1) O documento discute a relação entre sustentabilidade e governança corporativa no nível Novo Mercado.
2) Foi realizada uma pesquisa exploratória das 20 empresas que compõem o ranking do Guia Exame de Sustentabilidade de 2009.
3) A pesquisa constatou que as empresas sustentáveis estudadas ainda não têm incluído a governança corporativa nível Novo Mercado, apesar da sinergia existente entre os dois campos.
Gestão da sustentabilidade no setor da construção - Versão PreliminarLucas Amaral Lauriano
No dia 14 de setembro de 2011 foi realizado o 1º encontro da Comunidade de Prática do CDSC com o tema de Gestão da Sustentabilidade no Setor da Construção. Este caderno de ideias tem como objetivo relatar o que foi apresentado e discutido no evento, que contou com a participação de doze representações de empresas associadas ao CDSC (Holcim e MASB), empresas convidadas (PROERG e Grupo Sant’Anna) e entidades representativas do governo e sociedade civil (CREA e ABCP).
Este projeto de dissertação analisa como os fatores internos de uma organização, como o foco no capital humano e na motivação dos funcionários, podem ser fontes de vantagem competitiva sustentada. O objetivo é demonstrar que organizações que colocam os funcionários em primeiro lugar obtêm retornos financeiros superiores a longo prazo em comparação com aquelas focadas apenas no preço. A pesquisa será baseada em revisão bibliográfica sobre teorias de gestão de recursos humanos e competitividade organizacional.
Este documento discute três abordagens para integrar a sustentabilidade no sistema de gestão empresarial: 1) as revoluções que estão mudando os modelos de negócios, 2) a identificação de stakeholders relevantes, e 3) uma proposta para implementar um sistema de gestão integrado que considere a sustentabilidade.
Artigo: Liderança - fundamentação dos negócios brasileiros na dimensão de lid...Luzia Tetrault
1) O documento discute os fundamentos da liderança nos negócios brasileiros, avaliando seus conceitos e relevância no mercado de trabalho.
2) A liderança é vista como um fator importante no desenvolvimento das empresas diante das constantes transformações no mercado.
3) Líderes bem treinados que motivam as equipes podem auxiliar no crescimento dos negócios e na produtividade.
Este documento apresenta os objetivos e conteúdos programáticos de um curso de Ciência da Administração Pública. Aborda conceitos como gestão, administração e ciência da administração, e discute as diferenças e semelhanças entre gestão pública e privada. Apresenta também a evolução histórica da ciência da administração e suas principais perspectivas teóricas.
O documento discute como a gestão de pessoas influencia no desempenho organizacional considerando o perfil do líder. Aborda a evolução da administração de recursos humanos, conceitos de gestão de pessoas e desempenho empresarial. Realiza uma revisão bibliográfica sobre liderança e perfis de líderes, comparando líderes do passado e futuro.
1) O documento discute diversas perspectivas teóricas sobre organizações, incluindo ecologia da população, institucional, poder e contingencial.
2) Analisa os trabalhos de Donaldson e Fligstein, que compararam as perspectivas e estudaram a adoção da estrutura divisionalizada.
3) Donaldson defende uma abordagem contingencial e racional, enquanto Fligstein incorpora também perspectivas de poder e institucional.
Artigo Liderança - Gestão estratégica de pessoasRoni Chittoni
Este documento discute a gestão estratégica de pessoas como fonte de vantagem competitiva para as organizações. Aborda como o capital humano, os modelos de gestão e as mudanças no cenário organizacional influenciam a competitividade e sustentabilidade das empresas. Defende uma gestão mais humanizada que valorize as pessoas, seus talentos e conhecimentos.
Gestão da sustentabilidade no setor da construção - Versão PreliminarLucas Amaral Lauriano
No dia 14 de setembro de 2011 foi realizado o 1º encontro da Comunidade de Prática do CDSC com o tema de Gestão da Sustentabilidade no Setor da Construção. Este caderno de ideias tem como objetivo relatar o que foi apresentado e discutido no evento, que contou com a participação de doze representações de empresas associadas ao CDSC (Holcim e MASB), empresas convidadas (PROERG e Grupo Sant’Anna) e entidades representativas do governo e sociedade civil (CREA e ABCP).
Este projeto de dissertação analisa como os fatores internos de uma organização, como o foco no capital humano e na motivação dos funcionários, podem ser fontes de vantagem competitiva sustentada. O objetivo é demonstrar que organizações que colocam os funcionários em primeiro lugar obtêm retornos financeiros superiores a longo prazo em comparação com aquelas focadas apenas no preço. A pesquisa será baseada em revisão bibliográfica sobre teorias de gestão de recursos humanos e competitividade organizacional.
Este documento discute três abordagens para integrar a sustentabilidade no sistema de gestão empresarial: 1) as revoluções que estão mudando os modelos de negócios, 2) a identificação de stakeholders relevantes, e 3) uma proposta para implementar um sistema de gestão integrado que considere a sustentabilidade.
Artigo: Liderança - fundamentação dos negócios brasileiros na dimensão de lid...Luzia Tetrault
1) O documento discute os fundamentos da liderança nos negócios brasileiros, avaliando seus conceitos e relevância no mercado de trabalho.
2) A liderança é vista como um fator importante no desenvolvimento das empresas diante das constantes transformações no mercado.
3) Líderes bem treinados que motivam as equipes podem auxiliar no crescimento dos negócios e na produtividade.
Este documento apresenta os objetivos e conteúdos programáticos de um curso de Ciência da Administração Pública. Aborda conceitos como gestão, administração e ciência da administração, e discute as diferenças e semelhanças entre gestão pública e privada. Apresenta também a evolução histórica da ciência da administração e suas principais perspectivas teóricas.
O documento discute como a gestão de pessoas influencia no desempenho organizacional considerando o perfil do líder. Aborda a evolução da administração de recursos humanos, conceitos de gestão de pessoas e desempenho empresarial. Realiza uma revisão bibliográfica sobre liderança e perfis de líderes, comparando líderes do passado e futuro.
1) O documento discute diversas perspectivas teóricas sobre organizações, incluindo ecologia da população, institucional, poder e contingencial.
2) Analisa os trabalhos de Donaldson e Fligstein, que compararam as perspectivas e estudaram a adoção da estrutura divisionalizada.
3) Donaldson defende uma abordagem contingencial e racional, enquanto Fligstein incorpora também perspectivas de poder e institucional.
Artigo Liderança - Gestão estratégica de pessoasRoni Chittoni
Este documento discute a gestão estratégica de pessoas como fonte de vantagem competitiva para as organizações. Aborda como o capital humano, os modelos de gestão e as mudanças no cenário organizacional influenciam a competitividade e sustentabilidade das empresas. Defende uma gestão mais humanizada que valorize as pessoas, seus talentos e conhecimentos.
1) O documento discute o treinamento de recursos humanos e seu papel no desenvolvimento organizacional. 2) Analisa a evolução da gestão de recursos humanos desde os anos 1980, quando passou a ser vista como investimento e não como custo, e se tornou mais estratégica. 3) Discutem-se as mudanças nas funções dos gestores de recursos humanos para incluir preocupações com motivação, envolvimento e competências dos funcionários.
[1] O documento discute o desafio da gestão de recursos humanos em um período de rápidas mudanças sociais e econômicas no Brasil e como as organizações precisam lidar com valores em transformação entre os funcionários.
[2] Ele explica que o departamento de recursos humanos precisa evoluir para orientar todos os gerentes sobre políticas e práticas de gestão de pessoal de acordo com a estratégia da organização e o contexto externo.
[3] Finalmente, destaca que as pessoas se tornaram um recurso estr
O objetivo deste artigo é analisar a transformação digital em uma perspectiva brasileira. A partir de pesquisas acadêmicas, acionais e internacionais, e empresas de consultoria sugerimos algumas dimensões em busca da maturidade digital. Complementando, apresentamos os resultados de uma pesquisa sobre a Digitalização no Brasil, realizada pelo Núcleo de Inovação e Empreendedorismo da FDC, em que foram analisadas as oportunidades e limitações das empresas brasileiras no processo de transformação digital.
1) O documento discute estratégias em micro e pequenas empresas e seu impacto no desempenho organizacional.
2) Foi realizada uma pesquisa quantitativa com empresas associadas à Associação Comercial de Araxá-MG para investigar a relação entre estratégia e desempenho.
3) Os resultados mostraram que empresas que desenvolveram estratégias tiveram melhor desempenho, mas diferenças regionais e características das empresas podem explicar diferenças nos achados em relação a estudos anteriores.
SO Parte IV Da Eficácia e Dinâmica OrganizacionalAna Maria Santos
Este documento discute a eficácia organizacional em quatro partes: 1) Define eficácia e eficiência e como medem resultados versus uso de recursos; 2) Explora a relação entre eficácia e eficiência; 3) Apresenta abordagens diferentes para avaliar a eficácia, como metas, sistemas, grupos estratégicos e valores; 4) Discute como práticas de recursos humanos afetam a eficácia.
Gestão de processos como reinventar os processos da sua empresa para criar ...Caco Ramos
Este documento discute gestão de processos em empresas. Apresenta conceitos de processos e como organizações tradicionais diferem de modernas. Também descreve abordagens como Qualidade Total, Reengenharia e Aprendizagem Organizacional para melhorar processos e mudança. A ênfase é que processos bem projetados são essenciais para inovação e competitividade em ambientes dinâmicos.
O atual ambiente concorrencial brasileiro apresenta desafios importantes para a Gestão de
Contemporânea de Marketing nas empresas. Partindo desse pressuposto, este artigo tem por
objetivo identificar os antecedentes do desempenho superior da empresa frente ao seu mercado.
A proposta deste artigo tem como tema o processo de mudança que deve ser promovida nas empresas que participam, ou que venham a participar, de um Arranjo Produtivo Local, as etapas e o estudo de alguns casos de empresas em APL’s no Estado de São Paulo com base em dados relatados em trabalhos acadêmicos e dados secundários.
A base teórica fundamenta-se nas forças competitivas de mercado, Porter (1998), na rede como estratégia, e os modelos: de gestão da mudança, Motta (1997), e a Administração
estratégica com base em recursos e competências essenciais, Hitt (2002), que se propõe o modelo de transformação organizacional para dar suporte às empresas da rede.
O documento discute o desenvolvimento organizacional. Resume:
1) O desenvolvimento organizacional envolve mudanças planejadas de longo prazo para melhorar a organização e alinhar objetivos individuais, de grupo e da empresa.
2) Fatores como orientação estratégica, liderança, comunicação, cultura e desenvolvimento de pessoas são essenciais para o sucesso do desenvolvimento organizacional.
3) O processo envolve análise de dados, diagnóstico, intervenção e avaliação em um ciclo contínuo para promover mudanças estrutura
As organizações são vistas como sistemas abertos que se adaptam ao seu ambiente. A estrutura organizacional depende de fatores como o tamanho da organização, sua tecnologia e dependência do ambiente. Diferentes tipos de organizações são necessários para diferentes ambientes."
ANÁLISE DA PERCEPÇÃO DA INDÚSTRIA ELETRO-ELETRÔNICA ACERCA DA AVALIAÇÃO DOS P...Carlos Fernando Jung
O documento analisa a percepção da indústria eletro-eletrônica sobre avaliação dos processos de manufatura sob o enfoque da sustentabilidade. Foram realizadas entrevistas com responsáveis de três empresas do setor, que revelaram interesse crescente em sustentabilidade, mas ainda falta de aplicação direta de práticas sustentáveis nas estratégias de produção.
Este documento discute o conceito de endomarketing e sua importância para engajar funcionários e melhorar o desempenho organizacional. Primeiro, define endomarketing como a aplicação do marketing para clientes internos (funcionários) e discute como ele visa integrar os funcionários aos objetivos da organização. Segundo, explora como a cultura organizacional pode moldar os comportamentos dos funcionários e a gestão da empresa. Por fim, apresenta um estudo de caso sobre um projeto de endomarketing e sua capacidade de elevar a competitividade e qualidade de vida no trabalho.
O documento discute a necessidade de maior flexibilidade no ensino de administração para atender às demandas das organizações em constante mudança. Primeiro, descreve a transição do modelo de produção fordista rígido para um modelo pós-fordista flexível e baseado em inovação. Em seguida, argumenta que os profissionais precisam ser capazes de absorver informações e gerar conhecimento e inovação. Por fim, defende que o ensino também precisa ser flexível no tempo e no espaço para atender a essas novas necessidades.
A importância do Gerenciamento de riscos nas Organizações ContemporâneasDaniel Pacheco Mendes
O documento discute a importância do gerenciamento de riscos nas organizações contemporâneas. Ele descreve como o ambiente de negócios atual é dinâmico e competitivo, gerando riscos e desafios para as organizações. Também explica como a governança corporativa e o gerenciamento de riscos são ferramentas estratégicas para lidar com a incerteza e garantir a conformidade, integridade e sustentabilidade do negócio. Por fim, ressalta que identificar e gerenciar riscos de forma efetiva é essencial
O panorama atual do mundo dos negócios, devido em grande parte à forte competição, assim como consumidores mais exigentes e a imensa quantidade de informações, tem exigido que as organizações busquem cada vez mais formas que as ajudem a melhorar a eficiência em todas as suas áreas. Visando atender as necessidades impostas da forma mais eficiente possível, as organizações além de melhorar os seus processos produtivos, eliminando desperdícios e otimizando a utilização de seus recursos nas fábricas, estão buscando alternativas de melhorar também a produtividade em seus processos administrativos. Dessa forma, a gestão da produtividade administrativa nas organizações vem se tornando cada vez mais crucial em um ambiente de crescente abertura externa e globalização dos negócios e está se tornando um dos quesitos essenciais na formulação das estratégias de competitividade das organizações. Atualmente, qualquer empresa sem eficiência em seus processos administrativos, dificilmente será bem sucedida ou até mesmo sobreviver por muito tempo nesse cenário. Partindo-se de uma fundamentação bibliográfica, o desenvolvimento deste artigo é focado para esse novo cenário no mundo dos negócios e está centrado nas estratégias e questões relacionadas para melhoria do desempenho da produtividade administrativa das organizações. São ainda detalhados os principais problemas que atrapalham a produtividade administrativa, listando e discutindo conceitos, assim como avanços recentes sobre o tema e também buscando alternativas para melhorar e tornar mais ágeis os processos dos escritórios.
1. O artigo analisa o processo de implantação de uma metodologia formal de gestão estratégica em uma empreiteira brasileira.
2. A empresa só alcançou resultados significativos quando enfrentou os desafios políticos internos de poder.
3. Os resultados sugerem que entender as organizações como sistemas políticos ajuda a identificar os pontos críticos para o sucesso do processo estratégico.
1. O documento discute se a entrada de uma empresa no Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) gera retornos positivos aos acionistas.
2. Analisou empresas que entraram no ISE usando metodologia de estudo de evento e encontrou retornos anormais acumulados positivos estatisticamente significantes após o anúncio.
3. Isso sugere que a sustentabilidade pode agregar valor às empresas e apoiar decisões de gestores, mas evidências anteriores sobre o tema foram mistas e não conclusivas.
Este documento discute o conceito e prática da responsabilidade social nas organizações. Apesar de não existir um conceito universalmente aceito, responsabilidade social geralmente significa conduzir os negócios de forma ética e transparente, considerando os impactos em stakeholders como funcionários, fornecedores e comunidade. O documento também descreve uma pesquisa que avaliou como empresas de médio porte em Belo Horizonte entendem e praticam a responsabilidade social.
Em parceria com a Professora Helena Abascal, publicamos os relatórios das pesquisas realizados por alunos da fau-Mackenzie, bolsistas PIBIC e PIVIC. O Projeto ARQUITETURA TAMBÉM É CIÊNCIA difunde trabalhos e os modos de produção científica no Mackenzie, visando fortalecer a cultura da pesquisa acadêmica. Assim é justo parabenizar os professores e colegas envolvidos e permitir que mais alunos vejam o que já se produziu e as muitas portas que ainda estão adiante no mundo da ciência, para os alunos da Arquitetura - mostrando que ARQUITETURA TAMBÉM É CIÊNCIA.
1) O documento discute o treinamento de recursos humanos e seu papel no desenvolvimento organizacional. 2) Analisa a evolução da gestão de recursos humanos desde os anos 1980, quando passou a ser vista como investimento e não como custo, e se tornou mais estratégica. 3) Discutem-se as mudanças nas funções dos gestores de recursos humanos para incluir preocupações com motivação, envolvimento e competências dos funcionários.
[1] O documento discute o desafio da gestão de recursos humanos em um período de rápidas mudanças sociais e econômicas no Brasil e como as organizações precisam lidar com valores em transformação entre os funcionários.
[2] Ele explica que o departamento de recursos humanos precisa evoluir para orientar todos os gerentes sobre políticas e práticas de gestão de pessoal de acordo com a estratégia da organização e o contexto externo.
[3] Finalmente, destaca que as pessoas se tornaram um recurso estr
O objetivo deste artigo é analisar a transformação digital em uma perspectiva brasileira. A partir de pesquisas acadêmicas, acionais e internacionais, e empresas de consultoria sugerimos algumas dimensões em busca da maturidade digital. Complementando, apresentamos os resultados de uma pesquisa sobre a Digitalização no Brasil, realizada pelo Núcleo de Inovação e Empreendedorismo da FDC, em que foram analisadas as oportunidades e limitações das empresas brasileiras no processo de transformação digital.
1) O documento discute estratégias em micro e pequenas empresas e seu impacto no desempenho organizacional.
2) Foi realizada uma pesquisa quantitativa com empresas associadas à Associação Comercial de Araxá-MG para investigar a relação entre estratégia e desempenho.
3) Os resultados mostraram que empresas que desenvolveram estratégias tiveram melhor desempenho, mas diferenças regionais e características das empresas podem explicar diferenças nos achados em relação a estudos anteriores.
SO Parte IV Da Eficácia e Dinâmica OrganizacionalAna Maria Santos
Este documento discute a eficácia organizacional em quatro partes: 1) Define eficácia e eficiência e como medem resultados versus uso de recursos; 2) Explora a relação entre eficácia e eficiência; 3) Apresenta abordagens diferentes para avaliar a eficácia, como metas, sistemas, grupos estratégicos e valores; 4) Discute como práticas de recursos humanos afetam a eficácia.
Gestão de processos como reinventar os processos da sua empresa para criar ...Caco Ramos
Este documento discute gestão de processos em empresas. Apresenta conceitos de processos e como organizações tradicionais diferem de modernas. Também descreve abordagens como Qualidade Total, Reengenharia e Aprendizagem Organizacional para melhorar processos e mudança. A ênfase é que processos bem projetados são essenciais para inovação e competitividade em ambientes dinâmicos.
O atual ambiente concorrencial brasileiro apresenta desafios importantes para a Gestão de
Contemporânea de Marketing nas empresas. Partindo desse pressuposto, este artigo tem por
objetivo identificar os antecedentes do desempenho superior da empresa frente ao seu mercado.
A proposta deste artigo tem como tema o processo de mudança que deve ser promovida nas empresas que participam, ou que venham a participar, de um Arranjo Produtivo Local, as etapas e o estudo de alguns casos de empresas em APL’s no Estado de São Paulo com base em dados relatados em trabalhos acadêmicos e dados secundários.
A base teórica fundamenta-se nas forças competitivas de mercado, Porter (1998), na rede como estratégia, e os modelos: de gestão da mudança, Motta (1997), e a Administração
estratégica com base em recursos e competências essenciais, Hitt (2002), que se propõe o modelo de transformação organizacional para dar suporte às empresas da rede.
O documento discute o desenvolvimento organizacional. Resume:
1) O desenvolvimento organizacional envolve mudanças planejadas de longo prazo para melhorar a organização e alinhar objetivos individuais, de grupo e da empresa.
2) Fatores como orientação estratégica, liderança, comunicação, cultura e desenvolvimento de pessoas são essenciais para o sucesso do desenvolvimento organizacional.
3) O processo envolve análise de dados, diagnóstico, intervenção e avaliação em um ciclo contínuo para promover mudanças estrutura
As organizações são vistas como sistemas abertos que se adaptam ao seu ambiente. A estrutura organizacional depende de fatores como o tamanho da organização, sua tecnologia e dependência do ambiente. Diferentes tipos de organizações são necessários para diferentes ambientes."
ANÁLISE DA PERCEPÇÃO DA INDÚSTRIA ELETRO-ELETRÔNICA ACERCA DA AVALIAÇÃO DOS P...Carlos Fernando Jung
O documento analisa a percepção da indústria eletro-eletrônica sobre avaliação dos processos de manufatura sob o enfoque da sustentabilidade. Foram realizadas entrevistas com responsáveis de três empresas do setor, que revelaram interesse crescente em sustentabilidade, mas ainda falta de aplicação direta de práticas sustentáveis nas estratégias de produção.
Este documento discute o conceito de endomarketing e sua importância para engajar funcionários e melhorar o desempenho organizacional. Primeiro, define endomarketing como a aplicação do marketing para clientes internos (funcionários) e discute como ele visa integrar os funcionários aos objetivos da organização. Segundo, explora como a cultura organizacional pode moldar os comportamentos dos funcionários e a gestão da empresa. Por fim, apresenta um estudo de caso sobre um projeto de endomarketing e sua capacidade de elevar a competitividade e qualidade de vida no trabalho.
O documento discute a necessidade de maior flexibilidade no ensino de administração para atender às demandas das organizações em constante mudança. Primeiro, descreve a transição do modelo de produção fordista rígido para um modelo pós-fordista flexível e baseado em inovação. Em seguida, argumenta que os profissionais precisam ser capazes de absorver informações e gerar conhecimento e inovação. Por fim, defende que o ensino também precisa ser flexível no tempo e no espaço para atender a essas novas necessidades.
A importância do Gerenciamento de riscos nas Organizações ContemporâneasDaniel Pacheco Mendes
O documento discute a importância do gerenciamento de riscos nas organizações contemporâneas. Ele descreve como o ambiente de negócios atual é dinâmico e competitivo, gerando riscos e desafios para as organizações. Também explica como a governança corporativa e o gerenciamento de riscos são ferramentas estratégicas para lidar com a incerteza e garantir a conformidade, integridade e sustentabilidade do negócio. Por fim, ressalta que identificar e gerenciar riscos de forma efetiva é essencial
O panorama atual do mundo dos negócios, devido em grande parte à forte competição, assim como consumidores mais exigentes e a imensa quantidade de informações, tem exigido que as organizações busquem cada vez mais formas que as ajudem a melhorar a eficiência em todas as suas áreas. Visando atender as necessidades impostas da forma mais eficiente possível, as organizações além de melhorar os seus processos produtivos, eliminando desperdícios e otimizando a utilização de seus recursos nas fábricas, estão buscando alternativas de melhorar também a produtividade em seus processos administrativos. Dessa forma, a gestão da produtividade administrativa nas organizações vem se tornando cada vez mais crucial em um ambiente de crescente abertura externa e globalização dos negócios e está se tornando um dos quesitos essenciais na formulação das estratégias de competitividade das organizações. Atualmente, qualquer empresa sem eficiência em seus processos administrativos, dificilmente será bem sucedida ou até mesmo sobreviver por muito tempo nesse cenário. Partindo-se de uma fundamentação bibliográfica, o desenvolvimento deste artigo é focado para esse novo cenário no mundo dos negócios e está centrado nas estratégias e questões relacionadas para melhoria do desempenho da produtividade administrativa das organizações. São ainda detalhados os principais problemas que atrapalham a produtividade administrativa, listando e discutindo conceitos, assim como avanços recentes sobre o tema e também buscando alternativas para melhorar e tornar mais ágeis os processos dos escritórios.
1. O artigo analisa o processo de implantação de uma metodologia formal de gestão estratégica em uma empreiteira brasileira.
2. A empresa só alcançou resultados significativos quando enfrentou os desafios políticos internos de poder.
3. Os resultados sugerem que entender as organizações como sistemas políticos ajuda a identificar os pontos críticos para o sucesso do processo estratégico.
1. O documento discute se a entrada de uma empresa no Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) gera retornos positivos aos acionistas.
2. Analisou empresas que entraram no ISE usando metodologia de estudo de evento e encontrou retornos anormais acumulados positivos estatisticamente significantes após o anúncio.
3. Isso sugere que a sustentabilidade pode agregar valor às empresas e apoiar decisões de gestores, mas evidências anteriores sobre o tema foram mistas e não conclusivas.
Este documento discute o conceito e prática da responsabilidade social nas organizações. Apesar de não existir um conceito universalmente aceito, responsabilidade social geralmente significa conduzir os negócios de forma ética e transparente, considerando os impactos em stakeholders como funcionários, fornecedores e comunidade. O documento também descreve uma pesquisa que avaliou como empresas de médio porte em Belo Horizonte entendem e praticam a responsabilidade social.
Em parceria com a Professora Helena Abascal, publicamos os relatórios das pesquisas realizados por alunos da fau-Mackenzie, bolsistas PIBIC e PIVIC. O Projeto ARQUITETURA TAMBÉM É CIÊNCIA difunde trabalhos e os modos de produção científica no Mackenzie, visando fortalecer a cultura da pesquisa acadêmica. Assim é justo parabenizar os professores e colegas envolvidos e permitir que mais alunos vejam o que já se produziu e as muitas portas que ainda estão adiante no mundo da ciência, para os alunos da Arquitetura - mostrando que ARQUITETURA TAMBÉM É CIÊNCIA.
1) O documento discute a série de normas ISO 14000 sobre gestão ambiental corporativa e sua contribuição para a sustentabilidade.
2) Analisa a norma ISO 14001 à luz da teoria dos stakeholders e identifica falhas no quesito sustentabilidade, apontando a necessidade de consciência ambiental mais crítica.
3) Discutem a responsabilidade social corporativa com base no modelo da pirâmide e na teoria dos stakeholders, enfatizando a importância do diálogo com os atores internos e externos.
2012 mkt2622 comportamento do consumidor e responsabilidade social corporativ...Ricardo Vernieri Alencar
Este artigo analisa como a renda (alta e baixa) influencia a percepção de benefício, valor, intenção de compra e atitude dos consumidores em relação às práticas de responsabilidade social corporativa (RSC) das empresas. Dois experimentos testaram 16 hipóteses sobre como consumidores de alta e baixa renda avaliam produtos de empresas que adotam RSC, especialmente quando o preço é compatível com seu nível de renda.
Este documento discute a evolução das teorias organizacionais sobre o fator humano e avaliação de desempenho. Ele também analisa o modelo de avaliação de desempenho implementado pela empresa Grupo Netshoes, que adota um processo contínuo e qualitativo. O objetivo é investigar se este modelo promove ambientes de trabalho mais humanizados.
O documento apresenta uma sistemática para avaliar a maturidade da sustentabilidade empresarial usando o Triple Bottom Line e a Matriz de Alinhamento Estratégico Sustentável. Ele discute conceitos-chave como sustentabilidade, desenvolvimento sustentável e Triple Bottom Line, e propõe um modelo integrado de indicadores de sustentabilidade alinhados à estratégia empresarial.
O documento apresenta um estudo de caso realizado em uma indústria de autopeças para identificar o grau de eticidade dos empregados e o clima ético predominante utilizando indicadores de clima ético. O estudo encontrou que o clima ético da empresa está abaixo do desejado e sugere melhorias para promover uma cultura ética mais forte.
How Social Network are an asset to the business growthRui Pedro Monteiro
Este artigo científico discute o papel das redes sociais no crescimento empresarial. Aborda a importância das redes sociais para as empresas em termos de marketing, visibilidade e compartilhamento de informação. Apresenta uma revisão teórica sobre como as redes sociais podem fornecer recursos e oportunidades que apoiam o crescimento e inovação de negócios. Finalmente, descreve um estudo empírico realizado para investigar se as redes sociais de fato representam uma vantagem para o crescimento e competit
1. Este documento apresenta uma pesquisa sobre práticas de criação e compartilhamento de conhecimento em organizações brasileiras. 2. O estudo revisa a literatura sobre aprendizagem organizacional, empresa baseada no conhecimento e gestão do conhecimento. 3. A pesquisa identificará práticas de criação e compartilhamento de conhecimento na visão de colaboradores de média gestão em empresas brasileiras.
Este artigo analisa a história do desenvolvimento sustentável nas empresas e organizações. Discutem como a sustentabilidade e inovação estão relacionadas e definem organizações inovadoras sustentáveis. Concluem que as empresas devem inovar considerando as dimensões sociais, ambientais e econômicas da sustentabilidade.
O documento discute a gestão sustentável em organizações. Ele aborda conceitos como sustentabilidade, os estágios da sustentabilidade em organizações, o triplo bottom line, a relação entre sustentabilidade e o Modelo de Excelência da Gestão e as características da "Corporação 2020".
O documento discute a gestão sustentável em organizações. Ele aborda o conceito de sustentabilidade e apresenta estágios de sustentabilidade em empresas, além de discutir o Triple Bottom Line e como a sustentabilidade está relacionada ao Modelo de Excelência da Gestão. Por fim, descreve os desafios futuros para as corporações adotarem práticas mais sustentáveis.
Indicadores Ethos de responsabilidade social.pdfjoseteste1
O documento apresenta o questionário dos Indicadores Ethos de Responsabilidade Social Empresarial, um instrumento para autoavaliação das práticas sociais de empresas. O questionário cobre sete temas e usa escalas e respostas binárias para diagnosticar o estágio atual de cada empresa em relação à responsabilidade social e identificar oportunidades de melhoria.
Este documento apresenta uma revisão bibliográfica sobre inovação sustentável nos últimos 10 anos. Analisa as principais vertentes teóricas do tema e a evolução do número de publicações sobre sustentabilidade, inovação e inovação sustentável. Também identifica os principais autores e veículos de informação sobre o conceito, além de apontar que a sustentabilidade representa uma importante mudança no modo de pensar e fazer negócios.
Relatório Acadêmico - Estado da Gestão para a Sustentabilidade no Brasil - 2014Lucas Amaral Lauriano
Avaliação que contou com a participação de 400 organizações brasileiras sobre a compreensão e incorporação da sustentabilidade no sistema de gestão empresarial. O relatório traz os resultados obtidos na íntegra, e reforça a mensagem de que o discurso das empresas é muito forte, mas não é acompanhado pela prática da sustentabilidade nos processos e atividades empresariais.
O documento apresenta os resultados da segunda edição de um estudo sobre a gestão da sustentabilidade nas empresas brasileiras. Ele descreve os cinco estágios de sustentabilidade corporativa e sete dimensões avaliadas, mostrando que as empresas brasileiras ainda enfrentam desafios para integrar plenamente a sustentabilidade em seus modelos de negócios.
Rumo à Integração da Sustentabilidade no Sistema de Gestão EmpresarialLucas Amaral Lauriano
Este documento discute três abordagens para integrar a sustentabilidade no sistema de gestão empresarial: 1) as sete revoluções que estão mudando os modelos de negócios, 2) a importância de identificar stakeholders relevantes, e 3) uma proposta para implementar um sistema de gestão integrado que considere a sustentabilidade.
Wittgenstein, ludwig. tractatus logico philosophicus (1968)Carlos Elson Cunha
LUDWIG WITTGENSTEIN
13I BLIBLOTECA UNIVERSITÁRIA Série 1.. — Filosofia
Volume 10
Direção: Dr. CRUZ COSTA (da Universidade de Sdo Paulo)
Tractatus Logico-Philosophieus
Tradução e apresentação de JosÉ ARTHUR GIANNOTTI
Westlund, olle. s(t)imulating a social psychology mead and the reality of t...Carlos Elson Cunha
This document provides an introduction to the dissertation by discussing the early history of cinema and its implications for social psychology. Specifically, it notes how the first films depicted common everyday events but projected on a screen took on a peculiar quality by allowing the viewer to see themselves in motion from a detached perspective. This introduced the possibility of experiencing oneself from the "outside" through a visual rather than physical medium, forcing the viewer to see themselves from two perspectives simultaneously. The document suggests this paralleled developments in literature that sought to depict reality from shifting perspectives. It then provides a brief illustrative anecdote of this phenomenon occurring in a coffee shop setting.
Este documento apresenta uma proposta de projeto para o Escadão da Avanhandava e o Recanto Palhaço Sputinik no bairro do Bixiga, em São Paulo. O projeto visa fornecer acesso vertical complementar à escadaria, preservar a vegetação existente e oferecer um mirante no topo para contemplação da paisagem urbana. A investigação realizada pelo aluno inclui levantamento fotográfico da área e pesquisa sobre as características do bairro.
Este documento não continha nenhum conteúdo. Apenas continha a URL do site "alunoeterno.blogspot.com" repetida várias vezes sem nenhum texto ou informações adicionais.
O documento fornece 8 modos de manter a mente equilibrada ao falar em público, incluindo ter em mente o motivo, sua disposição, uma boa postura, não criar tipo e ser natural, aprender com bons exemplos, o apelo, a plateia e se enxergar de modo razoável.
O documento fornece 8 sugestões para uma boa introdução em apresentações públicas: 1) Não se apresente, deixe para o presidente da seção; 2) Ensaie sua primeira frase para se sentir confortável, mas sem decorar; 3) Piadas iniciais podem ajudar, mas não são obrigatórias se forem apropriadas; 4) Não se desculpe por erros, foque no conteúdo.
O temor de falar em público é universal. Mesmo os mais experientes oradores sofrem alguma ansiedade ao terem de lidar com plateias. Naturalmente há os que sofram mais, e para tais se destina esse trabalho.
O documento discute os tópicos de mecânica dos solos ao longo de um semestre. Ele inclui a programação de aulas sobre origem e formação dos solos, sondagens, estudo de tensões, permeabilidade e adensamento, entre outros.
O documento fornece instruções sobre as regras básicas do xadrez, incluindo:
1) O objetivo do jogo é dar xeque-mate no rei adversário;
2) Como posicionar as peças no tabuleiro e seus movimentos individuais;
3) Regras especiais como roque e en passant.
Aplicando o Businees Model Canvas a um projeto de empresa junior no Mackenzie. Após um ano, ainda aguardando resposta do departamento de inovação, o CINE. A vida é assim, tudo bem.
O documento apresenta os segredos do caçador que matou Branca de Neve por ordem da rainha má. Agora desempregado, o caçador revela que os personagens não morrem de verdade e existem três classes: protagonistas, coadjuvantes e coletivos. Protagonistas têm mais fama e trabalho, enquanto coadjuvantes e coletivos vivem de forma mais simples e anônima.
Nas aulas de Sistemas Estruturais não é raro haver desafios de se construir algo, exercitando o pensamento e a lógica das estruturas dos materiais. Algumas vezes se exige do aluno fazer uma ponte, ou um guindaste. O guindaste muitas vezes deve ser feito de palitos de picolé, e foi esse o desafio aqui nesta tarefa. Veja como lidamos com os principais problemas!
O documento descreve as atribuições e campos de atuação do arquiteto urbanista segundo uma resolução do CAU Br de 2012. Ele lista as principais atividades de projeto e execução do arquiteto urbanista, incluindo arquitetura, urbanismo, paisagismo e patrimônio histórico.
Este documento apresenta as fotos e anotações de um levantamento realizado nas ruas Melo Barreto e Prof. Batista de Andrade no bairro do Brás, São Paulo. O objetivo era entender se existia realmente uma "Vila Operária" nestas ruas, como havia sido suposto anteriormente. Através de conversas com moradores, não foi encontrada memória ou evidência concreta da existência desta vila operária. A pesquisa revelou a dimensão social e cultural destas ruas, com pessoas felizes morando há décadas no local.
O documento descreve o lançamento de livros no III ENANPARQ em 20 de outubro, incluindo REDOBRA 13, Fafe – História, Memória e Patrimônio, A Pedra e o Tempo. Arquitetura como patrimônio cultural, e outros livros sobre preservação do patrimônio cultural e arquitetônico.
O documento discute como a domótica e aplicativos podem interferir no projeto de bibliotecas, permitindo que os usuários encontrem livros de forma mais fácil e flexível através de seus smartphones. Sistemas como RFID, QR Codes e GPS podem ser usados para localizar livros dentro do prédio e em áreas maiores como shoppings. Isso pode levar a configurações de bibliotecas mais abertas e flexíveis.
O documento descreve os programas habitacionais implementados pelo governo do Estado de São Paulo entre 1984 e 1993 para fornecer habitação às camadas mais pobres, incluindo o Programa Municipal de Habitação, Empreitada Global, Programa Mutirão e outros. Os programas envolveram a construção de mais de 5,6 mil unidades habitacionais em 94 municípios por meio de empreitadas globais, mutirões e parcerias público-privadas.
1. Universidade Presbiteriana Mackenzie
SUSTENTABILIDADE E GOVERNANÇA CORPORATIVA DENTRO DE ORGANIZAÇÕES
SUSTENTÁVEIS NIVEL NOVO MERCADO: ANÁLISE DAS EMPRESAS QUE COMPOEM
O RANKING DO GUIA EXAME DE SUSTENTABILIDADE 2009
Luciana Madureira Domingues (IC) e Denise Pereira Cardoso (Orientadora)
Apoio: PIVIC Mackenzie
Resumo
O tema Governança Corporativa tem ganhado destaque nas discussões empresariais por mostrar a
importância das boas práticas gerenciais no aumento de valor para o acionista. Ao mesmo tempo,
muito se discute o mérito da adoção de ações sustentáveis, pelas organizações, também na geração
de valor para os acionistas (Hart e Milstein, 2004). Inspirado pelas possíveis sinergias existentes
entre estes dois campos de estudo, este trabalho de pesquisa teve como objetivo identificar a
presença do Nível Novo mercado de Governança Corporativa em empresas sustentáveis. Para tanto,
realizou-se uma pesquisa exploratória a partir de dados secundários oriundos do Ranking do Guia
Exame de Sustentabilidade de 2009. Foram analisados os balanços das vinte empresas que
compõem o referido ranking, dando-se destaque àquelas organizações que possuem o nível Novo
Mercado de Governança Corporativa, conforme informações obtidas no Instituto Brasileiro de
Governança Corporativa (IBGC, 2010). Estas informações foram colocadas em uma tabela, a partir
da qual se iniciou a análise dos dados contidos nestes relatórios. Este trabalho de pesquisa permitiu
constatar que as empresas sustentáveis estudadas ainda não têm incluído a Governança Corporativa
nível Novo Mercado, apesar da sinergia existente entre ambos.
Palavras-chave: governança corporativa, sustentabilidade, responsabilidade social, transparência,
triple bottom line
Abstract
The theme of Corporate Governance has gained prominence in business discussions to show the
importance of good management practices in increasing shareholder value. At the same time, much is
said about the merits of adopting sustainable actions by organizations, also in generating value for
shareholders (Hart and Milstein, 2004). Inspired by the potential synergies between these two fields of
study, this research aimed to identify the presence of the New Market Level Corporate Governance in
sustainable enterprises. To this end, we carried out an exploratory research from secondary data from
the Ranking of Sustainability Review Guide 2009. We analyzed the balance sheets of twenty
companies that make such rankings, giving prominence to those organizations that have the level of
New Market corporate governance, according to information obtained from the Brazilian Institute of
Corporate Governance (IBGC, 2010). This information was placed on a table, from which began the
analysis of the data contained in these reports. This research has found that sustainable companies
studied have not yet included in the Corporate Governance at New Market, despite the synergy
between the two.
Key-words: corporate governance, sustainability, corporate social responsibility, transparency, triple
bottom line
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2. VII Jornada de Iniciação Científica - 2011
I. Introdução
Diversos autores (Batistella, F. D. et al., 2010; Rodrigues, J. et al., 2004; Silveira, A., 2005 e
Hart e Milstein, 2004)¸ cada um em sua área de conhecimento, têm tratado da importância
das “boas práticas” de sustentabilidade e Governança Corporativa para a geração de valor
para os acionistas e para a sociedade como um todo. Tais assuntos, normalmente, são
tratados isoladamente como forma de geração valor para as organizações, porem, quando
abordados mais amiúde é possível identificar pontos simulares em ambos os constructos.
Sendo assim, este trabalho buscou estabelecer possíveis sinergias entre estes campos de
estudos, mais especificamente no que se refere ao Nível Novo mercado.
Como ponto de partida para este trabalho de pesquisa deve-se, no entanto, elucidar alguns
conceitos que aparecerão ao longo deste artigo, e que serão tratados mais profundamente
no tópico revisão bibliográfica. Para introduzir o leitor ao tema é mister, portanto, alguns
esclarecimentos.
O conceito de Governança Corporativa trata dos mecanismos externos e internos que
buscam alinhar os interesses entre os gestores e os acionistas, os quais desejam maior
transparência entre si e os gestores (MACHADO FILHO, 2006).
Já a palavra “sustentabilidade” ganhou importância a partir do relatório “Nosso Futuro
Comum”, apresentado em 1987 por Gro Harlem Brundtland. Neste relatório, o termo
“desenvolvimento sustentável” foi definido como sendo o desenvolvimento que satisfaz as
necessidades presentes, sem comprometer a capacidade das gerações futuras de suprir
suas próprias necessidades. Na ocasião ficou claro que este desenvolvimento só seria
atingido se fossem respeitadas três condições: o equilíbrio ambiental, a equidade social e o
desenvolvimento econômico. Perceba-se, então, que a sustentabilidade possui uma estreita
relação com a melhoria das condições sociais de uma determinada comunidade.
De acordo com Hart (2008), reconhecer a sustentabilidade como catalisador para novos
negócios é um fator cada vez mais importante para a sobrevivência corporativa no século
XXI, de acordo com o autor, uma das formas de se atingir este intento é por meio da
Responsabilidade Social Empresarial (RSE), estabelece-se, assim, uma relação entre a
Sustentabilidade e a Responsabilidade Social Empresarial.
Hart (2008, pg. 75) entende que a RSE é uma forma de gestão estratégica, capaz de focar
os negócios das empresas no desenvolvimento sustentável, na transparência, no
relacionamento com os seus públicos de interesse (stakeholders) e no compromisso com a
sociedade.
Os construtos de RSE colocam, deste modo, a transparência nas ações da empresa como
ponto fundamental para suas relações com os stakeholders.
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3. Universidade Presbiteriana Mackenzie
Segundo o Instituto Ethos (2010), uma empresa que possui práticas de RSE precisa, além
de outras coisas, ser ética e transparente com o seu público, ajudando a impulsionar ações
de desenvolvimento sustentável na sociedade rumo à sustentabilidade e igualdade social.
Sendo assim, as empresas têm buscado satisfazer as necessidades e desejos dos seus
consumidores os quais têm se tornado cada vez mais exigente em relação às questões
ambientais. Nesta direção, Porter e Kramer (2006) afirmam que responsabilidade social
empresarial é uma prioridade para os dirigentes de empresas.
Além de satisfazer as necessidades e desejos de seus clientes, as empresas buscam,
também, atrair capital para si. Neste contexto, conforme lembram Batistella et al. (2004), a
Governança Corporativa pode trazer maior segurança para os acionistas, visto que a prática
da boa governança envolve um maior nível de transparência das informações divulgadas ao
mercado.
Percebe-se, desta forma, que a transparência da organização, além de ser uma exigência
das boas práticas de Responsabilidade Social Empresarial pode, também, ser considerada
como um quesito para as boas práticas da Governança Corporativa. Em consonância,
Machado filho (2006) entende que para que a Governança Corporativa seja, cada vez mais,
implementada, criando valor para o investidor, há a necessidade de transparência por parte
das organizações.
Tal exigência, ou seja, a existência da transparência nas relações com os stakeholders,
principalmente os acionistas, tanto nas práticas de Responsabilidade Social Empresarial,
como nas de Governança Corporativa mostra uma ação concomitante entre os dois
assuntos, e que inspirou este trabalho de pesquisa que visa responder a questão:
Empresas que são sustentáveis incluem a Governança Corporativa nível Novo Mercado em
suas práticas?
Espera-se que este trabalho possa contribuir com a academia demonstrando as possíveis
interligações entre estes dois temas e, também, para as organizações no sentido de
esclarecer a relação entre a Governança Corporativa e a Sustentabilidade, para que fique
clara a necessidade de um em relação ao outro.
Este trabalho se divide em cinco partes: em um primeiro momento a Introdução, que visa
situar o leitor sobre o assunto principal que será discutido, no segundo tópico será realizada
Revisão da Literatura, que traz suporte teórico ao trabalho, para tanto foram revisados os
temas sustentabilidade e Governança Corporativa e Governança Corporativa e
Sustentabilidade, a terceira parte, Metodologia da pesquisa, conta como o trabalho foi
desenvolvido e como a pesquisa foi realizada, posteriormente, foi realizada a Análise dos
3
4. VII Jornada de Iniciação Científica - 2011
Dados contidos nos balanços da empresas pesquisadas e, finalmente, apresenta-se as
principais conclusões e achados deste trabalho de pesquisa. As Referências Bibliográficas
serão apresentadas serão apresentadas ao final do trabalho.
II. Revisão da Literatura
Nesta parte do trabalho foram realizadas revisões bibliográficas em obras de autores que
tratam da questão sustentabilidade (Campos, 1995; Huberman, 1984; Andrade et al., 2006;
Comissão Mundial Sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento – CMMAD, 1991; Almeida,
2002; Barbieri, 2006; Harris, 2007; Porter e Kramer, 2006; Hart e Milstein, 2004; Prahalad,
Nidumolu e Rangaswami, 2009; Fialho, 2008;, Silva et al., 2009; Melo Neto e Brennand,
2004;, Orsato, 2002 e Dowbor, 2009), por entender-se que são obras atuais e que trazem
valiosa colaboração nos estudos relacionados a este tema.
Sobre Governança Corporativa as fontes foram Handy (2002), Freeman e Reed (1983),
Rodrigues e Mendes (2004), Instituto Brasileiro de Governança Corporativa –IBGC (2010),
Andrade e Rossetti (2009), Machado Filho (2006), Silveira (2005) por serem autores
referência em Governança Corporativa.
Foram utilizados, ainda, trabalhos de Elkington (1994), Porter e Kramer (2006), Global
Reporting Iniciative (GRI, 2010) e Handy (2002) a fim de amarrar os estudos de
sustentabilidade com Governança Corporativa.
Desta forma, analizaram-se autores nacionais e internacionais para enriquecer ainda mais a
pesquisa.
1. Sustentabilidade
O processo de industrialização, iniciado no século XIX, permitiu o crescimento dos negócios
de forma mais incisiva, principalmente, devido à produção em massa e à redução dos
custos de produção. A partir da Revolução Industrial as cidades passaram a concentrar o
comércio e o sistema financeiro, o eixo econômico deslocou-se para a produção
manufatureira e o poder político passou a se concentrar nos centros urbanos (CAMPOS,
1995).
Os produtores artesãos deixaram paulatinamente de serem donos dos instrumentos de
trabalho, dos meios de produção, passando a constituir os trabalhadores assalariados, que
passaram a enfrentar jornada de trabalho determinada, com duração de muitas horas
diárias, tendo que adaptar-se aos novos ritmos de trabalho, às novas instalações,
4
5. Universidade Presbiteriana Mackenzie
equipamentos e materiais, que foram modernizados ao longo do tempo (HUBERMAN,
1984).
Os recursos ambientais eram usados indiscriminadamente sem a preocupação com sua
renovação. Não se quer dizer, no entanto, que no período que antecede à Revolução
Industrial não houvesse poluição. Moura (2008) chama a atenção para que o fato de que ao
longo da história o homem sempre utilizou os recursos naturais do planeta e gerou resíduos
com pouca preocupação: “os recursos eram abundantes e a natureza aceitava sem
reclamar os despejos realizados, já que o enfoque sempre foi ‘diluir e dispersar’.” (MOURA,
2008).
Ainda neste contexto, Barbieri (2008) lembra que no período que antecede a Revolução
Industrial, a poluição gerada pelas atividades humanas ficava confinada em áreas
específicas e era absorvida com mais facilidade, pois era basicamente de origem orgânica.
O autor ressalta, ainda, que a partir da Revolução Industrial surge uma diversidade de
substâncias e materiais que não existiam na natureza, sendo assim, a industrialização
alterou a maneira de produzir degradação ambiental.
Os estudos sobre relação entre meio ambiente e crescimento econômico, contudo, têm sido
aprofundados após a década de 1970 quando os membros do Clube de Roma publicaram o
relatório The Limits to Growth publicado por Meadows et al. em 1972. Este relatório,
apresentado na conferência de Estocolmo no mesmo ano, defendia um crescimento zero,
ou um estado estacionário da economia, para evitar dramáticos cenários ambientais no
futuro. A partir de então, e no decorrer da década de oitenta, as preocupações em relação
ao meio ambiente e à ecologia tiveram um crescimento vertiginoso, particularmente na
Europa, onde é possível identificar o surgimento de várias Organizações Não
Governamentais (CAMPOS, 1995).
Em 1983, as Nações Unidas criaram a Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e
Desenvolvimento (CMMAD). Quatro anos mais tarde, liderados pela ex-primeira ministra
da Noruega Gro Harlem Brundtland, esta comissão publicou o Relatório Nosso Futuro
Comum, cuja principal contribuição está no fato de trazer à tônica das discussões as
questões relacionadas às desigualdades sociais, mostrando que não se pode discutir o meio
ambiente isoladamente do desenvolvimento social. Como corolário acontece a divulgação,
em escala global, do conceito de Desenvolvimento Sustentável.
A CMMAD (1991) define desenvolvimento sustentável como: “não deixar de atender às
necessidades atuais do ser humano e meio ambiente preocupando-se com as
conseqüências que possam comprometer o futuro”. Assim, o desenvolvimento sustentável
não prejudica nem a geração atual nem as próximas.
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6. VII Jornada de Iniciação Científica - 2011
É possível encontrar visões contraditórias sobre essa definição. Valle (2002), por exemplo,
sob um aspecto não econômico, entende que sustentabilidade é atender as necessidades
do consumo atual sem comprometer o consumo das gerações futuras. Já sob a ótica
econômica, Fialho (2008) defende que sustentabilidade é crescer economicamente
destruindo o mínimo o meio ambiente e afetando positivamente a qualidade de vida da
população.
De acordo com Campos (1995), este relatório deixou claro que a economia mundial deve
responder às necessidades legítimas dos povos em nível mundial, no tocante ao
crescimento econômico e aos avanços tecnológicos e científicos.
Em uma visão empresarial, Barbieri (2006) entende que baseadas no conceito de
sustentabilidade defendido pela CMMAD, por meio das habilidades dos membros da
organização as empresas conseguem satisfazer às necessidades dos clientes de forma a
preservar o meio ambiente.
Silva et al. (2009) apontam a grande discussão existente entre lados econômicos e sociais
que é a busca de uma maneira de crescer economicamente sendo competitivo e sustentável
simultaneamente.
Sustentabilidade nas organizações
De acordo com Almeida (2007), a introdução dos conceitos de sustentabilidade tem
mudado, de forma gradativa, a estrutura de poder que, neste caso, é tripolar composta por:
governos, empresas e organizações da sociedade civil. O autor defende, também, que no
final do século XX, no entanto, boa parte dos poderes – ou responsabilidades - do governo,
em termos globais, foi passada para as empresas, e, devido a isto, ganha vulto a cobrança,
pela sociedade, de que elas sejam sustentáveis. Ou seja, de que elas sejam orientadas
para a criação produtos que possuam preocupação sócio-ambiental.
Andrade et al. (2006) também argumentam nesta direção. Os autores lembram que em
função das exigências da sociedade para um posicionamento mais adequado e
responsável, como uma forma de minimizar a diferença verificada entre os resultados
econômicos e sociais, bem como da preocupação ecológica, tem-se exigido das empresas
um novo posicionamento em sua interação com o meio ambiente. A partir destas
observações, os autores definem três elementos-chave, que são característicos de uma
estratégia de gestão com consciência ecológica: inovação, cooperação, e comunicação.
Tais elementos justificam, segundo eles, a preocupação das empresas em realizar práticas
e programas inovadores de gerenciamento ecológico no mundo inteiro (ANDRADE et al.,
2006).
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7. Universidade Presbiteriana Mackenzie
Porter e Kramer (2006) afirmam que a Responsabilidade Social Empresarial não deve ser
encarada genericamente, apenas como um custo para a organização, e sim ser aproveitada
utilizando-a junto à estratégia da empresa para que assim todos ganhem. Um grande
problema, contudo, é que algumas empresas publicam os relatórios das ações sociais que
realizaram, mas, dificilmente divulgam os impactos que suas ações trouxeram. Outro erro é
fazer ações sociais sem levar em conta as reais necessidades da sociedade na qual a
empresa está inserida, esquecendo-se que a empresa e sociedade são interdependentes,
se a empresa souber aproveitar esta interdependencia poderá gerar lucros a longo prazo
tanto para si, quanto para o meio ambiente e para a sociedade.
De acordo com Harris (2001), os consumidores têm valorizado cada vez mais as questões
ambientais e têm se tornado amigos do meio ambiente. Tal fato explica-se, principalmente,
devido às questões, tais como o aquecimento global.
As empresas, no entanto, não se tornam sustentáveis da noite para o dia, pois essa
transformação não é algo tão simples. Para isso, é necessário planejamento e a utilização
de ações realizadas como foco no curto, médio e longo prazo (ALMEIDA, 2002).
Ainda em relação às organizações, Hart e Milstein (2004) discutem que a opção pela
sustentabilidade pode não só contribuir para um mundo melhor, mas, também, para gerar
riqueza para o acionista no longo prazo. No mesmo sentido, Prahalad et al. (2009)
defendem que não há outra alternativa para o desenvolvimento sustentável que não a
preservação do meio ambiente na geração atual
Fialho (2008) afirma que as empresas que decidem em ter gestão sustentável utilizam
competências de modo a combinar recursos tangíveis e intangíveis, satisfazendo, assim, as
necessidades e desejos dos clientes, não se preocupando apenas com seus processos,
mas, também, em ser sustentável.
Silva et al. (2009) comentam que um dos principais desafios do século XXI, é conceber um
processo de crescimento que traga a perspectiva de proteção do meio ambiente, bem como
a inserção social da população.
Para ser considerada sustentável, de acordo com (Melo Neto e Brennand (2004), a empresa
deve estar nos padrões ambientais e reconhecer que os recursos ecológicos não são
infinitos, podendo, portanto, afirmar que ao longo do tempo, ocorreram mudanças
comportamentais em três estágios:
1. Nos anos 70 obediência aos preceitos legais. Esta data marca a preocupação das
empresas apenas em atender as legislações ambientais. Almeida (2002)
complementa que as empresas entendiam a questão ambiental como um mal
necessário e se viam obrigadas a atender os controles legais apenas.
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8. VII Jornada de Iniciação Científica - 2011
2. O segundo estágio ocorreu nos anos 80. É o chamado de certificação ambiental.
Neste estágio foram somadas ações que faziam com que a empresa se destacasse
no mercado.
3. O terceiro estágio foi o de gestão ambiental, ocorrido nos anos 90, neste as
empresas que atendiam os dois anteriores poderiam obter lucros devido a se
tornarem visíveis à sociedade.
Foi na década de 90, que a questão ambiental tomou forma perante as empresas,
resultando em um debate onde foi discutido se seria interessante realmente para as
empresas aplicar no que Orsato (2002) chamou de investimento verde. Neste período, o
objetivo da discussão era tentar descobrir se haveria lucratividade em investimentos
ambientais independentemente do seu ramo de atividade, ou se o retorno financeiro com
esta prática dependeria do ramo de atividade de cada organização. Orsato (2002) concluiu
que obter lucratividade utilizando investimentos em tecnologias ambientais está ligado a
fatores estruturais do setor em que a empresa opera, não sendo possível a todas, mas as
que conseguirem podem obter até mesmo vantagens competitivas. A estrutura
organizacional também é um fator importante visto que as tranformações estruturais da
organização podem influenciar em seu desempenho ambiental (CORAZZA, 2003)
Dowbor (2009) afirma que, na década de 1990, com o aumento da concorrencia, os clientes
passaram a ser conquistados por compromisso social pelas empresas assumido, bons
produtos que preservem o meio ambiente, informações seguras, dentre outras
caracteristicas que antes não eram consideradas pelas empresas.
Devido a isso, Almeida (2002) afirma que as organizações que buscam a sustentabilidade
devem ter como objetivo além da preocupação com o meio ambiente, a satisfação de seus
stakeholders e dos moradores da redondeza da empresa. Estas empresas devem se
preocupar com sua reputação, devido ao fato de que sociedade tem exercido pressão sobre
empresas para que sejam mais éticas e transparentes, neste sentido, a boa reputação da
empresa pode ajudá-la em momentos ruins.
Freeman e Reed (1983) definem stakeholders como as pessoas que afetam e são afetadas
pelos resultados da empresa no geral, e tem uma responsabilidade e visão mais ampla
sobre a organização como um todo, tais como: empregados, parceiros e sociedade e
stockholders como o acionistas que tem suas preocupações voltadas especificamente ao
lucro da empresa, o autor ressalta a importância de se conhecer o ambiente e a legislação
para que se tenha boa governança.
Observa-se, a partir da análise destes autores, que empresas sustentáveis, ou que possuem
responsabilidade social empresarial, preocupam-se com as transparências de suas
8
9. Universidade Presbiteriana Mackenzie
atividades, com o estabelecimento de ações de melhorias contínuas para o meio ambiente e
a sociedade com o todo, com a qualidade de seus produtos e processos. Estas ações,
possivelmente, revertem na melhorias da imagem da empresa, na qualidade dos produtos e
no estabelecimento de relações duradouras com todos os stakeholders da organização.
2. Governança Corporativa (GC)
De acordo com Machado Filho (2006), em qualquer situação em que o poder de decisão é
transferido ou compartilhado, surge, uma assimetria informacional alem do conflito de
interesses oriundo da delegação de poder. Para o autor, é a governança que tratará da
minimização destas assimetrias e conflitos de interesse.
Segundo Handy (2002), existe a desconfiança de que as empresas buscam seus interesses
acima de tudo, acionistas entram no negócio pelo dinheiro apenas, e não são proprietários
nem carregam consigo tal responsabilidade . Sendo assim, o objetivo da empresa não deve
ser apenas obter lucros, mas, também, satisfazer uma necessidade da sociedade fazendo
algo da melhor maneira possível.
A expressão governança corporativa pode ser entendida como o sistema de relacionamento
entre acionistas, auditores independentes e executivos da empresa, liderados pelo Conselho
de Administração (LODI, 2000). A governança e a forma de propriedade varia de país a
país, porém a necessidade de transparência transcede os modelos de organização e as
fronteiras regionais.
Segundo Rodrigues e Mendes (2004), a Governança Corporativa cuida do relacionamento
entre a alta administração da empresa e o acionista a fim de proporcionar projetos mais
lucrativos e menos arriscados, bem como, auxiliando para que as melhores decisões
estratégicas sejam tomadas, sendo assim bom tanto para organização como para o
acionista. Ainda, quanto mais a mostra estiver a Governança Corporativa, mais valor ela
cria, pois transmite confiança ao investidor, aos acionistas e a própria organização, uma vez
que a Governança garante que a organização está trabalhando de maneira correta e ética.
Na mesma direção, o Instituto Brasileiro de Governança Corporativa IBGC, (2010) explica
que a Governança Corporativa surgiu para superar o “conflito da agencia”, que diz respeito
aos interesses do agente principal, no caso o acionista, pois o interesse dos executivos
anda em disparidade com os do acionista. Para tanto, a Governança Corporativa preocupa-
se em assegurar que o comportamento do executivo seja alinhado ao do acionista. As linhas
mestras das boas práticas de GC são: transparência, prestação de contas, equidade e
responsabilidade corporativa
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10. VII Jornada de Iniciação Científica - 2011
Andrade e Rossetti (2009) caracterizam os problemas de agência que são os riscos que o
dono do capital corre ao entregar os cuidados de seus bens a um terceiro que teoricamente
cuidaria desse bem melhor que ele mesmo, porém corre-se o risco de desvios de conduta
conseqüentemente o gestor querer tirar proveito indevidamente do capital alheio.
Para Machado Filho (2006), a Governança serve para reduzir as diferenças de interesses
que possam existir entre gestores e acionistas, para ele a governança monitora os
governantes sejam quais forem a fim de que as duas partes sejam beneficiadas com as
decisões tomadas, havendo alinhamento entre os interesses.
Silveira (2005) entende que o Estado interfere no modelo de Governança Corporativa
adotado pelas empresas devido às diferenças dos mercados, o que leva a não haver
resolução total dos problemas de Governança Corporativa, pois mesmo os melhores
modelos que são o anglo-saxão, alemão e japonês têm diferenças entre si.
Conforme o IBGC (2010), os mercados em desenvolvimento têm aderido às boas práticas
de GC, valendo ressaltar que em cada país o emprego das boas práticas de governança
apresenta diferenças, não havendo uma completa convergência sobre a melhor maneira de
aplicação dessas práticas, entretanto todos se baseiam nos princípios da transparência,
independência e prestação de contas para atrair investimentos. Para adaptação as
diferenças culturais foram criados os códigos de GC locais.
Segundo Machado Filho (2006), para que a Governança Corporativa seja cada vez mais
implementada criando valor para o investidor há necessidade de transparência por parte das
organizações. Visando a maior transparência a Bolsa de Valores da São Paulo (Bovespa)
criou, em 2001, os chamado níveis diferenciados de Governança Corporativa, que
dependendo do grau de compromisso da empresa pode se enquadrar nos níveis 1, 2 ou
novo mercado, para tanto, estas empresas precisam ter um contrato com a Bovespa.
O IBGC (2010) corrobora com o autor e criou, com o objetivo de estimular os interesses dos
investidores nas empresas a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), a listagem das
empresas que são diferenciadas em Governança Corporativa os chamados nível 1, nível 2 e
Novo Mercado, existem também empresas que por não estarem no nível diferenciado de
Governança Corporativa são consideradas tradicional Bovespa.
Basicamente, o segmento de Nível 1 caracteriza-se por exigir práticas
adicionais de liquidez das ações e disclosure. Enquanto o Nível 2 tem por
obrigação práticas adicionais relativas aos direitos dos acionistas e
conselho de administração. O Novo Mercado, por fim, diferencia-se do
Nível 2 pela exigência para emissão exclusiva de ações com direito a voto
(IBGC, 2010).
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11. Universidade Presbiteriana Mackenzie
3. Governança Corporativa e Sustentabilidade
É possível relacionar Governança Corporativa aos conceitos de Sustentabilidade por meio
dos construtos de Elkington (2004) denominados Triple Bottom Line, que tratam das
organizações, não apenas tendo em vista seu valor econômico, mas, também, ambiental e
social. Elkington (1999) afirma que para o desenvolvimento de uma organização é
necessário que se valorize e invista no capital humano, no que condiz ao apecto social, e
cuidado com o meio ambiente além dos valores econômicos expressos nos balanços. O
autor trata das sete revoluções trazidas pela sustentabilidade que direcionam os lucros da
organização, são eles: (i) o mercado, diz respeito ao fato de que a concorrência cada vez
mais será acirrada e impulcionará o crescimento das organizações; (ii) os valores humanos
e sociais da organização, que influenciam na aceitação da organização pelos seus clientes;
(iii) a tranparência, pois as organizações necessitam dia-a-dia serem cada vez mais
transparentes. O Global Reporting Initiative (GRI), entidade internacional, criada em 2001,
com o objetivo de padronizar a apresentação de balanços sociais construídos com base no
triple bottom line; (iv) as tecnologias de ciclo de vida (CVP) analisadas sobre o enfoque da
existência do produto desde sua concepção (berço) até o seu descarte (túmulo); (v) os
parceiros dos quais a organização depende; (vi) o tempo, enquanto as organizações são
forçadas pelo mercado a serem cada vez mais ágeis utilizando-se de técnicas, como just-in-
time, a dimenção social exige que se pense em longo prazo. Este assunto foi, também,
complementado por Porter e Kramer (2006) que reafirmam a necessidade de se pensar em
lucros no longo prazo sem realização de ações nocivas a sociedade e ao meio ambiente no
curto prazo; e (vii) a governança corporativa, que traz o equilibrio para a organização entre
os lucros almejados pelos acionistas e diretores, utilizando como base o tripple bottom line.
Para o autor quanto melhor o sistema de gorvernança corporativa maior a chance de se
obter um capitalistmo sustentável.
Segundo Handy (2002), as empresas precisam liderar as questões como ética,
sustentabilidade e sociedade para que passem de agente prejudicador para agente
beneficiador do mundo, e não apenas ocupar posição defensiva, uma vez que as empresas
necessitam do meio ambiente intacto para sobreviverem. É bom lembrar que que na maioria
das empresas o retorno vem apenas com o longo prazo, algumas delas têm obtido lucros
graças à inovações tecnológicas e por meio do desenvolvimento de produtos e serviços que
levam em conta a sustentabilidade.
Percebe-se, graças a estes autores, que tanto a questão da Sustentabilidade quando a
Governança Corporativa defendem a transparencia em suas ações, com a divulgação de
suas ações e de seus impactos perante a sociedade, meio ambinte e economia, como
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12. VII Jornada de Iniciação Científica - 2011
sendo importante para o aumento dos lucros das empresas e geração de valor para os
acionistas.
III. Metodologia
Ao tratar do problema de pesquisa, Luna (1998) aborda a questão juntamente com a
questão das hipóteses, elucidando que a clareza na formulação do problema de pesquisa é
fundamental no processo do que vai se pesquisar. De acordo com o autor:
[...] com alguma freqüência estabelece-se uma confusão entre elementos
relativos a um problema de pesquisa e o próprio problema, dando-se
andamento ao trabalho de pesquisa sem uma clareza suficiente quanto ao
que se pretende pesquisar (LUNA, 1998 p 28).
Neste trabalho de pesquisa, definiu-se como o problema: Empresas que são sustentáveis
incluem a Governança Corporativa nível Novo Mercado em suas práticas?
Ainda de acordo com Luna (1998), os objetivos da pesquisa são elementos do processo de
formulação do problema de pesquisa. O autor chama a atenção, no entanto, para o fato de
que muitas vezes os problemas de pesquisa são tomados por objetivos da pesquisa. O
autor defende que o bom senso seja suficiente para dirimir dúvidas sobre a formulação dos
objetivos no projeto ou relato. De acordo com Luna (1998):
[...] de fato, ou os objetivos coincidem com o problema (e, neste caso, não
há porque criar um novo item no relato), ou com “objetivos” pretende-se
chamar a atenção para a relevância da pesquisa, para a aplicabilidade dos
resultados (que, de resto, sempre foi um item esperado dentro da
introdução e/ou ao final do relato, na discussão dos resultados). [...](LUNA,
1998 p 36).
O autor entende que ao chamar a atenção para a relevância do trabalho o pesquisador deve
chamar a atenção do que se espera por vir, no entanto, o objetivo não substituirá o
problema de pesquisa.
Lakatos e Marconi (2009) defendem a existência de dois tipos de objetivos: os gerais e os
específicos. De acordo com os autores, o objetivo geral está ligado a uma visão global e
abrangente do tema e relaciona-se com o conteúdo intrínseco, quer dos fenômenos, quer
das idéias estudadas, vinculando-se, desta forma, à própria significação das proposições do
projeto. Já os objetivos específicos, de acordo com os autores, apresentam um caráter mais
concreto e possuem uma função intermediária e instrumental, permitindo de um lado atingir
o objetivo geral e, de outro, aplicar este à situações particulares.
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13. Universidade Presbiteriana Mackenzie
Este trabalho tem como objetivo geral entender se as empresas que são sustentáveis
incluem a Governança Corporativa nível Novo Mercado em suas práticas?
Os objetivos específicos foram assim definidos:
OE1: Entender a relação entre sustentabilidade e o nível novo mercado de
Governança Corporativa por meio da publicação de balanço segundo critério triple
bottom line.
OE2: identificar a presença da transparência nos relatórios apresentados pela
empresa
OE3: Identificar se na estrutura organizacional é contemplada uma diretoria específica
para cuidar das questões relacionadas à sustentabilidade
Com o objetivo de entender fatos ainda pouco estudados sobre os temas Governança
Corporativa e Sustentabilidade, foi feita pesquisa exploratória, justificada pelo fato de que,
de acordo com Cervo et al. (2007, pg. 63), a pesquisa exploratória realiza descrições
precisas da situação e quer descobrir as relações existentes entre os elementos
componentes de uma pesquisa.
Buscou-se base de dados secundários que são, de acordo com Lakatos e Marconi (2009),
dados fornecidos por meio de outras bases que não o próprio fornecedor da informação.
Essa metodologia atendeu a esta pesquisa, tendo em vista que o trabalho visou investigar a
transparência da empresa perante a sociedade e seus investidores no geral, assim, os
demonstrativos divulgados mostrou-se uma alternativa interessante para se conhecer estes
dados.
Optou-se por investigar diferentes alternativas de governança, usando-se uma estrutura já
existente. Para compor amostra escolheram-se as empresas que compõem o Guia Exame
de Sustentabilidade 2009, por acreditar-se na fidedignidade desta publicação, que a partir
de condições metodológicas claramente definidas, elege as vinte empresas que mais
adotaram práticas sustentáveis em determinado ano.
Os dados financeiros, sociais e ambientais foram obtidos a partir de Relatórios de
Sustentabilidade e Balanços publicados referentes ao mesmo ano, disponíveis nos sites das
empresas. As informações referentes à Governança Corporativa e ao Nível Novo Mercado
foram extraída do site da Bovespa. Neste sentido, as empresas selecionadas seguiram uma
lógica dedutiva, pois partiu da premissa que: as empresas sustentáveis incluem a
Governança Corporativa nível Novo Mercado em suas práticas.
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14. VII Jornada de Iniciação Científica - 2011
IV. Análise dos dados
Quando confrontadas as empresas que compõem os Indicadores da Revista Exame com os
Indicadores do Índice Bovespa (BM&F Bovespa, 2010), através do próprio site da Bovespa,
percebeu-se que das vinte empresas constantes na Revista Exame (2009) apenas dez das
empresas sustentáveis possuem Governança Corporativa e apenas cinco possuem o nível
novo mercado de governança, conforme demonstrado na tabela 1, as demais apesar de não
terem GC divulgam seus balanços normalmente.
Quadro 1 – Nível de Governança corporativa das empresas
Empresa Novo mercado Nível 1 Nível 2 Tradicional Bovespa
Wall mart
Aes Brasil
Alcoa
Amanco
Anglo American
Bradesco
Brasil Foods
Bunge alimentos
Coelce
CPFL
EDP
Fibria
ItauUnibanco
Massisa
Natura
Philips
Promon
Serasa Experian
Suzano
Tetra Pak
Fonte: Elaborado pelo autor a partir de dados do Guia Exame de Sustentabilidade (2009)
Foram separadas apenas as empresas sustentáveis de nível Novo Mercado (primeira
coluna do Quadro 1) para verificar se estas empresas obedecem ao conceito Triple Botom
Line e, assim, responder aos seguintes objetivos específicos:
OE1- Entender a relação entre sustentabilidade e o nível Novo Mercado de Governança
Corporativa por meio da publicação de balanço segundo critério Triple Bottom Line.
OE3 – Se na estrutura organizacional é contemplada uma diretoria específica para cuidar
das questões relacionadas à sustentabilidade
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15. Universidade Presbiteriana Mackenzie
Observando-se as premissas de Porter e Kramer (2006) de que RSE não deve ser encarada
genericamente, mas como uma ação estratégica da empresa. Foram observados nos
balanços de 2009 das empresas analisadas, ações sociais e ambientais que pudessem ser
relacionadas às ações estratégicas das empresas. Algumas destas ações fazem parte do
Quadro 2.
Quadro 2 – Síntese de ações das empresas em 2009
Empresa Ações sociais 2009 Ações ambientais 2009 Ramo
Brasil Ação Social Impacto ambiental das embalagens Alimentos
Foods 5 KM Perdigão Impacto Ambiental de Produtos e
Serviços
CPFL Programa CPFL de Oportunidades Ações ambientais nas usinas Energia
Programa Fale Comigo Projeto Planeta Sustentável
EDP Workshop sobre “gestão da segurança no Geração Limpa e Captura e Seqüestro Energia
trabalho na EDP” de CO2
Projeto Co-combustão
Natura Lançamento do Projeto Trilhas, do Crer 5,2% de redução no volume de Cosméticos
para Ver, em 210 municípios brasileiros, emissões relativas de gases do efeito
alcançando cerca de 200 mil alunos das estufa (GEE), por meio do Projeto
escolas públicas Carbono Neutro.
Fibria Relacionamento com comunidades Gerenciamento dos recursos hídricos Celulose
especificas Manejo do solo
Relacionamento com movimentos de luta
pela terra
Fonte: Elaborado pelo autor a partir dos dados disponibilizados nos sites das empresas
De acordo com o IBGC (2010) a empresa que opta pelas boas práticas de governança deve
adotar como uma de suas linhas mestras a responsabilidade corporativa. Neste sentido,
Conselheiros e executivos devem zelar pela perenidade das organizações (visão de longo
prazo, sustentabilidade) e, portanto, devem incorporar considerações de ordem social e
ambiental na definição dos negócios e operações. Percebeu-se, na análise das empresas
pesquisadas de nível Novo Mercado de Governança Corporativa que elas seguem o critério
Triple Bottom Line na demonstração de seus resultados, e que os resultados sociais e
ambientais estão perfeitamente alinhados à estratégia da empresa, indo ao encontro dos
pressupostos de Porter e Kramer (2006).
O IBGC (2010) defende ainda que a Responsabilidade Corporativa é uma visão mais ampla
da estratégia empresarial, contemplando todos os relacionamentos com a comunidade em
que a sociedade atua. A "função social" da empresa deve incluir a criação de riquezas e de
oportunidades de emprego, qualificação e diversidade da força de trabalho, estímulo ao
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16. VII Jornada de Iniciação Científica - 2011
desenvolvimento científico por intermédio de tecnologia e melhoria da qualidade de vida por
meio de ações educativas, culturais, assistenciais e de defesa do meio ambiente. Pontos
que ficaram evidentes em todas as empresas pesquisadas.
Indo ao encontro destas premissas, identificou-se nas demonstrações analisadas, uma
preocupação em esclarecer à sociedade, e a todos os stakeholders a importância das ações
da empresa na área ambiental e social, bem como, a demonstração dos impactos e
benefícios de suas ações, as alternativas que os gestores buscaram para vencer a crise,
quantos empregos foram gerados, se há ou não preocupação com a formação, treinamento
e qualidade de vida de seus funcionários.
Os relatórios assinados pelos executivos destas companhias trazem um resumo dos
principais acontecimentos do ano e quais são os futuros passos da empresa. Estas
informações, no entanto, ainda trazem mais o cunho econômico do que social e ambiental,
apesar da “linguagem social” que utilizam.
Foi verificado, também, que todas as empresas estudadas possuem diretorias ou comitês
específicos para sustentabilidade de acordo com a estrutura organizacional descrita nos
seus relatórios anuais de 2009 e resumido no quadro 3, indo ao encontro do que sugere
Corazza, 2003. Foi observada a relação entre a Sustentabilidade e a Governança
Corporativa por meio da transparência que as empresas demonstram ao utilizar o critério
Triple Bottom Line na divulgação de seus resultados anuais.
Quadro 3 – Análise dos balanços
O relatório segue Possui
Publica Relatório o padrão do Demonstra Demonstra Demonstra diretoria/comitê
de Triple Bottom Informações Informações Informações especifica para
Empresa Sustentabilidade Line Financeiras Sociais Ambientais sustentabilidade
Brasil Foods Sim Sim Sim Sim Sim Sim
CPFL Sim Sim Sim Sim Sim Sim
EDP Sim Sim Sim Sim Sim Sim
Natura Sim Sim Sim Sim Sim Sim
Fibria Sim Sim Sim Sim Sim Sim
Fonte: Elaborado pelo autor a partir dos dados extraídos dos sites das empresas
Em busca de responder o OE2- identificar a presença da transparência nos relatórios
apresentados pela empresa, segundo IBGC (2010), as boas praticas de Governança
Corporativa se baseiam nos princípios da transparência, independência e prestação de
contas para atrair investimentos, portanto, todas as empresas que conseguem obter o nível
Novo Mercado de Governança Corporativa tem alto nível de transparência, visto que as
boas práticas de Governança são um pré requisito para a obtenção de tal.
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17. Universidade Presbiteriana Mackenzie
Conclusões
Ao tentar estabelecer sinergia entre a Governança Corporativa nível Novo Mercado e a
Sustentabilidade, intui-se que a Governança Corporativa tem sido pouco incluída em
empresas sustentáveis, visto que das vinte empresas sustentáveis pesquisadas apenas
cinco possuem tal classificação, apesar de tanto o nível de Governança Corporativa quanto
a Sustentabilidade exigirem requisitos comuns tais como a transparência que serve para
atrair cada vez mais investimentos e, também,para comunicar ações ambientais e sociais
para a sociedade.
Nas empresas analisadas que possuem Nível Novo Mercado de Governança Corporativa foi
observada transparência na divulgação de seus resultados financeiros, sociais e ambientais,
bem como uma preocupação em esclarecer aos acionistas e à sociedade os principais
eventos ocorridos durante o ano e as perspectivas e projeções para o futuro.
A utilização do conceito Triple Bottom Line na divulgação dos balanços analisados, deixa
claro a preocupação da empresa na valorização não só de seus resultados econômicos,
mas, também, dos resultados sociais e ambientais
A preocupação com o meio ambiente pode ter levado as empresas analisadas à criação de
diretorias especificas para cuidar da questão da sustentabilidade, demonstrando a
importância da elaboração de estruturas organizacionais adequadas às praticas ambientais
e sociais.
Este estudo sugere, finalmente, que a sinergia entre Sustentabilidade e Governança
Corporativa poderia ser melhor aproveitada pelas empresas, visto que ao ser sustentável a
organização passa a possuir algumas das exigências para possuir o nível Novo Mercado de
Governança Corporativa.
Cervo et al. (2007) lembram que a pesquisa exploratória deve servir de base para a criação
de hipóteses que serão usadas em estudos futuros, sendo assim, sugere-se que para novos
estudos, que se realize novamente o estudo de forma longitudinal com as empresas que
compõem o ranking do Guia Exame de Sustentabilidade para aferir se o interesse das
empresas sustentáveis em se tornarem nível Novo Mercado de Governança Corporativa tem
aumentado ou se tem sido indiferente a estas organizações, que poderiam utilizar-se dos
padrões que utilizam para serem sustentáveis para também atraírem investimentos por meio
da geração de valor porporcionado pela Governança Corporativa.
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18. VII Jornada de Iniciação Científica - 2011
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