1) A população idosa no Brasil aumentou significativamente nos últimos anos, passando de 7 milhões em 1980 para 15 milhões atualmente.
2) A depressão é uma doença mental comum entre idosos, afetando sua qualidade de vida, e é considerada um fator de risco para doenças demenciais.
3) A atividade física regular pode ajudar a minimizar o sofrimento psíquico de idosos deprimidos, além de oferecer benefícios cognitivos e sociais e reduzir as taxas de
Este documento discute a depressão e delirium em idosos. Apresenta fatores de risco, sintomas, diagnóstico e tratamento destas condições. Enfatiza a importância de reconhecer sinais de depressão e delirium em pacientes idosos, já que estas condições são comuns e podem ter graves consequências se não tratadas.
Trab.Saúde mental do idoso usando escala de MEEMLuciane Santana
Este documento discute vários transtornos mentais comuns em idosos, incluindo demência, Alzheimer, transtorno bipolar e depressão. Ele fornece detalhes sobre os sintomas de cada transtorno e fatores de risco, além de abordar a implementação de cuidados de enfermagem para esses pacientes idosos.
O documento discute a depressão, definindo-a como uma doença psiquiátrica crônica caracterizada por alterações de humor, como tristeza excessiva e falta de energia. Detalha os sintomas e possíveis causas, incluindo estresse, problemas de saúde e genética. Também explica os tipos de depressão e o processo de diagnóstico e tratamento, incluindo psicoterapia e medicamentos.
O documento discute a depressão na terceira idade, explicando que é a principal doença nessa fase da vida e pode ser confundida com outras condições. A depressão causa sintomas como tristeza, desânimo, perda de interesse e alterações no sono e apetite. Ela deve ser avaliada por um médico para receber tratamento adequado, que pode incluir terapia, atividade física e participação da família.
O documento discute a depressão na pessoa idosa, identificando sintomas como perda de interesse, alterações no sono e apetite, e pensamentos negativos. Fatores de risco incluem doenças, perda de autonomia e suporte social, enquanto tratamentos efetivos envolvem psicoterapia, farmacoterapia ou ambos. Um bom prognóstico requer tratamento, ao passo que condições clínicas ou cognitivas pioram o prognóstico.
Este documento discute a depressão e delirium em idosos. Apresenta fatores de risco, sintomas, diagnóstico e tratamento destas condições. Enfatiza a importância de reconhecer sinais de depressão e delirium em pacientes idosos, já que estas condições são comuns e podem ter graves consequências se não tratadas.
Trab.Saúde mental do idoso usando escala de MEEMLuciane Santana
Este documento discute vários transtornos mentais comuns em idosos, incluindo demência, Alzheimer, transtorno bipolar e depressão. Ele fornece detalhes sobre os sintomas de cada transtorno e fatores de risco, além de abordar a implementação de cuidados de enfermagem para esses pacientes idosos.
O documento discute a depressão, definindo-a como uma doença psiquiátrica crônica caracterizada por alterações de humor, como tristeza excessiva e falta de energia. Detalha os sintomas e possíveis causas, incluindo estresse, problemas de saúde e genética. Também explica os tipos de depressão e o processo de diagnóstico e tratamento, incluindo psicoterapia e medicamentos.
O documento discute a depressão na terceira idade, explicando que é a principal doença nessa fase da vida e pode ser confundida com outras condições. A depressão causa sintomas como tristeza, desânimo, perda de interesse e alterações no sono e apetite. Ela deve ser avaliada por um médico para receber tratamento adequado, que pode incluir terapia, atividade física e participação da família.
O documento discute a depressão na pessoa idosa, identificando sintomas como perda de interesse, alterações no sono e apetite, e pensamentos negativos. Fatores de risco incluem doenças, perda de autonomia e suporte social, enquanto tratamentos efetivos envolvem psicoterapia, farmacoterapia ou ambos. Um bom prognóstico requer tratamento, ao passo que condições clínicas ou cognitivas pioram o prognóstico.
1) A depressão afeta cerca de 350 milhões de pessoas no mundo e é uma das principais causas de incapacidade.
2) No Brasil, a prevalência de depressão é alta, atingindo cerca de 7,8 milhões de brasileiros.
3) Um estudo em Porto Alegre encontrou uma prevalência de depressão de 16,1% em uma comunidade de baixa renda.
DEPRESSÃO: EPIDEMIOLOGIA E ABORDAGEM EM CUIDADOS PRIMÁRIOS DE SAÚDEAbdon Nanhay
1) A prevalência de depressão em estudos de comunidade no Brasil e no mundo ficou entre 8-12% ao ano, sendo maior em mulheres e solteiros e atingindo o pico na meia-idade.
2) Nos cuidados primários, a prevalência de depressão chegou a 16% no Rio de Janeiro. A prevalência geral de "morbidade psiquiátrica menor" foi de aproximadamente 50%.
3) Episódios depressivos foram a principal causa de incapacidade social em medidas internacionais desde 1990, tanto para homens quanto
O documento discute a depressão na mulher, incluindo sua prevalência maior em comparação aos homens, fatores de risco como abuso e violência, e como os hormônios femininos podem afetar a vulnerabilidade. O tratamento envolve psicoterapia e medicamentos como antidepressivos.
O documento discute a depressão, incluindo suas estatísticas, sintomas e mitos. A depressão afetará 15-20% da população mundial até 2020 e será a segunda maior causa de doenças degenerativas e mortes prematuras. Ela é caracterizada por tristeza, desânimo, perda de interesse e energia. O documento lista vários sintomas afetivos, cognitivos e físicos da depressão e desmistifica algumas ideias comuns sobre a doença.
Com os avanços na medicina, melhoria nutricional e ênfase na prevenção de doenças, a expectativa de vida dos idosos aumentou. No entanto, é necessário assegurar sua dignidade e bem-estar, garantindo participação social e o direito de viver com qualidade.
O documento discute o transtorno por uso de álcool, definindo-o como uma doença crônica baseada nos critérios do DSM-5. Detalha os critérios de diagnóstico, sintomas de intoxicação e abstinência, fatores de risco e impactos sociais do transtorno.
O documento discute o tema da depressão, definindo-a como uma doença psiquiátrica que requer tratamento, e não apenas como um sentimento. Apresenta os principais sintomas da depressão e fatores de risco, como em idosos e no pós-parto. Também discute a importância do apoio comunitário e do papel do agente comunitário de saúde no apoio a pessoas com depressão.
Aula 7 Depressão e transtornos alimentaresAna Filadelfi
Nesta aula são abordados os principais sintomas da depressão e distúrbios de humor relacionados, como: bulimia, anorexia e obesidade. Alguns dados sobre a ocorrência dessas doenças entre os adolescentes, bem como as principais formas de tratamento também são mencionados.
O documento discute depressão, incluindo sintomas, tipos, causas e tratamento. A depressão é caracterizada por tristeza constante e pode afetar pessoas de todas as idades. As causas incluem fatores genéticos, eventos estressantes e doenças crônicas. O tratamento envolve terapia e medicamentos. O documento também discute suicídio, que é uma das principais causas de morte entre jovens, e indicadores de risco como tentativas anteriores.
O documento discute a depressão, definindo-a como um transtorno mental causado por fatores biológicos, psicológicos e ambientais. Apresenta as principais formas de depressão e seus sintomas, assim como suas causas endógenas e exógenas. Finalmente, discute o tratamento da depressão e seus impactos sociais.
O documento discute a depressão, definindo-a como uma doença mental caracterizada por sintomas como humor deprimido e perda de interesse que duram mais de duas semanas. Explica que a depressão é causada por desequilíbrios químicos no cérebro e fatores genéticos, de estresse e médicos, e deve ser tratada com psicoterapia e medicamentos. Também lista sintomas comuns e estratégias de autocuidado para a saúde mental.
Este documento discute a depressão, definindo-a como uma tristeza profunda que afeta o pensamento e comportamento de uma pessoa. Ele explica que a depressão é diferente da tristeza normal e lista sintomas como humor deprimido, desânimo e pensamentos suicidas. O documento também discute causas como fatores genéticos e desequilíbrios cerebrais, e métodos de tratamento como antidepressivos e psicoterapia.
O documento discute a importância da depressão como uma condição comum e grave que afeta mais de 350 milhões de pessoas globalmente. A depressão pode variar de tristeza normal a um distúrbio clínico diagnosticável com base em critérios como humor deprimido persistente e perda de prazer por pelo menos duas semanas. O documento também aborda mitos comuns sobre a depressão e o suicídio, assim como estratégias de avaliação, tratamento e prevenção.
O documento discute a depressão, incluindo sua definição, causas, sintomas e diagnóstico. Também aborda os principais tipos de medicamentos antidepressivos, como tricíclicos, IMAOs e ISRS, explicando seu mecanismo de ação e efeitos colaterais. Por fim, apresenta pesquisas em andamento sobre novos tratamentos para pacientes resistentes aos medicamentos atuais.
Avaliacao De Saude No Idoso Dr Otavio Castello 27abr09 Versao SlideshareOtavio Castello
O documento discute a avaliação de saúde em idosos, abordando o envelhecimento populacional, padrões de envelhecimento, objetivos da geriatria, doenças crônicas, fragilidade, demência, incontinência, quedas, depressão e hábitos de vida saudáveis.
Este documento discute a depressão, incluindo sua definição, sintomas, causas, tipos e tratamentos. Ele destaca que a depressão é uma doença psiquiátrica comum caracterizada por tristeza prolongada e perda de interesse em atividades. O documento também ressalta que a depressão é uma das principais causas de incapacidade no mundo e que seu tratamento envolve terapia e avaliação médica.
1) Os sintomas da mania em idosos são semelhantes aos de adultos mais jovens, incluindo euforia, humor expansivo e irritabilidade.
2) O transtorno delirante em idosos envolve alterações do pensamento de natureza persecutória, e podem ser desencadeados por estresse ou perdas.
3) Transtornos de ansiedade como fobias são comuns em idosos, e fragilidade física pode explicar ansiedade após estressores.
O documento discute a depressão, definindo-a como uma doença psiquiátrica crônica que causa tristeza profunda e alterações no humor, sono e apetite. A depressão afeta cerca de 350 milhões de pessoas no mundo e requer tratamento médico para ser controlada.
Este documento discute o que é saúde mental e como promovê-la. A saúde mental é sentir-se bem consigo mesmo e nos relacionamentos, ser capaz de lidar positivamente com adversidades e ter confiança no futuro. Tanto a saúde mental quanto a física são fundamentais para o bem-estar geral. O documento lista problemas de saúde mental comuns e medidas para promover e prevenir problemas, como não se isolar e manter uma vida ativa.
O documento discute a depressão, incluindo sua prevalência, sintomas, causas, comorbidades e tratamentos. A depressão afeta cerca de 340 milhões de pessoas no mundo, com prevalência maior em mulheres. Os tratamentos incluem psicoterapia, eletroconvulsoterapia, fototerapia, estimulação magnética transcraniana, farmacoterapia e mudanças no estilo de vida.
O documento discute transtornos mentais orgânicos em idosos, incluindo demências degenerativas como Alzheimer. Apresenta dados sobre a prevalência crescente desses transtornos e seu impacto na saúde pública. Também descreve sinais, sintomas, tratamento e o papel fundamental da enfermagem no cuidado de pacientes com esses transtornos.
O documento apresenta uma introdução à gerontologia, discutindo o processo de envelhecimento, as mudanças físicas associadas à idade e a fragilidade dos idosos. Aborda também as diferenças entre geriatria e gerontologia, sendo a primeira a especialidade médica e a segunda o estudo científico do envelhecimento.
1) A depressão afeta cerca de 350 milhões de pessoas no mundo e é uma das principais causas de incapacidade.
2) No Brasil, a prevalência de depressão é alta, atingindo cerca de 7,8 milhões de brasileiros.
3) Um estudo em Porto Alegre encontrou uma prevalência de depressão de 16,1% em uma comunidade de baixa renda.
DEPRESSÃO: EPIDEMIOLOGIA E ABORDAGEM EM CUIDADOS PRIMÁRIOS DE SAÚDEAbdon Nanhay
1) A prevalência de depressão em estudos de comunidade no Brasil e no mundo ficou entre 8-12% ao ano, sendo maior em mulheres e solteiros e atingindo o pico na meia-idade.
2) Nos cuidados primários, a prevalência de depressão chegou a 16% no Rio de Janeiro. A prevalência geral de "morbidade psiquiátrica menor" foi de aproximadamente 50%.
3) Episódios depressivos foram a principal causa de incapacidade social em medidas internacionais desde 1990, tanto para homens quanto
O documento discute a depressão na mulher, incluindo sua prevalência maior em comparação aos homens, fatores de risco como abuso e violência, e como os hormônios femininos podem afetar a vulnerabilidade. O tratamento envolve psicoterapia e medicamentos como antidepressivos.
O documento discute a depressão, incluindo suas estatísticas, sintomas e mitos. A depressão afetará 15-20% da população mundial até 2020 e será a segunda maior causa de doenças degenerativas e mortes prematuras. Ela é caracterizada por tristeza, desânimo, perda de interesse e energia. O documento lista vários sintomas afetivos, cognitivos e físicos da depressão e desmistifica algumas ideias comuns sobre a doença.
Com os avanços na medicina, melhoria nutricional e ênfase na prevenção de doenças, a expectativa de vida dos idosos aumentou. No entanto, é necessário assegurar sua dignidade e bem-estar, garantindo participação social e o direito de viver com qualidade.
O documento discute o transtorno por uso de álcool, definindo-o como uma doença crônica baseada nos critérios do DSM-5. Detalha os critérios de diagnóstico, sintomas de intoxicação e abstinência, fatores de risco e impactos sociais do transtorno.
O documento discute o tema da depressão, definindo-a como uma doença psiquiátrica que requer tratamento, e não apenas como um sentimento. Apresenta os principais sintomas da depressão e fatores de risco, como em idosos e no pós-parto. Também discute a importância do apoio comunitário e do papel do agente comunitário de saúde no apoio a pessoas com depressão.
Aula 7 Depressão e transtornos alimentaresAna Filadelfi
Nesta aula são abordados os principais sintomas da depressão e distúrbios de humor relacionados, como: bulimia, anorexia e obesidade. Alguns dados sobre a ocorrência dessas doenças entre os adolescentes, bem como as principais formas de tratamento também são mencionados.
O documento discute depressão, incluindo sintomas, tipos, causas e tratamento. A depressão é caracterizada por tristeza constante e pode afetar pessoas de todas as idades. As causas incluem fatores genéticos, eventos estressantes e doenças crônicas. O tratamento envolve terapia e medicamentos. O documento também discute suicídio, que é uma das principais causas de morte entre jovens, e indicadores de risco como tentativas anteriores.
O documento discute a depressão, definindo-a como um transtorno mental causado por fatores biológicos, psicológicos e ambientais. Apresenta as principais formas de depressão e seus sintomas, assim como suas causas endógenas e exógenas. Finalmente, discute o tratamento da depressão e seus impactos sociais.
O documento discute a depressão, definindo-a como uma doença mental caracterizada por sintomas como humor deprimido e perda de interesse que duram mais de duas semanas. Explica que a depressão é causada por desequilíbrios químicos no cérebro e fatores genéticos, de estresse e médicos, e deve ser tratada com psicoterapia e medicamentos. Também lista sintomas comuns e estratégias de autocuidado para a saúde mental.
Este documento discute a depressão, definindo-a como uma tristeza profunda que afeta o pensamento e comportamento de uma pessoa. Ele explica que a depressão é diferente da tristeza normal e lista sintomas como humor deprimido, desânimo e pensamentos suicidas. O documento também discute causas como fatores genéticos e desequilíbrios cerebrais, e métodos de tratamento como antidepressivos e psicoterapia.
O documento discute a importância da depressão como uma condição comum e grave que afeta mais de 350 milhões de pessoas globalmente. A depressão pode variar de tristeza normal a um distúrbio clínico diagnosticável com base em critérios como humor deprimido persistente e perda de prazer por pelo menos duas semanas. O documento também aborda mitos comuns sobre a depressão e o suicídio, assim como estratégias de avaliação, tratamento e prevenção.
O documento discute a depressão, incluindo sua definição, causas, sintomas e diagnóstico. Também aborda os principais tipos de medicamentos antidepressivos, como tricíclicos, IMAOs e ISRS, explicando seu mecanismo de ação e efeitos colaterais. Por fim, apresenta pesquisas em andamento sobre novos tratamentos para pacientes resistentes aos medicamentos atuais.
Avaliacao De Saude No Idoso Dr Otavio Castello 27abr09 Versao SlideshareOtavio Castello
O documento discute a avaliação de saúde em idosos, abordando o envelhecimento populacional, padrões de envelhecimento, objetivos da geriatria, doenças crônicas, fragilidade, demência, incontinência, quedas, depressão e hábitos de vida saudáveis.
Este documento discute a depressão, incluindo sua definição, sintomas, causas, tipos e tratamentos. Ele destaca que a depressão é uma doença psiquiátrica comum caracterizada por tristeza prolongada e perda de interesse em atividades. O documento também ressalta que a depressão é uma das principais causas de incapacidade no mundo e que seu tratamento envolve terapia e avaliação médica.
1) Os sintomas da mania em idosos são semelhantes aos de adultos mais jovens, incluindo euforia, humor expansivo e irritabilidade.
2) O transtorno delirante em idosos envolve alterações do pensamento de natureza persecutória, e podem ser desencadeados por estresse ou perdas.
3) Transtornos de ansiedade como fobias são comuns em idosos, e fragilidade física pode explicar ansiedade após estressores.
O documento discute a depressão, definindo-a como uma doença psiquiátrica crônica que causa tristeza profunda e alterações no humor, sono e apetite. A depressão afeta cerca de 350 milhões de pessoas no mundo e requer tratamento médico para ser controlada.
Este documento discute o que é saúde mental e como promovê-la. A saúde mental é sentir-se bem consigo mesmo e nos relacionamentos, ser capaz de lidar positivamente com adversidades e ter confiança no futuro. Tanto a saúde mental quanto a física são fundamentais para o bem-estar geral. O documento lista problemas de saúde mental comuns e medidas para promover e prevenir problemas, como não se isolar e manter uma vida ativa.
O documento discute a depressão, incluindo sua prevalência, sintomas, causas, comorbidades e tratamentos. A depressão afeta cerca de 340 milhões de pessoas no mundo, com prevalência maior em mulheres. Os tratamentos incluem psicoterapia, eletroconvulsoterapia, fototerapia, estimulação magnética transcraniana, farmacoterapia e mudanças no estilo de vida.
O documento discute transtornos mentais orgânicos em idosos, incluindo demências degenerativas como Alzheimer. Apresenta dados sobre a prevalência crescente desses transtornos e seu impacto na saúde pública. Também descreve sinais, sintomas, tratamento e o papel fundamental da enfermagem no cuidado de pacientes com esses transtornos.
O documento apresenta uma introdução à gerontologia, discutindo o processo de envelhecimento, as mudanças físicas associadas à idade e a fragilidade dos idosos. Aborda também as diferenças entre geriatria e gerontologia, sendo a primeira a especialidade médica e a segunda o estudo científico do envelhecimento.
O documento discute o envelhecimento populacional no Brasil e no mundo, levando a uma transição demográfica e epidemiológica. Idosos representam uma parcela crescente da população e das internações hospitalares, com doenças crônicas sendo mais prevalentes. Manter a saúde e funcionalidade dos idosos é um desafio, requerendo apoio familiar, comunidades e sistemas de saúde adequados.
Projeto t4 mente em harmonia corpo saudávelSônia Marques
O documento discute as doenças crônicas e psicológicas na cidade de Candiota, no Rio Grande do Sul. Aborda os fatores hereditários, ambientais e culturais que influenciam essas doenças, e como a educação pode fortalecer a saúde preventiva através de hábitos saudáveis. Também apresenta sintomas comuns de depressão e seus principais gatilhos.
AULA 1 - ENFERMAGEM EM SAUDE DO IDOSO.pptxNome Sobrenome
Isso significa que muitos idosos lidam com doenças duradouras e enfrentam riscos de morte e doenças súbitas causadas por acidentes ou problemas agudos.
Diferentes faces da depressão no suicídio em idososAryanne Marques
O documento analisa as diferentes faces da depressão associadas ao suicídio em idosos, a partir de autópsias psicológicas. A depressão apareceu na quase totalidade dos casos como diagnóstico primário ou secundário, ou como sintoma associado a outras comorbidades. A associação entre depressão e múltiplas comorbidades aumenta o risco de suicídio. Recomenda-se ampliar as formas de diagnosticar e tratar a depressão em idosos.
Fisiopatologia do Envelhecimento (061023).pdfSergioBSantos1
O documento discute o envelhecimento humano, distinguindo senescência de senilidade. A senescência é o envelhecimento universal e progressivo sem doenças, enquanto a senilidade se refere ao envelhecimento associado a patologias. Manter uma alimentação saudável, praticar exercícios, ter vida social ativa e controlar doenças crônicas podem promover o envelhecimento saudável. É importante avaliar multidimensionalmente os idosos para tratar suas necessidades de forma holística.
O documento descreve um estudo que avaliou idosos atendidos em uma unidade de saúde da família utilizando uma avaliação geriátrica abrangente. A avaliação incluiu aspectos sociais, físicos, funcionais e mentais de setenta idosos selecionados aleatoriamente. Os principais achados foram altas taxas de hipertensão e obesidade, défices auditivos e visuais, alterações no sono, urinárias e intestinais, e problemas cognitivos e depressivos em mais da metade dos idosos.
O documento discute a qualidade de vida dos alunos do ensino médio do CEFET-SC, avaliando aspectos como atividade física, nutrição, comportamento preventivo e relacionamentos sociais. Ele apresenta dados coletados de um questionário aplicado aos alunos e relata uma apresentação realizada para conscientizá-los sobre fatores que influenciam a qualidade de vida.
04 PROSAD_Saúde mental do adolescente (1).pptxNathalialvares1
O documento discute a saúde mental do adolescente, abordando os principais tipos de transtornos mentais, o histórico do tratamento de saúde mental, a prevalência de transtornos e a rede de atenção no Brasil. Também apresenta o Programa Saúde do Adolescente, que tem como objetivo promover a saúde integral dos jovens de forma multissetorial e interdisciplinar.
Efeitos da atividade física no tratamento da depressão na mulherVitor Girdwood
O objetivo deste trabalho de revisão bibliográfica é demonstrar os efeitos da atividade física no tratamento da depressão na mulher. Os resultados apontam que a atividade física pode reduzir os sintomas da depressão, promovendo mudanças positivas, como a melhora do estilo de vida, aumento da força de vontade, sensação de bem-estar e autoeficácia, além de trazer benefícios psicológicos e sociais, como melhora da autoestima e do convívio social, prevenção de depressão e estresse.
Este documento resume uma reunião científica sobre a saúde da mulher madura. Aborda temas como o envelhecimento com ou sem terapia hormonal, a abordagem holística à saúde da mulher, e como melhorar a qualidade de vida das mulheres mais velhas através de estratégias preventivas e terapêuticas.
Este documento resume a IX Reunião Científica da SPM. Apresenta informações sobre envelhecimento com ou sem terapia hormonal substitutiva, abordando o assunto de uma perspectiva holística que considera fatores biopsicossociais. Discute também a importância de ações preventivas e terapêuticas para promover a saúde e qualidade de vida das mulheres em idade madura.
Este documento fornece informações sobre prevenção de doenças crônicas não transmissíveis e seus fatores de risco. Ele discute como esses fatores de risco, como tabagismo, dieta inadequada e sedentarismo, estão associados a doenças como câncer, doenças cardíacas e diabetes. O documento destina-se a agentes de saúde e destaca a importância da modificação desses fatores de risco para promover a saúde da população.
Este documento fornece informações sobre prevenção de doenças crônicas não transmissíveis e seus fatores de risco. Discute como esses fatores de risco, incluindo hábitos como tabagismo, dieta inadequada e sedentarismo, estão associados a doenças como câncer, doenças cardíacas e diabetes. Também destaca a importância da vigilância epidemiológica desses fatores de risco e doenças para o desenvolvimento de políticas públicas de prevenção e promoção da saúde.
O cuidado de pacientes idosos difere daquele de pacientes jovens por várias razões. Apesar de haver debate continuado sobre as causas dessas diferenças, é provável que essas sejam uma combinação de alterações biológicas que ocorrem durante o envelhecimento, doenças associadas, atitudes e crenças de pessoas idosas e seus cuidadores.
O documento discute a saúde mental de idosos, incluindo transtornos comuns como depressão e demência. Ele fornece estatísticas sobre a prevalência dessas condições e fatores de risco, e descreve a Mini Mental State Examination (MEEM), uma escala usada para rastrear problemas cognitivos.
O documento discute vários aspectos da velhice, incluindo: 1) ideias comuns negativas sobre a velhice estão erradas, pois algumas capacidades se mantêm ou evoluem; 2) dieta e exercícios podem ajudar a prevenir e tratar doenças comuns na velhice; 3) aspectos psicossociais como preconceito, aposentadoria e institucionalização afetam os idosos.
O documento discute o processo de envelhecimento humano. Aborda o envelhecimento como um processo progressivo e diferencial que afeta todos os seres vivos, levando à morte. Também discute as alterações fisiológicas, neuroanatômicas e cognitivas associadas ao envelhecimento, como a atrofia cerebral e as teorias para explicar o processo, como a teoria dos radicais livres.
O documento discute o processo de envelhecimento humano. Apresenta que o envelhecimento não é um estado, mas sim um processo de degradação progressiva que afeta todos os seres vivos e termina naturalmente com a morte. Também discute as diferentes teorias do envelhecimento, como a teoria do envelhecimento programado e a teoria dos radicais livres, e os efeitos do envelhecimento nas funções fisiológicas e sensoriais.
The document compares four types of interviews: structured, semi-structured, clinical, and unstructured. Structured interviews have standardized questions but restrictive answers, while semi-structured interviews standardize most questions but allow some flexibility. Clinical interviews are flexible but difficult to replicate, and unstructured interviews are natural but hard to generalize from. Overall, the document outlines the key advantages and disadvantages of each type of interview format.
O documento discute várias opções naturais para tratar a depressão leve ou moderada, como exercícios, 5-HTP, meditação, fototerapia, suplementos de vitaminas B12 e B9, erva-de-são-joão e acupuntura. Essas medidas podem ser usadas em conjunto com terapia ou medicamentos para melhorar os sintomas de forma segura e eficaz.
Os antidepressivos são drogas psiquiátricas usadas para tratar transtornos de humor como a depressão, mas também outros distúrbios como ansiedade e estresse pós-traumático. Os inibidores seletivos de recaptação de serotonina (ISRS) são a classe mais prescrita, agindo para aumentar a disponibilidade do neurotransmissor serotonina no cérebro. Exemplos de ISRS incluem fluoxetina, sertralina, paroxetina, citalopram e escitalopram.
Uma pesquisa da Unifesp comprovou que a prática de ioga pode auxiliar no combate à depressão e ansiedade, diminuindo os sintomas de stress. O estudo acompanhou durante 3 meses um grupo que praticou exercícios de respiração e postura de ioga e observou redução dos níveis de ansiedade. Apesar de ambos os grupos terem melhorado em depressão, o grupo que praticou ioga apresentou maior evolução. A ioga trabalha a postura, respiração e qualidade de vida, mas deve ser vista como complement
O documento discute como a alimentação pode ajudar no combate à depressão, listando diversos alimentos ricos em nutrientes que auxiliam na produção de neurotransmissores como serotonina e na redução de sintomas como ansiedade e estresse, melhorando o humor, como nozes, leite, frutas, mel, ovos, peixes e carnes magras.
Trissomia 21 - aspetos médicos, psicológicos e sociaisjoanadebarros
O documento descreve a Trissomia 21 ou Síndrome de Down, incluindo sua descrição inicial, causas, implicações no desenvolvimento físico, intelectual e social, e abordagens de prevenção e intervenção. É fornecido um modelo de avaliação e acompanhamento para pessoas com deficiência mental.
Parentalidade e Necessidades Educativas Especiaisjoanadebarros
1) O documento discute os sentimentos dos pais ao nascer um filho com Necessidades Educativas Especiais (NEE). 2) Os pais frequentemente sentem-se traídos e em choque ao descobrirem que o bebé não é "normal", como esperavam. 3) É um processo doloroso de luto pela criança sonhada, mas os pais acabam por lutar pelos direitos da criança.
Concepção, gravidez, parto e pós-parto: perspectivas feministas e interseccionais
Livro integra a coleção Temas em Saúde Coletiva
A mais recente publicação do Instituto de SP traça a evolução da política de saúde voltada para as mulheres e pessoas que engravidam no Brasil ao longo dos últimos cinquenta anos.
A publicação se inicia com uma análise aprofundada de dois conceitos fundamentais: gênero e interseccionalidade. Ao abordar questões de saúde da mulher, considera-se o contexto social no qual a mulher está inserida, levando em conta sua classe, raça e gênero. Um dos pontos centrais deste livro é a transformação na assistência ao parto, influenciada significativamente pelos movimentos sociais, que desde a década de 1980 denunciam o uso irracional de tecnologia na assistência.
Essas iniciativas se integraram ao movimento emergente de avaliação tecnológica em saúde e medicina baseada em evidências, resultando em estudos substanciais que impulsionaram mudanças significativas, muitas das quais são discutidas nesta edição. Esta edição tem como objetivo fomentar o debate na área da saúde, contribuindo para a formação de profissionais para o SUS e auxiliando na formulação de políticas públicas por meio de uma discussão abrangente de conceitos e tendências do campo da Saúde Coletiva.
Esta edição amplia a compreensão das diversas facetas envolvidas na garantia de assistência durante o período reprodutivo, promovendo uma abordagem livre de preconceitos, discriminação e opressão, pautada principalmente nos direitos humanos.
Dois capítulos se destacam: ‘“A pulseirinha do papai”: heteronormatividade na assistência à saúde materna prestada a casais de mulheres em São Paulo’, e ‘Políticas Públicas de Gestação, Práticas e Experiências Discursivas de Gravidez Trans masculina’.
Parabéns às autoras e organizadoras!
Prof. Marcus Renato de Carvalho
www.agostodourado.com
1. Introdução
A população acima dos 60 anos de idade tem
aumentado significativamente no Brasil. Em 1980,
havia 7 milhões de pessoas idosas; atualmente, há em
torno de 15 milhões, correspondendo a 8,6 % da
população total. A expectativa de vida do brasileiro,
*
Artigo da conferência a ser apresentada durante o III Congresso
Internacional de Educação Física e Motricidade Humana e IX
Simpósio Paulista de Educação Física, na cidade de Rio Claro,
Estado de São Paulo, Brasil, durante os dias 30 de abril a 3 de maio
de 2003.
1
Departamento de Educação – UNESP – Rio Claro.
2
Departamento de Educação Física– UNESP – Rio Claro.
atualmente, é de aproximadamente 68 anos, sendo de
72,6 para as mulheres e de 64,8 para os homens (IBGE,
2000).
Estima-se que, para o ano 2025, haverá, em nosso
país, cerca de 32 milhões de idosos (Tamai, 1999). Este
rápido crescimento da população idosa vem exigindo
respostas do Estado e da sociedade, como a implantação
da Política Nacional do Idoso (Lei 8.842/94 e Decreto
1.948/96), que deve ser complementada por ações
desenvolvidas pelos estados e municípios.
Motriz, Rio Claro,Ago/Dez 2002, Vol.8 n.3, pp. 91-98
Depressão no Idoso: Diagnóstico, Tratamento e Benefícios da
Atividade Física*
Florindo Stella 1
Sebastião Gobbi 2
Danilla Icassatti Corazza 2
José Luiz Riani Costa 2
Universidade Estadual Paulista - UNESP Rio Claro, SP, Brasil
Resumo: A depressão constitui enfermidade mental freqüente no idoso, comprometendo intensamente sua qualidade
de vida, sendo considerada fator de risco para processos demenciais. É uma condição que coloca em risco a vida,
sobretudo daqueles que têm alguma doença crônico-degenerativa ou incapacitante, pois há uma influência recíproca
na evolução clínica do paciente. As estratégias de tratamento mais utilizadas são psicoterapia, intervenção
medicamentosa e exercício físico. A atividade física, quando regular e bem planejada, contribui para a minimização
do sofrimento psíquico do idoso deprimido, além de oferecer oportunidade de envolvimento psicossocial, elevação
da auto-estima, implementação das funções cognitivas, com saída do quadro depressivo e menores taxas de recaída.
Uma das vantagens do exercício físico é o efeito positivo também na prevenção e tratamento de outros agravos
comuns nas pessoas idosas. Propõe-se que as administrações municipais organizem programas de atividade física,
além da inclusão exercícios físicos nas programações dos Grupos de Terceira Idade
Palavras chave: depressão, idoso, atividade física, saúde mental, qualidade de vida.
Depression In Elderly: Diagnostic, Treatment And Physical Activity
Abstract: Depression is a frequent mental illness in older people and it jeopardizes their quality of life, severely.
Furthermore, it is considered a risk factor for dementias. This clinical condition takes in risk, to a great extent, the
older patients with some chronic, degenerative or disability diseases, due to reciprocal effects on the clinical
evolution. The most common treatment strategies are psychotherapy, pharmacological drugs and more recently,
physical exercise. Physical activity, when performed on a regular basis and well planned, contributes to reduce the
psycho suffering of the depressed older individuals. In addition, physical activity practice requires psychosocial
involvement, increases self-esteem, implementation of cognitive functions which, in turns, help withdrawing from
depression and allowing lower rates of depression recurrence. Another benefit of physical activity is its effects on
prevention and rehabilitation of others health problems in the elderly. Then, municipalities should promote physical
activities programs and exercise sessions could be part in the schedules of Third Age Groups.
Key Words: depression, older people, physical activity, mental health, quality of life.
2. F. Stella, S. Gobbi, Danilla I. Corazza & J. L. R. Costa
Motriz, Rio Claro,Ago/Dez 2002, Vol.8 n.3, pp. 91-9892
O aumento da população idosa está associado à
prevalência elevada de doenças crônico-degenerativas,
dentre elas aquelas que comprometem o funcionamento
do sistema nervoso central, como as enfermidades
neuropsiquiátricas, particularmente a depressão. No
entanto, embora o envelhecimento normal possa
apresentar uma lentificação dos processos mentais, isto
não representa perda de funções cognitivas.
Apesar da probabilidade de desenvolver certas
doenças aumentar com a idade, é importante esclarecer
que não se pode imaginar que envelhecer seja sinônimo
de adoecer, especialmente quando as pessoas
desenvolvem hábitos de vida saudáveis (Neri, 2002;
Costa, 2002). Chaimowicz (1997) adverte que o ritmo e
a intensidade das alterações que acompanham o
processo de envelhecimento dependem de
características individuais, como a herança genética, e
de fatores ambientais, ocupacionais, sociais e culturais
aos quais o indivíduo esteve exposto ao longo da vida.
Devido às doenças crônico-degenerativas e às
repercussões destas sobre a condição mental, a
população idosa tende a requisitar mais os serviços de
saúde mental do que os grupos etários mais jovens.
Com o aumento da idade há a elevação dos riscos para
as doenças mentais. Alguns estudos (Helgason &
Magnusson, 1989) mostram que a expectativa para
doenças mentais, incluindo quadros demenciais e
transtornos funcionais, tenha se elevado de 43%, aos 61
anos, para 67%, aos 81 anos. Porém, nem sempre se
torna fácil determinar o padrão de normalidade para o
idoso. Muitas vezes, o continuum entre normalidade e
doença mental, particularmente no idoso, não permite
um pronto diagnóstico psiquiátrico. Por outro lado, por
razões sócio-culturais, os idosos muitas vezes relutam
ou mesmo omitem sintomas mentais que, com
freqüência, permeiam suas queixas de natureza
somática.
A maioria das doenças mentais inicia-se na primeira
metade da vida, com duração média de 10 anos. Porém,
indivíduos que apresentam quadros psicopatológicos de
início tardio têm fatores etiológicos distintos daqueles
que evoluíram com doença desde longa data. Em
termos etiológicos, nos transtornos mentais de início
tardio preponderam os processos neuropatológicos do
envelhecimento, enquanto que, em fases anteriores da
vida, destacam-se as anormalidades do
neurodesenvolvimento, geneticamente determinadas.
Neste artigo, são apresentadas as características
clínicas da depressão e seu tratamento, os fatores
neurobiológicos a ela associados, a relação entre
depressão e doenças clínicas gerais, bem como as
funções cognitivas, e a contribuição da atividade física
para o idoso com depressão.
Depressão no Idoso
A depressão consiste em enfermidade mental
freqüente no idoso, associada a elevado grau de
sofrimento psíquico. Na população geral, a depressão
tem prevalência em torno de 15% (Kaplan et al., 1997);
em idosos vivendo na comunidade, essa prevalência
situa-se entre 2 e 14% (Edwards, 2003) e em idosos que
residem em instituições, a prevalência da depressão
chega a 30% (Pamerlee et al., 1989).
No idoso, a depressão tem sido caracterizada como
uma síndrome que envolve inúmeros aspectos clínicos,
etiopatogênicos e de tratamento. Quando de início
tardio, freqüentemente associa-se a doenças clínicas
gerais e a anormalidades estruturais e funcionais do
cérebro. Se não tratada, a depressão aumenta o risco de
morbidade clínica e de mortalidade, principalmente em
idosos hospitalizados com enfermidades gerais.
As causas de depressão no idoso configuram-se
dentro de um conjunto amplo de componentes onde
atuam fatores genéticos, eventos vitais, como luto e
abandono, e doenças incapacitantes, entre outros. Cabe
ressaltar que a depressão no idoso freqüentemente surge
em um contexto de perda da qualidade de vida
associada ao isolamento social e ao surgimento de
doenças clínicas graves.
Enfermidades crônicas e incapacitantes constituem
fatores de risco para depressão. Sentimentos de
frustração perante os anseios de vida não realizados e a
própria história do sujeito marcada por perdas
progressivas - do companheiro, dos laços afetivos e da
capacidade de trabalho - bem como o abandono, o
isolamento social, a incapacidade de reengajamento na
atividade produtiva, a ausência de retorno social do
investimento escolar, a aposentadoria que mina os
recursos mínimos de sobrevivência, são fatores que
comprometem a qualidade de vida e predispõem o
idoso ao desenvolvimento de depressão (Pacheco,
2002).
Aspectos Clínicos da Depressão e Diagnóstico
O diagnóstico da depressão passa por várias etapas:
anamnese detalhada, com o paciente e com familiares
ou cuidadores, exame psiquiátrico minucioso, exame
clínico geral, avaliação neurológica, identificação de
efeitos adversos de medicamentos, exames laboratoriais
e de neuroimagem. Estes são procedimentos preciosos
para o diagnóstico da depressão, intervenção
psicofarmacológica e prognóstico, especialmente em
função da maior prevalência de comorbidades e do
maior risco de morte.
Em pacientes idosos, além dos sintomas comuns, a
depressão costuma ser acompanhada por queixas
somáticas, hipocondria, baixa auto-estima, sentimentos
de inutilidade, humor disfórico, tendência
autodepreciativa, alteração do sono e do apetite,
ideação paranóide e pensamento recorrente de suicídio.
Cabe lembrar que nos pacientes idosos deprimidos o
risco de suicídio é duas vezes maior do que nos não
deprimidos (Pearson & Brown, 2000). Os sintomas
(Tabela 1), em geral, estão associados à presença de
doenças físicas ou ao uso de medicamentos.
3. Depressão do Idoso e Atividade Física
Motriz, Rio Claro,Ago/Dez 2002, Vol.8 n.3, pp. 91-98 93
Sintomas do estado
de humor
Sintomas
Neurovegetativos
Sintomas
cognitivos
Sintomas
psicóticos
Deprimido/disfórico
Irritabilidade
Tristeza
Desânimo
Sentimento de abandono
Sentimento de inutilidade
Diminuição da auto-estima
Retraimento social/solidão
Anedonia e desinteresse
Idéias autodepreciativas
Idéias de morte
Tentativas de suicídio
Inapetência
Emagrecimento
Distúrbio do sono
Perda da energia
Lentificação psicomotora
Inquietação psicomotora
Hipocondria
Dores inespecíficas
Dificuldade de:
-concentração
-memória
Lentificação do
raciocínio
Idéias paranóides
Delírios de ruína
Delírios de morte
Alucinações mandativas
de suicídio
Tabela 1: Sintomas da depressão no idoso.
Aspectos Neurobiológicos da Depressão
A identificação do início e das condições específicas
em que surge um quadro depressivo constitui fator de
extrema importância para o diagnóstico etiológico da
depressão e das comorbidades, para o tratamento e
prognóstico. Assim, o paciente idoso, cuja depressão
tenha tido início em épocas remotas de sua vida e se
prolongado na velhice, tende a apresentar componente
genético significativo. Por outro lado, naquele cuja
depressão tenha iniciado após os 65 anos, a
interferência genética tende a ser menos intensa e os
fenômenos neurobiológicos tendem a ser mais
importantes. Obviamente, não se pode excluir a ação de
componentes de natureza psíquica que se acumulam ao
longo da vida.
Determinados fatores neurobiológicos podem
conduzir à depressão de início tardio por aumentarem o
risco e a vulnerabilidade do idoso à depressão, tais
como alterações neuroendócrinas (redução da resposta
ao hormônio estimulador da tireóide), alterações de
neurotransmissores (redução da atividade
serotoninérgica e noradrenérgica), alterações vasculares
e processos de degeneração de circuitos corticais e
subcorticais responsáveis pelo processamento e
elaboração da vida afetiva e emocional. A produção
diminuída de serotonina pelos Núcleos da Rafe e a
diminuição dos receptores para estes
neurotransmissores representam fatores de
vulnerabilidade à depressão no idoso.
Comprometimento dos Núcleos da Base,
particularmente do Núcleo Caudado e do Tálamo, tem
sido associado com depressão de início tardio
(Greenwald et al., 1996; Greenwald et al., 1998).
Hipofrontalidade, constatada por neuroimagem
funcional, como o SPECT cerebral (Single Photon
Emission Computerized Tomography), demonstrando a
redução da atividade cortical pré-frontal, também tem
sido correlacionada com depressão de início tardio.
Na depressão com sintomas psicóticos (delírios e
alucinações), os recursos de neuroimagem estrutural e
funcional podem ser aplicados. Kim et al. (1999)
desenvolveram estudo comparativo de volumetria de
diversas estruturas cerebrais, com a utilização de
ressonância magnética, entre dois grupos - 19 idosos
com depressão acompanhada de sintomas psicóticos
(delírios) e 26 idosos com depressão, porém, sem
sintomas psicóticos. Eles constataram volumes
significativamente menores nas regiões corticais pré-
frontais no grupo de pacientes deprimidos com delírios.
No idoso, a depressão com sintomas psicóticos,
ansiedade, irritabilidade e instabilidade emocional
tendem a predizer o surgimento de distúrbios de
comportamento, principalmente, agressividade e
agitação psicomotora.
Depressão e Doenças Clínicas Gerais
A depressão no idoso costuma manifestar-se por
meio de queixas físicas freqüentes e associada a
doenças clínicas gerais, sobretudo aquelas que
imprimem sofrimento prolongado, levando à
dependência física e à perda da autonomia, e que
induzem à hospitalização ou institucionalização. Por
outro lado, a depressão nesses pacientes agrava as
enfermidades clínicas gerais e eleva a mortalidade.
Embora com prevalência elevada nas doenças
clínicas gerais, a depressão não tem sido
adequadamente diagnosticada e tratada. Muitas vezes,
os sintomas depressivos são confundidos com a própria
doença clínica geral ou como uma conseqüência
“normal” do envelhecimento, sendo pouco valorizados.
Depressão e doença clínica geral exercem influência
recíproca na evolução clínica do paciente. Em algumas
condições específicas, freqüentes no idoso, a
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Motriz, Rio Claro,Ago/Dez 2002, Vol.8 n.3, pp. 91-9894
prevalência da depressão mostra-se bastante elevada:
doença de Parkinson (40 a 60%); demência de
Alzheimer (30 a 40%); acidente vascular cerebral (30 a
60%); doença de Huntington (30 a 40%); esclerose
múltipla (20 a 60%) e epilepsia (10 a 50%). Quadros
como síndrome de Cushing, hipotireoidismo, diabetes
mellitus, doenças cardíacas e doenças auto-imunes
também possuem prevalência elevada de depressão
(Cole & Bellavane, 1997; Evans et al., 1997; Prince et
al., 1998). Cabe lembrar que medicações de ação
central podem causar sintomas depressivos, como anti-
hipertensivos (alfa-metildopa, clonidina, nifedipina,
propranolol, digoxina), antiparkinsonianos (L-dopa,
amantadina), benzodiazepínicos (diazepam e outros),
além de corticóides.
Deve-se, ainda, registrar que períodos prolongados
de dor, comprometimento da nutrição, emagrecimento e
fatores oriundos de doenças físicas que conduzem à
diminuição da autonomia e perda de mobilidade física
contribuem decisivamente para a instalação da
depressão. Pacientes nestas condições tendem a evoluir
com sintomas psicóticos caracterizados por delírios de
nulidade e de que seu corpo está morrendo. O medo da
progressão da doença física, da perda da dignidade e o
medo de se transformar em sobrecarga aos familiares
também são fenômenos psicológicos que acompanham
o comprometimento da condição física (Forlenza,
2000).
O paciente deprimido diminui o autocuidado,
recusa-se a se alimentar e a seguir as recomendações do
clínico, permanecendo por maior tempo restrito ao leito
ou com pouca mobilidade física. Estes fatores,
associados à debilidade clínica geral, podem diminuir a
imunidade, com maior vulnerabilidade a processos
infecciosos.
Depressão e Funções Cognitivas
O aparecimento de transtornos depressivos em
idosos tem sido considerado um fator de risco para o
desenvolvimento posterior de processo demencial.
Alguns estudos sugerem que 50% dos pacientes com
depressão evoluem para quadro demencial num período
de cinco anos (Rasking, 1998). A comorbidade de
depressão e demência contribui para o
comprometimento de suas capacidades funcionais.
A depressão pode conduzir a alterações das funções
cognitivas temporariamente, muitas vezes dificultando
o diagnóstico diferencial entre este quadro e demência.
Por outro lado, em muitos pacientes, o início de um
processo demencial do tipo Alzheimer apresenta-se
com sintomas depressivos. Além disso, há associação
entre sintomas depressivos e comprometimento das
funções cognitivas em idosos, com ou sem demência.
Queixas de memória são comuns em pacientes
deprimidos, sugerindo, tradicionalmente, o
aparecimento do termo “pseudodemência depressiva”.
De acordo com Stoppe Jr e Louzã Neto (1999), a
relação recíproca entre depressão e demência
manifesta-se da seguinte maneira: a) Depressão na
demência: os sintomas depressivos constituem parte
integrante do processo demencial; b) Demência com
depressão: coexistência de ambos os fenômenos, sendo
que os sintomas depressivos instalam-se em um quadro
demencial preexistente; c) Depressão com
comprometimento cognitivo: a depressão evolui com
dificuldades cognitivas, particularmente, de
concentração e de memória recente; d) Demência na
depressão: onde o comprometimento cognitivo resulta
do processo depressivo (“pseudodemência depressiva”).
Tratamento da Depressão no Idoso
O tratamento da depressão no idoso tem por
finalidade reduzir o sofrimento psíquico causado por
esta enfermidade, diminuir o risco de suicídio, melhorar
o estado geral do paciente e garantir uma melhor
qualidade de vida. O tratamento da depressão, como
também de outras doenças neuropsiquiátricas no idoso,
constitui um desafio que envolve intervenção
especializada. As estratégias de tratamento, comentadas
a seguir, envolvem psicoterapia, intervenção
psicofarmacológica e, quando necessário,
eletroconvulsoterapia. O papel terapêutico da atividade
física será analisado em item específico.
Inicialmente, há a necessidade da identificação de
fatores que estariam desencadeando o surgimento de
um processo depressivo, ou mesmo, agravando uma
depressão já existente. Assim, é pertinente verificar se o
paciente possui alguma doença clínica que esteja
relacionada com a depressão e observar se o uso de
algum medicamento (antiinflamatório, anti-
hipertensivo, remédio para insônia, etc.) não estaria
levando ao surgimento de sintomas depressivos. A
seguir, convém investigar aspectos de natureza
psicológica e psicossocial, como lutos, isolamento
social, abandono e outros fatores que tendem a
desencadear sintomas depressivos.
A intervenção psicoterapêutica, preferencialmente
com profissionais especializados em idosos, ajuda a
identificar os fatores desencadeadores do processo
depressivo, contribuindo para a orientação dos
familiares, dos cuidadores e do próprio paciente.
Atividades do tipo terapia ocupacional, participação em
atividades artísticas e de lazer também têm seu papel no
tratamento do idoso deprimido. A intervenção
psicoterapêutica, particularmente indicada para idosos,
é a modalidade denominada de psicoterapia breve. Esta
modalidade, além de minimizar o sofrimento psíquico
do paciente, ajuda o idoso deprimido a reorganizar seu
projeto de vida. É uma terapia prospectiva, voltada para
o presente e para o futuro,com duração, em geral, de
seis meses.
Quando os sintomas da depressão colocam em risco
a condição clínica do paciente e quando sofrimento
psíquico é significativo, faz-se necessária a intervenção
psicofarmacológica. Recomendam-se os
antidepressivos de segunda geração, por constituírem
5. Depressão do Idoso e Atividade Física
Motriz, Rio Claro,Ago/Dez 2002, Vol.8 n.3, pp. 91-98 95
medicamentos mais seguros para os idosos. A
depressão não tratada coloca em risco a vida do
paciente e eleva muito seu sofrimento, como visto
anteriormente, não se justificando o não tratamento da
depressão.
O tratamento psicofarmacológico da depressão no
idoso depende essencialmente do perfil de
tolerabilidade do paciente em relação aos
antidepressivos (Forlenza, 2000). Os ISRS (inibidores
seletivos da recaptação de serotonina) constituem a
primeira escolha, sobretudo, citalopram e sertralina.
Dentre os medicamentos desta categoria, estes dois têm
sido os mais estudados na população idosa. Paroxetina
e fluoxetina, além de outros menos comuns em idosos,
como venlafaxina, também têm sido prescritos. Em
geral, os antidepressivos tricíclicos não constituem a
primeira escolha para pacientes idosos devido aos
efeitos adversos, principalmente anticolinérgicos.
Quando necessário prescrever medicamento dessa
classe, recomenda-se a nortriptilina, iniciando-se com
baixas doses e com elevação cautelosa das mesmas.
Deve-se ter atenção para os efeitos adversos dos
medicamentos prescritos e para o risco de interação
medicamentosa. Devido à presença de várias
enfermidades que comumente acometem os idosos, eles
tendem a fazer uso de vários medicamentos, com risco
elevado de interação medicamentosa com
potencialização de efeitos adversos. Especialmente,
deve-se evitar drogas que produzam ou potencializem
efeitos anticolinérgicos, hipotensão postural, distúrbios
do sistema de condução cardíaca e delirium. A
associação do tratamento psicofarmacológico com
psicoterapia tem demonstrado bons resultados.
Quando o paciente tem risco iminente de suicídio e
uma resposta rápida é necessária, em quadros
catatônicos que não respondem ao tratamento
medicamentoso e quando o paciente não tem
tolerabilidade aos psicofármacos, a
eletroconvulsoterapia (ECT) constitui opção valiosa e
segura para o tratamento da depressão. Eventualmente,
podem ocorrer episódios de delirium e de distúrbios
cognitivos, em geral transitórios. Cabe salientar que a
eletroconvulsoterapia somente pode ser efetuada dentro
dos parâmetros determinados pelo Conselho Federal de
Medicina, entre eles, a realização do ECT em ambiente
hospitalar, sob anestesia geral e com equipe
especializada, respeitando-se a condição clínica geral
do paciente. Consideram-se contra-indicações absolutas
ao ECT os quadros de hipertensão intracraniana e a
ocorrência de infarto agudo do miocárdio (3 meses) ou
acidente vascular cerebral (6 meses). Obviamente,
recomenda-se exame clínico completo do paciente e de
laboratório antes da realização do procedimento, para
verificar a existência de outras contra-indicações.
Depressão e Atividade Física
O fato do paciente com a depressão permanecer no
leito por muito tempo, sem praticar atividade física, traz
prejuízos acentuados à saúde geral, particularmente no
idoso. Do ponto de vista biológico, a não mobilidade
física compromete a atividade pulmonar e isto leva ao
acúmulo de secreções nas vias respiratórias,
predispondo o idoso a desenvolver pneumonias
bacterianas. A permanência excessiva no leito, somada
à lentificação psicomotora que a depressão provoca,
com freqüência desmotiva o idoso andar ou praticar
exercícios físicos, e isto leva ao descontrole da pressão
arterial com agravamento do quadro hipertensivo, além
do comprometimento da circulação periférica, da
perfusão cerebral e do próprio funcionamento cardíaco.
artrose e outros distúrbios articulares também se
agravam devido à falta de atividade física do idoso
deprimido.
Segundo Cooper (1982), o exercício físico, em
particular o chamado aeróbio, realizado com
intensidade moderada e longa duração (a partir de 30
minutos) propicia alívio do estresse ou tensão, devido a
um aumento da taxa de um conjunto de hormônios
denominados endorfinas que agem sobre o sistema
nervoso, reduzindo o impacto estressor do ambiente e
com isso pode prevenir ou reduzir transtornos
depressivos, o que é comprovado por vários estudos.
Em um estudo desenvolvido por Blumenthal et al.
(1999), 156 idosos com desordem depressiva principal
(maior ou igual a 13 na escala de Hamilton), com
duração de 4 meses, foram divididos em três grupos:
Grupo de Medicamento (GM) – cloridrato de sertralina
(inibidor seletivo de recaptura de serotonina); Grupo de
Exercício (GE) – a uma intensidade de 70 a 85% da
freqüência cardíaca de reserva, com duração de 45
minutos (10 minutos de aquecimento; 30 minutos
pedalando ou andando forçadamente ou correndo
levemente; 5 minutos de volta à calma), com 3 sessões
semanais, e Grupo Combinado – medicamento
associado ao exercício. Ao final de 16 semanas, os três
grupos apresentaram resultados semelhantes, com
redução dos níveis de depressão, conquanto os
pacientes sob medicamento tenham mostrado uma
resposta inicial mais rápida. Os autores concluem que a
atividade física regular deve ser considerada como uma
alternativa não-farmacológica do tratamento do
transtorno depressivo. Estes mesmos sujeitos foram
acompanhados durante os seis meses seguintes,
concluindo-se, ao final, que os sujeitos do GE
apresentaram menores taxas de recaída que os sujeitos
do GM, evidenciando que a terapia através da atividade
física é viável e é associada com benefício terapêutico,
especialmente se o exercício é mantido ao longo do
tempo (Babyak et al., 2000). Miranda et al. (1996)
também verificaram, em 27 idosos com média de idade
de 70 anos, que 45 minutos de atividade física aeróbia
diminuíram a tensão e a depressão.
A atividade física regular deve ser considerada
como uma alternativa não-farmacológica do tratamento
do transtorno depressivo. O exercício físico apresenta,
em relação ao tratamento medicamentoso, a vantagem
de não apresentar efeitos colaterais indesejáveis, além
de sua prática demandar, ao contrário da atitude
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Motriz, Rio Claro,Ago/Dez 2002, Vol.8 n.3, pp. 91-9896
relativamente passiva de tomar uma pílula, um maior
comprometimento ativo por parte do paciente que pode
resultar na melhoria da auto-estima e auto-confiança.
Strawbridge et al. (2002), objetivando comparar os
efeitos de níveis mais elevados de atividade física em
depressão prevalente ou incidente em indivíduos
portadores e não-portadores de incapacidades,
realizaram estudo longitudinal de acompanhamento, por
cinco anos, em 1947 adultos [idade média - 63 anos;
amplitude de 50 a 94 anos; 56 % mulheres] envolvidos
no Alameda County Study. Os achados (resumidos na
Tabela 2) mostraram efeitos protetores da atividade
física na depressão em indivíduos idosos,
independentemente de portarem ou não incapacidades.
Nível de atividade
física
Prevalência de depressão em 1994 Incidência de depressão em 1999
% Risco em número de vezes - OR % Risco em número de vezes - OR
Baixo
Médio
Alto
11.5
6.1
3.0
4.21
2.11
1.00
7.7
4.3
1.7
4.94
2.64
1.00
Tabela 2. Relação entre depressão e nível de atividade física em 1.947 homens e mulheres, com idade entre 50–94
anos (média de 63 anos), sendo 56 % mulheres, do estudo longitudinal “Alameda County Study, California” entre os
anos 1994–1999 (Adaptado de Strawbridge et al., 2002)
São vários os mecanismos que têm sido propostos,
através dos quais a atividade física pode reduzir a
incidência de depressão; contudo, sem ainda mostrarem
conclusões definitivas, dois mecanismos
constantemente discutidos incluem níveis aumentados
de dois tipos de neurotransmissores pós-exercício, as
monoaminas e as endorfinas. Os aspectos preventivos
da atividade física para Doenças e Agravos Não-
Transmissíveis (DANT), tais como diabetes e doenças
cardíacas, podem ser importantes devido à forte
associação entre saúde física e prevenção da depressão
na velhice. Outros mecanismos possíveis incluem
aptidão funcional melhorada e aumento da auto-estima,
como resultado de maiores níveis de atividade física;
idosos fisicamente ativos podem interagir mais e
estabelecer relações com aqueles que entram em
contato em razão da própria atividade física
(Strawbridge et al., 2002).
Do ponto de vista da saúde mental, no idoso, a
lentificação psicomotora e a não mobilidade física
provocam baixa auto-estima, diminuição da sua
participação na comunidade e a redução do círculo das
relações sociais. Como conseqüência, são agravados o
sofrimento psíquico, a sensação de incapacidade
funcional e os sentimentos de isolamento e de solidão.
Por outro lado, a atividade física tem sido associada
a vários fatores favoráveis a uma melhor qualidade de
vida no idoso, implementando melhor perfusão
sanguínea sistêmica e, particularmente, cerebral. É
evidente o benefício da atividade física para a redução
dos níveis de hipertensão arterial, para a implementação
da capacidade pulmonar e para prevenção de
pneumopatias. Ganho de força muscular e de massa
óssea e desempenho mais eficiente das articulações são
outros benefícios que o idoso obtém com a prática
regular e adequada de atividade física, constituindo-se
em importante fator de prevenção de quedas e outros
acidentes, que também se apresentam como
comorbidades em relação à depressão.
Do ponto de vista mental, a atividade física,
sobretudo quando praticada em grupo, eleva a auto-
estima do idoso, contribui para a implementação das
relações psicossociais e para o reequilíbrio emocional.
Capacidade de atenção concentrada, memória de curto
prazo e desempenho dos processos executivos
(planejamento de ações seqüenciais logicamente
estruturadas e capacidade de autocorreção das ações)
constituem funções cognitivas imprescindíveis na vida
cotidiana e que são estimuladas durante a prática de
exercícios bem planejados.
Embora haja necessidade de maior clareza quanto
aos mecanismos neurobiológicos e psicológicos
envolvidos na recuperação do paciente (Jagadheesan et
al., 2002), admite-se que a atividade física regular
contribua para a minimização do sofrimento psíquico
causado pelo quadro depressivo (Mather et al., 2002).
Comentários Finais
A depressão constitui condição mental nem sempre
diagnosticada, o que favorece a cronificação desta
enfermidade, agravando o sofrimento psíquico do
paciente. Além disso, devido à íntima relação entre
depressão e doenças clínicas gerais no idoso, a não
identificação e o não tratamento da depressão
contribuem para o agravamento de eventuais doenças
orgânicas que acometem o paciente, aumentando a
morbidade e o risco de morte.
Por outro lado, a atividade física contribui de
diferentes maneiras para melhorar a condição clínica
geral e a condição mental do idoso deprimido. Do ponto
de vista biológico, a atividade física tem sido associada
a vários fatores favoráveis a uma melhor qualidade de
vida no idoso, principalmente no que tange à perfusão
7. Depressão do Idoso e Atividade Física
Motriz, Rio Claro,Ago/Dez 2002, Vol.8 n.3, pp. 91-98 97
sanguínea sistêmica e cerebral com redução dos níveis
de hipertensão arterial; implementação da capacidade
pulmonar com prevenção de pneumopatias; ganho de
força muscular e de massa óssea com melhor
desempenho das articulações. Em relação à condição
mental, a atividade física eleva a auto-estima do idoso,
contribui para a implementação das relações
psicossociais e estimula as funções cognitivas,
principalmente a capacidade de concentração e de
memória.
Ao fazer referência às contribuições da atividade
física regular e planejada para a melhora do sofrimento
psíquico do idoso com depressão, cabe mencionar a
atividade física como um recurso preventivo de
sintomas depressivos, constituindo um tema importante
a ser aprofundado em nosso meio.
Assim, diante da importância da atividade física na
prevenção e tratamento da depressão e de outras
doenças que acomentem especialmente as pessoas
idosas, propõem-se que as administrações municipais,
através da articulação entre as Secretarias de Esporte e
de Saúde, organizem serviços que ofereçam atividade
física para a população idosa, podendo utilizar como
referência o trabalho que vem sendo desenvolvido pela
UNESP – IB/Campus de Rio Claro, há treze anos,
através do Programa de Atividade Física para Terceira
Idade - PROFIT (Gobbi et al., 2002). Além das ações
desenvolvidas pelo poder público, os Grupos de
Terceira Idade, que têm se multiplicado por todo o país,
podem incluir atividades físicas em suas programações,
podendo recorrer ao apoio da Secretaria de Esportes e
Lazer do respectivo município (Costa, 2002). Outra
medida importante que pode ser desenvolvida pelos
municípios é o estímulo e apoio à atividade física nas
atividades cotidianas da população, através de um
conjunto de ações destinadas a promover o
deslocamento a pé (arborização e conservação das vias
públicas, faixa de pedestre, eliminação de barreiras
arquitetônicas, etc.) e o uso da bicicleta (construção de
ciclovias, implantação de ciclofaixas, etc.), além de
oferecer infra-estrutura adequada e suporte técnico para
as pessoas que, espontaneamente, vêm desenvolvendo o
hábito de fazer caminhadas, em diferentes pontos de
nossas cidades.
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Manuscrito recebido em 30 de outubro de 2002.
Manuscrito aceito em 27 de março de 2003.