O documento descreve os aspectos estruturais e organizacionais de uma equipa de futebol no seu estilo de jogo ofensivo. Detalha os sistemas táticos, papéis dos jogadores, métodos de ataque como o contra-ataque e ataque posicional, etapas do ataque incluindo construção, criação de oportunidades e finalização, assim como a transição entre fases defensiva e ofensiva.
1. Construcción
del
estilo
de
juego
Jorge
Castelo
Sporting
Clube
de
Portugal
1.
Estrutura
da
Equipa
2.
Organização
da
Equipa
1.
ESTRUTURA
DA
EQUIPA
1.1.
Sistema
táctico
da
equipa
1.2.
Articulação
sectorial
e
intersectorial
da
equipa
1.3.
Missões
tácticas
gerais
e
específicas
dos
jogadores
2.
ORGANIZAÇÃO
DA
EQUIPA
2.1.
FASE
OFENSIVA
2.1.1.
MÉTODOS
OFENSIVOS
2.1.1.1.
Contra-‐ataque
1.
Rápida
transição
defesa/ataque.
2.
Reduzido
tempo
de
construção
do
ataque.
3.
Elevado
ritmo
de
decisão/acção
4.
Simplicidade
de
processos.
5.
Rentabiliza
o
binómio
tempo/espaço.
6.
Impede
a
defesa
adversária
em
se
organizar.
7.
Ter
sempre
como
referência
os
jogadores
melhor
posicionados.
8.
Inter-‐relacionar
com
o
método
de
jogo
defensivo.
1
2. 2.1.1.2.
Ataque
Rápido
1.
As
características
do
ataque
rápido
são
semelhantes
às
do
contra-‐ataque.
2.
A
diferença
fundamental
estabelece-‐se
no
facto
do
contra-‐ataque
procurar
assegurar
a
finalização,
antes
da
defesa
contrária
se
organizar
de
forma
efectiva.
Enquanto
o
ataque
rápido,
terá
de
preparar
a
fase
de
finalização
já
com
a
equipa
adversária
organizada
no
seu
método
defensivo.
2.1.1.3.
Ataque
Posicional
1.
Maior
duração
da
etapa
de
construção
do
processo
ofensivo.
2.
Evidencia
uma
acção
colectiva
num
bloco
compacto
e
homogéneo.
3.
Segurança
na
resolução
das
situações
de
jogo.
4.
Constituição
de
unidades
estruturais
funcionais.
5.
Trinómio
tempo,
espaço
e
número.
6.
Ocupação
racional
do
espaço
de
jogo.
2.1.2.
ETAPAS
DO
ATAQUE
2.1.2.1.
1ª
Etapa.
Construção
do
processo
ofensivo
1ª
etapa
de
Construção
do
ataque
-‐
Saída
baixa
utilizando
os
centrais,
os
laterais
ou
os
médios
defensivos
-‐
Criar
constantemente
linhas
de
passe
e
de
opções
de
decisão
-‐
Atacar
o
espaço
livre
mas
utilizar
poucos
toques
na
bola
-‐
Atrair
os
adversários
para
um
dos
corredores
laterais
possibilitando
a
saída
da
bola
pelo
outro
-‐
Mobilidade
dos
atacantes
que
dão
opções
de
passe
(trocas
posicionais)
-‐
Variar
o
ritmo
de
jogo
através
de
acções
rápidas
ou
variação
do
centro
do
jogo.
-‐
Jogar
com
poucos
toques
e
evitar
acções
de
dible/finta
2ª
etapa
de
Construção
do
ataque
-‐
Saída
longa
ataque
sobre
a
1ª
e
2ª
bola
-‐
Qualidade
e
precisão
na
circulação
da
bola
-‐
Mobilidade
constante
dos
atacantes
(jogos
posicionais)
-‐
Utilizar
o
jogo
exterior
e
o
jogo
interior
-‐
Gerir
tempos
e
ritmos
de
jogo
(pausar
e
acelerar)
-‐
Constantes
apoios
frontais
e
laterais
ao
atacante
de
posse
da
bola
-‐
Atacar
constantemente
a
última
linha
defensiva
adversária
-‐
Evitar
de
conduzir
e
driblar
em
excesso
em
especial
quando
o
bloco
defensivo
está
organizado
2
3.
2.1.2.2.
2ª
Etapa:
Criação
de
Situações
de
Finalização
-‐
Variar
o
jogo
ofensivo
pelo
corredor
exterior
e
interior
-‐
Manter
constantemente
a
largura
no
ataque
-‐
Desequilibrar
a
estrutura
defensiva
através
de
situações
1x1,
2x1,
2x2,
ou
através
de
passes
de
rotura
-‐
Mobilidade
constante
dos
atacantes
e
trocas
posicionais
-‐
Utilizar
as
acções
de
cruzamento
variando
as
trajectórias
da
bola
bem
como
os
alvos.
-‐
Atacar
convictamente
os
espaços
predominantes
de
finalização
-‐
Manter
o
equilíbrio
defensivo
de
modo
a
reagir
à
perda
de
posse
de
bola
(preparar
para
transitar).
2.1.2.3.
3ª
Etapa
Finalização
-‐
Rematar
logo
que
a
oportunidade
surja.
-‐
Construir
linhas
limpas
de
remate
-‐
Rematar
fora
da
grande
área
-‐
Assumir
a
responsabilidade
de
rematar
com
convicção.
-‐
Rematar
a
partir
de
espaços
pouco
habituais.
-‐
Deslocar-‐se
logo
após
o
remate
atacar
o
2º
momento
da
acção.
-‐
Atender
à
aleatoriedade
das
situações.
3
4.
2.1.3.
MOMENTOS
DO
ATAQUE
2.1.3.1.
Transição
de
fase
-‐
ataque/defesa
1.
Forte
atitude
e
predisposição
mental
aquando
da
perda
de
bola
(reacção
imediata
de
todos).
2.
Pressão
constante
sobre
o
portador
da
bola,
os
outros
fecham
linhas
de
passe
de
progressão
ou
rotura
da
organização.
3.
Retardar
o
desenvolvimento
do
ataque
adversário
4.
Compensar
de
imediato
a
acção
dos
colegas
quando
ultrapassados
(entreajuda)
5.
Rápida
recuperação
defensiva
elevando
o
nº
de
defesas
atrás
da
linha
da
bola.
6.
Ver
simultaneamente
a
bola
e
o
adversário
directo
7.
Recorrer
à
falta
quando
for
necessário
(sentido
útil
da
infracção)
2.1.3.2.
Bolas
Paradas
-‐
Esquemas
Tácticos
1.
Marcação
rápida
falta
em
certas
situações
de
jogo
(surpreender
os
adversários)
2.
Ocupar
rapidamente
as
posições
pré-‐defenidas
e
treinadas
3.
Atender
aos
sinais
combinados
4.
Sincronizar
as
acções
de
quem
marca
e
de
quem
recebe
5.
Atacar
forte
a
1ª
e
a
2ª
bola
6.
Marcar
os
adversários
que
não
estão
directamente
implicados
no
processo
defensivo
7.
Parar
de
imediato
a
transição
de
fase
do
adversário
2.2.
FASE
DEFENSIVA
2.2.1.
MÉTODOS
DEFENSIVOS
2.2.1.1.
Método
à
zona
1.
Potencia
“o
todos
contra
um”.
2.
Responsabiliza
cada
jogador
por
uma
zona
de
marcação.
3.
Estabelece
uma
organização
por
linhas
defensivas.
4.
Reforça
acções
de
entreajuda
e
solidariedade.
5.
Introduz
a
“defesa
em
linha”
2.2.1.2.
Método
misto.
1.
Sintetiza
o
método
individual
e
zona.
2.
Possibilita
que
o
defesa
marque
o
atacante
de
uma
para
a
outra
zona
do
campo.
3.
Reforça
as
acções
de
cobertura.
2.2.1.3.
Método
zona
pressionante
1.
Promove
a
marcação
rigorosa
ao
atacante
de
posse
de
bola.
2.
Reduz
o
espaço
efectivo
de
jogo.
3.
Potencia
continuadamente
a
marcação
a
atacantes
e
espaços
vitais
de
jogo.
4.
Modela
as
condições
de
recuperação
da
bola.
5.
Promove
o
aumento
da
concentração
da
organização
defensiva.
6.
Utiliza
a
comunicação
verbal
entre
os
jogadores.
7.
Desenvolve
um
elevado
grau
de
espírito
da
equipa.
4
5. 2.2.2.
ETAPAS
DA
DEFESA
2.2.2.1.
Equilíbrio
defensivo
Pode
ser
concretizado:
1.
No
desenrolar
do
ataque.
As
equipas
aplicam
medidas
preventivas
de
modo
a
precaver
a
situação
de
perda
da
bola.
2.
Após
a
perda
da
posse
da
bola.
A
equipa
deve
reagir
de
imediato
à
situação
através
de
deslocamentos
em
direcção
ao
atacante
de
posse
da
bola
e,
dos
espaços
vitais
de
jogo
de
modo
a:
(1)
Reorganizar
o
ataque.
(2)
Evitar
de
acções
rápidas
de
ataque
do
adversário
(3)
Temporizar
o
ataque
adversário.
2.2.2.2.
Recuperação
defensiva
A
recuperação
defensiva
começa
nos
momentos
logo
após
a
impossibilidade
de
se
recuperar
de
imediato
a
bola
e,
dura
até
à
ocupação
do
dispositivo
defensivo
previamente
preconizado
pela
equipa.
Nestas
circunstâncias,
importa:
(1)
Marcar
espaços
e
atacantes
durante
a
recuperação
defensiva
(2)
Interpôr-‐se
entre
o
atacante
e
a
própria
baliza
(3)
Obstruir
a
acção
dos
atacantes.
2.2.2.3.
Bloco
Defensivo
Pressupõe
a
ocupação
do
dispositivo
defensivo
previamente
preconizado
pela
equipa.
Qualquer
método
defensivo,
visa
com
a
sua
organização,
coordenação
e
colaboração,
não
apenas,
a
recuperação
da
posse
da
bola,
como
também,
proteger
a
baliza
contra
as
acções
agressivas
desenvolvidas
pelos
adversários.
Podemos
observar
3
níveis
de
bloco
defensivo:
2.2.2.3.1.
Bloco
defensivo
alto
1.
Forte
pressão
na
saída
curta
da
bola
pela
equipa
adversária
2.
Acção
de
pressão
realizada
fundamentalmente
pelo
ponta
de
lança,
extremos
e
médio
ofensivo.
3.
Aproximação
dos
diferentes
sectores
da
equipa
de
modo
a
manter
o
bloco
defensivo
compacto
(redução
do
espaço
entre
linhas)
4.
Obrigar
os
adversários
a
cometer
erros
(perda
da
bola
ou
executar
passes
longos)
5.
Conduzir
os
adversários
para
espaços
onde
seja
mais
fácil
a
recuperação
da
bola
(redução
do
espaço
efectivo
do
ataque)
6.
Dar
continuidade
ao
processo
defensivo
passando
para
bloco
médio
(caso
os
atacante
passem
a
1ª
linha
defensiva)
2.2.2.3.2.
Bloco
defensivo
médio
1.
Pressão
constante
sobre
o
atacante
de
posse
de
bola.
2.
Equipa
compacta
entre
linhas.
Manter
uma
distância
de
20/25
mts
2.
Respeitar
as
zonas
individuais
de
pressão
3.
Não
ser
atraído
pela
bola
ou
pelo
atacante.
Evitar
ser
eliminado
4.
Constantes
acções
de
cobertura
e
compensação
5.
Variar
o
centro
gravitacional
da
defesa
defendendo
essencialmente
o
corredor
central
6.
Agressividade
nos
duelos
(1ª
e
2ªs
bolas).
Não
cometer
faltas
desnecessárias.
7.
Aproveitar
a
transição
defesa/ataque
5
6. 2.2.2.3.3.
Bloco
defensivo
baixo
1.
Protecção
máxima
da
baliza
2.
Elevada
densidade
de
jogadores
num
espaço
reduzido
de
jogo
3.
Compacticidade
constante
do
bloco
defensivo
4.
Não
descansar
enquanto
não
recuperar
a
posse
de
bola
5.
Ver
constantemente
a
bola
e
adversário.
6.
Evitar
faltas
desnecessárias,
mas
agressividade
nos
duelos
individuais
7.
Espírito
de
luta
e
de
sacrifício
8.
Logo
que
a
recuperação
se
concretiza
transitar
rapidamente
para
o
ataque
2.2.3.
MOMENTOS
DA
DEFESA
2.2.3.1.
Transição
defesa/ataque
1.
Aproveitar
o
desequilíbrio
da
equipa
que
estava
a
atacar
e
tem
de
passar
a
defender.
Evitando
que
se
organize
defensivamente
2.
Potenciar
movimentações
em
largura
e
profundidade
saindo
rapidamente
das
zonas
de
pressão:
aumenta
o
espaço
efectivo
de
jogo,
o
nº
de
opções
tácticas
e,
redução
das
possibilidades
de
marcação.
3.
Assegurar
uma
posse
da
bola
segura
e
eficaz
e,
tão
rápida
quanto
possível
para
atacar
a
baliza
adversária
(direccionar
as
acções
nesse
sentido)
4.
Simplicidade
nas
acções
individuais
(usar
o
passe
e
poucos
toques
na
bola).
5.
Fomentar
uma
correcta
leitura
de
jogo
de
modo
a
usar:
CA,
AR
ou
AP.
2.2.3.2.
Esquemas
Tácticos
1.
Evitar
marcação
rápida
2.
Ocupar
rapidamente
as
posições
definida
3.
Posicionamento
zonal
ou
misto
(preparar
para
atacar
a
bola
e
o
espaço)
4.
Vigiar/marcar
os
adversários
de
referência.
5.
Armadilhar
a
acção
ofensiva
de
modo
a
surpreender
os
adversários
com
determinantes
transições
defesa/ataque
6.
Atacar
forte
a
1ª
e
2ª
bola
(saída
em
bloco),
reajustando
da
linha
defensiva
consoante
a
situação.
7.
Agir/reagir
constantemente
enquanto
não
recuperar
a
bola
6