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Ministério da Educação 
Universidade Tecnológica Federal do Paraná 
Campus Curitiba 
Departamento Acadêmico de Gestão e Economia 
Introdução à Economia 
Professor: Caio César Zerbato, Msc
A Ciência Econômica 
Qual seu objeto de estudo? 
• O objeto de estudo da economia é o estudo da escassez e que ela se 
classifica entre as Ciências Sociais. A lei da escassez aborda a produção de 
um máximo de bens e serviços a partir dos recursos escassos disponíveis a 
cada sociedade; 
• A economia estuda a produção, a circulação e o consumo dos bens e 
serviços que são utilizados para satisfazer as necessidades humanas; 
• A economia estuda como a sociedade utiliza os recursos escassos entre as 
pessoas e grupos, visando satisfazer as necessidades humanas; 
Restrição de recursos gera escassez dos bens materiais e imateriais; 
A escassez de um bem está associada a demanda por este bem, se não 
houver demanda não há escassez; escassez = f(demanda do bem x) 
A demanda de um bem é uma função da sua utilidade, que é a capacidade 
que o bem tem de satisfazer as necessidades pessoais; demanda = 
f(utilidade)
A Ciência Econômica 
Divisão de níveis de estudo: 
• Microeconomia: estudo de como as famílias e empresas tomam 
decisões e de como interagem nos mercados; 
• Macroeconomia: estudo dos fenômenos da economia como um 
todo, incluindo inflação, desemprego e crescimento econômico;
Recursos 
Escassos 
Necessidades 
Ilimitadas 
A Ciência Econômica 
Problemas econômicos: 
Tríade de problemas econômicos 
- O QUE e QUANTO PRODUZIR? 
- COMO produzir? 
- PARA QUEM produzir?
Tríade de problemas econômicos 
- O QUE e QUANTO PRODUZIR? 
Isto significa quais os produtos deverão ser produzidos e em que quantidades 
deverão ser colocados à disposição dos consumidores; deve-se partir das 
possibilidades econômicas, sendo necessário que as diferentes combinações se 
localizem sobre a curva de possibilidades de produção. “Uma economia em 
pleno emprego precisa sempre, ao produzir um bem, desistir de produzir um 
tanto de outro bem”; 
Os pontos A, B e C 
representam combinações 
alternativas de X e Y em que 
todos os recursos produtivos 
estão sendo utilizados (pleno 
emprego dos fatores de 
produção). No ponto D a 
sociedade não está ocupando 
totalmente seus recursos. O 
ponto E não pode ser atingido 
com os recursos atualmente 
disponíveis, isso ocorrerá com 
o aumento dos recursos ou 
progresso tecnológico;
Tríade de problemas econômicos 
- COMO produzir? 
Quem serão os produtores dos bens e serviços produzidos, com que recursos e 
de que maneira ou processo técnico; depende do nível tecnológico e quais serão 
os bens e serviços produzidos, com que recursos e de que maneira ou processo 
técnico; 
- PARA QUEM produzir? 
Para quem se destinará a produção; a eficiência distributiva deverá ser utilizada 
para maximizar o bem estar social e individual;
Evolução do pensamento econômico 
• Mercantilismo (início do século XVI até o final do século XVIII): a riqueza 
de uma nação se media pelo volume de “tesouro” (ouro e prata) que ela 
possuía; a riqueza de cada nação dependia de se garantir uma “balança 
comercial” favorável; conjunto de ideias protecionistas; a riqueza era o 
principal fim do Estado; houve em decorrência do crescimento do capitalismo 
comercial; 
• Fisiocratas (século XVIII): combatiam as ideais mercantilistas e formularam 
uma Teoria do Liberalismo Econômico – criticavam o intervencionismo estatal 
mercantilista; a riqueza vem da terra; a nação não pode se desenvolver 
apenas com o acúmulo de metais preciosos, mas era necessário o 
investimento em produção, no caso a produção agrícola – única capaz de 
geração e ampliação de excedentes; o sistema econômico é regido por uma 
ordem natural; 
• Escola Clássica: economia de livre mercado – livre concorrência; “homem 
econômico racional”; especialização do trabalho e valor dos bens; abordagem 
teórica do valor, cuja única fonte original era identificada no trabalho em 
geral; a riqueza das nações estava pautada no trabalho, sendo elevada com 
o aumento da produtividade, a extensão da especialização do trabalho e 
acumulação do produto sob a forma de capital; princípios do individualismo e 
liberalismo;
Evolução do pensamento econômico 
• Marxismo: o capitalismo era uma etapa historicamente necessária no 
progresso econômico, substituindo considerados atrasados como o 
feudalismo e o mercantilismo; capitalismo seria apenas uma etapa de 
transição e um sistema imperfeito cujas falhas levariam inevitavelmente à sua 
queda e substituição; análise centrada na divisão da sociedade entre a 
“burguesia” e o “proletariado”; o trabalhador deve produzir um valor maior do 
que ele recebe em salários, assim os capitalistas extraem a mais-valia – o 
lucro; 
• Neoclássicos: (de 1870 até 1929): a crise financeira atingiu os países 
colocando em suspense os pressupostos da escola clássica; abordagem 
matemática para a construção de um sistema de equilíbrio geral, com 
independência dos preços, da micro e da macroeconomia; buscou-se a 
compreensão do comportamento humano na organização econômica, 
embora ciente de que nem todas as variáveis poderiam ser medidas; 
• Pensamento Keynesiano: sistema capitalista instável, não produz harmonia 
no mercado; em momentos de crise a intervenção do Estado pode gerar 
demanda, mediante os investimentos, com vistas a garantir níveis elevados 
de emprego; pensamento de Keynes oposto aos postulados Clássicos e 
Neoclássicos; para a sobrevivência do capitalismo era necessário uma ação 
efetiva do Estado na regulação das crises do capital;
Princípios de economia 
- Como as pessoas tomam decisões: 
#1 As pessoas enfrentam tradeoffs 
Tradeoff é uma situação de escolha, de conflito. “Para obter uma coisa que 
desejamos, em geral temos que abrir mão de outra coisa da qual gostamos. 
Tomar decisões exige comparar um objetivo com outro. Quando as pessoas 
estão agrupadas em sociedade, elas se deparam com diferentes tipos de 
tradeoff”. Exemplo: eficiência e equidade. 
#2 O Custo de alguma coisa é do que você desiste para obtê-la 
A tomada de decisão exige comparar os custos e benefícios das várias 
hipóteses de ações. No entanto em algumas situações não é tão simples 
identificar tais custos. “O custo de oportunidade de um item é aquilo que se abre 
mão para obter aquele item”. 
#3 As pessoas racionais pensam na margem 
Alterações marginais são pequenos ajustes aos planos que estão sendo 
realizados. “Um tomador de decisões racional empreende uma ação se e 
somente se o benefício marginal de tal ação exceder seu custo marginal”
Princípios de economia 
- Como as pessoas tomam decisões: 
#4 As pessoas reagem a incentivos 
As decisões são tomadas comparando custos e benefícios e o comportamento 
pode ser alterado quando os custos ou os benefícios se alteram. “Ao analisar 
qualquer política é preciso considerar não só os impactos diretos, mas também 
as consequências indiretas que decorrem da aplicação de incentivos. Se a 
política alterar os incentivos, ela provocará uma alteração no comportamento das 
pessoas”. 
- Como as pessoas interagem: 
#5 O comércio pode melhorar a situação de todos 
“O comércio entre dois países pode beneficiar a ambos”. Também funciona para 
a concorrência entre empresas, pois a concorrência promove a especialização, 
qualidade e diversificação dos produtos, além preços mais baixos. A 
concorrência permite o aprimoramento da especialização.
Princípios de economia 
- Como as pessoas interagem: 
#6 Os mercados são, em geral, uma boa forma de organizar a atividade 
econômica 
“ Em uma economia de mercado as decisões do planejador central são 
substituídas pelas decisões de milhões de famílias e empresas. As empresas 
decidem quem contratar e o que produzir. As famílias decidem em que empresa 
trabalhar e o que comprar com seus rendimentos. Essas empresas e famílias 
interagem no mercado, no qual o preço e o interesse próprio orientam as 
decisões”. 
#7 Os governos podem às vezes melhorar os resultados do mercado 
Existem duas razões de modo geral para que o governo intervenha na 
economia: a promoção da eficiência e equidade. As falhas de mercado são as 
situações em que o mercado por si só não consegue alocar os recursos de 
forma eficiente. Exemplos: externalidades e o poder de mercado.
Princípios de economia 
- Como a economia funciona: 
#8 O padrão de vida de um país depende da sua capacidade em produzir 
bens e serviços 
“Quase toda a variação nos padrões de vida pode ser atribuída a diferenças na 
produtividade – isto é, a quantidade de bens e serviços produzida em uma hora 
de trabalho. Nos países onde os trabalhadores podem produzir grande 
quantidade de bens e serviços por unidade de tempo, a maior parte das pessoas 
tem um alto padrão de vida; nos países onde os trabalhadores são menos 
produtivos, a maior parte das pessoas vive com menor conforto”. 
#9 Os preços sobem quando o governo emite moeda demais 
Muitos casos de inflação alta e persistente foram associados ao rápido 
crescimento da quantidade de moeda.
Princípios de economia 
- Como a economia funciona: 
#10 A sociedade enfrenta um tradeoff de curto prazo entre inflação e 
desemprego 
A Curva de Philips está associada ao tradeoff entre inflação e desemprego. O 
combate a inflação quase sempre está associado a um aumento temporário no 
desemprego. Exemplo: governo reduz a quantidade de moeda – as pessoas 
gastam menos – os preços no curto prazo ainda estão altos – redução da 
quantidade de bens e serviços que as empresas vendem – vendas menores 
levam a demissão de trabalhadores. Assim, o combate a inflação pode ocasionar 
um aumento temporário do desemprego até que os preços se ajustem 
completamente à mudança.
Noções de Microeconomia 
- A Microeconomia é concebida como o ramo da Ciência Econômica voltado 
ao estudo do comportamento das unidades de consumo representadas pelos 
indivíduos e/ou famílias (estas desde que caracterizadas por um orçamento 
único), ao estudo das empresas, suas respectivas produções e custos e ao 
estudo da geração e preços dos diversos bens, serviços e fatores produtivos. 
Desta maneira distingue-se da macroeconomia, porque esta se interessa 
pelo estudo dos agregados como a produção, o consumo e a renda da 
população como um todo; 
- A Teoria do Consumidor considera o comportamento do indivíduo e Vai 
subsidiar a análise dos custos e dos rendimentos e alicerceia a análise da 
oferta, novamente se tem o enfoque das formas de comportamento de 
unidades individuais, no caso, as empresas. Mas tanto a Teoria do 
Consumidor como a Teoria da Firma permitem que sejam inferidos os 
instrumentais e/ ou as noções, como as subjacentes às procuras individuais 
e de mercado, e às ofertas individuais e de mercado.
Noções de Microeconomia 
- Teoria do Consumidor: a microeconomia enaltece a intenção dos 
indivíduos, em face das respectivas rendas, de se apropriarem de uma 
combinação de quantidades de bens tal que lhes propicie a maximização de 
suas satisfações. Em outras palavras, originam-se aí as procuras (individuais 
e de mercado) que se traduzirão em rendimentos para as firmas; 
- Teoria da Firma: tem-se a figura do indivíduo-empresário esforçando-se 
para combinar os fatores de produção, dada a sua limitação orçamentária, 
com a intenção de maximizar o nível de lucro de sua organização. Colocado 
de outra maneira, obtêm-se a partir da análise desse procedimento os 
elementos necessários à derivação das ofertas individuais e de mercado.
Noções de Macroeconomia 
- Se considerarmos uma economia fechada, ou seja, uma economia que não 
mantém relações com outros países, a Macroeconomia a observa como se 
ela fosse constituída por quatro mercados: o mercado de bens e serviços: o 
mercado de trabalho; o mercado monetário e de títulos, e o mercado cambial; 
- No mercado de bens e serviços, para tentar responder como se tem 
comportado o nível de atividades, efetua-se uma agregação de todos os bens 
produzidos pela economia durante um certo período de tempo e define-se o 
chamado produto nacional. Esse produto representa a agregação de todos os 
bens produzidos pela economia. O preço desse produto, que representa uma 
média de todos os preços produzidos, é o chamado nível geral de preços. 
Observe-se que o nível geral de preços e o produto nacional representam 
entidades abstratas criadas pelos economistas; 
- O mercado de trabalho também representa uma agregação de todos os tipos 
de trabalhos existentes na economia. Neste sentido, determinamos como se 
estabelece a taxa salarial e o nível de emprego;
Noções de Macroeconomia 
- Mercado monetário: as trocas são realizadas sempre utilizando um 
elemento comum, a moeda. É intuitivo perceber que, se as trocas utilizam 
sempre a moeda, ela deve ter alguma importância na determinação dos 
preços e das quantidades produzidas; 
- Mercado de títulos: Em qualquer economia existe uma série de títulos que 
fazem essa função (títulos do governo, ações, duplicatas). Entretanto, a 
Macroeconomia, mais uma vez, agrega todos esses títulos e define um título 
(tradicionalmente é representado por algum título do governo) e nesse 
mercado se procura determinar o preço e a quantidade de títulos;
Economia de mercado 
- Economia de mercado: livre iniciativa e sem intervenção do governo. O 
Estado participa da vida econômica com atividades regulatórias, quando o 
mercado não é capaz de solucionar seus conflitos; o papel do governo é 
pouco expressivo; 
- Sistema de preços no livre mercado: na economia privada de livre iniciativa 
nenhum agente econômico (indivíduo ou empresa) se preocupa em 
desempenhar o papel de gerenciar o bom funcionamento do sistema de 
preços. Cada agente se preocupa isoladamente com seu próprio 
negócio; todos correm riscos no sistema e se apoiam em probabilidades de 
ocorrência dos fenômenos, sendo que o lucro pode ser o prêmio pelo risco 
assumido; 
- Adam Smith (1723-1790) abordou que o homem, com sua liberdade, 
rivalidade e desejo de ganhar, é “guiado por uma mão invisível a promover 
um fim que não fazia parte de sua intenção” – ele age de modo involuntário 
em nome do interesse maior da sociedade; 
- Na visão de Smith os governos não deveriam interferir no comércio, sendo 
seu papel importante o de promover a defesa, a justiça e certos “bens 
públicos” que os mercados privados dificilmente forneceriam, como estradas;
Economia de mercado 
- Para Smith a “mão invisível” do mercado se auto regula, não há 
necessidade de fixação dos preços; a inflação é corrigida pelo reequilíbrio 
entre oferta e procura; glorificação do mercado; 
- Organização do sistema: no sistema de concorrência de mercados, por 
mais imperfeitamente que ele possa funcionar, não é um sistema caótico ou 
anárquico, existe ordem e coordenação; 
- Determinação dos preços: o desejo das pessoas determinará a magnitude 
da demanda, e a produção das empresas determinará a magnitude da oferta. 
O equilíbrio entre a demanda e a oferta será sempre atingido pela 
flutuação do preço; Smith descreveu como seu sistema de “liberdade 
perfeita” teria resultados positivos. Primeiro, fornece os bens que o povo 
quer. Se a demanda de um produto superar a oferta, os consumidores vão 
competir entre si para oferecer um preço mais alto. Isso cria uma 
oportunidade de lucro para os produtores, que competem entre si para 
fornecer mais do produto; 
- Problemas econômicos: o que e como produzir?, como produzir? E para 
quem produzir? – podem ser resolvidos pela concorrência dos mercados e 
pelo mecanismo dos preços. O consumidor tentará maximizar utilidade e 
o produtor, o lucro;
Economia de mercado 
- O sistema de preços gera “preços justos”. Todos os bens têm um preço 
natural, que reflete apenas o esforço para fazê-lo. Os preços e margens de 
lucro do mercado podem diferir de seus níveis naturais em certo períodos, 
como na escassez. Nesse caso, as oportunidades de ganho surgirão e os 
preços aumentarão, mas só até a concorrência trazer novas empresas ao 
mercado e os preços caírem ao seu nível natural; 
- Smith estabeleceu uma relação entre preço de mercado e natural. O preço 
de mercado era o verdadeiro preço da mercadoria e era determinado pelas 
forças da oferta e procura. O preço natural era o preço ao qual a receita da 
venda fosse apenas suficiente para dar lucro, era o preço de equilíbrio 
determinado pelos custos de produção, mas estabelecido no mercado pelas 
forças da oferta e da procura; 
- No longo prazo, diz Smith, os preços de “mercado” e os “naturais” serão os 
mesmos – os economistas modernos chamam a isso equilíbrio; 
- O pré-requisito para qualquer mercadoria ter valor era que ela fosse produto 
do trabalho humano (Teoria do Valor-Trabalho). O valor do produto era a 
composição do salário, os lucros e os aluguéis;
Economia de mercado 
- As economias de mercado geram rendimentos justos que podem ser gastos 
em bens, num “fluxo circular” sustentável, em que o dinheiro pago em 
salários volta para a economia quando o trabalhador paga pelos bens e será 
devolvido em salários, repetindo o processo. 
- O capital investido em instalações de produção ajuda a aumentar a 
produtividade da mão de obra, o que implica os empregadores poderem 
arcar com salários mais altos. E, se puderem pagar mais, eles pagarão, 
porque tem que competir entre si pelos trabalhadores; 
- A concepção de Smith da interdependência entre terra, mão de obra e capital 
foi um avanço real. Ele observou que os trabalhadores e os proprietários 
tendiam a consumir sua renda, e os empregadores eram mais 
econômicos, investindo sua poupança no estoque de capital; 
- Smith afirmou que a própria mão invisível estimula o crescimento econômico. 
A fonte de crescimento tem dois lados. Um é a eficiência obtida pela 
divisão do trabalho, sendo que como se produzem e consomem mais bens, 
a economia e os mercados crescem. Com a expansão dos mercados vêm 
oportunidades para a especialização do trabalho;
Economia de mercado 
- A segunda força de crescimento é a acumulação de capital, movida pela 
poupança e pela oportunidade de lucro. O crescimento pode ser reduzido por 
fracassos comerciais, falta de recursos necessários para estabilizar o 
estoque de capital, um sistema monetário inadequado e uma proporção alta 
de trabalhadores improdutivos; 
- Smith olhou para a classe dos trabalhadores, distinguindo empreendedores, 
como agricultores e donos de fábricas, dos fornecedores de mão de obra. Em 
essência, ele criou os parâmetros da economia “clássica”, que enfoca os 
fatores de produção – capital, mão de obra e terra – e seus rendimentos. 
Depois, a teoria do livre mercado assumiu outra forma, “neoclássica”, com a 
teoria geral do equilíbrio, que procurou mostrar como os preços de uma 
economia inteira atingiriam um estado de equilíbrio estável; 
- A nova macroeconomia clássica usa a hipótese de Smith de que os 
mercados sempre se ajeitam e adiciona o ponto de que, como as pessoas 
notam os efeitos futuros das ações do governo e entendem o mecanismo do 
sistema econômico, a intervenção do Estado não funciona. Mesmo assim, a 
maioria dos economistas acredita hoje que o mercado pode falhar.
Economia de mercado 
- Economistas comportamentais têm questionado a ideia de racionalidade e 
consideram a irracionalidade do ser humano uma razão para que os 
mercados falhem. 
- Tomada de decisão: 
Como indivíduos somos egoístas 
Procuramos melhorar nosso bem-estar pessoal 
consumindo bens e serviços e atingindo metas 
Tomamos decisões coletando informações e calculando 
que ações nos ajudarão a atingir as metas sem custar tanto 
O homem é um calculista frio e racional
Economia de mercado 
Todo indivíduo age em interesse 
próprio 
Isso pode levar a uma mistura caótica de 
produtos e preços, mas... 
...outras pessoas interesseiras fazem a competição – elas tiram 
proveito da ganância alheia 
Se um vendedor cobra caro demais... 
...outro vai reduzir o seu preço, e o 
primeiro vendedor não venderá seus 
produtos. 
Se um empregador paga salários baixos 
demais... 
...outro vai pegar os empregados dele, e 
sua empresa falirá. 
As empresas vão à falência se não pagarem os salários de 
mercado e não fizerem os produtos que o mercado exige, 
pelo preço que as pessoas se dispõem a pagar. 
A mão invisível do mercado impõe ordem.
Exemplo: fluxo circular da renda 
Mercado de Fatores 
Indivíduos Empresas 
Mercado de produtos 
Fluxo Monetário 
Fluxo de bens e serviços
Economia de mercado 
- Preços e quantidade de equilíbrio: os consumidores estabelecem os 
preços máximos que estão dispostos a pagar (maximização da utilidade); os 
produtores definem os preços mínimos que estão dispostos a receber por 
cada quantidade ofertada, diante da restrição dos custos incorridos e seu 
objetivo de maximizar lucros.
Economia de mercado 
A escassez de oferta em uma 
área da economia cria 
excedentes de oferta em 
outro lugar 
Onde há excedentes, os preços 
caem. 
Onde há escassez, os preços 
sobem. 
Quando o preço sobe, a procura 
cai e a oferta cresce, eliminando 
a escassez 
Quando os preços caem, a 
procura cresce e a oferta cai, 
eliminando excedentes 
As economias como um todo 
tendem ao equilíbrio, desde que 
tenham liberdade para tanto 
Um sistema de livre mercado é 
estável 
Walras (Equilíbrio Econômico)
Economia de mercado 
- Falhas do funcionamento da economia: as falhas de mercado geram 
imperfeições no seu funcionamento: eficiente alocação dos recursos 
escassos, distribuição justa da renda, estabilidade dos preços e crescimento 
econômico; 
- Falhas de mercado: imperfeiçoes na concorrência dos mercados (poder de 
mercado) e externalidades;
Economia de mercado 
Debreu (Mercados e Resultados Sociais) 
Os preços de mercado refletem a 
procura e a oferta de cada mercadoria 
Na teoria, os preços refletem 
completamente as preferências dos 
consumidores e os limites dos recursos 
numa economia 
Mas isso só acontece quando se 
fazem suposições que 
raramente ocorrem no mundo real 
Isso significa que os mercados 
levam a um resultado econômico 
“eficiente” 
Teorias de eficiência do 
mercado exigem muitas 
suposições
Liberalismo econômico 
- Queremos manter uma sociedade livre! 
- Principal pensador: Hayek (1899-1992) 
“Quanto mais o Estado “planeja”, mais difícil se torna o planejamento para o indivíduo” 
(Hayek). 
- A escola austríaca era defensora do livre mercado, mas crítica da corrente 
dominante voltada para fórmulas matemáticas e suposições amplas sem 
evidências empíricas; 
- Os textos da escola austríaca abordavam um conjunto de princípios 
coerentes, bem argumentados, que consideravam estar na tradição do 
liberalismo clássico: apoio aos mercados livres, apoio à propriedade 
privada e profundo ceticismo com a capacidade dos governos de moldar 
a sociedade; 
- Para Hayek todas as tentativas de impor qualquer planejamento 
obrigatoriamente contra a “ordem espontânea” do mercado, ele só pode 
ocorrer com certo grau de força ou coerção. Quanto mais esse governo 
faz planos e os imponha, mais coerção é necessária;
Liberalismo econômico 
- Em oposição ao socialismo argumentaram que não há meios racionais de 
precificação dos produtos, pois depende de um planejador ou comitê central 
para realizar as decisões de distribuição, que num mercado livre são 
executadas por centenas de milhares de pessoas. A quantidade de 
informação necessária para avaliar a escassez e o excedente de um 
mercado e fixar os preços corretamente é tão grande que a tentativa está 
fadada ao fracasso. 
- O Socialismo é a “abolição da economia racional”. Só um mercado livre, 
com propriedade privada, pode propiciar a base das decisões de preço 
descentralizadas que uma economia complexa exige; 
- Escola austríaca: determinaram que pelo fatos das pessoas e empresas 
serem mal informadas e a sociedade imperfeita, o mecanismo de mercado é 
a melhor maneira de distribuir os produtos. Essa visão tornou-se um preceito 
importante da Escola Austríaca; 
- Em situação de ignorância permanente, o mercado é o melhor meio 
existente não para dar informação, mas para adquiri-la. Cada indivíduo e 
cada empresa sabem melhor de sua situação: têm produtos e serviços que 
as pessoas querem, podem planejar para o futuro e veem os preços que são 
relevantes para elas;
Liberalismo econômico 
- A informação é específica e dispersa entre todos na sociedade. Os 
preços se movem em reação às ações de indivíduos e empresas e portanto 
refletem a quantidade total de informação disponível para toda a sociedade. 
Os preços se movem em reação às ações de indivíduos e empresas e 
portanto refletem a quantidade total de informação disponível para toda a 
sociedade; 
- Para Hayek a “ordem espontânea” é a melhor forma de organizar a complexa 
economia moderna, já que o conhecimento sobre a sociedade nunca é 
perfeito. As tentativas de impor restrições coletivas a essa ordem 
representam um retorno às ordens instintivas, primitivas, da sociedade – e o 
mercado livre deve ser defendido contra isso; 
- A propriedade privada e os contratos são sagrados, e a sociedade livre 
deve seguir regras que se apliquem a todos – ao próprio Estado inclusive. 
Além disso, se necessário, o Estado pode agir contra essas forças 
coletivistas que ameaçam solapar o primado da lei;
Estado do Bem-Estar 
- A economia social de mercado: não só uma “economia mista”, em que o 
governo prevê o mínimo dos bens públicos necessários, mas uma via 
intermediária entre o capitalismo de livre mercado e o socialismo, a fim de 
obter o melhor dos dois; esteve em seu ápice entre 1930 e 1950; 
- A indústria continuou privada e tinha liberdade de concorrência, mas o 
governo propiciava vários bens e serviços públicos, como seguridade social 
com assistência de saúde universal, pensões, auxílio desemprego e medidas 
que baniam monopólios e cartéis (acordo entre empresas). Em tese, isso 
permitiria o crescimento econômico de mercados livres, mas ao mesmo 
tempo produziria inflação baixa, baixo desemprego e uma distribuição de 
renda mais igualitária; 
- A mistura de mercados livres com elementos do socialismo funcionou 
espantosamente bem. A Alemanha viveu seu “milagre econômico” nos anos 
1950 que a transformou de uma nação destruída pela guerra em uma nação 
desenvolvida. Economias sociais de mercado evoluíram em outros lugares; 
- Quando a Europa iniciou a união econômica, a economia social de mercado 
foi levada a modelo para a Comunidade Econômica Européia nos anos 1950;
Estado do Bem-Estar 
- Muitos países europeus prosperaram sob alguma forma de economia social 
de mercado, mas, nos anos 1980, alguns – especialmente a Grã-Bretanha 
– foram atraídos pelas ideais de Milton Friedman, que defendia um 
governo menor; 
- As ideais monetaristas de Milton Friedman contra a intervenção do 
governo são adotadas por EUA e Reino Unido; 
- A primeira-ministra britânica Margaret Thatcher criticou o modelo europeu 
por sua intervenção estatal e impostos altos, que, para ela, impediam a 
concorrência; 
- Na China, por exemplo, foram adotados elementos da economia de livre 
mercado na economia centralizada, no que ele chamou de “economia de 
mercado socialista com características chinesas”. Seu objetivo era estimular 
o crescimento econômico e se tornar competitivo no mercado mundial. Hoje a 
economia da China ainda está bem distante do modelo social de mercado 
europeu, mas deu passos significativos na direção de uma economia mista;
Estado do Bem-Estar 
- O dito modelo nórdico caracteriza-se por sistemas de bem-estar social 
generosos e compromisso com uma justa distribuição de riqueza, 
obtida com impostos e gastos públicos altos. Esses países têm usufruído 
de alto padrão de vida e forte crescimento econômico, auxiliados por uma 
população pequena e indústria forte; 
- Hoje existe uma pressão para reduzir o papel do Estado para manter 
sua competitividade internacional. Contudo, a mudança é gradual: os 
governos sabem que a desregulamentação na Islândia, nos anos 1990, levou 
a crescimento econômico seguido de crise financeira;
Estado do Bem-Estar 
Uma economia de livre mercado... 
...estimula o crescimento 
econômico e o 
desenvolvimento. 
Também pode ser instável, 
sofrer falhas de mercado e 
produzir monopólios 
Isso pode levar a 
desigualdade 
Uma economia socialista 
Garante distribuição de 
renda mais igualitária da 
riqueza 
Reduz os efeitos dos monopólios e 
das falhas de mercado e estabiliza 
a economia 
Mas pode refrear o 
crescimento econômico e o 
desenvolvimento 
A economia social de mercado procura tornar os mercados 
justos, criando uma via intermediária
Economias socialistas 
- Para Karl Marx a economia socialista requer que o Estado possua os 
meios de produção (como fábricas). Concorrência é desperdício. Marx 
propôs que a sociedade funcionasse como uma fábrica enorme e acreditava 
que o capitalismo invitavelmente causaria a revolução; 
- A Revolução Russa de 1917 deu um exemplo da tomada socialista da 
economia, e as potências derrotadas na guerra – Alemanha, Áustria e 
Hungria viram os partidos socialistas tomarem o poder; 
- Os economistas do livre mercado eram incapazes de apresentar contra-argumentos 
teóricos ao socialismo. Mas então, em 1920, o austríaco Von 
Mises levantou uma objeção fundamental ao dizer que o planejamento no 
socialismo era impossível; 
- Como as economias planificadas não têm informações básicas sobre a 
procura, o comitê de planejamento central tem de adivinhar o tipo e o 
nível de procura de cada artigo. Suas ideias sobre o que o povo quer ou 
necessita tendem a não ter precisão;
Economias socialistas 
- Em parte da sua existência a União Soviética usou uma forma de 
socialismo de mercado. De início pareceu ir bem, mas o sistema econômico 
sofria de problemas persistentes. Houve tentativas periódicas de reforma, 
mudando as metas de produção para vendas e tentando dar mais discrição 
às empreas estatais. Houve desperdício considerável, e a produção ficou 
bem aquém das metas. Quando o sistema ruiu, a preocupação da Escola 
Austríaca com incentivos e informação parecia justificada; 
- Após a segunda guerra as economias de planejamento central da Europa 
Oriental enfrentaram problemas cada vez mais óbvios. Conseguiram 
mobilizar recursos em ampla escala para tarefas bem definidas, como 
produção de armamentos, mas tinham dificuldade em questões mais 
complexas. A escassez era constante, pois produtos e serviços – ao contrário 
do planejado – não eram entregues na hora, na quantidade necessária ou 
com qualidade necessária ou com qualidade adequada; o hiato entre 
Oriente e Ocidente se ampliou; 
- Ineficiências de uma restrição orçamentária fraca se somaram à grave 
fraqueza das economias planificadas. O socorro garantido e a falta de 
disciplina orçamentária acarretavam pouco incentivo às empresas para 
fornecer bens e serviços com eficiência;
Economias socialistas 
- A forma mais conhecida foi a adotada nos anos 70 pela União Soviética, 
bem como pela China. As economias socialistas sofreram grande derrocada 
nos anos 80 e 90, pela ausência de ganhos de produtividade e inovação 
tecnológica;
Economias socialistas 
Sob o capitalismo 
...os meios de produção pertencem a uma minoria 
A minoria explora o trabalho da 
maioria e obtém lucro 
Mas inadvertidamente ela torna os 
trabalhadores mais capazes e 
instruídos 
Os trabalhadores percebem sua 
posição e querem se livrar da 
opressão 
...a ganância do lucro leva à superprodução dos 
bens procurados, causando baixas na economia 
O capitalismo falha constantemente; a 
economia sofre uma série infindável de 
crises econômicas 
A instabilidade econômica ocasiona 
agitação social 
Ocorre uma revolução que os 
trabalhadores derrubam a classe 
dominante e controlam os meios de 
produção 
Que a classe dominante trema 
diante da revolução comunista
Economias socialistas 
Nos mercados competitivos, a receita 
das empresas deve ser mais alta que 
os custos, ou elas vão a falência. 
Nas economias planificadas, se as empresas 
não cobrem seus custos, o Estado intervém 
para protegê-las da falência 
Isso significa que os custos 
(materiais e laborais) não 
precisam se aproximar da 
produção ou da procura 
Socialismo faz as lojas 
ficarem vazias
Neoliberalismo econômico 
- O capitalismo é movido pela tendência à generalização da forma-mercadoria, 
a máxima ampliação possível do âmbito da produção de mercadorias como 
proporção do produto da sociedade como um todo; 
- Entre 1930 e 1950 o Liberalismo deu lugar a social democracia como 
forma política e ideológica preponderante desse estágio, que tem como um 
de seus suportes a elevação dos níveis de reprodução da força de trabalho, 
necessário tanto para acompanhar os requisitos de qualificação da força de 
trabalho impostas pela evolução das técnicas de produção, quanto para 
assegurar mercado de escoamento da produção; amplia-se o âmbito de 
intervenção do Estado na organização da produção; 
- As manifestações externas da crise constituem as “características” do 
capitalismo tardio, ou contemporâneo, entre as quais as principais são, além 
da continuada expansão da intervenção do Estado, a tremenda expansão 
da capacidade produtiva via desenvolvimento tecnológico resultado ao 
mesmo tempo em superprodução e em diminuição da força de trabalho 
empregada na indústria e a sua realocação em serviços, colocando a 
questão adicional da medida em que a provisão dos serviços em expansão 
pode ser produzida enquanto mercadorias;
Neoliberalismo econômico 
- A crise provoca a reação neoliberal, procura sustentar-se como algo 
novo, através de um arsenal de conceitos como globalização e 
privatização; Numa segunda vertente, o discurso de desqualificação do 
Estado enquanto provedor de infraestrutura física e institucional ou como 
representante do interesse coletivo, ligitimando as mais variadas formas e 
sub-formas de uma “sociedade organizada”; 
- As políticas neoliberais, sem lograr reconstruir o âmbito do mercado, 
acabam se resumindo em movimentos de desmonte do Estado do Bem 
Estar, de concentração de capital e de renda e o prolongamento 
insustentável do endividamento para financiar o consumo, enquanto o centro 
de gravidade da produção social desloca-se da indústria para os serviços, 
dando origem aos fenômenos conhecidos como “desindustrialização” e 
“terciarização”; 
- As políticas neoliberais perseguidas ao final dos anos 70 e no começo dos 
anos 80 por parte dos governos racionais dos países centrais constituem 
precisamente uma tentativa (crescente desesperada) de “remercadorização” 
de suas economias; com livre circulação de capitais interncionais, 
medidas contra o protecionismo, desburocratização do estado, 
diminuição do tamanho do estado, aumento da produção, pouca 
intervençã do governo no mercado de trabalho;
Neoliberalismo econômico 
- O Neoliberalismo ganhou força e teve suas bases 
lançadas/institucionalizadas com o Consenso de Washington (1989), com 
recomendações de políticas econômicas que deveriam ser seguidas e que 
passaram a ser recomendadas a países emergentes, tais como: redução de 
gastos públicos, reforma tributária, câmbio flutuante, privatizações, 
desregulamentações, disciplina fiscal; 
- A queda da URSS e a hegemonia do modelo neoliberal dos EUA, trouxe a 
desmoralização do socialismo, do Estado e da economia planificada. A crise 
de 2008 se encarregou de terminar com o consenso das políticas 
econômicas neoliberais (Emir Sader);
Introdução à Microeconomia 
• O que é um mercado? 
Um mercado é um grupo de compradores e vendedores que interagem entre si, 
resultando na possibilidade de trocas; 
Os mercados estão no centro da atividade econômica, e muitas das questões 
e temas mais interessantes na economia são relacionados com o modo de 
funcionamento dos mercados; 
• Mercados competitivos versus mercados não-competitivos 
Um mercado integralmente competitivo possui muitos compradores e 
vendedores, de tal modo que nenhum comprador ou vendedor tenha 
individualmente impacto significativo sobre os preços; 
• Preço de mercado 
Em um mercado integralmente competitivo, um único preço geralmente 
prevalecerá – o preço de mercado. Em mercados que não são integralmente 
competitivos, empresas poderão cobrar preços diferentes pelo mesmo 
produto. Isto poderia ocorrer em virtude de uma companhia estar tentando 
ganhar clientes da concorrência, ou devido ao fato de clientes serem leais a 
determinadas marcas, permitindo que algumas empresas cobrem preços mais 
altos do que a concorrência;
Introdução à Microeconomia 
• A extensão do mercado 
A extensão de um mercado refere-se às suas fronteiras, tanto geográficas 
quanto em termos de faixa de produtos que nele são inseridos. 
• Preços reais versus preços nominais 
Frequentemente desejamos comparar o preço de uma mercadoria hoje com seu 
preço no passado ou com o seu provável preço no futuro. Para que tais 
comparações sejam coerentes, necessitamos medir os valores em relação ao 
nível geral de preços. 
É necessário fazer a correção em termos de inflação sempre que compararmos 
preços através do tempo. Isto significa que estaremos medindo os preços em 
termos reais, e não em termos nominais; 
O preço nominal de uma mercadoria é apenas o seu preço absoluto. Por 
exemplo, o preço nominal de um litro de leite em 1970 era cerca de $ 0,40, em 
1980 era de aproximadamente $ 0,65. Esses são os preços que você vê no 
supermercado.
Introdução à Microeconomia 
O preço real de uma mercadoria é o preço relativo a uma medida agregada dos 
preços. Uma medida agregada dos preços são os índices inflacionários, como 
por exemplo, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC); 
Por exemplo: 
Após efetuada a correção referente à inflação, será que o leite estaria mais caro 
em 1990 do que em 1970? Para encontrarmos a resposta, devemos calcular o 
preço do leite em 1990 em termo de reais de 1970. O INPC era de 38,8% no ano 
de 1970, tendo subido para 130,2% em 1990. Portanto, em reais de 1970, o 
preço do leite era, 
Preço real do leite em 1990 = 
INPC 1970 
___________ X preço nominal em 1990 
INPC 1990 
Preço real do leite em 1990 = 
38,8 
___________ X $0,80 = $0,24 
130,2 
preço nominal em 1990 = $0,80
Teoria da Demanda 
• Uma vez que a quantidade demandada cai quando aumenta o preço e 
aumenta quando o preço cai, dizemos que a quantidade demanda se 
relaciona negativamente com o preço. Esta relação entre preço e 
quantidade demandada é válida para a maioria dos bens, e de fato é tão 
disseminada que os economistas a chamam de a Lei da Demanda: tudo 
mantido o mais constante, quando o preço de um bem aumenta, a 
quantidade demandada cai. 
• Ceteris Paribus = todo o mais constante 
Analisar um mercado 
isoladamente 
Supor que todos os 
demais mercados 
sejam constantes 
• O mercado em estudo não afeta é não é afetado pelos demais; 
• Verifica o efeito das variáveis isoladamente, independente dos efeitos de 
outras varáveis; 
• Por exemplo: a variação do preço sobre a procura de determinado bem 
(variável independente), outras variáveis: renda do consumidor, gostos e 
outras;
Teoria da Demanda 
• Uma renda menor significa que que você tem menos dinheiro para seus 
gastos totais, de modo que você teria que gastar menos com alguns – e 
provavelmente com todos os – bens. Se a demanda por um bem cai, quando 
a renda cai, chamamos esse bem de normal; 
Bem normal: um bem para o qual, tudo o mais mantido constante, um aumento na 
renda provoca um aumento na quantidade 
• Se a demanda por um bem aumenta quando a renda cai, diz-se que o bem é 
inferior. Um exemplo de bem inferior são as viagens de ônibus. Se sua 
renda cair, é mais difícil que você compre um carro ou ande de táxi, e é mais 
provável que você ande de ônibus; 
Bem inferior: aquele cuja quantidade demandada diminui, tudo o mais mantido 
constante, quando a renda aumenta
Teoria da Demanda 
• Preços de produtos relacionados: quando a queda de um preço de um 
bem reduz a demanda por outro bem, dizemos que se trata de bens 
substitutos. Exemplo: iogurte congelado e sorvete 
Bens substitutos: dois bens para os quais, tudo o mais mantido constante, um 
aumento no preço de um deles aumenta a demanda pelo outro; 
• Quando a queda no preço de um bem aumenta a demanda por outro bem, os 
bens são chamados de complementares. Outros pares de bens 
complementares são gasolina e automóveis, computadores e softwares. 
Bens complementares: bens para os quais o aumento no preço de um dos bens leva 
a uma redução na demanda pelo outro bem;
Teoria da Demanda 
• Gostos: o mais óbvio determinante para a sua demanda são seus gostos. 
Os economistas, em geral, não tentam explicar os gostos das pessoas, 
porque estes se baseiam em forças históricas ou psicológicas que estão fora 
do campo de estudo da economia. Todavia , os economistas examinam o 
que acontece quando os gostos mudam; 
Função Geral da Demanda 
Qdi = f(pi, ps, pc, R, G) 
Qdi = quantidade demanda do bem i 
pi = preço do bem i 
ps = preço dos bens substitutos ou concorrentes 
pc = preço dos bens complementares 
R = renda do consumidor 
G = gostos, hábitos e preferências do consumidor
Teoria da Demanda 
• Expectativas: suas expectativas em relação ao futuro podem afetar hoje a 
sua demanda por um bem ou serviço. Por exemplo, se você espera um 
aumento em sua renda a partir do mês que vem, você pode estar disposto a 
gastar parte de sua poupança na compra de sorvetes. Outro exemplo, se 
você espera uma queda no preço do sorvete amanhã, você pode estar 
menos disposto a comprar hoje um picolé;
Esquema de Demanda e Curva de Demanda 
• Vimos que muitas variáveis afetam a demanda. Por enquanto, imagine que 
todas essas variáveis, exceto o preço, permaneçam constantes. Vejamos 
como o preço afeta a quantidade demandada; 
$3,00 
$2,50 
$2,00 
$1,50 
$1,00 
$0,50 
A linha inclinada para baixo, que relaciona 
o preço e quantidade demanda, é 
denominada curva de demanda 
0 2 4 6 8 10 12 
Preço da 
Casquinha 
de sorvete 
Quantidade de 
casquinhas de 
sorvete
Esquema de Demanda e Curva de Demanda 
• A demanda de mercado é o somatório de todas as demandas individuais 
por um dado bem ou serviço. Uma vez que a demanda de mercado deriva 
das demandas individuais, a quantidade demandada no mercado depende 
dos fatores que determinam a quantidade demandada por compradores 
individuais; 
• A quantidade demandada pelo mercado não depende apenas do preço do 
bem, mas das demais variáveis que afetam a demanda. Como estamos 
interessados em analisar o funcionamento dos mercados, 
trabalharemos, em geral, com a curva de demanda de mercado. Ela nos 
mostra como a quantidade total demandada de um bem varia quando o preço 
do bem varia;
Deslocamentos da curva de demanda 
• Deslocamento da curva de demanda: imagine uma nova descoberta de um 
alimento que ingerido regularmente leva a uma maior longevidade. A 
descoberta altera os gostos das pessoas e aumenta a demanda por este 
bem. A qualquer preço dado, os compradores agora desejam comprar maior 
quantidade do bem e a curva de demanda se desloca para a direita. 
D2 
D1 
D3 
Aumento da 
demanda 
Redução da 
demanda
Deslocamentos da curva de demanda 
Variáveis que afetam a quantidade 
demandada 
Uma alteração nesta variável... 
Preço Representa um movimento ao longo da 
curva de demanda 
Renda Desloca a curva de demanda 
Preços de bens ralacionados Desloca a curva de demanda 
Expectativas Desloca a curva de demanda 
Número de compradores Desloca a curva de demanda 
Determinantes da quantidade demandada: este quadro lista as variáveis que 
podem influenciar a quantidade demandada num mercado. Observe o papel 
especial desempenhado pelos preços: uma variação nos preços representa um 
movimento ao longo da curva de demanda enquanto uma alteração em qualquer 
das demais variáveis desloca a curva da demanda
Determinantes da Oferta 
• A quantidade oferecida de qualquer bem ou serviço é a quantidade que os 
vendedores estão dispostos e podem vender. Mais uma vez, para concentrar 
o foco de nossa análise, consideremos o mercado de sorvetes e os fatores 
que determinam a quantidade oferecida; 
• Preço: o preço do sorvete é um dos determinantes da quantidade oferecida. 
Quando o preço do sorvete é alto, a venda de sorvete é lucrativa e, portanto, 
a quantidade oferecida é grande. Uma vez que a quantidade oferecida 
aumenta à medida que o preço aumenta e cai quando o preço se reduz, 
dizemos que a quantidade oferecida se relaciona positivamente com o 
preço do bem. A relação entre o preço e a quantidade oferecida é chamada 
lei da oferta: tudo o mais mantido constante, quando o preço de um bem 
aumenta, a quantidade oferecida do bem também aumenta; 
• Preços dos insumos: para produzir um determinado bem são utilizados 
diversos insumos. Quando o preço de um ou mais desses insumos 
aumenta, a produção se torna menos lucrativa e a empresa oferecerá 
menos. Se o preço dos insumos subir demais, pode ser preferível fechar a 
fábrica e não oferecer nenhum bem. Portanto, a quantidade oferecida se 
relaciona negativamente com o preço dos insumos usados na sua fabricação;
Determinantes da Oferta 
• Tecnologia: a tecnologia para transformar insumos em bens é outro 
determinante da quantidade oferecida. A invenção da máquina de sorvetes 
mecanizada, por exemplo, reduziu a quantidade de trabalho necessária para 
a fabricação. Ao reduzir custos da empresa, os avanços tecnológicos 
aumentam a quantidade de sorvete oferecida; 
Variáveis que afetam a oferta 
Qoi = f(pi, pfp, T) 
Qoi = quantidade ofertada do bem i 
pi = preço do bem i 
pfp = preço dos fatores e insumos de produção m (matéria-prima, mão de obra, 
outros) 
T = tecnologia
Determinantes da Oferta 
• Expectativas: a quantidade de um bem que você oferece hoje pode 
depender de suas expectativas quanto ao futuro. Por exemplo, se você 
espera que o preço do bem aumente no futuro, você estocará parte do bem 
que está sendo produzido e oferecerá hoje menos quantidades desse bem;
Esquemas de Oferta e Curvas de Oferta 
Preço da 
Casquinha 
de sorvete 
$3,00 
$2,50 
$2,00 
$1,50 
$1,00 
$0,50 
0 1 2 3 4 5 
A curva que relaciona preço e quantidade 
oferecida é denominada curva de oferta. 
A curva de oferta se inclina para cima 
porque, ceteris paribus, um preço maior 
implica uma maior quantidade oferecida 
Quantidade de 
casquinhas de 
sorvete 
• Oferta de mercado: da mesma forma que a demanda de mercado é o somatório das 
demandas de todos os compradores, a oferta de mercado é o somatório das ofertas de 
todos os vendedores
Deslocamentos da Curva de Oferta 
S1 
S2 
S3 
Aumento da 
Oferta 
Redução da 
oferta 
• Sempre que qualquer um dos determinantes da oferta (exceto o preço) se alterar, a 
curva de oferta se desloca. Qualquer mudança que aumentar a quantidade oferecida a 
qualquer preço desloca a curva de oferta para a direita. Analogamente, qualquer 
mudança que reduzir a quantidade oferecida qualquer preço desloca a curva de oferta 
para a esquerda;
Deslocamentos da Curva de Oferta 
Variáveis que afetam a quantidade 
oferecida 
Uma alteração nesta variável... 
Preço Representa um movimento ao longo da 
curva de oferta 
Preços dos insumos Desloca a curva de oferta 
Tecnologia Desloca a curva de oferta 
Expectativas Desloca a curva de oferta 
Número de vendedores Desloca a curva de oferta 
A curva de oferta mostra o que acontece com a quantidade oferecida de 
um bem quando seu preço varia, mantendo constantes todos os outros 
determinantes da oferta. Quando um desses determinantes muda, a curva 
de oferta se desloca.
Oferta e Demanda em conjunto 
Preço da 
Casquinha 
de sorvete 
$3,00 
$2,50 
$2,00 
$1,50 
$1,00 
$0,50 
Quantidade de 
equilíbrio 
Preço de 
equilíbrio 
Oferta 
Demanda 
0 2 4 6 8 10 12 
Quantidade de 
casquinhas de 
sorvete 
• Equilíbrio é a situação em que várias forças são iguais – e isso também descreve um 
equilíbrio de mercado. Ao preço de equilíbrio, a quantidade do bem que os 
compradores desejam e podem comprar é exatamente igual à quantidade que os 
vendedores desejam e podem vender. O preço de equilíbrio é às vezes chamado de 
preço de ajustamento do mercado, porque a este preço todo o mercado foi 
atendido;
Oferta e Demanda em conjunto 
Preço da 
Casquinha 
de sorvete 
$3,00 
$2,50 
$2,00 
$1,50 
$1,00 
$0,50 
Excesso 
Oferta 
Demanda 
0 2 4 6 8 10 12 
Quantidade de 
casquinhas de 
Quantidade sorvete 
demandada 
Quantidade 
ofertada 
• Há um excesso de bem: os fornecedores não conseguem vender tudo o que desejam ao preço 
corrente. Esta situação é denominada excesso de oferta. Quando há excesso de oferta no 
mercado de sorvetes, por exemplo, os vendedores vêem seus congeladores abarrotados. Eles 
respondem ao excesso de oferta reduzindo os preços. Os preços continuam a cair até que haja 
equilíbrio.
Oferta e Demanda em conjunto 
Preço da 
Casquinha 
de sorvete 
$3,00 
$2,50 
$2,00 
$1,50 
$1,00 
$0,50 
Escassez 
Oferta 
Demanda 
0 2 4 6 8 10 12 
Quantidade de 
casquinhas de 
Quantidade sorvete 
oferecida 
Quantidade 
demandada 
• Há escassez de bem: os compradores, ao preço vigente, não conseguem comprar tudo o que 
desejam. Esta situação é denominada escassez. Quando ocorre escassez no mercado de sorvete, 
por exemplo, os compradores fazem filas para comprar o produto. Em vista dos muitos 
compradores atrás de poucos bens, os vendedores respondem à escassez aumentando os preços 
sem prejuízo das vendas. Enquanto os preços sobem, o mercado se move ao equilíbrio;
Alterações do Equilíbrio 
• Quando alguma fato desloca as curvas de oferta e demanda, o equilíbrio de 
mercado se altera. A análise de tais mudanças é chamada estática 
comparativa porque envolve a comparação entre um equilíbrio antigo e um 
equilíbrio novo; 
• Ao analisar como algum evento afeta o mercado procedemos em três etapas: 
1. Decidir se o evento interfere na curva de oferta ou de demanda (ou 
em ambas) 
2. Decidir em qual direção a curva se desloca; 
3. Usar o diagrama de oferta e demanda para ver como o 
deslocamento altera o equilíbrio;
Alterações do Equilíbrio 
• Exemplo: Uma mudança na demanda – suponha que em um determinado 
verão faça muito calor. Como isto aferraria o mercado de sorvetes? Para 
responder sigamos as três etapas: 
• 1. O calor afeta a curva alterando o desejo por sorvete das pessoas. Isto é, o 
clima altera a quantidade de sorvete que as pessoas desejam consumir a 
qualquer preço. A curva de oferta permanece inalterada porque o clima 
não afeta diretamente as empresas que vendem sorvete; 
• 2. Como o calor aumenta o consumo de sorvete, a curva de demanda se 
desloca para a direita. Ocorre o deslocamento da curva de demanda de D1 
para D2. Este deslocamento indicada que a quantidade de sorvete 
consumido é maior qualquer que seja o preço; 
• 3. O aumento na demanda aumenta o preço de equilíbrio de $2 para $2,5 e a 
quantidade de equilíbrio de 7 para 10 casquinhas. Em outras palavras, o 
clima quente aumenta o preço de sorvete e a quantidade de sorvete 
vendido;
Alterações do Equilíbrio 
$3,00 
$2,50 
$2,00 
$1,50 
$1,00 
$0,50 
0 7 10 
Preço da 
Casquinha 
de sorvete 
Novo equilíbrio 
Quantidade de 
casquinhas de 
sorvete 
Oferta 
D1 
D2 
1. O calor aumenta a 
demanda por sorvete... 
2. provocando 
um aumento 
dos preços... 
3. ...e um aumento na 
quantidade vendida. 
Equilíbrio inicial
Alterações do Equilíbrio 
• Exemplo: Uma mudança na oferta– suponha que, num outro verão, um 
terremoto destrói várias fábricas de sorvete. Como este acontecimento 
afetará o mercado de sorvetes? Mais uma vez, para responder à pergunta, 
seguiremos os três passos: 
• 1. O terremoto afeta a curva de oferta. Ao reduzir o número de vendedores, o 
terremoto altera a quantidade de sorvete que as empresas produzem e 
vendem a um preço dado qualquer. A curva de demanda permanece 
inalterada porque o terremoto não muda diretamente a quantidade de sorvete 
que as pessoas desejam comprar; 
• 2. A curva de oferta se desloca para a esquerda porque, a qualquer preço, a 
quantidade total de sorvete que as empresas desejam e podem vender é 
menor. Esta redução na oferta é um deslocamento da curva de oferta de S1 
para S2; 
• 3. O deslocamento da curva de oferta provoca um aumento do preço de 
equilíbrio de $2 para $2,5 e reduz a quantidade de equilíbrio de 7 para 4 
casquinhas de sorvete. Em consequência do terremoto, o preço do sorvete 
aumenta e a quantidade vendida diminui;
Alterações do Equilíbrio 
$3,00 
$2,50 
$2,00 
$1,50 
$1,00 
$0,50 
0 4 7 
Preço da 
Casquinha 
de sorvete 
Quantidade de 
casquinhas de 
sorvete 
S1 
S2 
Equilíbrio inicial 
Demanda 
Novo equilíbrio 
1. Um terremoto reduz 
a oferta de sorvete... 
2. provocando 
um aumento 
dos preços... 
3. ...e uma redução na 
quantidade vendida.
Alterações do Equilíbrio 
• Exemplo: Uma alteração simultânea na oferta e demanda – agora 
imaginemos que a onda de calor e o terremoto ocorram simultaneamente. 
Para analisar esta combinação de circunstâncias seguiremos, mais uma vez, 
os três passos: 
• 1. Verificamos que ambas as curvas se deslocam. A onda de calor afeta a 
curva de demanda porque altera a quantidade de sorvete que as pessoas 
desejam adquirir, a qualquer preço. Ao mesmo tempo, o terremoto altera a 
curva de oferta porque muda a quantidade de sorvete que as empresas 
desejam vender, a qualquer preço; 
• 2. As curvas se deslocam na mesma direção em que se movimentaram nas 
análises anteriores: a curva de demanda se desloca para a direita e a curva 
de oferta, para a esquerda; 
• 3. Há dois resultados possíveis, dependendo da extensão relativa dos 
deslocamentos da demanda e a oferta. No painel (a) a demanda aumenta 
significativamente, enquanto a redução da oferta é bastante pequena e a 
quantidade de equilíbrio também aumenta. No painel (b) ocorre o oposto, a 
oferta se reduz substancialmente enquanto a demanda aumenta ligeiramente 
e a quantidade de equilíbrio diminui. Portanto, estes fatos certamente 
aumentam o preço do sorvete, mas seu impacto sobre a quantidade de 
sorvete vendido é ambíguo;
Alterações do Equilíbrio 
P1 
0 Q1 Q2 
Preço da 
Casquinha 
de sorvete 
Pequena redução 
na oferta 
Quantidade de 
casquinhas de 
sorvete 
S1 
S2 
D1 
Novo equilíbrio 
Equilíbrio inicial 
D2 
P2 
Painel A 
Grande aumento na 
demanda
Alterações do Equilíbrio 
P1 
0 Q2 Q1 
Preço da 
Casquinha 
de sorvete 
Quantidade de 
casquinhas de 
sorvete 
S1 
D1 
Novo equilíbrio 
Equilíbrio inicial 
S2 
D2 
Pequeno aumento 
na demanda 
P2 
Painel B
Alterações do Equilíbrio – Oferta e Demanda 
• Quadro resumo: 
NENHUMA MUDANÇA NA 
OFERTA 
UM AUMENTO NA 
OFERTA 
UMA REDUÇÃO DA 
OFERTA 
NENHUMA MUDANÇA NA 
DEMANDA 
P igual P cai P aumenta 
Q igual Q aumenta Q cai 
UM AUMENTO DA 
DEMANDA 
P aumenta P ambíguo P aumenta 
Q aumenta Q aumenta Q ambígua 
UMA REDUÇÃO DA 
DEMANDA 
P cai P cai P ambígua 
Q cai Q ambígua Q cai 
• Nas economias de mercado, os preços são sinais que orientam as decisões 
econômicas e assim alocam os recursos escassos. Para cada um dos bens da 
economia, o preço assegura que oferta e demanda se igualem. O preço de equilíbrio 
determina o quanto os compradores compram e o quanto os produtores vendem;
Elasticidades e suas aplicações 
• O preço do produto se ajusta para equilibrar as quantidades oferecidas e 
demandas. Para aplicar esta análise básica à compreensão do impacto de 
uma pesquisa, por exemplo, precisamos de mais uma ferramenta: o conceito 
de elasticidade. A elasticidade mede a resposta dos compradores e 
vendedores às alterações nas condições do mercado, permitindo-nos 
analisar a oferta e a demanda com maior precisão. 
Elasticidade da demanda 
• Observamos que os compradores em geral demandam maiores quantidades 
de um bem quando seu preço é baixo, quando suas rendas são maiores ou 
quando os preços dos bens complementares são menores. Nossa análise da 
demanda foi qualitativa, não quantitativa. Isto é, observamos a direção do 
movimento da quantidade demandada mas não a dimensão da variação. 
Para medir a resposta da demanda às alterações em seus determinantes, os 
economistas usam o conceito de elasticidade.
Elasticidade-preço da demanda e seus 
determinantes 
• A lei da demanda afirma que uma queda no preço de um bem aumenta a 
quantidade demandada. A elasticidade-preço da demanda mede o quanto 
a quantidade demandada responde a variações no preço. Diz-se que a 
demanda de um bem é elástica se a quantidade demandada responde 
substancialmente a variações no preço. Diz-se que a demanda é inelástica 
se a quantidade demandada responde ligeiramente a variações no preço; 
O que determina se a demanda por um bem é 
elástica ou inelástica? 
• Como a demanda por qualquer bem depende das preferências do 
consumidor, a elasticidade-preço da demanda depende de um grande 
número de forças econômicas, sociais e psicológicas que moldam os desejos 
individuais.
Elasticidade-preço da demanda e seus 
determinantes 
• Necessidades versus supérfluos: os bens necessários tendem a ter 
demandas inelásticas. Quando o preço da consulta médica sobe, as pessoas 
não alteram drasticamente a frequência das visitas ao consultório, embora 
possam espaçá-las um pouco. Obviamente, a classificação de um bem como 
necessário ou supérfluo não depende das propriedades intrínsecas do bem 
mas das preferências do comprador; 
• Disponibilidade de substitutos próximos: bens que dispõem de substitutos 
próximos tendem a ter uma demanda mais elástica porque é mais fácil para 
os consumidores trocar um bem por outro. Por exemplo, manteiga e 
margarina são substitutos próximos; 
• Definição de mercado: a elasticidade da demanda em qualquer mercado 
depende de como são traçados os limites do mercado. Mercados definidos 
de forma restrita tendem a ter uma demanda mais elástica do que mercados 
definidos de forma mais ampla, uma vez que é mais fácil encontrar 
substitutos próximos para bens definidos de forma restrita.
Elasticidade-preço da demanda e seus 
determinantes 
• Horizonte temporal: os bens tendem a ter uma demanda mais elástica em 
longos horizontes temporais. Quando o preço da gasolina aumenta, a 
demanda cai pouco nos primeiros meses. Com o passar do tempo, contudo, 
as pessoas compram carros que consomem menos gasolina; 
Calculando a elasticidade-preço da demanda 
• A elasticidade-preço da demanda é calculada como a variação percentual da 
quantidade demandada dividida pela variação percentual do preço. Ou seja, 
Elasticidade-preço da demanda = 
Variação percentual da quantidade demandada 
_______________________________________ 
Variação percentual do preço
Elasticidade-preço da demanda e seus 
determinantes 
• Por exemplo, suponha que um aumento de 10% no preço da casquinha de sorvete 
provoque uma queda de 20% nas suas compras de sorvete. Calculamos sua 
elasticidade-preço da demanda como: 
Elasticidade-preço da demanda = 
20 por cento 
_________________ = 2 
10 por cento 
• No exemplo, a elasticidade é igual a 2, implicando que a variação na quantidade 
demandada é duas vezes maior do que a variação do preço; 
• Como a quantidade demandada de um bem se relaciona negativamente com seu 
preço, a variação percentual da quantidade terá sempre o sinal oposto ao da variação 
percentual do preço. 
• No exemplo a variação percentual do preço é de 10% positivos (refletindo um 
aumento) e a variação percentual da quantidade é de 20% negativos (refletindo uma 
redução). Portanto, as elasticidades-preço da demanda são às vezes representadas 
como números negativos.
Elasticidade-preço da demanda e seus 
determinantes 
• Adotaremos a prática bastante comum de ignorar o sinal de menos e representar todas 
as elasticidades como números positivos (valores absolutos). Com esta convenção, 
uma alta elasticidade-preço implica uma grande resposta da quantidade às variações 
no preço;
Situações distintas de elasticidade 
• Demanda elástica: uma variação % no preço provoca uma variação % maior na 
quantidade demandada; 
Os bens que 
apresentam este tipo 
de elasticidade são 
denominados 
supérfluos
Situações distintas de elasticidade 
• Demanda com elasticidade unitária: uma variação % no preço resulta em uma 
variação % igual na quantidade demandada; 
Os bens que 
apresentam este tipo 
de elasticidade são 
denominados bens 
normais
Situações distintas de elasticidade 
• Demanda inelástica: uma variação % no preço resulta em uma variação % menor na 
quantidade demandada; 
Os bens que 
apresentam este tipo 
de elasticidade são 
denominados bens de 
subsistência ou 
necessários
Necessidade e bens econômicos 
• Necessidades – sensação da falta de alguma coisa unida ao desejo de 
satisfazê-la, e estas necessidades humanas são ilimitadas. 
• Bens – é tudo aquilo que permite satisfazer uma ou várias necessidades 
humanas. 
• Podem ser classificados quanto à raridade: 
• Bens livres – existem em quantidade ilimitada e podem ser obtidos com 
pouco ou nenhum esforço humano. Ex. a luz solar, o ar, o mar, que são bens 
porque satisfazem necessidades, mas cuja utilização não implica em 
relações de ordem econômica. A principal característica dos bens livres é a 
de que não possuem um preço ( têm preço zero). 
• Bens econômicos – são escassos e supõem a ocorrência de esforço 
humano na sua obtenção. Apresentam como característica básica o fato de 
terem um preço.
Necessidade e bens econômicos 
• Quanto à natureza, os bens econômicos são classificados em: 
• Bens materiais – são tangíveis, podem ser atribuídas características como peso, 
altura, forma etc. Alimentos, roupas, livros e outros. 
• Bens Imateriais ou serviços – são intangíveis, não podem ser apalpados, ex. 
serviços de um advogado, médico, educação, transporte, marcas, patentes e registros 
que acabam no mesmo momento de sua produção, onde a prestação de serviços e 
sua utilização são praticamente instantâneas, outra característica é que estes bens não 
podem ser estocados. 
• Quanto ao destino, os bens materiais são classificados em: 
• Bens de Consumo – são aqueles diretamente utilizados para a satisfação das 
necessidades humanas, podem ser de uso não durável, ou seja, desaparecem com 
sua utilização (alimentos, cigarros, combustíveis, bebidas etc), ou de uso durável, que 
têm como característica o fato de que podem ser usados por muito tempo (móveis, 
eletrodomésticos etc.). 
• Bens de Capital ou Bens de Produção são aqueles que permitem produzir outros 
bens, ex. as máquinas agrícolas, computadores, equipamentos, instalações, edifícios 
etc.Tanto os bens de consumo quanto os bens de capital são classificados como Bens 
Finais, uma vez que já passaram por todos os processos de transformação possíveis, 
significando que estão acabados.
Necessidade e bens econômicos 
• Existem ainda os bens intermediários que ainda precisam ser transformados 
para atingir sua forma definitiva, são produtos utilizados no processo de 
produção de outros produtos. Ex. fertilizantes, cimento, aço, vidro, borracha, 
celulose, algodão, madeira etc. 
• Os bens, podem ainda ser classificados em Bens Privados e Bens Públicos. 
Os Bens Privados são os produzidos e possuídos privadamente ou 
individualmente. Ex. automóveis, eletrodomésticos etc. 
Os Bens Públicos ou coletivos são aqueles cujo o consumo é feito por várias 
pessoas. Como exemplo podemos citar um parque público, escolas, bibliotecas, 
hospitais, igrejas, museus etc. 
Equipamentos coletivos é toda a infra-estrutura que um governo coloca à 
disposição da comunidade. 
• O Bens suntuários ou supérfluos – são todos aqueles bens que não 
atendem uma necessidade imediata (básica). Ex. jóias, perfumes etc.
Variedades das Curvas de Demanda 
Demanda perfeitamente inelástica: elasticidade igual a 0 
$3,00 
$2,50 
$2,00 
$1,50 
$1,00 
$0,50 
0 100 
Preço 
Quantidade 
Demanda 
1. Um 
aumento no 
preço... 
2. Deixa a quantidade 
demanda inalterada
Variedades das Curvas de Demanda 
Demanda perfeitamente elástica: elasticidade infinita 
$3,00 
$2,50 
$2,00 
$1,50 
$1,00 
$0,50 
0 
Preço 
Demanda 
Quantidade 
3. A um preço inferior 
a $2,00, a quantidade 
demandada é infinita 
2. A um preço exatamente 
de $2,00, os consumidores 
compram qualquer 
quantidade 
2. A qualquer preço 
superior a $2,00, a 
quantidade demandada é 
zero
Elasticidades e Receita Total 
• Receita Total: é a quantidade de dinheiro paga por compradores e recebidas por 
vendedores após a venda de um bem; 
• É calculada como o preço do bem multiplicado pela quantidade vendida daquele bem: 
$3,00 
$2,50 
$2,00 
$1,50 
$1,00 
$0,50 
0 100 
Preço 
Quantidade 
Demanda 
P X Q = 150
Elasticidades e Receita Total 
• Como varia a receita total à medida que nos 
deslocamos ao longo da curva de demanda? 
• Depende da elasticidade-preço da demanda: 
• Demanda inelástica: quando a elasticidade-preço da demanda é menor do 
que 1, um aumento de preços aumenta a receita total e uma queda nos 
preços a reduz; um aumento no preço provoca um crescimento na receita 
total; 
• Demanda elástica: quando a elasticidade-preço da demanda é maior do que 
1, um aumento de preços reduz a receita total e uma queda nos preços 
eleva a receita total; um aumento no preço provoca uma redução na receita 
total; 
• Elasticidade unitária: no caso especial da demanda com elasticidade 
unitária, uma variação no preço não afeta a receita total; 
0 100
Elasticidades e Receita Total 
Em pontos em que o preço é baixo e a quantidade grande, a curva de 
demanda é inelástica. Em pontos onde o preço é alto e a quantidade 
pequena, a curva é elástica;
Elasticidade-Renda da Demanda 
• Mede o quanto a quantidade demandada de um bem varia dada uma 
alteração na renda dos indivíduos; 
• É calculada pela divisão da variação percentual na quantidade 
demandada pela variação percentual da renda; 
Elasticidade-renda da demanda = 
Variação percentual da quantidade demandada 
_______________________________________ 
Variação percentual da renda 
Bens normais: aumento na renda gera aumento na quantidade demandada 
deste tipo de bem; 
Bens inferiores: aumento na renda gera diminuição na quantidade demandada 
deste tipo de bem;
Elasticidade-Cruzada da Demanda 
• Mede o quanto varia a quantidade demandada de um bem quando o 
preço de um outro bem varia; 
• É calculada como variação percentual da quantidade demandada do 
bem 1 dividida pela variação percentual no preço do bem 2; 
Elasticidade-cruzada da demanda = 
Variação percentual da quantidade demandada 
do bem 1 
_______________________________________ 
Variação percentual no preço do bem 2 
Bens substitutos: a elasticidade-cruzada é positiva; a quantidade demandada 
do bem 1 e o preço do bem 2 se movem na mesma direção 
Bens complementares: a elasticidade-cruzada é negativa; aumento no preço 
do bem 1 reduz a quantidade demandada do bem 2
Elasticidade e suas aplicações 
• Exemplo: Porque a OPEP não conseguiu manter os preços do petróleo 
altos? 
• Na década de 1970 os países membros da OPEP decidiram aumentar o 
preço mundial do petróleo para aumentar a renda de seus países. Para 
atingir tal objetivo reduziram conjuntamente a quantidade oferecida de 
petróleo; 
• De 1973 a 1974, o preço do petróleo aumentou mais de 50% (já descontada 
a inflação do período). Alguns anos depois, a OPEP fez o mesmo outra vez. 
O preço do petróleo aumentou 14% em 1979, 34% em 1980 e mais 34% em 
1981; 
• A OPEP encontrou dificuldades para manter a elevação dos preços. De 1982 
a 1985 os preços do petróleo registraram um declínio constante de cerca de 
10% ao ano. Seguiu-se um período de insatisfação e desorganização entre 
os países da OPEP. Em 1986 a cooperação entre os países da OPEP estava 
destruída e os preços do petróleo caíram 45%. Em 1990 os preços do 
petróleo tinham voltados aos níveis de 1970 e assim permaneceu na maior 
parte da década;
Elasticidade e suas aplicações 
• O episódio mostra como a oferta e a demanda podem ter comportamentos 
distintos no curto e longo prazo; No curto prazo, tanto a oferta quanto a 
demanda de petróleo são bastante inelásticas; 
• A oferta é inelástica porque a quantidade conhecida de reservas 
petrolíferas e a capacidade de extração não podem ser alteradas 
rapidamente; a demanda é inelástica porque os hábitos de compra não 
respondem imediatamente às variações de preço; muitos proprietários de 
carros antigos, bebedores de gasolina, por exemplo, continuaram a pagar 
preços mais altos; 
• No longo prazo a situação é diferente; num período mais países que não 
fazem parte da OPEP respondem aos preços mais altos aumentando a 
prospecção de petróleo e construindo nova capacidade de extração; os 
consumidores procuram conservar mais o combustível, substituindo, por 
exemplo, os velhos carros ineficientes por novos automóveis mais eficientes; 
no longo prazo as curvas de oferta e demanda são mais elásticas, 
causando um aumento menor no preço;
Elasticidade e suas aplicações 
• Esta análise demonstra porque a OPEP só conseguiu mantes altos os preços 
no curto prazo; em consequência, a redução coordenada na oferta dos 
países da OPEP se mostrou menos lucrativa no longo prazo;
Objetivo da Firma 
• A teoria do consumidor busca compreender como o indivíduo forma a 
demanda, tanto individual quanto total, e como consegue maximizar a sua 
satisfação em meio a um ambiente com várias alternativas, gerando 
diferentes necessidades, porém com recursos limitados; 
• A Teoria da Firma analisa o outro lado da transação: a oferta. O agente 
básico da oferta, equivalente ao consumidor, é a firma. Firmas são uinidades 
economicas básicas de uma economia de mercado cujas funções são 
consumir e produzir bens que estão relacionados com o consumidor pelo 
sistema de preços no mercado; 
• Sob a ótica econômica, a função da firma é alocar eficientemente os 
recursos que possui, buscando otimizar os produtos gerados por aquela 
alocação de recursos na fabricação dos bens finais; 
• Para isso, a Teoria da Firma está relacionada as suas variáveis de 
análise: produção, custos e preços (receita e rendimentos). Primeiro, será 
analisado quanto produzir (eficiência alocativa de recursos); depois, quanto 
custará (custo) e por quanto se venderá (preço/valor)
Objetivo da Firma 
• A formação da curva de oferta sempre é um referencial para a firma decidir o 
preço mínimo que poderia ser praticado, considerando as suas condições 
competitivas; 
Teoria da Produção 
• Para que as firmas transformem bens e/ou serviços em outros bens e/ou 
serviços elas precisam de FATORES DE PRODUÇÃO (FPs). Fatores de 
produção são os bens ou serviços transformáveis em produção ou 
utilizados na obtenção de um produto final; 
• Os fatores de produção podem ser classificados em primários ou 
secundários. Os primários são os naturais, existem independentemente da 
ocorrência de um processo anterior. Os secundários são aqueles que 
necessitam da realização de um processo produtivo para criá-los; 
• Os fatores de produção podem ser classificados quanto a sua 
variabilidade (fixos ou variáveis), disponibilidade (limitados ou 
ilimitados), divisibilidade (divísiveis ou indivisíveis) e durabilidade. A 
classificação depende mais da ótica pela qual se analisa o fator de produção 
do que de suas características intrínsecas;
Contato 
Caio César Zerbato 
E-mail: caio.zerbato@gmail.com
Referências 
- MANKIW, N. GREGORY. Introdução à economia. São Paulo : Pioneira 
Thomson Learning, 2005. 
- EQUIPE DE PROFESSORES DA USP. Manual de Economia. 5 ed. São 
Paulo: Saraiva, 2005.

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Aula economia - modificado2

  • 1. Ministério da Educação Universidade Tecnológica Federal do Paraná Campus Curitiba Departamento Acadêmico de Gestão e Economia Introdução à Economia Professor: Caio César Zerbato, Msc
  • 2. A Ciência Econômica Qual seu objeto de estudo? • O objeto de estudo da economia é o estudo da escassez e que ela se classifica entre as Ciências Sociais. A lei da escassez aborda a produção de um máximo de bens e serviços a partir dos recursos escassos disponíveis a cada sociedade; • A economia estuda a produção, a circulação e o consumo dos bens e serviços que são utilizados para satisfazer as necessidades humanas; • A economia estuda como a sociedade utiliza os recursos escassos entre as pessoas e grupos, visando satisfazer as necessidades humanas; Restrição de recursos gera escassez dos bens materiais e imateriais; A escassez de um bem está associada a demanda por este bem, se não houver demanda não há escassez; escassez = f(demanda do bem x) A demanda de um bem é uma função da sua utilidade, que é a capacidade que o bem tem de satisfazer as necessidades pessoais; demanda = f(utilidade)
  • 3. A Ciência Econômica Divisão de níveis de estudo: • Microeconomia: estudo de como as famílias e empresas tomam decisões e de como interagem nos mercados; • Macroeconomia: estudo dos fenômenos da economia como um todo, incluindo inflação, desemprego e crescimento econômico;
  • 4. Recursos Escassos Necessidades Ilimitadas A Ciência Econômica Problemas econômicos: Tríade de problemas econômicos - O QUE e QUANTO PRODUZIR? - COMO produzir? - PARA QUEM produzir?
  • 5. Tríade de problemas econômicos - O QUE e QUANTO PRODUZIR? Isto significa quais os produtos deverão ser produzidos e em que quantidades deverão ser colocados à disposição dos consumidores; deve-se partir das possibilidades econômicas, sendo necessário que as diferentes combinações se localizem sobre a curva de possibilidades de produção. “Uma economia em pleno emprego precisa sempre, ao produzir um bem, desistir de produzir um tanto de outro bem”; Os pontos A, B e C representam combinações alternativas de X e Y em que todos os recursos produtivos estão sendo utilizados (pleno emprego dos fatores de produção). No ponto D a sociedade não está ocupando totalmente seus recursos. O ponto E não pode ser atingido com os recursos atualmente disponíveis, isso ocorrerá com o aumento dos recursos ou progresso tecnológico;
  • 6. Tríade de problemas econômicos - COMO produzir? Quem serão os produtores dos bens e serviços produzidos, com que recursos e de que maneira ou processo técnico; depende do nível tecnológico e quais serão os bens e serviços produzidos, com que recursos e de que maneira ou processo técnico; - PARA QUEM produzir? Para quem se destinará a produção; a eficiência distributiva deverá ser utilizada para maximizar o bem estar social e individual;
  • 7. Evolução do pensamento econômico • Mercantilismo (início do século XVI até o final do século XVIII): a riqueza de uma nação se media pelo volume de “tesouro” (ouro e prata) que ela possuía; a riqueza de cada nação dependia de se garantir uma “balança comercial” favorável; conjunto de ideias protecionistas; a riqueza era o principal fim do Estado; houve em decorrência do crescimento do capitalismo comercial; • Fisiocratas (século XVIII): combatiam as ideais mercantilistas e formularam uma Teoria do Liberalismo Econômico – criticavam o intervencionismo estatal mercantilista; a riqueza vem da terra; a nação não pode se desenvolver apenas com o acúmulo de metais preciosos, mas era necessário o investimento em produção, no caso a produção agrícola – única capaz de geração e ampliação de excedentes; o sistema econômico é regido por uma ordem natural; • Escola Clássica: economia de livre mercado – livre concorrência; “homem econômico racional”; especialização do trabalho e valor dos bens; abordagem teórica do valor, cuja única fonte original era identificada no trabalho em geral; a riqueza das nações estava pautada no trabalho, sendo elevada com o aumento da produtividade, a extensão da especialização do trabalho e acumulação do produto sob a forma de capital; princípios do individualismo e liberalismo;
  • 8. Evolução do pensamento econômico • Marxismo: o capitalismo era uma etapa historicamente necessária no progresso econômico, substituindo considerados atrasados como o feudalismo e o mercantilismo; capitalismo seria apenas uma etapa de transição e um sistema imperfeito cujas falhas levariam inevitavelmente à sua queda e substituição; análise centrada na divisão da sociedade entre a “burguesia” e o “proletariado”; o trabalhador deve produzir um valor maior do que ele recebe em salários, assim os capitalistas extraem a mais-valia – o lucro; • Neoclássicos: (de 1870 até 1929): a crise financeira atingiu os países colocando em suspense os pressupostos da escola clássica; abordagem matemática para a construção de um sistema de equilíbrio geral, com independência dos preços, da micro e da macroeconomia; buscou-se a compreensão do comportamento humano na organização econômica, embora ciente de que nem todas as variáveis poderiam ser medidas; • Pensamento Keynesiano: sistema capitalista instável, não produz harmonia no mercado; em momentos de crise a intervenção do Estado pode gerar demanda, mediante os investimentos, com vistas a garantir níveis elevados de emprego; pensamento de Keynes oposto aos postulados Clássicos e Neoclássicos; para a sobrevivência do capitalismo era necessário uma ação efetiva do Estado na regulação das crises do capital;
  • 9. Princípios de economia - Como as pessoas tomam decisões: #1 As pessoas enfrentam tradeoffs Tradeoff é uma situação de escolha, de conflito. “Para obter uma coisa que desejamos, em geral temos que abrir mão de outra coisa da qual gostamos. Tomar decisões exige comparar um objetivo com outro. Quando as pessoas estão agrupadas em sociedade, elas se deparam com diferentes tipos de tradeoff”. Exemplo: eficiência e equidade. #2 O Custo de alguma coisa é do que você desiste para obtê-la A tomada de decisão exige comparar os custos e benefícios das várias hipóteses de ações. No entanto em algumas situações não é tão simples identificar tais custos. “O custo de oportunidade de um item é aquilo que se abre mão para obter aquele item”. #3 As pessoas racionais pensam na margem Alterações marginais são pequenos ajustes aos planos que estão sendo realizados. “Um tomador de decisões racional empreende uma ação se e somente se o benefício marginal de tal ação exceder seu custo marginal”
  • 10. Princípios de economia - Como as pessoas tomam decisões: #4 As pessoas reagem a incentivos As decisões são tomadas comparando custos e benefícios e o comportamento pode ser alterado quando os custos ou os benefícios se alteram. “Ao analisar qualquer política é preciso considerar não só os impactos diretos, mas também as consequências indiretas que decorrem da aplicação de incentivos. Se a política alterar os incentivos, ela provocará uma alteração no comportamento das pessoas”. - Como as pessoas interagem: #5 O comércio pode melhorar a situação de todos “O comércio entre dois países pode beneficiar a ambos”. Também funciona para a concorrência entre empresas, pois a concorrência promove a especialização, qualidade e diversificação dos produtos, além preços mais baixos. A concorrência permite o aprimoramento da especialização.
  • 11. Princípios de economia - Como as pessoas interagem: #6 Os mercados são, em geral, uma boa forma de organizar a atividade econômica “ Em uma economia de mercado as decisões do planejador central são substituídas pelas decisões de milhões de famílias e empresas. As empresas decidem quem contratar e o que produzir. As famílias decidem em que empresa trabalhar e o que comprar com seus rendimentos. Essas empresas e famílias interagem no mercado, no qual o preço e o interesse próprio orientam as decisões”. #7 Os governos podem às vezes melhorar os resultados do mercado Existem duas razões de modo geral para que o governo intervenha na economia: a promoção da eficiência e equidade. As falhas de mercado são as situações em que o mercado por si só não consegue alocar os recursos de forma eficiente. Exemplos: externalidades e o poder de mercado.
  • 12. Princípios de economia - Como a economia funciona: #8 O padrão de vida de um país depende da sua capacidade em produzir bens e serviços “Quase toda a variação nos padrões de vida pode ser atribuída a diferenças na produtividade – isto é, a quantidade de bens e serviços produzida em uma hora de trabalho. Nos países onde os trabalhadores podem produzir grande quantidade de bens e serviços por unidade de tempo, a maior parte das pessoas tem um alto padrão de vida; nos países onde os trabalhadores são menos produtivos, a maior parte das pessoas vive com menor conforto”. #9 Os preços sobem quando o governo emite moeda demais Muitos casos de inflação alta e persistente foram associados ao rápido crescimento da quantidade de moeda.
  • 13. Princípios de economia - Como a economia funciona: #10 A sociedade enfrenta um tradeoff de curto prazo entre inflação e desemprego A Curva de Philips está associada ao tradeoff entre inflação e desemprego. O combate a inflação quase sempre está associado a um aumento temporário no desemprego. Exemplo: governo reduz a quantidade de moeda – as pessoas gastam menos – os preços no curto prazo ainda estão altos – redução da quantidade de bens e serviços que as empresas vendem – vendas menores levam a demissão de trabalhadores. Assim, o combate a inflação pode ocasionar um aumento temporário do desemprego até que os preços se ajustem completamente à mudança.
  • 14. Noções de Microeconomia - A Microeconomia é concebida como o ramo da Ciência Econômica voltado ao estudo do comportamento das unidades de consumo representadas pelos indivíduos e/ou famílias (estas desde que caracterizadas por um orçamento único), ao estudo das empresas, suas respectivas produções e custos e ao estudo da geração e preços dos diversos bens, serviços e fatores produtivos. Desta maneira distingue-se da macroeconomia, porque esta se interessa pelo estudo dos agregados como a produção, o consumo e a renda da população como um todo; - A Teoria do Consumidor considera o comportamento do indivíduo e Vai subsidiar a análise dos custos e dos rendimentos e alicerceia a análise da oferta, novamente se tem o enfoque das formas de comportamento de unidades individuais, no caso, as empresas. Mas tanto a Teoria do Consumidor como a Teoria da Firma permitem que sejam inferidos os instrumentais e/ ou as noções, como as subjacentes às procuras individuais e de mercado, e às ofertas individuais e de mercado.
  • 15. Noções de Microeconomia - Teoria do Consumidor: a microeconomia enaltece a intenção dos indivíduos, em face das respectivas rendas, de se apropriarem de uma combinação de quantidades de bens tal que lhes propicie a maximização de suas satisfações. Em outras palavras, originam-se aí as procuras (individuais e de mercado) que se traduzirão em rendimentos para as firmas; - Teoria da Firma: tem-se a figura do indivíduo-empresário esforçando-se para combinar os fatores de produção, dada a sua limitação orçamentária, com a intenção de maximizar o nível de lucro de sua organização. Colocado de outra maneira, obtêm-se a partir da análise desse procedimento os elementos necessários à derivação das ofertas individuais e de mercado.
  • 16. Noções de Macroeconomia - Se considerarmos uma economia fechada, ou seja, uma economia que não mantém relações com outros países, a Macroeconomia a observa como se ela fosse constituída por quatro mercados: o mercado de bens e serviços: o mercado de trabalho; o mercado monetário e de títulos, e o mercado cambial; - No mercado de bens e serviços, para tentar responder como se tem comportado o nível de atividades, efetua-se uma agregação de todos os bens produzidos pela economia durante um certo período de tempo e define-se o chamado produto nacional. Esse produto representa a agregação de todos os bens produzidos pela economia. O preço desse produto, que representa uma média de todos os preços produzidos, é o chamado nível geral de preços. Observe-se que o nível geral de preços e o produto nacional representam entidades abstratas criadas pelos economistas; - O mercado de trabalho também representa uma agregação de todos os tipos de trabalhos existentes na economia. Neste sentido, determinamos como se estabelece a taxa salarial e o nível de emprego;
  • 17. Noções de Macroeconomia - Mercado monetário: as trocas são realizadas sempre utilizando um elemento comum, a moeda. É intuitivo perceber que, se as trocas utilizam sempre a moeda, ela deve ter alguma importância na determinação dos preços e das quantidades produzidas; - Mercado de títulos: Em qualquer economia existe uma série de títulos que fazem essa função (títulos do governo, ações, duplicatas). Entretanto, a Macroeconomia, mais uma vez, agrega todos esses títulos e define um título (tradicionalmente é representado por algum título do governo) e nesse mercado se procura determinar o preço e a quantidade de títulos;
  • 18. Economia de mercado - Economia de mercado: livre iniciativa e sem intervenção do governo. O Estado participa da vida econômica com atividades regulatórias, quando o mercado não é capaz de solucionar seus conflitos; o papel do governo é pouco expressivo; - Sistema de preços no livre mercado: na economia privada de livre iniciativa nenhum agente econômico (indivíduo ou empresa) se preocupa em desempenhar o papel de gerenciar o bom funcionamento do sistema de preços. Cada agente se preocupa isoladamente com seu próprio negócio; todos correm riscos no sistema e se apoiam em probabilidades de ocorrência dos fenômenos, sendo que o lucro pode ser o prêmio pelo risco assumido; - Adam Smith (1723-1790) abordou que o homem, com sua liberdade, rivalidade e desejo de ganhar, é “guiado por uma mão invisível a promover um fim que não fazia parte de sua intenção” – ele age de modo involuntário em nome do interesse maior da sociedade; - Na visão de Smith os governos não deveriam interferir no comércio, sendo seu papel importante o de promover a defesa, a justiça e certos “bens públicos” que os mercados privados dificilmente forneceriam, como estradas;
  • 19. Economia de mercado - Para Smith a “mão invisível” do mercado se auto regula, não há necessidade de fixação dos preços; a inflação é corrigida pelo reequilíbrio entre oferta e procura; glorificação do mercado; - Organização do sistema: no sistema de concorrência de mercados, por mais imperfeitamente que ele possa funcionar, não é um sistema caótico ou anárquico, existe ordem e coordenação; - Determinação dos preços: o desejo das pessoas determinará a magnitude da demanda, e a produção das empresas determinará a magnitude da oferta. O equilíbrio entre a demanda e a oferta será sempre atingido pela flutuação do preço; Smith descreveu como seu sistema de “liberdade perfeita” teria resultados positivos. Primeiro, fornece os bens que o povo quer. Se a demanda de um produto superar a oferta, os consumidores vão competir entre si para oferecer um preço mais alto. Isso cria uma oportunidade de lucro para os produtores, que competem entre si para fornecer mais do produto; - Problemas econômicos: o que e como produzir?, como produzir? E para quem produzir? – podem ser resolvidos pela concorrência dos mercados e pelo mecanismo dos preços. O consumidor tentará maximizar utilidade e o produtor, o lucro;
  • 20. Economia de mercado - O sistema de preços gera “preços justos”. Todos os bens têm um preço natural, que reflete apenas o esforço para fazê-lo. Os preços e margens de lucro do mercado podem diferir de seus níveis naturais em certo períodos, como na escassez. Nesse caso, as oportunidades de ganho surgirão e os preços aumentarão, mas só até a concorrência trazer novas empresas ao mercado e os preços caírem ao seu nível natural; - Smith estabeleceu uma relação entre preço de mercado e natural. O preço de mercado era o verdadeiro preço da mercadoria e era determinado pelas forças da oferta e procura. O preço natural era o preço ao qual a receita da venda fosse apenas suficiente para dar lucro, era o preço de equilíbrio determinado pelos custos de produção, mas estabelecido no mercado pelas forças da oferta e da procura; - No longo prazo, diz Smith, os preços de “mercado” e os “naturais” serão os mesmos – os economistas modernos chamam a isso equilíbrio; - O pré-requisito para qualquer mercadoria ter valor era que ela fosse produto do trabalho humano (Teoria do Valor-Trabalho). O valor do produto era a composição do salário, os lucros e os aluguéis;
  • 21. Economia de mercado - As economias de mercado geram rendimentos justos que podem ser gastos em bens, num “fluxo circular” sustentável, em que o dinheiro pago em salários volta para a economia quando o trabalhador paga pelos bens e será devolvido em salários, repetindo o processo. - O capital investido em instalações de produção ajuda a aumentar a produtividade da mão de obra, o que implica os empregadores poderem arcar com salários mais altos. E, se puderem pagar mais, eles pagarão, porque tem que competir entre si pelos trabalhadores; - A concepção de Smith da interdependência entre terra, mão de obra e capital foi um avanço real. Ele observou que os trabalhadores e os proprietários tendiam a consumir sua renda, e os empregadores eram mais econômicos, investindo sua poupança no estoque de capital; - Smith afirmou que a própria mão invisível estimula o crescimento econômico. A fonte de crescimento tem dois lados. Um é a eficiência obtida pela divisão do trabalho, sendo que como se produzem e consomem mais bens, a economia e os mercados crescem. Com a expansão dos mercados vêm oportunidades para a especialização do trabalho;
  • 22. Economia de mercado - A segunda força de crescimento é a acumulação de capital, movida pela poupança e pela oportunidade de lucro. O crescimento pode ser reduzido por fracassos comerciais, falta de recursos necessários para estabilizar o estoque de capital, um sistema monetário inadequado e uma proporção alta de trabalhadores improdutivos; - Smith olhou para a classe dos trabalhadores, distinguindo empreendedores, como agricultores e donos de fábricas, dos fornecedores de mão de obra. Em essência, ele criou os parâmetros da economia “clássica”, que enfoca os fatores de produção – capital, mão de obra e terra – e seus rendimentos. Depois, a teoria do livre mercado assumiu outra forma, “neoclássica”, com a teoria geral do equilíbrio, que procurou mostrar como os preços de uma economia inteira atingiriam um estado de equilíbrio estável; - A nova macroeconomia clássica usa a hipótese de Smith de que os mercados sempre se ajeitam e adiciona o ponto de que, como as pessoas notam os efeitos futuros das ações do governo e entendem o mecanismo do sistema econômico, a intervenção do Estado não funciona. Mesmo assim, a maioria dos economistas acredita hoje que o mercado pode falhar.
  • 23. Economia de mercado - Economistas comportamentais têm questionado a ideia de racionalidade e consideram a irracionalidade do ser humano uma razão para que os mercados falhem. - Tomada de decisão: Como indivíduos somos egoístas Procuramos melhorar nosso bem-estar pessoal consumindo bens e serviços e atingindo metas Tomamos decisões coletando informações e calculando que ações nos ajudarão a atingir as metas sem custar tanto O homem é um calculista frio e racional
  • 24. Economia de mercado Todo indivíduo age em interesse próprio Isso pode levar a uma mistura caótica de produtos e preços, mas... ...outras pessoas interesseiras fazem a competição – elas tiram proveito da ganância alheia Se um vendedor cobra caro demais... ...outro vai reduzir o seu preço, e o primeiro vendedor não venderá seus produtos. Se um empregador paga salários baixos demais... ...outro vai pegar os empregados dele, e sua empresa falirá. As empresas vão à falência se não pagarem os salários de mercado e não fizerem os produtos que o mercado exige, pelo preço que as pessoas se dispõem a pagar. A mão invisível do mercado impõe ordem.
  • 25. Exemplo: fluxo circular da renda Mercado de Fatores Indivíduos Empresas Mercado de produtos Fluxo Monetário Fluxo de bens e serviços
  • 26. Economia de mercado - Preços e quantidade de equilíbrio: os consumidores estabelecem os preços máximos que estão dispostos a pagar (maximização da utilidade); os produtores definem os preços mínimos que estão dispostos a receber por cada quantidade ofertada, diante da restrição dos custos incorridos e seu objetivo de maximizar lucros.
  • 27. Economia de mercado A escassez de oferta em uma área da economia cria excedentes de oferta em outro lugar Onde há excedentes, os preços caem. Onde há escassez, os preços sobem. Quando o preço sobe, a procura cai e a oferta cresce, eliminando a escassez Quando os preços caem, a procura cresce e a oferta cai, eliminando excedentes As economias como um todo tendem ao equilíbrio, desde que tenham liberdade para tanto Um sistema de livre mercado é estável Walras (Equilíbrio Econômico)
  • 28. Economia de mercado - Falhas do funcionamento da economia: as falhas de mercado geram imperfeições no seu funcionamento: eficiente alocação dos recursos escassos, distribuição justa da renda, estabilidade dos preços e crescimento econômico; - Falhas de mercado: imperfeiçoes na concorrência dos mercados (poder de mercado) e externalidades;
  • 29. Economia de mercado Debreu (Mercados e Resultados Sociais) Os preços de mercado refletem a procura e a oferta de cada mercadoria Na teoria, os preços refletem completamente as preferências dos consumidores e os limites dos recursos numa economia Mas isso só acontece quando se fazem suposições que raramente ocorrem no mundo real Isso significa que os mercados levam a um resultado econômico “eficiente” Teorias de eficiência do mercado exigem muitas suposições
  • 30. Liberalismo econômico - Queremos manter uma sociedade livre! - Principal pensador: Hayek (1899-1992) “Quanto mais o Estado “planeja”, mais difícil se torna o planejamento para o indivíduo” (Hayek). - A escola austríaca era defensora do livre mercado, mas crítica da corrente dominante voltada para fórmulas matemáticas e suposições amplas sem evidências empíricas; - Os textos da escola austríaca abordavam um conjunto de princípios coerentes, bem argumentados, que consideravam estar na tradição do liberalismo clássico: apoio aos mercados livres, apoio à propriedade privada e profundo ceticismo com a capacidade dos governos de moldar a sociedade; - Para Hayek todas as tentativas de impor qualquer planejamento obrigatoriamente contra a “ordem espontânea” do mercado, ele só pode ocorrer com certo grau de força ou coerção. Quanto mais esse governo faz planos e os imponha, mais coerção é necessária;
  • 31. Liberalismo econômico - Em oposição ao socialismo argumentaram que não há meios racionais de precificação dos produtos, pois depende de um planejador ou comitê central para realizar as decisões de distribuição, que num mercado livre são executadas por centenas de milhares de pessoas. A quantidade de informação necessária para avaliar a escassez e o excedente de um mercado e fixar os preços corretamente é tão grande que a tentativa está fadada ao fracasso. - O Socialismo é a “abolição da economia racional”. Só um mercado livre, com propriedade privada, pode propiciar a base das decisões de preço descentralizadas que uma economia complexa exige; - Escola austríaca: determinaram que pelo fatos das pessoas e empresas serem mal informadas e a sociedade imperfeita, o mecanismo de mercado é a melhor maneira de distribuir os produtos. Essa visão tornou-se um preceito importante da Escola Austríaca; - Em situação de ignorância permanente, o mercado é o melhor meio existente não para dar informação, mas para adquiri-la. Cada indivíduo e cada empresa sabem melhor de sua situação: têm produtos e serviços que as pessoas querem, podem planejar para o futuro e veem os preços que são relevantes para elas;
  • 32. Liberalismo econômico - A informação é específica e dispersa entre todos na sociedade. Os preços se movem em reação às ações de indivíduos e empresas e portanto refletem a quantidade total de informação disponível para toda a sociedade. Os preços se movem em reação às ações de indivíduos e empresas e portanto refletem a quantidade total de informação disponível para toda a sociedade; - Para Hayek a “ordem espontânea” é a melhor forma de organizar a complexa economia moderna, já que o conhecimento sobre a sociedade nunca é perfeito. As tentativas de impor restrições coletivas a essa ordem representam um retorno às ordens instintivas, primitivas, da sociedade – e o mercado livre deve ser defendido contra isso; - A propriedade privada e os contratos são sagrados, e a sociedade livre deve seguir regras que se apliquem a todos – ao próprio Estado inclusive. Além disso, se necessário, o Estado pode agir contra essas forças coletivistas que ameaçam solapar o primado da lei;
  • 33. Estado do Bem-Estar - A economia social de mercado: não só uma “economia mista”, em que o governo prevê o mínimo dos bens públicos necessários, mas uma via intermediária entre o capitalismo de livre mercado e o socialismo, a fim de obter o melhor dos dois; esteve em seu ápice entre 1930 e 1950; - A indústria continuou privada e tinha liberdade de concorrência, mas o governo propiciava vários bens e serviços públicos, como seguridade social com assistência de saúde universal, pensões, auxílio desemprego e medidas que baniam monopólios e cartéis (acordo entre empresas). Em tese, isso permitiria o crescimento econômico de mercados livres, mas ao mesmo tempo produziria inflação baixa, baixo desemprego e uma distribuição de renda mais igualitária; - A mistura de mercados livres com elementos do socialismo funcionou espantosamente bem. A Alemanha viveu seu “milagre econômico” nos anos 1950 que a transformou de uma nação destruída pela guerra em uma nação desenvolvida. Economias sociais de mercado evoluíram em outros lugares; - Quando a Europa iniciou a união econômica, a economia social de mercado foi levada a modelo para a Comunidade Econômica Européia nos anos 1950;
  • 34. Estado do Bem-Estar - Muitos países europeus prosperaram sob alguma forma de economia social de mercado, mas, nos anos 1980, alguns – especialmente a Grã-Bretanha – foram atraídos pelas ideais de Milton Friedman, que defendia um governo menor; - As ideais monetaristas de Milton Friedman contra a intervenção do governo são adotadas por EUA e Reino Unido; - A primeira-ministra britânica Margaret Thatcher criticou o modelo europeu por sua intervenção estatal e impostos altos, que, para ela, impediam a concorrência; - Na China, por exemplo, foram adotados elementos da economia de livre mercado na economia centralizada, no que ele chamou de “economia de mercado socialista com características chinesas”. Seu objetivo era estimular o crescimento econômico e se tornar competitivo no mercado mundial. Hoje a economia da China ainda está bem distante do modelo social de mercado europeu, mas deu passos significativos na direção de uma economia mista;
  • 35. Estado do Bem-Estar - O dito modelo nórdico caracteriza-se por sistemas de bem-estar social generosos e compromisso com uma justa distribuição de riqueza, obtida com impostos e gastos públicos altos. Esses países têm usufruído de alto padrão de vida e forte crescimento econômico, auxiliados por uma população pequena e indústria forte; - Hoje existe uma pressão para reduzir o papel do Estado para manter sua competitividade internacional. Contudo, a mudança é gradual: os governos sabem que a desregulamentação na Islândia, nos anos 1990, levou a crescimento econômico seguido de crise financeira;
  • 36. Estado do Bem-Estar Uma economia de livre mercado... ...estimula o crescimento econômico e o desenvolvimento. Também pode ser instável, sofrer falhas de mercado e produzir monopólios Isso pode levar a desigualdade Uma economia socialista Garante distribuição de renda mais igualitária da riqueza Reduz os efeitos dos monopólios e das falhas de mercado e estabiliza a economia Mas pode refrear o crescimento econômico e o desenvolvimento A economia social de mercado procura tornar os mercados justos, criando uma via intermediária
  • 37. Economias socialistas - Para Karl Marx a economia socialista requer que o Estado possua os meios de produção (como fábricas). Concorrência é desperdício. Marx propôs que a sociedade funcionasse como uma fábrica enorme e acreditava que o capitalismo invitavelmente causaria a revolução; - A Revolução Russa de 1917 deu um exemplo da tomada socialista da economia, e as potências derrotadas na guerra – Alemanha, Áustria e Hungria viram os partidos socialistas tomarem o poder; - Os economistas do livre mercado eram incapazes de apresentar contra-argumentos teóricos ao socialismo. Mas então, em 1920, o austríaco Von Mises levantou uma objeção fundamental ao dizer que o planejamento no socialismo era impossível; - Como as economias planificadas não têm informações básicas sobre a procura, o comitê de planejamento central tem de adivinhar o tipo e o nível de procura de cada artigo. Suas ideias sobre o que o povo quer ou necessita tendem a não ter precisão;
  • 38. Economias socialistas - Em parte da sua existência a União Soviética usou uma forma de socialismo de mercado. De início pareceu ir bem, mas o sistema econômico sofria de problemas persistentes. Houve tentativas periódicas de reforma, mudando as metas de produção para vendas e tentando dar mais discrição às empreas estatais. Houve desperdício considerável, e a produção ficou bem aquém das metas. Quando o sistema ruiu, a preocupação da Escola Austríaca com incentivos e informação parecia justificada; - Após a segunda guerra as economias de planejamento central da Europa Oriental enfrentaram problemas cada vez mais óbvios. Conseguiram mobilizar recursos em ampla escala para tarefas bem definidas, como produção de armamentos, mas tinham dificuldade em questões mais complexas. A escassez era constante, pois produtos e serviços – ao contrário do planejado – não eram entregues na hora, na quantidade necessária ou com qualidade necessária ou com qualidade adequada; o hiato entre Oriente e Ocidente se ampliou; - Ineficiências de uma restrição orçamentária fraca se somaram à grave fraqueza das economias planificadas. O socorro garantido e a falta de disciplina orçamentária acarretavam pouco incentivo às empresas para fornecer bens e serviços com eficiência;
  • 39. Economias socialistas - A forma mais conhecida foi a adotada nos anos 70 pela União Soviética, bem como pela China. As economias socialistas sofreram grande derrocada nos anos 80 e 90, pela ausência de ganhos de produtividade e inovação tecnológica;
  • 40. Economias socialistas Sob o capitalismo ...os meios de produção pertencem a uma minoria A minoria explora o trabalho da maioria e obtém lucro Mas inadvertidamente ela torna os trabalhadores mais capazes e instruídos Os trabalhadores percebem sua posição e querem se livrar da opressão ...a ganância do lucro leva à superprodução dos bens procurados, causando baixas na economia O capitalismo falha constantemente; a economia sofre uma série infindável de crises econômicas A instabilidade econômica ocasiona agitação social Ocorre uma revolução que os trabalhadores derrubam a classe dominante e controlam os meios de produção Que a classe dominante trema diante da revolução comunista
  • 41. Economias socialistas Nos mercados competitivos, a receita das empresas deve ser mais alta que os custos, ou elas vão a falência. Nas economias planificadas, se as empresas não cobrem seus custos, o Estado intervém para protegê-las da falência Isso significa que os custos (materiais e laborais) não precisam se aproximar da produção ou da procura Socialismo faz as lojas ficarem vazias
  • 42. Neoliberalismo econômico - O capitalismo é movido pela tendência à generalização da forma-mercadoria, a máxima ampliação possível do âmbito da produção de mercadorias como proporção do produto da sociedade como um todo; - Entre 1930 e 1950 o Liberalismo deu lugar a social democracia como forma política e ideológica preponderante desse estágio, que tem como um de seus suportes a elevação dos níveis de reprodução da força de trabalho, necessário tanto para acompanhar os requisitos de qualificação da força de trabalho impostas pela evolução das técnicas de produção, quanto para assegurar mercado de escoamento da produção; amplia-se o âmbito de intervenção do Estado na organização da produção; - As manifestações externas da crise constituem as “características” do capitalismo tardio, ou contemporâneo, entre as quais as principais são, além da continuada expansão da intervenção do Estado, a tremenda expansão da capacidade produtiva via desenvolvimento tecnológico resultado ao mesmo tempo em superprodução e em diminuição da força de trabalho empregada na indústria e a sua realocação em serviços, colocando a questão adicional da medida em que a provisão dos serviços em expansão pode ser produzida enquanto mercadorias;
  • 43. Neoliberalismo econômico - A crise provoca a reação neoliberal, procura sustentar-se como algo novo, através de um arsenal de conceitos como globalização e privatização; Numa segunda vertente, o discurso de desqualificação do Estado enquanto provedor de infraestrutura física e institucional ou como representante do interesse coletivo, ligitimando as mais variadas formas e sub-formas de uma “sociedade organizada”; - As políticas neoliberais, sem lograr reconstruir o âmbito do mercado, acabam se resumindo em movimentos de desmonte do Estado do Bem Estar, de concentração de capital e de renda e o prolongamento insustentável do endividamento para financiar o consumo, enquanto o centro de gravidade da produção social desloca-se da indústria para os serviços, dando origem aos fenômenos conhecidos como “desindustrialização” e “terciarização”; - As políticas neoliberais perseguidas ao final dos anos 70 e no começo dos anos 80 por parte dos governos racionais dos países centrais constituem precisamente uma tentativa (crescente desesperada) de “remercadorização” de suas economias; com livre circulação de capitais interncionais, medidas contra o protecionismo, desburocratização do estado, diminuição do tamanho do estado, aumento da produção, pouca intervençã do governo no mercado de trabalho;
  • 44. Neoliberalismo econômico - O Neoliberalismo ganhou força e teve suas bases lançadas/institucionalizadas com o Consenso de Washington (1989), com recomendações de políticas econômicas que deveriam ser seguidas e que passaram a ser recomendadas a países emergentes, tais como: redução de gastos públicos, reforma tributária, câmbio flutuante, privatizações, desregulamentações, disciplina fiscal; - A queda da URSS e a hegemonia do modelo neoliberal dos EUA, trouxe a desmoralização do socialismo, do Estado e da economia planificada. A crise de 2008 se encarregou de terminar com o consenso das políticas econômicas neoliberais (Emir Sader);
  • 45. Introdução à Microeconomia • O que é um mercado? Um mercado é um grupo de compradores e vendedores que interagem entre si, resultando na possibilidade de trocas; Os mercados estão no centro da atividade econômica, e muitas das questões e temas mais interessantes na economia são relacionados com o modo de funcionamento dos mercados; • Mercados competitivos versus mercados não-competitivos Um mercado integralmente competitivo possui muitos compradores e vendedores, de tal modo que nenhum comprador ou vendedor tenha individualmente impacto significativo sobre os preços; • Preço de mercado Em um mercado integralmente competitivo, um único preço geralmente prevalecerá – o preço de mercado. Em mercados que não são integralmente competitivos, empresas poderão cobrar preços diferentes pelo mesmo produto. Isto poderia ocorrer em virtude de uma companhia estar tentando ganhar clientes da concorrência, ou devido ao fato de clientes serem leais a determinadas marcas, permitindo que algumas empresas cobrem preços mais altos do que a concorrência;
  • 46. Introdução à Microeconomia • A extensão do mercado A extensão de um mercado refere-se às suas fronteiras, tanto geográficas quanto em termos de faixa de produtos que nele são inseridos. • Preços reais versus preços nominais Frequentemente desejamos comparar o preço de uma mercadoria hoje com seu preço no passado ou com o seu provável preço no futuro. Para que tais comparações sejam coerentes, necessitamos medir os valores em relação ao nível geral de preços. É necessário fazer a correção em termos de inflação sempre que compararmos preços através do tempo. Isto significa que estaremos medindo os preços em termos reais, e não em termos nominais; O preço nominal de uma mercadoria é apenas o seu preço absoluto. Por exemplo, o preço nominal de um litro de leite em 1970 era cerca de $ 0,40, em 1980 era de aproximadamente $ 0,65. Esses são os preços que você vê no supermercado.
  • 47. Introdução à Microeconomia O preço real de uma mercadoria é o preço relativo a uma medida agregada dos preços. Uma medida agregada dos preços são os índices inflacionários, como por exemplo, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC); Por exemplo: Após efetuada a correção referente à inflação, será que o leite estaria mais caro em 1990 do que em 1970? Para encontrarmos a resposta, devemos calcular o preço do leite em 1990 em termo de reais de 1970. O INPC era de 38,8% no ano de 1970, tendo subido para 130,2% em 1990. Portanto, em reais de 1970, o preço do leite era, Preço real do leite em 1990 = INPC 1970 ___________ X preço nominal em 1990 INPC 1990 Preço real do leite em 1990 = 38,8 ___________ X $0,80 = $0,24 130,2 preço nominal em 1990 = $0,80
  • 48. Teoria da Demanda • Uma vez que a quantidade demandada cai quando aumenta o preço e aumenta quando o preço cai, dizemos que a quantidade demanda se relaciona negativamente com o preço. Esta relação entre preço e quantidade demandada é válida para a maioria dos bens, e de fato é tão disseminada que os economistas a chamam de a Lei da Demanda: tudo mantido o mais constante, quando o preço de um bem aumenta, a quantidade demandada cai. • Ceteris Paribus = todo o mais constante Analisar um mercado isoladamente Supor que todos os demais mercados sejam constantes • O mercado em estudo não afeta é não é afetado pelos demais; • Verifica o efeito das variáveis isoladamente, independente dos efeitos de outras varáveis; • Por exemplo: a variação do preço sobre a procura de determinado bem (variável independente), outras variáveis: renda do consumidor, gostos e outras;
  • 49. Teoria da Demanda • Uma renda menor significa que que você tem menos dinheiro para seus gastos totais, de modo que você teria que gastar menos com alguns – e provavelmente com todos os – bens. Se a demanda por um bem cai, quando a renda cai, chamamos esse bem de normal; Bem normal: um bem para o qual, tudo o mais mantido constante, um aumento na renda provoca um aumento na quantidade • Se a demanda por um bem aumenta quando a renda cai, diz-se que o bem é inferior. Um exemplo de bem inferior são as viagens de ônibus. Se sua renda cair, é mais difícil que você compre um carro ou ande de táxi, e é mais provável que você ande de ônibus; Bem inferior: aquele cuja quantidade demandada diminui, tudo o mais mantido constante, quando a renda aumenta
  • 50. Teoria da Demanda • Preços de produtos relacionados: quando a queda de um preço de um bem reduz a demanda por outro bem, dizemos que se trata de bens substitutos. Exemplo: iogurte congelado e sorvete Bens substitutos: dois bens para os quais, tudo o mais mantido constante, um aumento no preço de um deles aumenta a demanda pelo outro; • Quando a queda no preço de um bem aumenta a demanda por outro bem, os bens são chamados de complementares. Outros pares de bens complementares são gasolina e automóveis, computadores e softwares. Bens complementares: bens para os quais o aumento no preço de um dos bens leva a uma redução na demanda pelo outro bem;
  • 51. Teoria da Demanda • Gostos: o mais óbvio determinante para a sua demanda são seus gostos. Os economistas, em geral, não tentam explicar os gostos das pessoas, porque estes se baseiam em forças históricas ou psicológicas que estão fora do campo de estudo da economia. Todavia , os economistas examinam o que acontece quando os gostos mudam; Função Geral da Demanda Qdi = f(pi, ps, pc, R, G) Qdi = quantidade demanda do bem i pi = preço do bem i ps = preço dos bens substitutos ou concorrentes pc = preço dos bens complementares R = renda do consumidor G = gostos, hábitos e preferências do consumidor
  • 52. Teoria da Demanda • Expectativas: suas expectativas em relação ao futuro podem afetar hoje a sua demanda por um bem ou serviço. Por exemplo, se você espera um aumento em sua renda a partir do mês que vem, você pode estar disposto a gastar parte de sua poupança na compra de sorvetes. Outro exemplo, se você espera uma queda no preço do sorvete amanhã, você pode estar menos disposto a comprar hoje um picolé;
  • 53. Esquema de Demanda e Curva de Demanda • Vimos que muitas variáveis afetam a demanda. Por enquanto, imagine que todas essas variáveis, exceto o preço, permaneçam constantes. Vejamos como o preço afeta a quantidade demandada; $3,00 $2,50 $2,00 $1,50 $1,00 $0,50 A linha inclinada para baixo, que relaciona o preço e quantidade demanda, é denominada curva de demanda 0 2 4 6 8 10 12 Preço da Casquinha de sorvete Quantidade de casquinhas de sorvete
  • 54. Esquema de Demanda e Curva de Demanda • A demanda de mercado é o somatório de todas as demandas individuais por um dado bem ou serviço. Uma vez que a demanda de mercado deriva das demandas individuais, a quantidade demandada no mercado depende dos fatores que determinam a quantidade demandada por compradores individuais; • A quantidade demandada pelo mercado não depende apenas do preço do bem, mas das demais variáveis que afetam a demanda. Como estamos interessados em analisar o funcionamento dos mercados, trabalharemos, em geral, com a curva de demanda de mercado. Ela nos mostra como a quantidade total demandada de um bem varia quando o preço do bem varia;
  • 55. Deslocamentos da curva de demanda • Deslocamento da curva de demanda: imagine uma nova descoberta de um alimento que ingerido regularmente leva a uma maior longevidade. A descoberta altera os gostos das pessoas e aumenta a demanda por este bem. A qualquer preço dado, os compradores agora desejam comprar maior quantidade do bem e a curva de demanda se desloca para a direita. D2 D1 D3 Aumento da demanda Redução da demanda
  • 56. Deslocamentos da curva de demanda Variáveis que afetam a quantidade demandada Uma alteração nesta variável... Preço Representa um movimento ao longo da curva de demanda Renda Desloca a curva de demanda Preços de bens ralacionados Desloca a curva de demanda Expectativas Desloca a curva de demanda Número de compradores Desloca a curva de demanda Determinantes da quantidade demandada: este quadro lista as variáveis que podem influenciar a quantidade demandada num mercado. Observe o papel especial desempenhado pelos preços: uma variação nos preços representa um movimento ao longo da curva de demanda enquanto uma alteração em qualquer das demais variáveis desloca a curva da demanda
  • 57. Determinantes da Oferta • A quantidade oferecida de qualquer bem ou serviço é a quantidade que os vendedores estão dispostos e podem vender. Mais uma vez, para concentrar o foco de nossa análise, consideremos o mercado de sorvetes e os fatores que determinam a quantidade oferecida; • Preço: o preço do sorvete é um dos determinantes da quantidade oferecida. Quando o preço do sorvete é alto, a venda de sorvete é lucrativa e, portanto, a quantidade oferecida é grande. Uma vez que a quantidade oferecida aumenta à medida que o preço aumenta e cai quando o preço se reduz, dizemos que a quantidade oferecida se relaciona positivamente com o preço do bem. A relação entre o preço e a quantidade oferecida é chamada lei da oferta: tudo o mais mantido constante, quando o preço de um bem aumenta, a quantidade oferecida do bem também aumenta; • Preços dos insumos: para produzir um determinado bem são utilizados diversos insumos. Quando o preço de um ou mais desses insumos aumenta, a produção se torna menos lucrativa e a empresa oferecerá menos. Se o preço dos insumos subir demais, pode ser preferível fechar a fábrica e não oferecer nenhum bem. Portanto, a quantidade oferecida se relaciona negativamente com o preço dos insumos usados na sua fabricação;
  • 58. Determinantes da Oferta • Tecnologia: a tecnologia para transformar insumos em bens é outro determinante da quantidade oferecida. A invenção da máquina de sorvetes mecanizada, por exemplo, reduziu a quantidade de trabalho necessária para a fabricação. Ao reduzir custos da empresa, os avanços tecnológicos aumentam a quantidade de sorvete oferecida; Variáveis que afetam a oferta Qoi = f(pi, pfp, T) Qoi = quantidade ofertada do bem i pi = preço do bem i pfp = preço dos fatores e insumos de produção m (matéria-prima, mão de obra, outros) T = tecnologia
  • 59. Determinantes da Oferta • Expectativas: a quantidade de um bem que você oferece hoje pode depender de suas expectativas quanto ao futuro. Por exemplo, se você espera que o preço do bem aumente no futuro, você estocará parte do bem que está sendo produzido e oferecerá hoje menos quantidades desse bem;
  • 60. Esquemas de Oferta e Curvas de Oferta Preço da Casquinha de sorvete $3,00 $2,50 $2,00 $1,50 $1,00 $0,50 0 1 2 3 4 5 A curva que relaciona preço e quantidade oferecida é denominada curva de oferta. A curva de oferta se inclina para cima porque, ceteris paribus, um preço maior implica uma maior quantidade oferecida Quantidade de casquinhas de sorvete • Oferta de mercado: da mesma forma que a demanda de mercado é o somatório das demandas de todos os compradores, a oferta de mercado é o somatório das ofertas de todos os vendedores
  • 61. Deslocamentos da Curva de Oferta S1 S2 S3 Aumento da Oferta Redução da oferta • Sempre que qualquer um dos determinantes da oferta (exceto o preço) se alterar, a curva de oferta se desloca. Qualquer mudança que aumentar a quantidade oferecida a qualquer preço desloca a curva de oferta para a direita. Analogamente, qualquer mudança que reduzir a quantidade oferecida qualquer preço desloca a curva de oferta para a esquerda;
  • 62. Deslocamentos da Curva de Oferta Variáveis que afetam a quantidade oferecida Uma alteração nesta variável... Preço Representa um movimento ao longo da curva de oferta Preços dos insumos Desloca a curva de oferta Tecnologia Desloca a curva de oferta Expectativas Desloca a curva de oferta Número de vendedores Desloca a curva de oferta A curva de oferta mostra o que acontece com a quantidade oferecida de um bem quando seu preço varia, mantendo constantes todos os outros determinantes da oferta. Quando um desses determinantes muda, a curva de oferta se desloca.
  • 63. Oferta e Demanda em conjunto Preço da Casquinha de sorvete $3,00 $2,50 $2,00 $1,50 $1,00 $0,50 Quantidade de equilíbrio Preço de equilíbrio Oferta Demanda 0 2 4 6 8 10 12 Quantidade de casquinhas de sorvete • Equilíbrio é a situação em que várias forças são iguais – e isso também descreve um equilíbrio de mercado. Ao preço de equilíbrio, a quantidade do bem que os compradores desejam e podem comprar é exatamente igual à quantidade que os vendedores desejam e podem vender. O preço de equilíbrio é às vezes chamado de preço de ajustamento do mercado, porque a este preço todo o mercado foi atendido;
  • 64. Oferta e Demanda em conjunto Preço da Casquinha de sorvete $3,00 $2,50 $2,00 $1,50 $1,00 $0,50 Excesso Oferta Demanda 0 2 4 6 8 10 12 Quantidade de casquinhas de Quantidade sorvete demandada Quantidade ofertada • Há um excesso de bem: os fornecedores não conseguem vender tudo o que desejam ao preço corrente. Esta situação é denominada excesso de oferta. Quando há excesso de oferta no mercado de sorvetes, por exemplo, os vendedores vêem seus congeladores abarrotados. Eles respondem ao excesso de oferta reduzindo os preços. Os preços continuam a cair até que haja equilíbrio.
  • 65. Oferta e Demanda em conjunto Preço da Casquinha de sorvete $3,00 $2,50 $2,00 $1,50 $1,00 $0,50 Escassez Oferta Demanda 0 2 4 6 8 10 12 Quantidade de casquinhas de Quantidade sorvete oferecida Quantidade demandada • Há escassez de bem: os compradores, ao preço vigente, não conseguem comprar tudo o que desejam. Esta situação é denominada escassez. Quando ocorre escassez no mercado de sorvete, por exemplo, os compradores fazem filas para comprar o produto. Em vista dos muitos compradores atrás de poucos bens, os vendedores respondem à escassez aumentando os preços sem prejuízo das vendas. Enquanto os preços sobem, o mercado se move ao equilíbrio;
  • 66. Alterações do Equilíbrio • Quando alguma fato desloca as curvas de oferta e demanda, o equilíbrio de mercado se altera. A análise de tais mudanças é chamada estática comparativa porque envolve a comparação entre um equilíbrio antigo e um equilíbrio novo; • Ao analisar como algum evento afeta o mercado procedemos em três etapas: 1. Decidir se o evento interfere na curva de oferta ou de demanda (ou em ambas) 2. Decidir em qual direção a curva se desloca; 3. Usar o diagrama de oferta e demanda para ver como o deslocamento altera o equilíbrio;
  • 67. Alterações do Equilíbrio • Exemplo: Uma mudança na demanda – suponha que em um determinado verão faça muito calor. Como isto aferraria o mercado de sorvetes? Para responder sigamos as três etapas: • 1. O calor afeta a curva alterando o desejo por sorvete das pessoas. Isto é, o clima altera a quantidade de sorvete que as pessoas desejam consumir a qualquer preço. A curva de oferta permanece inalterada porque o clima não afeta diretamente as empresas que vendem sorvete; • 2. Como o calor aumenta o consumo de sorvete, a curva de demanda se desloca para a direita. Ocorre o deslocamento da curva de demanda de D1 para D2. Este deslocamento indicada que a quantidade de sorvete consumido é maior qualquer que seja o preço; • 3. O aumento na demanda aumenta o preço de equilíbrio de $2 para $2,5 e a quantidade de equilíbrio de 7 para 10 casquinhas. Em outras palavras, o clima quente aumenta o preço de sorvete e a quantidade de sorvete vendido;
  • 68. Alterações do Equilíbrio $3,00 $2,50 $2,00 $1,50 $1,00 $0,50 0 7 10 Preço da Casquinha de sorvete Novo equilíbrio Quantidade de casquinhas de sorvete Oferta D1 D2 1. O calor aumenta a demanda por sorvete... 2. provocando um aumento dos preços... 3. ...e um aumento na quantidade vendida. Equilíbrio inicial
  • 69. Alterações do Equilíbrio • Exemplo: Uma mudança na oferta– suponha que, num outro verão, um terremoto destrói várias fábricas de sorvete. Como este acontecimento afetará o mercado de sorvetes? Mais uma vez, para responder à pergunta, seguiremos os três passos: • 1. O terremoto afeta a curva de oferta. Ao reduzir o número de vendedores, o terremoto altera a quantidade de sorvete que as empresas produzem e vendem a um preço dado qualquer. A curva de demanda permanece inalterada porque o terremoto não muda diretamente a quantidade de sorvete que as pessoas desejam comprar; • 2. A curva de oferta se desloca para a esquerda porque, a qualquer preço, a quantidade total de sorvete que as empresas desejam e podem vender é menor. Esta redução na oferta é um deslocamento da curva de oferta de S1 para S2; • 3. O deslocamento da curva de oferta provoca um aumento do preço de equilíbrio de $2 para $2,5 e reduz a quantidade de equilíbrio de 7 para 4 casquinhas de sorvete. Em consequência do terremoto, o preço do sorvete aumenta e a quantidade vendida diminui;
  • 70. Alterações do Equilíbrio $3,00 $2,50 $2,00 $1,50 $1,00 $0,50 0 4 7 Preço da Casquinha de sorvete Quantidade de casquinhas de sorvete S1 S2 Equilíbrio inicial Demanda Novo equilíbrio 1. Um terremoto reduz a oferta de sorvete... 2. provocando um aumento dos preços... 3. ...e uma redução na quantidade vendida.
  • 71. Alterações do Equilíbrio • Exemplo: Uma alteração simultânea na oferta e demanda – agora imaginemos que a onda de calor e o terremoto ocorram simultaneamente. Para analisar esta combinação de circunstâncias seguiremos, mais uma vez, os três passos: • 1. Verificamos que ambas as curvas se deslocam. A onda de calor afeta a curva de demanda porque altera a quantidade de sorvete que as pessoas desejam adquirir, a qualquer preço. Ao mesmo tempo, o terremoto altera a curva de oferta porque muda a quantidade de sorvete que as empresas desejam vender, a qualquer preço; • 2. As curvas se deslocam na mesma direção em que se movimentaram nas análises anteriores: a curva de demanda se desloca para a direita e a curva de oferta, para a esquerda; • 3. Há dois resultados possíveis, dependendo da extensão relativa dos deslocamentos da demanda e a oferta. No painel (a) a demanda aumenta significativamente, enquanto a redução da oferta é bastante pequena e a quantidade de equilíbrio também aumenta. No painel (b) ocorre o oposto, a oferta se reduz substancialmente enquanto a demanda aumenta ligeiramente e a quantidade de equilíbrio diminui. Portanto, estes fatos certamente aumentam o preço do sorvete, mas seu impacto sobre a quantidade de sorvete vendido é ambíguo;
  • 72. Alterações do Equilíbrio P1 0 Q1 Q2 Preço da Casquinha de sorvete Pequena redução na oferta Quantidade de casquinhas de sorvete S1 S2 D1 Novo equilíbrio Equilíbrio inicial D2 P2 Painel A Grande aumento na demanda
  • 73. Alterações do Equilíbrio P1 0 Q2 Q1 Preço da Casquinha de sorvete Quantidade de casquinhas de sorvete S1 D1 Novo equilíbrio Equilíbrio inicial S2 D2 Pequeno aumento na demanda P2 Painel B
  • 74. Alterações do Equilíbrio – Oferta e Demanda • Quadro resumo: NENHUMA MUDANÇA NA OFERTA UM AUMENTO NA OFERTA UMA REDUÇÃO DA OFERTA NENHUMA MUDANÇA NA DEMANDA P igual P cai P aumenta Q igual Q aumenta Q cai UM AUMENTO DA DEMANDA P aumenta P ambíguo P aumenta Q aumenta Q aumenta Q ambígua UMA REDUÇÃO DA DEMANDA P cai P cai P ambígua Q cai Q ambígua Q cai • Nas economias de mercado, os preços são sinais que orientam as decisões econômicas e assim alocam os recursos escassos. Para cada um dos bens da economia, o preço assegura que oferta e demanda se igualem. O preço de equilíbrio determina o quanto os compradores compram e o quanto os produtores vendem;
  • 75. Elasticidades e suas aplicações • O preço do produto se ajusta para equilibrar as quantidades oferecidas e demandas. Para aplicar esta análise básica à compreensão do impacto de uma pesquisa, por exemplo, precisamos de mais uma ferramenta: o conceito de elasticidade. A elasticidade mede a resposta dos compradores e vendedores às alterações nas condições do mercado, permitindo-nos analisar a oferta e a demanda com maior precisão. Elasticidade da demanda • Observamos que os compradores em geral demandam maiores quantidades de um bem quando seu preço é baixo, quando suas rendas são maiores ou quando os preços dos bens complementares são menores. Nossa análise da demanda foi qualitativa, não quantitativa. Isto é, observamos a direção do movimento da quantidade demandada mas não a dimensão da variação. Para medir a resposta da demanda às alterações em seus determinantes, os economistas usam o conceito de elasticidade.
  • 76. Elasticidade-preço da demanda e seus determinantes • A lei da demanda afirma que uma queda no preço de um bem aumenta a quantidade demandada. A elasticidade-preço da demanda mede o quanto a quantidade demandada responde a variações no preço. Diz-se que a demanda de um bem é elástica se a quantidade demandada responde substancialmente a variações no preço. Diz-se que a demanda é inelástica se a quantidade demandada responde ligeiramente a variações no preço; O que determina se a demanda por um bem é elástica ou inelástica? • Como a demanda por qualquer bem depende das preferências do consumidor, a elasticidade-preço da demanda depende de um grande número de forças econômicas, sociais e psicológicas que moldam os desejos individuais.
  • 77. Elasticidade-preço da demanda e seus determinantes • Necessidades versus supérfluos: os bens necessários tendem a ter demandas inelásticas. Quando o preço da consulta médica sobe, as pessoas não alteram drasticamente a frequência das visitas ao consultório, embora possam espaçá-las um pouco. Obviamente, a classificação de um bem como necessário ou supérfluo não depende das propriedades intrínsecas do bem mas das preferências do comprador; • Disponibilidade de substitutos próximos: bens que dispõem de substitutos próximos tendem a ter uma demanda mais elástica porque é mais fácil para os consumidores trocar um bem por outro. Por exemplo, manteiga e margarina são substitutos próximos; • Definição de mercado: a elasticidade da demanda em qualquer mercado depende de como são traçados os limites do mercado. Mercados definidos de forma restrita tendem a ter uma demanda mais elástica do que mercados definidos de forma mais ampla, uma vez que é mais fácil encontrar substitutos próximos para bens definidos de forma restrita.
  • 78. Elasticidade-preço da demanda e seus determinantes • Horizonte temporal: os bens tendem a ter uma demanda mais elástica em longos horizontes temporais. Quando o preço da gasolina aumenta, a demanda cai pouco nos primeiros meses. Com o passar do tempo, contudo, as pessoas compram carros que consomem menos gasolina; Calculando a elasticidade-preço da demanda • A elasticidade-preço da demanda é calculada como a variação percentual da quantidade demandada dividida pela variação percentual do preço. Ou seja, Elasticidade-preço da demanda = Variação percentual da quantidade demandada _______________________________________ Variação percentual do preço
  • 79. Elasticidade-preço da demanda e seus determinantes • Por exemplo, suponha que um aumento de 10% no preço da casquinha de sorvete provoque uma queda de 20% nas suas compras de sorvete. Calculamos sua elasticidade-preço da demanda como: Elasticidade-preço da demanda = 20 por cento _________________ = 2 10 por cento • No exemplo, a elasticidade é igual a 2, implicando que a variação na quantidade demandada é duas vezes maior do que a variação do preço; • Como a quantidade demandada de um bem se relaciona negativamente com seu preço, a variação percentual da quantidade terá sempre o sinal oposto ao da variação percentual do preço. • No exemplo a variação percentual do preço é de 10% positivos (refletindo um aumento) e a variação percentual da quantidade é de 20% negativos (refletindo uma redução). Portanto, as elasticidades-preço da demanda são às vezes representadas como números negativos.
  • 80. Elasticidade-preço da demanda e seus determinantes • Adotaremos a prática bastante comum de ignorar o sinal de menos e representar todas as elasticidades como números positivos (valores absolutos). Com esta convenção, uma alta elasticidade-preço implica uma grande resposta da quantidade às variações no preço;
  • 81. Situações distintas de elasticidade • Demanda elástica: uma variação % no preço provoca uma variação % maior na quantidade demandada; Os bens que apresentam este tipo de elasticidade são denominados supérfluos
  • 82. Situações distintas de elasticidade • Demanda com elasticidade unitária: uma variação % no preço resulta em uma variação % igual na quantidade demandada; Os bens que apresentam este tipo de elasticidade são denominados bens normais
  • 83. Situações distintas de elasticidade • Demanda inelástica: uma variação % no preço resulta em uma variação % menor na quantidade demandada; Os bens que apresentam este tipo de elasticidade são denominados bens de subsistência ou necessários
  • 84. Necessidade e bens econômicos • Necessidades – sensação da falta de alguma coisa unida ao desejo de satisfazê-la, e estas necessidades humanas são ilimitadas. • Bens – é tudo aquilo que permite satisfazer uma ou várias necessidades humanas. • Podem ser classificados quanto à raridade: • Bens livres – existem em quantidade ilimitada e podem ser obtidos com pouco ou nenhum esforço humano. Ex. a luz solar, o ar, o mar, que são bens porque satisfazem necessidades, mas cuja utilização não implica em relações de ordem econômica. A principal característica dos bens livres é a de que não possuem um preço ( têm preço zero). • Bens econômicos – são escassos e supõem a ocorrência de esforço humano na sua obtenção. Apresentam como característica básica o fato de terem um preço.
  • 85. Necessidade e bens econômicos • Quanto à natureza, os bens econômicos são classificados em: • Bens materiais – são tangíveis, podem ser atribuídas características como peso, altura, forma etc. Alimentos, roupas, livros e outros. • Bens Imateriais ou serviços – são intangíveis, não podem ser apalpados, ex. serviços de um advogado, médico, educação, transporte, marcas, patentes e registros que acabam no mesmo momento de sua produção, onde a prestação de serviços e sua utilização são praticamente instantâneas, outra característica é que estes bens não podem ser estocados. • Quanto ao destino, os bens materiais são classificados em: • Bens de Consumo – são aqueles diretamente utilizados para a satisfação das necessidades humanas, podem ser de uso não durável, ou seja, desaparecem com sua utilização (alimentos, cigarros, combustíveis, bebidas etc), ou de uso durável, que têm como característica o fato de que podem ser usados por muito tempo (móveis, eletrodomésticos etc.). • Bens de Capital ou Bens de Produção são aqueles que permitem produzir outros bens, ex. as máquinas agrícolas, computadores, equipamentos, instalações, edifícios etc.Tanto os bens de consumo quanto os bens de capital são classificados como Bens Finais, uma vez que já passaram por todos os processos de transformação possíveis, significando que estão acabados.
  • 86. Necessidade e bens econômicos • Existem ainda os bens intermediários que ainda precisam ser transformados para atingir sua forma definitiva, são produtos utilizados no processo de produção de outros produtos. Ex. fertilizantes, cimento, aço, vidro, borracha, celulose, algodão, madeira etc. • Os bens, podem ainda ser classificados em Bens Privados e Bens Públicos. Os Bens Privados são os produzidos e possuídos privadamente ou individualmente. Ex. automóveis, eletrodomésticos etc. Os Bens Públicos ou coletivos são aqueles cujo o consumo é feito por várias pessoas. Como exemplo podemos citar um parque público, escolas, bibliotecas, hospitais, igrejas, museus etc. Equipamentos coletivos é toda a infra-estrutura que um governo coloca à disposição da comunidade. • O Bens suntuários ou supérfluos – são todos aqueles bens que não atendem uma necessidade imediata (básica). Ex. jóias, perfumes etc.
  • 87. Variedades das Curvas de Demanda Demanda perfeitamente inelástica: elasticidade igual a 0 $3,00 $2,50 $2,00 $1,50 $1,00 $0,50 0 100 Preço Quantidade Demanda 1. Um aumento no preço... 2. Deixa a quantidade demanda inalterada
  • 88. Variedades das Curvas de Demanda Demanda perfeitamente elástica: elasticidade infinita $3,00 $2,50 $2,00 $1,50 $1,00 $0,50 0 Preço Demanda Quantidade 3. A um preço inferior a $2,00, a quantidade demandada é infinita 2. A um preço exatamente de $2,00, os consumidores compram qualquer quantidade 2. A qualquer preço superior a $2,00, a quantidade demandada é zero
  • 89. Elasticidades e Receita Total • Receita Total: é a quantidade de dinheiro paga por compradores e recebidas por vendedores após a venda de um bem; • É calculada como o preço do bem multiplicado pela quantidade vendida daquele bem: $3,00 $2,50 $2,00 $1,50 $1,00 $0,50 0 100 Preço Quantidade Demanda P X Q = 150
  • 90. Elasticidades e Receita Total • Como varia a receita total à medida que nos deslocamos ao longo da curva de demanda? • Depende da elasticidade-preço da demanda: • Demanda inelástica: quando a elasticidade-preço da demanda é menor do que 1, um aumento de preços aumenta a receita total e uma queda nos preços a reduz; um aumento no preço provoca um crescimento na receita total; • Demanda elástica: quando a elasticidade-preço da demanda é maior do que 1, um aumento de preços reduz a receita total e uma queda nos preços eleva a receita total; um aumento no preço provoca uma redução na receita total; • Elasticidade unitária: no caso especial da demanda com elasticidade unitária, uma variação no preço não afeta a receita total; 0 100
  • 91. Elasticidades e Receita Total Em pontos em que o preço é baixo e a quantidade grande, a curva de demanda é inelástica. Em pontos onde o preço é alto e a quantidade pequena, a curva é elástica;
  • 92. Elasticidade-Renda da Demanda • Mede o quanto a quantidade demandada de um bem varia dada uma alteração na renda dos indivíduos; • É calculada pela divisão da variação percentual na quantidade demandada pela variação percentual da renda; Elasticidade-renda da demanda = Variação percentual da quantidade demandada _______________________________________ Variação percentual da renda Bens normais: aumento na renda gera aumento na quantidade demandada deste tipo de bem; Bens inferiores: aumento na renda gera diminuição na quantidade demandada deste tipo de bem;
  • 93. Elasticidade-Cruzada da Demanda • Mede o quanto varia a quantidade demandada de um bem quando o preço de um outro bem varia; • É calculada como variação percentual da quantidade demandada do bem 1 dividida pela variação percentual no preço do bem 2; Elasticidade-cruzada da demanda = Variação percentual da quantidade demandada do bem 1 _______________________________________ Variação percentual no preço do bem 2 Bens substitutos: a elasticidade-cruzada é positiva; a quantidade demandada do bem 1 e o preço do bem 2 se movem na mesma direção Bens complementares: a elasticidade-cruzada é negativa; aumento no preço do bem 1 reduz a quantidade demandada do bem 2
  • 94. Elasticidade e suas aplicações • Exemplo: Porque a OPEP não conseguiu manter os preços do petróleo altos? • Na década de 1970 os países membros da OPEP decidiram aumentar o preço mundial do petróleo para aumentar a renda de seus países. Para atingir tal objetivo reduziram conjuntamente a quantidade oferecida de petróleo; • De 1973 a 1974, o preço do petróleo aumentou mais de 50% (já descontada a inflação do período). Alguns anos depois, a OPEP fez o mesmo outra vez. O preço do petróleo aumentou 14% em 1979, 34% em 1980 e mais 34% em 1981; • A OPEP encontrou dificuldades para manter a elevação dos preços. De 1982 a 1985 os preços do petróleo registraram um declínio constante de cerca de 10% ao ano. Seguiu-se um período de insatisfação e desorganização entre os países da OPEP. Em 1986 a cooperação entre os países da OPEP estava destruída e os preços do petróleo caíram 45%. Em 1990 os preços do petróleo tinham voltados aos níveis de 1970 e assim permaneceu na maior parte da década;
  • 95. Elasticidade e suas aplicações • O episódio mostra como a oferta e a demanda podem ter comportamentos distintos no curto e longo prazo; No curto prazo, tanto a oferta quanto a demanda de petróleo são bastante inelásticas; • A oferta é inelástica porque a quantidade conhecida de reservas petrolíferas e a capacidade de extração não podem ser alteradas rapidamente; a demanda é inelástica porque os hábitos de compra não respondem imediatamente às variações de preço; muitos proprietários de carros antigos, bebedores de gasolina, por exemplo, continuaram a pagar preços mais altos; • No longo prazo a situação é diferente; num período mais países que não fazem parte da OPEP respondem aos preços mais altos aumentando a prospecção de petróleo e construindo nova capacidade de extração; os consumidores procuram conservar mais o combustível, substituindo, por exemplo, os velhos carros ineficientes por novos automóveis mais eficientes; no longo prazo as curvas de oferta e demanda são mais elásticas, causando um aumento menor no preço;
  • 96. Elasticidade e suas aplicações • Esta análise demonstra porque a OPEP só conseguiu mantes altos os preços no curto prazo; em consequência, a redução coordenada na oferta dos países da OPEP se mostrou menos lucrativa no longo prazo;
  • 97. Objetivo da Firma • A teoria do consumidor busca compreender como o indivíduo forma a demanda, tanto individual quanto total, e como consegue maximizar a sua satisfação em meio a um ambiente com várias alternativas, gerando diferentes necessidades, porém com recursos limitados; • A Teoria da Firma analisa o outro lado da transação: a oferta. O agente básico da oferta, equivalente ao consumidor, é a firma. Firmas são uinidades economicas básicas de uma economia de mercado cujas funções são consumir e produzir bens que estão relacionados com o consumidor pelo sistema de preços no mercado; • Sob a ótica econômica, a função da firma é alocar eficientemente os recursos que possui, buscando otimizar os produtos gerados por aquela alocação de recursos na fabricação dos bens finais; • Para isso, a Teoria da Firma está relacionada as suas variáveis de análise: produção, custos e preços (receita e rendimentos). Primeiro, será analisado quanto produzir (eficiência alocativa de recursos); depois, quanto custará (custo) e por quanto se venderá (preço/valor)
  • 98. Objetivo da Firma • A formação da curva de oferta sempre é um referencial para a firma decidir o preço mínimo que poderia ser praticado, considerando as suas condições competitivas; Teoria da Produção • Para que as firmas transformem bens e/ou serviços em outros bens e/ou serviços elas precisam de FATORES DE PRODUÇÃO (FPs). Fatores de produção são os bens ou serviços transformáveis em produção ou utilizados na obtenção de um produto final; • Os fatores de produção podem ser classificados em primários ou secundários. Os primários são os naturais, existem independentemente da ocorrência de um processo anterior. Os secundários são aqueles que necessitam da realização de um processo produtivo para criá-los; • Os fatores de produção podem ser classificados quanto a sua variabilidade (fixos ou variáveis), disponibilidade (limitados ou ilimitados), divisibilidade (divísiveis ou indivisíveis) e durabilidade. A classificação depende mais da ótica pela qual se analisa o fator de produção do que de suas características intrínsecas;
  • 99. Contato Caio César Zerbato E-mail: caio.zerbato@gmail.com
  • 100. Referências - MANKIW, N. GREGORY. Introdução à economia. São Paulo : Pioneira Thomson Learning, 2005. - EQUIPE DE PROFESSORES DA USP. Manual de Economia. 5 ed. São Paulo: Saraiva, 2005.