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A Importância do Conceito de Interação Mútua para a
     Construção do Conhecimento na Educação a Distância:
     Reflexões sobre a Importância do Conceito de Interação
                        Cristiane Koehler1, Marie Jane Soares Carvalho2
        1
            Programa de Pós-Graduação em Informática na Educação (PGIE/UFRGS)
                2
                    Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGEDU/UFRGS)
                     cristiane.koehler@ufrgs.br, marie.jane@ufrgs.br

     Abstract. This study is the result of a few thoughts and considerations during
     my practice as a tutoring-teacher, at distance learning classes with
     undergraduate courses at Universidade do Vale do Rio dos Sinos
     (UNISINOS), as well as e-tutor in some extension courses promoted by the
     Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) and the Universidade
     Aberta do Brasil (UAB). Such remarks were based on courses offered at 100-
     %- distance learning, from 2010/2 to 2012/1. The goal of this paper is to
     reflect on the importance of the concept for mutual interaction in virtual
     learning environments, in distance education courses, aiming at the
     construction of knowledge and virtual students' learning."

     Resumo. Este artigo é resultado das reflexões realizadas como professora
     tutora, na graduação a distância, da Universidade do Vale do Rio dos Sinos
     (UNISINOS), e como tutora a distância, nos cursos de extensão, da
     Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e Universidade Aberta
     do Brasil (UAB). As observações foram realizadas tendo como base as turmas
     dos cursos oferecidos na modalidade 100% a distância, no período de 2011/1
     a 2012/1. O objetivo deste artigo é refletir sobre a importância do conceito de
     interação mútua em ambientes virtuais de aprendizagem, na educação a
     distância, visando a construção do conhecimento e a aprendizagem dos
     estudantes virtuais.

1. Introdução
A oferta de cursos de graduação, pós-graduação e extensão, na modalidade a distância,
está tendo um crescimento expressivo nos últimos anos. Os resultados do censo da
educação superior divulgados pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas
Educacionais Anísio Teixeira (INEP), em dezembro de 2007, mostram que de 2003 a
2006, houve um aumento de 571% em número de cursos oferecidos na modalidade a
distância e de 315% no número de matrículas nesta modalidade. Os dados do censo

1
  Doutoranda do Curso de Pós-Graduação em Informática na Educação – PGIE/UFRGS – Porto Alegre – RS. Mestre
e Bacharel em Ciência da Computação e Professora da Graduação a Distância – UNISINOS – São Leopoldo – RS.
2
  Doutora e Mestre em Educação – UFRGS e Professora Associada do Departamento de Ensino e Currículo -
Faculdade de Educação – UFRGS e Professora do Curso de Pós-Graduação em Informática na Educação –
PGIE/UFRGS – Porto Alegre - RS.
apontam ainda que, em 2005, os estudantes da educação a distância representavam 2,6%
do universo de estudantes brasileiros, e em 2006, essa participação passou a ser de 4,4%
(INEP, 2008).
        Segundo o Anuário Brasileiro Estatístico de Educação Aberta e a Distância
(AbraEAD), é possível constatar que as instituições de ensino brasileiras atenderam um
total de mais de 2,5 milhões de estudantes em cursos desenvolvidos na modalidade a
distância no ano de 2007 (AbraEAD, 2008). Este levantamento de dados incluiu não
somente estudantes matriculados em cursos de instituições credenciadas pelo sistema de
ensino brasileiro, mas também, em projetos de importância regional ou nacional, como
os promovidos pela Fundação Bradesco, Fundação Roberto Marinho e do Grupo S
(SESI, SENAI, SENAC e SEBRAE).
       O censo de 2010 mostra um crescimento ainda maior no que diz respeito ao
número de concluintes, matrículas e oferta de cursos superiores desenvolvidos na
modalidade a distância no Brasil. Segundo as Sinopses Estatísticas da Educação
Superior, publicadas no portal do INEP (INEP, 2011), o país teve um total de 144.553
estudantes concluintes do ensino superior, egressos de um total de 930 cursos de
graduação e 930.179 matrículas realizadas. Este panorama aponta para uma preocupação
com a qualidade dos cursos de forma geral. Esta qualidade pode ser observada a partir
do desempenho dos estudantes em exames nacionais, como a prova do ENADE –
Exame Nacional do Desempenho dos Estudantes do Ensino Superior. A aprendizagem
dos estudantes, a avaliação desta aprendizagem e a mediação pedagógica por parte dos
professores e tutores, são fatores importantes a serem considerados quando se trata da
qualidade de um curso a distância.
      A partir deste contexto e pensando na qualidade dos cursos oferecidos nesta
modalidade, o objetivo deste artigo é refletir sobre a importância do conceito de
interação e a sua relação com a construção do conhecimento em ambientes virtuais de
aprendizagem, na educação a distância.
      Este artigo está organizado em quatro seções, além da Introdução. A seção 2
apresenta os conceitos teóricos que fundamentam as reflexões apresentadas, na seção 3 é
apresentado a metodologia e estudo de caso com uma turma da graduação a distância. A
seção 4 apresenta as considerações finais, e em seguida, as referências bibliográficas são
relacionadas.

2. Fundamentação Teórica

Quando o assunto é a construção do conhecimento na educação a distância faz-se
necessário ter em mente conceitos que são importantes para que possamos compreender
o processo de aprender a distância e o aprender mediado pelas tecnologias digitais.
Neste artigo, são discutidos os conceitos de interação e interação mútua com as suas
implicações na aprendizagem dos estudantes. O estudo proposto foi realizado com base
em referenciais teóricos que apresentam o conceito de interação e as suas
especificidades no contexto da educação a distância.
       O autor Multigner (1994) apud Silva (2010) diz que “o conceito de interação vem
da física, foi incorporado pela sociologia, pela psicologia social, e finalmente, no campo
da informática transmuta-se em interatividade”. Pode-se observar que o conceito de
interação possui diferentes definições em cada área do conhecimento, e que na
informática modifica-se para o que se tem chamado de “interatividade”.
     Mas o que a interação e/ou a interatividade podem contribuir para a aprendizagem
na educação a distância ?
      A modalidade de ensino chamada de “educação a distância” pode ser definida
como sendo “o processo no qual a interação entre educadores e educandos busca superar
limitações de espaço e tempo com a aplicação pedagógica de meios e tecnologias da
informação e da comunicação objetivando a qualidade do ensino e da aprendizagem”. É
importante observar que o objetivo desta modalidade de ensino, segundo Franco (2010),
é a qualidade do ensino e a aprendizagem dos estudantes. A educação a distância para
ser de qualidade, garantir a construção do conhecimento, e consequentemente, a
aprendizagem dos estudantes, precisa partir de pressupostos que consideram o diálogo
como mencionado na educação dialógica de Freire (1982).
      Piaget (1972, p.11) em sua obra, afirma que “o desenvolvimento do conhecimento
é um processo espontâneo que se relaciona com a totalidade de estruturas do
conhecimento. A aprendizagem, em geral, é provocada por situações externas. O
desenvolvimento explica a aprendizagem, e é um processo essencial onde cada elemento
da aprendizagem ocorre como uma função do desenvolvimento total, portanto, a
aprendizagem está subordinada ao desenvolvimento. A aprendizagem somente ocorre
quando há, da parte do sujeito, uma assimilação ativa, quando toda a ênfase é colocada
na atividade do próprio sujeito”. Piaget, ainda ressalta que sem essa atividade do sujeito,
“não há possível didática ou pedagogia que transforme significativamente o sujeito”.
     Em outras palavras, o que o autor afirma é que o sujeito precisa ser ativo,
responsável pela sua aprendizagem, ter vontade e interesse em aprender e continuar
aprendendo. E que se o sujeito não aprende, não se desenvolve e não há construção do
conhecimento.
       Diante do exposto, constata-se a importância do conceito de interação para a
aprendizagem do estudante. Pois, acredita-se que a aprendizagem se constitui a partir
do momento em que o estudante se envolve com o objeto em estudo, questionando,
refletindo, tendo dúvidas, reforçando certezas, apontando erros e acertos, comparando
hipóteses, classificando, selecionando argumentos, e compartilhando as experiências
com os seus pares e professores. É a partir desse momento, que o estudante está
envolvido com o processo de descoberta do conhecimento novo, que a aprendizagem se
efetiva.
      Maturana (2001, p.123), ainda diz que “a aprendizagem é a transformação de cada
sujeito em virtude de suas interações recorrentes, as quais se efetivam no âmbito social
e o conhecimento é sempre adquirido na convivência”.
      Na educação a distância, a mediação pedagógica é feita a partir do uso de
ambientes virtuais de aprendizagem, que são espaços digitais online para a comunicação
entre professores e estudantes. Nesta modalidade quem faz a mediação pedagógica é o
professor tutor ou também chamado de tutor a distância.
    Schlemmer (2002) afirma que estes ambientes virtuais são sistemas
computacionais que se constituem em um espaço digital virtual que proporciona
interações entre os atores envolvidos no processo de ensino e aprendizagem online, que
são os professores, professores tutores e estudantes.
       Bona, Fagundes e Basso (2011) apontam que os ambientes virtuais precisam ser
utilizados para proporcionar novas ferramentas que facilitem a aprendizagem dos
estudantes e Schlemmer (2002) ainda diz que os ambientes virtuais suportam vários
estilos de aprendizagem, com ênfase na colaboração e cooperação.
      Nesse momento, o papel do professor torna-se fundamental no ambiente virtual,
visto que é o professor o responsável pela mediação. Na educação a distância, tem-se
vários termos para designar o papel do professor: professor autor, professor conteudista,
professor formador, professor tutor, tutor a distância ou mediador. É importante
salientar que não importa o nome dado ao papel do professor, mas é o professor a
pessoa responsável por determinar qual será a ferramenta de comunicação mais
adequada, em cada situação pedagógica, da atividade acadêmica sob sua
responsabilidade.
       Por isso, na educação a distância, a importância do conceito de interação é
observada quando os estudantes conseguem comunicar-se uns com os outros, de uma
forma bidirecional, isto é, de uma forma onde todos comunicam-se com todos, além da
comunicação com o professor. Quando a dúvida de um estudante postada no fórum de
discussão gera uma comunicação onde o estudante interage, não somente com o
professor, mas também com os seus pares, e os seus pares interagem uns com os outros
e com o professor. É exatamente nesse momento que se estabelece a comunicação
essencial, chamada aqui de interação, que é importante no processo de aprendizagem.
Quando esta comunicação bidirecional se estabelece, a construção do conhecimento e a
aprendizagem são identificadas.
    O conceito de interação é muito importante para os estudos que envolvem a
aprendizagem na educação a distância mediada pelas tecnologias digitais de informação
e comunicação. Primo (2003, p.97, 2000), conceitua a interação em dois tipos:


                       “A interação é uma série complexa de mensagens trocadas entre os
                       sujeitos e que há dois tipos de interação: a mútua e a reativa. A
                       interação mútua é a comunicação entre duas pessoas criada pela
                       ação de ambas. Onde uma comunica-se com a outra e as duas
                       comunicam-se entre si (são as ações entre duas pessoas). Trata-se, da
                       inter + ação criada pela ação de ambas. Isto é, a cada encontro, as
                       ações de uma definem (ou redefinem) a relação entre elas”.


    Segundo Primo (2000), a diferença entre a interação mútua e a interação reativa é
que a primeira constitui uma relação recíproca de trocas entre os atores envolvidos no
processo de comunicação. E, a segunda, as relações não se constituem, quando é
observado a comunicação unidirecional, onde somente um dos atores age e os outros
atores apenas recebem a mensagem sem interferir na comunicação, nem na mensagem.
A tabela 1 mostra um paralelo entre os conceitos mencionados e a obra de Freire (1982).
    Constata-se que, para auxiliar na aprendizagem e na construção do conhecimento, a
interação mútua é a forma de comunicação que deve prevalecer entre os atores
envolvidos. A seguir a tabela 1 mostra uma analogia entre os paradigmas educacionais,
tipos de mediação pedagógica, tipos de interação e tipos de educação.


         Tabela 1. Analogias entre Paradigmas, Mediação Pedagógica, Tipos de
                                Interação e de Educação
            Paradigma            Mediação          Interação          Educação
           Educacional          Pedagógica       (Primo, 2003)      (Freire, 1982)
          (Moraes, 1997)       (Silva, 2010 e
                                   2012)
            Tradicional       Docência Reativa      Reativa           Bancária
             Emergente           Docência            Mútua            Dialógica
                                 Mediadora



    Para Becker e Marques (2007, p. 15), “o conhecimento não acontece pela formação
ou atuação do sujeito apenas; nem por pressão do meio externo. Acontece pela
interação entre o sujeito, com sua extraordinária complexidade, e esse meio, com toda
sua complexidade”. Os autores ainda afirmam que a interação significa,
fundamentalmente, “uma ação transformadora do sujeito sobre ele mesmo”.
     Para que o processo de construção do conhecimento ocorra há a necessidade de uma
profunda mudança nas relações que se estabelecem entre professores e estudantes. Essas
mudanças passam a ser dinâmicas, com regras estipuladas pelo grupo de estudantes e
pelo professor podendo ser rompidas e restabelecidas, caso façam-se necessárias. Nessa
concepção o professor oportuniza o acesso às informações, de forma que o sujeito
consiga construir conceitos, se aproprie do conhecimento e experimente o processo de
aprendizagem, tendo a postura de alguém que seja mediador, problematizador,
instigador, orientador, articulador do processo. Deve estar claro para o professor que é a
“ação do sujeito” que realmente é importante no processo de aprendizagem na educação
a distância.

      Portanto, pode-se afirmar que a construção do conhecimento ocorre a partir das
interações mútuas, que são significadas pelo sujeito a partir das relações que ele
estabelece entre a nova informação e o conhecimento que possui, ocorrendo dessa forma
a aprendizagem.

     Na educação a distância, a aprendizagem é efetivada a partir das trocas sociais dos
estudantes com os professores e dos estudantes com seus pares. Estas trocas sociais
mediadas pela interação mútua nos fóruns de discussão e bate-papos é o que permite
que a construção dos conceitos, construção do conhecimento, e consequentemente, a
aprendizagem.
      Na concepção interacionista-construtivista-sistêmica, o professor não é o centro do
processo de ensino e aprendizagem, mas é o mediador desse processo. Ele precisa
instigar os alunos a interagir, trabalhar em rede, de forma colaborativa e cooperativa,
desenvolvendo a autonomia e aos poucos provocar que os sujeitos adquiram confiança
nos parceiros com os quais interagem. Nesse contexto, os ambientes virtuais de
aprendizagem são espaços nos quais os sujeitos podem interagir e construir
conhecimento em conjunto, sendo que o computador é visto como ferramenta de
desenvolvimento cognitivo.
      Fagundes, Sato e Maçada (1999, p. 79), afirmam que “todos fazemos parte da
rede, se um avança todos avançam um pouco, mas se vários avançam, a mudança não só
é maior e mais rápida, como permite nova organização. Tanto a autonomia de cada um,
como a cooperação entre todos são fundamentais”. Essas redes de comunicação geram
laços de realimentação e podem vir a ter a capacidade de se auto-regular e auto-
organizar.
       Como pode ser observado, o conceito de interação é citado por vários autores das
áreas da psicologia e pedagogia, como sendo um dos aspectos mais importantes quando
se tratamos da aprendizagem e do desenvolvimento humano.
      Silva (2010, 2012) afirma que, o paradigma da transmissão não tem mais espaço
na sociedade da cultura digital. Isto porque as tecnologias digitais apresentam-se
conversacionais e a tela do computador não é um espaço somente para recepção de
conteúdos, mas é um espaço de manipulação de informações com inúmeras
possibilidades e para múltiplas conexões. Além disso, o estudante da cultura digital não
é passivo diante das possibilidades das novas tecnologias. Este estudante é participativo,
e já nasceu com o acesso facilitado às tecnologias digitais dentro de casa, desde o
controle remoto da TV, até controles de videogames e telefones celulares.
      A seção seguinte apresenta um estudo de caso que faz a análise do desempenho de
estudantes virtuais em uma turma a distância. Esta análise é realizada a partir das
interações nos fóruns de discussão, no ambiente virtual Moodle.

3. Metodologia
Esta seção apresenta um relato de caso para análise e reflexão sobre a importância do
conceito de interação mútua na educação a distância. Este caso analisa três turmas, da
atividade acadêmica de Lógica para Computação, do curso de bacharelado em Sistemas
de Informação, modalidade a distância, da Universidade do Vale do Rio dos Sinos –
UNISINOS – nos períodos de 2011/1 a 2012/1. A atividade acadêmica é oferecida para
o primeiro semestre do curso e se efetiva em um bimestre definido em nove semanas
letivas. Foi planejada com encontros semanais síncronos, com duração de uma hora, e
suporte tecnológico da ferramenta Chat, do ambiente virtual Moodle. Além dessa
ferramenta de interação e comunicação, outras ferramentas foram utilizadas, tais como:
fórum de discussão, mensagem individual, e-mail e ferramenta para webconferência. A
ferramenta fórum de discussão está disponível em cada módulo de estudo, onde são
discutidos os conceitos, as dúvidas e as certezas daquele módulo. A ferramenta
mensagem individual está disponível para troca de mensagens individuais entre o
professor tutor com os estudantes ou entre os próprios estudantes.
       Para início deste estudo, foi considerado o total de estudantes de cada turma
(matriculados), o total de estudantes que obtiveram aprovação por média (aprovados) e
o total de estudantes que não obtiveram aprovação (reprovados). A tabela 2 apresenta
estes totais nas três turmas:
Tabela 2. Total de estudantes matriculados, aprovados e reprovados

                      Situação dos    Turma     Turma         Turma
                      Estudantes      2011/1    2011/2        2012/1
                      Matriculados      63          88            65
                      Aprovados         15          52            30
                      Reprovados        48          36            35



      A tabela 3 apresenta o percentual de aprovação e reprovação das três turmas
analisadas, e o respectivo período letivo. Observa-se que a turma 2011/1 teve um índice
de reprovação alto e que as turmas seguintes tiveram índices melhores no que diz
respeito à quantidade de estudantes aprovados e reprovados. É importante salientar que
a oferta desta atividade acadêmica na modalidade a distância teve início no ano de
2010/1 e que em 2011/1 estava fazendo um ano desta oferta. Isto mostra que os
professores ainda estão em processo de capacitação e formação docente, e que com a
experiência de semestres anteriores, os professores tutores foram tendo uma melhor
capacitação pedagógica e uma melhor apropriação do que é ser um professor tutor a
distância. Esta melhoria se reflete em índices melhores de aproveitamento no
desempenho acadêmico dos estudantes, como pode ser observado na tabela 3.


                      Tabela 3. Percentual de aprovação e reprovação

          Situação dos Estudantes    Turma 2011/1    Turma 2011/2      Turma 2012/1
         Aprovados                     23.81%            59.09%          46.15%
         Reprovados                    76.19%            40.91%          53.85%



      A análise do desempenho dos estudantes mediante analogia com o total das
interações no ambiente virtual foi realizada com a turma do período 2011/2. A tabela 4
apresenta os seis primeiros estudantes que tiveram o maior número de entradas e cliques
no ambiente virtual e a sua nota final na atividade acadêmica.
      É importante salientar que a nota final é calculada a partir da média ponderada
entre a produção do bimestre no ambiente virtual (chamada de Grau A) e a prova
presencial (chamada de Grau B) realizada no polo ao qual o estudante está matriculado.
Segundo os critérios e normas de avaliação da aprendizagem, dos estudantes da
modalidade a distância, a produção do bimestre (Grau A) tem peso de 30% na nota final
e a prova presencial (Grau B), peso de 70%.
       O que pode ser observado na tabela 4, é que nem todos os estudantes que mais
entraram e clicaram no ambiente virtual, foram os que obtiveram as melhores notas
finais na atividade acadêmica. Constata-se então que, a quantidade de entradas e cliques
no ambiente virtual não garante os melhores desempenhos acadêmicos nas avaliações
presenciais.
Tabela 4. Total de cliques realizados no ambiente virtual na turma de 2011/2

                            Nota Final     Total de Cliques no
                                            ambiente virtual
                                9,2              2.143
                                6,8              1.653
                                7,8              1.458
                                9,5              1.363
                                6,7              1.358
                                6,5              1.332



      Neste caso, observa-se que a quantidade de acessos e cliques no ambiente virtual,
configurada de uma forma reativa, conforme o conceito de interação reativa de Primo
(2003), não contribui para a construção do conhecimento, e tão pouco para a
aprendizagem. Isto quer dizer que, mesmo o estudante tendo entrado no ambiente virtual
um maior número de vezes do que o comparado com outros estudantes, não garante a
aprendizagem na educação a distância.
     Desta forma, é possível constatar a importância do conceito de interação mútua
no ambiente virtual, mediada pelo professor tutor, a partir de uma metodologia baseada
na docência mediadora e não a tutoria reativa, ambas definidas por Silva (2010).

4. Considerações Finais
Este artigo teve como objetivo mostrar a importância da interação mútua na construção
do conhecimento na educação a distância. Para isso foi feito uma análise comparando o
aproveitamento final dos estudantes (conceitos/notas) com a quantidade e qualidade das
interações no ambiente virtual de aprendizagem. As interações foram observadas a partir
da participação dos estudantes nos fóruns de discussão, chats, mensagens individuais e
acessos aos materiais didáticos. A partir deste objetivo foi definida uma turma da
graduação a distância, do período 2011/2, para o estudo de caso.
      A quantidade das interações foi analisada pelo número de acessos que o estudante
fez ao ambiente virtual e ao material didático e a qualidade a partir da consistência das
mensagens e das inter-relações entre os sujeitos nos fóruns de discussão.
      A partir das análises realizadas foi possível concluir que a interação constante
entre professor, tutor e estudantes virtuais é potencializadora da aprendizagem dos
estudantes, mas não é decisiva. Isto quer dizer que nem todo estudante que entrou e
clicou várias vezes no ambiente teve resultados satisfatórios nas avaliações. Porque o
estudante pode ter apenas feito vários acessos, feito upload dos materiais, mas não tendo
compreendido-o. Neste caso, constata-se que houve apenas uma comunicação chamada
de interação reativa.
      A interação somente será importante no processo de construção do conhecimento
do estudante virtual se for uma interação mútua, a partir de uma docência mediadora,
numa relação de diálogo entre professor tutor e estudantes.
Desta forma, pode-se concluir que a quantidade de acessos não garante
aprendizagem, nem tão pouco a construção de conhecimento. A interação somente será
importante e significativa quando acontecer a partir de uma comunicação bidirecional
entre os atores envolvidos no processo de aprendizagem.
      Por outro lado, constatou-se também, que os estudantes que apresentaram melhor
desempenho acadêmico, foram os estudantes que mais compartilharam as suas dúvidas e
incertezas em relação ao tema estudado. Consequentemente, estes estudantes foram os
mais participativos e os que mais valorizaram os processos de comunicação e interação
entre os professores e seus pares.
      Portanto, é muito importante salientar, que os planejamentos pedagógicos de
novos cursos oferecidos na modalidade a distância, devem priorizar atividades que
contemplem a interação mediada pelo professor tutor com os seus estudantes virtuais.
Estas atividades podem ser a partir do uso das ferramentas da Web 2.0 incorporadas no
ambiente virtual, além de uma formação docente consistente conscientizando os
professores tutores para uma nova postura diante do estudante virtual, uma postura
mediadora e pautada no diálogo.

Referências
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 <http://www.abraead.com.br/noticias.cod=x1.asp>. Acesso em: 27 set 2012.
Becker, Fernando; Marques, Tania. B. I. (2007) “Ser professor é Ser pesquisador”. Porto
  Alegre: Mediação.
Bona, A.; Fagundes, L.C.; Basso, M.V.A. (2011) “Reflexões sobre a Educação a
 Distância na Educação Matemática”. RENOTE-Revista Novas Tecnologias na
 Educação. CINTED/UFRGS. V.9. Nr.1. Julho.
Fagundes, L.; Sato, L.; Maçada, D. (1999) “Aprendizes do Futuro: as inovações
 começaram! Coleção:       Informática para a mudança na Educação”.
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Franco. S. R. K. (2010) “Educação a Distância – em busca de um conceito”. Notas de
   aula. Seminário Avançado: Reflexões Teóricas e Políticas. PPPGIE. Universidade
   Federal do Rio Grande do Sul.
Freire, Paulo. (1982) “Pedagogia do Oprimido”. 11. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra.
Inep. (2008) “Educação a distância cresce ainda mais entre os cursos superiores”.
   Disponível em: <http://www.educacaopublica.rj.gov.br/jornal/materias/0369.html>.
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Construção do Conhecimento na Educação a Distância: A Importância do Conceito de Interação

  • 1. A Importância do Conceito de Interação Mútua para a Construção do Conhecimento na Educação a Distância: Reflexões sobre a Importância do Conceito de Interação Cristiane Koehler1, Marie Jane Soares Carvalho2 1 Programa de Pós-Graduação em Informática na Educação (PGIE/UFRGS) 2 Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGEDU/UFRGS) cristiane.koehler@ufrgs.br, marie.jane@ufrgs.br Abstract. This study is the result of a few thoughts and considerations during my practice as a tutoring-teacher, at distance learning classes with undergraduate courses at Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS), as well as e-tutor in some extension courses promoted by the Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) and the Universidade Aberta do Brasil (UAB). Such remarks were based on courses offered at 100- %- distance learning, from 2010/2 to 2012/1. The goal of this paper is to reflect on the importance of the concept for mutual interaction in virtual learning environments, in distance education courses, aiming at the construction of knowledge and virtual students' learning." Resumo. Este artigo é resultado das reflexões realizadas como professora tutora, na graduação a distância, da Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS), e como tutora a distância, nos cursos de extensão, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e Universidade Aberta do Brasil (UAB). As observações foram realizadas tendo como base as turmas dos cursos oferecidos na modalidade 100% a distância, no período de 2011/1 a 2012/1. O objetivo deste artigo é refletir sobre a importância do conceito de interação mútua em ambientes virtuais de aprendizagem, na educação a distância, visando a construção do conhecimento e a aprendizagem dos estudantes virtuais. 1. Introdução A oferta de cursos de graduação, pós-graduação e extensão, na modalidade a distância, está tendo um crescimento expressivo nos últimos anos. Os resultados do censo da educação superior divulgados pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP), em dezembro de 2007, mostram que de 2003 a 2006, houve um aumento de 571% em número de cursos oferecidos na modalidade a distância e de 315% no número de matrículas nesta modalidade. Os dados do censo 1 Doutoranda do Curso de Pós-Graduação em Informática na Educação – PGIE/UFRGS – Porto Alegre – RS. Mestre e Bacharel em Ciência da Computação e Professora da Graduação a Distância – UNISINOS – São Leopoldo – RS. 2 Doutora e Mestre em Educação – UFRGS e Professora Associada do Departamento de Ensino e Currículo - Faculdade de Educação – UFRGS e Professora do Curso de Pós-Graduação em Informática na Educação – PGIE/UFRGS – Porto Alegre - RS.
  • 2. apontam ainda que, em 2005, os estudantes da educação a distância representavam 2,6% do universo de estudantes brasileiros, e em 2006, essa participação passou a ser de 4,4% (INEP, 2008). Segundo o Anuário Brasileiro Estatístico de Educação Aberta e a Distância (AbraEAD), é possível constatar que as instituições de ensino brasileiras atenderam um total de mais de 2,5 milhões de estudantes em cursos desenvolvidos na modalidade a distância no ano de 2007 (AbraEAD, 2008). Este levantamento de dados incluiu não somente estudantes matriculados em cursos de instituições credenciadas pelo sistema de ensino brasileiro, mas também, em projetos de importância regional ou nacional, como os promovidos pela Fundação Bradesco, Fundação Roberto Marinho e do Grupo S (SESI, SENAI, SENAC e SEBRAE). O censo de 2010 mostra um crescimento ainda maior no que diz respeito ao número de concluintes, matrículas e oferta de cursos superiores desenvolvidos na modalidade a distância no Brasil. Segundo as Sinopses Estatísticas da Educação Superior, publicadas no portal do INEP (INEP, 2011), o país teve um total de 144.553 estudantes concluintes do ensino superior, egressos de um total de 930 cursos de graduação e 930.179 matrículas realizadas. Este panorama aponta para uma preocupação com a qualidade dos cursos de forma geral. Esta qualidade pode ser observada a partir do desempenho dos estudantes em exames nacionais, como a prova do ENADE – Exame Nacional do Desempenho dos Estudantes do Ensino Superior. A aprendizagem dos estudantes, a avaliação desta aprendizagem e a mediação pedagógica por parte dos professores e tutores, são fatores importantes a serem considerados quando se trata da qualidade de um curso a distância. A partir deste contexto e pensando na qualidade dos cursos oferecidos nesta modalidade, o objetivo deste artigo é refletir sobre a importância do conceito de interação e a sua relação com a construção do conhecimento em ambientes virtuais de aprendizagem, na educação a distância. Este artigo está organizado em quatro seções, além da Introdução. A seção 2 apresenta os conceitos teóricos que fundamentam as reflexões apresentadas, na seção 3 é apresentado a metodologia e estudo de caso com uma turma da graduação a distância. A seção 4 apresenta as considerações finais, e em seguida, as referências bibliográficas são relacionadas. 2. Fundamentação Teórica Quando o assunto é a construção do conhecimento na educação a distância faz-se necessário ter em mente conceitos que são importantes para que possamos compreender o processo de aprender a distância e o aprender mediado pelas tecnologias digitais. Neste artigo, são discutidos os conceitos de interação e interação mútua com as suas implicações na aprendizagem dos estudantes. O estudo proposto foi realizado com base em referenciais teóricos que apresentam o conceito de interação e as suas especificidades no contexto da educação a distância. O autor Multigner (1994) apud Silva (2010) diz que “o conceito de interação vem da física, foi incorporado pela sociologia, pela psicologia social, e finalmente, no campo da informática transmuta-se em interatividade”. Pode-se observar que o conceito de
  • 3. interação possui diferentes definições em cada área do conhecimento, e que na informática modifica-se para o que se tem chamado de “interatividade”. Mas o que a interação e/ou a interatividade podem contribuir para a aprendizagem na educação a distância ? A modalidade de ensino chamada de “educação a distância” pode ser definida como sendo “o processo no qual a interação entre educadores e educandos busca superar limitações de espaço e tempo com a aplicação pedagógica de meios e tecnologias da informação e da comunicação objetivando a qualidade do ensino e da aprendizagem”. É importante observar que o objetivo desta modalidade de ensino, segundo Franco (2010), é a qualidade do ensino e a aprendizagem dos estudantes. A educação a distância para ser de qualidade, garantir a construção do conhecimento, e consequentemente, a aprendizagem dos estudantes, precisa partir de pressupostos que consideram o diálogo como mencionado na educação dialógica de Freire (1982). Piaget (1972, p.11) em sua obra, afirma que “o desenvolvimento do conhecimento é um processo espontâneo que se relaciona com a totalidade de estruturas do conhecimento. A aprendizagem, em geral, é provocada por situações externas. O desenvolvimento explica a aprendizagem, e é um processo essencial onde cada elemento da aprendizagem ocorre como uma função do desenvolvimento total, portanto, a aprendizagem está subordinada ao desenvolvimento. A aprendizagem somente ocorre quando há, da parte do sujeito, uma assimilação ativa, quando toda a ênfase é colocada na atividade do próprio sujeito”. Piaget, ainda ressalta que sem essa atividade do sujeito, “não há possível didática ou pedagogia que transforme significativamente o sujeito”. Em outras palavras, o que o autor afirma é que o sujeito precisa ser ativo, responsável pela sua aprendizagem, ter vontade e interesse em aprender e continuar aprendendo. E que se o sujeito não aprende, não se desenvolve e não há construção do conhecimento. Diante do exposto, constata-se a importância do conceito de interação para a aprendizagem do estudante. Pois, acredita-se que a aprendizagem se constitui a partir do momento em que o estudante se envolve com o objeto em estudo, questionando, refletindo, tendo dúvidas, reforçando certezas, apontando erros e acertos, comparando hipóteses, classificando, selecionando argumentos, e compartilhando as experiências com os seus pares e professores. É a partir desse momento, que o estudante está envolvido com o processo de descoberta do conhecimento novo, que a aprendizagem se efetiva. Maturana (2001, p.123), ainda diz que “a aprendizagem é a transformação de cada sujeito em virtude de suas interações recorrentes, as quais se efetivam no âmbito social e o conhecimento é sempre adquirido na convivência”. Na educação a distância, a mediação pedagógica é feita a partir do uso de ambientes virtuais de aprendizagem, que são espaços digitais online para a comunicação entre professores e estudantes. Nesta modalidade quem faz a mediação pedagógica é o professor tutor ou também chamado de tutor a distância. Schlemmer (2002) afirma que estes ambientes virtuais são sistemas computacionais que se constituem em um espaço digital virtual que proporciona
  • 4. interações entre os atores envolvidos no processo de ensino e aprendizagem online, que são os professores, professores tutores e estudantes. Bona, Fagundes e Basso (2011) apontam que os ambientes virtuais precisam ser utilizados para proporcionar novas ferramentas que facilitem a aprendizagem dos estudantes e Schlemmer (2002) ainda diz que os ambientes virtuais suportam vários estilos de aprendizagem, com ênfase na colaboração e cooperação. Nesse momento, o papel do professor torna-se fundamental no ambiente virtual, visto que é o professor o responsável pela mediação. Na educação a distância, tem-se vários termos para designar o papel do professor: professor autor, professor conteudista, professor formador, professor tutor, tutor a distância ou mediador. É importante salientar que não importa o nome dado ao papel do professor, mas é o professor a pessoa responsável por determinar qual será a ferramenta de comunicação mais adequada, em cada situação pedagógica, da atividade acadêmica sob sua responsabilidade. Por isso, na educação a distância, a importância do conceito de interação é observada quando os estudantes conseguem comunicar-se uns com os outros, de uma forma bidirecional, isto é, de uma forma onde todos comunicam-se com todos, além da comunicação com o professor. Quando a dúvida de um estudante postada no fórum de discussão gera uma comunicação onde o estudante interage, não somente com o professor, mas também com os seus pares, e os seus pares interagem uns com os outros e com o professor. É exatamente nesse momento que se estabelece a comunicação essencial, chamada aqui de interação, que é importante no processo de aprendizagem. Quando esta comunicação bidirecional se estabelece, a construção do conhecimento e a aprendizagem são identificadas. O conceito de interação é muito importante para os estudos que envolvem a aprendizagem na educação a distância mediada pelas tecnologias digitais de informação e comunicação. Primo (2003, p.97, 2000), conceitua a interação em dois tipos: “A interação é uma série complexa de mensagens trocadas entre os sujeitos e que há dois tipos de interação: a mútua e a reativa. A interação mútua é a comunicação entre duas pessoas criada pela ação de ambas. Onde uma comunica-se com a outra e as duas comunicam-se entre si (são as ações entre duas pessoas). Trata-se, da inter + ação criada pela ação de ambas. Isto é, a cada encontro, as ações de uma definem (ou redefinem) a relação entre elas”. Segundo Primo (2000), a diferença entre a interação mútua e a interação reativa é que a primeira constitui uma relação recíproca de trocas entre os atores envolvidos no processo de comunicação. E, a segunda, as relações não se constituem, quando é observado a comunicação unidirecional, onde somente um dos atores age e os outros atores apenas recebem a mensagem sem interferir na comunicação, nem na mensagem. A tabela 1 mostra um paralelo entre os conceitos mencionados e a obra de Freire (1982). Constata-se que, para auxiliar na aprendizagem e na construção do conhecimento, a interação mútua é a forma de comunicação que deve prevalecer entre os atores
  • 5. envolvidos. A seguir a tabela 1 mostra uma analogia entre os paradigmas educacionais, tipos de mediação pedagógica, tipos de interação e tipos de educação. Tabela 1. Analogias entre Paradigmas, Mediação Pedagógica, Tipos de Interação e de Educação Paradigma Mediação Interação Educação Educacional Pedagógica (Primo, 2003) (Freire, 1982) (Moraes, 1997) (Silva, 2010 e 2012) Tradicional Docência Reativa Reativa Bancária Emergente Docência Mútua Dialógica Mediadora Para Becker e Marques (2007, p. 15), “o conhecimento não acontece pela formação ou atuação do sujeito apenas; nem por pressão do meio externo. Acontece pela interação entre o sujeito, com sua extraordinária complexidade, e esse meio, com toda sua complexidade”. Os autores ainda afirmam que a interação significa, fundamentalmente, “uma ação transformadora do sujeito sobre ele mesmo”. Para que o processo de construção do conhecimento ocorra há a necessidade de uma profunda mudança nas relações que se estabelecem entre professores e estudantes. Essas mudanças passam a ser dinâmicas, com regras estipuladas pelo grupo de estudantes e pelo professor podendo ser rompidas e restabelecidas, caso façam-se necessárias. Nessa concepção o professor oportuniza o acesso às informações, de forma que o sujeito consiga construir conceitos, se aproprie do conhecimento e experimente o processo de aprendizagem, tendo a postura de alguém que seja mediador, problematizador, instigador, orientador, articulador do processo. Deve estar claro para o professor que é a “ação do sujeito” que realmente é importante no processo de aprendizagem na educação a distância. Portanto, pode-se afirmar que a construção do conhecimento ocorre a partir das interações mútuas, que são significadas pelo sujeito a partir das relações que ele estabelece entre a nova informação e o conhecimento que possui, ocorrendo dessa forma a aprendizagem. Na educação a distância, a aprendizagem é efetivada a partir das trocas sociais dos estudantes com os professores e dos estudantes com seus pares. Estas trocas sociais mediadas pela interação mútua nos fóruns de discussão e bate-papos é o que permite que a construção dos conceitos, construção do conhecimento, e consequentemente, a aprendizagem. Na concepção interacionista-construtivista-sistêmica, o professor não é o centro do processo de ensino e aprendizagem, mas é o mediador desse processo. Ele precisa instigar os alunos a interagir, trabalhar em rede, de forma colaborativa e cooperativa, desenvolvendo a autonomia e aos poucos provocar que os sujeitos adquiram confiança nos parceiros com os quais interagem. Nesse contexto, os ambientes virtuais de aprendizagem são espaços nos quais os sujeitos podem interagir e construir
  • 6. conhecimento em conjunto, sendo que o computador é visto como ferramenta de desenvolvimento cognitivo. Fagundes, Sato e Maçada (1999, p. 79), afirmam que “todos fazemos parte da rede, se um avança todos avançam um pouco, mas se vários avançam, a mudança não só é maior e mais rápida, como permite nova organização. Tanto a autonomia de cada um, como a cooperação entre todos são fundamentais”. Essas redes de comunicação geram laços de realimentação e podem vir a ter a capacidade de se auto-regular e auto- organizar. Como pode ser observado, o conceito de interação é citado por vários autores das áreas da psicologia e pedagogia, como sendo um dos aspectos mais importantes quando se tratamos da aprendizagem e do desenvolvimento humano. Silva (2010, 2012) afirma que, o paradigma da transmissão não tem mais espaço na sociedade da cultura digital. Isto porque as tecnologias digitais apresentam-se conversacionais e a tela do computador não é um espaço somente para recepção de conteúdos, mas é um espaço de manipulação de informações com inúmeras possibilidades e para múltiplas conexões. Além disso, o estudante da cultura digital não é passivo diante das possibilidades das novas tecnologias. Este estudante é participativo, e já nasceu com o acesso facilitado às tecnologias digitais dentro de casa, desde o controle remoto da TV, até controles de videogames e telefones celulares. A seção seguinte apresenta um estudo de caso que faz a análise do desempenho de estudantes virtuais em uma turma a distância. Esta análise é realizada a partir das interações nos fóruns de discussão, no ambiente virtual Moodle. 3. Metodologia Esta seção apresenta um relato de caso para análise e reflexão sobre a importância do conceito de interação mútua na educação a distância. Este caso analisa três turmas, da atividade acadêmica de Lógica para Computação, do curso de bacharelado em Sistemas de Informação, modalidade a distância, da Universidade do Vale do Rio dos Sinos – UNISINOS – nos períodos de 2011/1 a 2012/1. A atividade acadêmica é oferecida para o primeiro semestre do curso e se efetiva em um bimestre definido em nove semanas letivas. Foi planejada com encontros semanais síncronos, com duração de uma hora, e suporte tecnológico da ferramenta Chat, do ambiente virtual Moodle. Além dessa ferramenta de interação e comunicação, outras ferramentas foram utilizadas, tais como: fórum de discussão, mensagem individual, e-mail e ferramenta para webconferência. A ferramenta fórum de discussão está disponível em cada módulo de estudo, onde são discutidos os conceitos, as dúvidas e as certezas daquele módulo. A ferramenta mensagem individual está disponível para troca de mensagens individuais entre o professor tutor com os estudantes ou entre os próprios estudantes. Para início deste estudo, foi considerado o total de estudantes de cada turma (matriculados), o total de estudantes que obtiveram aprovação por média (aprovados) e o total de estudantes que não obtiveram aprovação (reprovados). A tabela 2 apresenta estes totais nas três turmas:
  • 7. Tabela 2. Total de estudantes matriculados, aprovados e reprovados Situação dos Turma Turma Turma Estudantes 2011/1 2011/2 2012/1 Matriculados 63 88 65 Aprovados 15 52 30 Reprovados 48 36 35 A tabela 3 apresenta o percentual de aprovação e reprovação das três turmas analisadas, e o respectivo período letivo. Observa-se que a turma 2011/1 teve um índice de reprovação alto e que as turmas seguintes tiveram índices melhores no que diz respeito à quantidade de estudantes aprovados e reprovados. É importante salientar que a oferta desta atividade acadêmica na modalidade a distância teve início no ano de 2010/1 e que em 2011/1 estava fazendo um ano desta oferta. Isto mostra que os professores ainda estão em processo de capacitação e formação docente, e que com a experiência de semestres anteriores, os professores tutores foram tendo uma melhor capacitação pedagógica e uma melhor apropriação do que é ser um professor tutor a distância. Esta melhoria se reflete em índices melhores de aproveitamento no desempenho acadêmico dos estudantes, como pode ser observado na tabela 3. Tabela 3. Percentual de aprovação e reprovação Situação dos Estudantes Turma 2011/1 Turma 2011/2 Turma 2012/1 Aprovados 23.81% 59.09% 46.15% Reprovados 76.19% 40.91% 53.85% A análise do desempenho dos estudantes mediante analogia com o total das interações no ambiente virtual foi realizada com a turma do período 2011/2. A tabela 4 apresenta os seis primeiros estudantes que tiveram o maior número de entradas e cliques no ambiente virtual e a sua nota final na atividade acadêmica. É importante salientar que a nota final é calculada a partir da média ponderada entre a produção do bimestre no ambiente virtual (chamada de Grau A) e a prova presencial (chamada de Grau B) realizada no polo ao qual o estudante está matriculado. Segundo os critérios e normas de avaliação da aprendizagem, dos estudantes da modalidade a distância, a produção do bimestre (Grau A) tem peso de 30% na nota final e a prova presencial (Grau B), peso de 70%. O que pode ser observado na tabela 4, é que nem todos os estudantes que mais entraram e clicaram no ambiente virtual, foram os que obtiveram as melhores notas finais na atividade acadêmica. Constata-se então que, a quantidade de entradas e cliques no ambiente virtual não garante os melhores desempenhos acadêmicos nas avaliações presenciais.
  • 8. Tabela 4. Total de cliques realizados no ambiente virtual na turma de 2011/2 Nota Final Total de Cliques no ambiente virtual 9,2 2.143 6,8 1.653 7,8 1.458 9,5 1.363 6,7 1.358 6,5 1.332 Neste caso, observa-se que a quantidade de acessos e cliques no ambiente virtual, configurada de uma forma reativa, conforme o conceito de interação reativa de Primo (2003), não contribui para a construção do conhecimento, e tão pouco para a aprendizagem. Isto quer dizer que, mesmo o estudante tendo entrado no ambiente virtual um maior número de vezes do que o comparado com outros estudantes, não garante a aprendizagem na educação a distância. Desta forma, é possível constatar a importância do conceito de interação mútua no ambiente virtual, mediada pelo professor tutor, a partir de uma metodologia baseada na docência mediadora e não a tutoria reativa, ambas definidas por Silva (2010). 4. Considerações Finais Este artigo teve como objetivo mostrar a importância da interação mútua na construção do conhecimento na educação a distância. Para isso foi feito uma análise comparando o aproveitamento final dos estudantes (conceitos/notas) com a quantidade e qualidade das interações no ambiente virtual de aprendizagem. As interações foram observadas a partir da participação dos estudantes nos fóruns de discussão, chats, mensagens individuais e acessos aos materiais didáticos. A partir deste objetivo foi definida uma turma da graduação a distância, do período 2011/2, para o estudo de caso. A quantidade das interações foi analisada pelo número de acessos que o estudante fez ao ambiente virtual e ao material didático e a qualidade a partir da consistência das mensagens e das inter-relações entre os sujeitos nos fóruns de discussão. A partir das análises realizadas foi possível concluir que a interação constante entre professor, tutor e estudantes virtuais é potencializadora da aprendizagem dos estudantes, mas não é decisiva. Isto quer dizer que nem todo estudante que entrou e clicou várias vezes no ambiente teve resultados satisfatórios nas avaliações. Porque o estudante pode ter apenas feito vários acessos, feito upload dos materiais, mas não tendo compreendido-o. Neste caso, constata-se que houve apenas uma comunicação chamada de interação reativa. A interação somente será importante no processo de construção do conhecimento do estudante virtual se for uma interação mútua, a partir de uma docência mediadora, numa relação de diálogo entre professor tutor e estudantes.
  • 9. Desta forma, pode-se concluir que a quantidade de acessos não garante aprendizagem, nem tão pouco a construção de conhecimento. A interação somente será importante e significativa quando acontecer a partir de uma comunicação bidirecional entre os atores envolvidos no processo de aprendizagem. Por outro lado, constatou-se também, que os estudantes que apresentaram melhor desempenho acadêmico, foram os estudantes que mais compartilharam as suas dúvidas e incertezas em relação ao tema estudado. Consequentemente, estes estudantes foram os mais participativos e os que mais valorizaram os processos de comunicação e interação entre os professores e seus pares. Portanto, é muito importante salientar, que os planejamentos pedagógicos de novos cursos oferecidos na modalidade a distância, devem priorizar atividades que contemplem a interação mediada pelo professor tutor com os seus estudantes virtuais. Estas atividades podem ser a partir do uso das ferramentas da Web 2.0 incorporadas no ambiente virtual, além de uma formação docente consistente conscientizando os professores tutores para uma nova postura diante do estudante virtual, uma postura mediadora e pautada no diálogo. Referências AbraEAD. (2008) “Um em cada 73 brasileiros estuda a distância”. Disponível em: <http://www.abraead.com.br/noticias.cod=x1.asp>. Acesso em: 27 set 2012. Becker, Fernando; Marques, Tania. B. I. (2007) “Ser professor é Ser pesquisador”. Porto Alegre: Mediação. Bona, A.; Fagundes, L.C.; Basso, M.V.A. (2011) “Reflexões sobre a Educação a Distância na Educação Matemática”. RENOTE-Revista Novas Tecnologias na Educação. CINTED/UFRGS. V.9. Nr.1. Julho. Fagundes, L.; Sato, L.; Maçada, D. (1999) “Aprendizes do Futuro: as inovações começaram! Coleção: Informática para a mudança na Educação”. SED/MEC/PROINFO. 1999. Disponível em: <http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/me003153.pdf>. Acesso em: 28 set 2012. Franco. S. R. K. (2010) “Educação a Distância – em busca de um conceito”. Notas de aula. Seminário Avançado: Reflexões Teóricas e Políticas. PPPGIE. Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Freire, Paulo. (1982) “Pedagogia do Oprimido”. 11. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra. Inep. (2008) “Educação a distância cresce ainda mais entre os cursos superiores”. Disponível em: <http://www.educacaopublica.rj.gov.br/jornal/materias/0369.html>. Acesso em: 27 set 2012. Inep. (2011) “Sinopses Estatísticas da Educação Superior – Graduação”. Disponível em: <http://portal.inep.gov.br/superior-censosuperior-sinopse>. Acesso em 27 set 2012. Maturana, Humberto R. (2001) “Cognição, ciência e vida cotidiana”. Belo Horizonte: UFMG.
  • 10. Moraes, M. C. (1997) “Paradigma Educacional Emergente”. 9ª ed. Papirus. Multigner, Gilles. (1994) “Sociedad interactive o sociedad programada ?”. In: Apuntes de la sociedad interactive: autopistas inteligentes y negocios multimedia. FUNDESCO (org). Cuenca (Espanha): UIMP. Piaget, Jean. (1972) “Desenvolvimento e Aprendizagem”. Traduzido por Paulo Francisco Slomp do original incluído no livro de: LAVATTELLY, C. S. e STENDLER, F. Reading in child behavior and development. New York: Hartcourt Brace Janovich. Primo, Alex. (2000) “Interação mútua e reativa: uma proposta de estudo”. Revista da Famecos, n. 12, p. 81-92, jun. Primo, Alex. (2003) “Interação Mediada por Computador: a comunicação e a educação a distância segundo uma perspectiva sistêmico-relacional”. Tese de Doutorado. Programa de Pós-Graduação em Informática na Educação. PGIE/UFRGS. Silva, Marco A. (2010) “Sala de aula interativa: educação, comunicação, mídia clássica, internet, tecnologias digitais, arte, mercado, sociedade, cidadania”. São Paulo: Edições Loyola. 5ª edição. Silva, Marco A. (2012) “Educação online”. São Paulo: Edições Loyola. 4ª edição. Schlemmer, Eliane. (2002) “AVA: Um ambiente de convivência interacionista sistêmico para comunidades virtuais na cultura da aprendizagem”. Porto Alegre: URFGS, 2002. Tese (Doutorado em Informática na Educação) Programa de Pós-Graduação em Informática na Educação, Universidade Federal do Rio Grande do Sul.