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      CEP - Controle Estatístico de Processo                                                             Ano III - Nº 33 - Setembro/2006



                                                           História da Qualidade

              A utilização de padrões ISO e conceitos de padrão de qualidade que despertam atualmente o interesse e a atração das empresas
        é de fato um assunto muito antigo.

              Segundo relatos históricos os egípcios estabeleceram um padrão de medida de comprimento: o cúbito há mais de quatro mil anos
        atrás. Todas as suas construções eram baseadas na unidade de medida cúbito.

             Era dever do responsável da construção comparar o padrão que utilizava com o padrão real, pois em caso de erro de medição
        esse seria punido com a morte. [Juran e Gryna, 1988].

              O resultado de tamanha preocupação com a medição é evidente na construção das pirâmides, em que os egípcios teriam obtido
        precisões da ordem de 0,05% .

              Existem outros inúmeros exemplos na história da qualidade tais como: os grandes templos construídos na Grécia e Roma antigas,
        os feitos de navegação no século XVI, as catedrais medievais. Em todas essas realizações, não se dispunha de instrumentos de
        precisão ou técnicas sofisticadas Na França, os construtores de catedrais utilizavam simples compassos e cordas com nós a intervalos
        regulares para desenhar e construir edifícios [Vincent, 2004].

              A revolução industrial foi um marco na história da qualidade, pois foi um período de profundas mudanças econômicas e sociais,
        que tem como exemplo o início da automação e o surgimento do consumo de massa com o surgimento de milhares de empresas que
        logo ocasionou a concorrência entre elas, que por sua vez desencadeou um processo de melhoria contínua que permanece até hoje.

             Em 1924, o matemático Walter Shewhart introduziu o controle estatístico da qualidade e na década de 1940 surgiram vários
        organismos ligados à qualidade; por exemplo, a ASQC (American Society for Quality Control), a ABNT (Associação Brasileira de Normas
        Técnicas) e, ainda, a ISO (International Standardization Organization). A Segunda Guerra Mundial também contribuiu com o processo,
        quando as técnicas de manufatura foram aprimoradas para fabricação de material bélico.

             O Japão destacou-se como um importante pólo no assunto e contribuiu com diversas novas ferramentas: o método de Taguchi
        para projeto experimental, a metodologia 5S ou, ainda, os diagramas de causa e efeito de Ishikawa, também conhecidos como
        diagramas espinha de peixe.

           Nos anos 50 e início dos 60, Armand V. Feigenbaum publicou os princípios básicos do Controle da Qualidade Total (TQC). Até este
        momento, os esforços para a Qualidade eram direcionados primordialmente para as atividades corretivas e não para a prevenção.

             O final dos anos 70 e os anos 80 foram marcados pelo esforço para a Qualidade em todos os aspectos de negócios e das
        organizações prestadoras de serviços, incluindo finanças, vendas, pessoal, manutenção, gerenciamento, produção e serviços.

             Na atualidade, qualidade se tornou um requisito de sobrevivência para as empresas, que precisam ser eficientes em meio a
        concorrência e clientes mais conscientes e exigentes.




                                                                                                                   doutorcep@datalyzer.com.br




                       Cp e Cpk – "Série: Índices de Capacidade e Performance do Processo"

              Continuando nossa série, acesse aqui o informativo do mês anterior, iniciaremos o Estudo da Capabilidade do Processo,
        falando neste mês sobre os Índices de Capacidade Cp e Cpk.

             Vamos lá?!

             O estudo de capabilidade dos processos responde à pergunta: "meu processo é bom o bastante?". Isto é completamente diferente
        da pergunta respondida por uma carta de controle, que é : "meu processo tem mudado?".

             Obs.: Para realizar um estudo de capabilidade, é necessário que o processo esteja sobre controle estatístico.

              Certamente, o uso de uma carta de controle para estabelecer que um processo é estável precede o estudo da capabilidade para
        ver se os itens produzidos pelo processo são bons o bastante.

             Quatro índices são gerados por um estudo de capabilidade: Cp, Cpk, Pp e Ppk. Os dois primeiros são índices de Capacidade do
        processo, enquanto os outros dois são de Performance do processo.




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            Mas qual a utilidade dos índices de Capacidade do Processo?

            O cálculo dos índices de Capacidade leva em conta o desvio-padrão, que pode ser calculado ou estimado.

             Cp
                   l   Índice mais simples, considerado como a taxa de tolerância à variação do processo;
                   l   Desconsidera a centralização do processo;
                   l   Não é sensível aos deslocamentos (causas especiais) dos dados;
                   l   Quanto maior o índice, menos provável que o processo esteja fora das especificações;
                   l   Um processo com uma curva estreita (um Cp elevado) pode não estar de acordo com as necessidades do cliente se não
                       for centrado dentro das especificações.

                   l   Cálculo do índice

                            Os índices de Capacidade do processo utilizam o desvio-padrão estimado (clique aqui para aprender a
                       calculá-lo).
                       Considerando os dados utilizados no informativo do mês anterior (clique aqui para acessá-lo), temos:

                       LSE (Limite Superior de Especificação) = 2.5
                       LIE (Limite Inferior de Especificação) = 0.05
                          (Desvio-padrão estimado) = 0.5385


                            A fórmula do índice Cp é dada por:


                             Na fórmula, percebemos , como foi escrito anteriormente, que este índice desconsidera a média do processo,
                       retratando apenas sua variação.

                            O cálculo deste índice em nosso exemplo é dado por:




                   l   Avaliação do cálculo do índice
                           ¡ Processo incapaz: Cp < 1
                           ¡ Processo aceitável: 1 = Cp = 1,33
                           ¡ Processo capaz: Cp =Q 1,33
             Cpk
                   l   Considera a centralização do processo;
                   l   É o ajuste do índice Cp para uma distribuição não-centrada entre os limites de especificação;
                   l   É sensível aos deslocamentos (causas especiais) dos dados;
                   l   Cálculo do índice

                            Os índices de Capacidade do processo utilizam o desvio-padrão estimado (clique aqui para aprender a
                       calculá-lo).
                       Considerando os dados utilizados no informativo do mês anterior (clique aqui para acessá-lo), temos:

                       LSE (Limite Superior de Especificação) = 2.5
                       LIE (Limite Inferior de Especificação) = 0.05
                          (Média do processo) = 1.025
                          (Desvio-padrão estimado) = 0.5385



                            A fórmula do índice Cpk é dada por:



                            O cálculo deste índice em nosso exemplo é dado por:




                   l   Avaliação do cálculo do índice
                           ¡ Processo incapaz: Cpk < 1




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                            ¡    Processo aceitável: 1 =ò
                                                        Cpk =ò
                                                             1,33
                            ¡    Processo capaz: Cpk =™ 1,33


               Agora que já vimos como calcular os índices, vamos ver em gráficos quais os seus significados.

             Sabemos que quanto mais estreita a curva da distribuição, menor a variação e maiores os valores dos índices Cp e Cpk. Sabemos
        ainda que quanto maior o valor de Cp e Cpk, melhor é o status do processo.

               Considerando essa afirmação, vamos entender em quais ocasiões temos valores altos e baixos para esses dois índices.


                                                             Cp baixo
                                                             Causa: variação maior que a faixa dos limites de especificação

                                                             Cpk baixo
                                                             Causa: a distribuição está centrada, mas há uma variação maior que a
                                                             faixa dos limites de especificação

                                                             Processo: incapaz




                                                      Cp bom
                                                      Causa: variação menor que a faixa dos limites de especificação

                                                      Cpk bom
                                                      Causa a distribuição está centrada e há uma variação menor que a faixa
                                                      dos limites de especificação

                                                      Processo: satisfatório




                                                      Cp alto
                                                      Causa: baixa variação em relação à faixa dos limites de especificação

                                                      Cpk alto
                                                      Causa: a distribuição está centrada e há uma baixa variação em relação à
                                                      faixa dos limites de especificação

                                                      Processo: capaz



               Nos três exemplos anteriores, os índices Cp e Cpk receberam os mesmos conceitos, mas nem sempre isso ocorre.

             Veja no próximo exemplo em que há um processo com uma variação bem pequena, que gera um Cp ótimo e também geraria um
        Cpk com valor alto, mas a distribuição não está centrada entre os limites de especificação.


                                                        Cp alto
                                                        Causa: baixa variação em relação à faixa dos limites de especificação

                                                        Cpk baixo
                                                        Causa: há uma baixa variação em relação à faixa dos limites de
                                                        especificação, mas a distribuição não está centrada

                                                        Processo: incapaz



             Pelo exemplo anterior, é possível afirmar que, para ser capaz, um processo necessita de centralização entre os limites de
        especificação e baixa variação.

               Mas qual índice devemos utilizar?


         Índice                 Uso                                            Definição
                                O processo está centrado entre os limites      Taxa de tolerância (a largura dos limites de especificação) à variação
         Cp
                                de especificação                               atual (tolerância do processo)
                                O processo não está centrado entre os          Taxa de tolerância (a largura dos limites de especificação) à variação
         Cpk                    limites de especificação, mas cai sobre ou     atual, considerando a média do processo relativa ao ponto médio
                                entre eles                                     das especificações.


               Agora já sabemos diferenciar os índices de Capacidade do processo, Cp e Cpk.




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Cp e Cpk - Capacidade – Série: Índices de Capacidade e Performance do Processo - D... Page 4 of 4



            Aguardem até o próximo mês em que falaremos sobre os índices de performance do processo!

             Fonte:
             Apostila Cep Trainning - Megabyte




                                                          http://www.datalyzer.com.br


                           Antes de imprimir este informativo, pense em sua responsabilidade e compromisso com a natureza.




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  • 1. Cp e Cpk - Capacidade – Série: Índices de Capacidade e Performance do Processo - D... Page 1 of 4 CEP - Controle Estatístico de Processo Ano III - Nº 33 - Setembro/2006 História da Qualidade A utilização de padrões ISO e conceitos de padrão de qualidade que despertam atualmente o interesse e a atração das empresas é de fato um assunto muito antigo. Segundo relatos históricos os egípcios estabeleceram um padrão de medida de comprimento: o cúbito há mais de quatro mil anos atrás. Todas as suas construções eram baseadas na unidade de medida cúbito. Era dever do responsável da construção comparar o padrão que utilizava com o padrão real, pois em caso de erro de medição esse seria punido com a morte. [Juran e Gryna, 1988]. O resultado de tamanha preocupação com a medição é evidente na construção das pirâmides, em que os egípcios teriam obtido precisões da ordem de 0,05% . Existem outros inúmeros exemplos na história da qualidade tais como: os grandes templos construídos na Grécia e Roma antigas, os feitos de navegação no século XVI, as catedrais medievais. Em todas essas realizações, não se dispunha de instrumentos de precisão ou técnicas sofisticadas Na França, os construtores de catedrais utilizavam simples compassos e cordas com nós a intervalos regulares para desenhar e construir edifícios [Vincent, 2004]. A revolução industrial foi um marco na história da qualidade, pois foi um período de profundas mudanças econômicas e sociais, que tem como exemplo o início da automação e o surgimento do consumo de massa com o surgimento de milhares de empresas que logo ocasionou a concorrência entre elas, que por sua vez desencadeou um processo de melhoria contínua que permanece até hoje. Em 1924, o matemático Walter Shewhart introduziu o controle estatístico da qualidade e na década de 1940 surgiram vários organismos ligados à qualidade; por exemplo, a ASQC (American Society for Quality Control), a ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) e, ainda, a ISO (International Standardization Organization). A Segunda Guerra Mundial também contribuiu com o processo, quando as técnicas de manufatura foram aprimoradas para fabricação de material bélico. O Japão destacou-se como um importante pólo no assunto e contribuiu com diversas novas ferramentas: o método de Taguchi para projeto experimental, a metodologia 5S ou, ainda, os diagramas de causa e efeito de Ishikawa, também conhecidos como diagramas espinha de peixe. Nos anos 50 e início dos 60, Armand V. Feigenbaum publicou os princípios básicos do Controle da Qualidade Total (TQC). Até este momento, os esforços para a Qualidade eram direcionados primordialmente para as atividades corretivas e não para a prevenção. O final dos anos 70 e os anos 80 foram marcados pelo esforço para a Qualidade em todos os aspectos de negócios e das organizações prestadoras de serviços, incluindo finanças, vendas, pessoal, manutenção, gerenciamento, produção e serviços. Na atualidade, qualidade se tornou um requisito de sobrevivência para as empresas, que precisam ser eficientes em meio a concorrência e clientes mais conscientes e exigentes. doutorcep@datalyzer.com.br Cp e Cpk – "Série: Índices de Capacidade e Performance do Processo" Continuando nossa série, acesse aqui o informativo do mês anterior, iniciaremos o Estudo da Capabilidade do Processo, falando neste mês sobre os Índices de Capacidade Cp e Cpk. Vamos lá?! O estudo de capabilidade dos processos responde à pergunta: "meu processo é bom o bastante?". Isto é completamente diferente da pergunta respondida por uma carta de controle, que é : "meu processo tem mudado?". Obs.: Para realizar um estudo de capabilidade, é necessário que o processo esteja sobre controle estatístico. Certamente, o uso de uma carta de controle para estabelecer que um processo é estável precede o estudo da capabilidade para ver se os itens produzidos pelo processo são bons o bastante. Quatro índices são gerados por um estudo de capabilidade: Cp, Cpk, Pp e Ppk. Os dois primeiros são índices de Capacidade do processo, enquanto os outros dois são de Performance do processo. Create PDF with GO2PDF for free, if you wish to remove this line, click here to buy Virtual PDF Printer http://www.datalyzer.com.br/site/suporte/administrador/info/arquivos/info57/57.html 27/7/2010
  • 2. Cp e Cpk - Capacidade – Série: Índices de Capacidade e Performance do Processo - D... Page 2 of 4 Mas qual a utilidade dos índices de Capacidade do Processo? O cálculo dos índices de Capacidade leva em conta o desvio-padrão, que pode ser calculado ou estimado. Cp l Índice mais simples, considerado como a taxa de tolerância à variação do processo; l Desconsidera a centralização do processo; l Não é sensível aos deslocamentos (causas especiais) dos dados; l Quanto maior o índice, menos provável que o processo esteja fora das especificações; l Um processo com uma curva estreita (um Cp elevado) pode não estar de acordo com as necessidades do cliente se não for centrado dentro das especificações. l Cálculo do índice Os índices de Capacidade do processo utilizam o desvio-padrão estimado (clique aqui para aprender a calculá-lo). Considerando os dados utilizados no informativo do mês anterior (clique aqui para acessá-lo), temos: LSE (Limite Superior de Especificação) = 2.5 LIE (Limite Inferior de Especificação) = 0.05 (Desvio-padrão estimado) = 0.5385 A fórmula do índice Cp é dada por: Na fórmula, percebemos , como foi escrito anteriormente, que este índice desconsidera a média do processo, retratando apenas sua variação. O cálculo deste índice em nosso exemplo é dado por: l Avaliação do cálculo do índice ¡ Processo incapaz: Cp < 1 ¡ Processo aceitável: 1 = Cp = 1,33 ¡ Processo capaz: Cp =Q 1,33 Cpk l Considera a centralização do processo; l É o ajuste do índice Cp para uma distribuição não-centrada entre os limites de especificação; l É sensível aos deslocamentos (causas especiais) dos dados; l Cálculo do índice Os índices de Capacidade do processo utilizam o desvio-padrão estimado (clique aqui para aprender a calculá-lo). Considerando os dados utilizados no informativo do mês anterior (clique aqui para acessá-lo), temos: LSE (Limite Superior de Especificação) = 2.5 LIE (Limite Inferior de Especificação) = 0.05 (Média do processo) = 1.025 (Desvio-padrão estimado) = 0.5385 A fórmula do índice Cpk é dada por: O cálculo deste índice em nosso exemplo é dado por: l Avaliação do cálculo do índice ¡ Processo incapaz: Cpk < 1 Create PDF with GO2PDF for free, if you wish to remove this line, click here to buy Virtual PDF Printer http://www.datalyzer.com.br/site/suporte/administrador/info/arquivos/info57/57.html 27/7/2010
  • 3. Cp e Cpk - Capacidade – Série: Índices de Capacidade e Performance do Processo - D... Page 3 of 4 ¡ Processo aceitável: 1 =ò Cpk =ò 1,33 ¡ Processo capaz: Cpk =™ 1,33 Agora que já vimos como calcular os índices, vamos ver em gráficos quais os seus significados. Sabemos que quanto mais estreita a curva da distribuição, menor a variação e maiores os valores dos índices Cp e Cpk. Sabemos ainda que quanto maior o valor de Cp e Cpk, melhor é o status do processo. Considerando essa afirmação, vamos entender em quais ocasiões temos valores altos e baixos para esses dois índices. Cp baixo Causa: variação maior que a faixa dos limites de especificação Cpk baixo Causa: a distribuição está centrada, mas há uma variação maior que a faixa dos limites de especificação Processo: incapaz Cp bom Causa: variação menor que a faixa dos limites de especificação Cpk bom Causa a distribuição está centrada e há uma variação menor que a faixa dos limites de especificação Processo: satisfatório Cp alto Causa: baixa variação em relação à faixa dos limites de especificação Cpk alto Causa: a distribuição está centrada e há uma baixa variação em relação à faixa dos limites de especificação Processo: capaz Nos três exemplos anteriores, os índices Cp e Cpk receberam os mesmos conceitos, mas nem sempre isso ocorre. Veja no próximo exemplo em que há um processo com uma variação bem pequena, que gera um Cp ótimo e também geraria um Cpk com valor alto, mas a distribuição não está centrada entre os limites de especificação. Cp alto Causa: baixa variação em relação à faixa dos limites de especificação Cpk baixo Causa: há uma baixa variação em relação à faixa dos limites de especificação, mas a distribuição não está centrada Processo: incapaz Pelo exemplo anterior, é possível afirmar que, para ser capaz, um processo necessita de centralização entre os limites de especificação e baixa variação. Mas qual índice devemos utilizar? Índice Uso Definição O processo está centrado entre os limites Taxa de tolerância (a largura dos limites de especificação) à variação Cp de especificação atual (tolerância do processo) O processo não está centrado entre os Taxa de tolerância (a largura dos limites de especificação) à variação Cpk limites de especificação, mas cai sobre ou atual, considerando a média do processo relativa ao ponto médio entre eles das especificações. Agora já sabemos diferenciar os índices de Capacidade do processo, Cp e Cpk. Create PDF with GO2PDF for free, if you wish to remove this line, click here to buy Virtual PDF Printer http://www.datalyzer.com.br/site/suporte/administrador/info/arquivos/info57/57.html 27/7/2010
  • 4. Cp e Cpk - Capacidade – Série: Índices de Capacidade e Performance do Processo - D... Page 4 of 4 Aguardem até o próximo mês em que falaremos sobre os índices de performance do processo! Fonte: Apostila Cep Trainning - Megabyte http://www.datalyzer.com.br Antes de imprimir este informativo, pense em sua responsabilidade e compromisso com a natureza. Create PDF with GO2PDF for free, if you wish to remove this line, click here to buy Virtual PDF Printer http://www.datalyzer.com.br/site/suporte/administrador/info/arquivos/info57/57.html 27/7/2010