da quantidade produzida, ou seja, deseja saber quanto variará o custo se acrescer uma unidade na produção. As empresas têm como objetivo maior a maximização de lucros. Onde se pode definir o lucro total como a diferença entre as receitas de vendas da empresa e os seus custos totais de produção. Ou seja: LT = RT – CT Onde: LT = lucro total; RT= receita total e CT= custo total.
  • 40. Curso Técnico em Transações Imobiliárias Módulo – Economia e Mercados 3.2. Custo de produção, receita e lucro Como receitas totais entende-se o valor das vendas totais realizadas num determinado período de tempo. Então como receita teremos: RT = P x Q Onde: RT= receita total; P= preço e Q= quantidade. Ou seja, receita total é igual ao preço do bem ou serviço multiplicado por sua respectiva quantidade vendida. Qualquer empresa, que deseje maximizar lucros, escolherá o nível de produção para o qual a diferença positiva entre receita total e custo total sejam a maior possível.
  • 41. Curso Técnico em Transações Imobiliárias Módulo – Economia e Mercados 3.3. Curva de Oferta A oferta representa as várias quantidades que os produtores desejam oferecer ao mercado em determinado período de tempo. Da mesma maneira que a demanda, a oferta depende de vários fatores: de seu próprio preço, dos demais preços, do preço dos fatores de produção, das preferências do empresário e da tecnologia. A função oferta mostra uma relação direta entre quantidade ofertada e nível de preços, coeteris paribus. Essa representa a chamada Lei Geral da Oferta. A relação direta entre a quantidade ofertada de um bem ou serviço e seu preço deve-se ao fato de que, um aumento do preço no mercado estimula as empresas, os produtores a produzirem mais, aumentando sua receita. Podemos expressar a curva de demanda conforme a figura a seguir.
  • 42. Curso Técnico em Transações Imobiliárias Módulo – Economia e Mercados 3.3. Curva de Oferta A inclinação da curva de oferta e positivamente inclinada, uma vez que a relação entre quantidade ofertada e o preço é diretamente proporcional. Além do preço do bem, a oferta de bem ou serviço é afetada pelos custos dos fatores de produção (matérias-primas, salários, preço da terra) e por alterações tecnológicas, ou pelo aumento do número de empresas no mercado.
  • 43. Curso Técnico em Transações Imobiliárias Módulo – Economia e Mercados 4. O MERCADO 4.1. O Preço de Equilíbrio A interação das curvas de demanda e oferta determina o preço e a quantidade de equilíbrio de um bem ou serviço em um dado mercado. No encontro das curvas de oferta e demanda (ponto E) teremos o preço e a quantidade de equilíbrio, isto é, o preço e a quantidade que atendem os objetivos dos consumidores e dos produtores simultaneamente.
  • 44. Curso Técnico em Transações Imobiliárias Módulo – Economia e Mercados 4.1. O Preço de Equilíbrio Se a quantidade ofertada se encontrar abaixo daquela de equilíbrio E, teremos uma situação de escassez do produto. Haverá uma competição entre os consumidores, pois as quantidades procuradas serão maiores que as ofertadas. Formar-se-ão filas, o que forçará a elevação dos preços, até atingir-se o equilíbrio, quando as filas cessarão. Se por outro lado, a quantidade ofertada se encontrar acima do ponto de equilíbrio E, haverá um excesso ou excedente de produção, um acúmulo de estoques não programado do produto, o que provocará uma competição entre os produtores, conduzindo a uma redução dos preços, até que se atinja o ponto de equilíbrio. Quando há competição, tanto de consumidores quanto de ofertantes, há uma tendência natural no mercado para se chegar a uma situação de equilíbrio estacionário.
  • 45. Curso Técnico em Transações Imobiliárias Módulo – Economia e Mercados 4.2. Classificação dos Mercados Há várias formas ou estruturas de mercado. Estas dependem fundamentalmente de três características básicas: a) número de empresas que compõem esse mercado; b) tipo de produto produzido neste mercado e c) se existem ou não barreiras, obstáculos para que novas empresas entrem nesse mercado. Neste sentido podemos ter as seguintes estruturas de mercado:
  • 46. Curso Técnico em Transações Imobiliárias Módulo – Economia e Mercados 4.2. Classificação dos Mercados a) Concorrência Perfeita – é um tipo de mercado em que há um grande número de vendedores (empresas), de tal sorte que uma empresa, isoladamente, por ser insignificante, não afeta os níveis de oferta do mercado e, conseqüentemente, o preço de equilíbrio. É um mercado “atomizado”, pois é composto de um número expressivo de empresas, como se fossem átomos. Esse mercado possui algumas características básicas: trabalham com produtos homogêneos, onde não existe diferenciação entre os produtos ofertados pelas empresas; não existem barreiras para o ingresso de novas empresas, ou seja, qualquer empresa pode entrar no mercado facilmente e há transparência no mercado, onde todas as informações sobre lucros, preços, etc., são conhecidas por todos os participantes do mercado.
  • 47. Curso Técnico em Transações Imobiliárias Módulo – Economia e Mercados 4.2. Classificação dos Mercados Na realidade, não há o mercado tipicamente de concorrência perfeita no mundo real, sendo talvez o mercado de produtos hortifrutigranjeiros (que produzem tomate, repolho, pepino, etc.) o exemplo mais próximo que se poderia apontar.
  • 48. Curso Técnico em Transações Imobiliárias Módulo – Economia e Mercados 4.2. Classificação dos Mercados b) Monopólio – Caracteriza-se por apresentar condições opostas às da concorrência perfeita. Nele existe, de um lado, um único empresário dominando inteiramente a oferta/produção e, de outro, todos os consumidores. Não há, portanto, concorrência, nem produto substituto ou concorrente. Nesse caso, ou os consumidores se submetem às condições impostas pelo vendedor, ou deixarão de consumir o produto. Para a existência de monopólios, deve haver barreiras que praticamente impeçam a entrada de novas empresas no mercado. Essas barreiras podem advir das seguintes condições: controle de matérias-primas, onde o monopólio controla a fonte de matéria-prima para produzir o seu produto; patentes, onde o monopólio patenteou o produto e não há como outras empresas produzirem àquele produto; elevado volume de capital, onde a empresa para entrar necessita de alto volume de capital e tecnologia.
  • 49. Curso Técnico em Transações Imobiliárias Módulo – Economia e Mercados 4.2. Classificação dos Mercados c) Oligopólio – é caracterizado por um pequeno número de empresas que dominam a oferta de mercado. Pode caracterizar-se como um mercado em que há um pequeno número de empresas ou então onde há um grande número de empresas, mas poucas que dominam o mercado. No oligopólio, tanto as quantidades ofertadas quanto os preços são fixados entre as empresas por meio de conluios ou cartéis. O Cartel é uma organização (formal ou informal) de produtores dentro de um setor que determina a política de preços para todas as empresas que a ele pertencem. Nos oligopólios, normalmente as empresas discutem suas estruturas de custos. Há uma empresa líder que, via de regra, fixa o preço, respeitando as estruturas de custos das demais, e há empresas satélites que seguem as regras ditadas pelas líderes. Esse é um modelo chamado e liderança de preços.
  • 50. Curso Técnico em Transações Imobiliárias Módulo – Economia e Mercados 4.2. Classificação dos Mercados d) Concorrência Monopolista – é uma estrutura de mercado intermediária entre a concorrência perfeita e o monopólio, mas que não se confunde com oligopólio, pois na concorrência monopolista há um número relativamente grande de empresas com certo poder concorrencial, porém com segmentos de mercados e produtos diferenciados e com margem de manobra para fixação dos preços não muito ampla, uma vez que existem produtos substitutos no mercado.
  • 51. Curso Técnico em Transações Imobiliárias Módulo – Economia e Mercados 4.3. Estruturas de Mercado de Fatores de Produção Também apresenta diferentes estruturas. Concorrência Perfeita no mercado de fatores – é um mercado onde existe uma oferta abundante do fator de produção, o que torna o preço desse fator constante. Os ofertantes ou fornecedores, como são em grande número, não têm condições de obter preços mais elevados por seus serviços. Monopsônio – é uma forma de mercado na qual há somente um comprador para muitos vendedores dos serviços dos insumos e por isso tem capacidade de influenciar os preços da matéria-prima que adquiri.
  • 52. Curso Técnico em Transações Imobiliárias Módulo – Economia e Mercados 4.3. Estruturas de Mercado de Fatores de Produção Oligopsônio – é um mercado onde existem poucos compradores que dominam o mercado para muitos vendedores. Ex: indústria de laticínios. Em cada cidade, existem dois ou três laticínios que adquirem a maior parte do leite dos inúmeros produtores rurais locais. Monopólio Bilateral – ocorre quando um monopolista, na compra do fator de produção, defronta-se com um monopolista na venda desse fator. Por exemplo, só a empresa A compra um tipo de aço que é produzido apenas por uma empresa B. Nesses casos, a determinação dos preços de mercado dependerá não só de fatores econômicos, mas do poder de barganha de ambos.
  • 53. Curso Técnico em Transações Imobiliárias Módulo – Economia e Mercados 5. CONTABILIDADE SOCIAL A Teoria Macroeconômica estuda a determinação e o comportamento dos agregados econômicos nacionais. A parte relativa que estuda a medida desses agregados é denominada Contabilidade Social, que é o registro contábil das atividades produtivas de um país, ao longo de um dado período de tempo. A contabilidade social procura definir e medir os principais agregados a partir de valores já realizados ou efetivados. Contabilidade Social pode ter várias definições de acordo com cada autor, em sua respectiva época.
  • 54. Curso Técnico em Transações Imobiliárias Módulo – Economia e Mercados 5. CONTABILIDADE SOCIAL Um dos conceitos mais utilizados é o abordado por Rossetti (1992) em que Contabilidade Social pode ser entendida como um compartimento da Ciência Econômica que se ocupa da preparação sistemática e compreensiva de um conjunto articulado de informações sobre os vários tipos de transações econômicas, verificadas entre grupos significativos de agentes durante determinado período; é assim, uma técnica de quantificação de um conjunto de variáveis que interessam à análise econômica global. Os agregados macroeconômicos são determinados a partir de um sistema contábil que trata o país como se fosse uma grande empresa produzindo um produto único.
  • 55. Curso Técnico em Transações Imobiliárias Módulo – Economia e Mercados 5.1. Renda e Produto O resultado da atividade econômica do país pode ser medido sob três óticas: pelo lado da produção e venda de bens e serviços finais na economia (ótica do produto e ótica da despesa), e também pela renda gerada no processo de produção (ótica da renda), que vem a ser a remuneração dos fatores de produção (salários, juros, aluguéis e lucros). As óticas do produto e da despesa são medidas no mercado de bens e serviços, enquanto a ótica da renda é medida no mercado de fatores de produção. Neste caso a empresa efetua despesas com o pagamento de salários, juros, aluguéis e lucros distribuídos que são destinados às famílias, que por sua vez recebe tais pagamentos como receitas, e as empresas pela venda dos seus bens e serviços obtém renda, onde no final do período considerado, faz-se a contabilidade das despesas e das receitas dessa economia.
  • 56. Curso Técnico em Transações Imobiliárias Módulo – Economia e Mercados 5.1. Renda e Produto Daí se tem o Produto Nacional (PN) que representa o valor de todos os bens e serviços finais, medidos a preços de mercado, produzidos num dado período de tempo, onde PN = Σ p.q, sendo p = preço unitário dos bens e serviços; q = quantidades produzidas de bens e serviços finais (tanto do setor primário, secundário e terciário da economia) e Σ símbolo de somatório, ou soma. O setor primário da economia se refere àquele onde são produzidos os bens e serviços ligados ao segmento agropecuário (agricultura e pecuária). Em outras palavras, se referem aos produtos produzidos pelo setor agropecuário. Já o setor secundário, se refere ao setor industrial, o setor que fabrica bens, sejam a partir de mercadorias oriundas do setor agropecuário ou não.
  • 57. Curso Técnico em Transações Imobiliárias Módulo – Economia e Mercados 5.1. Renda e Produto O setor terciário se refere àquele setor de prestação de serviços ou de comércio. Ou seja, é aquele que vende os produtos provenientes da indústria ou que presta serviços de uma forma geral, e não fabrica produtos. Também temos o conceito de Despesa Nacional (DN) que é o gasto dos agentes econômicos com o produto nacional, onde revelam quais são os setores compradores do produto nacional. Já a Renda Nacional (RN) é a soma dos rendimentos pagos aos fatores de produção no período: RN = salários + juros + aluguéis + lucros, para a produção dos bens e serviços da economia. Quando dividimos o total desta renda pelo total da população de um País, temos a Renda per capita.
  • 58. Curso Técnico em Transações Imobiliárias Módulo – Economia e Mercados 5.1. Renda e Produto Então, PN, DN e RN são três óticas de medição do resultado da atividade econômica de um país num dado período. Cabe aqui, também conceituarmos Valor Adicionado, conceito importante quando estamos medindo toda a produção da economia. Valor adicionado pode ser entendido como o valor que se adiciona ao produto em cada estágio de produção. Somando o valor adicionado em cada estágio de produção, chegaremos ao produto final da economia. Valor adicionado = valor bruto da produção (receita de vendas) – compra de bens e serviços intermediários
  • 59. Curso Técnico em Transações Imobiliárias Módulo – Economia e Mercados 5.2. Os principais agregados macroeconômicos Além dos conceitos de Produto Nacional, de Despesa Nacional e de Renda Nacional, tem-se outros conceitos, que fazem parte dos chamados agregados macroeconômicos. São eles: Poupança agregada – é a parcela da renda nacional (RN) que não é consumida no período, isto é, S = RN – C, onde S representa a poupança; RN a renda nacional e C o consumo. Poupança é o ato de não consumir no período, deixando para consumo futuro.
  • 60. Curso Técnico em Transações Imobiliárias Módulo – Economia e Mercados 5.2. Os principais agregados macroeconômicos Investimento agregado – é o gasto com bens que foram produzidos mas não foram consumidos no período, e que aumentaram a capacidade produtiva da economia para os períodos seguintes. O investimento é composto pelo investimento em bens de capital (máquinas e imóveis) e pela variação de estoques de produtos que não foram consumidos. Os bens de capital são chamados, nas contas nacionais de formação bruta de capital fixo. Então Investimento total = Investimentos em bens de capital + variação de estoques. Depreciação – é o desgaste do equipamento de capital da economia num dado período. É um gasto utilizado para repor os equipamentos que se desgastaram ou se tornaram obsoletos. A depreciação é o conceito que introduz uma diferenciação entre investimento bruto e investimento líquido.
  • 61. Curso Técnico em Transações Imobiliárias Módulo – Economia e Mercados 5.2. Os principais agregados macroeconômicos Investimento líquido = Investimento bruto – Depreciação Da mesma forma, podemos distinguir o conceito de Produto Nacional Líquido (PNL) do conceito de Produto Nacional Bruto (PNB). Produto Nacional Líquido = Produto Nacional Bruto – Depreciação. Além destes agregados temos as variáveis que incorporam o Setor Público, considerado suas três esferas: União, Estados e Municípios. Com sua inclusão, introduz-se o conceito de receita fiscal e gasto públicos, somado aos gastos e receitas já desempenhadas pelas empresas e famílias.
  • 62. Curso Técnico em Transações Imobiliárias Módulo – Economia e Mercados 5.2. Os principais agregados macroeconômicos Como receita fiscal do Governo, temos os impostos indiretos, que incidem sobre as transações com bens e serviços. Exemplo: ICMS, IPI. Impostos diretos, que incidem sobre a renda e a propriedade das pessoas físicas e jurídicas. Exemplo: Imposto de Renda. Contribuições à Previdência Social e outras receitas. Já quanto aos gastos do Governo, consideraram-se os gastos dos ministérios e autarquias, das empresas públicas e sociedades de economia mista e gastos com transferências e subsídios. É necessário aqui definirmos alguns conceitos básicos que também fazem parte das contas nacionais, são eles:
  • 63. Curso Técnico em Transações Imobiliárias Módulo – Economia e Mercados 5.2. Os principais agregados macroeconômicos 1º) Preços de Mercado e Custo de Fatores – O preço de mercado de um produto normalmente está acima do valor remunerado aos fatores de produção necessários a sua produção. Isso porque em seu preço estão incorporados os impostos indiretos cobrados pelo Governo (ICMS, IPI, etc.), além disso caso o produto seja essencial à população o Governo, em alguns casos, subsidia o preço do produto, fazendo com que o preço pelo qual o produto é vendido seja inferior a seu custo de produção. Custo de Fatores é o que a empresa paga aos fatores de produção, salários, juros, aluguéis e lucros. Assim, partindo por exemplo, da Renda Nacional Líquida - RNL ou do Produto Nacional Líquido - PNL a custo de fatores para chegar ao PNL a preço de mercado temos: PNL a preços de mercado = PNL a custo de fatores + impostos indiretos – subsídios. Apenas os custos indiretos, e não os diretos, são relevantes nessa diferenciação. Isso porque os impostos diretos não representam uma diferença entre o custo de fatores e o preço final de venda.
  • 64. Curso Técnico em Transações Imobiliárias Módulo – Economia e Mercados 5.2. Os principais agregados macroeconômicos 2º) Renda Pessoal Disponível – procura medir o quanto a renda gerada no processo econômico fica em poder das famílias. A renda pessoal disponível mede quanto sobra para as famílias decidirem gastar na compra de bens e serviços ou então poupar. 3º) Carga Tributária Bruta e Líquida – a carga tributária bruta é o total da arrecadação fiscal do Governo (impostos diretos e indiretos e outras receitas do Governo, como taxas, multa e aluguéis). Se deduzirmos a carga tributária bruta das transferências e dos subsídios que o Governo encaminha para o setor privado, daí termos a Carga Tributária Líquida.
  • 65. Curso Técnico em Transações Imobiliárias Módulo – Economia e Mercados 5.2. Os principais agregados macroeconômicos O esquema da Contabilidade Social fica completo quando consideramos que a economia é aberta ao exterior, que é a realidade atual.Com isso definimos os conceitos de exportação, importação e diferenciamos os conceitos de produto interno e produto nacional. As exportações representam as compras de mercadorias produzidas pelas empresas localizadas em nosso país efetuadas pelos estrangeiros. As importações representam as despesas que nós fazemos com produtos estrangeiros.
  • 66. Curso Técnico em Transações Imobiliárias Módulo – Economia e Mercados 5.2. Os principais agregados macroeconômicos Produto Interno Bruto (PIB) - é o somatório de todos os bens e serviços finais produzidos dentro do território nacional num dado período, valorizados a preços de mercado, sem levar em consideração se os fatores de produção são de propriedade de residentes (que estão dentro do país) ou não residentes (fora do país). Somando ao PIB à renda recebida do exterior e subtraindo a renda enviada ao exterior temos o Produto Nacional Bruto (PNB), que é a renda que efetivamente pertence aos nacionais, aos residentes do País.
  • 67. Curso Técnico em Transações Imobiliárias Módulo – Economia e Mercados 5.2. Os principais agregados macroeconômicos Para muitos, o PIB não mede adequadamente o bem-estar da coletividade, pois não reflete as condições econômicas e sociais de um país. Ele não registra a economia informal; não considera os custos sociais derivados do crescimento econômico, tais como poluição, piora do meio ambiente; e não considera diferenças na distribuição de renda entre os vários grupos da sociedade. As Nações Unidas calculam periodicamente um índice de desenvolvimento humano (IDH) que, além de um indicador econômico (PIB), inclui indicadores sociais. Segundo a pesquisa das Nações Unidas, há nações com diferenças entre o IDH e o PIB. Mas no geral, há alta relação do PIB per capita com o desenvolvimento social de um país.
  • 68. Curso Técnico em Transações Imobiliárias Módulo – Economia e Mercados 5.2. Os principais agregados macroeconômicos Pode-se concluir que, apesar de algumas limitações, a medida do PIB é um indicador útil tanto para comparações internacionais como para medir o crescimento do País ao longo dos anos. Entretanto, é sempre oportuno considerar também outros indicadores, como grau de distribuição de renda, analfabetismo, mortalidade infantil, etc, para que tenhamos uma avaliação mais completa da real condição socioeconômica de um país.
  • 69. Curso Técnico em Transações Imobiliárias Módulo – Economia e Mercados 6. CONSUMO E POUPANÇA 6.1. Componentes do Consumo O consumo global de um país é influenciado por uma série de fatores, tais como: renda nacional, estoque de riqueza ou patrimônio, taxa de juros de mercado, disponibilidade de crédito, expectativa sobre a renda futura, rentabilidade das aplicações financeiras, etc. No entanto, estudos estatísticos mostram que as decisões de consumo da coletividade são influenciadas fundamentalmente pela renda nacional disponível, ou seja, a parcela da renda que fica disponível para os consumidores gastarem (ou pouparem). Então: C = f(RND), ou seja, o consumo se dá em função da renda, onde: C = Consumo agregado; RND = renda nacional disponível.
  • 70. Curso Técnico em Transações Imobiliárias Módulo – Economia e Mercados 6.2. Poupança e Investimento A poupança é a parcela da renda nacional que não é gasta em bens de consumo. A poupança é a diferença entre a renda e o consumo. Em outras palavras, é o não consumo presente em função de um consumo futuro. Então: S = f(RND), ou seja, a poupança se dá em função da renda, onde: S = poupança agregada; RND = renda nacional disponível. Já o investimento (construções, máquinas, etc.) é o acréscimo ao estoque de capital que leva ao crescimento da capacidade produtiva. A curto prazo, é visto pelo lado dos gastos necessários para a ampliação da capacidade produtiva.
  • 71. Curso Técnico em Transações Imobiliárias Módulo – Economia e Mercados 6.2. Poupança e Investimento O investimento é a principal variável para explicar o crescimento da renda nacional de um país. Em linhas gerais, pode-se dizer que o investimento agregado é determinado por dois fatores: a taxa de rentabilidade esperada e a taxa de juros de mercado. A taxa de rentabilidade esperada ou taxa de retorno é calculada a partir da estimativa do retorno esperado pela aquisição do bem de capital (construções, máquinas, etc.). A taxa de juros e o investimento possuem uma relação inversamente proporcional. Se a empresa já dispõe de capital próprio, a taxa de juros representará quanto a empresa ganharia, se em vez de investir em suas instalações, aplicasse no mercado financeiro. Isto é o que chamamos de Custo de Oportunidade do Capital.
  • 72. Curso Técnico em Transações Imobiliárias Módulo – Economia e Mercados 6.2. Poupança e Investimento Neste caso, um outro conceito importante é o de crédito, que regulado pela taxa de juros, determina o montante de investimentos. Crédito pode ser definido como sendo a troca de um bem disponível no momento pela promessa de um pagamento futuro. E quando as operações de crédito na economia são estimuladas, normalmente o consumo das famílias aumenta. Esse capital pode sofrer desgaste durante o processo produtivo. Para repor esse desgaste ou mesmo substituir os equipamentos, as máquinas durante o processo produtivo, a depreciação pode ser utilizada para cobrir tais custos.
  • 73. Curso Técnico em Transações Imobiliárias Módulo – Economia e Mercados 7. EMPREGO 7.1. Mercado de Trabalho No mercado de trabalho temos o que chamamos de população economicamente ativa, que são àquelas pessoas que estão fazem parte de uma determinada faixa etária que tem condições de estar trabalhando. Fazem parte as pessoas efetivamente empregadas, recebendo salários e contribuindo para o aumento da renda e do consumo da economia. As pessoas desempregadas também fazem parte da população economicamente ativa, só que não estão trabalhando, ou estão procurando emprego.
  • 74. Curso Técnico em Transações Imobiliárias Módulo – Economia e Mercados 7.2. Oferta e demanda de Emprego O mercado de trabalho é constituído pela oferta e demanda de emprego. A oferta de emprego é determinada pelas empresas, que ao produzirem, ao aumentarem a produção contratam pessoas para desempenhar determinadas atividades e recebem renda por isso. O governo também tem papel fundamental neste processo, pois também é um grande contratante de mão-de-obra. O desempenho de suas políticas, que influenciam as atividades das empresas, também pode funcionar como um alavancador de empregos para a população. O governo reduzindo tributos, dando condições de maior crédito para as empresas, para que possam produzir mais, estas vão necessitar também de contratar mais pessoas. Políticas direcionadas para a melhoria das condições de vida da população, no intuito de melhorar a distribuição de renda, também funciona como um incentivo para a geração de empregos.
  • 75. Curso Técnico em Transações Imobiliárias Módulo – Economia e Mercados 8. ECONOMIA MONETÁRIA 8.1. A moeda: sua história e suas modalidades O uso da moeda nas economias em que vivemos é de tal forma generalizada que se torna difícil imaginar o funcionamento de um sistema econômico em que não existam instrumentos monetários. Mas existiam grupos que não utilizavam moeda. Esses primeiros agrupamentos, em geral, nômades, teriam sobrevivido sob padrões bastante simples de atividade econômica. Eram grupos que não conheceram a moeda e, quando recorriam a atividades de troca, realizavam trocas em espécie, ou seja, trocavam mercadorias por mercadorias, a esta prática denomina-se escambo.
  • 76. Curso Técnico em Transações Imobiliárias Módulo – Economia e Mercados 8.1. A moeda: sua história e suas modalidades Antes da existência da moeda, o fluxo de trocas de bens e serviços na economia dava-se através do escambo, com trocas diretas de mercadoria por mercadoria. No entanto, vários eram os transtornos causados pela falta da moeda, como por exemplo a questão da divisibilidade do bem para a troca por outro. Quando se tinha que dividir uma mercadoria para comprar uma unidade inteira de outra. Então, na medida que a economia foi se desenvolvendo, aumentando as trocas, isto trouxe a necessidade do aperfeiçoamento dos instrumentos de troca. Com a evolução da sociedade, certas mercadorias passaram a ser aceitas por todos, por suas características peculiares ou pelo próprio fato de serem escassas. Por exemplo, o sal, que por ser escasso era aceito na Roma Antiga como moeda. Em diversas épocas e locais diferentes, outros bens assumiram idêntica função. Portanto, a moeda mercadoria constitui a forma mais primitiva de moeda na economia.
  • 77. Curso Técnico em Transações Imobiliárias Módulo – Economia e Mercados 8.1. A moeda: sua história e suas modalidades Logo após, os metais preciosos passaram a assumir a função de moeda por diversas razões: são limitados na natureza, possuem durabilidade e resistência, são divisíveis em peso. Tiveram esse papel de moeda por várias épocas. Nosso atual papel-moeda teve origem na moeda-papel. As pessoas de posse de ouro, por questões de segurança, o guardavam em casas especializadas, onde os ourives – pessoas que trabalhavam com ouro e prata, emitiam certificados de depósitos dos metais. Ao adquirir bens e serviços, as pessoas podiam então fazer os pagamentos com esses certificados, já que, por serem transferíveis, o novo detentor do título poderia retirar o montante correspondente de metal junto ao ourives.
  • 78. Curso Técnico em Transações Imobiliárias Módulo – Economia e Mercados 8.1. A moeda: sua história e suas modalidades Mais tarde, com a criação dos Estados nacionais aparece o papel-moeda. Cada Estado passou a emitir seu papel-moeda, sendo este lastreado em ouro (padrão ouro). O ouro, contudo, era um metal com reservas limitadas na natureza, e como a capacidade de emitir moeda estava vinculada à quantidade de ouro existente, o padrão-ouro passou a apresentar um obstáculo à expansão das economias nacionais e do comércio internacional, ao impor um limite a oferta monetária. Dessa forma, a partir de 1920, o padrão-ouro foi abandonado, e a emissão de moeda passou a ser livre, ou a critério das autoridades monetárias de cada país. Assim, a moeda possa a ser aceita por força de lei, denominando-se moeda de curso forçado ou moeda fiduciária. Pode-se conceituar moeda como um instrumento ou objeto que é aceito pela coletividade para intermediar as transações econômicas, para pagamento dos bens, serviços e fatores de produção. Essa aceitação é garantida por Lei, ou seja, a moeda tem “curso forçado”. Representa liquidez imediata para quem a possui, pois pode ser trocada por outras mercadorias e/ou serviços. É a única forma irrecusável para quitação de obrigações.
  • 79. Curso Técnico em Transações Imobiliárias Módulo – Economia e Mercados 8.2. Funções e tipos de moeda As principais funções da moeda são: Instrumento ou meio de troca – serve para intermediar a troca de bens, serviços e fatores de produção da economia. Denominador comum monetário – possibilita que sejam expressos em unidades monetárias os valores de todos os bens e serviços produzidos pelo sistema econômico. É um padrão de medida. Reserva de Valor – a moeda representa liquidez imediata. Pode ser acumulada para a aquisição de um bem ou serviço no futuro. Ou seja, pode ser guardada para render valor no futuro. Padrão para pagamento diferido – a moeda pode ser utilizada para pagamentos de contas em períodos diferentes.
  • 80. Curso Técnico em Transações Imobiliárias Módulo – Economia e Mercados 8.2. Funções e tipos de moeda Tipos de Moeda Moedas metálicas: são emitidas pelo Banco Central, constituem pequena parcela da oferta monetária e visam facilitar as operações de pequeno valor. Papel-moeda: são emitidas pelo Banco Central, representa parcela significativa da quantidade de dinheiro em poder do público. Quando juntamos as moedas metálicas e o papel-moeda em poder do público denominamos de moeda manual. Moeda escritural: é representada pelos depósitos a vista nos bancos comerciais.
  • 81. Curso Técnico em Transações Imobiliárias Módulo – Economia e Mercados 8.3. Demanda e oferta de moeda A criação da moeda depende da sua respectiva demanda e oferta por parte da população e das autoridades monetárias (governo). Oferta de Moeda A moeda é ofertada pelas autoridades monetárias e pelos bancos comerciais (Itaú, Bradesco, Safra, etc.), sendo está dita como exógena, ou seja, criada e ofertada pelo governo e não pelo mercado. Oferta de moeda é o suprimento de moeda para atender às necessidades da coletividade. Pode ser ofertada pelas autoridades monetárias e pelos Bancos Comerciais.
  • 82. Curso Técnico em Transações Imobiliárias Módulo – Economia e Mercados 8.3. Demanda e oferta de moeda A oferta de moeda pode também ser chamada de meios de pagamento. Estes constituem o total de moeda à disposição do setor privado não bancário, de liquidez imediata, ou seja, que pode ser utilizada imediatamente para efetuar transações econômicas. A liquidez da moeda é a capacidade que ela tem de ser um ativo prontamente disponível e aceito para as mais diversas transações. Os meios de pagamento em sua forma tradicional são dados pela soma da moeda em poder do público mais os depósitos a vista nos bancos comerciais. Representam, então, quanto a coletividade tem de moeda física (metálica e papel) com o público ou no cofre das empresas somados a quanto ela tem em conta corrente nos bancos.
  • 83. Curso Técnico em Transações Imobiliárias Módulo – Economia e Mercados 8.3. Demanda e oferta de moeda Uma das formas mais tradicionais de se aumentar rapidamente os meios de pagamento pode ser observada a partir da ampliação dos empréstimos pelos bancos comerciais ao setor privado. À medida que os bancos comerciais têm possibilidade de Ter mais recursos, estes possuem um efeito multiplicador, de dobrar, triplicar, a moeda através de empréstimos. O conceito econômico de moeda é representado apenas pela moeda que está com o setor privado não bancário, ou seja, excluem-se os próprios bancos comerciais, e a moeda que está com as autoridades monetárias. Esse dinheiro que pertence aos bancos é denominado de encaixe monetário, que o mesmo tem que manter junto ao Banco Central. Representa a porcentagem dos depósitos de um banco que não pode ser emprestada ou empregada em qualquer negócio, devendo ficar como garantia ou lastro do mesmo.
  • 84. Curso Técnico em Transações Imobiliárias Módulo – Economia e Mercados 8.3. Demanda e oferta de moeda Também são considerados, na definição tradicional de meios de pagamento, as cadernetas de poupança e os depósitos a prazo nos bancos comerciais. Os meios de pagamento também podem ser chamados de M1, ou seja, ativos ou haveres monetários. Os demais ativos financeiros, que rendem juros, são chamados de ativos ou haveres não monetários. São os chamados M2, M3, M4, conforme a rapidez com que podem ter liquidez, ou seja, podem ser transformados em moeda. Ocorre criação de moeda quando há um aumento do volume dos meios de pagamento, e destruição de moeda quando ocorre uma redução dos meios de pagamento. O aumento dos empréstimos ao setor privado se refere a criação de moeda e o resgate de um empréstimo no banco se refere a destruição de moeda.
  • 85. Curso Técnico em Transações Imobiliárias Módulo – Economia e Mercados 8.3. Demanda e oferta de moeda Demanda de Moeda Corresponde à quantidade de moeda que o setor privado não bancário retém, em média, seja com o público, seja no cofre das empresas, e em depósitos a vista nos bancos comerciais. Há três razões pelas quais se retém moeda, em vez de utilizá-la na compra de títulos, imóveis, etc. 1ª) As pessoas e empresas precisam de dinheiro para suas transações do dia-a-dia, para alimentação, transporte, aluguel, etc.(demanda de moeda para transações); 2ª) O público e as empresas precisam ter uma certa reserva monetária para fazer face a pagamentos imprevistos ou atrasos em recebimentos esperados (demanda de moeda por precaução); e 3ª) Os investidores devem deixar uma “cesta” para a moeda, observando o comportamento da rentabilidade dos vários títulos, para fazer algum novo negócio (demanda de moeda por especulação).
  • 86. Curso Técnico em Transações Imobiliárias Módulo – Economia e Mercados 8.3. Demanda e oferta de moeda As duas primeiras razões dependem diretamente do nível de renda. Quanto maior a renda maior a necessidade de moeda para transações e por precaução. A terceira depende da taxa de juros, onde há uma relação inversa entre demanda de moeda por especulação e taxa de juros. Quanto maior o rendimento dos títulos, menor a quantidade de moeda que o aplicador retém em sua carteira, já que é melhor utiliza-la na compra de ativos rentáveis.
  • 87. Curso Técnico em Transações Imobiliárias Módulo – Economia e Mercados 8.4. A Taxa de Juros de Equilíbrio A taxa de juros tem um papel estratégico nas decisões dos mais variados agentes econômicos. Para as empresas, as decisões quanto à compra de máquinas, equipamentos, aumentos ou diminuição de estoques, de matérias-primas ou de bens finais serão determinadas não só pelo nível atual, mas também pelas expectativas quanto aos níveis futuros das taxas de juros. Se as expectativas quanto à trajetória das taxas de juros se tornarem pessimistas, os empresários deverão manter níveis baixos de estoques e mesmo de capital de giro no presente, uma vez que o custo de manutenção desses ativos poderá ser extremamente caro no futuro. Os consumidores exercerão um maior poder de compra à medida que as taxas de juros diminuírem, e o contrário, e as taxas de juros aumentarem.
  • 88. Curso Técnico em Transações Imobiliárias Módulo – Economia e Mercados 8.4. A Taxa de Juros de Equilíbrio A taxa de juros tem um importante papel, pois a determinação de seu patamar acabará por influenciar o volume de consumo, notadamente de bens de consumo duráveis, por parte das famílias. Essa diminuição do consumo ocorre porque as pessoas passam a preferir poupança a consumo, e dirigem sua renda não gasta para os bancos, com o intuito de auferirem receitas financeiras. Muito se indaga sobre as diferenças das taxas de juros praticadas no mercado. Entre a taxa de juros que é determinada pelo Conselho Monetário Nacional e as taxas de juros cobradas pelos bancos comerciais. A essa diferença entre taxas de juros, no sistema bancário, dar-se o nome de spread.
  • 89. Curso Técnico em Transações Imobiliárias Módulo – Economia e Mercados 9. SISTEMA FINANCEIRO Podemos entender o sistema financeiro como sendo um fundo no qual as unidades deficitárias (investidores) retiram recursos, enquanto as superavitárias (poupadores) os depositam.
  • 90. Curso Técnico em Transações Imobiliárias Módulo – Economia e Mercados 9.1. O Sistema Financeiro Num sistema financeiro podemos ter diversas modalidades de créditos para investimentos, podendo estar ligados aos seguintes mercados: Mercado monetário: neste são realizadas a operações de curtíssimo prazo com a finalidade de suprir as necessidades de caixa dos diversos agentes econômicos, como os empréstimos para as pessoas físicas. Mercado de crédito: neste caso são atendidas as necessidades de recursos de curto, médio e longo prazos, principalmente oriundas da demanda de crédito para aquisição de bens de consumo durável e da demanda de capital de giro das empresas. Ex: crédito rápido, desconto de duplicatas, etc. Também engloba os financiamentos de longo prazo, como o Finame, FCO, etc. As pessoas envolvidas no mercado de crédito são chamadas de credores e devedores.
  • 91. Curso Técnico em Transações Imobiliárias Módulo – Economia e Mercados 9.1. O Sistema Financeiro Mercado de Capitais: procuram suprir as exigências de recursos de médio e de longo prazos, principalmente com vistas à realização de investimentos em capital. Ex: compra e venda de ações, debêntures, etc. Mercado Cambial: nele são realizadas a compra e a venda de moeda estrangeira, para atender a diversas finalidades, como a compra de câmbio, para importação; a venda por parte dos exportadores; e venda/compra, para viagens de turismo.
  • 92. Curso Técnico em Transações Imobiliárias Módulo – Economia e Mercados 9.1. O Sistema Financeiro Mercados Primários e Secundários: Os primeiros são aqueles em que se realiza a primeira compra/venda de algum ativo recém-emitido; os secundários caracterizam-se por negociarem ativos financeiros já negociados anteriormente. Mercados à vista, futuros e opções: Os mercados à vista negociam apenas ativos com preços a vista; os mercados futuros negociam os preços esperados de certos ativos e de mercadorias para determinada data futura e os mercados de opções negociam opções de compra/venda de determinados ativos em data futura.
  • 93. Curso Técnico em Transações Imobiliárias Módulo – Economia e Mercados 9.2. A Organização do Sistema Financeiro Nacional O sistema financeiro pode-se subdividir da seguinte maneira: Subsistema Normativo – são aqueles que ditam a normas que tem que serem seguidas pelas outras instituições. São eles: Conselho Monetário Nacional - CMN, Banco Central do Brasil - Bacen e Comissão de Valores Mobiliários – CVM. O Banco Central do Brasil é o órgão executor da política monetária, exercendo a regulamentação e a fiscalização de todas as atividades de intermediação financeira no País. Já o Conselho Monetário Nacional representa o órgão normativo. É quem determina as normas a serem cumpridas pelo Banco Central. É o órgão máximo do Sistema Financeiro Nacional brasileiro. Já a Comissão de Valores Mobiliários possui a função de fiscalizar as atividades das bolsas de valores e de mercados futuros.
  • 94. Curso Técnico em Transações Imobiliárias Módulo – Economia e Mercados 9.2. A Organização do Sistema Financeiro Nacional Subsistema Operativo – Seguem diretamente as normas do subsistema normativo. São eles: Instituições Bancárias (públicas ou privadas) - Bancos comerciais e Caixas econômicas (está última que é responsável por executar operações de crédito habitacional no país); Instituições não bancárias (públicas ou privadas) – Bancos de investimento (a exemplo do BNDES, que é responsável pelo financiamento da expansão de investimentos no país), bancos de desenvolvimento, companhias de desenvolvimento, sociedade de crédito de financiamento e investimento, sociedade de crédito imobiliário, associações de poupança e empréstimo e companhias seguradoras; Instituições auxiliares (públicas ou privadas) – Bolsas de valores, sociedades corretoras, sociedades distribuidoras, agentes autônomos de investimento e outros (leasing, factoring cobrança, etc.); e os Agentes Especiais – Banco do Brasil e Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social.
  • 95. Curso Técnico em Transações Imobiliárias Módulo – Economia e Mercados 9.2. A Organização do Sistema Financeiro Nacional Podemos citar como os principais instrumentos de política monetária: O controle do crédito e dos juros; as operações de redesconto; o controle das taxas de reservas e dos compulsórios e as operações de open market, ou de títulos públicos.
  • 96. Curso Técnico em Transações Imobiliárias Módulo – Economia e Mercados 10. INFLAÇÃO 10.1. A definição e medida da inflação A inflação ou instabilidade de preços é definida como um aumento persistente e generalizado no índice de preços, ou seja, são aumentos contínuos de preços. As fontes de inflação diferem em função das condições de cada país, em virtude de alguns aspectos, como: a) tipo de estrutura de mercado – se concorrencial, monopolista ou oligopolista, dependendo do mercado há um condicionamento da capacidade dos vários setores repassarem aumentos de custos aos preços dos produtos; b) grau de abertura da economia ao exterior – quanto mais aberta a economia à competição externa, maior a concorrência interna entre fabricantes, e menores os preços dos produtos; e c) estrutura das organizações trabalhistas – onde quanto maior o poder de barganha dos sindicatos, maior a capacidade de obter reajustes de salários acima dos índices de produtividade, e maior a pressão sobre os preços.
  • 97. Curso Técnico em Transações Imobiliárias Módulo – Economia e Mercados 10.2. As Conseqüências da Inflação Variam com a intensidade e com a velocidade do processo de alta dos preços. Baixa variação de preços dita discreta, produzem efeitos econômicos assimiláveis, em alguns casos até despercebidos pelos consumidores. Esse quadro de relativo conforto começa a alterar-se à medida que o processo de alta de preços se torna mais intenso, atingindo os fatores de produção, os produtos, as categorias de renda e os estratos socioeconômicos. A inflação corrói o poder de compra do salário nominal recebido pelo trabalhador, pela população. Dependendo da intensidade do processo e dos mecanismos de defesa acionados, as inflações intensas podem produzir graves efeitos redistributivos sobre a renda agregada e as riquezas acumuladas; no limite, poderão destruir as bases do ordenamento econômico, ao atingirem as funções monetárias ou a confiança do público em quaisquer formas de haveres financeiros (moeda, títulos, cadernetas de poupança, etc.).
  • 98. Curso Técnico em Transações Imobiliárias Módulo – Economia e Mercados 10.2. As Conseqüências da Inflação Algumas das suas conseqüências podem ser: • Destruição da moeda, com sua capacidade de reserva de valor e de sua utilidade como meio de pagamento; •Destruição da estrutura e da logicidade do sistema de trocas; •Desarticulação de suprimentos nas cadeias produtivas; •Regressão das atividades produtivas à linha de subsistência; •Queda vertiginosa do nível de emprego; •Ruptura do tecido social; e •Ruptura político-institucional, onde o governo perde o controle da situação.
  • 99. Curso Técnico em Transações Imobiliárias Módulo – Economia e Mercados 10.2. As Conseqüências da Inflação Não há uma única teoria que seja capaz de explicar todos os tipos de inflação. Eles são muitos e, geralmente são diferenciados por qualificativos que remetem às causas, às magnitudes dos processos de alta e suas características visíveis. Os principais troncos teóricos que procuram explicar a inflação podem ser agrupados em: A inflação de demanda; A inflação de custos e Inflação Inercial.
  • 100. Curso Técnico em Transações Imobiliárias Módulo – Economia e Mercados 10.3. Inflação de demanda e inflação de custo Neste caso uma das principais explicações teóricas da inflação sustenta que as altas generalizadas de preços resultam de uma procura ou demanda agregada excessiva em relação à capacidade de oferta da economia. Ou seja, refere-se ao excesso de demanda agregada em relação à produção disponível de bens e serviços. Neste caso a procura exacerbada empurra os preços para cima, dando origem a uma espiral de alta, tanto mais intensa quanto menor for a capacidade ociosa da economia. Nesta situação, aumentos da demanda agregada de bens e serviços, com economia já a plena capacidade, conduzem a elevações de preços.