1. Dica de leitura!
10 LIVROS DE JORGE AMADO PARA TER NA ESTANTE
1 - Gabriela, Cravo e Canela: O romance entre o sírio Nacib e a mulata Gabriela, talvez o
personagem feminino mais sedutor criado por Jorge Amado, tem como cenário os anos
20,em plena luta pela modernização material e cultural de Ilhéus, então em franco
desenvolvimento graças às exportações de cacau. O eixo da história é a relação delicada e
complexa entre as transformações materiais e as idéias morais. Com sua sensualidade
inocente, a cozinheira Gabriela não só conquista o coração de Nacib como também seduz
um sem-número de homens ilheenses, colocando em xeque a férrea lei local que exigia que
a desonra do adultério feminino fosse lavada com sangue.
2 - Mar Morto: Escrito em 1936, quando Jorge Amado tinha apenas 24 anos, Mar morto
conta as histórias da beira do cais da Bahia, como diz o escritor, na frase que abre o livro. E a
frase é uma verdadeira carta de intenções. Nenhuma outra obra sintetizou tão bem o mundo
pulsante do cais de Salvador, com a rica mitologia em torno de Iemanjá.
3 - A morte, e a morte de Quincas Berro D'água: Numa prosa inebriante, que tangencia o
fantástico sem perder o olhar aguçado para as particularidades da sociedade baiana, Jorge
Amado narra a história das várias mortes de Joaquim Soares, vulgo Quincas Berro D´água,
cidadão exemplar que a certa altura da vida decide abandonar a família e a reputação
ilibada para juntar-se à malandragem da cidade.
4 - Os pastores da noite: Escrito às vésperas do golpe militar de 1964, este romance
modelar se constrói em três partes autônomas,interligadas por personagens comuns:
prostitutas, boêmios, vigaristas, a comunidade notívaga de Salvador, com suas leis e valores
próprios - o culto à cachaça, o ódio à polícia, o horror ao trabalho.
5 - Capitães de areia: Publicado em 1937, pouco depois de implantado o Estado Novo, este
livro teve a primeira edição apreendida e exemplares queimados em praça pública de
Salvador por autoridades da ditadura. Em 1940, marcou época na vida literária brasileira,
com nova edição, e a partir daí, sucederam-se as edições nacionais e em idiomas
estrangeiros.
2. Dica de leitura!
6 - Cacau: Segundo livro de Jorge Amado, Cacau é narrado em primeira pessoa por um
lavrador, filho de industrial decaído, que trabalhará brevemente como operário fabril. O
pequeno romance é a saga de uma tomada de consciência social e política. Atesta o clima de
polarização ideológica da época em que foi escrito e o entusiasmo revolucionário de seu
jovem autor.
7 -De Como o Mulato Porciúncula Descarregou Seu Defunto: Narrado justamente como
conversa de bar, conta, a rigor, duas histórias. Uma oculta, a do taciturno Gringo, que
mesmo depois de beber litros de cachaça não se dispunha a falar sobre a morte que
carregava nas costas, segundo diziam. E a outra, que se desvela aos poucos,a do amor
platônico entre o mulato Porciúncula e Maria do Véu, prostituta obcecada por casamentos
que ele conhece em Salvador e que havia sido expulsa de casa a pauladas, aos quinze anos,
depois de perder a virgindade com o filho de um coronel.
8 - Jubiabá: escrito entre 1934 e 1935, tem como protagonista Antônio Balduíno, menino
pobre nascido no morro do Capa-Negro, em Salvador. Ao longo do romance, acompanhamos
as diferentes fases de sua vida: quando vivia nas ruas, ainda criança, cometendo pequenos
delitos, agregado na casa de um comendador, malandro, boxeador, trabalhador nas
plantações de fumo, artista de circo e estivador.
9 - Tereza Batista Cansa de Guerra:Por meio de múltiplas vozes, Jorge Amado narra as
muitas vidas de Tereza Batista, sobrevivente da barbárie: presidiária, prostituta, professora
de primeiras letras, sambista de cabaré, amásia de coronel, enfermeira, líder comunitária.
10 - O país do carnaval: A narrativa começa no navio que traz de volta ao Brasil o jovem
filho de fazendeiro Paulo Rigger, depois de sete anos em Paris, onde cursa direito e
absorverá comportamentos e ideias modernas. Nos primeiros dias que passa no Rio de
Janeiro, Rigger tenta compreender um país onde já não se sente em casa, um país que tenta
timidamente superar seu atraso oligárquico e ingressar na era industrial e urbana.