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Texto de Apoio de ELEG/2015. Uniz/FCT. Eng. Civil, Mecatrónica, I nformática e Processo. 3º ano. Docentes: João Paulino e Zidane Tomás
UNIVERSIDADE ZAMBEZE
Faculdade de Ciências e Tecnologias
TEXTO DE APOIO DE ELEMENTOS DE ECONOMIA E GESTÃO
INTRODUÇÃO
A disciplina de Elementos de Economia e Gestão deve garantir pelo menos três objectivos: (i)
estimular o interesse do estudante pela percepção dos problemas económicos e os princípios de
gestão, (ii) habilitar o estudante sobre analise e leitura de informações económicas “custos, e
processo de gestão” envolvidas no desempenho das actividades do futuro engenheiro e (iii)
mostrar o quanto se deve aprender com humildade esta maravilhosa ciência social. O desafio é
grande, mas a paciência, a vontade e o entusiasmo devem ficar acima das dificuldades. Cada
conceito deve ser rigorosamente entendido para que não se perca a coerência lógica do raciocínio
analítico que é inerente ao pensamento económico.
CAPITULO I. CONCEITOS FUNDAMENTAIS
O marco inicial da etapa científica da teoria económica coincidiu com grandes avanços da
técnica e das ciências físicas e biológicas. Neste notável período, a economia constituiu seu
núcleo científico, estabeleceu sua área de acção e delimitou suas fronteiras com outras ciências
sociais.
A construção do seu núcleo científico fundamentou-se no enunciado de um apreciável volume
de leis económicas, desenvolvidas a partir da concepções mecanicistas, organicista e
posteriormente humana, através das quais os economistas procuraram interpretar as principais
actividade económica.
Para os economistas do grupo organicista entendiam que os problemas de natureza económica
eram expostos numa terminologia retirada da Biologia. Os mecanicistas pretendiam que as lei
económicas se comportassem como determinadas leis da física, neste contexto, a economia
deveria se ocupar dos resultados produzidos por uma combinação de forças e que esses
resultados deveriam ser descobertos com auxilio da natureza mecânica das actividades. Todavia
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Texto de Apoio de ELEG/2015. Uniz/FCT. Eng. Civil, Mecatrónica, I nformática e Processo. 3º ano. Docentes: João Paulino e Zidane Tomás
a concepção humanista entendia que a economia repousa sobre os actos humanos e é por
excelência uma ciência social.
Então o que é economia? Muitas vezes, os principiantes ao estudo da economia querem uma
definição sucinta da economia, e, em resposta a essa procura da definição, pode se dizer que não
há escassez da oferta para dar resposta a procura pela definição. Eis algumas definições da
Economia, ou seja, Economia,
 estuda as actividades que, com ou sem dinheiro, envolvem transacções entre pessoas;
 estuda a maneira pela qual os homens decidem utilizar recursos produtivos escassos
ou abundantes (terra, mão-de-obra, bens de capital como maquinaria, conhecimento
técnico) para produzir várias mercadorias (como trigo, carne, estradas) e distribui-los
a vários membros da sociedade para o consumo;
 estuda o homem em sua actividade comum, ganhando e desfrutando a vida;
 estuda a maneira pela qual a humanidade realizar a tarefa de organizar suas
actividades de consumo e produção;
 estuda a riqueza;
 estuda como melhorar a sociedade,
 estuda a forma como os preços do trabalho, do capital e da terra são estabelecidos na
economia e como esses preços são usados para aplicar os recursos;
 é arte de pensar.
A lista é boa e longa. No entanto é sempre difícil resumir em poucas linhas uma definição
exacta da matéria. A descrição que possa diferenciar as fronteiras da economia com fronteiras
de outras ciências e dar a entender, aos principiante, tudo o que ela é. O certo é que a economia
envolve todos elementos salientados naquelas definições sugerida na lista que poderia ainda ser
mais longa e complicada. Hoje, os economistas estão de acordo quanto a uma definição geral
mais ou menos assim:
Economia é uma ciência social que estuda administração dos recursos escassos entre uso
alternativo e fins competitivos ou seja, estuda a forma como as sociedades utilizam seus
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recursos escassos para produzir bens com valor e de como os distribuem entre os vários
indivíduos.
DIVISÃO DA ECONOMIA
A teoria económica constitui-se de um corpo unitário de conhecimento da realidade, passível de
uma divisão, principalmente por razões didáctica, neste contexto, a economia está divida em:
Microeconomia – ramo da economia que dedica ao estudo do comportamento das entidades
individuais como mercados, empresas e famílias, ou seja, estuda a formação de preços nos
diversos mercados, a partir da acção conjunta da demanda e da oferta.
Macroeconomia – ramo da economia que estuda o desempenho global da economia, ou seja,
estuda as condições de equilíbrioestável entre a renda e o dispêndio nacional.
Ainda no contexto didáctico a economia apresenta outros ramos de estudo tais como:
Desenvolvimento económico – ramo da economia que estuda o processo de acumulação dos
recursos escassos e da geração de tecnologia capaz de aumentar a produção de bens e serviços
para a sociedade. Economia internacional – que dedica o estudo das condições do equilíbrio do
comercio externo – importação e exportação – além de fluxo de capital.
PROBLEMAS ECONOMICOS.
Qualquer sociedade humana confrontar-se com três problemas fundamentais para os quais a
economia têm por responsabilidade buscar respostas a essas perguntas. De facto os problemas
com que se confronta uma economia são: Que produtos e serviços a produzir? Como produzir?
Para quem produzir?
Que bens devem ser produzido em que quantidades? Significa que a sociedade deve decidir
quais e quantos bens e serviços devem ser produzidos dentro de inúmeros bens e serviços
possíveis que a sociedade necessita. Como produzir? Significa, a sociedade deve determinar
quem irá produzir bens e serviços, com que recursos e tecnologia existente, isto é, quem vai
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cultivar, quem vai ensinar entre outras actividades, recursos e tecnologias. Finalmente para quem
produzir? Significa quem irá usufruir dos frutos do esforço económicos da sociedade, ou seja,
como será repartido o produto nacional entre as diferentes famílias.
FORMAS DE ORGANIZAÇÃO ECONÓMICAS
Dada as limitações dos recursos produtivos e tecnologia, as sociedades procuram organizar-se a
fim de resolver os três problemas económicos: o que, como e para quem produzir os bens e
serviços de forma eficiente e com menor desperdícios. De certa maneira são duas as formas de
organização económica que as sociedades tomam para responder as questões económicas.
Economia descentralizada ou economia de mercado e economia centralizada ou de decisão
central.
Na economia centralizadas, os três problemas básicos – o que, como e para quem – são
respondidos pelos órgãos planificadores centrais. A planificação é formulada em primeiro lugar
pelo inventário das necessidades humanas a serem atendidas, seguida de inventário dos recursos
e das técnicas disponíveis para produção e finalmente faz-se uma selecção das necessidades
prioritária e fixam-se as quantidades a serem produzidas de cada bem – chamada meta de
produção e consumo.
O preço é fixado e usado como recursos de contabilização dos custos de produção do processo
para julgar a eficiência das operações das diversas empresas. O preço é usado para auxiliar a
distribuição dos diversos produtos . Os meios de produção são propriedade colectiva. As
quantidades, os preços e os usufrutos dos bens produzidos são definidos pelos órgão de
planificação central que são repassado para o resto da economia.
Na economia do mercado, os preços, as quantidades dos produtos são definidos no mercado ou
seja: o que produzir será decidido pela procura dos consumidores no mercado. Quanto produzir
será determinado pela actuação dos consumidores e dos produtores com os ajustamentos dados
pelo sistema de preço. Como produzir é determinado pela concorrência entre os produtores e
para quem produzir será determinada pela oferta e a procura no mercado de serviços, pelo
salário, pelo juro, pelo aluguel e pelo lucro que em conjunto formam a renda individual relativo a
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cada serviço, ou seja, a produção destina-se as pessoas que tem renda para pagar e o preço é o
instrumento de exclusão.
FRONTEIRA DE POSSIBILIDADE DE PRODUÇÃO DA SOCIEDADE
Alimitaçãodos recursos totais capazes de produzir diferentes mercadorias impõe uma escolha
entre produtos relativamente escassos. Isto pode ser ilustrado quantitativamente por meio de
simples exemplos aritmético e diagramas geométricos. Os diagramas e os gráficos são auxiliares
visuais indispensáveis em muitas análise da economia.
Uma economia com determinada quantidade de habitantes, determinado grau de conhecimento
técnico, determinado número de fabricas, ferramentas, determinada quantidade de terra,
potência hidroeléctrica e recurso naturais. Ao decidir o Quê será produzido e Como a economia
terá realmente que decidir de que maneira aqueles recursos serão alocados entre os milhares de
diferentes mercadorias possíveis. Qual será a área de terra que deverá ser dedicada ao cultivo de
milho? Ou à pastagem? Quantas fabricas deverão produzir facas? Qual a quantidade de mão-de-
obra qualificada poderá destinar a industria?
Para analisar esse facto temos que simplificar a discussão das questões levantadas acima. Vamos
supor que devem ser produzidos apenas dois bens económicos. Para efeitos, podemos escolher a
dupla sobre qual entre camisas e carros de guerra. Podemos usar estes dois produtos para ilustrar
o problema da escolha entre a produção civil e produção bélica.
Assim quanto maior forem os recursos que o governo aplica na construção de estradas públicas,
menores serão os recursos que restarão para se produzir casas particulares, quanto o público mais
preferir consumir alimentos, menor será o seu consumo de vestuário, quanto a sociedade mais
preferir consumir hoje, menor poderá ser a sua produção de maquinas e bens de capital para
produzir maior quantidade de bens de consumo para os próximos.
Neste contexto, vamos supor que 150 unidades de carro seja o máximo que poderá ser produzido
com tecnologia e recursos existentes. No outro extremo, 100% dos recursos da sociedade são
dedicados a produção de camisas, neste caso, apena poderá ser produzidos uma certa quantidade
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maxima de camisas, 5.0 unidades de determinado tipo pudesse ser fabricada se estivéssemos
realmente dispostos a não produzir carros.
Tabela 1. Possibilidade de produção
BENS Quantidade máxima de
carro
Possibilidade
intermediarias
Quantidade máxima de
camisa
A B C D E F
Carros 150 140 120 90 70 0
Camisas 0 10 20 30 40 50
Temos ai, duas possibilidades extremas(A e F). Entre elas ainda existem outras. Se estivéssemos
decididos a abrir mão de certa quantidade de carros, poderemos ter certas quantidades de camisas
se estivermos dispostos a abrir mão de uma quantidade ainda maior de carros, poderemos ter
ainda mais camisas. Uma escala de uma série de possibilidades é apresentada na tabela 1,
indicando a letra A o extremo onde a produção total é de carros e nenhuma camisa. Doutro
extremo temos a letra F, o extremo oposto, no qual todos os recursos são aplicados na produção
de camisas. Nos pontos intermediários, B,C,D e E, o volume de carros vai decrescendo em troca
de maior número de camisas. O carro é transformado em camisa, não fisicamente, mas pelo
deslocamento de recursos a ser utilizados para produzir camisas.
APLICAÇÃO DE FRONTEIRA POSSIBILIDADE DE PRODUÇÃO
O conceito da FPP ajuda a fazer muitas análise dos seguintes elementos básico da economia,
como: (i) Opção - que é a questão de escolher a quantidade de cada produto e a decisão final de
produção e uso de recursos, (ii) escassez económica refere a realidade básica da vida de que
existe apenas uma quantidade finita de recursos humanos e não-humanos que com melhor
conhecimento técnico é capaz de se usar na produção de quantidade máxima limitada de cada
produto.
A FPP ajuda a tornar claro os três problemas básicos da vida económica: O Que, Como e Para
Quem. Produzir?. O quê é produzido e consumido significa determinar ou escolheros produtos e
serviços a serem produzidos.Como deverão ser produzidos os bens é uma questão que implica a
escolha eficiente de métodos e a destinação adequada de diferentes quantidade e tipos de
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recursos limitados a diversas industriais. Para quem serão produzidos os bens é um questão de
exame da igualdade de renda e riqueza entre as pessoas. Se encontramos uma sociedade sobre a
sua fronteira de possibilidade de produção é justo pensar que a renda e riqueza está bem
distribuída entre as pessoas na economia.
A FPP pode retratar muitos processos económicos conhecidos, mas básicos. Estes conceitos
serão tratados com profundidades na devida altura e aqui só é necessário compreender ideias
sensatas envolvidas. A FPP demonstra de que maneira uma sociedade consome grande
quantidades de alimentos quando é pobre, mas se desloca em direcção aos confortos e ao luxo a
medida que vai desenvolvendo – esta matéria é tratada no estudo da poupança, consumo e
investimento.
A FPP nos monstra como o eleitorado tem que escolher entre bens produzidos pelo sector
privado e adquiridos a determinado preço e bens do sector público, pagos pelo imposto – esta
matéria é tratada no estudo do papel económico do governo.
A FPP retrata o modo pelo qual uma economia se decide entre (i) bens de consumo corrente e (ii)
bens de capital que tornam possível maior quantidade de ambos (consumo e capital) no futuro.
Esta matéria é objecto de estudo quando tratar da distribuição da renda, formação de preço de
factores produtivo e problemas económicos actuais.
De igual modo a FPP mostra de que maneira a economia B, abençoada por descobertas
científica e técnicas, seria capaz de ultrapassar a economia A que estivesse usando uma
tecnologia menos progressista – essa matéria é tratada quando se fala do crescimento e
desenvolvimento económico.
CUSTO DE OPORTUNIDADE
Para além do conceito do pleno emprego, a cura de FPP dá a chance de se definir o conceito de
custo de oportunidade – que corresponde ao sacrifício do que se deixou de produzir, ou seja é, o
custo ou perda do produto que não foi escolhido e não o ganho do que que foi escolhido. Neste
sentido afirma-se que existe custo de oportunidade quando estiver reunidas duas condições
básicas: (i) existência de recursos limitados e (ii) existência do pleno emprego dos recursos.
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Texto de Apoio de ELEG/2015. Uniz/FCT. Eng. Civil, Mecatrónica, I nformática e Processo. 3º ano. Docentes: João Paulino e Zidane Tomás
Exemplo de custo de oportunidade: Se estivéssemos em B (carros =140, camisa =10) e
passássemos para C (carros = 120, camisas =20), o custo de oportunidade seria o sacrifício de
transferir os recursos destinados a actividade de se produzir carros para produzir camisas.
DESEMPREGO E INEFICIENCIA
Se tiver havido um desemprego geral de factores, isto é, homens, terra e fabricas ociosa. O que
aconteceria? A lei económica poderá ser completamente diferente. Ou seja, com o desemprego
não nos encontramos sobre a fronteira de possibilidade de produção, mas sim, em algum lugar ou
ponto (G) dentro da curva da fronteira de possibilidade da produção na qual a sociedade está
produzindo menos quantidade dos dois bens.O desemprego provado pelo ciclo económico não é
apenas a única maneira de estar fora da FPP. Se uma economia estiver organizada de forma
deficiente, poderá também estar bem aquém da fronteira de possibilidade de produção. Assim
sendo, disse que há ineficiência económica. Neste contexto, a eficiência produtiva verifica-se
quando a sociedade não pode aumentar a produção de um bem sem reduzir a quantidade de outro
bem. A eficiência produtiva significa que a economia se encontra sobre a sua FPP.
LEI DOS RENDIMENTOS DECRSCENTE
A lei dos rendimentos alerta para a famosa relação económica e tecnológica, a chamada lei dos
rendimentos decrescentes. Esta lei exprime a relação, não entre dois produtos, mas sim, entre um
factor de produção (como trabalho) e a produção resultante desse factor.
Tabela 2.
Factor fixo
Terra
Factor variável
Mão-de-obra
Produto total
(Do factor variável)
Produto extra obtido por
unidade adicional de factor
variável
Mão-de-obra
1 0 0
2000
1000
500
300
1 1 2000
1 2 3000
1 3 3500
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1 4 3800 100
1 5 3900
Dada uma quantidade fixa de terra, digamos 1 hectare ilustrado na tabela 2, a ela é adicionada
nenhuma mão-de-obra, diga mão-de-obra igual à zero, não há produção nenhuma, assim, a
produção registada é igual a zero. Se a mesma quantidade de terra, 1 hectare for adicionada a
mão-de-obra de 1, 2, 3,4 e 5 unidades respectivamente a produção total do factor variável mão-
de-obra aumenta de zero tonelada para 2000, 3000, 3500, 3800 e 3800 toneladas de milho
respectivamente.
Para melhor compreender a lei dos rendimentos decrescente temos de explicar o seguinte. Porque
a produção total não aumenta no mesmo ritmo ou unidade do aumento do factor variado para que
o aumento extra derivado do aumento do factor seja constante ou crescente? A explicação disso
está no facto de, quando mantemos constante um factor ou grupo de factores de produção e
variamos os demais, vemos que os factores que variam têm cada vez menos quantidade de
produção sobre os factores fixos. Em consequência, não ficamos surpreso com o facto de que
esses factores variáveis extras começam a acrescentar um produto extra cada vez menor. Dito de
outra forma é que o factor de produção fixo (terra) está decrescendo em proporção ao factor
variável (mão-de-obra).
Em conclusão, podemos resumir como se segue. A lei dos rendimentos decrescentes diz que
“um aumento de certos factores em relação a outros, fixos, irá provocar, em determinado estado
de tecnologia, o aumento da produção total, mas depois de um certo ponto, o produto extra
resultante de adiçãoidênticas de factores extras tornar-se-á cada vez menor.
ECONOMIA DE ESCALA E DE PRODUÇÃO EM MASSA
A economia de escala é um fenómenodavariação controlada de um factor e de nível de produção.
Em muitos processos industriais, quando se aumenta os factores de produção, verifica-se que a
produção aumenta mais do que aumento de factores, este fenómeno é chamado de “rendimento
crescentes da escala. Rendimento crescente de escala ou economia de produção em massa são
muitas vezes associados a um dos progressos seguintes:
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 Utilização de fonte de energia não humana e não animal;
 Emprego de mecanismo de ajuste automático;
 Uso de peças padronizadas e intercambiáveis;
 Divisão de processo complexo em simples operações repetitiva e
 Especialização da função e divisão de trabalho e de factores tecnológicos.
As economias de escala ajuda explicar o motivo pelo qual os artigos comprados são produzidos
por grandes empresas, a divisão do trabalho, o padrão da especialização e a existência do
monopólio. Com este conceito nasceu a lei dos custos relativo ou crescentes que diz: Quando ser
quer obter quantidades extras iguais de um produto, a sociedade tem que sacrificar quantidades
sempre maior do outro produto.
NECESSIDADES E BENS
Necessidade - é o estado de carência ou falta por um bem sentida por um individuo
acompanhado do seu conhecimento. A necessidade apresenta certas característica, tais como: (i)
intensidade – isto significa que uma vez satisfeito este estado tende acabar, (ii) relatividade –
significa que depende de individuo para individuo e (iii) multiplicidade- significa que as
necessidades são ilimitada.Assim sendo, elas podem ser classificada em várias categoria e
critérios.
Quanto a importância
As necessidades podem ser primárias – aquelas que consideradas básicas ou que a sua satisfação
é básica e estão intimamente ligada a sobrevivência humana. Ex.: alimentação, segurança. E
necessidades secundárias – aquelas que a sua satisfação não é básica, ou seja, não estão
intimamente ligada a sobrevivência humana.
Quanto ao número de pessoas que sentem
Neste critério, existe dois tipos de necessidades: individuais e colectivas. As necessidades
individuais – são aquelas sentidas por um individuo. E as colectivas são aquelas sentidas por
várias pessoas. As necessidades individuais quando cruzadas no sistema de mercado tornam
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colectivas.
CONCEITO DE BEM
Tendo em conta o conceito da necessidade, questiona-se: Como satisfazer uma necessidade? A
resposta é evidente. Utilizar ou consumir ou ainda usar um certo bem. Então o que é bem? Bem
é algo que satisfazas necessidades dos indivíduos.
CLASSIFICAÇÃO DE BEM
Quanto a natureza
Este critério, diz respeito ao estado físico do bem, assim, os bens podem ser classificado como
produto ou serviços. Um bem é chamado produto quando é palpável. E um bem é chamada
serviço quando é feito de material não palpável.
Quanto a duração.
O critério usado neste caso é aduração. Assim, existe bens duráveis e não duráveis.
Quanto função
O critério usado para essa classificação é o uso. Assim sendo, os bens podem ser classificados
em bens de capital e de consumo. Um bem é de capital quando é usado para produção de outro
bem ou serviços. E um bem é chamada de consumo quando está pronto para ser consumido.
Quanto a capacidade de isolamento de satisfazer as necessidades
Para satisfazer certas necessidades, o bem pode o fazer de forma isolada ou não. O bem que
satisfaz de forma isoladas ou sem precisa de usar outro bem chamam-se bem não complementar.
Enquanto que o bem complementar é aquele que para satisfazer uma necessidade sem precisar de
outro bem paracompletar.
Quanto a capacidade de substituição
Uma necessidade pode ser satisfeita por vários bens ou não. Assim, existe bens sucedâneos e não
sucedâneos. Bemnão sucedâneo ou não substituível – éaqueleque a sua falta não pode ser
substituído para satisfazer a necessidade. Bem sucedâneo – é aquele que pode satisfazer uma
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Texto de Apoio de ELEG/2015. Uniz/FCT. Eng. Civil, Mecatrónica, I nformática e Processo. 3º ano. Docentes: João Paulino e Zidane Tomás
necessidade satisfeita por outro bem. E bens fungíveis que não faz falta na sua substituição.
Quanto ao custo
Neste critério reside o fundamento do objecto de estudo da economia. Isto é, os bens encontram
em quantidade limitadas. Desse facto, os bens podem ser classificados em bens económicos e
livres. Bens económico – são aqueles que a sua utilização requerer um pagamento e se
encontram em quantidades limitadas. Bens livres são aqueles que a sua utilização é livre ou seja
não se paga e encontram se no estado ilimitados.
MERCADO
Já discutimos como a sociedade toma suas decisões e se organiza para satisfazer suas
necessidades mediante recursos escassos. Aquela discussão levou aos economistas a elaborar
uma teoria económica que estuda como as decisões de produção e de consumo de bens e
serviços, a chamada teoria da procura e oferta. Antes de iniciar com a discussão da celebre teoria
de procura e oferta, a seguir se presenta o mecanismo – mercado - pelo qual a oferta e procura se
desenrola.
O termo mercado pode ser definido em duas abordagem. A primeira abordagem é, o mercado
como local e a segunda abordagem é, mercado como mecanismo. O mercado como local é o
espaçofísico onde a oferta e procura se encontra para negociar o preço e determinar as
quantidades a comprar ou a vender. Neste contexto estamos a falar por exemplo dos mercados de
goto, maquinino, entre outros. A segunda abordagem é mercado como mecanismo. Nesta
abordagem, o mercado é um arranjo ( praça, telefone, leilão, bolsa) pelo qual compradores e
vendedores de um bem interagem para determinar o preço e a quantidade transaccionadas.
Olhando osconceitos do mercado acima referidos, pode-se dizer que o centro do mercado é o
preço. Nesta ordem de ideia questiona-se. Como funciona o mercado? O truque centrado no
preço reside no incentivo. Se o consumidor quer mais de um bem, luta por ele, oferecendo mais
dinheiro pelo mesmo bem, subindo o preço. O vendedor perante a subida do beneficio é
incentivado a aumentar a produção a preço mais alto, reduzindo o preço. Deste modo consegue-
se realizar o desejo do consumidor e do produtor. Assim, não há mandão que dá ordens ao
produtor nem ao consumidor, mais sim ummecanismo automático entre os compradores e
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Texto de Apoio de ELEG/2015. Uniz/FCT. Eng. Civil, Mecatrónica, I nformática e Processo. 3º ano. Docentes: João Paulino e Zidane Tomás
vendedores é que faz isso.
Este mecanismo automático, Adam Smith chamou de mão invisível, vulgarmente chamado de
mão invisível de Adam Smithque tem resultado na chamadaeficiência, a qual dizque cada um
produz o que melhor sabe fazer e troca por aquilo que mais gosta. Com este mecanismo
consegue-se uma solução para a economia ser racional e garantir o bem-estar.
Neste contexto, o sistema económico é estruturado pelo mercado, que de forma eficiente, quando
as famílias consumidoras vão ao mercado comprar bens de que necessitam, fazendo despesas
com o dinheiro que recebe das empresas. O dinheiro que as famílias entregam as empresas para
receberem os bens, as empresas usam para comprar os factores de produção das
famíliasconsumidoras. Desse movimento aparece o circuito económico na sua estruturação em
mercado.
TEORIA ELEMENTAR DA PROCURA E OFERTA
Não é objectivo desse curso desenvolver uma teoria completa da demanda e oferta. Nossa
intenção é fazer uma introdução da teoria da demanda e da oferta e apresentar uma visão
simplificada. Assim sendo iniciamos por definir a demanda ou procura e a oferta.
A procura ou demanda é definido como sendo o desejo que os indivíduos têm de comprar uma
determinada quantidade de um produto ou serviço à um determinado preço num determinado
período. Neste definição destaca-se dois elementos, nomeadamente: desejo que é aspiração, um
plano e não sua realização. Não se deve confundir procura com compra. O segundo elemento é
fluxo por unidade de tempo que é o nível de necessidade de um bem em um determinado tempo.
Do conceito da procura, os economista, anunciaram a lei da procura, a qual refere: a medida que
o preço aumenta, mantendo o resto constante, as quantidades procurada por um individuo num
determinado período reduz, ou seja, as quantidades procuradas têm uma relação inversa com o
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Texto de Apoio de ELEG/2015. Uniz/FCT. Eng. Civil, Mecatrónica, I nformática e Processo. 3º ano. Docentes: João Paulino e Zidane Tomás
preço. Matematicamente a lei da procura é dada pela seguinte equação:
Qd = a – bP
Onde:
Qd = quantidade de bem procurado
a = quantidade de bem que não depende de preço
b = propensão marginal a consumir
P = preço do bem
FACTORES QUE AFECTAM A PROCURA
O desejo de procurar um bem por parte dos indivíduos num determinado período, segundo a
teoria da procura, depende dos seguintes factores: o rendimento disponível, preço do bem que
deseja procura, preço de outros bens, sobre tudo bens complementares e substituto, gostos ou
preferência do individuo.
A oferta é a quantidade de um produto ou serviço que os produtores ou empresas desejam vender
no mercado por unidade de tempo à um dado nível de preço. A semelhança da procura, a oferta
apresenta dois elementos, nomeadamente: desejo e fluxo de unidades de bem por tempo.
Do conceito da oferta nasce a lei da oferta, a qual diz: a medida que o preço aumenta, mantendo
o restoconstante, as quantidades oferecidas por empresa ou produtor num determinado período
aumenta, ou seja, as quantidades oferecidas têm uma relação direita com o preço.
Matematicamente a lei da oferta é dada pela seguinte equação:
Qs = a + bP
Onde:
Qs = quantidade de bem oferecida
a = quantidade de bem que não depende de preço
b = propensão marginal a oferecer
P = preço do bem
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Texto de Apoio de ELEG/2015. Uniz/FCT. Eng. Civil, Mecatrónica, I nformática e Processo. 3º ano. Docentes: João Paulino e Zidane Tomás
FACTORES QUE AFECTA A OFERTA
O desejo de oferecer um dado bem por parte dos indivíduos num determinado período, segundo a
teoria da oferta, depende dos seguintes factores: tecnologia, preço do bem que se deseja
oferecer, preço de factores de produção, preço de outros bens.
EQUILIBRIO DO MERCADO
O preço em uma economia do mercado é o mecanismo que regula o comportamento da oferta e
da procura e é determinado tanto pela oferta quanto pela procura. Ou seja, quando a oferta está
satisfeita com o preço, aceita em mudar de propriedade de um bem entregando-o ao individuo
que procura esse bem e o mesmo acontece com a procura, ou seja, quando também está satisfeita
com o preço aceita em receber esse bem a esse preço.
Em outras palavras vale dizer que, quando a oferta e a procura se cruza no mercado, discutem o
preço e determinam as quantidades. O nível de preço aceite pela oferta e procura, determina as
quantidades a ser oferecidas e procuradas no mercado. Quando se alcança este ponto, diz-se que
o mercado está em equilíbrio, ou seja, há equilíbrio de mercado. Matematicamente esse ponto é
dado quando a equação da lei da oferta é igual a equação da procura
Qs = Qd
a + bP = a – bP
ESTRUTURA DE MERCADO
O preço e a quantidade de equilíbrio nos mercados é resultado da acção da oferta e da procura.
Entretanto, a oferta e a demanda interagem de modo a apresentar resultados muitos distintos em
cada tipo de mercado, pois cada um tem características especifica de produto, número de
empresas participantes, nível de circulação e acesso a informação, tributação, regulamentação,
localização no espaço e no tempo. É com base nessas características que o mercado pode-se
estruturar ou se organizar para adequar as características acima referidas. Assim sendo, pode-se
definir estrutura do mercado como sendo modelos que capta aspectos inerente de como o
mercado está organizado.
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Cada estrutura do mercado destaca alguns aspectos essenciais referente a oferta e procura,
baseado em hipóteses e características observadas no mercado, tais como: tamanho das
empresas, diferenciação dos produtos, transparência, objectivos dos empresários e acesso de
novas empresas. Nesta ordem de ideia, a estrutura de mercado está dividida em duas categorias.
Estrutura clássica básica. Nesta estrutura encontramos monopólio e concorrência perfeita. No
monopólio, existe um único vendedor ou empresa que fixa preço dos seus produtos, muitos
compradores, o seu produto não tem substituto próximo e a curva da receita media é a curva da
demanda do mercado. Na concorrência perfeita existe muitas empresas, muitos compradores,
nenhum comprador e vendedor fixa preço, os produtos são homogéneos, ou seja, existe
substitutos próximo dos produtos vendidos no mercado, existe perfeita circulação de informação
sobre o preço.
Outras estruturas clássica. Nesta estrutura encontramos concorrência monopolista, oligopólio,
monopsónio e cartel. Na concorrência monopolista chamada concorrência imperfeita onde existe
muitas empresas que produzem produtos diferenciados e substituto próximo. Oligopólio é uma
estrutura caracterizada pela existência de um reduzido número de produtores e vendedores,
produzindo produtos substitutos que são próximo de si, ou seja, existe poucos compradores que
domina o mercado, para muitos vendedores. E finalmente o cartel é uma organização formal e
informal de produtores de um sector que determina a política de preço para todas empresas que o
compõem, existe repartição de quota do mercado e procura maximizar o lucro.
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Texto de Apoio de ELEG/2015. Uniz/FCT. Eng. Civil, Mecatrónica, I nformática e Processo. 3º ano. Docentes: João Paulino e Zidane Tomás
TEORIA DA FIRMA: PRODUÇÃO E A FIRMA
Em economia de mercado, os consumidores e as firmas constituem unidades do sector do
consumo e do sector da produção respectivamente. Ao desenvolver suas actividades de consumir
e de produzir, ambos sectores se inter-relacionam por intermédio de preços.A teoria económica
se preocupa em estudar o comportamento das unidades do sector de consumo e de produção.
No sector de consumo, usa-se a teoria do consumidor que procura explicar o comportamento do
consumidor. E no sector de produção utiliza-se a teoria da firma – que estuda o comportamento
das empresas. Esta teoria é divida em duas partes, nomeadamente a teoria da produção e teoria
de custos. A teoria de produção estuda a problemática de produção e a teoria de custos estuda a
problemática dos custos de produção.
TEORIA DE PRODUÇÃO
Produção é o processo de transformação de factores de produção em um bem – produto ou
serviço – com valor de factores de produção utilizado na produção. Ainda pode se definir a
produção como sendo a transformação dos factores adquiridos pela empresa em produtos para
venda no mercado.
Este conceito chama atenção na necessidade de questionar o seguinte: quem processaesses
factores e o que é factor de produção e quais são? A resposta dessas questões são: Quem processa
os factores de produção chama-se empresa ou firma que pode ser definida sob ponto de vista da
teoria de preço, que é uma unidade técnica que produz bens.
A resposta do que é processado, evidentemente é factor de produção, nomeadamente, matéria
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Texto de Apoio de ELEG/2015. Uniz/FCT. Eng. Civil, Mecatrónica, I nformática e Processo. 3º ano. Docentes: João Paulino e Zidane Tomás
prima, capital e trabalho que se define como sendo bens e serviços transformáveis em
produtos.Os factores de produção pode ser primário, aqueles que não são produzidos pelas outras
empresas e secundários, os produzidos pelas outras empresas e que depois passa pelo processo
de transformação
FUNÇÃO PRODUÇÃO
O empresário ao decidir o que, como e quanto produzir, vai na medida das suas respostas
advinda do mercado consumidor, variar a quantidade utilizada dos factores de produção, para
com isso, variar as quantidades produzidas do produto. Essa decisão esta sujeita a restrições
económicas, financeiras e técnica. A restrição técnica chama-se função de produção.
A função de produção identifica a forma de solucionar os problemas técnicos da produção, pela
apresentação das combinações de factores que podem ser utilizados para o desenvolvimento do
processo produtivo. Matematicamente pode ser ilustrada da seguinte forma
Q = f(X1, X2, X3,.....Xn); Q ˃ 0, X1˃ 0, X2˃ 0, X3˃ 0,.....Xn˃ 0
Onde:
Q = quantidade de produção ou simplesmente produção
f = função ou nível de combinação
X1, X2, X3,.....Xn = quantidades de factores utilizados
Na análise da teoria de produção, considera-se dois tipos de relações entre as quantidades
produzidas do produto e quantidades de factores utilizados. A primeira ocorre quando alguns
factores são fixos eoutros variáveis, esse tipo de relação chama-se análise do curto prazo e a
segunda ocorre quando todos factores de produção são variáveis, esse tipo de relação chama-se
análise de longo prazo.
ANALISE DO CURTO PRAZO
Na análise do curto prazo, a função de produção possui um factor de produção fixo e os restantes
são variáveis. Neste contexto, a função produção é apresentada da seguinte forma
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Texto de Apoio de ELEG/2015. Uniz/FCT. Eng. Civil, Mecatrónica, I nformática e Processo. 3º ano. Docentes: João Paulino e Zidane Tomás
Q = f(X0, X1, X2,.....Xn); Q ˃ 0, X˃ 0, X1˃ 0, X2˃ 0,.....Xn˃ 0
Onde
Q = quantidade de produção ou simplesmente produção
f = função ou nível de combinação
X0= quantidade de factor fixo utilizado
X1 X2,.....Xn = quantidades de factores variáveis utilizados
Nessa análise da produção total depende da quantidade do factor variável usado no processo
produtivo, dai que se chama produto total do factor variável que é definida como sendo o nível
de produção que se obtém em consequência da variação do factor variável.
Sendo que o factor variável irá determinar o nível de produção, surge o conceito de
produtividade média do factor variável – que éo resultado do quociente da quantidade total
produzida pela quantidade de factor variável utilizado. Matematicamente pode ser representada
pela seguinte expressão:
PM = Q/X1
Onde:
Q = quantidade total produzida
X1 – quantidade de do factor variável usado
PM = produção média do factor variável.
Outro conceito ligado a analise do curto prazo é a produtividade marginal do factor variável, que
é a relação entre a variação do produto total e as variações da quantidade utilizada dos factores
variável. Matematicamente é dada pela seguinte equação
PMg = ΔQ/ΔX1
Onde:
PMg = produção marginal
ΔQ = variação da produção total
ΔX1= variação do factor variável
20
Texto de Apoio de ELEG/2015. Uniz/FCT. Eng. Civil, Mecatrónica, I nformática e Processo. 3º ano. Docentes: João Paulino e Zidane Tomás
O conceito da produtividade marginal, dá origem a lei dos rendimentos decrescentes analisado na
parte introdutória, que determina que aumentando a quantidade de um factor variável,
permanecendo a quantidade dos demais factores fixa, a produção, inicialmente crescerá a taxa
crescenteaseguir, depois de uma certa quantidade utilizada do factor variável, passará a crescer
a uma taxa decrescente, continuando a incrementar a utilização do factor variável, a produção
decrescerá.
ANALISE DO LONGO PRAZO
Nesta analise, a relação entre as quantidade de factores utilizadas e a quantidade de produção
obtida. Nessa analise admite a hipótese de que todos factores são variáveis. Em termos gerais a
função de produção é representada pela seguinte equação matematicamente:
Q = f(X1, X2, X3,.....Xn); Q ˃ 0, X1˃ 0, X2˃ 0, X3˃ 0,.....Xn˃ 0
Onde
Q = quantidade de produção ou simplesmente produção
f = função ou nível de combinação
X1 X2,.....Xn = quantidades de factores variáveis utilizados
A analise de longo prazo é feita usando os seguintes conceitos:
isoquantas, taxa marginal de substituição técnica entre factores, rendimentos de escala. A
isoquantas ou mapas de produção significa igual quantidade, também chamada de linha de
indiferença de produção, ainda conhecida de linha de igual produção que é definida como sendo
uma linha na qual todos os pontos representam combinações dos factores que indicam a mesma
quantidade produzida.
O comportamento do perfil das isoquantas é determinado pelo três propriedades: apresenta
comportamento decrescente da esquerda para direita, são convexas com relação a origem dos
eixos cartesianos, e não se cruzam em tangenciam. O seu comportamento decrescente deve-se ao
sinal da taxa marginal de substituiçãotécnica entre factores que é sempre negativo.
A taxa marginal de substituição técnica dos factores revela qual deverá ser o acréscimo da
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Texto de Apoio de ELEG/2015. Uniz/FCT. Eng. Civil, Mecatrónica, I nformática e Processo. 3º ano. Docentes: João Paulino e Zidane Tomás
utilização do factor X1, isto é –ΔX1para que, compensando o descresimo de utilização do factor
X2(+ΔX2) mantenha constante a quantidade de produto produzidos. Em outras palavras, vale
dizer, que a taxa marginal de substituição mostra a relação entre da redução de utilização de um
factor e aumento da utilização de outro factor mantendo a mesma quantidade de produção.
Matematicamente é representada pela seguinte equação:
TMSTX1,X2 = - ΔX1/+ΔX2
Onde:
TMSTX1,X2 = taxa marginal de substituição técnica de factor de produção
- ΔX1= redução da utilização do factor de produção
+ΔX2aumento da utilização de factor de produção
O último conceito a discutir na analise de longo prazo é rendimento a escala. O significado de
escala de produção é o ritmo da variação da produção total, segundo a proporção de combinação
entre factores de produção. Ou seja, rendimento a escala é o resultado, em termos do produto
final obtido por meio da variação da utilização dos factores de produção e descreve a relação
tecnológica. De acordo com a resposta da quantidade de produção obtida, o rendimento a escala
pode ser de três tipo, nomeadamente: rendimento a escala crescente, rendimento a escala
decrescente e rendimento a escala constante.
Rendimento a escala crescente ocorre quando a variação na quantidade do produto total é mais
do que proporcional à variação da quantidade de factores utilizados. O exemplo, um amento de
10% da utilização de factores a produção aumenta em 20%. As causas de rendimento a escala
crescente são duas, nomeadamente:
Relações dimensionais, ou seja, se o diâmetro de um tubo é dobrado, por exemplo, o fluxo de
água que passa por ele mais que dobra apesar desse fenómeno na maioria dos casos, apresente
restrições materiais e técnica. A segunda causa é a existência da indivisibilidade entre factores de
produção. Isto significa dizer que os factores utilizados no processo produtivo possuem
dimensões mínimas definidas de variação. O exemplo disso é quando a empresa aumenta sua
produção precisa de dimensionar seus equipamentos. O dimensionamento de equipamento
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Texto de Apoio de ELEG/2015. Uniz/FCT. Eng. Civil, Mecatrónica, I nformática e Processo. 3º ano. Docentes: João Paulino e Zidane Tomás
poderá exigir aumento excessivo de um dos factor que não é possível ter em sua metade.
O segundo tipo é rendimento a escala constante que ocorre quando a variação do produto total é
proporcional à variação da quantidade da utilização de factores de produção. Ou seja, o aumento
da 10% na utilização de factor resulta em um acréscimode 10% da produção total. É a fase mais
longa e abordagem um intervalo de tempo mais longo da produção numa empresa.
O último de tipo de rendimento a escala é rendimento à escala decrescente que ocorrem quando a
variação da produto total é menos que proporcional à variação na utilização dos factores de
produção. Ou seja, um aumento de 10% da utilização de factor de produção a produção cresce
em 5%. Este rendimento deve-se a existência de pelo menos um factor fixo que não pode se
expandir apesar de no longo prazo todos factores de produção sejam considerados variáveis, não
se pode variar, por exemplo, o número de empresário.
IMPORTÂNCIA DA TEORIA DE PRODUÇÃO
A teoria de produção apresenta grande importância para os engenheiros, porque, os seus
princípios proporcionam bases para analise de custos e a oferta dos bens produzidos, constitui
peça fundamental para analise dos preços e emprego dos factores de produção, estuda a alocação
dos factores de produção entre diversos usos alternativos no processo produtivo.
TEORIA DA FIRMA
O objectivo principal da empresa é maximizar os seus resultados à quando da realização da sua
actividades produtivas. Assim sendo, a empresa procura obter a máxima produção total possível
em face da utilização de certa combinação de factores. Em economia monetária, os factores de
produção são obtidos mediante um preço, ou seja, a empresa precisa de pagar para utilizar um
factor de produção. A quantidade de factor utilizada multiplicada pelo seu preço, constituirá a
despesa total que a empresa deve suportar para dar andamento da sua produção. Esse despesa é
chamada de custo total de produção.
A optimizar os resultados obtidos na produção, a empresa precisa resolver dois problemas,
nomeadamente: maximizar a produção total para um determinado nível de custos totais e ou
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Texto de Apoio de ELEG/2015. Uniz/FCT. Eng. Civil, Mecatrónica, I nformática e Processo. 3º ano. Docentes: João Paulino e Zidane Tomás
minimizar os custos totais para um dado nível de produção. Em qualquer dos casos a empresa
estará a maximizar ou optimizar seus resultados. Neste ponto, a empresa estará em equilíbrio da
empresa.
CUSTOS DE PRODUÇÃO
Conhecido os preços de factores de produção e sua quantidade é possível determinar o custo total
de produção definido como sendo o total das despesas realizadas pela empresa com a utilização
da combinação mais económica dos factores por meio de qual é obtida uma determinada
quantidade do produto.
Os custos totais de produção são constituídos por dois tipos de custos, nomeadamente: custos
fixos (CFT) e custos variáveis (CVT). Os primeiros custos corresponde à parcela dos custos
totais que não depende do volume de produção e muito menos da sua realização, são decorrente
dos gastos com os factores fixos de produção. Os custos variáveis totais são parcelas de custos
totais que depende da volume da produção ou volume de factores variáveis usados na produção.
Os custos fixos e variáveis são determinados pelas seguintes equações:
CFT = P x FF
CVT = P x FV
Onde:
CFT – Custos Fixos Totais
P – Preço do mercado de factor
FF – Custos fixo
CVT – Custos variáveis totais
FV – Factor variável
O custo total é a soma de custos fixos totais (CFT) e custos variáveis totais (CVT), que
matematicamente é apresentada pela seguinte expressão:
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Texto de Apoio de ELEG/2015. Uniz/FCT. Eng. Civil, Mecatrónica, I nformática e Processo. 3º ano. Docentes: João Paulino e Zidane Tomás
CTP = CFT + CVT
CTP = P x FF + p x FV
Onde:
CTP – custos totais de produção
CFT – Custos Fixos Totais
P – Preço do mercado de factor
FF – Custos fixo
CVT – Custos variáveis totais
FV – Factor variável
A analise dos custos é feita a semelhança da produção em dois tipo: analise de curto prazo e de
longo prazo. Os pressupostos de analise são os mesmos da analise da produção. Ou seja, no curto
prazo existe dois tipo de custos – custos variáveis e custos fixos. Na analise do longo prazo todos
os custos são variáveis.
No curto prazo, os custos totais de produção depende directamente do nível de produção
estabelecida pela empresa associado aos gastos com factores de variáveis. E a analise de curto
prazo, interessa analisar custos médios ou unitário, custos marginais. Os custos médios totais
podem ser dissociados em custo médio totais variáveis e custos médios fixos. Ambos calcula-se
fazendo o quociente do custo total pela quantidade total da produção. Matematicamente pode ser
apresentado pela equações seguintes:
CMe = CTP/Q
CMe = (CFT +CVT)/Q
CMe= CFT/Q + CVT/Q
Onde
CMe = custos médios
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Texto de Apoio de ELEG/2015. Uniz/FCT. Eng. Civil, Mecatrónica, I nformática e Processo. 3º ano. Docentes: João Paulino e Zidane Tomás
CFT = custos fixos totais
CVT = custos variáveis totais
Outro conceito de analise é custos marginais do curto prazo definido como sendo determinado
pela variação dos custos totais em resposta a variação de uma quantidade de produto produzidos.
Matematicamente é apresentado pela seguinte expressão:
CMg = ΔCTP/ΔQ
Onde:
CMg = custos marginais
ΔQ = variação da produção total
ΔCTP= variação dos custos totais
Os custos marginais totais podem ser dissociados em custos marginais fixos e custos marginais
variáveis. Para o efeito, pode decompor os custos totais em variáveis e fixos dividindo cada
componente pela variação da quantidade total do produto produzidos.
No longo prazo, a semelhança da analise feita na teoria de produção é equivalente a analise que
deve ser feita na analise dos custos no longo prazo. Ou seja, no longo prazo todos os custos são
variáveis, mais na vida real nem todos custos são variáveis, pois, existem custos que não variam
mesmo que a produção varie. Trata-se de salários de trabalhadores efectivos e alguns serviços
oferecidos para apoiar o processo produtivo.
RENDIMENTOS DA EMPRESA
Ao realizar o processo produtivo de bens e serviços, a empresa deseja compensar sua actividade
criadora de riqueza. Assim, os custos de produção identifica o esforço para realizar a produção e
têm como contrapartida o rendimento ou receita recebida pela venda da produção no mercado. O
rendimento ou receita total das vendas de uma empresa é definida como sendo o resultado da
multiplicação da quantidade total do produto oferecida e vendida no mercado pelo respectivo
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Texto de Apoio de ELEG/2015. Uniz/FCT. Eng. Civil, Mecatrónica, I nformática e Processo. 3º ano. Docentes: João Paulino e Zidane Tomás
preço de venda. Matematicamente é apresentada pela seguinte expressão.
RT = P x Q
Onde
RT = rendimento ou receita total da vendas
P = preço de venda de produto
Q = quantidade vendida
A semelhança dos custos e produção, o rendimento pode ser analisado em receitas média que
resulta do quociente entre a receita total pela quantidade vendida. De igual modo pode-se
determinar receita marginal que pode ser calculada pelo quociente entre a variação da receita
total pela variação da quantidade total vendida.
EQUILIBRIO DA EMPRESA
Como foi dito que a empresa tem por objectivo maximizar o valor da sua produção, ela poderá
continuar a produzir até no ponto em que os custos igual a receita ou rendimento total. Neste
ponto a empresa não tem lucro nem prejuízo, ou seja, o lucro é igual a zero – neste ponto, disse –
se que a empresa está em equilíbrio. Quando a receita estiver a acima dos custos disse-se que a
empresa está tendo lucro. E quando a receita estiver abaixo dos custos, disse-se que a empresa
está somando prejuízos. Ou seja:
RT ˃ CTP - lucro
RT = CTP - não há lucro nem prejuízo (equilíbrio) também chamado brack even point.
RT ˂ CTP - prejuízo

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Lições de Economia Política I, Prof. Doutor Rui Teixeira Santos (ULHT 2011/20...
 

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  • 1. 1 Texto de Apoio de ELEG/2015. Uniz/FCT. Eng. Civil, Mecatrónica, I nformática e Processo. 3º ano. Docentes: João Paulino e Zidane Tomás UNIVERSIDADE ZAMBEZE Faculdade de Ciências e Tecnologias TEXTO DE APOIO DE ELEMENTOS DE ECONOMIA E GESTÃO INTRODUÇÃO A disciplina de Elementos de Economia e Gestão deve garantir pelo menos três objectivos: (i) estimular o interesse do estudante pela percepção dos problemas económicos e os princípios de gestão, (ii) habilitar o estudante sobre analise e leitura de informações económicas “custos, e processo de gestão” envolvidas no desempenho das actividades do futuro engenheiro e (iii) mostrar o quanto se deve aprender com humildade esta maravilhosa ciência social. O desafio é grande, mas a paciência, a vontade e o entusiasmo devem ficar acima das dificuldades. Cada conceito deve ser rigorosamente entendido para que não se perca a coerência lógica do raciocínio analítico que é inerente ao pensamento económico. CAPITULO I. CONCEITOS FUNDAMENTAIS O marco inicial da etapa científica da teoria económica coincidiu com grandes avanços da técnica e das ciências físicas e biológicas. Neste notável período, a economia constituiu seu núcleo científico, estabeleceu sua área de acção e delimitou suas fronteiras com outras ciências sociais. A construção do seu núcleo científico fundamentou-se no enunciado de um apreciável volume de leis económicas, desenvolvidas a partir da concepções mecanicistas, organicista e posteriormente humana, através das quais os economistas procuraram interpretar as principais actividade económica. Para os economistas do grupo organicista entendiam que os problemas de natureza económica eram expostos numa terminologia retirada da Biologia. Os mecanicistas pretendiam que as lei económicas se comportassem como determinadas leis da física, neste contexto, a economia deveria se ocupar dos resultados produzidos por uma combinação de forças e que esses resultados deveriam ser descobertos com auxilio da natureza mecânica das actividades. Todavia
  • 2. 2 Texto de Apoio de ELEG/2015. Uniz/FCT. Eng. Civil, Mecatrónica, I nformática e Processo. 3º ano. Docentes: João Paulino e Zidane Tomás a concepção humanista entendia que a economia repousa sobre os actos humanos e é por excelência uma ciência social. Então o que é economia? Muitas vezes, os principiantes ao estudo da economia querem uma definição sucinta da economia, e, em resposta a essa procura da definição, pode se dizer que não há escassez da oferta para dar resposta a procura pela definição. Eis algumas definições da Economia, ou seja, Economia,  estuda as actividades que, com ou sem dinheiro, envolvem transacções entre pessoas;  estuda a maneira pela qual os homens decidem utilizar recursos produtivos escassos ou abundantes (terra, mão-de-obra, bens de capital como maquinaria, conhecimento técnico) para produzir várias mercadorias (como trigo, carne, estradas) e distribui-los a vários membros da sociedade para o consumo;  estuda o homem em sua actividade comum, ganhando e desfrutando a vida;  estuda a maneira pela qual a humanidade realizar a tarefa de organizar suas actividades de consumo e produção;  estuda a riqueza;  estuda como melhorar a sociedade,  estuda a forma como os preços do trabalho, do capital e da terra são estabelecidos na economia e como esses preços são usados para aplicar os recursos;  é arte de pensar. A lista é boa e longa. No entanto é sempre difícil resumir em poucas linhas uma definição exacta da matéria. A descrição que possa diferenciar as fronteiras da economia com fronteiras de outras ciências e dar a entender, aos principiante, tudo o que ela é. O certo é que a economia envolve todos elementos salientados naquelas definições sugerida na lista que poderia ainda ser mais longa e complicada. Hoje, os economistas estão de acordo quanto a uma definição geral mais ou menos assim: Economia é uma ciência social que estuda administração dos recursos escassos entre uso alternativo e fins competitivos ou seja, estuda a forma como as sociedades utilizam seus
  • 3. 3 Texto de Apoio de ELEG/2015. Uniz/FCT. Eng. Civil, Mecatrónica, I nformática e Processo. 3º ano. Docentes: João Paulino e Zidane Tomás recursos escassos para produzir bens com valor e de como os distribuem entre os vários indivíduos. DIVISÃO DA ECONOMIA A teoria económica constitui-se de um corpo unitário de conhecimento da realidade, passível de uma divisão, principalmente por razões didáctica, neste contexto, a economia está divida em: Microeconomia – ramo da economia que dedica ao estudo do comportamento das entidades individuais como mercados, empresas e famílias, ou seja, estuda a formação de preços nos diversos mercados, a partir da acção conjunta da demanda e da oferta. Macroeconomia – ramo da economia que estuda o desempenho global da economia, ou seja, estuda as condições de equilíbrioestável entre a renda e o dispêndio nacional. Ainda no contexto didáctico a economia apresenta outros ramos de estudo tais como: Desenvolvimento económico – ramo da economia que estuda o processo de acumulação dos recursos escassos e da geração de tecnologia capaz de aumentar a produção de bens e serviços para a sociedade. Economia internacional – que dedica o estudo das condições do equilíbrio do comercio externo – importação e exportação – além de fluxo de capital. PROBLEMAS ECONOMICOS. Qualquer sociedade humana confrontar-se com três problemas fundamentais para os quais a economia têm por responsabilidade buscar respostas a essas perguntas. De facto os problemas com que se confronta uma economia são: Que produtos e serviços a produzir? Como produzir? Para quem produzir? Que bens devem ser produzido em que quantidades? Significa que a sociedade deve decidir quais e quantos bens e serviços devem ser produzidos dentro de inúmeros bens e serviços possíveis que a sociedade necessita. Como produzir? Significa, a sociedade deve determinar quem irá produzir bens e serviços, com que recursos e tecnologia existente, isto é, quem vai
  • 4. 4 Texto de Apoio de ELEG/2015. Uniz/FCT. Eng. Civil, Mecatrónica, I nformática e Processo. 3º ano. Docentes: João Paulino e Zidane Tomás cultivar, quem vai ensinar entre outras actividades, recursos e tecnologias. Finalmente para quem produzir? Significa quem irá usufruir dos frutos do esforço económicos da sociedade, ou seja, como será repartido o produto nacional entre as diferentes famílias. FORMAS DE ORGANIZAÇÃO ECONÓMICAS Dada as limitações dos recursos produtivos e tecnologia, as sociedades procuram organizar-se a fim de resolver os três problemas económicos: o que, como e para quem produzir os bens e serviços de forma eficiente e com menor desperdícios. De certa maneira são duas as formas de organização económica que as sociedades tomam para responder as questões económicas. Economia descentralizada ou economia de mercado e economia centralizada ou de decisão central. Na economia centralizadas, os três problemas básicos – o que, como e para quem – são respondidos pelos órgãos planificadores centrais. A planificação é formulada em primeiro lugar pelo inventário das necessidades humanas a serem atendidas, seguida de inventário dos recursos e das técnicas disponíveis para produção e finalmente faz-se uma selecção das necessidades prioritária e fixam-se as quantidades a serem produzidas de cada bem – chamada meta de produção e consumo. O preço é fixado e usado como recursos de contabilização dos custos de produção do processo para julgar a eficiência das operações das diversas empresas. O preço é usado para auxiliar a distribuição dos diversos produtos . Os meios de produção são propriedade colectiva. As quantidades, os preços e os usufrutos dos bens produzidos são definidos pelos órgão de planificação central que são repassado para o resto da economia. Na economia do mercado, os preços, as quantidades dos produtos são definidos no mercado ou seja: o que produzir será decidido pela procura dos consumidores no mercado. Quanto produzir será determinado pela actuação dos consumidores e dos produtores com os ajustamentos dados pelo sistema de preço. Como produzir é determinado pela concorrência entre os produtores e para quem produzir será determinada pela oferta e a procura no mercado de serviços, pelo salário, pelo juro, pelo aluguel e pelo lucro que em conjunto formam a renda individual relativo a
  • 5. 5 Texto de Apoio de ELEG/2015. Uniz/FCT. Eng. Civil, Mecatrónica, I nformática e Processo. 3º ano. Docentes: João Paulino e Zidane Tomás cada serviço, ou seja, a produção destina-se as pessoas que tem renda para pagar e o preço é o instrumento de exclusão. FRONTEIRA DE POSSIBILIDADE DE PRODUÇÃO DA SOCIEDADE Alimitaçãodos recursos totais capazes de produzir diferentes mercadorias impõe uma escolha entre produtos relativamente escassos. Isto pode ser ilustrado quantitativamente por meio de simples exemplos aritmético e diagramas geométricos. Os diagramas e os gráficos são auxiliares visuais indispensáveis em muitas análise da economia. Uma economia com determinada quantidade de habitantes, determinado grau de conhecimento técnico, determinado número de fabricas, ferramentas, determinada quantidade de terra, potência hidroeléctrica e recurso naturais. Ao decidir o Quê será produzido e Como a economia terá realmente que decidir de que maneira aqueles recursos serão alocados entre os milhares de diferentes mercadorias possíveis. Qual será a área de terra que deverá ser dedicada ao cultivo de milho? Ou à pastagem? Quantas fabricas deverão produzir facas? Qual a quantidade de mão-de- obra qualificada poderá destinar a industria? Para analisar esse facto temos que simplificar a discussão das questões levantadas acima. Vamos supor que devem ser produzidos apenas dois bens económicos. Para efeitos, podemos escolher a dupla sobre qual entre camisas e carros de guerra. Podemos usar estes dois produtos para ilustrar o problema da escolha entre a produção civil e produção bélica. Assim quanto maior forem os recursos que o governo aplica na construção de estradas públicas, menores serão os recursos que restarão para se produzir casas particulares, quanto o público mais preferir consumir alimentos, menor será o seu consumo de vestuário, quanto a sociedade mais preferir consumir hoje, menor poderá ser a sua produção de maquinas e bens de capital para produzir maior quantidade de bens de consumo para os próximos. Neste contexto, vamos supor que 150 unidades de carro seja o máximo que poderá ser produzido com tecnologia e recursos existentes. No outro extremo, 100% dos recursos da sociedade são dedicados a produção de camisas, neste caso, apena poderá ser produzidos uma certa quantidade
  • 6. 6 Texto de Apoio de ELEG/2015. Uniz/FCT. Eng. Civil, Mecatrónica, I nformática e Processo. 3º ano. Docentes: João Paulino e Zidane Tomás maxima de camisas, 5.0 unidades de determinado tipo pudesse ser fabricada se estivéssemos realmente dispostos a não produzir carros. Tabela 1. Possibilidade de produção BENS Quantidade máxima de carro Possibilidade intermediarias Quantidade máxima de camisa A B C D E F Carros 150 140 120 90 70 0 Camisas 0 10 20 30 40 50 Temos ai, duas possibilidades extremas(A e F). Entre elas ainda existem outras. Se estivéssemos decididos a abrir mão de certa quantidade de carros, poderemos ter certas quantidades de camisas se estivermos dispostos a abrir mão de uma quantidade ainda maior de carros, poderemos ter ainda mais camisas. Uma escala de uma série de possibilidades é apresentada na tabela 1, indicando a letra A o extremo onde a produção total é de carros e nenhuma camisa. Doutro extremo temos a letra F, o extremo oposto, no qual todos os recursos são aplicados na produção de camisas. Nos pontos intermediários, B,C,D e E, o volume de carros vai decrescendo em troca de maior número de camisas. O carro é transformado em camisa, não fisicamente, mas pelo deslocamento de recursos a ser utilizados para produzir camisas. APLICAÇÃO DE FRONTEIRA POSSIBILIDADE DE PRODUÇÃO O conceito da FPP ajuda a fazer muitas análise dos seguintes elementos básico da economia, como: (i) Opção - que é a questão de escolher a quantidade de cada produto e a decisão final de produção e uso de recursos, (ii) escassez económica refere a realidade básica da vida de que existe apenas uma quantidade finita de recursos humanos e não-humanos que com melhor conhecimento técnico é capaz de se usar na produção de quantidade máxima limitada de cada produto. A FPP ajuda a tornar claro os três problemas básicos da vida económica: O Que, Como e Para Quem. Produzir?. O quê é produzido e consumido significa determinar ou escolheros produtos e serviços a serem produzidos.Como deverão ser produzidos os bens é uma questão que implica a escolha eficiente de métodos e a destinação adequada de diferentes quantidade e tipos de
  • 7. 7 Texto de Apoio de ELEG/2015. Uniz/FCT. Eng. Civil, Mecatrónica, I nformática e Processo. 3º ano. Docentes: João Paulino e Zidane Tomás recursos limitados a diversas industriais. Para quem serão produzidos os bens é um questão de exame da igualdade de renda e riqueza entre as pessoas. Se encontramos uma sociedade sobre a sua fronteira de possibilidade de produção é justo pensar que a renda e riqueza está bem distribuída entre as pessoas na economia. A FPP pode retratar muitos processos económicos conhecidos, mas básicos. Estes conceitos serão tratados com profundidades na devida altura e aqui só é necessário compreender ideias sensatas envolvidas. A FPP demonstra de que maneira uma sociedade consome grande quantidades de alimentos quando é pobre, mas se desloca em direcção aos confortos e ao luxo a medida que vai desenvolvendo – esta matéria é tratada no estudo da poupança, consumo e investimento. A FPP nos monstra como o eleitorado tem que escolher entre bens produzidos pelo sector privado e adquiridos a determinado preço e bens do sector público, pagos pelo imposto – esta matéria é tratada no estudo do papel económico do governo. A FPP retrata o modo pelo qual uma economia se decide entre (i) bens de consumo corrente e (ii) bens de capital que tornam possível maior quantidade de ambos (consumo e capital) no futuro. Esta matéria é objecto de estudo quando tratar da distribuição da renda, formação de preço de factores produtivo e problemas económicos actuais. De igual modo a FPP mostra de que maneira a economia B, abençoada por descobertas científica e técnicas, seria capaz de ultrapassar a economia A que estivesse usando uma tecnologia menos progressista – essa matéria é tratada quando se fala do crescimento e desenvolvimento económico. CUSTO DE OPORTUNIDADE Para além do conceito do pleno emprego, a cura de FPP dá a chance de se definir o conceito de custo de oportunidade – que corresponde ao sacrifício do que se deixou de produzir, ou seja é, o custo ou perda do produto que não foi escolhido e não o ganho do que que foi escolhido. Neste sentido afirma-se que existe custo de oportunidade quando estiver reunidas duas condições básicas: (i) existência de recursos limitados e (ii) existência do pleno emprego dos recursos.
  • 8. 8 Texto de Apoio de ELEG/2015. Uniz/FCT. Eng. Civil, Mecatrónica, I nformática e Processo. 3º ano. Docentes: João Paulino e Zidane Tomás Exemplo de custo de oportunidade: Se estivéssemos em B (carros =140, camisa =10) e passássemos para C (carros = 120, camisas =20), o custo de oportunidade seria o sacrifício de transferir os recursos destinados a actividade de se produzir carros para produzir camisas. DESEMPREGO E INEFICIENCIA Se tiver havido um desemprego geral de factores, isto é, homens, terra e fabricas ociosa. O que aconteceria? A lei económica poderá ser completamente diferente. Ou seja, com o desemprego não nos encontramos sobre a fronteira de possibilidade de produção, mas sim, em algum lugar ou ponto (G) dentro da curva da fronteira de possibilidade da produção na qual a sociedade está produzindo menos quantidade dos dois bens.O desemprego provado pelo ciclo económico não é apenas a única maneira de estar fora da FPP. Se uma economia estiver organizada de forma deficiente, poderá também estar bem aquém da fronteira de possibilidade de produção. Assim sendo, disse que há ineficiência económica. Neste contexto, a eficiência produtiva verifica-se quando a sociedade não pode aumentar a produção de um bem sem reduzir a quantidade de outro bem. A eficiência produtiva significa que a economia se encontra sobre a sua FPP. LEI DOS RENDIMENTOS DECRSCENTE A lei dos rendimentos alerta para a famosa relação económica e tecnológica, a chamada lei dos rendimentos decrescentes. Esta lei exprime a relação, não entre dois produtos, mas sim, entre um factor de produção (como trabalho) e a produção resultante desse factor. Tabela 2. Factor fixo Terra Factor variável Mão-de-obra Produto total (Do factor variável) Produto extra obtido por unidade adicional de factor variável Mão-de-obra 1 0 0 2000 1000 500 300 1 1 2000 1 2 3000 1 3 3500
  • 9. 9 Texto de Apoio de ELEG/2015. Uniz/FCT. Eng. Civil, Mecatrónica, I nformática e Processo. 3º ano. Docentes: João Paulino e Zidane Tomás 1 4 3800 100 1 5 3900 Dada uma quantidade fixa de terra, digamos 1 hectare ilustrado na tabela 2, a ela é adicionada nenhuma mão-de-obra, diga mão-de-obra igual à zero, não há produção nenhuma, assim, a produção registada é igual a zero. Se a mesma quantidade de terra, 1 hectare for adicionada a mão-de-obra de 1, 2, 3,4 e 5 unidades respectivamente a produção total do factor variável mão- de-obra aumenta de zero tonelada para 2000, 3000, 3500, 3800 e 3800 toneladas de milho respectivamente. Para melhor compreender a lei dos rendimentos decrescente temos de explicar o seguinte. Porque a produção total não aumenta no mesmo ritmo ou unidade do aumento do factor variado para que o aumento extra derivado do aumento do factor seja constante ou crescente? A explicação disso está no facto de, quando mantemos constante um factor ou grupo de factores de produção e variamos os demais, vemos que os factores que variam têm cada vez menos quantidade de produção sobre os factores fixos. Em consequência, não ficamos surpreso com o facto de que esses factores variáveis extras começam a acrescentar um produto extra cada vez menor. Dito de outra forma é que o factor de produção fixo (terra) está decrescendo em proporção ao factor variável (mão-de-obra). Em conclusão, podemos resumir como se segue. A lei dos rendimentos decrescentes diz que “um aumento de certos factores em relação a outros, fixos, irá provocar, em determinado estado de tecnologia, o aumento da produção total, mas depois de um certo ponto, o produto extra resultante de adiçãoidênticas de factores extras tornar-se-á cada vez menor. ECONOMIA DE ESCALA E DE PRODUÇÃO EM MASSA A economia de escala é um fenómenodavariação controlada de um factor e de nível de produção. Em muitos processos industriais, quando se aumenta os factores de produção, verifica-se que a produção aumenta mais do que aumento de factores, este fenómeno é chamado de “rendimento crescentes da escala. Rendimento crescente de escala ou economia de produção em massa são muitas vezes associados a um dos progressos seguintes:
  • 10. 10 Texto de Apoio de ELEG/2015. Uniz/FCT. Eng. Civil, Mecatrónica, I nformática e Processo. 3º ano. Docentes: João Paulino e Zidane Tomás  Utilização de fonte de energia não humana e não animal;  Emprego de mecanismo de ajuste automático;  Uso de peças padronizadas e intercambiáveis;  Divisão de processo complexo em simples operações repetitiva e  Especialização da função e divisão de trabalho e de factores tecnológicos. As economias de escala ajuda explicar o motivo pelo qual os artigos comprados são produzidos por grandes empresas, a divisão do trabalho, o padrão da especialização e a existência do monopólio. Com este conceito nasceu a lei dos custos relativo ou crescentes que diz: Quando ser quer obter quantidades extras iguais de um produto, a sociedade tem que sacrificar quantidades sempre maior do outro produto. NECESSIDADES E BENS Necessidade - é o estado de carência ou falta por um bem sentida por um individuo acompanhado do seu conhecimento. A necessidade apresenta certas característica, tais como: (i) intensidade – isto significa que uma vez satisfeito este estado tende acabar, (ii) relatividade – significa que depende de individuo para individuo e (iii) multiplicidade- significa que as necessidades são ilimitada.Assim sendo, elas podem ser classificada em várias categoria e critérios. Quanto a importância As necessidades podem ser primárias – aquelas que consideradas básicas ou que a sua satisfação é básica e estão intimamente ligada a sobrevivência humana. Ex.: alimentação, segurança. E necessidades secundárias – aquelas que a sua satisfação não é básica, ou seja, não estão intimamente ligada a sobrevivência humana. Quanto ao número de pessoas que sentem Neste critério, existe dois tipos de necessidades: individuais e colectivas. As necessidades individuais – são aquelas sentidas por um individuo. E as colectivas são aquelas sentidas por várias pessoas. As necessidades individuais quando cruzadas no sistema de mercado tornam
  • 11. 11 Texto de Apoio de ELEG/2015. Uniz/FCT. Eng. Civil, Mecatrónica, I nformática e Processo. 3º ano. Docentes: João Paulino e Zidane Tomás colectivas. CONCEITO DE BEM Tendo em conta o conceito da necessidade, questiona-se: Como satisfazer uma necessidade? A resposta é evidente. Utilizar ou consumir ou ainda usar um certo bem. Então o que é bem? Bem é algo que satisfazas necessidades dos indivíduos. CLASSIFICAÇÃO DE BEM Quanto a natureza Este critério, diz respeito ao estado físico do bem, assim, os bens podem ser classificado como produto ou serviços. Um bem é chamado produto quando é palpável. E um bem é chamada serviço quando é feito de material não palpável. Quanto a duração. O critério usado neste caso é aduração. Assim, existe bens duráveis e não duráveis. Quanto função O critério usado para essa classificação é o uso. Assim sendo, os bens podem ser classificados em bens de capital e de consumo. Um bem é de capital quando é usado para produção de outro bem ou serviços. E um bem é chamada de consumo quando está pronto para ser consumido. Quanto a capacidade de isolamento de satisfazer as necessidades Para satisfazer certas necessidades, o bem pode o fazer de forma isolada ou não. O bem que satisfaz de forma isoladas ou sem precisa de usar outro bem chamam-se bem não complementar. Enquanto que o bem complementar é aquele que para satisfazer uma necessidade sem precisar de outro bem paracompletar. Quanto a capacidade de substituição Uma necessidade pode ser satisfeita por vários bens ou não. Assim, existe bens sucedâneos e não sucedâneos. Bemnão sucedâneo ou não substituível – éaqueleque a sua falta não pode ser substituído para satisfazer a necessidade. Bem sucedâneo – é aquele que pode satisfazer uma
  • 12. 12 Texto de Apoio de ELEG/2015. Uniz/FCT. Eng. Civil, Mecatrónica, I nformática e Processo. 3º ano. Docentes: João Paulino e Zidane Tomás necessidade satisfeita por outro bem. E bens fungíveis que não faz falta na sua substituição. Quanto ao custo Neste critério reside o fundamento do objecto de estudo da economia. Isto é, os bens encontram em quantidade limitadas. Desse facto, os bens podem ser classificados em bens económicos e livres. Bens económico – são aqueles que a sua utilização requerer um pagamento e se encontram em quantidades limitadas. Bens livres são aqueles que a sua utilização é livre ou seja não se paga e encontram se no estado ilimitados. MERCADO Já discutimos como a sociedade toma suas decisões e se organiza para satisfazer suas necessidades mediante recursos escassos. Aquela discussão levou aos economistas a elaborar uma teoria económica que estuda como as decisões de produção e de consumo de bens e serviços, a chamada teoria da procura e oferta. Antes de iniciar com a discussão da celebre teoria de procura e oferta, a seguir se presenta o mecanismo – mercado - pelo qual a oferta e procura se desenrola. O termo mercado pode ser definido em duas abordagem. A primeira abordagem é, o mercado como local e a segunda abordagem é, mercado como mecanismo. O mercado como local é o espaçofísico onde a oferta e procura se encontra para negociar o preço e determinar as quantidades a comprar ou a vender. Neste contexto estamos a falar por exemplo dos mercados de goto, maquinino, entre outros. A segunda abordagem é mercado como mecanismo. Nesta abordagem, o mercado é um arranjo ( praça, telefone, leilão, bolsa) pelo qual compradores e vendedores de um bem interagem para determinar o preço e a quantidade transaccionadas. Olhando osconceitos do mercado acima referidos, pode-se dizer que o centro do mercado é o preço. Nesta ordem de ideia questiona-se. Como funciona o mercado? O truque centrado no preço reside no incentivo. Se o consumidor quer mais de um bem, luta por ele, oferecendo mais dinheiro pelo mesmo bem, subindo o preço. O vendedor perante a subida do beneficio é incentivado a aumentar a produção a preço mais alto, reduzindo o preço. Deste modo consegue- se realizar o desejo do consumidor e do produtor. Assim, não há mandão que dá ordens ao produtor nem ao consumidor, mais sim ummecanismo automático entre os compradores e
  • 13. 13 Texto de Apoio de ELEG/2015. Uniz/FCT. Eng. Civil, Mecatrónica, I nformática e Processo. 3º ano. Docentes: João Paulino e Zidane Tomás vendedores é que faz isso. Este mecanismo automático, Adam Smith chamou de mão invisível, vulgarmente chamado de mão invisível de Adam Smithque tem resultado na chamadaeficiência, a qual dizque cada um produz o que melhor sabe fazer e troca por aquilo que mais gosta. Com este mecanismo consegue-se uma solução para a economia ser racional e garantir o bem-estar. Neste contexto, o sistema económico é estruturado pelo mercado, que de forma eficiente, quando as famílias consumidoras vão ao mercado comprar bens de que necessitam, fazendo despesas com o dinheiro que recebe das empresas. O dinheiro que as famílias entregam as empresas para receberem os bens, as empresas usam para comprar os factores de produção das famíliasconsumidoras. Desse movimento aparece o circuito económico na sua estruturação em mercado. TEORIA ELEMENTAR DA PROCURA E OFERTA Não é objectivo desse curso desenvolver uma teoria completa da demanda e oferta. Nossa intenção é fazer uma introdução da teoria da demanda e da oferta e apresentar uma visão simplificada. Assim sendo iniciamos por definir a demanda ou procura e a oferta. A procura ou demanda é definido como sendo o desejo que os indivíduos têm de comprar uma determinada quantidade de um produto ou serviço à um determinado preço num determinado período. Neste definição destaca-se dois elementos, nomeadamente: desejo que é aspiração, um plano e não sua realização. Não se deve confundir procura com compra. O segundo elemento é fluxo por unidade de tempo que é o nível de necessidade de um bem em um determinado tempo. Do conceito da procura, os economista, anunciaram a lei da procura, a qual refere: a medida que o preço aumenta, mantendo o resto constante, as quantidades procurada por um individuo num determinado período reduz, ou seja, as quantidades procuradas têm uma relação inversa com o
  • 14. 14 Texto de Apoio de ELEG/2015. Uniz/FCT. Eng. Civil, Mecatrónica, I nformática e Processo. 3º ano. Docentes: João Paulino e Zidane Tomás preço. Matematicamente a lei da procura é dada pela seguinte equação: Qd = a – bP Onde: Qd = quantidade de bem procurado a = quantidade de bem que não depende de preço b = propensão marginal a consumir P = preço do bem FACTORES QUE AFECTAM A PROCURA O desejo de procurar um bem por parte dos indivíduos num determinado período, segundo a teoria da procura, depende dos seguintes factores: o rendimento disponível, preço do bem que deseja procura, preço de outros bens, sobre tudo bens complementares e substituto, gostos ou preferência do individuo. A oferta é a quantidade de um produto ou serviço que os produtores ou empresas desejam vender no mercado por unidade de tempo à um dado nível de preço. A semelhança da procura, a oferta apresenta dois elementos, nomeadamente: desejo e fluxo de unidades de bem por tempo. Do conceito da oferta nasce a lei da oferta, a qual diz: a medida que o preço aumenta, mantendo o restoconstante, as quantidades oferecidas por empresa ou produtor num determinado período aumenta, ou seja, as quantidades oferecidas têm uma relação direita com o preço. Matematicamente a lei da oferta é dada pela seguinte equação: Qs = a + bP Onde: Qs = quantidade de bem oferecida a = quantidade de bem que não depende de preço b = propensão marginal a oferecer P = preço do bem
  • 15. 15 Texto de Apoio de ELEG/2015. Uniz/FCT. Eng. Civil, Mecatrónica, I nformática e Processo. 3º ano. Docentes: João Paulino e Zidane Tomás FACTORES QUE AFECTA A OFERTA O desejo de oferecer um dado bem por parte dos indivíduos num determinado período, segundo a teoria da oferta, depende dos seguintes factores: tecnologia, preço do bem que se deseja oferecer, preço de factores de produção, preço de outros bens. EQUILIBRIO DO MERCADO O preço em uma economia do mercado é o mecanismo que regula o comportamento da oferta e da procura e é determinado tanto pela oferta quanto pela procura. Ou seja, quando a oferta está satisfeita com o preço, aceita em mudar de propriedade de um bem entregando-o ao individuo que procura esse bem e o mesmo acontece com a procura, ou seja, quando também está satisfeita com o preço aceita em receber esse bem a esse preço. Em outras palavras vale dizer que, quando a oferta e a procura se cruza no mercado, discutem o preço e determinam as quantidades. O nível de preço aceite pela oferta e procura, determina as quantidades a ser oferecidas e procuradas no mercado. Quando se alcança este ponto, diz-se que o mercado está em equilíbrio, ou seja, há equilíbrio de mercado. Matematicamente esse ponto é dado quando a equação da lei da oferta é igual a equação da procura Qs = Qd a + bP = a – bP ESTRUTURA DE MERCADO O preço e a quantidade de equilíbrio nos mercados é resultado da acção da oferta e da procura. Entretanto, a oferta e a demanda interagem de modo a apresentar resultados muitos distintos em cada tipo de mercado, pois cada um tem características especifica de produto, número de empresas participantes, nível de circulação e acesso a informação, tributação, regulamentação, localização no espaço e no tempo. É com base nessas características que o mercado pode-se estruturar ou se organizar para adequar as características acima referidas. Assim sendo, pode-se definir estrutura do mercado como sendo modelos que capta aspectos inerente de como o mercado está organizado.
  • 16. 16 Texto de Apoio de ELEG/2015. Uniz/FCT. Eng. Civil, Mecatrónica, I nformática e Processo. 3º ano. Docentes: João Paulino e Zidane Tomás Cada estrutura do mercado destaca alguns aspectos essenciais referente a oferta e procura, baseado em hipóteses e características observadas no mercado, tais como: tamanho das empresas, diferenciação dos produtos, transparência, objectivos dos empresários e acesso de novas empresas. Nesta ordem de ideia, a estrutura de mercado está dividida em duas categorias. Estrutura clássica básica. Nesta estrutura encontramos monopólio e concorrência perfeita. No monopólio, existe um único vendedor ou empresa que fixa preço dos seus produtos, muitos compradores, o seu produto não tem substituto próximo e a curva da receita media é a curva da demanda do mercado. Na concorrência perfeita existe muitas empresas, muitos compradores, nenhum comprador e vendedor fixa preço, os produtos são homogéneos, ou seja, existe substitutos próximo dos produtos vendidos no mercado, existe perfeita circulação de informação sobre o preço. Outras estruturas clássica. Nesta estrutura encontramos concorrência monopolista, oligopólio, monopsónio e cartel. Na concorrência monopolista chamada concorrência imperfeita onde existe muitas empresas que produzem produtos diferenciados e substituto próximo. Oligopólio é uma estrutura caracterizada pela existência de um reduzido número de produtores e vendedores, produzindo produtos substitutos que são próximo de si, ou seja, existe poucos compradores que domina o mercado, para muitos vendedores. E finalmente o cartel é uma organização formal e informal de produtores de um sector que determina a política de preço para todas empresas que o compõem, existe repartição de quota do mercado e procura maximizar o lucro.
  • 17. 17 Texto de Apoio de ELEG/2015. Uniz/FCT. Eng. Civil, Mecatrónica, I nformática e Processo. 3º ano. Docentes: João Paulino e Zidane Tomás TEORIA DA FIRMA: PRODUÇÃO E A FIRMA Em economia de mercado, os consumidores e as firmas constituem unidades do sector do consumo e do sector da produção respectivamente. Ao desenvolver suas actividades de consumir e de produzir, ambos sectores se inter-relacionam por intermédio de preços.A teoria económica se preocupa em estudar o comportamento das unidades do sector de consumo e de produção. No sector de consumo, usa-se a teoria do consumidor que procura explicar o comportamento do consumidor. E no sector de produção utiliza-se a teoria da firma – que estuda o comportamento das empresas. Esta teoria é divida em duas partes, nomeadamente a teoria da produção e teoria de custos. A teoria de produção estuda a problemática de produção e a teoria de custos estuda a problemática dos custos de produção. TEORIA DE PRODUÇÃO Produção é o processo de transformação de factores de produção em um bem – produto ou serviço – com valor de factores de produção utilizado na produção. Ainda pode se definir a produção como sendo a transformação dos factores adquiridos pela empresa em produtos para venda no mercado. Este conceito chama atenção na necessidade de questionar o seguinte: quem processaesses factores e o que é factor de produção e quais são? A resposta dessas questões são: Quem processa os factores de produção chama-se empresa ou firma que pode ser definida sob ponto de vista da teoria de preço, que é uma unidade técnica que produz bens. A resposta do que é processado, evidentemente é factor de produção, nomeadamente, matéria
  • 18. 18 Texto de Apoio de ELEG/2015. Uniz/FCT. Eng. Civil, Mecatrónica, I nformática e Processo. 3º ano. Docentes: João Paulino e Zidane Tomás prima, capital e trabalho que se define como sendo bens e serviços transformáveis em produtos.Os factores de produção pode ser primário, aqueles que não são produzidos pelas outras empresas e secundários, os produzidos pelas outras empresas e que depois passa pelo processo de transformação FUNÇÃO PRODUÇÃO O empresário ao decidir o que, como e quanto produzir, vai na medida das suas respostas advinda do mercado consumidor, variar a quantidade utilizada dos factores de produção, para com isso, variar as quantidades produzidas do produto. Essa decisão esta sujeita a restrições económicas, financeiras e técnica. A restrição técnica chama-se função de produção. A função de produção identifica a forma de solucionar os problemas técnicos da produção, pela apresentação das combinações de factores que podem ser utilizados para o desenvolvimento do processo produtivo. Matematicamente pode ser ilustrada da seguinte forma Q = f(X1, X2, X3,.....Xn); Q ˃ 0, X1˃ 0, X2˃ 0, X3˃ 0,.....Xn˃ 0 Onde: Q = quantidade de produção ou simplesmente produção f = função ou nível de combinação X1, X2, X3,.....Xn = quantidades de factores utilizados Na análise da teoria de produção, considera-se dois tipos de relações entre as quantidades produzidas do produto e quantidades de factores utilizados. A primeira ocorre quando alguns factores são fixos eoutros variáveis, esse tipo de relação chama-se análise do curto prazo e a segunda ocorre quando todos factores de produção são variáveis, esse tipo de relação chama-se análise de longo prazo. ANALISE DO CURTO PRAZO Na análise do curto prazo, a função de produção possui um factor de produção fixo e os restantes são variáveis. Neste contexto, a função produção é apresentada da seguinte forma
  • 19. 19 Texto de Apoio de ELEG/2015. Uniz/FCT. Eng. Civil, Mecatrónica, I nformática e Processo. 3º ano. Docentes: João Paulino e Zidane Tomás Q = f(X0, X1, X2,.....Xn); Q ˃ 0, X˃ 0, X1˃ 0, X2˃ 0,.....Xn˃ 0 Onde Q = quantidade de produção ou simplesmente produção f = função ou nível de combinação X0= quantidade de factor fixo utilizado X1 X2,.....Xn = quantidades de factores variáveis utilizados Nessa análise da produção total depende da quantidade do factor variável usado no processo produtivo, dai que se chama produto total do factor variável que é definida como sendo o nível de produção que se obtém em consequência da variação do factor variável. Sendo que o factor variável irá determinar o nível de produção, surge o conceito de produtividade média do factor variável – que éo resultado do quociente da quantidade total produzida pela quantidade de factor variável utilizado. Matematicamente pode ser representada pela seguinte expressão: PM = Q/X1 Onde: Q = quantidade total produzida X1 – quantidade de do factor variável usado PM = produção média do factor variável. Outro conceito ligado a analise do curto prazo é a produtividade marginal do factor variável, que é a relação entre a variação do produto total e as variações da quantidade utilizada dos factores variável. Matematicamente é dada pela seguinte equação PMg = ΔQ/ΔX1 Onde: PMg = produção marginal ΔQ = variação da produção total ΔX1= variação do factor variável
  • 20. 20 Texto de Apoio de ELEG/2015. Uniz/FCT. Eng. Civil, Mecatrónica, I nformática e Processo. 3º ano. Docentes: João Paulino e Zidane Tomás O conceito da produtividade marginal, dá origem a lei dos rendimentos decrescentes analisado na parte introdutória, que determina que aumentando a quantidade de um factor variável, permanecendo a quantidade dos demais factores fixa, a produção, inicialmente crescerá a taxa crescenteaseguir, depois de uma certa quantidade utilizada do factor variável, passará a crescer a uma taxa decrescente, continuando a incrementar a utilização do factor variável, a produção decrescerá. ANALISE DO LONGO PRAZO Nesta analise, a relação entre as quantidade de factores utilizadas e a quantidade de produção obtida. Nessa analise admite a hipótese de que todos factores são variáveis. Em termos gerais a função de produção é representada pela seguinte equação matematicamente: Q = f(X1, X2, X3,.....Xn); Q ˃ 0, X1˃ 0, X2˃ 0, X3˃ 0,.....Xn˃ 0 Onde Q = quantidade de produção ou simplesmente produção f = função ou nível de combinação X1 X2,.....Xn = quantidades de factores variáveis utilizados A analise de longo prazo é feita usando os seguintes conceitos: isoquantas, taxa marginal de substituição técnica entre factores, rendimentos de escala. A isoquantas ou mapas de produção significa igual quantidade, também chamada de linha de indiferença de produção, ainda conhecida de linha de igual produção que é definida como sendo uma linha na qual todos os pontos representam combinações dos factores que indicam a mesma quantidade produzida. O comportamento do perfil das isoquantas é determinado pelo três propriedades: apresenta comportamento decrescente da esquerda para direita, são convexas com relação a origem dos eixos cartesianos, e não se cruzam em tangenciam. O seu comportamento decrescente deve-se ao sinal da taxa marginal de substituiçãotécnica entre factores que é sempre negativo. A taxa marginal de substituição técnica dos factores revela qual deverá ser o acréscimo da
  • 21. 21 Texto de Apoio de ELEG/2015. Uniz/FCT. Eng. Civil, Mecatrónica, I nformática e Processo. 3º ano. Docentes: João Paulino e Zidane Tomás utilização do factor X1, isto é –ΔX1para que, compensando o descresimo de utilização do factor X2(+ΔX2) mantenha constante a quantidade de produto produzidos. Em outras palavras, vale dizer, que a taxa marginal de substituição mostra a relação entre da redução de utilização de um factor e aumento da utilização de outro factor mantendo a mesma quantidade de produção. Matematicamente é representada pela seguinte equação: TMSTX1,X2 = - ΔX1/+ΔX2 Onde: TMSTX1,X2 = taxa marginal de substituição técnica de factor de produção - ΔX1= redução da utilização do factor de produção +ΔX2aumento da utilização de factor de produção O último conceito a discutir na analise de longo prazo é rendimento a escala. O significado de escala de produção é o ritmo da variação da produção total, segundo a proporção de combinação entre factores de produção. Ou seja, rendimento a escala é o resultado, em termos do produto final obtido por meio da variação da utilização dos factores de produção e descreve a relação tecnológica. De acordo com a resposta da quantidade de produção obtida, o rendimento a escala pode ser de três tipo, nomeadamente: rendimento a escala crescente, rendimento a escala decrescente e rendimento a escala constante. Rendimento a escala crescente ocorre quando a variação na quantidade do produto total é mais do que proporcional à variação da quantidade de factores utilizados. O exemplo, um amento de 10% da utilização de factores a produção aumenta em 20%. As causas de rendimento a escala crescente são duas, nomeadamente: Relações dimensionais, ou seja, se o diâmetro de um tubo é dobrado, por exemplo, o fluxo de água que passa por ele mais que dobra apesar desse fenómeno na maioria dos casos, apresente restrições materiais e técnica. A segunda causa é a existência da indivisibilidade entre factores de produção. Isto significa dizer que os factores utilizados no processo produtivo possuem dimensões mínimas definidas de variação. O exemplo disso é quando a empresa aumenta sua produção precisa de dimensionar seus equipamentos. O dimensionamento de equipamento
  • 22. 22 Texto de Apoio de ELEG/2015. Uniz/FCT. Eng. Civil, Mecatrónica, I nformática e Processo. 3º ano. Docentes: João Paulino e Zidane Tomás poderá exigir aumento excessivo de um dos factor que não é possível ter em sua metade. O segundo tipo é rendimento a escala constante que ocorre quando a variação do produto total é proporcional à variação da quantidade da utilização de factores de produção. Ou seja, o aumento da 10% na utilização de factor resulta em um acréscimode 10% da produção total. É a fase mais longa e abordagem um intervalo de tempo mais longo da produção numa empresa. O último de tipo de rendimento a escala é rendimento à escala decrescente que ocorrem quando a variação da produto total é menos que proporcional à variação na utilização dos factores de produção. Ou seja, um aumento de 10% da utilização de factor de produção a produção cresce em 5%. Este rendimento deve-se a existência de pelo menos um factor fixo que não pode se expandir apesar de no longo prazo todos factores de produção sejam considerados variáveis, não se pode variar, por exemplo, o número de empresário. IMPORTÂNCIA DA TEORIA DE PRODUÇÃO A teoria de produção apresenta grande importância para os engenheiros, porque, os seus princípios proporcionam bases para analise de custos e a oferta dos bens produzidos, constitui peça fundamental para analise dos preços e emprego dos factores de produção, estuda a alocação dos factores de produção entre diversos usos alternativos no processo produtivo. TEORIA DA FIRMA O objectivo principal da empresa é maximizar os seus resultados à quando da realização da sua actividades produtivas. Assim sendo, a empresa procura obter a máxima produção total possível em face da utilização de certa combinação de factores. Em economia monetária, os factores de produção são obtidos mediante um preço, ou seja, a empresa precisa de pagar para utilizar um factor de produção. A quantidade de factor utilizada multiplicada pelo seu preço, constituirá a despesa total que a empresa deve suportar para dar andamento da sua produção. Esse despesa é chamada de custo total de produção. A optimizar os resultados obtidos na produção, a empresa precisa resolver dois problemas, nomeadamente: maximizar a produção total para um determinado nível de custos totais e ou
  • 23. 23 Texto de Apoio de ELEG/2015. Uniz/FCT. Eng. Civil, Mecatrónica, I nformática e Processo. 3º ano. Docentes: João Paulino e Zidane Tomás minimizar os custos totais para um dado nível de produção. Em qualquer dos casos a empresa estará a maximizar ou optimizar seus resultados. Neste ponto, a empresa estará em equilíbrio da empresa. CUSTOS DE PRODUÇÃO Conhecido os preços de factores de produção e sua quantidade é possível determinar o custo total de produção definido como sendo o total das despesas realizadas pela empresa com a utilização da combinação mais económica dos factores por meio de qual é obtida uma determinada quantidade do produto. Os custos totais de produção são constituídos por dois tipos de custos, nomeadamente: custos fixos (CFT) e custos variáveis (CVT). Os primeiros custos corresponde à parcela dos custos totais que não depende do volume de produção e muito menos da sua realização, são decorrente dos gastos com os factores fixos de produção. Os custos variáveis totais são parcelas de custos totais que depende da volume da produção ou volume de factores variáveis usados na produção. Os custos fixos e variáveis são determinados pelas seguintes equações: CFT = P x FF CVT = P x FV Onde: CFT – Custos Fixos Totais P – Preço do mercado de factor FF – Custos fixo CVT – Custos variáveis totais FV – Factor variável O custo total é a soma de custos fixos totais (CFT) e custos variáveis totais (CVT), que matematicamente é apresentada pela seguinte expressão:
  • 24. 24 Texto de Apoio de ELEG/2015. Uniz/FCT. Eng. Civil, Mecatrónica, I nformática e Processo. 3º ano. Docentes: João Paulino e Zidane Tomás CTP = CFT + CVT CTP = P x FF + p x FV Onde: CTP – custos totais de produção CFT – Custos Fixos Totais P – Preço do mercado de factor FF – Custos fixo CVT – Custos variáveis totais FV – Factor variável A analise dos custos é feita a semelhança da produção em dois tipo: analise de curto prazo e de longo prazo. Os pressupostos de analise são os mesmos da analise da produção. Ou seja, no curto prazo existe dois tipo de custos – custos variáveis e custos fixos. Na analise do longo prazo todos os custos são variáveis. No curto prazo, os custos totais de produção depende directamente do nível de produção estabelecida pela empresa associado aos gastos com factores de variáveis. E a analise de curto prazo, interessa analisar custos médios ou unitário, custos marginais. Os custos médios totais podem ser dissociados em custo médio totais variáveis e custos médios fixos. Ambos calcula-se fazendo o quociente do custo total pela quantidade total da produção. Matematicamente pode ser apresentado pela equações seguintes: CMe = CTP/Q CMe = (CFT +CVT)/Q CMe= CFT/Q + CVT/Q Onde CMe = custos médios
  • 25. 25 Texto de Apoio de ELEG/2015. Uniz/FCT. Eng. Civil, Mecatrónica, I nformática e Processo. 3º ano. Docentes: João Paulino e Zidane Tomás CFT = custos fixos totais CVT = custos variáveis totais Outro conceito de analise é custos marginais do curto prazo definido como sendo determinado pela variação dos custos totais em resposta a variação de uma quantidade de produto produzidos. Matematicamente é apresentado pela seguinte expressão: CMg = ΔCTP/ΔQ Onde: CMg = custos marginais ΔQ = variação da produção total ΔCTP= variação dos custos totais Os custos marginais totais podem ser dissociados em custos marginais fixos e custos marginais variáveis. Para o efeito, pode decompor os custos totais em variáveis e fixos dividindo cada componente pela variação da quantidade total do produto produzidos. No longo prazo, a semelhança da analise feita na teoria de produção é equivalente a analise que deve ser feita na analise dos custos no longo prazo. Ou seja, no longo prazo todos os custos são variáveis, mais na vida real nem todos custos são variáveis, pois, existem custos que não variam mesmo que a produção varie. Trata-se de salários de trabalhadores efectivos e alguns serviços oferecidos para apoiar o processo produtivo. RENDIMENTOS DA EMPRESA Ao realizar o processo produtivo de bens e serviços, a empresa deseja compensar sua actividade criadora de riqueza. Assim, os custos de produção identifica o esforço para realizar a produção e têm como contrapartida o rendimento ou receita recebida pela venda da produção no mercado. O rendimento ou receita total das vendas de uma empresa é definida como sendo o resultado da multiplicação da quantidade total do produto oferecida e vendida no mercado pelo respectivo
  • 26. 26 Texto de Apoio de ELEG/2015. Uniz/FCT. Eng. Civil, Mecatrónica, I nformática e Processo. 3º ano. Docentes: João Paulino e Zidane Tomás preço de venda. Matematicamente é apresentada pela seguinte expressão. RT = P x Q Onde RT = rendimento ou receita total da vendas P = preço de venda de produto Q = quantidade vendida A semelhança dos custos e produção, o rendimento pode ser analisado em receitas média que resulta do quociente entre a receita total pela quantidade vendida. De igual modo pode-se determinar receita marginal que pode ser calculada pelo quociente entre a variação da receita total pela variação da quantidade total vendida. EQUILIBRIO DA EMPRESA Como foi dito que a empresa tem por objectivo maximizar o valor da sua produção, ela poderá continuar a produzir até no ponto em que os custos igual a receita ou rendimento total. Neste ponto a empresa não tem lucro nem prejuízo, ou seja, o lucro é igual a zero – neste ponto, disse – se que a empresa está em equilíbrio. Quando a receita estiver a acima dos custos disse-se que a empresa está tendo lucro. E quando a receita estiver abaixo dos custos, disse-se que a empresa está somando prejuízos. Ou seja: RT ˃ CTP - lucro RT = CTP - não há lucro nem prejuízo (equilíbrio) também chamado brack even point. RT ˂ CTP - prejuízo