Texto cultura e poder nas organizações - case bradescoPsicologia_2015
1) O documento discute como a cultura organizacional é moldada pelos fundadores e como o poder é usado para manter ou modificar a cultura.
2) É destacado o papel fundamental dos fundadores em construir a identidade da organização e imprimir seus valores e visão.
3) O poder pode ser usado para manter a cultura existente ou modificá-la para adaptar-se às mudanças, porém a mudança cultural é um processo longo e problemático.
Este documento apresenta conceitos sobre organização, sistemas, métodos e tecnologia da informação. Aborda tópicos como conceitos de organização formal e informal, escolas clássica e das relações humanas, objetivos organizacionais, áreas de decisão, sistemas de informação e canais de comunicação. Explica como esses conceitos são importantes para analistas de sistemas e processos na compreensão de como as organizações funcionam.
1) O documento discute o conceito de cultura organizacional, definindo-a como um conjunto de valores, crenças e pressupostos compartilhados que influenciam o comportamento dos membros da organização.
2) A cultura organizacional é influenciada principalmente pelos fundadores da organização e se desenvolve ao longo do tempo por meio de processos como socialização de novos membros.
3) Elementos-chave da cultura organizacional incluem valores, políticas de recursos humanos, comunicação e estrutura do trabalho.
1) O documento discute a importância da gestão da cultura organizacional para o sucesso das empresas em um ambiente de alta competitividade global.
2) É proposta uma metodologia para identificar e mudar a cultura organizacional visando estabelecer uma "Cultura de Alto Desempenho".
3) Esta metodologia envolve ajustes nos sistemas de recursos humanos para alinhar as pessoas aos objetivos da cultura organizacional.
Artigo de estágio de desenvolvimento moral (1) (1)edimilsones2013
O documento discute a ética na administração de empresas. Primeiro, define ética e moral, e discute a importância da ética nas organizações. Segundo, argumenta que as empresas devem valorizar as pessoas como elemento principal e que isso trará lucro e melhor imagem. Terceiro, demonstra que a elaboração participativa de um código de ética cria um clima de excelência na empresa.
Este documento apresenta um glossário de termos relacionados à gestão de recursos humanos e motivação. Inclui definições de palavras-chave como avaliação de desempenho, burnout, ciclo motivacional, comunicação, conflito e desempenho. O glossário foi elaborado por um grupo de estudantes com o objetivo de facilitar a compreensão destes conceitos.
O documento discute a importância da identidade cultural e do propósito estratégico para a gestão da cultura organizacional. A identidade cultural engloba a história, valores e mitos da empresa e ajuda a estimular o orgulho e pertencimento dos funcionários. O propósito estratégico expressa a visão de futuro da empresa de forma mobilizadora. Gerenciando esses aspectos por meio de mecanismos como comunicação interna e rituais, é possível despertar atitudes pró-ativas nos funcionários.
Cultura Organizacional -Antonio Augusto do Canto MamedeLuiz Aquino
As organizações estão hoje enfrentando desafios associados ao acirramento da
competitividade. As forças competitivas em ação já não têm fronteiras bem delineadas,
não se limitando a produtos similares ou à guerra de preços. A crescente facilidade de
acesso à tecnologia, torna a inovação uma ameaça constante e, se esta não for
incentivada também dentro das próprias organizações através do uso do capital
intelectual imanente de suas forças de trabalho, as organizações terão dificuldade em
sobreviver.
Texto cultura e poder nas organizações - case bradescoPsicologia_2015
1) O documento discute como a cultura organizacional é moldada pelos fundadores e como o poder é usado para manter ou modificar a cultura.
2) É destacado o papel fundamental dos fundadores em construir a identidade da organização e imprimir seus valores e visão.
3) O poder pode ser usado para manter a cultura existente ou modificá-la para adaptar-se às mudanças, porém a mudança cultural é um processo longo e problemático.
Este documento apresenta conceitos sobre organização, sistemas, métodos e tecnologia da informação. Aborda tópicos como conceitos de organização formal e informal, escolas clássica e das relações humanas, objetivos organizacionais, áreas de decisão, sistemas de informação e canais de comunicação. Explica como esses conceitos são importantes para analistas de sistemas e processos na compreensão de como as organizações funcionam.
1) O documento discute o conceito de cultura organizacional, definindo-a como um conjunto de valores, crenças e pressupostos compartilhados que influenciam o comportamento dos membros da organização.
2) A cultura organizacional é influenciada principalmente pelos fundadores da organização e se desenvolve ao longo do tempo por meio de processos como socialização de novos membros.
3) Elementos-chave da cultura organizacional incluem valores, políticas de recursos humanos, comunicação e estrutura do trabalho.
1) O documento discute a importância da gestão da cultura organizacional para o sucesso das empresas em um ambiente de alta competitividade global.
2) É proposta uma metodologia para identificar e mudar a cultura organizacional visando estabelecer uma "Cultura de Alto Desempenho".
3) Esta metodologia envolve ajustes nos sistemas de recursos humanos para alinhar as pessoas aos objetivos da cultura organizacional.
Artigo de estágio de desenvolvimento moral (1) (1)edimilsones2013
O documento discute a ética na administração de empresas. Primeiro, define ética e moral, e discute a importância da ética nas organizações. Segundo, argumenta que as empresas devem valorizar as pessoas como elemento principal e que isso trará lucro e melhor imagem. Terceiro, demonstra que a elaboração participativa de um código de ética cria um clima de excelência na empresa.
Este documento apresenta um glossário de termos relacionados à gestão de recursos humanos e motivação. Inclui definições de palavras-chave como avaliação de desempenho, burnout, ciclo motivacional, comunicação, conflito e desempenho. O glossário foi elaborado por um grupo de estudantes com o objetivo de facilitar a compreensão destes conceitos.
O documento discute a importância da identidade cultural e do propósito estratégico para a gestão da cultura organizacional. A identidade cultural engloba a história, valores e mitos da empresa e ajuda a estimular o orgulho e pertencimento dos funcionários. O propósito estratégico expressa a visão de futuro da empresa de forma mobilizadora. Gerenciando esses aspectos por meio de mecanismos como comunicação interna e rituais, é possível despertar atitudes pró-ativas nos funcionários.
Cultura Organizacional -Antonio Augusto do Canto MamedeLuiz Aquino
As organizações estão hoje enfrentando desafios associados ao acirramento da
competitividade. As forças competitivas em ação já não têm fronteiras bem delineadas,
não se limitando a produtos similares ou à guerra de preços. A crescente facilidade de
acesso à tecnologia, torna a inovação uma ameaça constante e, se esta não for
incentivada também dentro das próprias organizações através do uso do capital
intelectual imanente de suas forças de trabalho, as organizações terão dificuldade em
sobreviver.
O documento discute oito metáforas organizacionais propostas por Gareth Morgan: 1) máquinas; 2) organismos; 3) cérebros; 4) cultura; 5) sistemas políticos; 6) prisões psíquicas; 7) fluxo e transformação; 8) instrumentos de dominação. A Ford é analisada como exemplo para ilustrar algumas destas metáforas, como máquina, organismo e sistema político autocrático sob o comando de Henry Ford.
O documento discute a cultura organizacional e como ela é formada por valores, missão, visão e estratégias definidas desde a fundação da empresa. A cultura influencia decisões estratégicas e pode levar uma empresa ao sucesso ou fracasso caso não se adapte às mudanças no ambiente. Exemplos de empresas como a Motorola, Kellog's e McDonald's ilustram como sua cultura foi definida inicialmente e ainda influencia suas estratégias.
Seminário sobre cultura organizacional apresentado na Faculdade Castro Alves para a disciplina Teoria da Administração II - 2º semestre - pelos acadêmicos:
Adriana Souza, Deise Barros, Marco Antonio, Maria Teresa e Shirlene Conceição.
O documento discute diferentes metáforas para entender a cultura organizacional, incluindo máquinas, organismos, sistemas políticos, sistemas culturais, cérebros, prisões psíquicas, instrumentos de dominação e fluxo e transformação. Cada metáfora é caracterizada e explicada por teorias organizacionais relevantes, com o objetivo de fornecer diferentes perspectivas para analisar a cultura e estrutura de uma organização.
O documento discute os conceitos de cultura organizacional e como identificá-la. Apresenta modelos como metáforas para entender organizações, incluindo máquinas, organismos, sistemas políticos e culturais. Discute também teorias que explicam cada metáfora e como elas podem ser aplicadas para compreender determinadas organizações.
A Influência da Cultura Organizacional no Processo de Liderança e PoderPaulo Saldanha
Este documento discute como a cultura organizacional influencia o processo de liderança e poder dentro de uma organização. Primeiramente, apresenta conceitos de cultura organizacional e liderança de acordo com autores. Em seguida, analisa como os elementos da cultura, como valores, crenças e normas, afetam o desenvolvimento de lideranças e como essas lideranças influenciam o desempenho organizacional. Finalmente, discute como a cultura direciona a forma como as pessoas pensam, interagem e percebem sua existência dentro da organização e como os format
O documento discute a aplicação da sociologia à administração. A sociologia aplicada mostra como os administradores podem alcançar suas metas entendendo os comportamentos sociais dentro das organizações. Uma organização é formada por pessoas, equipamentos e recursos trabalhando juntos para um objetivo comum. Administradores gerenciam sistemas organizacionais para garantir que fluam de forma equilibrada. A sociologia estuda comportamentos humanos e organizações, buscando formas de organizar a sociedade de maneira dinâmica.
Este documento discute a cultura organizacional e estratégias para mensurá-la. A cultura organizacional é definida como um conjunto de valores compartilhados que influenciam o comportamento dos membros da organização. A cultura é influenciada por fatores internos e externos e pode variar entre departamentos em subculturas. Questionários são frequentemente usados para medir o clima organizacional devido ao baixo custo e privacidade, permitindo resultados mais precisos.
1. O documento discute a evolução dos modelos de gestão de pessoas em organizações. Apresenta os modelos de gestão de pessoas como departamento pessoal, gestão do comportamento humano e gestão estratégica de pessoas.
2. Fatores internos e externos condicionam os modelos de gestão de pessoas ao longo do tempo. O modelo de departamento pessoal focava em eficiência e custos. O modelo de gestão do comportamento humano incorporou a psicologia e focou em motivação e liderança. O modelo de gestão estratégica de pessoas vin
O documento discute o clima organizacional de uma empresa pública militar da área da saúde. Ele identifica problemas como rigidez hierárquica, comunicação deficiente e desmotivação de funcionários. A pesquisa qualitativa aplicou questionários online para avaliar o clima e identificar estratégias de melhoria, como maior participação de funcionários no processo decisório e revisão dos valores e atitudes que afetam as relações internas.
O documento discute os conceitos de cultura organizacional, definindo-a como um conjunto de crenças, valores e normas compartilhadas que influenciam o comportamento dentro de uma organização. Apresenta alguns fatores que influenciam a cultura, como os fundadores, a área de atuação e a liderança atual. Também discute a importância de apresentar a cultura aos novos funcionários e de programas de ambientação para integrá-los à organização.
Este documento apresenta um programa de disciplina sobre comunicação e relacionamento interpessoal. Ele discute conceitos básicos de comunicação, incluindo os elementos do processo de comunicação e tipos de comunicação. Além disso, aborda desafios para gestores em promover a conciliação entre objetivos individuais e organizacionais, e fornece exemplos de casos relacionados a comunicação no ambiente de trabalho.
O documento discute o conceito de cultura organizacional, definindo-a como um conjunto de valores, pressupostos e símbolos compartilhados que constroem a identidade de uma organização. Apresenta diferentes definições de cultura organizacional e discute aspectos como a formação, manutenção e mudança da cultura, além de apresentar breves casos de empresas que gerenciaram suas culturas.
O documento discute como o ambiente organizacional e a cultura influenciam uma organização. Ele explica que o ambiente organizacional engloba fatores internos e externos que podem afetar os objetivos da organização. Além disso, destaca que a cultura organizacional representa as normas e crenças compartilhadas que definem como as pessoas interagem e resolvem problemas na organização.
O documento discute os objetivos e elementos formadores da cultura organizacional. A cultura é formada por valores, crenças, ritos, cerimônias, estórias, mitos e heróis. Estes elementos fornecem direcionamento para as ações dos membros e reforçam a identidade e comportamentos desejados na organização. Rituais como admissão de novos funcionários e comemorações de datas especiais também contribuem para a cultura organizacional.
1) A cultura organizacional refere-se aos valores, objetivos e normas de comportamento compartilhados pela maioria das pessoas em uma organização. Cada organização tem uma cultura própria que determina como as pessoas se comportam.
2) Existem sete fatores que dificultam a administração da cultura organizacional, incluindo problemas relacionados a níveis diferentes de cultura, crenças implícitas e interdependência com outros aspectos da organização.
3) As crenças e pressupostos dos principais tomadores de decisão de uma organização são
Este documento discute a importância do comprometimento profissional para o desenvolvimento de funcionários e empresas. Ele define comprometimento como o ato de se obrigar por compromisso e analisa como o comprometimento afeta a satisfação, produtividade e retenção de funcionários. Também discute como medir o comprometimento e como torná-lo mutuamente benéfico para funcionários e empresas.
1) O documento discute o uso do contrato psicológico como uma ferramenta para a gestão de pessoas em empresas de consultoria no Brasil.
2) Uma pesquisa com consultores seniores demitidos encontrou que a violação do contrato psicológico levou à rotatividade voluntária.
3) Manter as expectativas mútuas entre empregados e empregadores, conforme definido no contrato psicológico, é importante para reter trabalhadores do conhecimento.
1) O documento discute o uso do contrato psicológico como uma ferramenta para a gestão de pessoas em empresas de consultoria no Brasil.
2) Uma pesquisa qualitativa e quantitativa com cinco consultores seniores demitidos encontrou que houve violação dos contratos psicológicos.
3) A violação dos contratos psicológicos está associada à rotatividade voluntária, ou demissão voluntária, nos casos estudados.
O documento discute a interação entre estratégia organizacional e estratégia de recursos humanos. Apresenta tipologias que classificam os diferentes argumentos sobre o assunto e o modelo dominante baseado em recursos. Também discute limitações desse modelo e conclusões sobre convergências e divergências no debate.
O documento discute oito metáforas organizacionais propostas por Gareth Morgan: 1) máquinas; 2) organismos; 3) cérebros; 4) cultura; 5) sistemas políticos; 6) prisões psíquicas; 7) fluxo e transformação; 8) instrumentos de dominação. A Ford é analisada como exemplo para ilustrar algumas destas metáforas, como máquina, organismo e sistema político autocrático sob o comando de Henry Ford.
O documento discute a cultura organizacional e como ela é formada por valores, missão, visão e estratégias definidas desde a fundação da empresa. A cultura influencia decisões estratégicas e pode levar uma empresa ao sucesso ou fracasso caso não se adapte às mudanças no ambiente. Exemplos de empresas como a Motorola, Kellog's e McDonald's ilustram como sua cultura foi definida inicialmente e ainda influencia suas estratégias.
Seminário sobre cultura organizacional apresentado na Faculdade Castro Alves para a disciplina Teoria da Administração II - 2º semestre - pelos acadêmicos:
Adriana Souza, Deise Barros, Marco Antonio, Maria Teresa e Shirlene Conceição.
O documento discute diferentes metáforas para entender a cultura organizacional, incluindo máquinas, organismos, sistemas políticos, sistemas culturais, cérebros, prisões psíquicas, instrumentos de dominação e fluxo e transformação. Cada metáfora é caracterizada e explicada por teorias organizacionais relevantes, com o objetivo de fornecer diferentes perspectivas para analisar a cultura e estrutura de uma organização.
O documento discute os conceitos de cultura organizacional e como identificá-la. Apresenta modelos como metáforas para entender organizações, incluindo máquinas, organismos, sistemas políticos e culturais. Discute também teorias que explicam cada metáfora e como elas podem ser aplicadas para compreender determinadas organizações.
A Influência da Cultura Organizacional no Processo de Liderança e PoderPaulo Saldanha
Este documento discute como a cultura organizacional influencia o processo de liderança e poder dentro de uma organização. Primeiramente, apresenta conceitos de cultura organizacional e liderança de acordo com autores. Em seguida, analisa como os elementos da cultura, como valores, crenças e normas, afetam o desenvolvimento de lideranças e como essas lideranças influenciam o desempenho organizacional. Finalmente, discute como a cultura direciona a forma como as pessoas pensam, interagem e percebem sua existência dentro da organização e como os format
O documento discute a aplicação da sociologia à administração. A sociologia aplicada mostra como os administradores podem alcançar suas metas entendendo os comportamentos sociais dentro das organizações. Uma organização é formada por pessoas, equipamentos e recursos trabalhando juntos para um objetivo comum. Administradores gerenciam sistemas organizacionais para garantir que fluam de forma equilibrada. A sociologia estuda comportamentos humanos e organizações, buscando formas de organizar a sociedade de maneira dinâmica.
Este documento discute a cultura organizacional e estratégias para mensurá-la. A cultura organizacional é definida como um conjunto de valores compartilhados que influenciam o comportamento dos membros da organização. A cultura é influenciada por fatores internos e externos e pode variar entre departamentos em subculturas. Questionários são frequentemente usados para medir o clima organizacional devido ao baixo custo e privacidade, permitindo resultados mais precisos.
1. O documento discute a evolução dos modelos de gestão de pessoas em organizações. Apresenta os modelos de gestão de pessoas como departamento pessoal, gestão do comportamento humano e gestão estratégica de pessoas.
2. Fatores internos e externos condicionam os modelos de gestão de pessoas ao longo do tempo. O modelo de departamento pessoal focava em eficiência e custos. O modelo de gestão do comportamento humano incorporou a psicologia e focou em motivação e liderança. O modelo de gestão estratégica de pessoas vin
O documento discute o clima organizacional de uma empresa pública militar da área da saúde. Ele identifica problemas como rigidez hierárquica, comunicação deficiente e desmotivação de funcionários. A pesquisa qualitativa aplicou questionários online para avaliar o clima e identificar estratégias de melhoria, como maior participação de funcionários no processo decisório e revisão dos valores e atitudes que afetam as relações internas.
O documento discute os conceitos de cultura organizacional, definindo-a como um conjunto de crenças, valores e normas compartilhadas que influenciam o comportamento dentro de uma organização. Apresenta alguns fatores que influenciam a cultura, como os fundadores, a área de atuação e a liderança atual. Também discute a importância de apresentar a cultura aos novos funcionários e de programas de ambientação para integrá-los à organização.
Este documento apresenta um programa de disciplina sobre comunicação e relacionamento interpessoal. Ele discute conceitos básicos de comunicação, incluindo os elementos do processo de comunicação e tipos de comunicação. Além disso, aborda desafios para gestores em promover a conciliação entre objetivos individuais e organizacionais, e fornece exemplos de casos relacionados a comunicação no ambiente de trabalho.
O documento discute o conceito de cultura organizacional, definindo-a como um conjunto de valores, pressupostos e símbolos compartilhados que constroem a identidade de uma organização. Apresenta diferentes definições de cultura organizacional e discute aspectos como a formação, manutenção e mudança da cultura, além de apresentar breves casos de empresas que gerenciaram suas culturas.
O documento discute como o ambiente organizacional e a cultura influenciam uma organização. Ele explica que o ambiente organizacional engloba fatores internos e externos que podem afetar os objetivos da organização. Além disso, destaca que a cultura organizacional representa as normas e crenças compartilhadas que definem como as pessoas interagem e resolvem problemas na organização.
O documento discute os objetivos e elementos formadores da cultura organizacional. A cultura é formada por valores, crenças, ritos, cerimônias, estórias, mitos e heróis. Estes elementos fornecem direcionamento para as ações dos membros e reforçam a identidade e comportamentos desejados na organização. Rituais como admissão de novos funcionários e comemorações de datas especiais também contribuem para a cultura organizacional.
1) A cultura organizacional refere-se aos valores, objetivos e normas de comportamento compartilhados pela maioria das pessoas em uma organização. Cada organização tem uma cultura própria que determina como as pessoas se comportam.
2) Existem sete fatores que dificultam a administração da cultura organizacional, incluindo problemas relacionados a níveis diferentes de cultura, crenças implícitas e interdependência com outros aspectos da organização.
3) As crenças e pressupostos dos principais tomadores de decisão de uma organização são
Este documento discute a importância do comprometimento profissional para o desenvolvimento de funcionários e empresas. Ele define comprometimento como o ato de se obrigar por compromisso e analisa como o comprometimento afeta a satisfação, produtividade e retenção de funcionários. Também discute como medir o comprometimento e como torná-lo mutuamente benéfico para funcionários e empresas.
1) O documento discute o uso do contrato psicológico como uma ferramenta para a gestão de pessoas em empresas de consultoria no Brasil.
2) Uma pesquisa com consultores seniores demitidos encontrou que a violação do contrato psicológico levou à rotatividade voluntária.
3) Manter as expectativas mútuas entre empregados e empregadores, conforme definido no contrato psicológico, é importante para reter trabalhadores do conhecimento.
1) O documento discute o uso do contrato psicológico como uma ferramenta para a gestão de pessoas em empresas de consultoria no Brasil.
2) Uma pesquisa qualitativa e quantitativa com cinco consultores seniores demitidos encontrou que houve violação dos contratos psicológicos.
3) A violação dos contratos psicológicos está associada à rotatividade voluntária, ou demissão voluntária, nos casos estudados.
O documento discute a interação entre estratégia organizacional e estratégia de recursos humanos. Apresenta tipologias que classificam os diferentes argumentos sobre o assunto e o modelo dominante baseado em recursos. Também discute limitações desse modelo e conclusões sobre convergências e divergências no debate.
O documento discute como a qualidade da relação com gestores de contas e com a empresa impactam resultados do relacionamento B2B, como lealdade e percepção de valor. Ele propõe um modelo testado no setor automotivo, concluindo que a qualidade da relação com gestores impacta positivamente lealdade e valor, enquanto a qualidade da relação com a empresa só impacta lealdade quando mediada por investimentos específicos.
Cultura Organizacional, Estrutura Organizacional e Gestão de Pessoas como Bas...Nathalia Santos
O documento discute as relações entre cultura organizacional, estrutura organizacional, gestão de pessoas e desempenho organizacional sob a perspectiva da gestão orientada por processos. A pesquisa analisou essas variáveis em 368 empresas brasileiras usando modelagem de equações estruturais e encontrou associações positivas entre os construtos, exceto entre estrutura organizacional e desempenho. Os resultados sugerem que iniciativas em gestão por processos podem afetar significativamente o desempenho organizacional.
ANÁLISE DA PERCEPÇÃO DA INDÚSTRIA ELETRO-ELETRÔNICA ACERCA DA AVALIAÇÃO DOS P...Carlos Fernando Jung
O documento analisa a percepção da indústria eletro-eletrônica sobre avaliação dos processos de manufatura sob o enfoque da sustentabilidade. Foram realizadas entrevistas com responsáveis de três empresas do setor, que revelaram interesse crescente em sustentabilidade, mas ainda falta de aplicação direta de práticas sustentáveis nas estratégias de produção.
Artigo: Liderança - fundamentação dos negócios brasileiros na dimensão de lid...Luzia Tetrault
1) O documento discute os fundamentos da liderança nos negócios brasileiros, avaliando seus conceitos e relevância no mercado de trabalho.
2) A liderança é vista como um fator importante no desenvolvimento das empresas diante das constantes transformações no mercado.
3) Líderes bem treinados que motivam as equipes podem auxiliar no crescimento dos negócios e na produtividade.
1) O documento discute a relação entre sustentabilidade e governança corporativa no nível Novo Mercado.
2) Foi realizada uma pesquisa exploratória das 20 empresas que compõem o ranking do Guia Exame de Sustentabilidade de 2009.
3) A pesquisa constatou que as empresas sustentáveis estudadas ainda não têm incluído a governança corporativa nível Novo Mercado, apesar da sinergia existente entre os dois campos.
The evolution of marketing relationshipJorge Prado
Apresentação do artigo The evolution of marketing relationship, de Jagdish N. Sheth e Atul Parvatiyar, publicado em 1995 na International Business Review
1) O artigo analisa os sites das 500 maiores empresas brasileiras para verificar o nível de transparência sobre suas práticas de responsabilidade socioambiental.
2) As empresas precisam entender a importância estratégica de seus sites para se comunicar com os stakeholders de forma transparente.
3) A sociedade exige cada vez mais responsabilidade das empresas, e a falta de transparência pode prejudicar a confiança e legitimidade do negócio.
2012 mkt2622 comportamento do consumidor e responsabilidade social corporativ...Ricardo Vernieri Alencar
Este artigo analisa como a renda (alta e baixa) influencia a percepção de benefício, valor, intenção de compra e atitude dos consumidores em relação às práticas de responsabilidade social corporativa (RSC) das empresas. Dois experimentos testaram 16 hipóteses sobre como consumidores de alta e baixa renda avaliam produtos de empresas que adotam RSC, especialmente quando o preço é compatível com seu nível de renda.
Gestão da sustentabilidade no setor da construção - Versão PreliminarLucas Amaral Lauriano
No dia 14 de setembro de 2011 foi realizado o 1º encontro da Comunidade de Prática do CDSC com o tema de Gestão da Sustentabilidade no Setor da Construção. Este caderno de ideias tem como objetivo relatar o que foi apresentado e discutido no evento, que contou com a participação de doze representações de empresas associadas ao CDSC (Holcim e MASB), empresas convidadas (PROERG e Grupo Sant’Anna) e entidades representativas do governo e sociedade civil (CREA e ABCP).
O documento apresenta um modelo de gestão para organizações definindo seus principais pilares como pessoas, processos, tecnologia, educação e aprendizagem, estratégia e clientes. É descrito que um modelo de gestão explícito é necessário para a adequada integração entre sistemas e estrutura organizacional de uma empresa.
O documento analisa o capítulo 2 do livro "Estratégia de Empresas" que discute a gestão estratégica no novo milênio. O capítulo apresenta as principais características da escola da gestão estratégica competitiva, incluindo atuação global, proatividade, incentivo à criatividade, controle por meio do balanced scorecard, ênfase em unidades estratégicas de negócio e alianças. O documento também discute a importância da sustentação dos recursos para o sucesso da estratégia de uma organização.
O documento analisa um capítulo de um livro sobre gestão estratégica e discute conceitos como escolas de pensamento estratégico, globalização, criatividade, alianças estratégicas e aprendizagem organizacional. O resumo destaca que a cultura organizacional influencia decisões estratégicas e que recursos financeiros bem gerenciados são fundamentais para sustentar uma estratégia de sucesso a longo prazo.
O documento discute a gestão estratégica competitiva e suas características principais, como atuação global, proatividade, ênfase em alianças e aprendizagem contínua. Também aborda a importância da cultura organizacional, tomada de decisões, resistência à mudança e sustentação dos recursos para o sucesso da estratégia.
O documento discute a gestão estratégica competitiva e suas características principais, como atuação global, proatividade, ênfase em alianças e aprendizagem contínua. Também aborda a importância da cultura organizacional, tomada de decisões, resistência à mudança e sustentação dos recursos para o sucesso da estratégia.
O Que é Um Ménage à Trois?
A sociedade contemporânea está passando por grandes mudanças comportamentais no âmbito da sexualidade humana, tendo inversão de valores indescritíveis, que assusta as famílias tradicionais instituídas na Palavra de Deus.
Atividades de Inglês e Espanhol para Imprimir - AlfabetinhoMateusTavares54
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Slides Lição 11, CPAD, A Realidade Bíblica do Inferno, 2Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
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1. Revista Gestão & Tecnologia, Pedro Leopoldo, v. 8, n. 2, p. 1-16, jul./ago. 2008 1
Avaliando o Comprometimento Organizacional e Possíveis Relações com o Turnover
Claúdio Alves Costa1
Lúcio Flávio Renault de Moraes2
Vera L. Cançado3
RESUMO
Em um ambiente competitivo é essencial possuir uma força de trabalho permanentemente
comprometida. O comprometimento pode minimizar as intenções de sair da empresa, implicando
índices mais baixos de turnover. Dentro desse contexto, este artigo tem como objetivo descrever o
grau de comprometimento dos vendedores e gerentes de duas redes de lojas do comércio varejista
de malas e acessórios, localizadas em Shopping Centers da região metropolitana de Belo Horizonte;
e investigar as possíveis relações entre os graus de comprometimento e os comportamentos de
turnover. Foram realizados estudos de caso comparativos entre duas redes de lojas. Os dados foram
obtidos por meio de questionários, entrevistas semiestruturadas e grupo focal. Os resultados
encontrados indicaram um grau moderado de comprometimento afetivo, normativo e instrumental,
além de evidências que sugerem uma ligação positiva entre o comprometimento e o turnover.
PALAVRAS-CHAVE: Comprometimento Organizacional; Comportamento Organizacional;
Intenções de sair; Intenções de ficar; Comportamento de Turnover.
ABSTRACT
In competitive environments, a permanent commitment of the workforce is essential. The
commitment may minimize the intentions to quit, so implicating in lower turnover indices. In this
context, this article aims to describe the degree of commitment of salesmen and managers in two
Trunks and Accessories retail sale shops, located in Shopping Centers of the Metropolitan region of
Belo Horizonte; and investigate the possible relationship between the degree of commitment and
the turnover behaviors. We realized a comparative case study between the two nets of retail shops.
The data were collected through questionnaires, semi structured interviews and focused groups. The
results show a moderated amount of affective, normative and instrumental commitment, together
with evidences that suggest a positive relation between commitment and turnover.
KEYWORDS: Organizational Commitment; Organizational behaviour; Intentions to quit;
Intentions to stay; Turnover behavior.
1
Assistente de Negócios Internacionais no Banco do Brasil; professor na Universidade Presidente Antonio Carlos -
UNIPAC Contagem (MG); e-mail: claudioalvescosta@uol.com.br.
2
Professor do Mestrado Profissional em Administração da Fundação Pedro Leopoldo, Av. Lincoln Diogo Viana, 830,
Bairro Dr. Lund, Cep: 33.600-000 - Pedro Leopoldo, MG, Fone: 31 3686-1461.
3
Professora do Mestrado Acadêmico em Administração da Faculdade Novos Horizontes – Rua Alvarenga Peixoto,
1270. Santo Agostinho – Belo Horizonte – Minas Gerais
2. Avaliando o Comprometimento Organizacional e Possíveis Relações com o Turnover
Revista Gestão & Tecnologia, Pedro Leopoldo, v. 8, n. 2, p. 1-16, jul./ago. 2008 2
1 INTRODUÇÃO
Para que as empresas possam sobreviver nos atuais cenários competitivos, são necessárias
estratégias arrojadas e inovadoras e, ainda, trabalhadores cada vez mais comprometidos. Frente às
demandas de inovações, delineia-se um perfil de trabalhador mais participante, consciente,
responsável e comprometido, conforme aponta Leite (1993). Esse perfil de profissional implicará
em vários tipos de contrapartidas ou benefícios para os trabalhadores, em termos de supervisão e de
melhorias concretas nas condições de trabalho e as consequentes alterações nos vínculos entre os
indivíduos e as organizações.
Nesse contexto, sobressai a necessidade de possuir uma força de trabalho que esteja
permanentemente comprometida com os objetivos da empresa (BASTOS, 1998). O
comprometimento pode minimizar as intenções de sair da empresa, levando a índices mais baixos
de turnover. Assim, estudos que relacionam comprometimento e turnover, além de serem atuais,
podem contribuir para o melhor entendimento sobre o vínculo entre os indivíduos e a organização e,
ainda, possibilitar condições de melhorias nas relações de trabalho.
Na grande Belo Horizonte, estão presentes duas redes de lojas, cujo negócio é a comercialização de
malas e acessórios de viagem. Percebe-se a falta de comprometimento dos funcionários e uma
vontade clara, muitas vezes expressa em conversas informais, de deixar a empresa. Verifica-se,
também, que uma dessas redes parece apresentar um índice de rotatividade menor que sua
concorrente. Além disso, mesmo o comprometimento parecendo ser mínimo em ambas as redes,
acredita-se, em graus diferentes, desse comprometimento, comparando-se as duas redes, tanto em
relação aos gerentes quanto aos vendedores.
Sendo assim, o seguinte problema de pesquisa é apresentado: Qual o grau de comprometimento dos
vendedores e gerentes com suas organizações e qual a relação deste comprometimento com o
comportamento de turnover?
Este artigo tem como objetivo descrever o grau de comprometimento dos vendedores e gerentes que
trabalham em Shopping Centers, em duas redes de lojas concorrentes do comércio varejista de
malas e acessórios, localizadas na região metropolitana de Belo Horizonte e, também, investigar as
possíveis relações entre comprometimento e os comportamentos de turnover.
Além dessa seção introdutória, este artigo estrutura-se em mais quatro seções. A segunda seção é
constituída pela fundamentação teórica sobre os construtos Comprometimento Organizacional e
Turnover. A metodologia de pesquisa é apresentada na terceira seção. Na quarta, a análise e
interpretação dos dados da pesquisa. Na última seção, são apresentadas as principais considerações,
bem como recomendações para as empresas pesquisadas e para a academia.
2 COMPROMETIMENTO ORGANIZACIONAL
Os trabalhos pioneiros de Mowday, Steers e Porter (1979) e Mowday, Porter e Steers (1982) deram
origem à maioria dos estudos sobre comprometimento organizacional. Apesar de reconhecerem a
existência de uma corrente comportamental, os autores enfatizam a natureza afetiva do processo de
identificação do indivíduo com os objetivos e valores da empresa. Os autores conceituam o
3. Claúdio Alves Costa; Lúcio Flávio Renault de Moraes; Vera L. Cançado
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comprometimento organizacional como uma força relacionada com a identificação e o
envolvimento do indivíduo com uma empresa em particular. Caracterizam o comprometimento
como “uma forte crença e aceitação pelo indivíduo dos valores e objetivos da organização; um
desejo de exercer considerável esforço em favor da organização; e um forte desejo de se manter
como membro da organização” (MOWDAY; STEERS; PORTER, 1979, p. 226).
Dos cinco principais enfoques do comprometimento organizacional que podem diferenciar a
maioria das pesquisas na área – enfoque afetivo; instrumental; normativo; sociológico; e
comportamental – o enfoque sobre as três dimensões básicas (comprometimento afetivo,
instrumental e normativo) tem predominado nas pesquisas - principalmente no Brasil, desde a
década de 90 (BASTOS, 1993). Alinhado às considerações de Bastos (1993) sobre o construto
Comprometimento Organizacional, Moraes et al. (1995; 1997) afirmam que a valorização do
Comprometimento Organizacional, se comparado aos estudos clássicos da motivação humana no
trabalho, deve-se, entre outros fatores, à maior estabilidade que esse tema imprimiu aos estudos do
comportamento e das atitudes do trabalhador.
O comprometimento afetivo refere-se a uma ligação de natureza emocional do indivíduo com a
empresa. Mowday, Porter e Steers (1982) enfocam a natureza afetiva da relação de identificação do
indivíduo com os objetivos e valores da empresa. Nessa linha, o comprometimento dos indivíduos
vai muito além de uma postura de lealdade passiva para com a empresa, envolvendo também um
relacionamento mais ativo, no qual o indivíduo esteja mais disposto a dar algo de si, a fim de
contribuir para o bem-estar da empresa. É um sentimento de lealdade, um desejo de pertencer à
empresa e de se esforçar por ela, sendo tais dimensões mensuradas através de uma escala de
atitudes. A hipótese é de que o indivíduo assume uma postura ativa e que, ao desejar dar algo de si
para a empresa, a dimensão afetiva é, então, alimentada e sedimentada por meio de sentimentos do
empregado.
O enfoque instrumental é visto como um mecanismo psicossocial, como o cálculo de consequências
de ações prévias (recompensas e custos), que impõem limites ou restringem ações futuras. É
também denominado de “continuação” ou “calculativo”, fundamentando-se no clássico trabalho de
Becker (1960), no qual o autor descreve o comprometimento instrumental como uma tendência do
indivíduo de engajar-se em linhas consistentes de atividade. Uma linha consistente de atividade
pode ser entendida como, por exemplo, a permanência do indivíduo na empresa, e as side-bets
(trocas laterais) seriam os diversos investimentos feitos pelo indivíduo (desenvolvimento de
habilidades, contribuições para fundos de pensão) que tornam difícil o abandono da empresa.
O enfoque normativo do comprometimento organizacional tem suas raízes na interseção entre a
teoria organizacional, enfocando os trabalhos de Etzioni (1975), e a Psicologia Social, na qual estão
inseridos os trabalhos de Ajzen e Fishbein (1980) sobre a estrutura das atitudes e de seu poder
preditivo em relação ao comportamento. Os estudos de Weiner e Vardi (1990) discutem esse
enfoque do comprometimento organizacional, estabelecendo um quadro de referência denominado
normativo-instrumental, em que trabalham os conceitos de sistema cultural e sistema motivacional
na determinação do comportamento humano nas organizações. Weiner (1982, p. 421) define o
comprometimento como “um conjunto de pressões normativas internalizadas pelo indivíduo para
que seu comportamento seja compatível com os objetivos e interesses da organização”. Segundo
esse conceito, as pressões normativas predispõem o indivíduo para se comportar de acordo com os
padrões internalizados.
Na década de 90, os trabalhos de Meyer e Allen (1991; 1997) questionaram essa abordagem
unidimensional, demonstrando que o comprometimento organizacional é um construto
4. Avaliando o Comprometimento Organizacional e Possíveis Relações com o Turnover
Revista Gestão & Tecnologia, Pedro Leopoldo, v. 8, n. 2, p. 1-16, jul./ago. 2008 4
multidimensional. O uso da expressão múltiplos comprometimentos refere-se, coletivamente, a
vários focos, aos quais uma pessoa possa se tornar comprometida, não se referindo aos diferentes
componentes do comprometimento.
A partir da análise de diversas definições, Meyer e Allen (1991, p. 67) conceituam os três
componentes básicos para o construto comprometimento organizacional:
a) Comprometimento afetivo – referindo-se a um envolvimento emocional
do empregado em que ocorre uma identificação com a organização.
“Empregados com um forte comprometimento afetivo permanecem na
organização porque assim o querem”;
b) Comprometimento instrumental – referindo-se a um comprometimento
percebido como custos associados por deixar a organização.
“Empregados cujo vínculo principal com a organização é baseado no
comprometimento instrumental, permanecem na organização porque
precisam”;
c) Comprometimento normativo – refletindo um sentimento de obrigação
de permanecer na organização. “Empregados com um alto nível de
comprometimento normativo sentem que devem permanecer na
organização”.
Meyer e Allen (1991) sugerem ser mais apropriado designar essas três dimensões do
comprometimento como componentes e não como tipos, por não serem mutuamente excludentes,
uma vez que os empregados podem experimentar todas as três formas, em diferentes graus.
Entender como e quando o comprometimento se desenvolve (antecedentes) e como ele ajuda a
moldar atitudes e comportamentos (consequentes), segundo Meyer e Allen (1997), permite às
empresas um melhor posicionamento para anteciparem-se aos impactos a que estão sendo
submetidas nos tempos atuais.
Em seu trabalho, Steers (1977) sugere um modelo que incorpora tanto os antecedentes quanto os
consequentes do comprometimento organizacional. O primeiro componente do modelo - os
antecedentes ou determinantes do comprometimento organizacional - é agrupado em três grandes
categorias: características pessoais; características do trabalho; e experiências no trabalho. Gama
(1993) expande essa categorização, com o objetivo de explicar o construto por meio de variáveis
preditoras, apresentando em seu modelo de pesquisa a síntese das variáveis antecedentes que podem
estar relacionadas ao comprometimento organizacional (variável dependente) e as preditoras
(variáveis independentes). Essas variáveis foram agrupadas em seis grandes grupos: características
pessoais; funcionais; papéis organizacionais; grupos de trabalho; ambiente organizacional; e
ambiente externo.
O segundo componente do modelo apoia-se na hipótese de que o comprometimento, como
consequência, conduz a vários comportamentos específicos, dentre eles um melhor desempenho no
trabalho, o desejo e intenção de permanecer na empresa, a fixação do empregado e baixo turnover,
conforme comprovado por Price e Mueller (1986), Steers e Mowday (1981). Essa última
consequência do comprometimento – o turnover – será abordado na sequência do trabalho.
5. Claúdio Alves Costa; Lúcio Flávio Renault de Moraes; Vera L. Cançado
Revista Gestão & Tecnologia, Pedro Leopoldo, v. 8, n. 2, p. 1-16, jul./ago. 2008 5
3 TURNOVER
Devido a ausência de um modelo teórico validado no Brasil, o turnover vem sendo estudado por
meio do cálculo de índices e de suas correlações com os construtos comprometimento e satisfação.
Uma definição geral proposta por Mobley (1992) para o termo turnover é saída de um indivíduo de
uma organização na qual que recebia compensação monetária. Segundo Robbins (1999), o índice de
turnover pode ser medido por meio do número de funcionários desligados da empresa em
determinado período, comparativamente ao quadro médio de efetivos ou da ausência definitiva do
funcionário do seu local de trabalho.
Mobley (1992) argumenta que o turnover voluntário é um importante tópico de estudo, porque
implica em pelo menos três importantes consequências para as organizações – potenciais custos;
perda de recursos humanos; e paralisação de atividades em execução. Para o pesquisador, as
intenções de turnover podem preceder um turnover efetivo.
Optou-se, nesta pesquisa, por abordar as relações entre o turnover e o construto comprometimento,
porém sob uma perspectiva mais abrangente, considerando o turnover como um complexo processo
psicológico, que implica uma perspectiva gerencial.
Segundo Bastos (1993), a relação do turnover com comprometimento pode ser medida por meio da
variável intenção de sair – um melhor preditor de turnover.
Segundo Mobley (1992), o administrador deve ser capaz de:
a) diagnosticar a natureza e os prováveis determinantes do turnover em sua organização;
b) estimar as prováveis consequências;
c) desenhar e implementar políticas, práticas e programas para um tratamento efetivo do
fenômeno;
d) avaliar a efetividade das mudanças e antecipar futuras mudanças exigidas para o
gerenciamento efetivo do turnover em um ambiente tão dinâmico.
A revisão da literatura indicou a falta de bases conceituais do turnover como um processo
psicológico. Vários autores esboçaram modelos de turnover (MARCH; SIMON, 1958; PRICE;
MUELLER, 1986; MOBLEY, 1977). Contudo, o modelo “expandido” de Mobley et al. (1979)
parece ser o mais detalhado, porque incorpora elementos dos modelos anteriores e tenta captar a
complexidade geral do turnover, tratando assim das variáveis organizacionais, ambientais e
individuais associadas ao fenômeno. O modelo é apresentado na FIG. 1.
−
6. Avaliando o Comprometimento Organizacional e Possíveis Relações com o Turnover
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FIGURA 1 - Modelo expandido do processo de turnover
Fonte: MOBLEY, 1992, p. 54.
INDIVIDUAIS
OCUPACIONAIS PESSOAIS
Nível Hierárquico Idade
Nível de habilidade Tempo de serviço
Status Instrução
Profissionalismo Interesses
MERCADO DE
TRABALHO E
ECONOMIA
Desemprego
Índice de vagas
Níveis publicitários
Níveis de recrutamento
Fala: comunicação
ORGANIZACIONAIS
Metas-valores
Políticas
Práticas
Recompensas
Conteúdo do cargo
Percepções ligadas
ao cargo
Percepções do
mercado do
trabalho
VALORES INDIVIDUAIS
Satisfação
Atração
Utilidade
Expectada:
Atração
Utilidade
Expectada:
INTENÇÕES DE PROCURAR.
Intenções de sair.
EXPECTAÇÕES
REPRESENTANTES
AO CARGO
PRESENTE
1. Em relação aos
resultados no
futuro cargo
2. Em relação a
manter-se no
emprego
EXPECTAÇÕES
REFERENTES AOS
CARGOS
DISPONÍVEIS
1. Em relação
aos
resultados no
futuro cargo
2. Em relação a
ter sucesso
com a
alternativa
COMPORTAMENTO DE
TURNOVER
Gratificação imediata
vs. protelada
Centralidade de valores
não ligados ao trabalho.
Crenças referentes a:
conseqüências do
desligamento não
ligadas ao trabalho.
Obstáculos contratuais.
Formas alternativas de
comportamento de
afastamento
Comportamento
impulsivo;
especificidade e tempo
entre medidas
7. Claúdio Alves Costa; Lúcio Flávio Renault de Moraes; Vera L. Cançado
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De acordo com Mobley (1992), esse modelo apresenta três importantes variáveis que influenciam
diretamente as percepções individuais ligadas ao cargo e ao mercado de trabalho. Essas percepções
criam expectativas nos indivíduos, tanto quanto ao cargo atual como quanto aos cargos disponíveis
no mercado de trabalho. Os valores individuais influenciam diretamente os níveis de satisfação no
trabalho e essa satisfação, em conjunto com as atrações exercidas pelos cargos atuais e alternativos,
implicam intenções de sair da empresa ou de procurar outro emprego.
As intenções de sair da empresa manifestam-se também sob quatro aspectos básicos – a
centralidade nos valores não ligados ao trabalho; as crenças referentes às consequências do
desligamento; os obstáculos contratuais; e a gratificação imediata em contraste com a protelada.
Contudo, segundo Mobley (1992), fica muito clara nesse modelo a diferença entre as intenções de
sair ou procurar um novo emprego e o comportamento efetivo de turnover, tendo em vista que um
indivíduo, por exemplo, pode estar apenas com intenções de sair e não ter efetivamente um
comportamento de turnover.
As intenções de turnover, conforme apontado por Mobley (1992), podem estar relacionadas a
variáveis como fator gênero, fator idade, fator estado civil, fator nível de escolaridade, fator horas
trabalhadas, fator membro sindical, fator salário e fatores organizacionais.
4 METODOLOGIA
Tendo em vista o objetivo deste trabalho – identificar o grau de comprometimento organizacional
dos gerentes e vendedores de duas redes de lojas, localizadas em Shopping Centers da região
metropolitana de Belo Horizonte, bem como verificar as possíveis relações do comprometimento
com o comportamento de turnover – optou-se por realizar estudos de caso comparativos de caráter
descritivo, quantitativo e qualitativo.
Este estudo caracteriza-se como uma pesquisa descritiva porque descreve o comportamento dos
indivíduos em relação ao fenômeno comprometimento organizacional, conforme apontado por
Collis e Hussey (2005). Há que se ressaltar, também, a proximidade que este estudo possui com
pesquisas do tipo exploratória, tendo em vista que busca ideias ou hipóteses sobre uma relação
pouco pesquisada entre dois fenômenos – comprometimento e turnover.
O presente trabalho caracteriza-se, também, como uma pesquisa quantitativa e qualitativa, porque é
seu objetivo a mensuração do fenômeno comprometimento organizacional, por meio da aplicação
de um questionário a população foco da pesquisa. Além disso, busca com dados qualitativos
analisar as percepções dos funcionários sobre as relações entre comprometimento e turnover, por
meio de entrevistas semiestruturadas e de grupo de foco.
Por fim, esta pesquisa consiste em estudo de casos múltiplos, realizados em duas redes de lojas –
Rede 1 e Rede 2 – uma vez que visa maior profundidade no exame dos fenômenos
comprometimento e turnover em duas empresas, nas quais foram realizados os mesmos
procedimentos para a coleta dos dados (YIN, 2005).
8. Avaliando o Comprometimento Organizacional e Possíveis Relações com o Turnover
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Nesta pesquisa, a unidade de observação é constituída por todos os vendedores e gerentes das duas
redes de lojas. A população é constituída de 58 pessoas, entre vendedores e gerentes. Dos 58
questionários entregues nas lojas, obteve-se o retorno de 53 questionários totalmente válidos,
correspondendo a um índice de retorno de 91,38%. Portanto, trabalha-se com um censo e não com
uma amostra.
Os dados foram coletados a partir da aplicação de questionários a todos os vendedores e gerentes de
ambas as redes, utilizando-se a escala proposta por Meyer e Allen (1991; 1997) para o
comprometimento organizacional. Posteriormente, foram realizadas entrevistas semiestruturadas,
seguindo um roteiro prévio para a análise da percepção sobre turnover, com seis gerentes das redes
envolvidas na pesquisa. E, por fim, foi realizado um grupo de foco, com oito funcionários de ambas
as redes de lojas, seguindo as orientações propostas por Debus (1997) e Collis e Hussey (2005).
Para o tratamento e análise dos dados quantitativos, foi utilizado o programa estatístico SPSS 12.0
for Windows – Statistical Package for the Social Sciences e o programa Microsoft Excel 2002. Os
dados foram tratados por meio de estatística descritiva e analítica. Obteve-se a média das três
dimensões do comprometimento em cada uma das redes de lojas – Rede 1 e 2. Com o intuito de
verificar se há diferença significativa entre as duas redes de lojas concorrentes no que se refere ao
comprometimento, foram realizados testes t-student (Independents Samples T test), utilizando um
nível de significância de 5%.
Os dados qualitativos, oriundos das entrevistas e grupo focal foram categorizados e confrontados
com os resultados quantitativos e com a teoria, de forma a construir uma explanação sobre o
problema, conforme preconizado por Yin (2005).
5 ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS DADOS DA PESQUISA
Por meio dos resultados dos questionários aplicados aos funcionários das duas redes de lojas,
avaliou-se o nível de comprometimento dos vendedores e gerentes em relação a empresa a que
pertencem. A TAB. 1 apresenta o resultado da avaliação do comprometimento nas três dimensões e
as diferenças de percepção entre os respondentes da Rede 1 e Rede 2.
TABELA 1
Média e diferença entre a avaliação do comprometimento das Rede 1 e Rede 2
Rede 1 Rede 2 P-valor
*
Comprometimento Afetivo 3,536 3,416 0,490
Comprometimento Instrumental 2,655 2,620 0,864
Comprometimento Normativo 3,571 3,218 0,050
Média 3,254 3,084
Fonte: Dados da pesquisa
Nota: * P-valor T test
9. Claúdio Alves Costa; Lúcio Flávio Renault de Moraes; Vera L. Cançado
Revista Gestão & Tecnologia, Pedro Leopoldo, v. 8, n. 2, p. 1-16, jul./ago. 2008 9
A Rede 1 apresenta a média de comprometimento organizacional mais alta que a Rede 2, podendo-
se investigar as causas por meio dos dados qualitativos. O grau mais baixo de comprometimento
dos respondentes refere-se ao comprometimento instrumental, ou seja, não se observa uma elevada
preocupação quanto aos custos por deixar a empresa e também não se evidencia alto grau de
necessidade em permanecer na empresa.
Os p-valores dos testes-t maiores do que 0,05 evidenciaram que não existe diferença significativa
entre as duas redes, no que se refere ao nível de Comprometimento Afetivo e Instrumental. Já em
relação ao Comprometimento Normativo (p-valor = 0,05), verifica-se uma diferença significativa,
sendo que a Rede 1 apresentou maior média para esse quesito. Confrontando essa média com a
teoria a respeito do Comprometimento Normativo, os resultados indicam que os funcionários da
Rede 2 demonstraram-se menos leais à empresa, com intenções de sair, além de estarem menos
dispostos a se sacrificarem em prol da empresa, apesar de muito preocupados em não criticar a
empresa.
Comparando o comprometimento entre gerentes e vendedores, observam-se diferenças
significativas nos comprometimentos afetivo e instrumental, conforme TAB. 2.
TABELA 2
Avaliação das dimensões do comprometimento em função do cargo
Gerentes Vendedores P-valor*
Comprometimento Afetivo 4,100 3,370 0,004
Comprometimento Instrumental 2,100 2,684 0,056
Comprometimento Normativo 3,400 3,280 0,658
Fonte: Dados da pesquisa
Nota:* P-valor T test
Quanto ao Comprometimento Afetivo, verificou-se diferença significativa entre gerentes e
vendedores, sendo que os gerentes mostraram-se mais comprometidos afetivamente com a empresa.
Referente ao Comprometimento Instrumental, verifica-se que existe diferença significativa também
nesse quesito, sendo que os vendedores mostraram maior comprometimento, apresentando médias
superiores. Nesse ponto, as evidências empíricas apresentam uma realidade diferente do que se
esperava – gerentes mais comprometidos instrumentalmente do que os vendedores. Acreditava-se
que os gerentes, tendo maior dificuldade de encontrar outros postos de trabalho em função do cargo
ocupado, seriam mais propensos a apresentarem maiores médias. Já em relação ao
Comprometimento Normativo, a diferença existente entre eles não foi significativa (p-valor maior
do que 0,05), indicando que vendedores e gerentes são igualmente comprometidos com a empresa,
no que diz respeito ao Comprometimento Normativo.
10. Avaliando o Comprometimento Organizacional e Possíveis Relações com o Turnover
Revista Gestão & Tecnologia, Pedro Leopoldo, v. 8, n. 2, p. 1-16, jul./ago. 2008 10
Avaliou-se também se dentro de cada rede existe diferença significativa entre os gerentes e os
vendedores em relação às três dimensões do comprometimento. A TAB. 3 apresenta o nível médio
do comprometimento observado em cada dimensão para os vendedores e gerentes da Rede 1.
TABELA 3
Avaliação das dimensões do comprometimento em função do cargo ocupado na Rede 1
Gerente Vendedor P-valor**
Comprometimento Afetivo 4,500 3,462 0,000
Comprometimento Instrumental 2,830 2,640 0,281
Comprometimento Normativo 4,170 3,526 0,001
Fonte: Dados da pesquisa
Não se observou diferença significativa em relação ao comprometimento instrumental de
vendedores e gerentes da Rede 1. Em relação ao comprometimento Afetivo e Normativo, os
resultados indicam que a gerência da Rede 1 é significativamente mais comprometida, apresentando
médias mais elevadas do que os vendedores. Esse resultado parece coerente com a teoria,
considerando-se que o gerente, como representante da gestão da empresa, deva ter uma
identificação afetiva mais forte e maior aderência às normas e valores da empresa.
Os resultados da Rede 2 foram similares aos resultados da comparação entre os gerentes e
vendedores no geral, conforme apresentado na TAB. 4.
TABELA 4
Avaliação das dimensões do comprometimento em função do cargo ocupado na Rede 2
Gerentes Vendedores P-valor*
Comprometimento Afetivo 4,000 3,335 0,021
Comprometimento Instrumental 1,917 2,071 0,028
Comprometimento Normativo 3,208 3,186 0,940
Fonte: Dados da pesquisa
No que se refere ao Comprometimento Normativo, não se observou diferença significativa. Já em
relação ao Comprometimento Afetivo, verificou-se que os gerentes da rede 2 são significativamente
mais comprometidos do que os vendedores. No entanto, os vendedores evidenciaram maior
Comprometimento Instrumental com a empresa. Mais uma vez, as evidências empíricas apresentam
uma realidade diferente do que se esperava – gerentes da rede 2 mais comprometidos
instrumentalmente do que os vendedores da mesma rede.
11. Claúdio Alves Costa; Lúcio Flávio Renault de Moraes; Vera L. Cançado
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Comparando-se os dados sobre o perfil da população pesquisada com os tipos e níveis de
comprometimento, verificou-se que os resultados corroboram aqueles de outras pesquisas, em
relação ao gênero – homens e mulheres são igualmente comprometidos com as organizações às
quais pertencem. Quanto à média salarial, os funcionários (vendedores e gerentes) que recebem
acima de dois salários mínimos apresentaram-se mais comprometidos afetivamente do que os que
recebem menos de dois salários mínimos. Em relação ao tempo de trabalho na empresa, os
funcionários que trabalham há menos de um ano e há mais de um ano são igualmente
comprometidos nas três dimensões, sugerindo não fazer diferença a variável tempo de trabalho.
Para relacionar os resultados sobre comprometimento com o turnover, procurou-se estabelecer uma
relação entre as colocações dos entrevistados sobre a intenção de sair da empresa. Buscou-se
evidências empíricas que sustentassem as ligações teóricas entre o construto comprometimento e o
turnover. Os estudos de Mobley (1977), Price e Mueller (1986), Steers e Mowday (1981) indicam
existir uma forte relação entre as intenções de sair e o turnover efetivo. Assim, por meio também de
algumas colocações durante as entrevistas, observou-se que, mesmo tendo sido o comprometimento
organizacional avaliado em nível moderado entre os vendedores e gerentes das duas redes, há reais
intenções de sair que podem implicar um possível comportamento de turnover dentro de ambas as
redes. Serão apresentados dois casos que indicam essas evidências.
Caso 1 – Vendedor da Rede 1, com 36 anos, dois anos de empresa,
com segundo grau completo e buscando crescimento profissional
“Não há na empresa nenhum plano de cargos e salários”.
“Há pouca oportunidade de crescimento aqui”.
“A dona da loja centraliza tudo nela”.
“A gente é que tem de correr atrás de algum tipo de treinamento”.
“Não faltam vagas no mercado de trabalho”.
“Uma recolocação seria tranquila”.
“Eu não deixaria a empresa por causa de um salário maior, mas por causa
da falta de autonomia ou de um trabalho em equipe”.
Caso 2 – Gerente da Rede 2, com 48 anos, cinco anos de empresa, com
segundo grau completo e buscando troca de conhecimento sobre o setor
“O foco é em resultados, mas há também alguma preocupação com o bem
estar geral dos funcionários”.
“Não há plano de cargos e salários”.
“Todo o processo de contratação é conduzido pela dona da loja”.
12. Avaliando o Comprometimento Organizacional e Possíveis Relações com o Turnover
Revista Gestão & Tecnologia, Pedro Leopoldo, v. 8, n. 2, p. 1-16, jul./ago. 2008 12
“Treinamento é coisa eventual”.
“O desempenho é avaliado tanto em relação ao volume de vendas quanto
ao nosso comportamento, trabalho em equipe, bom atendimento, ética e
respeito com o cliente”.
“A autonomia na realização de uma venda vai até um limite estabelecido
pela empresa”.
“Temos que ter muita responsabilidade durante uma venda, somos o elo
entre a loja e os clientes”.
“O clima organizacional é bom”.
“Percebo que muitos vendedores trocam constantemente de loja para
receber seguro desemprego”.
Essas afirmativas indicam problemas tanto no ambiente de trabalho como em relação ao conteúdo
do trabalho. Apesar desses problemas, evidencia-se o comprometimento com as empresas
pesquisadas. Os resultados do grupo de foco contribuem para a elucidação dos temas estudados,
ressaltando-se alguns depoimentos coletados. Algumas afirmativas dos participantes do grupo
reforçam as assertivas da escala de Meyer e Allen (1991), em relação à dimensão afetiva do
comprometimento organizacional: “Gosto da loja em que trabalho, me sinto bem aqui e busco
resolver os problemas como se fossem meus”. Outras afirmativas respaldam a dimensão normativa :
“Tenho um compromisso muito grande com a dona da loja pela oportunidade que me deram”. Em
relação à dimensão instrumental do comprometimento organizacional pode-se ressaltar: “Continuo
aqui porque tenho que pagar a minha faculdade” ou “Não nasci para vendas ... fico aqui porque
preciso”.
Por outro lado, são também detectadas manifestações de intenção de sair da loja: “Não pretendo
fazer carreira aqui nesta loja”; ou “Pretendo sair. Mas, sairia somente após o natal para não
deixar a loja na mão”. Nesse posicionamento, apesar de estar evidente a intenção de sair da
empresa, observa-se também um certo grau de comprometimento normativo.
Um dos entrevistados afirmou que “Há uma boa oferta de emprego neste setor, o que falta é
pessoal qualificado”. Essa afirmativa está de acordo com a dimensão percepções do mercado de
trabalho, citadas por Mobley (1992) em seu modelo expandido de turnover, indicando a intenção de
sair e possível turnover. Já a afirmativa: “Gosto do que faço, mas pretendo trocar de ramo por falta
de melhores oportunidades aqui dentro” confirma a dimensão “percepções ligadas ao cargo”.
Verificou-se que, para alguns funcionários, a intenção de sair está ligada ao fato de não
considerarem vendas como uma profissão. Todavia, não foram encontradas pesquisas na sociologia
ou na antropologia do trabalho que fossem capazes de sustentar algumas conclusões sobre essa
importante consideração. Entretanto, pode-se deduzir, a partir do grupo de foco, a questão da
temporariedade do trabalho de um vendedor, sustentada pelo fato de que 32% dos respondentes
serem jovens de até 25 anos e 64% possuir o segundo grau completo. Esses dados poderiam
implicar o efetivo turnover, após concluírem o curso de graduação, para investir na própria carreira
ou permanecer somente até encontrarem emprego na área do conhecimento específico.
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Os resultados indicam, portanto, que existem potenciais evidências sobre as relações entre
comprometimento e intenção de sair da empresa e/ou de procurar outra empresa para trabalhar, o
que poderia ou não implicar o turnover.
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Este trabalho, seguindo a tendência das pesquisas mais recentes, adotou a abordagem
multidimensional de comprometimento organizacional, visando verificar o grau e o tipo de
comprometimento dos vendedores e gerentes de duas redes de lojas do setor de comércio varejista
de malas e acessórios. Buscou-se, também, verificar a existência de relação entre o
comprometimento e a intenção de sair e/ou de procurar outra empresa, o que pode implicar um
subsequente comportamento de turnover. Pode-se afirmar que tanto o modelo de pesquisa adotado
como os resultados alcançados permitiram atingir os objetivos propostos.
Os resultados dos questionários sobre comprometimento organizacional indicam que, em termos
gerais, vendedores e gerentes de ambas as redes apresentaram um nível de comprometimento geral
moderado. Quando comparadas as duas redes, verificou-se que os funcionários da Rede 1
apresentam maior comprometimento normativo (que reflete um sentimento de obrigação de
permanecer na empresa, em que as pessoas sentem que devem permanecer na empresa) do que os
funcionários da Rede 2. De fato, os resultados das entrevistas e grupo focal indicam que o estilo de
gestão da Rede 1, aliado a uma cultura cujos valores organizacionais parecem convergir mais para o
relacionamento humano, podem proporcionar um índice maior de comprometimento normativo.
Entre vendedores e gerentes, no geral, verificou-se que os gerentes são mais comprometidos
afetivamente – dimensão caracterizada por uma relação forte entre um indivíduo identificado e
envolvido com uma empresa em particular. E os vendedores são mais comprometidos
instrumentalmente – dimensão em que os indivíduos permanecem na empresa devido à percepção
que possuem dos custos e benefícios associados a sua saída. Essa evidência empírica sobre o
comprometimento instrumental contradiz os resultados que eram esperados tanto dos vendedores
quanto dos gerentes. Dentro do contexto desses profissionais, as evidências empíricas pareciam
indicar que os gerentes poderiam ter uma percepção que os custos e benefícios associados a sua
saída seriam mais elevados, ainda mais pela dificuldade de mobilidade entre empresas, em função
do cargo.
Na Rede 1, verificou-se que a gerência apresenta maior comprometimento afetivo do que os
vendedores. Na Rede 2, verificou-se que os gerentes apresentam maior comprometimento afetivo
do que os vendedores da mesma rede e os vendedores apresentam maior comprometimento
instrumental do que os gerentes da mesma rede. Essas conclusões são coerentes porque vão ao
encontro do que foi observado na comparação entre vendedores e gerentes no geral.
Em relação à intenção de sair da empresa, conclui-se, pela existência de potenciais evidências, que
as dimensões do comprometimento estejam relacionadas à intenção de sair e/ou de procurar outra
empresa para trabalhar. Essas evidências manifestaram-se nas entrevistas e no grupo de foco, tendo
sido possível estabelecer ligações entre as percepções dos funcionários com os dados quantitativos
obtidos nos questionários.
Todavia, pelas características desta pesquisa – estudo de casos comparativo – não há a pretensão de
generalizar as conclusões, mas procurar um embasamento para o tema proposto, verificando,
empiricamente, a teoria adotada face à realidade encontrada em ambas as empresas que foram focos
deste estudo. Observa-se, também, que não foi possível enriquecer os dados, utilizando-se o índice
de turnover, uma vez que as duas redes de lojas não apresentaram um registro sistematizado, de
forma a permitir o seu cálculo. O modelo teórico de turnover mostrou-se insuficiente por falta de
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um instrumento de coleta de dados capaz de sustentar qualquer conclusão quantitativa sobre o
fenômeno, em especial, sobre sua relação com o construto comprometimento.
O número de questionários válidos – 53 ao todo – também é um importante limitador desta
pesquisa. O próprio questionário de comprometimento, como importante instrumento de coleta de
dados, ao facilitar a padronização das respostas e o envolvimento de um maior número de
participantes, limita o contato do pesquisador com a população pesquisada.
Por tudo, feitas essas ressalvas, pode-se afirmar a consistência dos resultados encontrados e a
efetividade da linha teórica adotada para o encaminhamento da pesquisa. Sendo assim, este trabalho
é mais uma contribuição acadêmica para as pesquisas comportamentais, em especial, por ter
buscado uma melhor compreensão sobre a relação entre dois importantes temas - comprometimento
e turnover.
Como contribuição prática para as empresas envolvidas nesta pesquisa, os dados obtidos poderão
servir para elucidar questões relacionadas ao comportamento de seus funcionários, possibilitando,
assim, um melhor planejamento de suas políticas de Recursos Humanos, em especial com relação à
retenção de pessoas. Para ambas as empresas, sugere-se analisar os resultados aqui apresentados de
forma a buscar ações que permitam incentivar o nível de comprometimento dos funcionários e
reduzir a intenção de abandonar a empresa. Sugere-se também repetir essa pesquisa com certa
frequência a fim de detectar e, caso necessário, corrigir as variáveis que podem impactar
diretamente em altos índices de turnover. Dadas suas múltiplas causas e consequências, nenhuma
prática ou procedimento único é suficiente para o controle do turnover. O gerenciamento efetivo
desse fenômeno exige um exame de todo o processo de administração de recursos humanos.
Visando dar continuidade e aprofundar as conclusões apresentadas, algumas recomendações são
colocadas para trabalhos futuros:
a) desenvolver e validar um instrumento para mensurar a intenção de sair da empresa, baseado
no “Modelo Expandido do Processo de Turnover” de Mobley (1992), para que se possa
avançar no conhecimento sobre o tema;
b) desenvolver pesquisas que utilizem o “Modelo Expandido do Processo de Turnover” de
Mobley (1992) para contribuir com o incremento do conhecimento sobre as relações entre
dois importantes temas comportamentais, mesmo porque o turnover é um importante
consequente do comprometimento, ainda pouco estudado no Brasil;
c) implementar novas metodologias - estudos de cunho exploratório e estudos de corte
longitudinal – possibilitando conclusões mais precisas sobre os fenômenos;
d) desenvolver pesquisas que abordem as consequências positivas do processo de turnover –
menos óbvias e quantificáveis, com escassez de pesquisas empíricas.
Por fim, considerando que o estudo foi feito com a população de duas redes de lojas de um
segmento específico do comércio varejista, acredita-se que uma amostra mais estratificada dos
vendedores e gerentes de todo o setor poderia implicar conclusões com maior potencial de
generalização.
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