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                       DECOMTEC - Departamento de
                        Competitividade e Tecnologia



“CRISE INTERNACIONAL, OPORTUNIDADES E DESAFIOS
PARA A RETOMADA DO CRESCIMENTO ECONÔMICO
BRASILEIRO”


CONVENÇÃO   - CIESP

                           José Ricardo Roriz Coelho
                                         Agosto de 2012 1
DECOMTEC




1.   Quais as perspectivas para o crescimento econômico mundial nos
     próximos anos e a situação das principais economias? Qual o principal
     drive para o crescimento?
2.   Quais as principais oportunidades para acelerar o crescimento do PIB
     brasileiro nos próximos anos? Quais as cadeias produtivas com maior
     potencial de crescimento?
3.   O Brasil tem aproveitado e está preparado para aproveitar tais
     oportunidades?
4.   De que maneira alguns países converteram oportunidades em
     crescimento econômico? O que seria um crescimento razoável para o
     Brasil nos próximos anos?
5.   Qual estratégia o Brasil precisa seguir para crescer novamente?




                                                                                  2
A crise financeira internacional afetou o crescimento econômico mundial
em 2008-09. Houve recuperação em 2010-11, mas até 2014 a economia
                                                                                            DECOMTEC
global terá nova desaceleração

 Crescimento do PIB (%a.a.)
     12,0


     10,0


      8,0


      6,0
                                                                                         Mundo:
                                                                                          3,5%
      4,0
                                                                                                    2,9%
      2,0


      0,0


     -2,0
               60´s        70´s        80´s        90´s     2000-07   2008-09   2010-11 2012-2014

                    Área do Euro       Mundo       Brasil     China    Índia    Estados Unidos
Fonte: Banco Mundial. Elaboração:DECOMTEC/FIESP.                                                       3
A crise financeira internacional afetou o crescimento econômico mundial
em 2008-09. Houve recuperação em 2010-11, mas até 2014 a economia
                                                                                            DECOMTEC
global terá nova desaceleração

 Crescimento do PIB (%a.a.)
     12,0


     10,0
                                                                                                    8,4%
      8,0
                                                                                                    6,9%
      6,0

                                                                                                    3,7%
      4,0
                                                                                                    2,9%
      2,0
                                                                                                    2,4%

      0,0                                                                                           0,6%

     -2,0
               60´s        70´s        80´s        90´s     2000-07   2008-09   2010-11 2012-2014

                    Área do Euro       Mundo       Brasil     China    Índia    Estados Unidos
Fonte: Banco Mundial. Elaboração:DECOMTEC/FIESP.                                                       4
Principais características da crise nas                        maiores
economias mundiais: Europa, EUA e China                                       DECOMTEC



  Europa:
 o Elevado endividamento público e privado com aumento expressivo nas taxas de juros
   da dívida (por exemplo, Espanha acima de 7,0%a.a. para 10 anos);
 o Políticas fiscais recessivas (contração do gasto público) e queda da demanda interna;
 o Indefinições na política monetária levando à insuficiência de políticas anticíclicas;
 o Estagnação ou retração do mercado interno e retração no comércio externo.
  EUA:
 o Alto endividamento das famílias;
 o Deflação de ativos (imóveis) e insolvência de empresas e famílias;
 o Baixo nível de confiança do consumidor, em economia cuja base é o consumo;
 o Paralisia nas decisões de política econômica de reação à crise;
 o Baixo crescimento do mercado interno, do PIB e retração no comércio externo.
  China:
 o Menor capacidade de exportação (queda da demanda nos mercados: EUA e UE);
 o Mercado interno ainda insuficiente para sustentar crescimento econômico recente;
 o Possíveis pressões por redução no superávit comercial chinês de manufaturados;
 o Regime político tem baixa eficácia na resolução de conflitos, o que é especialmente
   problemático em épocas de redução do crescimento.
 o Alguns trabalhos indicam tendência a significativa redução no crescimento da renda
   per capita no nível que a China deverá atingir em quatro anos.
                                                                                           5
Cenário econômico Mundo X Brasil                                                 DECOMTEC



o   Os prognósticos indicam que a expansão das exportações deve dar menor contribuição ao
    crescimento da economia mundial até 2014, se comparado às últimas décadas.
o   Reduzido crescimento das exportações e queda da demanda interna dos países têm
    contribuído para elevação das taxas de desemprego. O Brasil é exceção, com diminuição do
    desemprego.
o   O aumento do desemprego é agravado pelo crescimento do endividamento do setor privado,
    limitando a recuperação das economias centrais. Apesar do crescimento recente, o crédito
    no Brasil é relativamente reduzido.
o   O endividamento público alto e crescente é mais um fator negativo nas perspectivas de
    recuperação do crescimento da economia mundial. Já no Brasil, o endividamento público
    tem diminuído.

Mundo = (-) Mercado Interno (+)Endividamento (+)Desemprego (-)Exportações
Nesse quadro, o crescimento com base na demanda externa tem menor potencial...
logo: os países que quiserem crescer, nestes próximos anos, vão depender da
expansão do mercado interno.

        O Brasil possui mercado interno com crescimento relevante, e a
                  curto e médio prazo não existem alternativas
       Além disso, o Brasil ainda possui outros aspectos que podem contribuir para
               a retomada do crescimento econômico nos próximos anos.                       6
O processo de mudança na composição de classes (aumento de renda
de parte da população das classes C, D, E + Bônus demográfico), com
consequente crescimento da participação das classes C, bem como A e                                       DECOMTEC
B, projeta mais crescimento do consumo interno nos próximos anos
População Brasileira por Classes Sociais* (milhões de pessoas)
    Classes A e B
    Classe C
                                                                       23           31
    Classes D e E                                      20
                                      13

      9               13
                                      66
      46                                               95             106                   57% da
                                                                                               57% da
                      55                                                            113
                                                                                           população
                                                                                              população


                                                                                                     Elevada
                                                                                                  propensão ao
      93                              96                                                           consumo de
                      83                               73              64           56               produtos
                                                                                                    industriais
    1993            1995             2003            2009            2011          2014P
Boa parte da população cuja renda tem crescido está ingressando no mercado
consumidor, sobretudo de bens de consumo não duráveis e duráveis.
Fonte: FGV. BC e MF. Elaboração Decomtec/FIESP. *Baseado em dados da PNAD (IBGE)                                     7
No ESTADO DE SÃO PAULO, avalia-se que nove cadeias
produtivas têm potencial de crescimento, favorecendo a realização                             DECOMTEC
de significativo volume de investimentos nos próximos anos.
 • Cadeias produtivas estruturantes no Estado de São Paulo

                            Petróleo e gás        Aeroespacial
 Aço-intensiva
                              - E&P              - Aviação/Defesa
  - Bens de capital                                                                • Outros setores da
                              - Refino
  - Automotiva                                                                       economia brasileira
                                                Química
  - Produtos                                                                          - Positivamente
                               Têxtil           - Fertilizantes
  de metal                                                                              impactados pelo
                              - Confecção       - Petroquímica                          aumento da renda e
                                                - Química fina / fármacos               dos investimentos
  Constr. civil
                                                - Plástico
  - Infraestrutura
                                                - Química verde / biodiversidade
  - Habitação


  Alimentos
  - Processamento
    de alimentos
                                                              • Viabilizadores:
 Agropecuária                                                     - Política industrial
 - Agro: açúcar/                                                  - Fundamentos macroeconômicos
 etanol, laranja             Eletrônica                           - Inovação e tecnologia
 - Pecuária: bovino,         -TIC´s
   frango, suíno, lácteos    - Semicondutores
                                                                                                             8
Foram identificados os setores potencialmente mais dinâmicos,
com papel indutor no desenvolvimento de suas cadeias no                                                       DECOMTEC
ESTADO DE SÃO PAULO
                            +                                           Grau de dinamismo                            -

Setores vetores
ancorados na demanda
externa:

                                    Petróleo e gás                         Alimentos                 Aeroespacial




                        Autopeças




Setores vetores
ancorados na
demanda interna:

                            Automotiva               Construção Civil       Química         Etanol           Eletrônicos

                            +                                           Grau de dinamismo                            -
  Fonte: análise Bain
                                                                                                                           9
Foram identificados os setores potencialmente mais dinâmicos,
com papel indutor no desenvolvimento de suas cadeias no                                                       DECOMTEC
ESTADO DE SÃO PAULO
                            +                                           Grau de dinamismo                            -

Setores vetores
ancorados na demanda
externa:

                                    Petróleo e gás                         Alimentos                 Aeroespacial




                        Autopeças        Bens de capital




Setores vetores
ancorados na
demanda interna:

                            Automotiva               Construção Civil       Química         Etanol           Eletrônicos

                            +                                           Grau de dinamismo                            -
  Fonte: análise Bain
                                                                                                                           10
Foram identificados os setores potencialmente mais dinâmicos,
com papel indutor no desenvolvimento de suas cadeias no                                                       DECOMTEC
ESTADO DE SÃO PAULO
                            +                                           Grau de dinamismo                            -

Setores vetores
ancorados na demanda
externa:

                                    Petróleo e gás                         Alimentos                 Aeroespacial




                        Autopeças        Bens de capital        Fertilizantes




Setores vetores
ancorados na
demanda interna:

                            Automotiva               Construção Civil           Química     Etanol           Eletrônicos

                            +                                           Grau de dinamismo                            -
  Fonte: análise Bain
                                                                                                                           11
Foram identificados os setores potencialmente mais dinâmicos,
com papel indutor no desenvolvimento de suas cadeias no                                                            DECOMTEC
ESTADO DE SÃO PAULO
                            +                                           Grau de dinamismo                                 -

Setores vetores
ancorados na demanda
externa:

                                    Petróleo e gás                         Alimentos                      Aeroespacial




                        Autopeças        Bens de capital        Fertilizantes       Engenharia




Setores vetores
ancorados na
demanda interna:

                            Automotiva               Construção Civil           Química          Etanol           Eletrônicos

                            +                                           Grau de dinamismo                                 -
  Fonte: análise Bain
                                                                                                                                12
Foram identificados os setores potencialmente mais dinâmicos,
com papel indutor no desenvolvimento de suas cadeias no                                                            DECOMTEC
ESTADO DE SÃO PAULO
                            +                                           Grau de dinamismo                                 -

Setores vetores
ancorados na demanda
externa:

                                    Petróleo e gás                         Alimentos                      Aeroespacial




                        Autopeças        Bens de capital        Fertilizantes       Engenharia     Logística




Setores vetores
ancorados na
demanda interna:

                            Automotiva               Construção Civil           Química          Etanol           Eletrônicos

                            +                                           Grau de dinamismo                                 -
  Fonte: análise Bain
                                                                                                                                13
Foram identificados os setores potencialmente mais dinâmicos,
com papel indutor no desenvolvimento de suas cadeias no                                                            DECOMTEC
ESTADO DE SÃO PAULO
                            +                                           Grau de dinamismo                                 -

Setores vetores
ancorados na demanda
externa:

                                    Petróleo e gás                         Alimentos                      Aeroespacial




                        Autopeças        Bens de capital        Fertilizantes       Engenharia     Logística      Energia/TIC




Setores vetores
ancorados na
demanda interna:

                            Automotiva               Construção Civil           Química          Etanol           Eletrônicos

                            +                                           Grau de dinamismo                                 -
  Fonte: análise Bain
                                                                                                                                14
As cadeias indicadas correspondem a parcela expressiva do
PIB, dos investimentos e do emprego nos últimos anos no                                                          DECOMTEC
Estado de São Paulo

 Representatividade das cadeias produtivas selecionadas no ESP, 2009 (%)

              100%
                                                  8%


                80%                                                 40%

                              69%                                                      69%
                60%

                                                 92%
                40%
                                                                                                       Demais
                                                                    60%
                                                                                                       cadeias
                20%
                              31%                                                      31%             Cadeias
                                                                                                       selecionadas
                 0%
                              PIB           PIB indústria Investimento*             Emprego
                                           transformação
 *Investimento ponderado pela participação dos setores selecionados nas Contas Regionais e PIA-IBGE, SEADE.
 Fonte: SCN-IBGE, PIA-IBGE, Rais-MTE, SEADE, Análise Bain.
                                                                                                                            15
Uma das cadeias com maior potencial é de O&G. Com a E&P em águas
profundas, o Brasil pode se tornar um dos poucos países que combina
                                                                                                DECOMTEC
grandes reservas com estabilidade institucional


                                              Brasil será um dos países mais estáveis
          Bacia de Santos – Pré Sal
                                            dentre os 10 maiores detentores de reservas

                                                   Reservas de petróleo, 2010            Estabilidade política
                                                   (Bboe)                               comparada ao Brasil




                                              Estima-se que os
           Santos                       investimentos projetados em
                                                         9o

                                          E&P (US$ 528 bilhões até
                                          2020) tem o potencial de
                                           gerar 3,9 milhões de pré-sal
                                                            Efeito do
                                          empregos na economia
                                                            nas reservas
                                                            brasileiras
                                          nesse período (~40% no
                                                      ESP)
                                                                  23o


                                                  Estabilidade política         Estabilidade política pior
                                                  melhor que o Brasil           que o Brasil

                                                                                                                 16
Valor Adicionado Fiscal* do Setor Industrial (Proxi PIB)
                                                                                                         DECOMTEC
                               Segmentado por RA (Região Administrativa)

        RA Araçatuba                                                                           RA Barretos
        1,2% VA Fiscal                                                                        1,0% VA Fiscal
•      Alimentos       47,9%                                                              •   Alimentos       63,3%
•      Etanol          27,8%                                                              •   Etanol          28,6%
•      Couro Calçados 8,7%                                                                •   Máquinas        2,5%
         Acumulado 84,4%                                                                        Acumulado 94,4%


                                                                                               RA Campinas
                                                                                              27,7% VA Fiscal
                                                                                          •   Combustível     18,4%
                                                                                          •   Auto-Peças      14,3%
                                                                                          •   Alimentos       9,4%
                                                                                          •   Químicos        7,7%
                                                                                          •   Maquinas Equip. 7,1%
                                                                                          •   Papel Celulose  5,0%
                                                                                          •   Farmacêuticos   4,2%
                                                                                          •   Informática     3,6%
                                                                                                Acumulado 69,7%
                                                             RA Registro
                                                         0,2% VA Fiscal Estado
                                                     •    Químicos                67,4%
                                                     •    Minerais Não Metálicos 16,9%
                                                     •    Extrativo               5,0%
                                                                                                                  17
    (*) VA Fiscal 2009 Fonte Secretaria da Fazenda             Acumulado 89,3%                                    17
Valor Adicionado Fiscal* do Setor Industrial (Proxi PIB)
                                                                                                        DECOMTEC
                Segmentado por RA (Região Administrativa)

Presidente Prudente                                                                          RA Ribeirão Preto
   0,9% VA Fiscal                                                                             3,1% VA Fiscal
•   Alimentos        63,8%                                                               •    Alimentos       37,2%
•   Etanol           22,5%                                                               •    Etanol          20,8%
       Acumulado 86,3%                                                                   •    Máquinas Equip. 13,2%
                                                                                                Acumulado 71,2%




     RA Sorocaba
    6,5% VA Fiscal
•   Alimentos         16,9%
•   Transporte        11,2%
•   Maquinas Equip. 10,9%
•   Químicos           7,9%                                                               RA SANTOS
•   Minerais Ñ Metal 5,4%
•   Equip. Elétrico    5,1%                                                              3,3% VA Fiscal
•   Bebidas            4,7%                                                         •   Combustível        32,6%
•   Metalurgia Basica 4,3%                                                          •   Químicos           21,0%
•   Prod Metal         4,1%                                                         •   Metalúrgica Básica 19,9% 18
      Acumulado 70,5%              (*) VA Fiscal 2009 Fonte Secretaria da Fazenda         Acumulado 73,5%        18
Valor Adicionado Fiscal* do Setor Industrial (Proxi PIB)
                                                                                                           DECOMTEC
               Segmentado por RA (Região Administrativa)
      RA Central
    2,1% VA Fiscal                                                                                RA Franca
Alimentos            41,4%                                                                      1,3% VA Fiscal
Máquinas Equip.      11,3%                                                              •       Alimentos       50,5%
Eletrodomésticos      8,7%                                                              •       Etanol          17,7%
Vestuário             5,1%                                                                        Acumulado 68,2%
Minerais Não Metálico 4,7%
      Acumulado 71,2%




                                                                                                   RA RMSP
                                                                                                37,2% VA Fiscal
                                                                                            •    Equip Transporte 19,8%
                                                                                            •    Químicos         11,7%
                                                                                            •    Farmacêutico      9,1%
        RA Marília                                                                          •    Máquina Equip      7,1%
      1,5% VA Fiscal                                                                        •    Produtos Metal     6,5%
•   Alimentos           61,3%                                                               •    Edição Impressão 5,4%
•   Maq Equipamentos 9,8 %                                                                  •    Plástico           4,8%
•   Etanol              8,3%                                                                      Acumulado 64,4% 19
        Acumulado 79,4%                (*) VA Fiscal 2009 Fonte Secretaria da Fazenda                                 19
Valor Adicionado Fiscal* do Setor Industrial (Proxi PIB)
                                                                                                      DECOMTEC
                Segmentado por RA (Região Administrativa)

    RA S. J. Rio Preto                                                          RA S. J. Campos
     2,1% VA Fiscal                                                              9,7% VA Fiscal
•    Alimentos       59,6%                                                  •     Alimentos        16,9%
•    Etanol          9,4%                                                   •     Transporte       11,2%
       Acumulado 69,0%                                                      •     Maquinas Equip 10,9%
                                                                            •     Químicos          7,9%
                                                                            •     Minerais Ñ Metal  5,4%
                                                                            •     Equip Elétrico    5,1%
                                                                            •     Bebidas           4,7%
                                                                            •     Metalurgia Básica 4,3%
                                                                            •     Produtos Metal    4,1%
                                                                                    Acumulado 71,2%




        VA Bauru
     2,1% VA Fiscal
•    Alimentos       38,2%
•    Bebidas         14,8%
•    Etanol          11,2%
•    Máquinas Equip. 7,3%
       Acumulado 71,5%                                                                                       20
                                                            (*) VA Fiscal 2009 Fonte Secretaria da Fazenda   20
Por que o aumento do consumo no mercado interno (visto pelo volume
de vendas no varejo ampliado) não foi capturado em crescimento da
produção da ind. de transformação?                                                                  DECOMTEC



 Produção Industrial e Volume de Vendas no Varejo (jan/2004 = 100)




Obs: Varejo Ampliado considera Veículos, motocicletas, partes e peças" e "Material de construção"
Fonte: IBGE. Elaboração: DECOMTEC/FIESP.                                                                       21
Como indicado, a expansão do consumo doméstico tem sido absorvida
sobretudo pelas importações. Entre 2003 e 2011 o coeficiente de
                                                                                         DECOMTEC
importação da ind. de transformação aumentou de 10,5% para 21,9%


Coeficiente de Importação da Indústria de Transformação                   Aumento de 11,4p. p. no
                                                                  21,9%      coeficiente, o que
                                                          20,4%                   equivale a
                                                                               US$ 102,8 bi ou
                                         18,3%
                                                                             R$ 171,7 bi (efeito
                                 16,4%            16,6%
                                                                            direto). Contando os
                         14,4%                                             efeitos direto e indireto
                12,6%                                                     em toda economia, isso
        11,6%
10,5%                                                                      significou R$ 381 bi a
                                                                            menos na produção

       R$ 1,00 de aumento na produção da
       indústria de transformação eleva em R$
       2,22 a produção da economia.
                                                                             Dessa forma, 4,5
                                                                           milhões de empregos
 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011                                 deixaram de ser
                                                                           gerados na economia
                                                                                            22

Fonte: DEREX/FIESP. Elaboração: DECOMTEC/FIESP.                                                     22
O aumento recente e previsto para o consumo, o excesso de oferta de
manufaturados no mercado internacional, associados a competição em
condições não isonômicas com importados, podem levar a maior                                                                    DECOMTEC
elevação do coeficiente de penetração de importações
  Produção Industrial, Volume de Vendas no Varejo e coeficiente de
  penetração de importações
                                                            300
       Ativ. ind. transf. e vendas no varejo, (jan04=100)




                                                                                                                                      Coeficiente de penetração de importações (%)
                                                                                                                  1°tri/2015:
                                                                                                 1°tri/2012:        26,5%        30

                                                            250                                    21,6%
                                                                                                                                 25
                                                                 Tendência de piora para a
                                                                                                 Coef. Import.
                                                            200indústria nacional (e paulista)
                                                              no mercado interno provocado                                       20
                                                                                                           Vol. Vendas
                                                                 pelo redirecionamento das
                                                                                                         Varejo Ampliado
                                                            150    exportações mundiais
                                                                 (chinesas): de países com                                       15
                                                              fraco desempenho (EUA e UE)
                                                                                                          Indústria de
                                                            100 para países com melhor                                           10
                                                                                                        Transformação
                                                                    desempenho (Brasil)

                                                             50                                                                  5




Fonte: FUNCEX, IBGE, FIESP. Elaboração: DECOMTEC/FIESP.                                                                                                                              23
O que há em comum entre países com alto e prolongado aumento
do PIB per capita? (acima de 4,5% a.a. por 30 anos ou mais)    DECOMTEC



Crescimento anual do PIB per capita dos países (%)




Fonte: Rodrik, 2012. Elaboração: DECOMTEC/FIESP.                          24
Quais foram as principais políticas adotadas por esses
países?                                                                        DECOMTEC



O elevado desempenho desses países se deveu, em boa medida, a generalizada
aplicação de políticas macroeconômicas e industriais com foco na industrialização
acelerada. Tais países utilizaram, com variações, tais instrumentos de política:
     o Coerência da política macroeconômica favorecendo a estratégia de
        desenvolvimento industrial;
     o Alto nível de investimento em educação;
     o Taxas de câmbio administradas e competitivas internacionalmente;
     o Estrutura tributária racional, proporcionando isonomia vis-à-vis competidores
        internacionais;
     o Financiamento com baixo custo, para capital de giro, investimento e
        exportações;
     o Insumos básicos com custos muito competitivos e oferta abundante,
        favorecendo a agregação de valor nos elos a jusante das cadeias de valor;
     o Regras de conteúdo local e outros instrumentos de adensamento de cadeias
        produtivas;
     o Incentivos tributários e subvenção econômica a atividades de P&D;
     o Incentivos diversos a exportações e formação e expansão de empresas de
        capital nacional;
     o Institucionalização da Política Industrial como política de Estado, com eficazes
        mecanismos de coordenação.
 A Coréia do Sul foi exemplar na aplicação dessas políticas, com resultados excepcionais
                                                                                           25
Aumento do investimento produtivo:
O crescimento econômico dos países que aumentaram seu PIB per          DECOMTEC
capita com maior rapidez foi apoiado em altas taxas de investimento.




                                                                                  26
O investimento fixo deve contemplar a infraestrutura. Outros aspectos
fundamentais são os investimentos em educação e inovação/P&D. O         DECOMTEC
Brasil tem desempenho muito deficiente nesses fatores.


   Infraestrutura: os investimentos em infraestrutura no Brasil ainda não são
   suficientes para gerar as condições necessárias tanto ao crescimento
   econômico como para ganhos sustentados de competitividade. O país tem
   baixa classificação quando comparado a demais países.

   Educação: o nível de escolaridade no Brasil é inferior aos alcançados por
   países com praticamente mesmo gasto como, por exemplo: Colômbia,
   Chile e Argentina. Ainda, a China gasta o correspondente a 48,5% do gasto
   do Brasil, mas tem anos de escolaridade 19% superior além de menor taxa
   de analfabetismo. Ou seja, é preciso dar maior eficiência aos investimentos
   em educação.

   Inovação/P&D: o Brasil tem contribuído muito pouco com o gasto mundial
   de P&D: em 2007, contribuiu com 1,8%; enquanto a China com 8,9%,
   Alemanha 6,3%, Coréia do Sul 3,6%, Japão 12,9% e EUA 32,6%. O
   Investimento bem direcionado é a grande alavanca da Inovação.
 Fonte: Banco Mundial, IBGE
                                                                                   27
Os principais entraves ao desenvolvimento da Indústria de
Transformação no país estão relacionados ao “Custo Brasil”.
                                                                DECOMTEC
Ficou muito caro produzir no Brasil, principalmente devido a:




                                                                           28
O câmbio se tornou um dos principais instrumentos de competitividade
entre os países. A perda de competitividade do Brasil é em parte devido
à fortíssima valorização do real. Entre jan/04 e mai/12, o real foi a mais                                        DECOMTEC
valorizada ante o dólar (78,5%) dentre várias moedas relevantes

 Câmbio Real - Evolução em relação ao Dólar Americano - jan/2004 a mai/2012
         base: jan 2004 = 100

140


120


100


  80


  60        Valorização real das moedas em relação
               ao Dólar Americano - mai12/jan04
            Brasil                    78,5%
  40        Russia                    61,5%
            China                     34,8%
            India                     27,0%
  20        Coreia do Sul             5,5%
            Africa do Sul             5,5%
            Euro                      2,2%
   0
       jan-04          jan-05         jan-06         jan-07     jan-08      jan-09       jan-10          jan-11       jan-12
                Brasil          EUA        Coreia do Sul      Russia     India       China        Euro       Africa do Sul
Fonte: OCDE e BCB. Elaboração: DECOMTEC/FIESP
                                                                                                                               29
Juros e spread elevados / Tributação e burocracia                  DECOMTEC



   Os juros básicos e spread bancário implicam em custo de R$ 156
   bilhões com financiamento para capital de giro da indústria de
   transformação. Considerando a cumulatividade na cadeia, em 2011, 7,5%
   do preço dos produtos industriais na porta da fábrica se deveram ao
   custo de capital de giro. O spread brasileiro é 11,5 vezes maior do
   que os países que calculam com critério idêntico ao nosso (*).
   A indústria de transformação é o setor que mais contribui com a
   arrecadação dentre todos os setores (33,9% do total da carga em 2010),
   mas sua participação no PIB foi de 16,2%;
   A carga tributária da indústria de transformação é de 59,5% do seu PIB,
   representando 40,3% dos preços dos produtos industriais.

  Os custos da burocracia para pagar os tributos existentes no país
  representam R$ 19,7 bilhões do faturamento da indústria de transformação.
  Considerando o carregamento na cadeia à montante, totaliza um custo
  anual de 2,6% do preço dos produtos industriais

(*) Malásia, Japão, Chile e Itália                                            30
Encargos trabalhistas elevados
Quando medidos em % do custo da mão de obra, o Brasil é         DECOMTEC
campeão em encargos sobre folha de pagamento
  Os encargos trabalhistas representam 32,4% do total dos custos de
  mão de obra na indústria, aumentando o custo de produção
  O problema é mais grave na indústria de transformação, que compete em
  mercados com escala global

  Encargos trabalhistas (% do custo da mão de obra industrial)
• XX encargos de nossos competidores são muito
   Os
   menores: 14,7% em Taiwan, 17% na Argentina e
• XX do Sul e 27% no México
   Coréia




                                                                   31
                                                                           31
Energia cara
A tarifa de energia elétrica para a indústria no Brasil é uma das            DECOMTEC
mais caras do mundo

Tarifa de energia elétrica para a indústria (US$/MWh)

        Nossa elevada tarifa não se justifica pela matriz energética. O
        Canadá é o país que tem a matriz mais semelhante à do
        Brasil, mas sua tarifa é 64% menor




Fonte: EIA - Energy Information Administration. Elaboração: DECOMTEC/FIESP              32
Infraestrutura deficiente                                                 DECOMTEC




                               Classificação do Brasil entre 142 países
                  104º            Geral
                   66º            Telefonia celular
                  124º            Procedimentos alfandegários
                   91º            Ferrovias
                  122º            Aeroportos
                  118º            Estradas
                  130º            Portos


   Os produtos industriais são encarecidos em R$ 17,1 bilhões pelos custos
   de um sistema logístico deficiente, que não faz jus aos tributos
   arrecadados pelo Estado. Considerando o carregamento de custo na
   cadeia à montante, as deficiências da infraestrutura logística
   representam 1,8% do preço desses produtos.
Fonte: Word Economic Forum- The Global Competitiviness Report 2011-2012              33
Custo Brasil                                                          DECOMTEC




  Em síntese, produzir no Brasil é muito caro, especialmente devido aos
  seis fatores a seguir:

1. Câmbio valorizado           Valorização de 78,5% ante o dólar desde jan/04
                               Custo do capital de giro é 7,5% do preço dos
2. Juros e spreads elevados
                               produtos industrializados (2011)
                               Carga tributária do setor é 40,3% dos preços dos
3. Tributação e burocracia     produtos.
                               Custos da burocracia = 2,6% dos preços
4. Encargos trabalhistas       Igual a 32,4% do total dos custos de mão de
elevados                       obra
                               Uma das mais caras do mundo. O Canadá, com
5. Energia cara
                               matriz semelhante, tem tarifa 64% menor
                               Muito ruim. Custos das deficiências da
6. Infraestrutura deficiente   infraestrutura logística = 1,8% do preço dos
                               produtos industriais
                                                                                 34
Qual a estratégia a seguir, de modo a atingir essa meta de
crescimento?                                                 DECOMTEC




 Manter   controle   sobre     as    principais      variáveis
 macroeconômicas é importante, mas não suficiente...


 O Brasil precisa de uma estratégia de desenvolvimento, na
 qual os seguintes aspectos são fundamentais:
 • Expressivo aumento do investimento produtivo;
 • Reindustrialização, readensando as cadeias produtivas
   comprometidas no período de valorização cambial, e outras
   com maior intensidade tecnológica;
 • Programa de redução do Custo Brasil



                                                                        35
DECOMTEC




                José Ricardo Roriz Coelho
                    jrroriz@fiesp.org.br

                    Vice-Presidente – FIESP
Diretor Titular – Departamento de Competitividade e Tecnologia
            Coordenador - Comite de Petroleo e Gas

                    Presidente - Abiplast




                                                                       36

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“CRISE INTERNACIONAL, OPORTUNIDADES E DESAFIOS PARA A RETOMADA DO CRESCIMENTO ECONÔMICO BRASILEIRO”

  • 1. DECOMTEC DECOMTEC - Departamento de Competitividade e Tecnologia “CRISE INTERNACIONAL, OPORTUNIDADES E DESAFIOS PARA A RETOMADA DO CRESCIMENTO ECONÔMICO BRASILEIRO” CONVENÇÃO - CIESP José Ricardo Roriz Coelho Agosto de 2012 1
  • 2. DECOMTEC 1. Quais as perspectivas para o crescimento econômico mundial nos próximos anos e a situação das principais economias? Qual o principal drive para o crescimento? 2. Quais as principais oportunidades para acelerar o crescimento do PIB brasileiro nos próximos anos? Quais as cadeias produtivas com maior potencial de crescimento? 3. O Brasil tem aproveitado e está preparado para aproveitar tais oportunidades? 4. De que maneira alguns países converteram oportunidades em crescimento econômico? O que seria um crescimento razoável para o Brasil nos próximos anos? 5. Qual estratégia o Brasil precisa seguir para crescer novamente? 2
  • 3. A crise financeira internacional afetou o crescimento econômico mundial em 2008-09. Houve recuperação em 2010-11, mas até 2014 a economia DECOMTEC global terá nova desaceleração Crescimento do PIB (%a.a.) 12,0 10,0 8,0 6,0 Mundo: 3,5% 4,0 2,9% 2,0 0,0 -2,0 60´s 70´s 80´s 90´s 2000-07 2008-09 2010-11 2012-2014 Área do Euro Mundo Brasil China Índia Estados Unidos Fonte: Banco Mundial. Elaboração:DECOMTEC/FIESP. 3
  • 4. A crise financeira internacional afetou o crescimento econômico mundial em 2008-09. Houve recuperação em 2010-11, mas até 2014 a economia DECOMTEC global terá nova desaceleração Crescimento do PIB (%a.a.) 12,0 10,0 8,4% 8,0 6,9% 6,0 3,7% 4,0 2,9% 2,0 2,4% 0,0 0,6% -2,0 60´s 70´s 80´s 90´s 2000-07 2008-09 2010-11 2012-2014 Área do Euro Mundo Brasil China Índia Estados Unidos Fonte: Banco Mundial. Elaboração:DECOMTEC/FIESP. 4
  • 5. Principais características da crise nas maiores economias mundiais: Europa, EUA e China DECOMTEC Europa: o Elevado endividamento público e privado com aumento expressivo nas taxas de juros da dívida (por exemplo, Espanha acima de 7,0%a.a. para 10 anos); o Políticas fiscais recessivas (contração do gasto público) e queda da demanda interna; o Indefinições na política monetária levando à insuficiência de políticas anticíclicas; o Estagnação ou retração do mercado interno e retração no comércio externo. EUA: o Alto endividamento das famílias; o Deflação de ativos (imóveis) e insolvência de empresas e famílias; o Baixo nível de confiança do consumidor, em economia cuja base é o consumo; o Paralisia nas decisões de política econômica de reação à crise; o Baixo crescimento do mercado interno, do PIB e retração no comércio externo. China: o Menor capacidade de exportação (queda da demanda nos mercados: EUA e UE); o Mercado interno ainda insuficiente para sustentar crescimento econômico recente; o Possíveis pressões por redução no superávit comercial chinês de manufaturados; o Regime político tem baixa eficácia na resolução de conflitos, o que é especialmente problemático em épocas de redução do crescimento. o Alguns trabalhos indicam tendência a significativa redução no crescimento da renda per capita no nível que a China deverá atingir em quatro anos. 5
  • 6. Cenário econômico Mundo X Brasil DECOMTEC o Os prognósticos indicam que a expansão das exportações deve dar menor contribuição ao crescimento da economia mundial até 2014, se comparado às últimas décadas. o Reduzido crescimento das exportações e queda da demanda interna dos países têm contribuído para elevação das taxas de desemprego. O Brasil é exceção, com diminuição do desemprego. o O aumento do desemprego é agravado pelo crescimento do endividamento do setor privado, limitando a recuperação das economias centrais. Apesar do crescimento recente, o crédito no Brasil é relativamente reduzido. o O endividamento público alto e crescente é mais um fator negativo nas perspectivas de recuperação do crescimento da economia mundial. Já no Brasil, o endividamento público tem diminuído. Mundo = (-) Mercado Interno (+)Endividamento (+)Desemprego (-)Exportações Nesse quadro, o crescimento com base na demanda externa tem menor potencial... logo: os países que quiserem crescer, nestes próximos anos, vão depender da expansão do mercado interno. O Brasil possui mercado interno com crescimento relevante, e a curto e médio prazo não existem alternativas Além disso, o Brasil ainda possui outros aspectos que podem contribuir para a retomada do crescimento econômico nos próximos anos. 6
  • 7. O processo de mudança na composição de classes (aumento de renda de parte da população das classes C, D, E + Bônus demográfico), com consequente crescimento da participação das classes C, bem como A e DECOMTEC B, projeta mais crescimento do consumo interno nos próximos anos População Brasileira por Classes Sociais* (milhões de pessoas) Classes A e B Classe C 23 31 Classes D e E 20 13 9 13 66 46 95 106 57% da 57% da 55 113 população população Elevada propensão ao 93 96 consumo de 83 73 64 56 produtos industriais 1993 1995 2003 2009 2011 2014P Boa parte da população cuja renda tem crescido está ingressando no mercado consumidor, sobretudo de bens de consumo não duráveis e duráveis. Fonte: FGV. BC e MF. Elaboração Decomtec/FIESP. *Baseado em dados da PNAD (IBGE) 7
  • 8. No ESTADO DE SÃO PAULO, avalia-se que nove cadeias produtivas têm potencial de crescimento, favorecendo a realização DECOMTEC de significativo volume de investimentos nos próximos anos. • Cadeias produtivas estruturantes no Estado de São Paulo Petróleo e gás Aeroespacial Aço-intensiva - E&P - Aviação/Defesa - Bens de capital • Outros setores da - Refino - Automotiva economia brasileira Química - Produtos - Positivamente Têxtil - Fertilizantes de metal impactados pelo - Confecção - Petroquímica aumento da renda e - Química fina / fármacos dos investimentos Constr. civil - Plástico - Infraestrutura - Química verde / biodiversidade - Habitação Alimentos - Processamento de alimentos • Viabilizadores: Agropecuária - Política industrial - Agro: açúcar/ - Fundamentos macroeconômicos etanol, laranja Eletrônica - Inovação e tecnologia - Pecuária: bovino, -TIC´s frango, suíno, lácteos - Semicondutores 8
  • 9. Foram identificados os setores potencialmente mais dinâmicos, com papel indutor no desenvolvimento de suas cadeias no DECOMTEC ESTADO DE SÃO PAULO + Grau de dinamismo - Setores vetores ancorados na demanda externa: Petróleo e gás Alimentos Aeroespacial Autopeças Setores vetores ancorados na demanda interna: Automotiva Construção Civil Química Etanol Eletrônicos + Grau de dinamismo - Fonte: análise Bain 9
  • 10. Foram identificados os setores potencialmente mais dinâmicos, com papel indutor no desenvolvimento de suas cadeias no DECOMTEC ESTADO DE SÃO PAULO + Grau de dinamismo - Setores vetores ancorados na demanda externa: Petróleo e gás Alimentos Aeroespacial Autopeças Bens de capital Setores vetores ancorados na demanda interna: Automotiva Construção Civil Química Etanol Eletrônicos + Grau de dinamismo - Fonte: análise Bain 10
  • 11. Foram identificados os setores potencialmente mais dinâmicos, com papel indutor no desenvolvimento de suas cadeias no DECOMTEC ESTADO DE SÃO PAULO + Grau de dinamismo - Setores vetores ancorados na demanda externa: Petróleo e gás Alimentos Aeroespacial Autopeças Bens de capital Fertilizantes Setores vetores ancorados na demanda interna: Automotiva Construção Civil Química Etanol Eletrônicos + Grau de dinamismo - Fonte: análise Bain 11
  • 12. Foram identificados os setores potencialmente mais dinâmicos, com papel indutor no desenvolvimento de suas cadeias no DECOMTEC ESTADO DE SÃO PAULO + Grau de dinamismo - Setores vetores ancorados na demanda externa: Petróleo e gás Alimentos Aeroespacial Autopeças Bens de capital Fertilizantes Engenharia Setores vetores ancorados na demanda interna: Automotiva Construção Civil Química Etanol Eletrônicos + Grau de dinamismo - Fonte: análise Bain 12
  • 13. Foram identificados os setores potencialmente mais dinâmicos, com papel indutor no desenvolvimento de suas cadeias no DECOMTEC ESTADO DE SÃO PAULO + Grau de dinamismo - Setores vetores ancorados na demanda externa: Petróleo e gás Alimentos Aeroespacial Autopeças Bens de capital Fertilizantes Engenharia Logística Setores vetores ancorados na demanda interna: Automotiva Construção Civil Química Etanol Eletrônicos + Grau de dinamismo - Fonte: análise Bain 13
  • 14. Foram identificados os setores potencialmente mais dinâmicos, com papel indutor no desenvolvimento de suas cadeias no DECOMTEC ESTADO DE SÃO PAULO + Grau de dinamismo - Setores vetores ancorados na demanda externa: Petróleo e gás Alimentos Aeroespacial Autopeças Bens de capital Fertilizantes Engenharia Logística Energia/TIC Setores vetores ancorados na demanda interna: Automotiva Construção Civil Química Etanol Eletrônicos + Grau de dinamismo - Fonte: análise Bain 14
  • 15. As cadeias indicadas correspondem a parcela expressiva do PIB, dos investimentos e do emprego nos últimos anos no DECOMTEC Estado de São Paulo Representatividade das cadeias produtivas selecionadas no ESP, 2009 (%) 100% 8% 80% 40% 69% 69% 60% 92% 40% Demais 60% cadeias 20% 31% 31% Cadeias selecionadas 0% PIB PIB indústria Investimento* Emprego transformação *Investimento ponderado pela participação dos setores selecionados nas Contas Regionais e PIA-IBGE, SEADE. Fonte: SCN-IBGE, PIA-IBGE, Rais-MTE, SEADE, Análise Bain. 15
  • 16. Uma das cadeias com maior potencial é de O&G. Com a E&P em águas profundas, o Brasil pode se tornar um dos poucos países que combina DECOMTEC grandes reservas com estabilidade institucional Brasil será um dos países mais estáveis Bacia de Santos – Pré Sal dentre os 10 maiores detentores de reservas Reservas de petróleo, 2010 Estabilidade política (Bboe) comparada ao Brasil Estima-se que os Santos investimentos projetados em 9o E&P (US$ 528 bilhões até 2020) tem o potencial de gerar 3,9 milhões de pré-sal Efeito do empregos na economia nas reservas brasileiras nesse período (~40% no ESP) 23o Estabilidade política Estabilidade política pior melhor que o Brasil que o Brasil 16
  • 17. Valor Adicionado Fiscal* do Setor Industrial (Proxi PIB) DECOMTEC Segmentado por RA (Região Administrativa) RA Araçatuba RA Barretos 1,2% VA Fiscal 1,0% VA Fiscal • Alimentos 47,9% • Alimentos 63,3% • Etanol 27,8% • Etanol 28,6% • Couro Calçados 8,7% • Máquinas 2,5% Acumulado 84,4% Acumulado 94,4% RA Campinas 27,7% VA Fiscal • Combustível 18,4% • Auto-Peças 14,3% • Alimentos 9,4% • Químicos 7,7% • Maquinas Equip. 7,1% • Papel Celulose 5,0% • Farmacêuticos 4,2% • Informática 3,6% Acumulado 69,7% RA Registro 0,2% VA Fiscal Estado • Químicos 67,4% • Minerais Não Metálicos 16,9% • Extrativo 5,0% 17 (*) VA Fiscal 2009 Fonte Secretaria da Fazenda Acumulado 89,3% 17
  • 18. Valor Adicionado Fiscal* do Setor Industrial (Proxi PIB) DECOMTEC Segmentado por RA (Região Administrativa) Presidente Prudente RA Ribeirão Preto 0,9% VA Fiscal 3,1% VA Fiscal • Alimentos 63,8% • Alimentos 37,2% • Etanol 22,5% • Etanol 20,8% Acumulado 86,3% • Máquinas Equip. 13,2% Acumulado 71,2% RA Sorocaba 6,5% VA Fiscal • Alimentos 16,9% • Transporte 11,2% • Maquinas Equip. 10,9% • Químicos 7,9% RA SANTOS • Minerais Ñ Metal 5,4% • Equip. Elétrico 5,1% 3,3% VA Fiscal • Bebidas 4,7% • Combustível 32,6% • Metalurgia Basica 4,3% • Químicos 21,0% • Prod Metal 4,1% • Metalúrgica Básica 19,9% 18 Acumulado 70,5% (*) VA Fiscal 2009 Fonte Secretaria da Fazenda Acumulado 73,5% 18
  • 19. Valor Adicionado Fiscal* do Setor Industrial (Proxi PIB) DECOMTEC Segmentado por RA (Região Administrativa) RA Central 2,1% VA Fiscal RA Franca Alimentos 41,4% 1,3% VA Fiscal Máquinas Equip. 11,3% • Alimentos 50,5% Eletrodomésticos 8,7% • Etanol 17,7% Vestuário 5,1% Acumulado 68,2% Minerais Não Metálico 4,7% Acumulado 71,2% RA RMSP 37,2% VA Fiscal • Equip Transporte 19,8% • Químicos 11,7% • Farmacêutico 9,1% RA Marília • Máquina Equip 7,1% 1,5% VA Fiscal • Produtos Metal 6,5% • Alimentos 61,3% • Edição Impressão 5,4% • Maq Equipamentos 9,8 % • Plástico 4,8% • Etanol 8,3% Acumulado 64,4% 19 Acumulado 79,4% (*) VA Fiscal 2009 Fonte Secretaria da Fazenda 19
  • 20. Valor Adicionado Fiscal* do Setor Industrial (Proxi PIB) DECOMTEC Segmentado por RA (Região Administrativa) RA S. J. Rio Preto RA S. J. Campos 2,1% VA Fiscal 9,7% VA Fiscal • Alimentos 59,6% • Alimentos 16,9% • Etanol 9,4% • Transporte 11,2% Acumulado 69,0% • Maquinas Equip 10,9% • Químicos 7,9% • Minerais Ñ Metal 5,4% • Equip Elétrico 5,1% • Bebidas 4,7% • Metalurgia Básica 4,3% • Produtos Metal 4,1% Acumulado 71,2% VA Bauru 2,1% VA Fiscal • Alimentos 38,2% • Bebidas 14,8% • Etanol 11,2% • Máquinas Equip. 7,3% Acumulado 71,5% 20 (*) VA Fiscal 2009 Fonte Secretaria da Fazenda 20
  • 21. Por que o aumento do consumo no mercado interno (visto pelo volume de vendas no varejo ampliado) não foi capturado em crescimento da produção da ind. de transformação? DECOMTEC Produção Industrial e Volume de Vendas no Varejo (jan/2004 = 100) Obs: Varejo Ampliado considera Veículos, motocicletas, partes e peças" e "Material de construção" Fonte: IBGE. Elaboração: DECOMTEC/FIESP. 21
  • 22. Como indicado, a expansão do consumo doméstico tem sido absorvida sobretudo pelas importações. Entre 2003 e 2011 o coeficiente de DECOMTEC importação da ind. de transformação aumentou de 10,5% para 21,9% Coeficiente de Importação da Indústria de Transformação Aumento de 11,4p. p. no 21,9% coeficiente, o que 20,4% equivale a US$ 102,8 bi ou 18,3% R$ 171,7 bi (efeito 16,4% 16,6% direto). Contando os 14,4% efeitos direto e indireto 12,6% em toda economia, isso 11,6% 10,5% significou R$ 381 bi a menos na produção R$ 1,00 de aumento na produção da indústria de transformação eleva em R$ 2,22 a produção da economia. Dessa forma, 4,5 milhões de empregos 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 deixaram de ser gerados na economia 22 Fonte: DEREX/FIESP. Elaboração: DECOMTEC/FIESP. 22
  • 23. O aumento recente e previsto para o consumo, o excesso de oferta de manufaturados no mercado internacional, associados a competição em condições não isonômicas com importados, podem levar a maior DECOMTEC elevação do coeficiente de penetração de importações Produção Industrial, Volume de Vendas no Varejo e coeficiente de penetração de importações 300 Ativ. ind. transf. e vendas no varejo, (jan04=100) Coeficiente de penetração de importações (%) 1°tri/2015: 1°tri/2012: 26,5% 30 250 21,6% 25 Tendência de piora para a Coef. Import. 200indústria nacional (e paulista) no mercado interno provocado 20 Vol. Vendas pelo redirecionamento das Varejo Ampliado 150 exportações mundiais (chinesas): de países com 15 fraco desempenho (EUA e UE) Indústria de 100 para países com melhor 10 Transformação desempenho (Brasil) 50 5 Fonte: FUNCEX, IBGE, FIESP. Elaboração: DECOMTEC/FIESP. 23
  • 24. O que há em comum entre países com alto e prolongado aumento do PIB per capita? (acima de 4,5% a.a. por 30 anos ou mais) DECOMTEC Crescimento anual do PIB per capita dos países (%) Fonte: Rodrik, 2012. Elaboração: DECOMTEC/FIESP. 24
  • 25. Quais foram as principais políticas adotadas por esses países? DECOMTEC O elevado desempenho desses países se deveu, em boa medida, a generalizada aplicação de políticas macroeconômicas e industriais com foco na industrialização acelerada. Tais países utilizaram, com variações, tais instrumentos de política: o Coerência da política macroeconômica favorecendo a estratégia de desenvolvimento industrial; o Alto nível de investimento em educação; o Taxas de câmbio administradas e competitivas internacionalmente; o Estrutura tributária racional, proporcionando isonomia vis-à-vis competidores internacionais; o Financiamento com baixo custo, para capital de giro, investimento e exportações; o Insumos básicos com custos muito competitivos e oferta abundante, favorecendo a agregação de valor nos elos a jusante das cadeias de valor; o Regras de conteúdo local e outros instrumentos de adensamento de cadeias produtivas; o Incentivos tributários e subvenção econômica a atividades de P&D; o Incentivos diversos a exportações e formação e expansão de empresas de capital nacional; o Institucionalização da Política Industrial como política de Estado, com eficazes mecanismos de coordenação. A Coréia do Sul foi exemplar na aplicação dessas políticas, com resultados excepcionais 25
  • 26. Aumento do investimento produtivo: O crescimento econômico dos países que aumentaram seu PIB per DECOMTEC capita com maior rapidez foi apoiado em altas taxas de investimento. 26
  • 27. O investimento fixo deve contemplar a infraestrutura. Outros aspectos fundamentais são os investimentos em educação e inovação/P&D. O DECOMTEC Brasil tem desempenho muito deficiente nesses fatores. Infraestrutura: os investimentos em infraestrutura no Brasil ainda não são suficientes para gerar as condições necessárias tanto ao crescimento econômico como para ganhos sustentados de competitividade. O país tem baixa classificação quando comparado a demais países. Educação: o nível de escolaridade no Brasil é inferior aos alcançados por países com praticamente mesmo gasto como, por exemplo: Colômbia, Chile e Argentina. Ainda, a China gasta o correspondente a 48,5% do gasto do Brasil, mas tem anos de escolaridade 19% superior além de menor taxa de analfabetismo. Ou seja, é preciso dar maior eficiência aos investimentos em educação. Inovação/P&D: o Brasil tem contribuído muito pouco com o gasto mundial de P&D: em 2007, contribuiu com 1,8%; enquanto a China com 8,9%, Alemanha 6,3%, Coréia do Sul 3,6%, Japão 12,9% e EUA 32,6%. O Investimento bem direcionado é a grande alavanca da Inovação. Fonte: Banco Mundial, IBGE 27
  • 28. Os principais entraves ao desenvolvimento da Indústria de Transformação no país estão relacionados ao “Custo Brasil”. DECOMTEC Ficou muito caro produzir no Brasil, principalmente devido a: 28
  • 29. O câmbio se tornou um dos principais instrumentos de competitividade entre os países. A perda de competitividade do Brasil é em parte devido à fortíssima valorização do real. Entre jan/04 e mai/12, o real foi a mais DECOMTEC valorizada ante o dólar (78,5%) dentre várias moedas relevantes Câmbio Real - Evolução em relação ao Dólar Americano - jan/2004 a mai/2012 base: jan 2004 = 100 140 120 100 80 60 Valorização real das moedas em relação ao Dólar Americano - mai12/jan04 Brasil 78,5% 40 Russia 61,5% China 34,8% India 27,0% 20 Coreia do Sul 5,5% Africa do Sul 5,5% Euro 2,2% 0 jan-04 jan-05 jan-06 jan-07 jan-08 jan-09 jan-10 jan-11 jan-12 Brasil EUA Coreia do Sul Russia India China Euro Africa do Sul Fonte: OCDE e BCB. Elaboração: DECOMTEC/FIESP 29
  • 30. Juros e spread elevados / Tributação e burocracia DECOMTEC Os juros básicos e spread bancário implicam em custo de R$ 156 bilhões com financiamento para capital de giro da indústria de transformação. Considerando a cumulatividade na cadeia, em 2011, 7,5% do preço dos produtos industriais na porta da fábrica se deveram ao custo de capital de giro. O spread brasileiro é 11,5 vezes maior do que os países que calculam com critério idêntico ao nosso (*). A indústria de transformação é o setor que mais contribui com a arrecadação dentre todos os setores (33,9% do total da carga em 2010), mas sua participação no PIB foi de 16,2%; A carga tributária da indústria de transformação é de 59,5% do seu PIB, representando 40,3% dos preços dos produtos industriais. Os custos da burocracia para pagar os tributos existentes no país representam R$ 19,7 bilhões do faturamento da indústria de transformação. Considerando o carregamento na cadeia à montante, totaliza um custo anual de 2,6% do preço dos produtos industriais (*) Malásia, Japão, Chile e Itália 30
  • 31. Encargos trabalhistas elevados Quando medidos em % do custo da mão de obra, o Brasil é DECOMTEC campeão em encargos sobre folha de pagamento Os encargos trabalhistas representam 32,4% do total dos custos de mão de obra na indústria, aumentando o custo de produção O problema é mais grave na indústria de transformação, que compete em mercados com escala global Encargos trabalhistas (% do custo da mão de obra industrial) • XX encargos de nossos competidores são muito Os menores: 14,7% em Taiwan, 17% na Argentina e • XX do Sul e 27% no México Coréia 31 31
  • 32. Energia cara A tarifa de energia elétrica para a indústria no Brasil é uma das DECOMTEC mais caras do mundo Tarifa de energia elétrica para a indústria (US$/MWh) Nossa elevada tarifa não se justifica pela matriz energética. O Canadá é o país que tem a matriz mais semelhante à do Brasil, mas sua tarifa é 64% menor Fonte: EIA - Energy Information Administration. Elaboração: DECOMTEC/FIESP 32
  • 33. Infraestrutura deficiente DECOMTEC Classificação do Brasil entre 142 países 104º Geral 66º Telefonia celular 124º Procedimentos alfandegários 91º Ferrovias 122º Aeroportos 118º Estradas 130º Portos Os produtos industriais são encarecidos em R$ 17,1 bilhões pelos custos de um sistema logístico deficiente, que não faz jus aos tributos arrecadados pelo Estado. Considerando o carregamento de custo na cadeia à montante, as deficiências da infraestrutura logística representam 1,8% do preço desses produtos. Fonte: Word Economic Forum- The Global Competitiviness Report 2011-2012 33
  • 34. Custo Brasil DECOMTEC Em síntese, produzir no Brasil é muito caro, especialmente devido aos seis fatores a seguir: 1. Câmbio valorizado Valorização de 78,5% ante o dólar desde jan/04 Custo do capital de giro é 7,5% do preço dos 2. Juros e spreads elevados produtos industrializados (2011) Carga tributária do setor é 40,3% dos preços dos 3. Tributação e burocracia produtos. Custos da burocracia = 2,6% dos preços 4. Encargos trabalhistas Igual a 32,4% do total dos custos de mão de elevados obra Uma das mais caras do mundo. O Canadá, com 5. Energia cara matriz semelhante, tem tarifa 64% menor Muito ruim. Custos das deficiências da 6. Infraestrutura deficiente infraestrutura logística = 1,8% do preço dos produtos industriais 34
  • 35. Qual a estratégia a seguir, de modo a atingir essa meta de crescimento? DECOMTEC Manter controle sobre as principais variáveis macroeconômicas é importante, mas não suficiente... O Brasil precisa de uma estratégia de desenvolvimento, na qual os seguintes aspectos são fundamentais: • Expressivo aumento do investimento produtivo; • Reindustrialização, readensando as cadeias produtivas comprometidas no período de valorização cambial, e outras com maior intensidade tecnológica; • Programa de redução do Custo Brasil 35
  • 36. DECOMTEC José Ricardo Roriz Coelho jrroriz@fiesp.org.br Vice-Presidente – FIESP Diretor Titular – Departamento de Competitividade e Tecnologia Coordenador - Comite de Petroleo e Gas Presidente - Abiplast 36