A discalculia é caracterizada por dificuldades com conceitos e operações matemáticas, podendo ser do tipo léxica, verbal, gráfica ou operacional. Sua avaliação envolve fatores internos e externos e o tratamento foca em estratégias e jogos para melhorar a compreensão gradual dos conceitos.
1. DISCALCULIA Elisandra Barros
Elisângela Feitosa
Renata Vaniele*
FACULDADE CATÓLICA NOSSA SENHORA DAS VITÓRIAS – FCNSV
ESPECIALIZAÇÃO EM PSICOPEDAGOGIA CLÍNICA E INSTITUCIONAL
DIAGNÓSTICO, INTERVENÇÃO E AVALIAÇÃO PSICOPEDAGÓGICA
ASSÚ/RN
2017
2. DISCALCULIA
A palavra discalculia vem do grego (dis, mal) e
do Latim (calculare, contar) formando: contando
mal. Essa palavra calculare vem, por sua vez, de
cálculo.
Caracterizada por uma inabilidade ou
incapacidade de pensar, refletir, avaliar ou raciocinar
processos ou tarefas que envolvam números ou
conceitos matemáticos.
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3. TIPOS DE DISCALCULIA
1. Discalculia léxica: dificuldade na leitura de símbolos
matemáticos;
2. Discalculia verbal: dificuldades em nomear quantidades
matemáticas, números, termos e símbolos;
3. Discalculia gráfica: dificuldade na escrita de símbolos
matemáticos;
4. Discalculia operacional: dificuldade na execução de
operações e cálculos numéricos;
5. Discalculia practognóstica: dificuldade na enumeração,
manipulação e comparação de objetos reais ou em
imagens;
6. Discalculia ideognóstica: dificuldades nas operações
mentais e no entendimento de conceitos matemáticos.
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4. INDICADORES PARA DISCALCULIA:
Ler os números de trás para frente;
Dificuldade para dizer as horas;
Confunde partes com o todo;
Dificuldade de acompanhar pontuação em um
jogo;
Dificuldade para lembrar fatos matemáticos,
conceitos, regras, fórmulas, sequências e
procedimentos;
Perceber como os números se relacionam, etc.
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5. DIAGNÓSTICO/MANIFESTAÇÕES
A discalculia não tem especificamente uma
única causa, mas um conjunto delas que se
relacionados a fatores internos e externos do
sujeito é possível diagnosticá-la com sucesso e
determinar seu tipo.
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6. 6
INTERVENÇÃO/TRATAMENTO
O tratamento, tem a característica de um
treinamento que visa amenizar os sintomas,
corrigir os fatores contribuintes e resgatar a
autoestima do paciente para que este tenha uma
melhor qualidade de vida e autonomia para elaborar
estratégias que viabilizem seu sucesso em tarefas
que, outrora, lhe eram praticamente impossíveis de
realizar.
7. SUGESTÕES DE JOGOS/ATIVIDADE
Os jogos constituem um espaço privilegiado
para a aprendizagem e, quando bem utilizados,
ampliam possibilidades de compreensão através
de experiências significativas que se propõem.
Além disso, possibilitam a busca de meios
pela exploração, ainda que desordenada, atuando
como aliados fundamentais na construção do
saber.
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8. REEDUCAÇÃO INDIVIDUAL
1. A reeducação levará em conta a percepção
visual, a linguagem da aritmética, o
significado dos sinais, disposição dos
números, sequência de passos no cálculo e
resolução de problemas.
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Princípios de quantidade, ordem,
tamanho, espaço e distância.
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Usar material que desperte a curiosidade da
criança, de modo a trabalhar os conceitos básicos
da matemática, de forma atrativa.
Princípios de quantidade, ordem,
tamanho, espaço e distância.
10. Usar grupos de objetos para introduzir a
relação com símbolos numéricos e a
noção de quantidade.
Priorizar as atividades manipulativas,
compreensão de conceitos e operações e
desenvolvimento dos procedimentos
mecânicos e de memorização;
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O objetivo inicial, no tratamento da
criança com discalculia é adquirir
agilidade no manejo de relações
quantitativas.
11. Calibrar a dificuldade e apresentar os exercícios
gradualmente de movo variado e interessante, usando
situações de vida real. 11
Favorecer a automação das combinações numéricas
e dos algoritmos;
Trabalhar o aprendizado da adição e da subtração de
modo simultâneo;
Estimular a releitura e o uso de representações
concretas para apoiar a compreensão de problemas;
Fomentar o desenvolvimento do vocabulário
matemático;
Ensinar explicitamente as diferentes estratégias;
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ATUAÇÃO PSICOPEDAGÓGICO
O sucesso na sala de aula pode exigir uma
série de intervenções. A maioria das crianças com
Transtornos de Aprendizagem e Transtornos de
Atenção pode e deve permanecer na classe de
ensino regular, com pequenas intervenções no
ambiente estrutural, modificação de currículo e
estratégias adequadas à situação.
13. REFERÊNCIAS
DOMINGUES, Camila Souza. Discalculia, diagnóstico e intervenção. (Monografia) Disponível em:
http://professorahelo.blogspot.com.br/2012/04/discalculia-diagnostico-e-intervencao.html. Acesso em
31 mai. 2017.
FITÓ, Anna Sans. Discaulculia. In: Por que é tão difícil aprender? São Paulo: Paulinas, 2012, cap. 6,
p. 190-202.
INSTITUTO ABCD. Dificuldades e Transtornos de Aprendizagem: por que o aluno não aprende?
Disponível em: <http://www.institutoabcd.org.br/>. Acesso em 15/05/17.
NEURO SABER. O que é Discalculia? Disponível em: <https://neurosaber.com.br/artigos/o-que-e-
discalculia/>. Acesso em 15/05/17.
NEURO SABER. Atuação do Psicopedagogo no distúrbio de aprendizagem. Disponível em:
<neurosaber.com.br/artigos/atuacao-psicopedagogo-no-disturbio-de-aprendizagem/>. Acesso em
18/05/17.
SILVA, W.C. Discalculia: uma abordagem à luz da Educação Matemática. Relatório Final para
concretização do Projecto de Iniciação Ciêntifica, PIBIC, Univerdidade de Guarulhos, 2008.
Smole, K.S et all. Brincadeiras Infantis nas Aulas de Matemática: matemática de 0 a 6. Porto Alegre:
Armed, 2000. 13