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JEAN ANTONIO ADERALDO DA SILVA FILHO (2.8427.1V)
DARWINISMO SOCIAL
O termo Darwinismo surgiu a partir da teoria da evolução das espécies,
elabora pelo britânico Charles Darwin que tinha cinco pontos principais na sua
tese para explicar como aconteceu o surgimento das sociedades, são esses:
 Todos os seres vivos estão sendo transformados, ou seja, evoluem;
 Essas alterações ocorrem de maneira gradual;
 Todo grupo de organismo descende de uma espécie ancestral comum;
 Há a multiplicação de espécies;
 Por fim, há uma seleção natural que atua nesse processo evolutivo.
Após a apresentação desse estudo de evolução, o Darwinismo foi sendo
aos poucos aplicado nas ciências sociais, apesar de Darwin nunca ter afirmado
que esse termo poderia ser usado na sociedade humana, inicialmente pelo
historiador norte-americano Richard Hofstadter, daí intitulou-se Darwinismo
Social, que era usar o termo da evolução das espécies para explicar a
superioridade de uma “raça” para outra na sociedade humana, determinar a
demografia de uma região a partir das classes, por exemplo, em um determinado
espaço só habitaria a “raça” branca, em outro só a negra, só a indígena, só a
asiática, não sendo permitido assim que essas “espécies” pudessem realizar a
reprodução, pois isso atrapalharia a “força” e a “inteligência” que somente os
brancos europeus teriam.
Outro ponto bastante colocado foi o fato de se comparado à Europa, os
negros teriam conhecimento bem inferior se relacionados aos brancos, que além
de “mais inteligentes” eram também mais ricos por causa disso, mais um motivo
usado para se aplicar o termo, pois já seria outro fator que mostravam que a
classe negra seria inferior, e como o conceito que Darwin elaborou só os mais
fortes sobrevivem, os fracos estavam sendo eliminados, modificando o intuito
principal de Darwin, ressaltando mais uma vez que ele nunca afirmou que esse
conceito poderia ser aplicado na sociedade humana.
O maior exemplo histórico do uso extremista do Darwinismo Social e ainda
de Eugenia (intervenção humana para melhoramento da espécie), se deu na
Alemanha. Adolf Hitler foi responsável pela extermínio de milhares de pessoas:
negras, judeus, deficientes físicos e mentais, esse ato tornou-se conhecido como
Holocausto, tudo levando-se em conta a evolução da “melhor raça”. Na
Alemanha ditava-se o seguinte: nenhum alemão poderia casar ou manter
relações sexuais com um membro de chamada “escoria” já que caso alguém o
fizesse, macularia toda uma geração humana.
Na Itália chegou a existir a chamada Antropologia Criminal criada pelo
médico Cesare Lombroso, em que afirmava que dependendo das características
genéticas dos indivíduos, os policiais teriam de ficar atentos, pois aquelas
pessoas teriam uma maior probabilidade de cometer crimes. Se houvesse
suspeita de duas pessoas quanto a um ato criminoso, seria medido o tamanho
da testa de cada um, da orelha e avaliaria se o peito do indivíduo era cabeludo
ou não, tudo isso antes de Hitler.
O Darwinismo Social não se deu apenas naquela época e não somente
na Alemanha nazista, no Brasil atualmente, se bem analisado e não levando em
conta somente o extremo desse conceito derivado, encontramos claramente
este sendo aplicado na sociedade, sendo ele apresentado por meio das
diferenças de classes.
As favelas são os maiores exemplos disso, os residentes de lá que só
contam com o básico para a sobrevivência, e as vezes nem isso, pois ainda
observamos casas sendo invadidas por esgotos e lixos, são tidos na sociedade
como: morou em favela é traficante, ladrão, bandido, isso devido ao alto índice
de violência dessa área, e por isso a sociedade faz essa globalização
preconceituosa. O Darwinismo Social é visto a partir do momento em que se tem
os da cidade “civilizada” com suas mordomais e requintes como a sociedade útil
e essencial, que somente ela se basta para sobreviver e “evoluir”.
Retomando ao uso da Eugenia, hoje também, assim como o Darwinismo
Social, ela encontra-se, para alguns, como mais presente que nunca, mas não
de uma forma violenta. A plástica é o maior exemplo disso, pois a partir do
momento que você rasga seu corpo, passa por intervenções cirúrgicas a fim de
chegar ao ideal de beleza padrão, você está cometendo, segundo alguns pontos
de vista, a Eugenia.
Não poderíamos falar de Darwinismo Social sem falar da Eugenia, dois
conceitos que foram responsáveis por um número avassalador de mortos, e que
ainda hoje continua, mais de uma forma digamos que “pacífica”.
USO DO TERMO “RAÇA” PARA A SOCIEDADE HUMANA
A sociedade humana vem passando por modificações. Tanto no modo de
vida como de comportamento social. Essa que já passou por momentos de
grandes divisões de classes ou mesmo de “raças” como tidas por alguns
“superiores” da sociedade. O uso desse termo, foi bastante perseguido, tanto
pelas ciências biológicas quanto pelas sociais.
Empregar esse termo para a sociedade humana, acarretou problemas no
convívio em que podemos ter presentes na nossa atualidade. Logo, explanemos
o conceito inicial de “raça humana”, que segundo François Bernier (1684) é a
“Nova divisão da terra pelas diferentes espécies ou raças que a habitam”, isso
serviu para que surgissem as definições de homens e mulheres brancos(as)
livres, e logo mais em 1890, a de branco, preto, chinês, japonês e índios para
classificar a sociedade. O criador do termo homo sapiens Carolus Linnaeus
(1758), possivelmente foi um dos principais responsáveis por elaborar esse
termo preconceituoso e de hierarquia sobre os homens, pois este além de
determinar a cor, determinava a característica psicológica de cada um. Ele
afirmava que existia quatro raças: Americano (Homo sapiens americanus:
vermelho, mau temperamento, subjugável); Europeu (europaeus: branco, sério,
forte); Asiático (Homo sapiens asiaticus: amarelo, melancólico, ganancioso);
Africano (Homo sapiens afer: preto, impassível, preguiçoso). Depois dessa,
várias outras surgiram, e essas especificações foram ao longo do tempo se
fortalecendo e as consequências disso sendo cada vez mais catastróficas como
a escravatura, e a criação de campos de concentração para extermínio das
“raças” inferiores as brancas de olhos claros e cabelos lisos, como determinava
Hitler.
As ciências biológicas com seu avanço, conseguiu provar por meio da
bioquímica e da genética humana que:
“O genoma humano é composto de 25 mil genes. As diferenças
mais aparentes (cor da pele, textura dos cabelos, formato do
nariz) são determinadas por um grupo insignificante de genes.
As diferenças entre um negro africano e um branco nórdico
compreendem apenas 0,005% do genoma humano. (Santos et
al, 2010)”
Isso foi considerado uma revolução e uma evolução no pensar sociedade
humana. A partir disto, as políticas para esse inibir o uso deste termo
preconceituoso adotado aos humanos, foi ganhando espaço, porém nem em
todos os cantos. Antropólogos e geneticistas são aliados na afirmação de que
não existe a menor possibilidade de adotar “raça” aos homens, o que é um
pensamento fervoroso e digno de respeito e adoção no pensar de todos.
Não é incomum ouvir a expressão “É negro pra ser de raça ruim”, um
expressão de cunho extremamente preconceituoso e ignorante o qual pode-se
diagnosticar o quanto de atrasado este pensamento é e se tivermos um pouco
de conhecimento histórico, saberemos as catástrofes que esse termo causou.
Raça é um termo em que somente deve ser usado para diferenciar
espécies animais como cachorros, gatos, bovinos e ovinos, dentre os demais. O
ser humano é uma única espécie e só se diferenciam apenas pelo fenótipo. O
homem portanto é divido em etnias, que é classificada, segundo Santos et al
(2010), como “um conceito polivalente, que constrói a identidade de um indivíduo
resumida em: parentesco, religião, língua, território compartilhado e
nacionalidade, além da aparência física.” Dessa forma, o conceito é aceito e
adotado como algo inofensivo ao caráter humano e o respeitoso aos que vivem
em classes econômicas e territórios diferentes.
Portanto, utilizar “raça” humana só pela diferença de cor é algo de atraso
e primitivo, de maneira alguma esse termo deve ser usado, além de
preconceituoso é pesado e ofensivo, ao pé de que geneticamente somos todos
iguais, até por que “a cor da pele é uma característica genética especial, porque
é muito sujeita à seleção natural (Revista USP, São Paulo, n.68).”
Isto posto, por sermos de uma sociedade organizada e evoluída, usar
esse termo em pleno avanço tecnológico e educacional, mais uma vez, é
sinônimo de atraso e de um grupo social que não consegue enxergar que tudo
muda, e que tudo evolui, inclusive o nosso pensar.
REFERÊNCIAS
Darwinismo Social. Disponível em: http://www.simonsen.br/eja/arqui vos-
pdf/socio2-cap5.pdf. Acesso em 19 de fevereiro de 2015.
Darwinismo no Rio de Janeiro. Disponível em:
http://leiturasdahistoria.uol.com.br/ESLH/Edicoes/26/artigo162866-2.asp.
Acesso em 19 de fevereiro de 2015.
Sociologia - Aula 05 - Darwinismo Social, Antropologia Criminal e Eugenia.
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=9PPaQEeVlco. Acesso em
19 de fevereiro de 2015.
Raça versus etnia: diferenciar para melhor aplicar. Disponível em:
http://www.scielo.br/pdf/dpjo/v15n3/15.pdf. Acesso em 20 de fevereiro de 2015.
Reflexões sobre os conceitos de raça e etnia. Disponível em:
www.ufrb.edu.br/revistaentrelacando/downloads. Acesso em 20 de fevereiro de
2015.
A inexistência biológica versus a existência social de raças humanas: pode a
ciência instruir o etos social? Disponível em: http://www.usp.br/revistausp/68/02-
sergio-telma.pdf. Acesso em: 20 de fevereiro de 2015.

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Darwinismo social e Uso do Termo Raça para a sociedade humana

  • 1. JEAN ANTONIO ADERALDO DA SILVA FILHO (2.8427.1V) DARWINISMO SOCIAL O termo Darwinismo surgiu a partir da teoria da evolução das espécies, elabora pelo britânico Charles Darwin que tinha cinco pontos principais na sua tese para explicar como aconteceu o surgimento das sociedades, são esses:  Todos os seres vivos estão sendo transformados, ou seja, evoluem;  Essas alterações ocorrem de maneira gradual;  Todo grupo de organismo descende de uma espécie ancestral comum;  Há a multiplicação de espécies;  Por fim, há uma seleção natural que atua nesse processo evolutivo. Após a apresentação desse estudo de evolução, o Darwinismo foi sendo aos poucos aplicado nas ciências sociais, apesar de Darwin nunca ter afirmado que esse termo poderia ser usado na sociedade humana, inicialmente pelo historiador norte-americano Richard Hofstadter, daí intitulou-se Darwinismo Social, que era usar o termo da evolução das espécies para explicar a superioridade de uma “raça” para outra na sociedade humana, determinar a demografia de uma região a partir das classes, por exemplo, em um determinado espaço só habitaria a “raça” branca, em outro só a negra, só a indígena, só a asiática, não sendo permitido assim que essas “espécies” pudessem realizar a reprodução, pois isso atrapalharia a “força” e a “inteligência” que somente os brancos europeus teriam. Outro ponto bastante colocado foi o fato de se comparado à Europa, os negros teriam conhecimento bem inferior se relacionados aos brancos, que além de “mais inteligentes” eram também mais ricos por causa disso, mais um motivo usado para se aplicar o termo, pois já seria outro fator que mostravam que a classe negra seria inferior, e como o conceito que Darwin elaborou só os mais fortes sobrevivem, os fracos estavam sendo eliminados, modificando o intuito principal de Darwin, ressaltando mais uma vez que ele nunca afirmou que esse conceito poderia ser aplicado na sociedade humana. O maior exemplo histórico do uso extremista do Darwinismo Social e ainda de Eugenia (intervenção humana para melhoramento da espécie), se deu na
  • 2. Alemanha. Adolf Hitler foi responsável pela extermínio de milhares de pessoas: negras, judeus, deficientes físicos e mentais, esse ato tornou-se conhecido como Holocausto, tudo levando-se em conta a evolução da “melhor raça”. Na Alemanha ditava-se o seguinte: nenhum alemão poderia casar ou manter relações sexuais com um membro de chamada “escoria” já que caso alguém o fizesse, macularia toda uma geração humana. Na Itália chegou a existir a chamada Antropologia Criminal criada pelo médico Cesare Lombroso, em que afirmava que dependendo das características genéticas dos indivíduos, os policiais teriam de ficar atentos, pois aquelas pessoas teriam uma maior probabilidade de cometer crimes. Se houvesse suspeita de duas pessoas quanto a um ato criminoso, seria medido o tamanho da testa de cada um, da orelha e avaliaria se o peito do indivíduo era cabeludo ou não, tudo isso antes de Hitler. O Darwinismo Social não se deu apenas naquela época e não somente na Alemanha nazista, no Brasil atualmente, se bem analisado e não levando em conta somente o extremo desse conceito derivado, encontramos claramente este sendo aplicado na sociedade, sendo ele apresentado por meio das diferenças de classes. As favelas são os maiores exemplos disso, os residentes de lá que só contam com o básico para a sobrevivência, e as vezes nem isso, pois ainda observamos casas sendo invadidas por esgotos e lixos, são tidos na sociedade como: morou em favela é traficante, ladrão, bandido, isso devido ao alto índice de violência dessa área, e por isso a sociedade faz essa globalização preconceituosa. O Darwinismo Social é visto a partir do momento em que se tem os da cidade “civilizada” com suas mordomais e requintes como a sociedade útil e essencial, que somente ela se basta para sobreviver e “evoluir”. Retomando ao uso da Eugenia, hoje também, assim como o Darwinismo Social, ela encontra-se, para alguns, como mais presente que nunca, mas não de uma forma violenta. A plástica é o maior exemplo disso, pois a partir do momento que você rasga seu corpo, passa por intervenções cirúrgicas a fim de chegar ao ideal de beleza padrão, você está cometendo, segundo alguns pontos de vista, a Eugenia.
  • 3. Não poderíamos falar de Darwinismo Social sem falar da Eugenia, dois conceitos que foram responsáveis por um número avassalador de mortos, e que ainda hoje continua, mais de uma forma digamos que “pacífica”. USO DO TERMO “RAÇA” PARA A SOCIEDADE HUMANA A sociedade humana vem passando por modificações. Tanto no modo de vida como de comportamento social. Essa que já passou por momentos de grandes divisões de classes ou mesmo de “raças” como tidas por alguns “superiores” da sociedade. O uso desse termo, foi bastante perseguido, tanto pelas ciências biológicas quanto pelas sociais. Empregar esse termo para a sociedade humana, acarretou problemas no convívio em que podemos ter presentes na nossa atualidade. Logo, explanemos o conceito inicial de “raça humana”, que segundo François Bernier (1684) é a “Nova divisão da terra pelas diferentes espécies ou raças que a habitam”, isso serviu para que surgissem as definições de homens e mulheres brancos(as) livres, e logo mais em 1890, a de branco, preto, chinês, japonês e índios para classificar a sociedade. O criador do termo homo sapiens Carolus Linnaeus (1758), possivelmente foi um dos principais responsáveis por elaborar esse termo preconceituoso e de hierarquia sobre os homens, pois este além de determinar a cor, determinava a característica psicológica de cada um. Ele afirmava que existia quatro raças: Americano (Homo sapiens americanus: vermelho, mau temperamento, subjugável); Europeu (europaeus: branco, sério, forte); Asiático (Homo sapiens asiaticus: amarelo, melancólico, ganancioso); Africano (Homo sapiens afer: preto, impassível, preguiçoso). Depois dessa, várias outras surgiram, e essas especificações foram ao longo do tempo se fortalecendo e as consequências disso sendo cada vez mais catastróficas como a escravatura, e a criação de campos de concentração para extermínio das “raças” inferiores as brancas de olhos claros e cabelos lisos, como determinava Hitler. As ciências biológicas com seu avanço, conseguiu provar por meio da bioquímica e da genética humana que: “O genoma humano é composto de 25 mil genes. As diferenças mais aparentes (cor da pele, textura dos cabelos, formato do nariz) são determinadas por um grupo insignificante de genes.
  • 4. As diferenças entre um negro africano e um branco nórdico compreendem apenas 0,005% do genoma humano. (Santos et al, 2010)” Isso foi considerado uma revolução e uma evolução no pensar sociedade humana. A partir disto, as políticas para esse inibir o uso deste termo preconceituoso adotado aos humanos, foi ganhando espaço, porém nem em todos os cantos. Antropólogos e geneticistas são aliados na afirmação de que não existe a menor possibilidade de adotar “raça” aos homens, o que é um pensamento fervoroso e digno de respeito e adoção no pensar de todos. Não é incomum ouvir a expressão “É negro pra ser de raça ruim”, um expressão de cunho extremamente preconceituoso e ignorante o qual pode-se diagnosticar o quanto de atrasado este pensamento é e se tivermos um pouco de conhecimento histórico, saberemos as catástrofes que esse termo causou. Raça é um termo em que somente deve ser usado para diferenciar espécies animais como cachorros, gatos, bovinos e ovinos, dentre os demais. O ser humano é uma única espécie e só se diferenciam apenas pelo fenótipo. O homem portanto é divido em etnias, que é classificada, segundo Santos et al (2010), como “um conceito polivalente, que constrói a identidade de um indivíduo resumida em: parentesco, religião, língua, território compartilhado e nacionalidade, além da aparência física.” Dessa forma, o conceito é aceito e adotado como algo inofensivo ao caráter humano e o respeitoso aos que vivem em classes econômicas e territórios diferentes. Portanto, utilizar “raça” humana só pela diferença de cor é algo de atraso e primitivo, de maneira alguma esse termo deve ser usado, além de preconceituoso é pesado e ofensivo, ao pé de que geneticamente somos todos iguais, até por que “a cor da pele é uma característica genética especial, porque é muito sujeita à seleção natural (Revista USP, São Paulo, n.68).” Isto posto, por sermos de uma sociedade organizada e evoluída, usar esse termo em pleno avanço tecnológico e educacional, mais uma vez, é sinônimo de atraso e de um grupo social que não consegue enxergar que tudo muda, e que tudo evolui, inclusive o nosso pensar.
  • 5. REFERÊNCIAS Darwinismo Social. Disponível em: http://www.simonsen.br/eja/arqui vos- pdf/socio2-cap5.pdf. Acesso em 19 de fevereiro de 2015. Darwinismo no Rio de Janeiro. Disponível em: http://leiturasdahistoria.uol.com.br/ESLH/Edicoes/26/artigo162866-2.asp. Acesso em 19 de fevereiro de 2015. Sociologia - Aula 05 - Darwinismo Social, Antropologia Criminal e Eugenia. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=9PPaQEeVlco. Acesso em 19 de fevereiro de 2015. Raça versus etnia: diferenciar para melhor aplicar. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/dpjo/v15n3/15.pdf. Acesso em 20 de fevereiro de 2015. Reflexões sobre os conceitos de raça e etnia. Disponível em: www.ufrb.edu.br/revistaentrelacando/downloads. Acesso em 20 de fevereiro de 2015. A inexistência biológica versus a existência social de raças humanas: pode a ciência instruir o etos social? Disponível em: http://www.usp.br/revistausp/68/02- sergio-telma.pdf. Acesso em: 20 de fevereiro de 2015.